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O REI LEÃO: A turma lá do céu deve estar muito irritada com a gente para nos mandar um castigo deste.
O REI LEÃO: Cada um de nós deverá publicamente tudo que fez de errado.
A RAPOSA: O senhor fez uma boa ação impedindo que eles destruíssem a floresta.
A RAPOSA: O que isso companheiro, não fez mais que sua obrigação, defendendo nossos direitos.
TODOS OS ANIMAIS: Que horror, onde se viu isto, comer as verduras, isto é um pecado mortal.
O REI LEÃO: Foi por sua culpa que os animais estão morrendo.
O JURI: Majestade. Um pecado desta dimensão, a única punição deverá ser a morte.
O REI LEÃO: Não interessa aqui quem determina quem vai morrer ou viver sou eu.
O GATO PERCIVAL: Bem pessoal já estou na idade de me casar, vou sair para procurar uma noiva.
OS RATOS: devemos bolar uma estratégia para tira este gato assassinodo nosso caminho.
O RATO JUNIOR: Bem, companheiros, acho que deveríamos consultar alguém mais experiente, alguém
que já passou por isto antes.
O RATO FREDERICO: Olhe, meu avô é aposentado dos exércitos dos ratos e já participou de várias
guerras contra gatos assassinos.
O RATO JUNIOR: ótima idéia Frederico, Vamos falar com seu avô.
OS RATOS: Há senhor, soubemos que tem muita experiências em combate de guerra contra gatos e
viemos para nos instruir.
AVÔ DE FREDERICO: Verdade crianças, mas já estou velho, não agüento mais brigar.
OS RATOS: Bem senhor, apareceu um gato assassino em nossa comunidade e está tirando nosso
sossego.
AVÔ DE FREDERICO: É pelo que fiquei sabendo ele sempre ataca de surpresa.
JUNIOR: Ele sempre chega quando estamos despercebidos e pega e devora um de nossos irmãos.
AVÔ DE FREDERICO: Tenham clama criança, não devemos brigar uns com os outros, nosso inimigo é o
gato Percival.
AVÔ DE FREDERICO: Seria uma ótima idéia, más quem faria isto? Você?
AVÔ DE FREDERICO: Bem pessoal esta idéia está descartada, vamos partir para outra.
PERCIVAL: Hoje estou muito feliz, procuro uma bela gata para casar, se encontrar um rato deixarei o ir.
PERCIVAL: E daí gatinha estou procurando uma noiva, quer me dar a honra?
AGATA FLORINDA: Sai pra lá seu grosso, acha mesmo que quero um estúpido igual a você?
PERCIVAL: Puxa vida, as gatinhas não querem saber de mim, vou tentar mais uma vez.
PERCIVAL: E daí gatinha, o que achou do Percival quer ser minha namorada?
A GATA JULIANA: Sai de mim cafona, gosto de gato inteligente e educado, bicho horrível.
PERCIVAL: Vou voltar pra minha toca e devorar todos aqueles ratos imbecis.
AVÔ DE FREDERICO: Bem crianças acho que a melhor forma de livrar-se deste gato é fazer uma
armadilha.
AVÔ DE FREDERICO: Calma menino, uma coisa de cada vês. Primeiro vamos pegar ele e depois
decidimos o que fazer.
AVÔ DE FREDERICO: Bem crianças vamos armar uma rede e apanhar o bichano.
AVÔ DE FREDERICO: Bem crianças, para isso um de vocês deverá servir de isca.
FREDERICO: Mas, vovô ele não vai devorar quem estiver lá?
AVÔ DE FREDERICO: Não, nada disso, quando ele chegar perto da isca, cairá na armadilha.
PERCIVAL: Estou com fome e sede, por favor, solte-me, prometo que não vou fazer mal a vocês.
OS RATOS: Percival é difícil, nós não confiamos em você, você nos persegue desde que chegou aqui
neste bairro.
PERCIVAL: Mas agora aprendi a lição, vou comer somente comida que os humanos comem.
OS RATOS: Está bem Percival só soltamos você se você aceitar cortar suas unhas.
PERCIVAL: Ai minhas unhas ficaram feias, mais está bem amigos vou cumprir com minha palavra até
mais.
OS RATOS: Está ótima, não tenho que sair a noite para caçar, é só dormir. Obrigado amigos.
Tipo: peça em 1 cena. Cenário: (opcional) uma paisagem com céu, rio, montanhas.
Personagens: 5. Narrador, três árvores e Lenhador; mais algumas pessoas.
Cena 1.
N - NARRADOR: Havia, na beira de um rio, três pequenas árvores que brincavam de sonhar o
que seriam quando fossem grandes. A primeira arvorezinha, suspirando alto disse:
1 - PRIMEIRA ÁRVORE: Quando eu crescer quero ser muito linda ter folhas grandes e verdes
e dar muitos frutos. Quero também ficar bem pertinho de vocês.
2- SEGUNDA ÁRVORE: Eu quero ter uma vida de princesa, ter frutos doces para que todos
caiam aos meus pés. Os homens não vão querer me cortar pois eu ouvi de um livro onde está
escrito que aquela que não dá frutos será cortada e lançada ao fogo.
3 - TERCEIRA ÁRVORE: Eu quero ficar aqui no alto desse monte onde a brisa é mais intensa,
e onde só os grandes pássaros fazem os seus ninhos.
N: E ali contavam seus grandes sonhos as três pequenas árvores, mas com o passar do tempo
as coisas foram mudando. (Pessoas passam e jogam lixo)
1: Estou me sentindo fraca; minhas raízes não tem mais forças; o solo esta contaminado de
tanto lixo.
2: Não chove mais, o tempo esta cada dia mais quente e a água esta acabando.
3: Onde nós vamos parar? As pessoas estão nos matando e se matando também, pois sujam o
leito do nosso riozinho deixando a água imprópria para seu próprio consumo.
2: E o desmatamento? Eu tenho atá medo. Temos que nos unir senão... (olhando pra 1)
Agüente firme. Não morra!
1: Eu sonhava em crescer ter folhas grandes, poder dar frutos mas não estou morrendo. O solo
está contaminado; preciso de água,água... (o ator baixa os braços e a cabeça, fazendo
murchar seus galhos)
N: A situação que não era boa ficou ainda pior. Sonhos, o que será deles? (entra o lenhador e
corta a arvore 3 a maior delas)
LENHADOR: (olha pra arvore 1) Esta árvore não serve pra mim. Vou cortar esta outra, grande
e bonita (aponta para árvore 3) Vou fazer um monte de cabos de martelo. Vou ganhar muito
dinheiro.
3: Dinheiro?!? Você quer me cortar por dinheiro? (a árvore deve balançar os braços e pedir
socorro. O lenhador não presta atenção e faz movimentos de cortar a árvore até que ela caia.
Ambos podem então sair da cena)
2: Estou sozinha. O que será de mim? Já sei vai acontecer... Será como está acontecendo pelo
mundo a fora. Um vidro, um papel ou plástico vai pegar fogo, e serei queimada. Mas, talvez,
um dia as pessoas aprendam que não se pode jogar lixo na rua. Talvez aprendam que elas são
culpadas pela morte das minhas amigas árvores, pela contaminação da água e todas as
queimadas que estão acontecendo à nossa volta. Eu só queria ser uma arvore legal. Adeus
sinto cheiro de fumaça.
(Fecha-se a cortina)
Procura-se um Pai
D. Figueiredo, 2005
Narrador: Atenção, Senhoras e Senhores. O que vocês vão assistir agora é uma ficção.
Qualquer semelhança terá sido mera coincidência!
Entram as crianças, conversando preocupadamente.
Criança 01: Calma! Nós vamos encontrar. Vamos ver... Onde a gente pode começar a
procurar? Ah! Tive um a idéia. Vamos até o shopping.
Criança 02: É mesmo dizem que lá vendem de tudo. Pode ser que venda pai também!
As crianças saem de cena. Quando o narrador começar a falar elas entram novamente em
cena.
Narrador: As crianças correm para o shopping. Andam de um lado para o outro, olhando em
todas as lojas, mas não encontram nada. Quando estão quase desistindo, uma das crianças vê
uma placa grande e bonita. Que surpresa para eles! A placa dizia... "Temos todos os tipos de
pais".
As duas crianças se aproximam para ler a placa, quando chega o vendedor.
Entra o Pai Esportista - vestido com roupa de ginástica, saltitando e fazendo polichinelos.
Vendedor: Fiquem a vontade.....
As crianças espantadas se aproximam para conversar
Criança 01: O senhor quer ser o nosso pai?
Pai esportista (Toma as mãos das crianças e move para cima e para baixo com ritmo e
começa a fazer ginástica).: Venham pra cá e façam como eu. Vocês estão fora de forma.
Criança 01: O senhor ainda não respondeu quer ser o nosso pai?
Pai esportista: Claro! Vocês estão mesmo precisando de ginástica. Vocês treinarão duro para
ter um corpo de atleta como o meu e comerão somente o necessário. Nada de comer doces,
salgadinhos, refrigerantes...
Criança 02: Mas fora tudo isso aí que o senhor falou, o que mais o senhor pode nos dar?
Pai esportista: Bem deixe-me pensar... Mais nada! Vocês serão atletas... querem mais?
Pai sai saltitando
Criança 01: Ih, esse pai esportista não daria certo nunca! Imagina só até sermos atletas
estaríamos um palito!
Criança 02O jeito é continuar procurando... Não podemos desanimar!
Entra o pai desleixado, mal vestido, barba por fazer, andar desligado, olhando pros lados.
Criança 02: O senhor quer ser nosso pai?
Pai desleixado: Vou pensar... Pode ser! Vai ser manero; mais já vou falar logo vocês podem
comer besteiras, não precisam escovar os dentes, não precisam ir pra escola e muito menos
para a igreja.
Criança 01: Esse aí tem um parafuso a menos.
Criança 02: É... Está realmente difícil!
O pai desleixado fica num canto.
Entra Papai Noel, carregando uma sacola pesada, rindo "ho,ho,ho" e badalando um sino.
Criança 01: Este aqui parece ser legal!
Criança 02: E o senhor quer ser o nosso pai?
Pai Noel: Quero sim, nós vamos nos divertir muito. Tenho sempre muitos presentes para
vocês, mas eu só apareço no fim do ano e vocês terão que ficar sozinhos.
As crianças balançam a cabeça e fazem cara de desânimo. Papai Noel pega o pai desleixado
pelo braço e os dois saem de cena.
Entra o Pai espião, roupa preta, olhando por cima do ombro para ver se não está sendo
seguido
Criança 01: Você quer ser o nosso pai?
Criança 02: Só se o senhor quiser! (olhando em volta para ver o que o pai está procurando).
Pai espião: Vocês que sabem... Minha vida é uma grande aventura, vocês não terão um dia
como o outro, terão que estar sempre fugindo sem descanso. Vocês escolhem.
Criança 01: Acho melhor não... Mas muito obrigado!
Sai o pai espião, e entra o pai desconfiado - braços cruzados e não olha ninguém no olho.
Criança 02: E o senhor quer ser o nosso pai?
Pai desconfiado: Sei não, vocês estão me parecendo encrenca! Acho melhor vocês
procurarem outro pai. (e sai de cena)
As crianças sentam no chão de cabeça baixa, desanimadas
Criança 01: Nós não vamos encontrar...
Entra o vendedor
Vendedor: O que foi com vocês? Estão tristes?
Criança 02: É, você acha que está fácil? Mas, não está não!
Vendedor: Ainda não acabou; só tenho mais um. Quem sabe?
O vendedor vai chamar o último pai e as crianças olham ficam olhando.
Entra o pai cristão, roupas normais, com sorriso franco, se abaixa para falar com as crianças e
as olha no olho.
Criança 01 Será? E o senhor, quer ser o nosso pai?
Pai Cristão: Claro que sim! Sempre cabe mais um no coração de um pai cristão. O que eu
aprendi de Deus, ensinarei a vocês: que a salvação está em Cristo Jesus e a comunhão com
os irmãos! Teremos momentos difíceis e também momentos bons; mas, seremos felizes.
O pai dá as mãos às crianças e se coloca em postura de oração:
Direi como o rei Salomão:"Dize à sabedoria: tu és a minha irmã e à prudência chama tua
parenta". Rogo a Deus que me faça sábio e prudente para poder dar sólida educação cristã a
meus filhos. Amém.
NARRADOR: Certa vez o pequeno Zeca de apenas 8 anos, entrou em casa, apó s a aula,
batendo forte os seus pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal para
fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.
PAI: Meu filho venha aqui um momento para termos uma conversa séria.
ZECA: Olha pai, estou com muita raiva. O Juca nã o deveria ter feito aquilo comigo. Desejo
tudo de ruim para ele.
NARRADOR: Seu pai, um homem simples e cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho
que continua a reclamar:
ZECA: O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Nã o aceito. Gostaria que ele ficasse
doente sem poder ir a escola.
NARRADOR: O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um
saco cheio de carvã o. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou,
calado.
Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe
propõ e algo:
PAI: Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu
amiguinho Juca e cada pedaço de carvã o é um mau pensamento seu, endereçado a ele.
Quero que você jogue todo o carvã o do saco na camisa, até o ultimo pedaço. Depois eu
volto para ver como ficou.
NARRADOR: O menino achou que seria uma brincadeira divertida e passou mã os a obra. O
varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora
se passou e o menino terminou a tarefa.
ZECA: Estou cansado, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvã o na
camisa.
NARRADOR: O pai olha para o menino, que fica sem entender a razã o daquela brincadeira,
e carinhoso lhe fala:
PAI: Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
PAI: Filho, você viu que a camisa quase nã o se sujou. Entretanto, olhe só para você! O mau
que desejamos aos outros e como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar
a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos e a fuligem ficam sempre
em nó s mesmos.
Chicote – Ai, ai. Como é bom ter uma gravata de algodã o doce só para mim. Só eu tenho
uma gravata de algodã o doce. E vocês sabem o meu nome, meus amiguinhos. Vocês sabem
quem sou eu? O meu nome é Chiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii... Xi! Esqueci meu nome. Ah,
lembrei. O meu nome é Chiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiicote! Pois é, Chicote. Sou um palhaço que faço,
que faço, que faço, que faço e aconteço. Mas posso levar uma bronca quando sei, quando
sei, quando sei que mereço. E eu estou procurando a minha amiguinha que está perdida
por aí. Eu nã o sei onde eu a deixei (expressã o de choro). Hmmmm! Olha o meu biquinho
de tristeza. Estã o vendo só ? Isso é o que acontece quando a gente deixa as coisas todas
espalhadas por aí. Meus amiguinhos, eu vou pedir uma ajuda a vocês. Vocês sã o crianças, e
crianças muitas vezes veem melhor as coisas. Os adultos veem maldade em tudo! Criança
nã o! Criança é pura. Entã o, com o seu olhar, vocês podem me ajudar a procurar? É , a
procurar a Xicuta. Ah, Xicuta é minha bonequinha. Eu ganhei ela ontem da minha mã e, e
nã o sei onde eu deixei. Vocês estã o aí de fora, e quem vê de fora, vê melhor. Vamos, me
ajudem. Quando eu for chegando perto vocês dizem que “tá quente”, quando eu estiver
longe, vocês dizem que “tá frio”. Está combinado assim? Entã o vamos lá !
O pú blico infantil vai orientando o Palhaço Chicote na procura da boneca. Ele simula que
está com dificuldade de achar até que encontra.
Chicote – Ahá ! Achei minha amiguinha. Com Deus o Chicote pode tudo! Com Deus o
Chicote pode tudo! Estã o vendo só ! Achei a Xicuta. É Xicuta é o nome dela. Vocês querem
ver? Ela vai falar o nome dela. Mas antes, nó s temos que cantar uma musiquinha para ela
poder brincar com a gente. É assim: “finge que é gente, pra a gente brincar! Finge que é
gente pra gente brincar!”
A boneca Xicuta vai fazendo uma performance dançante até que se levanta.
Chicote vai tirando muitos doces da barriga da Xicuta e jogando para a plateia
Chicote – (perplexo) Nã o come nenhuma porcaria, Xicuta? Nã o come nenhuma porcaria?
Xicuta, eu nã o encontrei sequer uma frutinha na sua barriga. Só doces. Você pode comer
doce sim. Por exemplo, olha só a minha gravata. Eu sou o ú nico palhaço do mundo que tem
uma gravata feita todinha de algodã o doce. Só que eu nã o fico lambendo a gravata toda
hora. Você percebeu?
Xicuta – Você tem razã o, Cicote.
Chicote – E você está muito gulosa para uma boneca tã o pequenininha.
Xicuta – Eu nã o sou pequenininha, sou Cicuta! Cicuta!
Chicote – E eu nã o sou Cicote. Sou CHHHHHHHHHHHHHHHHHicote!
Xicuta – Mas é porque...
Chicote – Está bem, está bem! Eu percebi que você ainda está com esse defeito de falar o
seu nome errado e o nome das pessoas errado também. Mas me desculpe. Eu nã o resisti.
Bom, e qual será esse problema que faz com que você fale o seu nome e o nome dos outros
errado? Qual será ?
Xicuta – Para a falar a verdade, eu nã o sei?
Chicote – O que tinha de errado na sua barriguinha (dá uma examinada rá pida na barriga
de Xicuta) eu consertei. E com as suas costas (coloca, sem as crianças perceberem, um
cartaz adesivo com o seguinte dizer: “PUXE A CORDA”, dando a entender para as crianças
que estava de fato examinando-a) agora também está tudo certinho.
Xicuta – O que será ?
Chicote – Bom, talvez os nossos amiguinhos nos ajudem.
Xicuta – É . Quem sabe eles percebem alguma coisa que nã o percebemos, pois as crianças
sã o muito espertas para isso.
Chicote e Xicuta andam para lá e para cá, permitindo que as crianças percebam o que está
escrito nas costas da Xicuta. Certamente elas gritarã o “puxe a corda” e também perceberã o
numa cordinha dependurada desde o início nas costas da boneca Xicuta.
Chicote – (ao pú blico) O quê?
Xicuta – (ao pú blico) O quê, amiguinhos? Falem mais alto!
Chicote – (ao pú blico) Nã o estou entendendo. O quê? Puxe a carta?
Xicuta – Nã o, Cicote. Eu acho que é para PUXAR A CORDA. A corda, Cicote. A corda que tem
nas minhas costas.
Chicote – Ai... É mesmo. Que distraído que eu sou. Estã o vendo como é ruim ficar desligado,
amiguinhos. Nó s temos que ficar o tempo todo ligado para nã o ser atropelado, para nã o
ser enganado, para nã o ser tapeado, para nã o ser esbofet...
Xicuta – Ai, Cicote. Está bom. Os nossos amiguinhos já entenderem que eles têm que ficar
completamente ligados. Só que quem ainda nã o está completamente ligada sou eu. Vai, me
liga logo! Vai ver que é por isso que eu ainda estou falando o meu nome e o nome dos
outros de errado.
Chicote – Entã o ta legal. Lá vai. Contem comigo, amiguinhos. 1, 2, 3 e... já .
O Palhaço Chicote se assusta e fica bem longe, ouvindo essas frases proferidas pela boneca
Xicuta assustado. Ele se aproxima da boneca e, escondido, consegue desligá-la. Enquanto
isso, ela está em pé encurvada para frente, exprimindo estar desligada. O palhaço pega
uma fita K7 que está no bolso da boneca cicuta, joga no chã o e coloca outra fita K7 no bolso
da boneca e puxa novamente a corda, dando a entender ao pú blico que era esse o
problema.
Xicuta – (despertando morosamente e falando mansamente) SEU... SEU... Cabelo está
despenteado. Você deve fazer boas amizades. Você tem que obedecer aos seus pais. Você
pode brincar de qualquer coisa que nã o te faça mal. O meu nome é Xicuta é o seu é... é...é....
Suspense.
Xicuta – (com um enorme sorriso) CHIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIICOTE!
Todos vibram. Xicuta e Chicote se abraçam.
Chicote – Viram só , amiguinhos. Vocês podem brincar de qualquer coisa que nã o lhe façam
mal, nã o é, boneca Xicuta
Xicuta – É isso aí, palhaço Chicote. Mas se, mesmo assim, alguém insistir em dar para você
alguma coisa que lhe faça mal, entregue o brinquedo, a roupa ou esse objeto para um
adulto inteligente e ele vai lhe devolver o brinquedo, a roupa ou o objeto sem aquilo que
venha te fazer mal.
Chicote – Só que SE esse brinquedo, roupa ou objeto só lhe faz mal, é melhor que ela
desapareça por completo! E só assim...
Xicuta e Chicote - ... VOCÊ VAI BRINCAR SEM SE PREJUDICAR!
CORAÇÃO FEDORENTO
Mímica destinada às crianças. Conta a estória de um garotinho que vivia
muito triste, pois seu coração era fedorento, e de uma menininha feliz,
porque tem seu coração cheiroso. Pode ser usada ao ar livre. Sua trilha
sonora pode ser do estilo “Charlie Chaplin no cinema mudo”.
INÍCIO
No meio da praça, um garotinho está muito triste. Em seu peito pode-se ver um coraçã o
negro.
Ao contrá rio do Garoto, chega uma menina muito feliz que começa a brincar perto. Ela vem
chupando um enorme pirulito, sorridente.
A menina joga amarelinha, corre de um lado para outro enquanto o garoto a observa triste,
choramingando e desanimado. Apó s algum tempo a menina percebe o garoto e se
aproxima. Ela vê que ele está triste e tenta animá-lo oferecendo seu pirulito para ele. Mas
isso nã o faz com que ele fique animado
Entã o a menina pega o pirulito de volta e convida-o para brincar. O garoto aceita feliz,
desfaz a tristeza do rosto e sorri A menina deixa o pirulito no chã o e brinca com o garoto
de amarelinha. Primeiro joga a menina. Mas quando chega a vez do garoto, este desanima
murcha “faz bico e volta a chorar”.
A menina nã o entende chega perto do garoto e pede para que ele "fique feliz. Vamos
brincar!". O garoto sorri novamente e eles voltam a brincar. Menina para a esquerda,
garoto para a direita. A menina parece apanhar uma bola enorme e joga para o garoto. O
garoto vibra, consegue agarrar a bola e devolve o arremesso para a menina. Ela corre pega
a bola e devolve, jogando-a. Novamente o garoto apanha a bola, mas desta vez ela para.
Olha a bola em suas mã os. Coloca no chã o. Desfaz o sorriso, "murcha" de novo e volta ao
centro triste e choramingando.
A menina nã o entende. Corre para o garoto e pergunta gesticulando "O que houve? O que
há com você?".
O garoto triste aponta para o seu coraçã o. Faz sinal de que cheira mal. A menina acena
"Cheira mal?". O garoto concorda.
Ela cheira o coraçã o do garoto, faz cara de desagrado "É , realmente, cheira mal!". O garoto
se mostra mais triste ainda.
A menina gesticula entã o dizendo que ia orar a Deus para que ele ficasse feliz. O garoto
anima-se e observa a menina dobrar seus joelhos e "pedir a papai do céu" alegrar ser
amiguinho. O garoto fica feliz, mas pouco depois dela se levantar ele novamente "murcha".
A menina diz entã o que ele é que precisa orar. E entã o os dois juntos dobram seus joelhos
e oram. Agora o garoto se levanta feliz, inverte o seu coraçã o de feltro colado em seu peito
que passa a ser alvo como a neve.
Os dois se abraçam e saem correndo, ambos sorridentes para brincar!
O LADRÃO DA ALEGRIA
Muita gente conhece esta peça, ela está publicada em vários sites.
Uma esquete que fala da falta da alegria, o prazer que alguém tem em
rouba-la.
Personagens 8 :
Menina Chorona
Crianças 1 e 2 (C1 e C2)
Ladrã o de Alegria
Casal de namorados (amor)
Criança com pirulito e doces, (C3)
Menina Feliz
Menina Chorona entra, soluçando, triste, caracterizando a personagem:
Gente, eu perdi minha alegria! Estou tã o triste... Vocês viram se a alegria passou por aí?? E
o pior é que eu ouvi dizer que há um ladrã o roubando a alegria das pessoas! Eu perdi a
minha, e ainda tem gente roubando alegria dos outros! Assim nã o dá ! (senta e fica
cabisbaixa, "bicuda").
Entram 2 crianças com brinquedos, felizes. A Menina Chorona as vê e chega mais perto (C1
e 2)
Menina Chorona: Oi...
2C: Oi!!
Menina Chorona:Por que vocês estã o tã o felizes??
C1: Porque eu tenho meu urso!
C2: E eu tenho minha boneca!
Menina Chorona:E eles dã o alegria?
2C: Muita!...
Menina Chorona:Puxa... Me empresta um pouquinho?
2C: Nã o!!!!
Menina Chorona:Só um pouquinho...Eu estou tã o triste...
C1: Nem pensar!
C2: Nã o mesmo!
Menina Chorona (fazendo cara de desdém): Tudo bem, eu nem queria mais, tá ! Nã o
preciso disso, tá ! Mas olhem, tomem cuidado, porque tem um ladrã o por aí que anda
roubando a alegria das pessoas...e ele pode roubar a de vocês...
C2: Ah, rouba nada! (C1 concorda com a cabeça)
Menina Chorona sai de cena, e as 2C ficam brincando, quando o Ladrã o de Alegria chega de
repente.
Ladrã o de Alegria:Ha, ha, ha!!! (falando para o pú blico, as crianças nã o percebem) Eu sou o
Ladrã o de Alegria! E vou roubar a alegria dessas criancinhas! Há , há , há !!!!!
(assusta as 2C e rouba os seus objetos. Sai de cena correndo, escondendo os brinquedos.
As 2C ficam chorando).
A Menina Chorona volta, e encontra as 2C chorando e pergunta porque. Elas contam o que
aconteceu.
Menina Chorona:Viram! Eu bem que avisei pra vocês! Mas eu vou continuar procurando a
alegria, e quando eu achar eu aviso a vocês.
As 2C saem de cena, e a Menina Chorona fica pensando onde pode achar a alegria.
Menina Chorona fala com o pú blico :
Ei, vocês ! Vocês sabe onde eu posso achar a alegria ? (faz um diá logo)
Chega casal de namorados com cartolina de coraçã o.
Menina Chorona: Oi !
Casal: Oi !
Menina Chorona:Eu estou procurando a alegria, e vocês me parecem tã o felizes... me dá
este coraçã o ?
Casal: Nã o !
Namorada: Isto aqui é o coraçã o que representa que eu gosto muito dele
Namorado: E eu dela, claro!
Menina Chorona:Ah sei... Ah, mas eu nã o preciso disso, fique pra vocês. Mas eu vou contar
um segredo de amiga: Tem um ladrã o aí q tá roubando a alegria de todo mundo, segurem
bem isto..
Namorado: Ah, mas este aqui ele nã o vai conseguir pegar.
Namorada: Nó s seguramos bem forte
Menina Chorona:Entã o tá ! Mas eu avisei, tchau! Eu tenho que procurar a alegria...
Ladrã o de Alegria entra pedindo silêncio para as crianças
Ladrã o de Alegria:Oi
Casal ficam com cara de suspeitos
Ladrã o de Alegria:Que lindo este coraçã o né?
Casal: É sim, e é nosso!
Ladrã o de Alegria pega rá pido
Ladrã o de Alegria:Agora nã o é mais, Ha! Ah! Ah! (e sai)
Menina Chorona volta
Menina Chorona:Ei, porque vocês ficaram tã o tristes ?
Casal: o Ladrã o de Alegria roubou nosso coraçã o (e vã o saindo)
Menina Chorona com o pú blico: Eu avisei, vocês viram né ?
(chega criança doces)
C3: Hummm que pirulito gostoso !
Menina Chorona:Oi,
C3: Oi...
Menina Chorona:Sabe... eu tô muito triste !
C3: É por que ?
Menina Chorona:Porque eu nã o tenho um pirulito desse pra me deixar bem feliz... me
empresta um pouquinho?
C3: Nã o ! Se eu te emprestar eu vou ficar triste
Menina Chorona:Mas é só um pouquinho...
C3 ficando de costas
C3: Nã o! Nã o dá pra emprestar
Menina Chorona:Ah é? Entã o você fica sabendo que o Ladrã o de Alegria vai vir pra pegar o
seu pirulito e você vai ficar bem tristinho .
C3 dá de ombros
Ladrã o de Alegria chega dando um susto
Ladrã o de Alegria:Desculpe eu nã o quis te assustar.
C3: Quem é você ?
Ladrã o de Alegria pegando o pirulito dele: Adivinha há há ha?
C3 chorando: Ah nã o é o Ladrã o de Alegria
Sai chorando
Menina Chorona:viram só ? Assim nã o dá , o Ladrã o de Alegria está pegando tudo e eu nã o
achei a Alegria de verdade. (senta triste)
Menina Feliz entra cantando (a alegria...): vê a Menina Chorona triste.
Menina Feliz: Oi... Por que você está chorando? O que aconteceu?
Menina Chorona:Ah, eu estou cansada de ser triste... Eu perdi minha alegria, já procurei
em todo lugar, e nã o encontro... Só encontrei outras pessoas, tristes também, porque o
Ladrã o de Alegria roubou a alegria delas...
Menina Feliz: Roubar a alegria?? Como assim?
Menina Chorona:Ué, ele pegava os brinquedos delas, o amor, os doces... as coisas que os
deixavam felizes...
Menina Feliz: Ah, mas isso nã o é Alegria de verdade! Eu tenho uma alegria que ninguém
pode tirar de mim!
Menina Chorona (leva um susto com a afirmaçã o da Menina Feliz): Mas como? Cadê ela??
Me empresta um pouquinho??
Menina Feliz: Olha, emprestar pra você eu nã o posso, porque ela é minha... mas a pessoa
que me deu toda essa alegria pode te dá-la pra sempre!
Menina Chorona:Pra sempre?! Ah, eu quero sim! Quem é essa pessoa, como eu falo com
ela??
Menina Feliz: Essa pessoa é muito especial, sabe, ela é Jesus. Só ela pode te dar uma alegria
de verdade e pra sempre. E pra conseguir é só pedir pro Papai do Céu, que dá pra quem
quiser, é só pedir pra Ele entrar no seu coraçã o. Você quer?
Menina Chorona:Ah, eu quero sim!
Menina Feliz: Entã o, eu vou fazer uma oraçã o com você, tá ? Vem, ajoelha aqui.
(as duas se ajoelham e a Menina Chorona copia os gestos da Menina Feliz, que faz "posiçã o
de oraçã o": olhos fechados e mã os juntas).
(os outros personagens vã o entrando aos poucos se ajoelhando e repetindo a oraçã o)
Menina Feliz: Papai do céu repete...
Menina Chorona:Papai do céu repete...
Menina Feliz: Entra no meu coraçã ozinho...
Menina Chorona:Entra no coraçã ozinho dela... (e aponta para ela)
Menina Feliz: Nã o... entra no seu coraçã ozinho porque você que quer...
Menina Chorona:Ah é... entra no meu coraçã ozinho porque eu que quero...
Menina Feliz: E perdoa todo mal que eu fiz
Menina Chorona:E perdoa todo mal que eu... (Menina Chorona interrompe a oraçã o) até
puxar o cabelo da minha irmã zinha?!
Menina Feliz: Sim...
Menina Chorona:Mas ela mereceu... e também foi um pecado bem pequenininho, seria
grande se eu tivesse batido nela ou arrancado o cabelo dela...
Menina Feliz: É só que pra Deus nã o existe pecado grande nem pequeno, é tudo igual...
Menina Chorona:Ah está bem... entã o: Perdoa todo mal que eu fiz, até bater na minha
irmã zinha, mesmo que ela tenha merecido.
Menina Feliz: E me dá muita alegria...
Menina Chorona:E me da muita, muita, muita, muita, muita, muita, muita, muita, muita
alegria...
Menina Feliz: Em nome de Jesus
Menina Chorona:Em nome de Jesus
Menina Feliz: Amém.
Todos bem forte: Amém!
Menina Chorona:Oi amigos...agora nó s achamos a Alegria que ninguém pode tirar né ?
Menina Feliz: Agora vocês tem Jesus, Ele sim dá a verdadeira Alegria
Todos cantam a cançã o: "Alegria"
A alegria está no coraçã o de quem já conhece a Jesus,
a verdadeira paz só tem aquele que já conhece a Jesus,
o sentimento mais precioso que vem do nosso Senhor
é o amor que só tem quem já conhece a Jesus..
Aleluia!
O AVENTAL
Uma comédia curta, mas com uma reflexão que é uma lição para as nossas
vidas.
Esta peça nasceu em um evento em que fizemos para as Mães, o nome do evento
era Chá-do-Avental, então surgiu a idéia de criarmos um teatro. O resultado foi
maravilhoso, pois foi uma comédia, mas com uma reflexão que é uma lição para
as nossas vidas.
3 personagens
Maria: Ai, ai que coisa boa, já fiz toda faxina, a gente limpa, limpa, e amanhã
começa tudo de novo... mas eu mereço um descanso, esperei tanto por este
(campanhia toca)
Maria: Ah, claro, tava bom demais pra ser verdade. Quem será estas horas, deve
ser a vizinha querendo açúcar...
Maria: Eu sei sim, você quer um pouco de açúcar, porque quer fazer um bolo,
Maria falando pra si: Ah, que pena, eu queria tirar uma soneca.
Maria: Sente-se
Maria: Puxa vida, que legal, eu vou sim, na minha igreja a homenagem será no
Fernanda: Que bom irmã, eu passo aqui pra te buscar, ah... precisa levar um
avental tá ?? (e 2 reais)
Fernanda sai
Maria: Legal, acho que será bem divertido este Chá do Avental... (tira o avental e o
pendura) hiiii eu tenho que levar um avental, pra que será ? Tadinho deste aqui,
sujo, feio, vou ter que ir com outro, imagine, se eu vou te levar, eu passaria
Avental: Vamos acorda, preciso Ter uma conversa séria com você.
Maria: Ah, querido deixa eu tirar um cochilo, já vou fazer a sua janta.
Maria levando um susto: Calma! Calma, fala meu bem, não precisa ficar bravo.
pode ser.
Avental: Pode sim, sou sim de pano e fio vivinho da silva....É o seguinte, amanhã
Maria: Claro que não, você está sujo e velho, não serve pra nada, não posso passar
uma vergonha dessa. Levarei o meu novo, ele é branquinho e bordado à mão,
lindo!
Avental: Tudo bem ! Pode levar, mas você é uma ingrata, por tantos anos, eu te
ajudei nesta casa... fiz todos os almoços para seu marido e para as crianças... e os
(entra uma música melancólica no fundo) Não, aposto que não, te ajudei a limpar
o seu lar todos estes dias... até na igreja você me levava pra te ajudar a fazer as
festas de lá, claro que era pra ficar na cozinha lá trás nos fundos, e não para me
desfilar como amanhã você vai fazer com o "branquinho".... tudo bem, acho que
meus dias estão no fim mesmo, ninguém me quer, ninguém me ama, acho que meu
Maria: Por favor, eu vou te levar amanhã comigo, meu compaheiro de todos os
Maria: Ah, amigão, eu prometo dar banho em você um vez por mês !
Avental: E as férias ?
Maria: Férias ? Como assim ? Você já quer demais.
Maria: Nâo, não, férias sim, te darei os sábados e domingos tudo bem?
Avental: Ah, melhorou, tudo bem, e vê se usa aquele branquelo então nestes dias.
Maria: Vamos sim, vou voltar ao meu cochilo que você interrompeu.
Maria: Ai como é bom um soninho.... (olha para o avental) Que sonho maluco eu
tive, e foi com você, sonhei que você falava... (vai e se aproxima do avental) Alô !!!
tem alguém aí???... psiu (encostando o dedo) credo! Pareço uma boba, vamos à
luta aventalzinho querido....hum pensando bem, vou pegar o que tenho guardado,
porque você, eu vou te lavar para ir comigo amanhã ao Chá do Avental.
Fim
Não Toque
Dois atores e uma cadeira, um cartaz "não toque".
Um Mímico curioso, que por acaso passava pelo local, percebe a cadeira e
se aproxima...
O mímico desobedece...
Uma cadeira está no meio da praça com um cartaz pendurado nela dizendo: "NÃO TOQUE".
O Mímico curioso que por acaso passava pelo local percebe a cadeira e se aproxima.
Rodando em torno da cadeira ele tenta entender o que há de errado com ela. Sem chegar a
conclusão alguma, o curioso passa a frente da cadeira e olha para a esquerda e para a
Vendo que "a barra estava limpa", o curioso pega o cartaz (disfarçando e cheio de confiança)
e o joga no chão , desprezando-o. Enquanto olhava para o cartaz no chão, o curioso sem
Após achar graça do cartaz caído no chão, o mímico percebe ao tentar ir embora, que sua
mão ficou colada na cadeira (a mão e a cadeira permanecem imóveis embora o curioso
esforce-se em descolá-la ). Neste instante, outro mímico, o amigo, passa pela frente da
cadeira com o curioso colado. Imediatamente o curioso disfarça, acenando para o amigo que
então continua seu passeio. Após o amigo se afastar o curioso começa a ficar impaciente .
Ele coloca a outra mão no acento da cadeira para tentar descolar a primeira. Então percebe
que sua segunda mão fica colada também . Faz força, levanta a cadeira, sacode, e
O amigo acha estranho, mas depois olha para a platéia e elogia o curioso. Faz sinal de
aprovação e continua seu passeio. Tão logo o amigo se distancia, o curioso recomeça a
tentar se descolar. Ele está realmente nervoso agora. Joga a cadeira para um lado, joga para
o outro, coloca o pé no acento para se apoiar, mas o pé escorrega e ele acaba sentando na
curioso não perceba a aproximação do amigo, e não disfarça. O amigo começa a perceber o
entendendo...".
O amigo então se propõe a ajudar o curioso. Ele explica que vai orar a Deus para que Ele o
descole da cadeira. O curioso que continua com uma cara de revoltado com a situação, não
faz muita fé na eficiência da oração do amigo que mesmo assim não desiste. Dobra os
joelhos e ora com um rosto que demonstra sinceridade, simplicidade e fé. Enquanto isso o
curioso que estava olhando a oração com cara de revoltado, descola-se completamente.
Surpreso, o curioso se levanta com o rosto alegre e festeja com seu amigo. O amigo então
pega o cartaz e entrega para o curioso que aceita de boa vontade o mesmo. O curioso coloca
O amigo concorda com o curioso, mas após o cartaz "NÃO TOQUE" que esta colocado na
seus afazeres de casa. Por ter ficado tão sobrecarregada, começa a delirar e troca os nomes
dos filhos, lava os documentos do marido, etc. O final da peça não condiz com a excelente
idéia.
Kelly: Mãe, cadê o secador? Você pegou, né? (fala para a Maria Eduarda).
M : Kelly Cristina, não culpe a sua irmã. Você sempre se esquece onde guarda... Está no
armário do bwc.
Esposo : Bom dia, meu bem. O café está pronto? Tenho reunião cedo. Cadê a minha pasta?
M: Sente-se pra tomar o seu café. A sua pasta está no sofá, amor...
Pedro : (choramingando) Eu não, eu não, não fui eu! Deve ter sido o Luis. Só porque eu sou
Mãe : Mas a Ana Paula estuda à tarde. Não precisa acordá-la agora, benzinho. Tome o seu
café, vai...
M : Parem com isso agora! Kelly Cristina, senta pra comer! Pedro Henrique, vá terminar de
se arrumar!
M : Eu lavei sim, filha. Vou passá-la. Enquanto isso , vá chamar o seu irmão Luis Carlos.
Kelly : Isso, berre, grite mais alto, porque acho que os vizinhos não ouviram.
Maria : (ela berra mais alto, mas virada para a irmã) Luis, acordaaaa!
(Maria se assusta)
Maria : Ô, menino, que susto! (quando o vê com a cara de sono) Aaaaaiii, vai lavar este
rosto!
Luis: (provoca Maria soltando em cima dela o seu mau hálito) Eu te amo!
Luis : Ah, mãezinha, deixe-me ficar. Vai, por favor, por favor...(chacoalhando mãe)
Esposo : Ah, sim, é mesmo... Amor, eu deixei as contas pra pagar lá na cômoda. E não
esqueça que hoje tem que dar vacina no cachorro e que o cara do seguro virá pra fazer
vistoria no carro. Também não se esqueça de que você tem que pegar minha mãe na
rodoviária às 17h, tá? Beijo! Tchau, crianças (sai de cena pelo centro)
Kelly : Mãe, então não esqueça de trazer? Eu já comi e estou indo (sai de cena).
M : Luis, levanta daí e vá se arrumar (olha para Sandra e Pedro). O que vocês estão
M : Se vocês tivessem pedido antes, eu falaria onde está. E na escola vocês não podem
M : Tá, tá! Está na última gaveta da cômoda do lado do guarda-roupa bem no canto
Os dois : Onde?
Mãe olha para todos os lados e anda na ponta dos pés até a mesa pra tentar comer. Ao
Maria : Manhêêê, a Kelly usou a minha blusa e guardou suja e agora não dá pra eu usar
Mãe : Quietos, quietos! Fala um de cada vez. Assim a minha cabeça irá pifar......
(apaga as luzes)
NARRADOR : A vida diária dessa mãe sempre foi assim: mulher, esposa, amiga,
companheira...Até parece que tem um computador na cabeça, e elas tem mesmo. Maaaasss
(Acendem as luzes)
M : Kelly Henrique, não culpe sua irmã, tá ali (e aponta para o aspirador). Eu seco pra você
o seu cabelo.
Esposo : Bom dia, meu bem! O café está pronto? Tenho reunião cedo. Cadê a minha pasta?
M : Sente-se pra tomar o seu café. A sua pasta eu lavei. Está ali no balde, mas não se
M :É, amorzinho. Seus papéis ficaram mais brancos do que o branco. Era assim que o sabão
em pó dizia.
Pedro : Eu não. Deve ter sido o Luis, só pq eu sou o caçula eu tenho que levar a culpa?
M : Não, Sandra Carlos. Fui eu q peguei o seu caderno eu vi que ele era muito grande. Pra
M : Pedro Kelly e Sandra Carlos, parem com isso! E se arrumem rápido pra tomar o café
M : É, vai chamar a Ana Carlos, pois ele já dormiu bastante. Ou seria a Luis Paula? Ai, que
confusão!
M : Claro, como todos os dias. Deixa eu adoçar o seu café (joga em seu café uma enorme
M : É só pra adoçar a sua vida. Cadê essas crianças? Kelly José, Maria André, Luis Flavio,
Pedro Carolina, João Claudia, Sandra Henrique, Paula Victor se arrumem rápido pra vocês
M : Eu lavei sim filha, vou passá-la, enquanto isso, vai chamar o seu irmão Luis Victor.
Esposo : Sua mãe anda meio cansada. Acho que ela quis dizer o Luis que ainda deve estar
dormindo.
Luis : Filha? ...Ah mãe deixa eu ficar, vai por favor, por favor (chacoalhando a mãe).
M : Êêê, isso! (a mãe faz festa com eles) Ninguém vai pra escola e vamos ficar assistindo
TV, comendo pipoca e podemos também fazer brigadeiros e as meninas lavam a louça...
M : Ah, e você (indo para o marido e tirando ele da cadeira e entregando a pasta molhada)
Esposo : É verdade , estou mesmo ...Bem, eu tenho uma coisas pra lhe passar, mas acho
M : Imagina, chuchuzinho, pode passar, você sempre passou e alguma vez eu fiz algo
errado?
M : Então me passe.
Esposo : Bem... Tem umas contas em cima da cômoda. E hoje é dia da vacina do cachorro. E
o cara do seguro virá fazer vistoria no carro e você tem que pegar minha mãe na rodoviária
às 17h, certo?
M : Certíssimo, sua mãe está em cima da cômoda, vacinar o carro e o cara do seguro irá
vistoriar o cachorro, viu? Ou seria, vacinar a sua mãe, o cachorro está na cômoda ...
Kelly : Vai pai, que eu entendi. Compra uma caixa de bombom pra mim?
Esposo : Ta, filha eu compro, porque sua mãe é capaz de comprar uma caixa de sabão pra
você. Tchau!
M: Ah está, em cima das calças do lado esquerdo para quem olha de frente,ao lado do
Os dois : Onde?
M : Eu fui tão clara! Como vocês não entenderam? Lá na última cômoda, do lado direito do
Kelly : Eu também!
M: Kelly Cristina, Maria Eduarda, Luis Carlos, Sandra Mara e Pedro Henrique...
A peça inicia-se com uma iluminação baixa de cor vermelha focada no
personagem Lúcifer.
meu Nome é Lúcifer, Satanás, serpente, diabo, enfim, eu tenho muitos nomes.
Estou aqui senhoras e senhores para falar de mim mesmo, de onde eu vim, porque
estou aqui, qual o meu propósito aqui na Terra, e para onde vou e cá entre nós pra
onde muitos vão também. (estronda uma gargalhada)
Deus no céu, desfrutava de uma posição de altíssima honra, pois estava sempre na
presença do Todo Poderoso.
adornado de jóias preciosas e tudo mais. Eu era perfeito até que em mim foi
achado pecado. hahahahaha
Tudo aquilo pra mim era pouco, eu olhava aquele trono majestoso e pensava
comigo; este lugar tem que ser meu, mais como?
Se você acha que isso é pouco, vou te dizer uma coisa; você não conseguiria contá-
los.
Eu disse em meu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o
meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte;
novos anjos.
Eu odeio e detesto tudo que é de Deus; eu vim para roubar, matar e destruir. Eu
vou matar você! Eu sei qual será o meu fim, mas quer saber? Eu quero levar uma
multidão comigo.
Vou lhes dizer uma coisa; eu tenho tido muito sucesso, dentro e fora das igrejas.
...Vocês dizem: Meu Deus! Como pode? Alguns hahaha dizem que Deus não existe
por causa de todas essas coisas e eu adoro. Eu adoro, é isso mesmo que eu quero.
Sabe Jesus disse que na casa Dele tem muitos lugares e digo também que na
minha casa tem lugar que não se acaba mais.
Ahhh lembrei de outras coisas! Todos dizem serem filhos de Deus, dependendo da
boca de quem isso sai eu fico até emocionado, como é que pode; Eu sou o pai da
mentira, da fofoca, da violência. Eu sou a raiz de todo mal. Como pode ó mal
agradecido você me trocar?
Eu sou teu pai mentiroso, eu sou teu pai ó soberbo, orgulhoso, egoísta.
Ai mais eu não sou filho do diabo não! Eu não faço mal à uma mosca!!!
Bahhh pra cima de mim! Saiba que quem sabe fazer o bem e não faz comete
pecado, vai dizer que não sabia!!!
Vocês se imaginam falando de Jesus em todo lugar inclusive nos lugares mais
miseráveis da terra, passando fome, frio, dores e às vezes com o risco de serem
mortos?
Serem rejeitados por sua família, pela sociedade por amor de Jesus.
Pois é; está escrito que onde está o teu tesouro aí estará também o teu coração.
Jesus te ama meu querido. E daí, eu te amo também, te amo tanto que quero você
Fique assim mesmo como você está, fume, beba, prostitua-se, destrua-se.
digo eles acreditam, o inferno, haaa o inferno não existe não. O inferno é aqui
mesmo. Que doce mentira esta, felizmente quem morrer crendo assim, descobrirá
É, eu sou o cara mesmo. Tem gente que se ajoelha para imagens feitas por
homens, pedindo que intercedam por elas, tolinhos. hahahahaha é para mim que
estão se prostrando, estão cegos!
Eu sou o inimigo de vossas almas, todas sem excessão, eu odeio todos vocês.
Esses crentes malditos pedem à Deus pela vida alheia em suas orações. Então Ele
me proíbe de matá-los. Haaa mais quando eu posso tocar, aí sim eu vou com tudo.
Claro não posso dar chance pra ele se converter algum dia. Então eu o mato, e levo
Agora você está morto e sua alma é minha. O salário do pecado é a morte, chegou
a hora de receber os seus vencimentos.
(figurando) Eu trabalhei muito pra isso, sou rico agora, muito rico. Deus? Quem
precisa de Deus quando se tem dinheiro? Agora que eu tenho dinheiro, tenho tudo
que sempre sonhei, aproveite oh minh`alma regala-te nos tesouros que ajuntei
aqui na terra.
Louco!!! Hoje pedirão a sua alma, o que tens para apresentar a ELE?
Nada não é? Mãos vazias, vida vazia. Porque está escrito; não ajunteis tesouros na
terra onde os ladrões roubam e a traça consome. Mas ajunteis tesouros no céu,
Para chegar onde você chegou, oprimiu ao necessitado, com práticas desonestas
A sua chance acabou, sua oportunidade passou desde aquele dia que um
Você estava muito ocupado não é? Afinal tempo era dinheiro e você não poderia
Eu vim levar você comigo, sim porque no céu, onde está o trono do Todo Poderoso
considerados animais impuros, assim como na sua vida você não se arrependeu
de seus pecados, não lavou as suas vestes no sangue do cordeiro de Deus.
Feiticeiros porque a bíblia diz que aqueles que cometem atos de rebeldia é como
pecado de feitiçaria. Hahahahahahaha.
que não podem fazer nada, amantes das riquezas que era o seu deus.
E mentiroso porque não preciso nem dizer quantas vezes eu te usei não é?
Então venha, venha comigo meu filho, você não quis ser de Jesus, agora você é
meu. Hahahahahaha.
FIM