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Princípios Procedimentos

Leitura crítica de 1. Os pontos de vista e opiniões e os factos são insepará‐ 1. Habitue‐se a escrever sobre as no cias. Esta experiência 


veis.  Todos  os  pontos  de  vista  se  fundamentam  em  ajuda a criar o hábito de ler e de tomar notas. 
notícias e opiniões factos; selecionar factos a no ciar é optar por um pon‐
2. Se  u liza  no cias  lidas  na  internet,  comente  mantendo 
to de vista. 
Com web 2.0 ligações para as no cias orginais. Se lê em papel, recorte 
2. Um ponto de vista nunca vale pelo seu conteúdo mani‐ e guarde aquelas que comenta. 
festo  (como  julga  o  senso  comum),  mas  pela  relação 
3. Crie duas ferramentas para comentar no cias. Uma que 
com  outros.  Logo,  uma  no cia  num  jornal  ou  na  tele‐
permita  comentários  maiores  (um  blog)  e  outra  que 
visão nunca vale por si, mas na sua relação com outras 
permita apenas duas linhas (um microblog). O microblog 
no cias. 
o  ajudará  a  recuperar  as  pequenas  no cias  para 
3. Não  é  fac vel  comparar  uma  no cia  com  todas  as  comentários mais elaborados. 
outras. A única maneira de comparar o ponto de vista 
4. Não espere terminar o mapa de posições para começar a 
veiculado nessa no cia com todos os outros é criar um 
comentar… porque o mapa nunca estará pronto. 
mapa de posições (pontos de vista). 
5. O  seu  primeiro  comentário  será  sempre  sobre  uma 
4. O  mapa  de  posições  nunca  está  completo  nem  certo. 
no cia  que  o  incomodou.  Usará  o  seu bom  senso  como 
Quando um conjunto de no cias colidem com ele, é o 
toda  a  gente.  Só  mais  tarde  conseguirá  comentar  de 
mapa que esta errado. 
forma mais elaborada. 
5. A  análise  crí ca  de  no cias  evolui  gradualmente. 
6. A  construção  do  mapa  de  posições  têm  várias  fases. 
Começa  relacionando  cada  no cia  com  valores  do 
Respeite‐as. Não queira chegar depressa ao fim. Se ainda 
leitor  (como  faz  o  senso  comum)  e  evolui  para  a 
faltam  pedaços  no  mapa,  use  o  seu  bom  senso  em 
comparação  de  grupos  de  no cias  com  o  mapa  de 
subs tuição. 
O mapa de posições posições construído, numa postura quase‐cien fica.  
7. A informação para construir  o mapa de posições encon‐
O que é um mapa de posições? O mapa de posições é um diagrama que representa as questões ou problemas colocados  tra‐se nas próprias no cias. No entanto, pode ser neces‐
aos  polí cos  num  determinado  momento  e  os  pontos  de  vista  sobre  elas.  Ele  mostra  a  relação  diferentes  grupos  e  sário  consultar  esta s cas  e  trabalhos  académicos,  em 
pessoas em relação a essas questões, ao dis buí‐los pelas diferentes posições (pontos de vista).  especial  para  a  quarta  fase  do  método  (ver  na  próxima 
página). 
Somente par dos polí cos aparecem nesse mapa de posições? Não! Porque factos e opiniões são inseparaveis, apare‐
cem  todas  as  organizações  que  estejam  a  produzir  informações  sobre  o  assunto  e  a  conseguir  impô‐las  no  debate  8. Não  use  a  no cia  para  explicar  o  mapa  de  posições  em 
polí co, isto é, jornais, sindicatos, associações, centros de inves gação, etc.  seus  comentários;  use  o  mapa  de  posições  (ou  a  parte 
dele já construída) para comentar a no cia. 
E  as  pessoas,  os  líderes  aparecem?  Depende. Sim se essas pessoas têm um ponto de vista suficientemente dis nto da 
organização a que pertencem e se conseguem impor o seu ponto de vista ao debate. Não se o seu ponto de vista não se  9. Guarde o mapa de posições na sua cabeça ou num papel. 
dis ngue da organização que representam ou não é levado em conta (apoiado ou comba do) pelos outros.  Ele não faz falta no blog. 
Passos para a construção Relações entre as questões polí cas 

As  questões  polí cas  podem  estar  relacionadas  de  duas 


de Mapa de posições maneiras.  Uma,  é  o  caso  da  questão  apenas  se  àqueles 
que  estão  de  um  lado  noutra.  É  o  caso  dos  dominados 
terem de lidar com a concepção do seu ponto de vista. E  Esqueleto de 
1.º IdenƟficação das questões políƟcas (de médio prazo) também,  o  caso  de  dominantes  que,  estando  no  poder, 
um mapa de 
lidam com problemas que somente a eles se colocam. 
2.º Análise das posições possíveis
posições 
A outra é o caso de o modo como uma questão ser resol‐
3.º Verificação das relações entre as questões
vida, limitar as possibilidades de resolução da outra. Mais 
4.º Análise dos grupos e das condições sociais  ou  menos  impostos  determina  mais  ou  menos  inves ‐
mento  público;    uma  questão  global,  delimita  os  pontos 
Questões polí cas 
de  vista  possíveis  em  torno  de  uma  questão  nacional. 
As  questões  polí cas  são  um  pequeno  número  de  proble‐ Neste  caso,  as    no cias  rela vas  à  segunda  questão  são 
mas  (3  a  5)  que  se  colocam  aos  polí cos  e  que  pautam  analisadas tendo em atenção as duas questões. 
todas  as  decisões  durante  um  periodo  de  tempo  de  mais 
ou menos largo. Eles presidem a todas as decisões que as   Análise dos grupos e das condições sociais 
organizações tomam no dia‐a‐dia; e que não valem por si,  A  úl ma  é  a  etapa  mais  di cil  e  poucas  vezes  aprofun‐
mas pela relação que têm com os problemas colocados.  dada. O mapa de posições explica as opiniões, mas não as 
posições  em  si.  A  explicação  dessas  posições  deve  ser 
Posições possíveis 
encontrada, primeiro, nas caracteris cas dos  grupos que 
Para cada problema existe uma solução dominante e uma  beneficiam.  Depois  na  necessidade  de  sobrevivência  das 
outra  contra  ela;  com  posições  intermédias  que  resultam  organizações  que  as  suportam  (que  explicam  oposições 
da combinações daquelas. Por isso, as posições possíveis se  secundárias,  como  as  ligadas  à  formação  de  pontos  de 
representam  por  uma  linha.    Contudo,  as  posições  vista). Finalmente na trajectoria dos líderes, que explicam 
extremas  nem  sempre  aparecem  prontas;  é  comum  que  a forma como o ponto de vista é expresso;  as oscilações 
apareçam fragmentadas e dispersas pelas no cias.  de  uma  organização;  e,  em  certos  casos,  a  colaboração 
inexperada de duas organizações dis ntas. 
Em certos casos, elas podem não estar sequer formuladas. 
É  frequente  no  caso  das  posições  dominandas  ou  de  Contudo, é sempre necessário comparar as caracteris cas 
problemas  novos.  Nestes  caso,  uma  linha desdobra‐se  em  dos grupos beneficiados por uma posição com aquelas do 
Este método foi desenvolvido para 
duas  ou  três.    Quando  a  solução  dominada  não  está  grupo beneficiado pela outra; e depois o que os divide. O 
formulada, as organizações a agrupam‐se, geralmente,  em 
formato  de  tê  inver do  (figura  à  direita).  Isto  deve‐se  à  
mesmo  com  organizações  e  indivíduos.  É  o  divisor  de 
águas entre grupos, organizações e indivíduos (aquilo que 
falaferreira
existencia  de    duas  tendencias,  uma  dominante  e  outra  os  dis ngue,  e  não  aquilo  que  são)  que  explica  as 
dominada, para essa formulação.  diferenças de ponto de vista.  .wordpress.com

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