Você está na página 1de 6

O Papel Central dos Smartphones na

Convergência

Convergência significa que


empresas que costumavam
estar em indústrias distintas,
como as operadoras de
telefonia fixas e móveis, os
provedores de Internet, as
empresas de TV por assinatura,
Mídia, Entretenimento, Eletro-
Eletrônicos e TI, dentre outras,
estão agora potencialmente no
mesmo negócio. Isso também
significa que seus modelos de
negócios dependerão cada vez
mais da eficácia da combinação
do tripé Software, Devices e
Serviços.

Diversos fatores contribuem para isso, dentre


os quais:

1. A emergência de novos pontos de acesso a Internet WiFi. Cerca


de 50 mil em 2003 para mais de 1 milhão em 2008 (Fonte
Wefi),
2. A crescente proliferação de Devices, Serviços e Redes IP, que
continuará apresentando ritmos fortes,
3. Os gastos com Música & Games Online e também com a
adoção de banda larga, que se materializam a taxas aceleradas
em todo o mundo e
4. O tráfego mundial de Internet, que continua a crescer acima de
50% ao ano (Fonte MIT).

Em paralelo à revolução ocorrida nos setores econômicos acima, podemos


observar uma batalha por padrões de tecnologia de transferência de dados,
voz e informação. Já é possível apostar na dominância da chamada
Tecnologia IP sobre as tradicionais redes de comunicação (wireless/móvel e
a PSTN – rede pública de telefonia comutada).

A primeira batalha foi ganha quando as grandes corporações e usuários


finais passaram a utilizar serviços como o Skype para realizar suas ligações.
A segunda grande batalha está se dando nesse momento, quando a nova
geração de smarthphones (liderado pelo Iphone 3G) traz em suas
funcionalidades as possibilidades de acesso à Internet rápida e a utilização
de serviços de Mobile VoIP.

O Papel Central dos Smarthphones

No meio de tudo isso estão os smartphones. Eles serão os


responsáveis por transformar as promessas em realidade, pois
são a “personificação” da convergência e deverão representar
cerca de 35% do total de devices móveis em 2013.

Em função da combinação inédita de processamento, armazenamento e


capacidade multimídia, os smartphones estão acelerando a convergência e,
com isso, levando nossa experiência multimídia (jogos, músicas, TV,
Internet e vídeos), fotográfica, de navegação por GPS e de compras a um
outro nível.

Nos próximos anos, podemos prever um forte crescimento no mercado da


nova geração de smartphones – aqueles que convergem funcionalidades de
voz, com aplicações de PDA, multimídia e games online. Esses dispositivos
irão expandir o mercado para incluir novas categorias de consumidores, que
irão utilizá-los para atividades muito além das tradicionais chamadas de
telefone móvel.
Essa é a razão principal pela qual Dell, Apple e Microsoft querem participar
desse mercado. Em 2011, a venda mundial de smartphones deverá
ultrapassar a venda de PCs, alçando um volume próximo a 400 milhões de
unidades.

De certa maneira, a popularização dos smartphones é mais


uma vitória da Web – um processo inexorável onde todos e tudo
estarão online, trocando informações entre si (profissionais,
pessoas físicas, produtos e serviços).
Algumas dessas implicações ainda não passam de utopia e
somente o tempo será capaz de provar sua viabilidade.
Por outro lado, mudanças mais factíveis já estão sendo
postas em prática e alterando substancialmente a maneira como
compramos, relacionamos, adquirimos informações e nos

Dentre as principais Implicações deste cenário, podemos


evidenciar:

1. O surgimento de novas funcionalidades e aplicativos C2B, B2B e B2C,


2. O crescimento da importância de M-Payments e M-Commerce,
3. As novas aplicações M2M (Machine-to-Machine), como Automóveis ou
Produtos transmitindo informações (Kindle, Geladeiras, Automação
Comercial),
4. A redefinição da TV como a conhecemos, com a TV Digital impactada
pela popularização de streaming por celular (TV, Youtube, etc), com
implicações significativas em toda a cadeia (principalmente produção e
distribuição de conteúdo),
5. A substituição de carteiras, chaves e outros “apetrechos” do
quotidiano,
6. A aceleração da intensidade das conexões 2.0 nas diversas redes e
comunidades existentes (com um forte impacto na demanda por trocas
P2P),
7. O crescimento da importância das lojas de aplicativos mobile como
canal de distribuição, divulgação de produtos e informações,
relacionamento com consumidores e, principalmente, fontes de receitas
– não somente para desenvolvedores e conteudistas, mas para toda a
cadeia de valor envolvida, tais como:
a. Em 2009 a Apple Store ultrapassou a casa de 1 bilhão de
aplicativos vendidos,
b. A empresa Kraft desenvolveu o IFood Assistant (aplicativo de
planejamento de receitas culinárias) e, ao invés de “patrociná-lo”,
resolveu vendê-lo por US$0,99. (Exemplo que ilustra nossa tese
que modelos de negócios precisarão cada vez mais de Devices,
Softwares & Serviços).
8. Sites de comparação online estendendo sua cobertura para varejistas
e demais negócios off-line,
9. Pessoas e organizações, independente de sua localização, podendo
se comunicar entre si, não somente através de conversas básicas, mas
também através de vídeos e troca de informações, como por exemplo:
a. Aumento da produtividade, permitindo um número maior de
funcionários utilizarem as TIC a qualquer momento,
b. Aumento da satisfação de consumidores por permitir respostas
mais rápidas a seus requerimentos,
c. Maior eficiência do processo decisório ao reduzir o tempo
necessário para respostas e permitir funcionários utilizar
Internet, e-mail e serviços de voz mais rapidamente,
d. Redução do TOC ao reduzir a necessidade de adquirir múltiplas
licenças de software e hardware, dentre outros fatores.

De modo resumido, o conjunto de implicações resultantes da maior


utilização de smarthphones com acesso à Internet pode ser categorizado
em dois grupos. De um lado, existem as implicações no modo de viver da
população – tornar o dia-a-dia mais fácil. De outro, as implicações na
maneira que transações são realizadas (compras e trocas de informações),
tanto por indivíduos quanto por organizações.

As implicações derivadas dar-se-ão de forma desigual nos vários setores da


Economia, assim como nos vários departamentos das organizações. No
futuro próximo, acreditamos que os Setores da Convergência acima
listados, além do setores de característica varejista, como Finanças, Varejo,
Seguros, Serviços, etc e os Departamentos de TI (Desenvolvimento, Infra-
Estrutura e Internet), Logística & Operações, Marketing (especialmente
Promoção & Relacionamento com Clientes) e Vendas devam ser mais
impactados. Mas isso é nossa aposta.

Para saber mais sobre o tema, acesse nossos artigos abaixo ou entre em
contato (contato@ec-corp.com.br).

Thiago de Assis Silva


............................................................
Contacte-me Linkedin Slideshare Twitter
Links de interesse:

Internet S.A - Convergência e Alinhamento Estratégico -

http://www.domsp.com.br/midia/ultimos-artigos/internet-s.a-convergencia-e-
alinhamento/?searchterm=converg%C3%AAncia

Oferta 2.0: Convergência Competitiva Integral

http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/oferta-2.0-
convergencia-competitiva-integral/?searchterm=converg%C3%AAncia

Da Convergência Digital à Convergência Corporativa

http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/da-convergencia-
digital-a-convergencia-corporativa/?searchterm=converg%C3%AAncia

A Web 2.0 Acelerando e Desgovernando a Convergência

http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/a-web-2.0-
acelerando-e-desgovernando-a/?searchterm=converg%C3%AAncia

Convergência redefinindo interações e relacionamentos

http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/convergencia-
redefinindo-interacoes-e/?searchterm=converg%C3%AAncia

Você também pode gostar