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% BEMGE SEGURADORA S/A ANEXO 3.1 O futuro do setor elétrico brasileiro A crise de falta de investimentos ¢ de obras atrasa‘i ot ainda nao comecadas é mais do que conhecida, No ent to, & possivel avaliar 0 que esié sendo realizaclo oo wir poderd ser conseguido om meio a um eandtio dle race mento que ge desenha pars os anos 90. (© Brasil tem uma capacidade instalada de geracio de energia elétrica de 2 300 MW que produzem 221,900 GWh 420 ano, dos quais 96% por meios hidrdulicos, Momenta- neamente, 0 Sul/Sudeste, 0 maior mercado do Pais, mos- tra que haverd que atender um vigoroso crescimento de suas cargas até 1993 (tabela 1). Por sua vez, 0 sistema Norte/Nordeste dispée de Tucurul, com nove méquinas de 350 MW, perfazendo 3 150 MW, ‘conectads com Boa Esperanca, que tem maquinas de 47 MW ofertando 94 MW, além do compiexo do Sao Fran- cisco com 6326MW. Ou sejs, 0 parque todo soma 9570 MW, além dos 523 MW térmicos, sendo cinco unicln~ des em Camacari |, com 280 MW, mais seis em Camacari Il com 18,5 MW, ou 117 MW, além de Séo Luis e suas duas maquines de 58 MW, resultando em 116 MW. Observa-se também que as térmicas de Bonji, da Chesi em Recilc, ti- vveram problemas nas fundagdes e deverdo ser vendidas ou ‘alugadas nos prdximos vinte meses, depois de reformadas. A tabela 2 apresenta o sistema Norte/Nordeste para os préximos anos. Para fazer frente a0 atendimento desses mercados, as ‘obras em andemento e provistas nos cronogramas da Ele- trobris slo as listadas a segui Quanto 4s tr8s dltimas méquinas de Itaipu, duas deve entrar em 1990 @ uma em 1991. Todas elas trabalhardo ci 60 Hz, em corrente alternada, para atender ao Brasil. Sio elas: a5 méquinas 16 ¢ 17 (em 7/90 e em 12/90), mais on? 18 [em 391). Quanto ao sistema interligado Norte/Nordeste, pode ser analisado eonforme a tabela 5. A rigor, estes dados so projetados sem a certera «i exisiéncia de recursos para cronogramas de obros © s¢ Ov tos percalcos poderao atrapalha-ios. Por exemplo, no Sul/Sudeste: Espera-se que Nova Ponte da Cemig atrase: = Segredo da Copel esté as voltas com lutas judiciais com 3 empreiteira CR Almeida: = Manso da Eletronorte também tende a0 atraso, bon como Serra da Mesa de Furnas, que seré a grande regu- larizadora das éguas do rio Tocantins, onde operaré Quebrada e a futura Tucurut It = Nao esté no ritmo previsto a obra de Ita, da Eletrosul; Também atrasam as térmicas a carvéo de Jacui e Jorge Lacerda, da Eletrosul; ‘Nao € confiével o prazo de térmica a gés de Bolivia para importacdo da Eletrosul e do Sudest HS obstéculgs, ecoldgicgs @ de financiamento japonés a 118 ‘Tobela 1 = Sistema Interigado SulSudeste - carga propria de energia (MWmed) Por Sul area dose 4sa7—acaa (gee to at eat Gude 1730018245 «19296-20309 21.407 cosh) Fowl aioe zzsov «363324971 isisey “Tan tS) 6.) Nota: Enive pardnieses, erescimento em porcentagem om ralatéo Fonte: Eletrobr Tabela 2 - Sistema interligado Norte/Nordeste - carga propria de energia (MWmed) Ce ee en None ae) ~—~«tSze—~=«0se— 2782270 lea aa eto Nordeste 9409784 42445484878 fos tee 020 ata Tote ae 5308 6305 68007708 iwine) = os) tg) ‘Now: Envre pardnteses, crescimento em porcentagem em relaxéo 20 ano aero Tabela 3 — Sistema interligado Sul'Sudeste - cronograma de obras de geragao 89/94 (Iniclo enchimento de reservale- ties) Empresa Plno89 Novadaia Using, Youn coeds irveses) Cee qv90 Wives __T. lrmdos 3 Tees ares Teawerngy 3 —ars0 1705/90 CanaiP. Barreto comig Was? W8/92__Nova Ponte 6 Copel yais2_v7ig2__—Segredo 2 TlewononeiSe Viver 12/92 Manso @ Furnas —We92 Serra da Mesa 19 Wess Wess Corumba 2 Comig yea vvea—_Igarapave 2 = n94 5 Eletosul = vals ta a cee ~ WMO, Franecisea— Copel = WWira4 Desvie Jordio MUNDO ELETRICO OUTUBRO, 189 (00 512 5 - $B-496 - 100 (100x!) - 05/80 %*& BEMGE SEGURADORA S/A Tabela 4 - Sistema interligado Sul’Sudeste 89/94 - (cronograma de obras de geragao (Inicio de motoriza¢ao) Empresa Plano89 Novadaia—Usina Tipo Pot. nstalada ‘inal (ay Ces ses 3/90 ‘Tequeruqu 5 100 Clg go «W780. Doursds 2185 (expanséol Eletrosul wey vive. Lacerds T 1x 350 wiorst area decal T 1 350 Copel wiosz 1/10/92 Segrede x “aa3i8 Eletrosul wives visa Bolivie/Gis ex ght wares _Wa/S3__Santa Branca 24245 Furnas wees Wess Corumba H ax Cesp w7is3 7188) linia T 2x 350 Camig wiiss__W7/83_NovaPonte HW 3x70 = a) pe T 1128 vaisa Wala Igarapava 4 5x40 Fur si94 Serra de Mess H 3400 none/SE 12938 Manso. 4 x 525 esp 1733 __W7194_—S. J. Campos. 14380 7196 ie 6x270 CEE = 7134 Candiowsi 15350 = Wi0vs4O. Francisca 2x 628 W7 Widreldtics 7 = Termelétrics Tabela 5 - Sistema interligado Norte/Nordeste 1989 (cronograma de obras de gerard) Empress Plano Nevada Usa Tho Ws Pat ae. Chest 75/7189 10/0/09 _Naparica =H 5 7250 is7reg_s0rt2veshaperica 6 7250 wees 7709 Tucurul 10 360 wires iv90_—‘Tucurul n 350 yg vao0 Tucural 2360 fabela 6 — Sistema interligado brasileiro (evolucao da poléncia insta lada em mW) Reside to 1989 —-1990~=~=«n91—=«stsz~—t90) Sudese Hidro 22829 «23940 26406 2as10 25.009 1 130 06 13201320) 1320 ‘T 570 Nuclear 687,657,657 Total 26808 2581726463 26.095, Sut Hidro 6603-6683 «5603s 00 Term = 1998113814051 aa Tout 6798 = BIS 7183 78d ieipa 7500 11900 12600 12600-12600 Nordeste Widro 6960 7108 ~<7108~—7106+~=—7 106 7 Term “550550550. 55050. Toll 759076567856 76557 856 Nowe Widro 9800 4200 4700 + «4200 «4700 Tem 616TH Total «3616 4318S ate ast rail Widro 49.472 «526294075 baa 5082 Tem 312231223472, 382245 212 Nuclear 887687. 657, 657,657 Toist” $3251 56.608 SB.204 5590161 161 desafiar as térmicas a residuo astaltico residuo a vacuo de Paulinia e S60 José dos Campos, da Cesp, em Séo Pauio; e, = ltaipu néo operaré simultaneamente suas 18 méquinas de 700 MW, pois deixaré algumas como reserva girante e emergéncia. No que concerne ao Norte/Nordeste deve-se considerar que: = Apesar de pronta © de o reservatério estar completo, a obra de Itaparice no rio Sio Francisco jé anota algum atraso nas entradas de méquinas em 1989, por falta de recursos; ~ Nio 6 confidvel o prazo de Xingé pars 1934, sendo quo a partir de 1983 os riscos de déficit 1a regido simplesmente explodem acima de tum patamar minimo de 20%: e, ~ Tucuruf Il tende 2 ser concretizada mesma sem 2 regularizagio do rio So Francisco, embora no haja verbas na Eletronorte para ‘esta empreiteira num horlzonte visivel de tempo. De todo 0 modo, se os programas estabeleci- dos e revisios em junho de 1989 pela Eletro- brés fossem cumpridos, a configuracdo regiéo por regio de todo o Brasil agregado ficaria isposta como mostra a tabela 6. Este quadro revela claramente que, de 1989 pa- +a 1990, 0 setor elétrico conta com mais 3 mi MW de poténcia. De 1990 para 1991, mais 1/600 MW so agregados. HS quase uma ex. tagnacéo de 1991 para 1992, onde se nota a soma de apenas 700 MW, enquanto cerca de 22 mil MW dover ser incorporados do 1982 para 1983. De todo modo, a 1,5 mil délares ou 2 mil dla res 0 custo por kW instalado, 08 8 mil MW a se rem instalados de 1989 a 1983 néo teréo cust do menos de 12 a 16 bilhdes de délares,cujas origens ainda parecem indefinidas, Por ora, se hd strasos nes obras, existe também comedimento do mercado. Assim, em 1989 © mercado tem sido cerca de 3% menor ‘ue © previsto, o que dé um pouco mas de fl- g2 20 problema do setor elétrico, sem, no en- tanto, resolvé-lo. € um adiamento que possibi- lta duas hipéteses: 1. altar energia diante de ‘um mercado que cresce; e, 2. néo fatar energia porque a recesséo encolheu o mercado. %& BEMGE SEGURADORA S/A ANEXO N2?_3.2 CONJUNTURA COPS RSH GD Eos A inseguranga do mercado consumidor de energia elétrica A grande inseguranga no mercado consumidor de cenergia elétrica tem origem principalmente nas dificuld des do binémio DNAEE/Eletrabrés, que ndo vem conse- guindo casar sues revisées de comedimer'~ do consumo com os impactos dos atrasos das obras s.uirelétricas em curso, oug —deveriam ter sido iniciadas. Dessa forma, ora o risco de déficit de energia elétrica calculado para os anos $0 sobe a astronémicos 25% em 1995, no Sudeste brasileiro, ora a mesma taxa cai a mo- destos 11%, como se observa n¢ lias que correm, Vé-se ‘claramente que © Departamento Nac ° de Aguas e Energia Elétrica (ONAEE), junto com os aupart montos de Planejamente ~ de Operagdes da Eletrobris, ro tm sido felizes nas _ativas de compatibilizar os pe- 508 relativos dos atrasos nos investimentos, com 0 impacto do entraquecimento do consumo projetado. © resultado & que a sociedade fica confusa entre dados que ora se apresentam draméticos, ora se mostram menos desconfortéveis, 20 sabor develevagdes e desabamentos conjunturais do mercado. |ss0 se reflete no planejamento das empresas que ten= tam diagnosticar corretamento a crise energética dos anos rocuram encontrar um caminho de guarda do pro- dugdo e se estorgam para achar um modo energétice de viver, daqui para a frente, com alguma sanidade e raciona~ lidade. Afinal, a grande questo dos empresérios &: qual 0 energético que seré possivel usar, a que prego, com ou ‘sem quota, @ em que condi¢ées de confiabilidade e de con- tinuidade. ‘Mas, nao ha resposta satisfatdria a essas questOes. E a inconsténcia das estatisticas de risco do setor elétrico tam= ouco ajudam a desembaracar este nd. Seja 0 que for, a tabeia i mostra as dltimas projegées oficiais do fim de 1989, nas quais pouco se confia porque ‘dependem de investimentos regulares em obras, num cro- ‘nograma sobre o qual pairam ainda dividas. Se 0 eronograma de obras for cumprido, vale, segundo © Grupo Coordenador de Planejamento dos Sistemas Elé- tricos da Eletrobrés (GCPS), 0 ciclo mostrado ne Noturalmente, esses riscos decorrem de uma concep de evolugdo de mercado, desta vez mais moderada que 8s anteriormente observadas no Plano 2010 da Eletrobrds. De qualquer modo, os navos dados revelam que o con- sumo brasileiro estard partindo de 235 TWh neste 1990, atingindo nada menos que 423 TWh em 2000, como mos- tra. tabela 2. A rigor, 6 0 préprio GCPS que reconhece cue o fim da década de 80 tem sido marcado por dificuldades de toda ‘Tabela 1 — Programa decenal de gerogdo - GCPSI69 Principals usinas - Compara¢o de crenogramas com 0 plano 2010 atone ttt sededoeiee eeezerarees Peete Sinema NoneiNordese ona co cava m= 2 Sinas so x “ocurt 3300 B tape a 2 ordem, para a coordenagio @ gestéo jamento da expanséo dos sistemas elétricos. Hd 9 reconhecimento de que a incerteza marca o plan Jamento nesta época. Ela perpassa custos e prazos de| construgdo; disponibilidade de combustiveis para termelé- tricas; taxes de crescimento do consumo e sua préprie es-| trutura; restrigGes ambientais, fundidrias © indigenistas, entre outras. E verdade que 0 sistema continua heroicamente ope- rando, sem sequer uma manutengdo compativel. Porém. %& BEMGE SEGURADORA S/A we arte: Sistemas inerligados WINE @ S/SE/CO Fiscos de wefict(+) Tabela 2 Plane 2010 | Revisdo atual wh | Twn om 190s | 102 182 es ee se vos | 366 | 200 zo | az 55 | 360 10 é um resultado que se possa manter a longo prazo e ua reversio requer grandes investimentos. 0 fato de 2 pnergia estar al, a despeito de tudo, traz um crédito aos gefentes do setor, mas lamentavelmente no Um financiamento internacional de que tanto 0 setor care- ca. € neste quadro que o GCPS diminuiu no sistema inter- ligado NO/NE cerca de 10 TWh no ano de 1895, ov algo como 12% do consumo previsto no antigo Plano 2010. Por sua ver, no SE/Sul a mesma redugio foi de 31 TWh, aicangando os mesmos 12% de corte, que se estendem pe- 120 Centro-Oeste, igualmente interligado. Os menores valores dos riscos de déticit, nos primeiros anos, explicam-se pelas caracteristicas de regularizaydo Plurianual dos reservatdrios e pelo armazenamento aval ‘isponivel, Os baixos valores no horizonte vém da expec- tativa de normalizagio das obras. Diante disso, 08 grandes consumidores de energia re- conhecem a necessidade de autogerar e co-gerar energia. As principais razdes séo as seguintes: ~ Garantir as necessidades de expanséo dos setores; ~ Eviter cortes nos anos $0; = Contribuir com o setor elétrico no esforgo de supe- ragdo das dificuldades de financiamento da expansio. MUNDO ELETRICN FEVERFIRN Yen Mas, a vocacéo das indiistrias néo & produzir energia e, 82 0 fazom, é com 0 intuito de atender as dificuldades aci- macitadas. Existo 0 interosse de participacdo sob varias formas, tais como em pequenas hidrelétricas, fora ou dentro do siste- ‘ma interligado, em grandes centrais, como autoprodutores ‘ou em pool de consumidores. As dificuldades principais sdo as seguintes: falta de re- gras claras, consistentes ¢ duradouras (a Portaria do DNAEE n® 246, de 23 de dezembro de 1988 néo permite 0 transporte interestadual de energia elétrical; e inseguranga para 0 investidor ligado ao “grid” do sistema interligado. ‘Algumas Portarias existentes atenciem em grande parte as reivindicagées, porém dever ser muito aperteicoadas, com mais flexibilidade nos contratos e maior liberdade en- Ire as partes, no tocante a precos, prazos e demais cldusu- las. Quanto & autogeragéo hidrelétrica, v em os mesmos concettos aqui exposios. A maior parte das empresas esié | empenhada nessa solugao para: ~ Uso cativo, pois sua vocagéo ¢ fazer 0s produtos de seu segmento e ndo fazer da eletricidade um negécio; ~ Ter garantia de viabilidade future; = Dar sua contribuigéo & solucdo dos problemas brasi- leiros, porque séo responsiveis @ fazem parte inie- grante do Pais, Mas, hé anos pe izar aproveita~ mentos fora dos cronogramas estatais, sem éxito. ‘Também, a logisiagdo inexiste ou emperra, ‘Alguns exemplos de dificuldades: ~ Nao hé nenhuma facilidade para desapropriagées; = Nao hé possibilidade de “wheeling” ou “pedégio” in- terestadual = Nao hé seguranga de abastecimento, quando a bacia hidrogrética em que se inserem sofre problemas; ~ Nao hé seguranga sobre a estabilidade das regras sob injungdes poltticas: = 0s financiamentos no sao iguais para todos, discri- minando hoje estatais ¢ multinacionais. (RE SERVICO DE CORTESIA 9% BEMGE SEGURADORA S/A A possibilidade de racionamento de energia a partir de | 1992 e arhipdtese cada vez mais concreta de que o consu- |mo de eletrcidade naquela ano supero sua prépria pro- Guséo, esté0 levando 0 préximo governo a pronunciar, ca- @a ver com mais freqdéncia, a palavra “privatizagio”. Quando o assunto & centrais hidrelétricas, a probabilidade toma contornos de necessidade. ‘A iniciativa privada, que hd muito ver tentando obter garantias de fornecimento, adita uma postura pragmstica, é cada vez mais comum a construcdo de pequenas centr hidrelétricas por grandes empresas, nacionais ¢ multin cionais. A CBA, do grupo Votorantim, jd tem oito unidades «nada indica que possa estaynar a construcéo de outras. © consércio de cinco grandes companhias que iré cons- ttuir 2 hidrolétrica de Serra Quebrada - formado pela Dow Quimica, a Bliton Metais, Camargo Correa Metais ¢ Alcan, coordenadas pela Alcoa Aluminio - [4 encaminhou 20 Mi- nistério das Minas o Energia uma solicitagdo para a cons- rugdo da obra. A usina terd oito turbinas Kaplari, poténcia de 1,2 mil MW, @ deverd ser erguida a0 custo do USS 1,2 bilhéo, num prazo de sete anos. Apenas essas cinco gran- des empresas respondem pelo consumo de 3% de toda eletrcidade gerada do Pals. ‘Na realidade, a construgdo de Serra Quebrada jé estava revista no Plano 2010, elaborado pela Eletrobris, sob 0 nome de Cachoeira Santo Anténio. A Billiton j8 definiu of fotores que condicionaréo sua barticipagic? no empreendimento: garantia de remune- {G80 de 18% sobre 0 capital e real demonstraczo do go- verno no desejo de abertura do setor 8 iniciativa privada, A Bilton, que detém 40% do capital da Alumar-Aluminio do Maranhéo S.A, tem uma demanda contratada do governo de 445 MW para 2 produgéo de aluminio, com fator de carga de 98%, A empresa pretende, ainda, expandir suas instalagées em Séo Luis, para o que precisard de mais 98 MW ou um total de 643 MW - ou pouco mais dos 620 MW Que pode gerar a usina nuclear de Angra | bem acima ‘605 80 MW consumidos por toda a ilha de Séo Luis. A capacidade de geragdo de Serra Quebrada, apesar de ser praticamente igual & de Sobradinho, no rio Sao Fran- 8¢0, exigiré um lago.dez vezes menor, de somente 400 Quilémetro quadrados, reduzindo consideraveimente os impactos sobre o meio ambiente, gragas a bartagem, de 28 metros de altura. “O governo nao tem mais recursos pat has", disse 0 ministro das Minas e Ener‘ ANEXO_N® 3.3 Aumenta o interesse da iniciativa . privada por Seragéio de energia O maior investimento (© maior investimento privado no Parand, da order do USS {650 miles, foi anunciado por um grupo de trezé envpresas de ‘grande porte. O objetivo co empreendimento é constrir usinas ‘icreltricas de mécto e grande portes. Entre as empresas que panicipam do consércio est#o 0 grupo Bamerindus, a Nutrimental, os grupos Trombinie Battis- lalla, Imaribo, Placas Parané, o grupo Conujao ea Inepar. © ctjativo do grupo ¢ 0 de garanti, a curt prazo, o abasto- cimento de onergia a cusios avravos, “alviando 0 Setor pb. 0, que assim poderd destinar recursos correspondentes 30 suprimento de Areas de priordade social” .segundo disse At- ano Sobrinho, um dos dirgentes do grupo. Em Sio Paulo, o governo apressou-se em langar uma oon coréncia publica para a construcdo e restauracdo de 23 pe quenas cenirais hdreléicas instaladas em todo 0 estado. A i taco faz parte do programa energético do govemo paulsta, (que canta com a partcipagdo da inciativa privada para poss. biltar fnanciamentos. Gragas as 23 usinas, o estado deverd ler um acréscimo da 3 400 MWY em sua capacidade instalaaa, quo, atualmente é de 9.952 MW. E isso se traduz em ndmeros. Os investimentos que serio feitos pelo consércio correspondem a 17% das cessidades do setor @ a 90% de suas préprias necessidades Projetadas para meados da década de’ $0. O consércio, | contudo, afirma que a proposta nio deve ser vista como formal, mas apenas uma carta de intengao. “A usina nao | ‘nos seré conveniente caso o custo de geracéo ultrapasse a | 289 dos US$ 1 mil por quilowatt”, afirma Jodo Canellas Pires de Mello, gerente para Assuntos Energéticos da Al- 0a Aluminio @ porta-voz do consércio. Atuaimente, os projetos brasileiros beiram os USS 1,5 mil por kW. 0 investimento, contudo, aproveitaré uma boa parte da infra-esiritura j6 existente - a transmissdo serd feita polas redes jé-implantadas ¢, no perlodo das chuvas. a elettici- dade serd lavacia 8 Dow @ Alcan, em Aratu (BA). i ‘Mas, 0 consércio no quer apenas get ““além de nos resguardar quanto a possiveis r tos futuros, pretendemos preservar os investirnentos j | realizados nas cinco empresas, de USS 3 bilhdes”, conta Canellas, E consenso no setor energético que a partcipagso pri- vada deve aumentar - inclusive, no programa de governo do Fernando Colior de Mello esté previsto apoio a esse tipo de iniciativa. Para 0 presidente da Associagdo Brasileira de %% BEMGE SEGURADORA S/A Concessionérias de Energia Elétrica, Nelson Vieira Barre +a, 0 setor privado poderd investir cerca de USS 1 bilhéo or ano na geragdo € transmisséo de energia até o ano 2000, ‘A Cer}-Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro jé esté analisando um plano de privatizagio que abrange a construgdo de cinco novas unidades e a am- pliago de duas usinas hidrelétricas que geram 200 MW. (© grupo baiano Gées-Cohabita, de construcéo pesada & civil, constituiy uma subsididria integral para a érea de energia - 2 Eletrogées S.A, juntamente com a Ultratec, Mecénica Pesada e Asea Brown Boveri. O grupo jé ganhou concorréncias para a construgdo de duas centrais hidrelé- trices, uena.em Rondénia e outra em Mato Grosso. No Sul do Pals, onde o aproveitamento hidrelétrico bastante elevado, a Dohler S.A., de Joinville, vai aplicar USS 1,5 milhdo numa usina de 30 MW de capacidade. Os cdlculos estimam que 50% da produgéo seja consumida pelo complexo fabril das empresas Dohier e Contio, do mesmo grupo, enquanto 0 restante serd fornecido popu- lagéo. ‘A hidreléttica de Aquarius, no Mato Grosso do Sul, j8 ‘obteve a aprovagio de sou projeto técnico e, assim como a Gées-Cohabita, constituiu uma empresa de,economia mis- “OERONOMES ta para cuidar de seus interesses - a Aquarius Empresa de Energia S.A., com 25% de capital social integralizado pela Enersul - Companhia de Energia Elétrica do Mato Grosso do Sul @ o restante pela construtora Progel e consultors Icoplan, com recursos do BNDES. Ali8s, 08 empréstimos do BNDES destinados a financiar empreendimentos privados no setor de energia elétrica sd0 cada vez mais freqdentes. O ONAEE - Departamento Nacional de Aguas e Energia Elétrica dispde de uma linha de crédito que permite que o banco participe com 55% a 80% dos ‘valores dos projetos contratados, com prazo de pagamento entre 5 e 12 anos, correcdo monetaria pelo IPC @ juros de 6% a 12% a0 ano. O Finame também dispée de financiamento pars isigSo de maquinéri Entre as empresas contempladas por financiamentos do BNOES estd a Salgome, de Maceid, que reccbeu NCzS 60 milhdes de um custo total de NCz$ 300 milhées. O banco financiaré 20% do valor do projeto, que abrange planta de energia clétrica e térmica, mas, segundo Re ‘naldo Trei- ger, superintendente de infra-estrutura.e -ndmica do BNDES, 0 banco nio tem aprovado tantos projetos de pe- quenas usinas privadas quanto deveria, porque os em- presfrios apresentam projetos com custos de geragdo de ‘quilowatts acima do US$ 1,7 mil por quilowatt aiimitido, Cai 35% o desempenho io setcr em 1989 © segmento de geracdo, transmissio e distribuigso de energia eltrica apresentou, em 1989, uma queda de 33% ‘em seu desempenho, comparado com os numeros alcan- 32 bem 1988. i Us dados, fornecidos pela Associagio Brasileira da Industria Elétrica e Eletrénica (Abinee), exibem a terceira queds consegutiva no setor. De acordo com as célculos da prépria associagéo, em 1988 a redugo foi de 28% em re- Jago a0 ano anterior e, ainda, quando confrontado 0 de- Sempenho de 1987 com 0 de 1986, 0 recuo é de 4%, Os outros segmentos listados pela Abinee, a0 contrétio,, apresentaram crescimentos de até 17% - como'no caso dos equipamentos industriais - ou ligeiramente inferiores, co- mo 08 16% alcangados pelos componentes eletrénicos. ‘A Abinee chegou, assim, a0 final de 1889 com um de- sempenho global positive - da ordem de 9% - quando comparado com o resultado de 1988. Esse nimero 6 0 me. thor dos tlumos trés anos, mas ainda esté bastante aboixo do crescimento aleangado em 1986, quando se chegou 20 patamar de 27%. As exportagdes de produtos da indistria eletrosletréri ca brasileira apresentaram um crescimento de 9,2% e fe: * charam 0 ano com USS 1,850 bilh3o FOB. As importagdes: resceram ainda mais: 29,5%, fechando em USS 3,1 bilhdes FOB, enquanto participagio das exportagées do setor subiv para 5,4% e 7,2% em produtes industriais especifi- camente, — i Comportamento dos principals setores da industria eldrica verante iseriinagdo scart | Fae veklot euomotoies Wendt fosseeee + 8 | Chaves seccionadoras (entr. de encomendas) 3 | Conversoresesaicos par sctonamento de mot | [orvele deormomendtesscscecaseseees > 0 | Oijutores a © meat | evconended) “0 ferragens «conezores a) Ieladores para a) Matera eldiice de instal +2 is | i 2 Motors serados vended! ° Panda enade de encomondas] 2 Componentes sic fenvads de encore s fetes ve protegdo vendasl oe 5 Ratieadores indus enrséa de encomendas]. + 10 Translormadoresletrada de encomendaal. =... = 40 Turboperadoresehidioperedores aturemeniah: © 20 Fonte: A MUNDO ELETRICO —FEVEREINO, 1990

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