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CONSÓRCIOS PÚBLICOS E O

DESENVOLVIMENTO
TERRITORIAL

MARCELO DUNCAN – Brasília, 2006


LEGISLAÇÃO DE
REFERÊNCIA

Constituição Federal
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios disciplinarão por meio de lei os
consórcios públicos e os convênios de cooperação
entre os entes federados, autorizando a gestão
associada de serviços públicos, bem como a
transferência total ou parcial de encargos,
serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade
dos serviços transferidos.
LEI CONSÓRCIOS PÚBLICOS

Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre normas gerais


para a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios contratarem consórcios
públicos para a realização de objetivos de
interesse comum e dá outras providências.
DEFINIÇÕES E OBJETIVOS
Art. 1º e Art. 6º
O consórcio público constituirá:
 associação pública, hipótese em que integra a
Administração Indireta de todos os entes
consorciados; ou
 pessoa jurídica de direito privado, hipótese
segundo a qual se sujeita aos requisitos da
legislação civil e, ainda, às normas de direito
público quanto a licitações, contratos
administrativos, prestação de contas e regime de
admissão de pessoal.
Objetivos

a) Gestão associada de serviços públicos


executados por terceiros;

b) Execução direta de serviços públicos,


associada à auto-gestão;
COMPOSIÇÃO POSSÍVEIS E
ESFERAS DE ATUAÇÃO
b. Municípios;
c. Estados;
d. Estado e Municípios com territórios nele contidos;
e. Estados e Municípios com territórios neles contidos;
f. Estados e Distrito Federal;
g.Estados, Municípios com territórios neles contidos e
Distrito Federal;
h. Distrito Federal e Municípios;
i. União e composições previstas nas alíneas b a f.
Abrangência
Serviços públicos, associados ou não a obras,
nas áreas de:
➔ Saúde;

➔ Saneamento;

➔ Energia;

➔ Transporte;

➔ Meio Ambiente;

➔ Segurança, dentre outras.


Poderes
Para a execução de suas atividades, os consórcios
poderão (art. 2º, §1º, da Lei 11.107/2005):
➔ firmar convênios, contratos e acordos;

➔ receber auxílios, contribuições e subvenções

sociais ou econômicas;
➔ promover desapropriações e instituir servidões

previamente declaradas pelo Poder competente;


➔ outorgar concessões e permissões de serviços

públicos;
➔ ser contratado diretamente pelas unidades

federativas que compõem o consórcio.


Poderes
Podem, ainda, os consórcios realizar
licitação em benefício próprio ou da
qual decorram contratos
administrativos celebrados
individualmente por entes
consorciados.
CONSTITUIÇÃO DO CONSÓRCIO

Art. 6º. O consórcio público adquirirá personalidade


jurídica:

I – de direito público, no caso de constituir


associação pública, mediante a vigência das leis
de ratificação do protocolo de intenções;

II – de direito privado, mediante o atendimento dos


requisitos da legislação civil.
Protocolo de Intenções
Art. 5o O contrato de consórcio público
será celebrado com a ratificação,
mediante lei, do protocolo de intenções.
Protocolo de Intenções
Cláusulas obrigatórias:
➔ Identificação do consórcio, sua natureza jurídica, seus

objetivos, prazo de duração, área de atuação e seus


consorciados, também devidamente identificados;
➔ Normas de sua Assembléia Geral, de eleição e
mandato do representante e do provimento e
remuneração dos empregados;
➔ Condições para representação dos entes
consorciados e para a celebração de contrato de
gestão e termo de parceria;
➔ Autorização expressa para a gestão associada de

serviços públicos.
Contrato de Constituição

Art. 3º. O consórcio público será constituído


por contrato cuja celebração dependerá de
prévia subscrição de protocolo de intenções.

>
Contrato de Constituição
Art. 5º.
§1º O contrato de consórcio público,
caso assim preveja cláusula, pode ser
celebrado por apenas 1 (uma) parcela dos
entes da Federação que subscreveram o
protocolo de intenções.
Contrato de Rateio
Art. 8º. Os entes consorciados somente entregarão
recursos ao consórcio público mediante contrato de
rateio.
§1º. O contrato de rateio será formalizado em
cada exercício financeiro e seu prazo de vigência não
será superior ao das dotações que o suportam, com
exceção dos contratos que tenham por objeto
exclusivamente projetos consistentes em programas e
ações contemplados em plano plurianual ou a gestão
associada de serviços públicos custeados por tarifas
ou outros preços públicos.
Contrato de Programa
Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por
contrato de programa, como condição de sua
validade, as obrigações que um ente da
Federação constituir para com outro ente da
Federação ou para com consórcio público no
âmbito de gestão associada em que haja a
prestação de serviços públicos ou a transferência
total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou
de bens necessários à continuidade dos serviços
transferidos.
RECEITAS

- Tarifas;
- Recursos provenientes dos consorciados,
que não podem se destinar a despesas
gerais do consórcio;
- Contribuições e subvenções econômicas de
outras entidades;
- Convênios;
- Parcerias.
DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

- CONSÓRCIOS PÚBLICOS COMO PROMOTORES


DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Implementando programas territoriais de dinamização


econômica, gestão de recursos naturais, melhoria de
condições de vida da população rural e urbana.
Executando os planos de ordenamento territorial,
agenda 21, educação, saúde, infra-estrutura, etc.
DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
- CONSÓRCIOS PÚBLICOS COMO EXECUTORES DE
INVESTIMENTOS E PRESTADORES DE SERVIÇOS
PÚBLICOS DE INTERESSE DO TERRITÓRIO

Elaborando projetos e captando recursos nos orçamentos


federal e estadual, e agregando recursos municipais,
para a contratação de obras e de serviços públicos de
natureza territorial que sejam demandados pelos planos
territoriais de desenvolvimento rural sustentável
DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
- CONSÓRCIOS PÚBLICOS COMO ATORES
NECESSÁRIOS E REPRESENTATIVOS NOS
COLEGIADOS TERRITORIAIS

Assessorando, enquanto ente de natureza técnica-


executiva, os colegiados territoriais e apoiando a
participação da sociedade civil no planejamento e
acompanhamento dos planos territoriais
DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

- CONSÓRCIOS PÚBLICOS COMO PROMOTORES E


GERADORES DE CAPACIDADES NOS TERRITÓRIOS

Estabelecendo projetos de atração e qualificação de


recursos humanos, apoiando as entidades sociais que
prestam esse tipo de trabalho, desenvolvendo
capacidades institucionais territoriais e locais

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