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Campos Eletromagnéticos Estaticos (CC) Comegamos o nosso estudo dos campos eletromagnéticns examinando inicalmente as leis do Eletro- :mgnetismo para campos esttions (cx). As disribuighes estticas de eargas (cargas que nifo estio em movimento) produzem duas das quatro grandezaseletromagnsticas: oetor intensidade de campo eé- trico, denotado por B, © 0 cetor densidade de flo eletrico, denotado por D. O mevimenta de eargas constitu uma carrente e um movimento continuo de cargas é uma corrente continua (ce). Correntes continuas produzer as demas grandezaseletromagnéticas: 0 eetor intensidade de campo magnetico, enotado por H, ¢ 0 eetor densidade de fluxo magnético, denotado por B. [Nos demais capitulos deste lv, estudaremosas leis do Eletromagnetismo parao movimento de cargas ‘variate no tempo, isto 6, correntes nao-continuas no tempo. Os quatro vetores dos campos aelma men- ccalcular 0 vetor intensidade de campo elétrico E para diversas di » determinar o efeito de materiais dielétricos em campos elétricos; > usar a ei de Gauss para calcular o campo elético para distribuigdes de cargas que possuem si- rmetria; > calcular tensdes para varias distribuigoes de cargas: > coloular # eapacitancia de diversas estruturas tpt > determinar a resisténcia de diversas estruturas comuns usando a lei de Ohm: ‘Campos Eleromagnético Esttcos (CC) > 55 art para calcularo vetor densidade de fluxo magnétioo B para diversas disti- > determinar o efeito de materiais magnéticos em campos magnéticos; > usar a let de Ampere para caleular 0 campo magnético para distribuigdes de correntes que possu- em simetr > entender o significado da lei de Gauss para campos magnéticos; © caleular a indutancia de diversas estruturas; > usar a equacéo da forga de Lorentz para determinar a forga devido a eargas e correntes: > citar exemplos de aplicagées tipicas em engenharia desses principios do Eletromagnetismo, » 3.1 CARGA E LEI DE COULOMB Sabemos que eargas estticas de mesmo sinal se repelem e cargas de sinaiscontrios se atraem. A Forga de atragdo ou repulsio é governada pelaiet de Coulomb. Considere a Pig, 3.1, onde duas cargas pontualsestio separadas no viewo (aproximadamente oa por uina distineia Ri, (Reservaremos o stnbolor para a vari vel distincia radial nos sistemas de coordenadas cilindrieas esférleas. O stmbolo seré usado para deso- tara distincia entze dois pontes) A Tei de Coulomb diz que a forge de atragio ou repulsio 6 dada por = Oey Tea ou A forga de atragio ou repulstio esté em nevstons (N) e varia ditetamente com o produto das cargas e inversamente com o quadrado da distancia de separagdo entre elas, Assim, esta é wma Jei do inverso do quadrado da distancia como a loi da gravidade, A unidade de carga € 0 coulomb (Ci, nomeada depois da descoberta da lei. A force, para cargas de mesmo sinal, é de repulsao e tem como suparte a reta que une as carges. No caso de cargas de sinais eontrarios as forgas serio de atragio. A grandeza e, & a permissividade do meio circundante (aqui as ido como sendo o vacuo ov aproximadamente 0 ar), O valor é #, = 8,8542... x 10" F/m e ‘valor aproximado & Lao 8 = eX IO" Flan (32) A unidade 6 farad (F) por metzo (m) ou capacitineia por unidade de distancia. Anteriormente, ¢ ainda no presente capitulo, serio acrescentadas informagdes adicionsis sobre essas unidades. Assim, a cons- tante na let de Coulomb 6 aproximadamente. ceeoxie aa) ire, ce alei de Coulomb pode ser eserita para cargas situndas no viicuo (espago livre) como pa 9x W022 wo Figura 24 Hustragio da lei ce Coulomb, 56 > Capitulo Trés Figura 32 Esemplo 3.1 Para cargas em um meio materal que nfo sejuo veo, ale de Coulomb sera mesma, exceto pela permis. dade do vacuo, ,. que ser subsituida pela permisshvdade daquee meio, ¢, que srt diseutid ma Segin 3.3, > EXEMPLO 3.1 “Tes cans pontuis esto localiadas no sistema de conmdanads retangulares como mostao na Fig. 92, A eat £10, = 5 yF et locladaomy = 3, acura Q,~ ~3 esti ocala ows = Beaconga Qs = 1a es Toelzads fa origem. Deter ovetor rg exorida sobre Q, pels outasduascarges. SSOLUGAD O vetorForgaexereida sobre Q, por Q,é A finer sore 0, por Qe 0911x209 oF 510%, N ox 10 A forgaresutante 6 F= Fy +Fs = 875 X 10% a, x 10a, cfu intensidade €F = 84 10°. > EXERCICIO DE REVISAD 31 ‘Determine a intensdade das forgas de fatorago entre dnas cangas pontuas de LW situadas no vevo que eto separadss por 1 m RESPOSTA 9 x 10° (1 mllhio de toncladas!, ‘A.carga pontual é um conceito ti, porém um pouco artificial. Uma carga pontual & considera ocv- ‘pando uma regio infinitamente pequena, que aprosimamos como sendo um ponto. A arg esté stl mente distbufda como uma linha de cargas, uma superficie de cargas on um volume de cargos, coo rmostradona Fig, 93.4 Fig 3:82 mostra uma distribuigio linear de carga, Tal distribuigao de carga é deno- tad por p tom por unidade o Cin. Esta distihnigo pode sor uniforme (uniformemente distrib «0 Jongo da linha) ou nfo. A distibuicio superficial de earga mostrada na Fig 3.3b &denotada como p,€ tM [por inidade o Cima dstibuicio volumétrice de carga wostrada na Fig. 3.806 denotada porp,¢ ten por Iidade 0 C/m# No easo de distrbuigies nfo uniformes, equactesirio descrever tis distribu Campos Eletromegnéticos Estiicos (CC) ® ST Figura. Iustgao de vis densdades de carga) Una istrbuigio linear de carga. (b) Uma distribuigdosuperfict alde carga, (c) Uma distibuigio volumetric de varga. > EXEMPLO 32 ‘Uma carga est distetbuda de maneira nfo uniforme sobre um disco de raio 2 m, da seguinte maneiny p, = 2% 10" Cin, Determine a eaga total contida no disco. SOWUGAO 0 problems estécaquematzad na Fig 9.4 Em coordonada cnc um clomento de perf és 3 = (edXdr) = rns. O elemento de carga (que iremos nos referir como uma “amostra de carga") contido nessa - superficie diferencil & « pads 2x rds A.cangs total contd na superficie do disen € : = f | ax rots sor de q =i © 4 : Mw c _ > exencicio DE REvisho 32 Determine a carga contida na dstibuigio vwolimétrica de cargs fy ~ 5X 10-4 Cin nun volume defini por 0 = FS 0595 72,05 05n2, RESPOSTA 1,59 x 10C. < y pax 10% Cin ‘rapa “ Figura txemplo.32, 58 > Cepitulo Tres Figura 35 Campo elétrico de uma carga pont. b> 2.2 VETOR INTENSIDADE DE CAMPO ELETRICO “Ascangus exorcem forgas sobre as outeascargas em sua viznhanga, Assim, podemos pensar em tm can pode forge exstindo em fomo de umna carga pontual (© outrasditibuighes de cargas), Este conceito res leva h primoita das quatro grandesas eletromagnéticas fundamentais:oveforintensidade de campo Uietrico, denotadlo come B. Para lustraro significado dessa grandeza, considere a carga pontual Q mos- trad na Pig. 35. Se introicirmos uma carga de teste posit, q, ma forga sed exercida por Q sobre a ‘argu de tore, O vetor ntensidade de campo elétric & defini como a orga por unidade de canga de teste postina exercida sobre aquela carge: E vim 5) Anmidade da intensidade de campo elétrico é newton porcoulomb ou, equivalentemente volt por metro: tina tons (voltayem) por unidade de dstincia. Para a carga Q na Fig. 35, escolhemas Q; = Qe Qs = fq em (3.1) eobtemos a intensidade de eampo eltrice de uma carga pontual Q: 12 Tre, B ap Vien (36) [Rve vetorintensidade de campo elétrico para uma carga poniual est na cero da forca exercida sobre a carp de teste positvae es diigidaradaente para fora de Q como simbolizado pelo vetoruntrio ay O “eto ntonsidade de campo elétrico para uma carga pontual decal inversammente como quadrado da distancia 32.1 Detorminagao do Campo Elétrico para Distribuigées de Carga ‘Adeterminagfo do vetorintensidad de campo elétrico (ou simplesinente 0 campo elétrico) para ontras ‘istubuigaes de carga, tas como distsbuigdeslineares de carge, distibuighes superfciais de earga & distibuigdes volumeétricas de carga, é muito simples se primeiramente dividirmos a distribuigto de car- gun em ametras diferencias de carga, dQ es queso trata como cangis pontuas; depos uses ‘nie posigdo para somar as contribuigies de todas esas carga cliferenciais no pont onde estaraos inte Tessaos em ealealar F, ¢, finalmente (talvex 0 passo mais importante), wilzarmos a sinetria para sim- plificar a intogral resultante. ‘Eave uso de superposigto para somar as contebuigGes de todas as amostns diferencias de cages, © ‘rat las camo eargas pontuais 60 ceme da determninaggo do campo elétrico para outras distribuigoes de ccargas Uma ver que dividimos a distnbaigdo do eargas em amostras de eargas, vamos tratilas como cargas pontais, 2, e sar o resultado para uma carga pontual dada em (86) para determinar a cont- buigdo diferencia! para o campo elétrico em um panto: a Le ay Vim an) OO are, como mostadona Fig 3.60: nto, somamos (coma uma integral as contabuigGes para determinaro campo tlotrice toll no ponto. Observe que, quando fizemos isto, a distinct R entre amosta de carga, dQ = > EXEMPLO 33, Campos Eletromagnéticos Estitons (00) » 59 d= pyt as & dE . le . on eee 0, A oe, 0, os Fr 26 htc determina do voto intesdade deca po elec par sna dsb seca) Conbngs fe Fema pa etor de snes directs de carga.) Sona ® ‘trl Je odar consis deren de erg pt, © 0 panto onde estamos determinando 0 campo elético varia, E mais: as contibuigdes diferencias rao campo elétrico variam em direco, como mostrado na Fig. 3.6b, de forma que osomatério de todos os fetes das amostrasdiferencais de cargas envolvevetores. No seremos tao ambiciosos em querer deter nar oeampo elétrco em qualquer lugar em torno da distrbuigo de cars, mas iremos calculélo em certos Jocais de forma que possaos usr simetra para simphifcarntogralresultante. Os exemplos seguintes hae tram esse método, o qual ser usada, na integra, também na reschigio de problemas de campo magnético, ‘ais adiante, neste captul, Assi, le um métado muito simples e deve sex asinslado pelo leitor. Determine o vetor intensidade de cunpo eétrico nes pontos exteriors a distibuig lin cle carga, pCi, de ‘omprimento L, onde a carga et uniformemente distribuida ao longo da linha, SOLUGAO Feineiropascionames dstbuigo ins de eaga wo long do ci do ssa de condensin dies, como mostra Fig 37 Gentrame-la na rgem do terra de cordenaas loans nana Sobreo ean += ents metade soy oe s,m de prvetarmr asnetia Dios ina de cargasem das amos de args geet snetsnente pt ex ela a cent, Cada una dest aos de ‘exrgatem valor dQ = pC tata enmo se fs na carga pont. Pra simple ante sstante tprorcitando a simetriremos apenas determina ato elec en dt pari do so cento oem uma linia pemendielara cle elo tg, ts wns portant cones david snc antes de ears superior inferior tn prods combats de fori esas components verteas deco») se saeelam, Aetando apenas as components ads come read Ein outros kts capo no sr ral ent esting nos ns nde aos ponte que esta sore ma nha perpendiclr ao pot medio para sna mest ssa componente rad (devil x amos cargs supers nro tens {60 > Capitulo Trés ] za%y a 282 0-—Hhyo2 Pecim—+| d.=0482 0-H aatig o Figura 37 compl 3.3; doterminacio do vetorintensidade de campo eletico para wna linha de carga (a Sinli- featidoo problema tcando vantagem da simetra. (b) Ovetorintensidade de campo elétrio para wma linha de car- gs Iflnlta,positvamente carregida, ests diigo radialmente para fora dain do carga. ‘A doterminagto requ a integral 2 38 PVeee 8s resutando em oe ee fo 39 Beer Varo 09 arama lina do cages de comprimento infin, frzomen 1 @abtemen =a Lom reso ok 20) > EXEMPLO34 ‘Compas Eletromagnéticos Estos (60) » 61 Esse resultado parao campo elétrico a partir de uma lia deeargas de comprimentotufnito um resultado rouito Important, que ser usado em indmeras neasibese deve ser memorizado. Com duas ou tees integris como (3.8), 3 tmaioria dessos problomas pade ser resolv, Observe que 0 campo eltreo para ma ala de ears infin & ri lslmentedirgi para fora’ da linha e decatinvessamente, com a distil, 8 mesma. Um grille desse campo & apecsentad na Fig. 37. 4 Muitos dos problemas do Eletromagnetisino podem ser esolvidos usando os resultados determina- dos previamente. Os exemplos seguintes ilustram o uso do resultado de uma linha de cargs infinita de- ‘erminado no exemplo anterior. ‘Una lamina de eargis infinita com distibuigto superficial de carga uniformep, C/s* est loclizada no plano 2, como mostrado na Fig 3.8. Determine o campo elétrico no ponte a wana distincia dda limita SOLUGAO Pons nossa dstbigo de cage como send compost de dstrbuigies eae carga dro A distin near de carga doa ina doc p= ode Cm elo Exempla 33, ocampo lio de a ins de ars nit ext raanent igo par fra dis de cargo sua maguitade ¢ » Bee ede Boe Observe ua Fig. 3.8 que o campo elétrico das linhas de cargas simetrleamente dspostas rd fazer com que as ‘componentes verticnis do campo elétricn se cancelem, detrande apenas 1s companentes horizontals. Assim, Figura 38 Exemplo 3.4 determinagéo do vetorIntensidade de campo elstico para uma distrbulgo sypetill pla nade exrgsscotsidersnco a distnibuigio superficial de cargs como una seqlencia de infinite ints de cages © ‘usando a meta eo resttado da Brempla 33, ean estver caregad postvnente (NT) 62 Capitulo Trés obtemos o campo elétrico total com as componentes horizontais dirigidas pempeudicularmente & mina de cates Mas a ces(a) = § Substitundo e somando todas as contabuigSes, temas i us ~ | ie 74 lea Isso raquer o edleulo da integral (on) i oweine waka yo oni 1s também fornoce o campo no lao esquerdo da mina y <0, so troearnos os, que ocampo est ded sa diego 2y, opts so velo uni 4 > EXERCICIO DE REVISAO 3.3 Determine o eampo eltricodvile ama efor de carga de rio a, pare r> a, onl ca Astibuida sobre a superficie estérea oom distbuigio p, Ci, (Sugestio: Cologue a esers na origem do sistema de coorlenadas esféricas) RESPOSTA E = (patvey*Ia parar> a 44 > EXERCICIO DE REVISAO 3.4 Determine o cunpo elétrien devido a uma esfora carrogida de rao para r > a, onde a carga est uniformemente dlstibuida por toda a esfera com distribuigio volumdtria de carga p, Cn’. (Sugestio: Caloque aesera na arigern do sistem de coorenadas esters) RESPOSTA E ~ (nae, para > a 4 ® 3.3 VETOR DENSIDADE DE FLUXO ELETRICO E MATERIAIS DIELETRICOS Alé este ponto, temos considerado o véewo (aproximadamente 0 ar) como o melo envolvendo as distr- de cargas, Agora, esaminaremos oefeito de outros materials sobre esses campos etrices resul- A importante elasse de materials que estaremos considerando é chamada diel¥éricos. Exemplos so 0 quartza, 0 teflon, aborracha eo vidro, Esses materiaissio muitas wezes também chamados isolan- fes, aque nao existe um ntimero significative do cargas livres presente dentro deles, diferente dos me- Campos Eletromagnétcos Estitccs (CC) 63 tais, onde elétrons livres esto dispontvets para luxo de cangas (comrentes). A importante caracteristica de distingio dos materiaisdieléricos & a presenga de cargas de polarizagdo, i (@ 0 Cc) 19.0 lipo elétricn. (a) Determinago do campo elétrico além das extremidades dos dipalos.(b) Determl- agi do eumpo elétnoo pars pants an longo da linha mediana do dipolo, (c) Bsbogando o campo eri através ‘de voto. (d) Esbogundo campo por meio das linas de frp Sane: G4 > Capitulo Trés Para ilustrar 0 efeito das cargas de polarizuglo, considere o dipolo litrico mostrado na Fig. 3.9. 0 lipolo consiste em eargas iguais ¢ opostas Q, separadas por wma distinela L, Determinaremos o campo «elétrico nas extremidades do digolo em z = r. Temes entio Para uins distncia muito maior que a distineia de separagio das cargas, o eampo elétrico assume a forma ot * Bree Observe que o campo elétrico depende do produto entre a carga a separagéo, Ql. Ele também decal {versamente com o cubo da distancia. Similarmente, podemos determinar 0 campo elétrico ao lado do Figura3.10tustracio do momento de dipolo de carga de poleiaagio cem dieletices do campo, usando lias de forgs, é apresentado na Tig. 38d, Note que o campo elétvico depend do produto entre a carga © a distancia de separasio, Isto € referide como o momento de dipolo.o qual 6 denotado por p Dipoos elétrioos consistindo om um par de carga de polaridade oposta que esto ligula, ou sea ‘io esto livres para se mover independentemente umas das otras, gcorrem ein materasdicltscos a0 nivel atdiico, Esta so roferidas como cargas de polarisagdo, Cortos materia, ais coma égus, con tm dipoles microsoépicos que esto aleatorlamente orientaos, deforma que os campos eltrcos des. ses dipolos tendem ase eaveclr. Em outros mates dielérios, a aplicagio de umn campo elt ex temo faz com que os centrosaldicos das carga positivas © negativas se desloqnem ligelramente for mando um dipole, apleasio de nm campo elétrico externo faz com quo os dipols do dielétrieo girem de forma ase alinhar com o capo elétrio, como thstralo na Fig. 2.10, A forg de votagao depend do valor da carge eda distancia de separasio, [entre elas. sto est contido no momento do dipole. o qual é expresso como uma grandeza vetorial p= Cm 5) onde 0 vetorestédirigidoda carga negatlvapara a carga positlva. Note queo momento de dipolo est na dliresio do campo elétrico nas extremidades do dipolo, como obtido cima, e€ dfinido como sendo oposto | diregio da forya que uma carga exerce sobre a outra. Em um volume contendo um grande mimero. Asses dipolos, definimes a vetor polarizapdo como o momento de dipolo por unidade de volume: =p q Cn 16) [Na auséncia de um campo eltrien, os dipolos io sleatoriamente orientados de forma que sous momen: tos de dipolo se cancelam « o material € dito despolarizac. Quando um campo elétrico extemno € apli- ‘ado, os dipolosgiram para tentar se alinhar com o campo, Nem todos os dipols se alinkiam complet mente-com o campo, de forma que oalinhamento resultante é dado pelo vetor polarizagio, Ele fornece ‘uma indicagio da polarizayio resultane do dielétrico, Fara ifustrar o significado deste conceito, considere wm capacitor de placas paralelas, mostrado na Fig. 3.11a, Uma baterta ¢ligada as placas, e carga étransferlda da bateria para as placas. Essa separaco de eargas cia um campo elétrico entre as phucs. Se um material dielétrico ¢inserido entre as mesmnes, ‘como mostrado na Fig, 3.11b, os dipolos das eargas de polarizagdo tentam se alinhar com esse eampo, criando um vetor polarizagio no dielétrico, Observe outto importante resultado dessa polarizagto do lielétrico: uma carge superficial é criada nas duas superficies do diolétrico, Cargus negativas aparece na superficie do dielétrico que € adjacente A placa earregada positivannente e cargas positivas aparece na supesfcie do dielétrico que 6 adjacente A placa carregada neyativamente. Assn, mais cargas livres so retiradas da bateria. A capacitancia de um capacitor €a razio entre as cargas lines armazenadas nas phacas, Q, ps © aplcada entre clas: C = Q/V. Como a tensio no se madifien, o aumento das car- ms livres armazenadas nas placas, resultanto da polarizagio do dielétrico, leva a um aumento da capacitincia da estratura, 66 © Caplio Trés Qo0o000 Figure 3110 colt da insergo de um detrico entre a plans dew Capaclior de placis plnas eparalelss. (2) 0 campo eétrcs cnn o ‘isletreo removido.(b) O campo elético com 0 deetrco iver, ffustrando owetorpolarizago P;ascargs de polarizago massac eso dielévicn,c 0 aumento das cagas lives nas placas do captor. Eistom dus grandezss vetoras relacionadas uo capacitor: o campo eltrio aplicado, Ee» woe polriaga devia polarizacto do dielétrico,P, Noteem (8.16) que aunidade de P60 Ci oaks eoade de drea superficial) O procit entre a permissvidade do expago live eo campo elt. FE. tummbém tem por unidade o Cin, Note também que Ee P esto na mesia diego, Assn, ist sss iio da cegunda das ossas grandeza Fundamentas do Eletromagnetisn como 9 actor de {Ted fan lic, jaqoe as unidaes de Pe 8 so, abs, Cin? O vetor densidad Hose hen” ser denotuclo como D, e € definido como ‘Aintensidade do vetor polarzagio depend da intensidade do campo eétsico aplicado, Isto ests ac J ‘onal conn a susceptibiidade elétrica do material, x, como Pa ext 118) Substituindo (8.18) em (3.17), temmos D=2(+xJE 1) Acgrandezae, = (1 +) 6 refrida como apermisssidade relatoa ou constante diving ca 1 val ‘igane wlones sepresetavs edo teflon 6, 2, mca, = BA, expr sine, = 1.03 fe ‘olny = 80, Assim, se inserimos um pedago do teflon entee as placas do um expactor, capa essencialmente dabra. “Am, pero descrever ft de un delétio reactonandoo veto densidad de fw 18 no materi ao carnpo elétrico como Campos Eletromagnéticos Esttcos CC} ® 67 D=eE Cm (3.20) onde a permissividade do material 6 =< any [A Bquagio (8.20) mostra que pordemos livemente intercamblar D e B. Estivemos considerando 0 que so ditos como materiais simples. Materais simples s20 aqueles onde os vetores D e E sto paralelos ‘materials isote6picos) ea intensidade de D nio depende da intensidade de E (materia lineares), To- das os materials dielétricos considerados neste liven sero assumidos como lincnreseisatrépico, de for- rma que (8.20) relaciona De B, onde ¢ & uma constante escalar. Em alguns materiais delétricos, a pemissividade, e, depende da freqiéncia do campo elétrico. Iso seré importante quando, mais tarde, considerarmos earnpos que sio vartantes do tempo em vex de estiticos ® 3.4 LEI DE GAUSS PARA 0 CAMPO ELETRICO Alei de Gauss é una ferramenta de célculo extraordinarlamente itil. At6 agora, o cfleulo do campo elétrico devidoa diversas distribuighos do cargas,embora de forma deta quando utilzamos simetea, requer o eéleulo de algunas integrais moderadamente complicadas. A lei de Gaus ira pereitir a de- terminagio do campo elétrico devido a muitas dessas distrtbuigdes de cargas sem 0 caleulo de quais- ‘quer intewrais ei, além disso, nos dar uma visio global do problema, o que oedenlo dzeto nfo fr Gonsidere uma superficie fechada contendo slguma carga, como mostrado na Fig. 3.12. Sabemos agora, que as links de campo elétrico (Kinhas do campo E ou D} comesam nas cargas positiva e terme ‘nam nas cargas negativas. Se contarmos o néimezo de linhas do eampo K on D deisando a superficie fechada. isto nos dasa, no easo da Fig 3.12, uma indicagio du carga positioa'* liquide encolvida pela superficie. Observe na Fig. 3.12.que as inhas de campo que comecam e terminam em eargas dentto da superficie fechada nfo contribuem em nada para as linhas de campo resultantes deixando a superficie. Contudbo, as linhas de campo que comeram na earga positiva dentro da superficie e terminam na carga ‘neyativa fora da supertcie contribuem para as linhas de campo deixando a mesma Fsta observa 6 a lei de Gauss, «qual pode ser formulada matematicamente como Crane (322) Figura. tstzao dae de Gaus: determina da cng enleante posta Capitulo Tres Figura 313 lastagSo da utiliza da lel de Gauss para a determina ty ‘campo elétrien de ma carga pontual Observe que o produto escalarna integral requer que obtenhamos a componente de D que é perpen cular a superficie, Isto é logic & que a componente de D que é paralela 3 superficie no contribu em nada para o niimero de linhas de campo deisando a mesma Para ilustrar essa importante lei, considere uma éniea carga pontual, como mostrado na Fig, 3.13, ara aplicar a tei de Gauss, coloeamos a carga pontul na oxigem. Bm seguida, decidimos o sistem ce coondenadas ¢ a forma da superficie a serem usados. Ito & um aspecto ertico da lei de Gauss: fens permissdo para escolher a superficie e devemas escalher uma que simplifique a determinapdo. Coro is limhas do campo E e D de uma carga pontual divergem radialmnente para fora deas,escolheremes oss teina de coordenadas esfériease consideraremos a superficie como uma esfera de ral r. Por que ie ios ess escolha? A resposia 6 que isso ira simplificar a aplicagio da lei de Gauss, mais do que quaker tra escolha para este problema om particular, Como as linhas do campo Ee D divergem radialrneot para fora da carga pontual, elas sero perpendiculares a superficte esféricaescolhida, Assim, 0 prox escalar em {3.22} niio € necessvio a lei de Gauss se reduza Jorden fon Alémn disso, o campo D possai.o mesmo valor a uma mesma distincia da carga sto é, sobre essa sup ficie. Assim, aintensidade de D, D, pode ser removida da integral ea lei de Gauss se reduz, para es cexcalha eriteriose da superfict, a i vfa-o a Resolvendo isso, temas € tomamos o resultado na forma de uma grandeza vetorl, Jf que as linhas de eampo divergem rl ‘mente para fora da eanga, uma vez que se tata de uma cage pontual posits, Sabendo que D = podemos escrever i ao ai a qual 6a expressio obtida anteriormente para uma carga pontual no véewo faqui, # é substtutlo ps «,)€ dada em (3.6), lei de Gauss dia.que o fluso de D através de superficie igual & carga liquid cenvolvida pela superficie em questio. Daf, o nome para D: ovetor densidiade do fluxaelétrico. Veni linbas de eampo elétrico como fluxo, da mesma forma que visualizamos tm Muxo Iarinoso através | ‘uma abertura, | ‘Campos Eletromagnética Esttcos (CC) B69 Fnmibora a let de Gauss tenha sido demonstrada para uma cage pontual, ela € vida para qualquer Lipode distibuigto de carga. Uma coisa notvel sobre cla é que elses essonclalmente relucionada com sadependéneia do inverso do quadrado da distineia da lei de Coulomb. Sea lei de Coulomb tvesse ma ependenin com a distncla com qualquer outra poténeia que no 2.000. ali de Gauss no seria vi- lida. Por exemple, vamos refs ‘o problema anterior, mas substituinde (3.6) para termos Q aC senlondacs Observe, neste eileulo, que r na expressio para o campo D er? na expressio de ds em coordenadas esféricas se cancelam, Se o campo elétrico no fosse uma lei do inverso do quadrado, isso nao aeontece- ria, Enido, a dependéncia com @ inverso do quadrado é uma dependéncia fundamental no Eletromag, notismo (e-em muitas outras Tes fisiea), ieulo do Campo Elétrico para igdes de Carga ‘A vantagem da let de Gauss estd no fato de que podemos escolher a superficie sobre a qual ela 6 caleu- lada, Em tais problemas, devemos tentarescolhir a superffefe de forma que 1 as linhas do campo D e E sejam perpondiculares & superficie escolhida, € 2. as intensidades das campos D E sojam constantes sobre essa superlicie A primetra condigto retin o produto escalar da integral, levando a f Bt = Osi eu segunda condigto significa que D tndepene da posigio sobre asupertcie , asim, pode serretirado da integral. conduzindo a ‘A escolha de uma superficie de forma que as linhas dos campos D ¢ E sejam em qualquer parte p ‘que 6 aprimeira condigio, ¢ o primeiro passo necesséri. Se isso nto puder se feito, entioa lei de Ganss ndo conduzinfanenbuma simplificagio na determinacio das campos Ee D. A escolha de uma superficie de forma que D seja indepenclente da posigto sobre asuperficle, que &a segunda condiglo, pode nem sempre scr possivel, mas quendo o for devemos tiar vantagem da me tormarsinupls os problemas do Eletromagnetismo & visualizar os campos envolvidos na. Mas uma vez, a chave para L035 Determine 0 campo eltrica em tome de una linha de carga nfntaapresentando uma dstribuigio near de carga swiforme gy Cm nsando ali de Gauss. SSOLUGAO ise problems fo resolvdo no Exempla 2.1 por integragiodireta c superposicbo das amestras diferen- Cais de carga. Uina linha de carga infista apresentand wana dstdbalgio de carga uniforme ters, por snetia um funpo eletseo que est radialmentedirigdo para fora da limba, eomo iustrado na Fig, 3.14, Note que este nto Seria o caso sa nha nfo foseSnfnita em comnprinento, wf a carga nfo estivesse uniformemente disteinta 30 70 & Capitulo Tres > EXEMPLO 36 Figuro.1¢ Exemplo3.5; determinagio do campo elétrico de ma lina de cargs infin, a) Usama sivetia pars ‘concur que o veto intense de campo eltrico deve estar radalmentediiido para fora da linha de arse) ‘Eavolendo linia de carga com uma supeefice gausianaaproprieda (ut cllndro) paca adetenminagin sr Intensdade de campo elétrio ura lel de Gas, longo dela. Para tiurmos vantagem da simetria envalida,escoDhemos » superficie guussana como vendo tn perficie alindriea de ralocentrada na linha, conformo snostado na Fig 3.14b, © comprimentodesse eis» +i ‘scold como l.Nastampas nas extemidades do cid, campo é patlelo wes supertiies, a que ali. infinits em comprimento e em nada contsihui par aTel de Gans, Na miperfci lateral do eilnro,o campy Penclcnlar ele , assim, o produto escalar na li de Gauss pod ser eric. Anda, sobre ese superbe ‘constants, 0 campo & constant, de forma que a lei de Gauss se reduaa fo-u-nfa = Dent A carga total envelvida pela supofite & Qeamden = 0 Assim, obtemes = v= ea, on, substituindo (8.20), Baer™ © ‘onde assumimos que o material envolvendo ant de eargas tom pormissidade e, Ito confer cots (210) to Exempla 33, Determine a campo elétrio dentro forade um elindo inflnitamente longa de rao que apresenta uma ds ‘0 superficial de eargs 9, Cin uniforme ao longo do eomprimento do ein e em suas exreridades | | Campos Elouomspnétcos Estéticas (CO) TE Figura 3.18 Fxemplo 36; dtorminago do campo eltrco am tomo de un lindo de cangs. SOLUGAD Novanent observaos que, devid snes ocindro¢infitament long € war est unifor snemente distribu a longn dese comprmenta ecm sas extremes) campo clin ex radialente Crtondn. Asin, estlhomer a soperie gauiana como um aro de comprmento ero entrada no tino doclndr erage comothustrade na Fig. 315, Nwamente, ean ¢paael is extremidades doin. {roe perpendicular ua soperte,Asim, It de Cae se ed fo-aeofa = Det cap eves Qaadvar= p.Rorad Assn pala roa ison ny roe (02 Para pontos dentro do clindcocarregado,nenhuna carga € envovida pela superfvie gaussian o, asim, 0 campo & E Poudemos rlaionar cave resultado ao da lia de cagas de comprimento innit resold no exemplo anteros, A deasidade de carga por ualdade de comprmento do clindroé p, ~ 92a, Reescreven 0 resultado cima em ‘terms dessa linha de eargas equivalent, temas EXEMPLO 37 ‘Una linha de transinisio conv consist eu dois clindros concdntriens wostrados na Fig 9.16a, Esse 6m tipo ‘comum de estruturausada para guia ondaseleteomagnéticas de wm pouta a outro que seri eonsderado nu Cap. 6 (© clindrointorao tem aio ae 6 aindzo extemo tom ral b. Determine o campo eltrien entre or doe cibndros, SOLUGAO Soponhamos que o cline temo tha mina distri superficial de cag 9, Cn niforme ao lon de eu comprinentocem sus stele, O cnr extras posta mom carga tl que pling er nds cre sua ape ntera, msde pe pos Astrea ns uns ‘io uniformes em tmmn das perfcies)Ambos olan io conrad de comprinent nto, Por ea das itrbgbes de cere utes das eomprinentos inno ox lines, cupola ser alent tient do lino interno par eindroeteran. Emolveros ond tern coun sper gsi te r oma mostra na Fg 16h. O campo vt ers pera land superficie gina pen sms oremies Como sperin gs dmesg explo ater oeampo on espe tnt os da lindas € dad por 3.25 pa. B Ma ocr eh (3.30) Observe que sso ¢ indepondante da presenga lo cilindro externa, Bin termes de ume disibuigto linear de carga ‘equivalente p, = pra, esta se toma Bigh osreb aD ‘© campo elétrien dentro dociindrointome é zero, pois superficie gussanacilindiea nointeror daguele endo do irk canter nenhuna ears B20 ra Observe que o cumpo elétrico fora do cabo também 6 2eo, pois a carga total envaladn pea superficie gonssiana colindsieacireundando ambos os lindo 6 zona: E=0 r>b ° Figura 3.16 Bxemplo 87; determinagio do campo elétrico para um cabo eosin. (a) Ax dimensGes do eabo, (b) Eu volvendo 0 clindio intemo vom uma superficie gussiana apropriada (um ein) porta determinagio da vetor sntensidade de campo elétrico usando a le: de Gas EXEMPLO 38, Campos Eetrumagndtcos Estétcos (co) > 73. Esta 64 rato pela qual usuinos tal cabo; exterior é “blindado” das camps internos ao cabo, O eaho cos é, portante, muitas vezosreferido como um “eabo bindado < ‘Determine o campo elétrico dew plato infite de cargas uniformementedistibuldas sobre a superfieie usando lei de Gauss ‘SOLUGKO Este problema foi resclido por integrago chet no Fxemplo 3.4 Caloeamaso plano de eas no plano "Mas uma we, abservanes qu, por essa da extenso nf do plano e da dibrbuigio de cargaswniforme Sire cle, campo eltrico ser perpendicular a esa suporfie. Supodtamos que a dstebuigi de cara ea pC! In, Como o campo ser perpendicular superlec, wna escolha aproprada de supefcegaussana € uma sert- ‘Ge retanplar se cstendende para a diet e pare exquerda do plano, come mastrado ma Fig, 3.17. O cane eé- trco sera parlela acs aos dest oper ania Fetanglar endo it conteibuir em nada, mas sex peapendh- cra sepefees frntale anterior. Asn, let de Gauss toms fo-a 2DA ‘onde as supeifices frontal e anterior tém dvea A.A carga total envolvida pela superficie gansslana & Sana fo Asim, o campo elt se tome a Ba, yoo ea) % (832) Bay yo como determina no Fxernplo 34 < Superie 2 gaussian pcm Figura 317 Exemplo 3.8; determinagio do campo elérico de uma distthnigio superficial plana de cargs, usando 3 Telde Gaus, pela escolha de wma superficie ganssana aproprad (una cas etangular se estendendo de arnbos os lads) 74 > Capitulo Tres > EXERCICIO DE REVISAO 3.5 Determine, sand ale de Gauss, o campo clétrico devido a uma esfera decarga de aio, onde a carga eth unifor- rmemontedistrbulda sobre s superficie da esfera com dstribuigiop, Cn’ RESPOSTA 1 = (pater parar > eR = Oparar EXERCICIO DE REVISAD 36 ‘Determine, usando alei de Gavss, campo elétricn devido a. uma esfera de carga de aio onde searga est unifor. :mementedistibufds por toda a esfera com distibuigdo volumétiin de carga p, Cn RESPOSTA E = (gp'Gertha.parsr> ae B= (pyiSela, pasar a5 TENSAO Mover una carga en um campo elétrcorequer gato de ener. Ito nos trax 0 conceit de fi Cnsdereinos Fi, 315s one dsejamos mover a carga posta do ponto@ 20 pont bn pre se fe um eampo elérco EA fora exeria sobre a carga po etnpo € F = gE. O componente {das fone lngo do camino Fd Ao longo de certs techs do cxinho,devenos realizar ‘hho parsinowers cang, onqanto a longo de outros tec, o cap eléeco formoce a energia pst mover cag A ener total despendida para mover carga de para 6 * wo=- [ra : ws sje Figura 310 Tstrago da determinagio da tensio entre dolspon- {os fa) Determinagio do trabalho necessrio para mover ums ‘carga positive entre dois pontos a presenga de um campo el ‘rica (b) Hustragso da nstureza conservativa do campo elétrico ‘statin ooestabelecimente do fato de que a tensio entre os das o pontor€independento do eaminho percarido. Campos lstromagnéticos Estiticas (CC) 75 ‘Um sinal negativo é necesséri, pois estamos nos referindo ao trabalho realizado para movermos a carga contra o campo. A tensdo on diferenca de potencial entre os pontos a e b como panto b assumido num potencial mais elevado € 0 trabalho por unidade de carga necessirio para mover a carga de para Wis Vo= a (334) --[ea ov A.unidade da tensio é 0 volt (V),cuja unidade fimdamental joule (J) por coulomb (C). Se movermos a carga de para e xetomarmos para, como mostrado na Fig 3.18, trabalho ligui- {do realizado & zero, Assim, oblemos a primeira importante ei do Eletromagnetismo estabelecendo que © campo elétrico estiticn (cc) 6 consereativo:* fr-aro ss Assim, integral de linha do campo elétrico em tomo de um caminbe fochado cleva a umn resultado igual ‘aero. Encontraremos no capftulo seguinte que, para tum campo varlante no tempo, isto nilo ser mals verdadeico, Contudo, para campos estitions, 0 resultado mostra que a fora entre dois pontos & nica, independente do caminho seguido entre esses dots pontos. Isso ocorre porque podemos dvidir (8.35) em [eras fe-a-o se longe dey ao lange deo, onde ¢,esté numa rego oposta. ao camino feshado ao longo desse tre. Assim, : solongedee, 0.98) solongo dee A Equacio (3.35) é essencialmente uma confirmagto da le de Kirchhoff das tensdes, onde o contorno.e 6 um cieuito a parimetros concentrados. PPrimeiro vamos determinar umn resultado fundamental paraa tensio devido a uma carga pontusl ¢ entio ealeulara tensto devido a ontras distribuigies de cargas. Considerernos a Fig. 3.19, onde esloca- mas a carga na origem do sistema de coordenadas esfrieas. Desejamos determinar a tensio entre dois pontos que esto nas distincins raise, da carga pontual Q eomn 0 ponto no rao r com urns ten- "Ou iron, confone proferem alguns autores (NT) 16 » Captus Trds Figura 319 Determinagio da tensio entre dois pontos produi- de porams carga pontal, escola propria do canines ‘modo a sinplifiee tl determinagto fo maior ou assumid positiva em selao ao ponto a no rai, Anteriormente detesminamos que © campo eltrico dle um carga pontualestéradialments dirigido para fora da carga e € dado por em oan, Como 0 caminho nfo importa para campos estiticos, temas diversas escolhas. Podemos escolher um caminho sinuosoc, para o qual océleulo de (8:34) seria muito diffi, ow podemos escolher um caminho para simplifcar esse eeulo. Por exempo, suponhanos que tenhamos escaido a combinagio do cami ‘ho ede aio constanter, do ponto a assumicla como de menor potencal a ponto equal esté.ao longo de uma linha rail até 0 ponto be um eaminko cs que est radialmente dirigido para dentro de ponte b assumido de maiar potencial no rai r,. tensfo entre os dais pontosb ea é dada por vs [ea [ea ‘Ac longo do eaminheo de ralo constante,o campo elétrica & perpendicalar ao mesmo e, assim, iio con- ‘ribui em nada para a integral: fe-a-o | Assim, Vig = | Eval Ac longo dee, o campo elétrico & paralelo ao eaminho ¢, assim, o produto escalar 6 removido, conduzin- doa cileulo da integral nos fornece (337) Campos Eleuomagnétieos Esttcos (Cc) > 7 Figura 320 tastracto do campo eétrcn e supericeseqipotencus(esfércas) enn torvo de uma carga pontul Esse resultado para a tensio entre dois pontos devido a uma carga pontual é um resultado muito impor- tante e seré usado om inémeras oeastes. Assim, ele deve ser memorizado. F importante uma verfica- ‘gio de todos esses resultados, onde for posstvel. Por exemplo, se 0 pont a esté mais distante da carga ‘que 0 pontob,r, > r,,entio (8.37) india que V, é positiva. Este & um resultado esperado, pois mover ‘uma carga de teste posit de @ para b, a qual esti numa distancia mais préxima da eanga pontual, ir requerer um gasto de energia de nossa parte para vencer a forga repulsiva de Q, Observe que as super= ficies eqitpotenciais ou de tensio constante cm tomo da carga pontual so esférieas, como ilustrado na, Fig. 3.20. O movimento de eargas em uma superfice eqiipotencial nfo requer nenhum gasto de ener- ja. Observe ainda que o campo elétrico ¢ perpendicular as superfictes eqilpotencias 351. Determinagio da Tensio para Distribuigdes de Cargas A seguir, fremos determinara tensiio devido as vias distribuigdes de cargas consideradas anteriormente, > EXEMPLO39 Determine a tensi entre dois pontos nas distncas radi, stants de uma linha de cargs infinite apresen tando wa distribuigso de carga Cin unifrme no Tengo da mesma, SOLUGKO 0 campo clétrin em toro da nb da cargo deterinad anterormente como a” * deer ‘esta radialmente dinigido para fora cla nha. Assim, a tens entre dols pants é Resolvend a integral, obtemos (3.38) "Esse resultado para a tens entre dois pontosdevido a umalinba de cargasinfintaé um resultado muito importan- te que ser usilo es inimeras cases, Asst ela deve sr memorizido. Novamente, #jpartante verifear 0e- 78. Copiwio Tras > EXEMPLO.3:10 > EXEMPLO 3.1 Figara 221 Exemplo 3; lustragio do campo elds e superfices eqlipotenciais elites) em tomo de una linha de carga infin, sultad. Se, > 1 entioa testo ser pastiva(ponto na distinc ry 6 consider como tendo mor poten ‘ou ponto de teasio postva). Novamente iso € ui resultado esperad pos, ara r, > ny, mower uma orga de teste Positua de a para (ais pert da linha de cangis posta) fn requever um gsto de energia de nosea pat para ‘eacer a forsale mpl da lina de cargas. Observe que os contonios eqlipotenciais oud tensbo constants ove ‘tomo da linha de cargas de comprimento infnito sto cilindreos, © rovimento de cargas em umn desses cindy fo irérequerer nenlwum trabalho. As sperficeseqlipotenias (indica) sto perpendicalares ao campneltricy fem cada ponto, como mostado na Fig. 2.21, Determine s tensio entre dos pontosdistantes de wna liminainfinita de eargas, ‘SOLUGAO O campo clio dtante de una lina init de carps apresentande uma tbs pe Cot determina previanente como conde ling est colocada no plans, como mostradona Fig. 8.17, Observe que campo cléteeo 6 independente ‘dk distancia do pontoaltmina¢¢ perpendicular mesin, Assim, a tonsio€eaulada usando (3 34) reauandoors A Ve (a8) Observe quo, ea stincia de Hasina 0 pont a (assamido como pot de menor tonto} dé maloe gue a di {neta da tina ao porta b (assumido como o panto de maine potencal a tenso positivity. dy > dh entan tensto Vi, com 0 pontoassumnide como de maior poten 6 positive, Novameate is fa sentido, polo mrt ‘mento de uma earga de teste positiva de para, que et mais pert dalcnina, iri request taba de noosa Parte pars vencer a forge de repulsed nina decargs. As supefiies eqliptenclas So phnasparalelor lami, a. 0 movimento de carga nesses planes no requer nenhum gto de energi. Mais uma vez, 0 sump elec ¢ perpendicular a esis supericies ehiptenciais, como mostado ua Fig 822, Determine a tensio entre os eindros intema ¢ externa de us cabo coat Campos Eteromagnéticos Esttcos 20)» 79 | I PR Ee tobe be | (planes) Figura 22 Exemplo 3.10; lustragio do campo eltrico esuperfices eqipotenciss (phins) em tomo de wna Kin- nade carga infinsas. al om SOLUGKO © problema ests represeatado na Fig 5.16 ¢0 campo eétrico fos detmminado no Rxempla 87 como ‘os sendo ” fy acreh Asim, a tensa do clindvo interno de raio@ em regio aa cndro extern eno ralo 6, com o ein interno sssnmido como de maine potent 8 vy =~ | Sar fot ° Caeulando it, temos va=tEn() eo\e (40) PL w(2) are Me, ue e exrraot ase elie coor dlink deca equate,» pes Comb >a Yeni do lindo intern 6 pastvn em relagio aa ciindr entero. Novamente, iss fiz sentido, pais campo etic esti diigo do Clindro interno para o cfndro extern e, asim, tihalho seta requerido por nés para mover una carga de teste ‘positive do ellindro exter para o cilindro interoo, Novamente, as superficie equipotencias sto clndros envel- vendo o ellindso interno, O vetor campo eletrieo est radialmente drgido e € perpendicular a essis superficles ceqiipotenciais (veja Fig. 3.21), > EXERCICIO DE REVISAO 37 Determine a tensio entre duas eaferas concntrieas de alos a eb coma Capielo Tris Nos exemplos anteriores, caleulamos & tensio a partir do campo elétrico através de (3.4). Ito re. quer que, peimeiro, determinemos uma expressio para o vetor campo eléteico, E possivel evitar essa determinacao do campo eletrioo e determinae a tensio diretamente a partir da distibuigio de carga [A tensio 6 definda entre dois pontos. Podemos falar sobre a tenso de uin ponto so nos referirmos a ‘uma tenso em algom ponto de referéncla, Se escolhermos esse ponto de relerBncia com estande no infinito, entio a tensio entre o ponto& o infin é referida coma o potenctal absoluto de uz ponto-e an) Aqui, a tensio em um ponto r 60 trabalho por umidade de carga necessirio pam mover uma carga do {nfnito para o ponto em questo tensio entre dois pontos devido a uma carga pontual é dada por (3.37). ‘© potencial absohuto de um ponto a uma distancia r de uma carga pontual pode ser obtida fazendo-ser, = ® e considerando r, = r naquela expressio, resullando em (3.42) Podemos,similarmente, determinaro potencial absoluto de um ponto devido a uma distibuigio de ear- ss somando-se as contribuigées das amostras diferencials de cargas, dQ. Tratundo essas amostras de ‘args como cargas pontnais e usando (3.42), obtemos a contribuigSo diferencial —o potencial absohato de-um ponto devido a essa amostra de earga, como mostrado na Fig. 3.23: =e a= (3.43) conde a amostra diferencia de carga €Q = puto. © potoncial absoluto total de um ponte devia cist Duigio de cargas pode ser obtido da forma usual somando-se (com uma integral) as contrbuiges de tovlas as amostras de carga: Bord fa la. As = ped (aa) ple vn Isto & muito semethante ao método de determinagio do campo elétricodevido a una distibuigio do ‘eargas como mostredo na Fig, 3.6. Contado, quanto a tenso existe uma diferenga significativa, Nocaso | ‘do campo clétrico, integral envolva vetores, enquanto a integral para determinagio da tension. Assim, ‘a vantagem de determinar o potencial absoluto por esse método & que grandezas vetorais nfo sfo usa ‘das, as integra sio muito mais simples do que o método direto em termos do campo elétrico como em (830, Ksse método é aplicével apenas as disteibuigdes de cargas que sio fnitas. Se a distribuigio de ‘cargas se estendeao infinito al como uma linha de cargas de comprimento infnito,o potencial absoluto ilo pode ser definida, v ana £ Figura 328 Deternninago clo potecil absolute de um panto devidoa uma distribuigto de cagas pola superego das con v tnibuigdes devido a amostras diferencias de eagas. mcrecnseteensreesnnconisnneene

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