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INTRODUÇÃO
O nosso sistema de saúde atual é fruto de um longo embate político e ideológico que
teve inicio na década de 20 e que foi implantado no ano de 1988 junto à constituição
federal. Todavia, esse período foi dividido de acordo com o sistema político brasileiro.
No período de 23-30 foi marcado pela criação da previdência social no Brasil que
teve inicio com a Lei Eloy Chaves em 1923. De 1923 a 1930 surgem as caixas de
aposentadoria e pensões (CAPs) que eram administradas por empresas de categoria civil
e privada, tendo como financiadores os empregados e empregadores. Tinha o objetivo
de garantir serviços de saúde para os empregados de empresas especificas. Esse período
é caracterizado pelo elevado padrão de despesa. No âmbito da saúde coletiva, tiveram
como marco o sanitarismo campanhista que visava o combate as doenças de massa – era
regulado pelo departamento nacional de saúde publica.
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compra de hospitais, ambulatórios e equipamentos, por partes dos institutos. A partir do
golpe de 64 ocorre a fusão dos IAPs, com a criação do Instituto Nacional de Previdência
Social (INPS), porem, essa unificação enfrentava resistência dos grupos privilegiados
pelo sistema. Nessa época, houve um crescimento dos serviços médicos próprios e dos
gastos com assistência médica em geral. Em relação ao sanitarismo houve mais
discussões conceituais relacionadas a saúde com a criação da comissão de planejamento
e controle das atividades médicos-sanitarias, integrando as atividades de saúde ao plano
nacional de desenvolvimento, e a realização da III conferencia nacional de saúde.
Quanto à organização de serviços, em 1956 foi criado o departamento nacional de
endemias rurais.
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época passa a ser conhecida pelo movimento contra-hegemônico pelos movimentos
criados pelos trabalhadores de saúde, CEBES e ABRASCO.
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2. UMA IDÉIA GERAL DO SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988
para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento público de saúde.
Anteriormente, a assistência médica estava a cargo do Instituto Nacional de Assistência
Médica da Previdência Social (INAMPS), ficando restrita aos empregados que
contribuíssem com a previdência social; os demais eram atendidos apenas em serviços
filantrópicos. Do Sistema Único de Saúde fazem parte os centros e postos de saúde,
hospitais - incluindo os universitários, laboratórios, hemocentros (bancos de sangue), os
serviços de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental,
além de fundações e institutos de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo
Cruz e o Instituto Vital Brazil.
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adiante. O primeiro, garante a atenção de saúde a todo e qualquer cidadão brasileiro,
enquanto o segundo e o terceiro, asseguram a igualdade de todos perante o sistema de
saúde, reconhecendo o homem como ser integral e prevendo seu atendimento como ser
bio-psico-social.
“Hoje, de fato, as três esferas do governo têm responsabilidades, cada uma na sua
especificidade”. (Maria José Evangelista)
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“A Atenção Primária à Saúde é fundamental para o SUS, mas seu orçamento não é
suficiente. Não dá para ampliar serviços e não prover os recursos na distribuição
deles. Se eu tenho um nível de atenção que é porta de entrada, onde começam todos os
processos, onde acontecem todas as demandas, e não são destinados recursos, ele vai
definhando”. (João Ananias- Diretor Extraordinário de Atenção Primária do
CONASS/Secretário de Estado da Saúde do Ceará)
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Os primeiros grupos da população a serem privilegiados com as políticas
públicas de saúde foram os trabalhadores industriais com a Organização das Caixas de
Aposentadoria e Pensão (CAP).
• Universalidade
• Integralidade
Esse é um dos princípios que mais diferenciou o SUS como antigo sistema de
saúde, pois o INAMPS, só era responsável pela assistência médica individual
curativa, enquanto a prevenção e a atenção coletiva ficavam a cargo do
Ministério da Saúde.
• Resolutividade
De acordo com esse princípio,o sistema deve ser capaz de resolver o problema
de saúde das pessoas que o procuram, qualquer que seja o grau de
complexidade.
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• Descentralização
É por isso que nos últimos anos tem acontecido o processo de municipalização
da saúde, que determina que as decisões ocorram no município.
• Participação
• Autonomia
• Equidade
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Trabalhar com equidade significa “dar a quem precisa mais”. Apesar de a lei
8.080 falar em igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou
privilégios de qualquer espécie. No entanto, o termo quem tem sido abordado é
equidade, o qual é diferente de igualdade, já que o termo igualdade consideraria
que as pessoas têm direitos iguais às ações e aos serviços de saúde. Infelizmente,
em nossa sociedade, a qualidade de vida da pessoas difere muito.
• Intersetorialidade
No art. 7ᵒ, inciso X, da lei 8.080 ̸ 90, defende-se a integração em nível executivo
das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico. A intersetorialidade é
necessária, pois a saúde, educação, meio ambiente, emprego e renda, e
saneamento são interdependentes.
• Racionalidade
• Utilização da Epidemiologia
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5. CAMPOS DE ATUAÇÃO DO SUS
• Vigilância Sanitária
• Vigilância Epidemiológica
Tem como objetivo coletar e organizar informações sobre saúde e doença das
pessoas para intervir com muito mais precisão.
• Saúde do trabalhador
- Nível municipal:
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o Execução de serviços relacionados à vigilância epidemiológica,
sanitária, à alimentação, nutrição, saneamento básico e saúde do
trabalhador.
- Nível Estadual:
- Nível Nacional
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6. CONCLUSÃO
No início dos anos 90 ocorreu uma forte crise institucional e financeira do setor
saúde no Brasil, trazendo como conseqüência uma queda da qualidade e da cobertura do
sistema público. Com isso, acentuou-se a tendência para que o SUS passasse a ser, na
prática, um sistema voltado ao atendimento dos grupos sociais de menor renda, uma vez
que as classes de média e alta renda podiam contar com os chamados sistemas privados
de medicina supletiva que se expandiram a taxas bastante elevadas. Hoje, esses sistemas
cobrem cerca de 35 milhões de pessoas, notadamente trabalhadores inseridos nas
empresas de maior porte e famílias de classe média e alta.
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sistema de saúde brasileiro ganhar mais eficiência e alcançar os objetivos de cobertura e
equidade. O principal desafio é administrar adequadamente os escassos recursos
disponíveis para que possam suprir necessidades e carências, especialmente dos
segmentos mais pobres da população.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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