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MANIFESTOS E REVISTAS

Revista Klaxon — Mensário de Arte Moderna (1922-1923)

Recebe este nome do termo usado para designar a buzina externa dos
automóveis. Primeiro periódico modernista, é consequência das agitações em
torno da Semana de Arte Moderna. Inovadora em todos os sentidos: gráfico,
existência de publicidade, oposição entre o velho e o novo.

Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924-1925)


Escrito por Oswald e publicado inicialmente no Correio da Manhã. Em 1925, é
republicado como abertura do livro de poesias Pau-Brasil, de Oswald.
Apresenta uma proposta de literatura vinculada à realidade brasileira, a partir
de uma redescoberta do Brasil.
Importante veículo responsável pela divulgação dos ideais modernistas em
Minas Gerais, apesar da vida breve. Teve apenas três números e contava com
Drummond como um de seus redatores, sendo fundada por ele depois de sua
mudança para a capital mineira e sua colaboração como cronista em Jornal de
Minas. Nela fora publicado Amar, verbo intransitivo (de Mário de Andrade) e
Poética (de Manoel Bandeira), além de uma conferência proferida por Freud
nos Estados Unidos da América.
A Revista, segundo o autor, era uma obra de refinamento interior, que deveria
ser veiculada pelos meios pacíficos do jornal, tribuna e da cátedra, sendo isso
o que nos faz democratas.

Verde-Amarelismo ou Escola da Anta (1926-1929)


Grupo formado por Plínio Salgado, Menotti del Picchia, Guilherme de Almeida e
Cassiano Ricardo em resposta ao nacionalismo do Pau-Brasil, criticando-se o
“nacionalismo afrancesado” de Oswald. Sua proposta era de um nacionalismo
primitivista, ufanista, identificado com o fascismo, evoluindo para o
Integralismo. Idolatria do tupi e a anta é eleita símbolo nacional. Em maio de
1929, o grupo verde-amarelista publica o manifesto "Nhengaçu Verde-Amarelo
— Manifesto do Verde-Amarelismo ou da Escola da Anta".

Manifesto Regionalista de 1926


1925 e 1930 é um período marcado pela difusão do Modernismo pelos estados
brasileiros. Nesse sentido, o Centro Regionalista do Nordeste (Recife) busca
desenvolver o sentimento de unidade do Nordeste nos novos moldes
modernistas. Propõem trabalhar em favor dos interesses da região, além de
promover conferências, exposições de arte, congressos etc. Para tanto,
editaram uma revista. Vale ressaltar que o regionalismo nordestino conta com
Graciliano Ramos, José Lins do Rego, José Américo de Almeida, Rachel de
Queiroz, Jorge Amado e João Cabral, na 2ª fase modernista em 1926.
Revista de Antropofagia (1928-1929)
É a nova etapa do Pau-Brasil, sendo resposta a Escola da Anta. Seu nome
origina-se da tela Abaporu (O que come) de Tarsila do Amaral.
O Antropofagismo foi caracterizado pela assimilação (“deglutição”) crítica das
vanguardas e culturas europeias, com o fim de recriá-las, tendo em vista o
redescobrimento do Brasil em sua autenticidade primitiva. Contou com duas
fases, sendo a primeira com dez números (1928 – 1929), sob direção de
Antônio Alcântara Machado e gerência de Raul Bopp, e a segunda publicada
semanalmente em 16 números no jornal Diário de São Paulo em 1929, tendo
como secretário Geraldo Ferraz.

Primeira Fase
Iniciado pelo polêmico manifesto de Oswald, conta com Alcântara Machado,
Mário de Andrade (com a publicação de um capítulo de Macunaíma em seu 2º
número), Carlos Drummond (3º número, publicou a poesia No meio do
caminho); além de desenhos de Tarsila, artigos em favor da língua tupi de
Plínio Salgado e poesias de Guilherme de Almeida.

Segunda Fase
Mais definida ideologicamente, foi iniciada pela ruptura dos Andrades. Nesta
fase, há a participação de Oswald, Bopp, Geraldo Ferraz, Oswaldo Costa,
Tarsila, Patrícia Galvão Pagu. Os alvos das críticas são Mário de Andrade,
Alcântara Machado, Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Menotti del Picchia e
Plínio Salgado.

Outras revistas
• Revista Verde de Cataguases (MG - 1927-1928)
• Revista Estética (RJ - 1924)
• Revista Terra Roxa e outras Terras (SP - 1926, colaborador Mário de
Andrade)
• Revista Festa (RJ - 1927, Cecília Meireles como colaboradora)

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