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UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS


BACHARELADO

Archeopteryx lithografica

Elói Clementino Theodoro


Matrícula: 082138016

Wadson Tavares de Mello


Matrícula: 091138019

Vassouras - RJ
2010
ARCHEOPTERIX LITHOGRAFICA

Autor: Elói Clementino Theodoro Matrícula: 082138016


Autor: Wadson Tavares de Mello Matrícula: 091138019

Introdução

Sua história geológica é relativamente longa, iniciando-se com a


aquisição de penas por organismos encontrados como fósseis na região de
Solenhofen, no sul da Alemanha. Estas rochas calcárias foram depositadas em
ambiente lacunar de clima subtropical do Jurássico superior, há 140 milhões de
anos atrás. Na verdade, estes organismos, conhecidos como Archaeopteryx
lithographica é a ave mais antiga que se conhece, conviveu com os
dinossauros e talvez ainda seria considerado como um dinossauro se não
fosse o fato de suas penas terem se fossilizado. De fato, os táxons Aves e
Dinossauria formam um grupo monofilético1. Um dos primeiros esqueletos de
Archaeopteryx encontrados foi atribuído a um Compsognathus. O
Archaeopteryx tinha dentes e possuía ossos na cauda como um pequeno
dinossauro, nas asas ainda possuía três dedos, que serviriam para agarrar os
galhos das árvores e auxiliar na subida das mesmas. A questão que gera
dúvidas era o fato delas não possuir um osso chamado esterno2, no entanto o
Archaeopteryx possuía o chamado " osso da sorte " ou " forquilha " típico das
aves. Não se sabe ao certo se o Archaeopteryx poderia levantar vôo e voar
como as aves, mas sem dúvida " voava " de galhos em galhos, dava saltos
enormes impulsionados pelas asas ( como as galinhas o fazem atualmente ) e
planava caçando insetos nas matas do Jurássico.
As aves se originaram dos répteis, assim como foi descrito acima.
Também apresenta temperatura constante, asas, bico, penas e põem ovos.
Conhece-se um fóssil, o Archeopterix lithografica, que será o assunto
descrito neste artigo. Essa espécie teria penas como as aves atuais e cauda
como os répteis (Grimming, 1974; www.avph.com.br e Biologia Interativa em
Caminhos da Evolução).

1
Isso significa que as aves descendem de um grupo de dinossauros que não se extinguiu, e
devem ser considerados como os representantes vivos destes animais.
2
Robusto osso provido de uma quilha que as aves tem no peito, onde se inserem poderosos
músculos que permitem o bater de asas para o vôo.
ii
Objetivo

Conhecer a espécie Archeopterix lithografica, assim como seu


hábitat, origem, alimentação, habito, predador e o mecanismo que levou a sua
extinção.

Método

No presente artigo se aplicou a seguinte metodologia de revisão


bibliográfica:

1. Pesquisa para obter o máximo de informações das espécies extintas.


2. Escolha de uma das espécies pesquisadas, neste processo de escolha
não foi usada nenhum critério científico e sim, uma escolha pessoal do
grupo em saber mais a respeito da espécie escolhida.
3. Coleta de dados tanto dos livros como da internet.
4. Após o levantamento dos dados (livros e internet), os mesmos foram
processados e classificados pelo grupo de acordo com os objetivos do
trabalho.
5. Finalmente, fez-se a análise e a avaliação, bem como as conclusões e
recomendações.

Resultados

O fóssil do Archaeopteryx foi descoberto em 1861. Após primeiras


considerações, foi apresentado como sendo um elo transitório entre répteis
(dinossauros) e aves. Entretanto, após análises mais minuciosas, foram vários
os cientistas, inclusive evolucionistas, que descartaram a hipótese do
Archaeopteryx ser uma transição entre dinossauros e aves. A verdade é que
este fóssil tem características únicas, sendo um fóssil muito peculiar. No
entanto, o Archaeopteryx era um pássaro.

Em Eichstatt, na Alemanha, a Conferência Internacional sobre o


Archaeopteryx, realizada em 1984, reuniu muitos cientistas especializados na
evolução das aves. A grande parte dos especialistas concordava que ele era
100% pássaro e não meio-réptil e meio-pássaro. Apenas uma minoria defendia
que ele poderia ser considerado uma transição.

iii
O fóssil do mesmo continha características que se podem encontrar
tanto na classe das aves como na classe dos répteis. Menton (2008) disse: “É
verdade, mas é verdade para quase todos os esqueletos de vertebrados…
répteis, mamíferos e aves… todos eles têm similaridades (figura 1).

Figura 1

O Archaeopteryx não é o único fóssil de ”ave com dentes”. Alguns


fósseis de aves tinham dentes, outros não. Por outro lado, há mamíferos que
têm dentes e outros que não têm. Como é que o fato de ter dentes pode provar
uma relação com répteis, quando muitos répteis não têm dentes (caso da
tartaruga)? De fato, os crocodilos é o único grupo de répteis que têm dentes
bem consistentes e desenvolvidos.”

iv
Segundo Feduccia (2008), autoridade mundial no campo das aves,
publicou na revista Science as suas conclusões: “Os paleontologistas têm
tentado transformar o Archaeopteryx num dinossauro com penas. Mas não é.
É um pássaro. Um pássaro empoleirado. E nenhuma quantidade de
“paleontoloblablabla” vai mudar isso”. Convenhamos que o Archaeopteryx fica
mais bonito quando pintado pelos artistas do que em forma de fóssil (figura 1.1
e 1.2):

Figura 1.1 Figura 1.2

O Archaeopteryx mostra características das aves modernas. Penas


assimétricas, estrutura das asas perfeita, esqueleto leve com ossos ocos,
esterno a sustentar os músculos das asas e estrutura única do pulmão de ave
(completamente diferente dos pulmões dos répteis) são algumas das
características que fazem a maior parte dos cientistas acreditar que ele é/foi
uma ave plenamente capaz de voar. Estes estudos e conclusões foram
publicados em várias revistas científicas e jornais. Não que fosse muito
relevante saber, mas estes estudos são todos apresentados por evolucionistas.
Evolucionistas que têm a particularidade de não acreditar que os dinossauros
evoluíram para aves. Já não é mau de todo. Mas porque é que eles não
acreditam na transformação de dinossauros em aves? Porque estudos como
este sobre o Archaeopteryx descartam essa hipótese. Mas nada é suficiente
para os evolucionistas em geral (Brites, 2010; Beddard, 1898 e Romer, 1973).

Evolucionistas mais fanáticos dizem, ainda, que o fato de o


Archaeopteryx ter garras é claro sinal de relacionamento com répteis. É
mesmo fanatismo uma vez que pássaros que estão entre nós também têm
garras, pelo menos em algumas etapas da sua vida (Exemplo: jacu-cigano,
v
ema, turaco, fulica). Estes pássaros são 100% pássaros porque os temos
conosco e podemos vê-los e estudá-los, concluindo que eles não são répteis.
Já no caso do Archaeopteryx, dizemos que ele é meio réptil ou meia ave
porque como não o temos conosco, podemos deduzir raciocínios com base nos
nossos pressupostos.

Outro aspecto importante a considerar é o fato de o Archaeopteryx


aparecer isoladamente no registro fóssil. Sem antecedentes ou
precedentes. Ele ocupa uma posição isolada no registro fóssil pelo que a
origem das aves é puro jogo de dedução. Não há fósseis das diferentes etapas
que poderiam ter dado origem a esta ave rara. Não há fósseis transitórios entre
o Archaeopteryx e os répteis ou entre o Archaeopteryx e as aves (nem
daqueles duvidosos), ele permanece sozinho (Pough, Janis e Heiser, 2002).

Não obstante, muitos evolucionistas nos dias de hoje continuam a citar


esta ave como um fóssil de transição. É o caso do livro “Evolução e
Criacionismo: uma relação impossível”, publicado em 2007. Porque é que os
evolucionistas ignoram todas as evidências que não batem certo com a sua
teoria? Porque é que para negar a existência de Deus basta um pouco da
“ciência”, mas para negar algum episódio da Evolução são necessários vários
testes, várias pesquisas, vários estudos e vários resultados para mexer nos
mundos e fundos? Os evolucionistas dizem que se aparecessem provas que
descartassem a evolução eles iriam aceitá-las. Isso é pura mentira! Nada irá
fazer com que se abandone à perspectiva da evolução, uma vez que, com esse
abandono, viria juntamente o afirmar da existência de um Deus criador.

Archaeopteryx (é do Grego antigo ἀρχαῖος archaios significado


“antigo” e πτέρυξ pteryx significando a “pena” ou a “asa”).

Estudos mais recentes poderá solucionar está incógnita, pois em 1998


foram descobertos, na China, fósseis de duas criaturas supostamente
transitórias entre dinossauros e aves, denominadas Caudipteryx zoui e
Protoarchaeopteryx robusta, que são bem semelhantes ao Archaeopteryx,
portanto é de se esperar o reconhecimento de vários cientistas de que estas
criaturas são simplesmente aves. Alguns evolucionistas já sugeriram que deve
existir uma linha evolutiva entre o Archaeopteryx, o Caudipteryx zoui e o
Protoarchaeopteryx robusta, porém esta afirmação não foi levada a sério
nem mesmo pelos cientistas que acreditam na teoria da evolução, pois estas
vi
criaturas, apesar de aparentarem serem mais répteis que o Archaeopteryx,
estando evidenciado que tinham também a capacidade de voar, são cerca de
30 milhões de anos mais recentes que o Archaeopteryx, portanto, pelo
pensamento evolucionista dominante, que afirma que as aves evoluíram dos
répteis, estas espécies recém descobertas deveriam ser mais parecidas com
aves, por serem mais novas, ou, deveriam ser mais antigos que o
Archaeopteryx, por parecerem mais com répteis (s.silva777.sites.uol.com.br).

Considerações Finais

Fica muito difícil em definir a espécie Archeopterix lithografica, assim


como seu hábitat, origem, alimentação, hábito, predador e o mecanismo que
levou a sua extinção. Pois ainda sabe-se pouco deste animal, apesar de ser
antigo. Porque não há fósseis das diferentes etapas que poderiam ter dado
origem a esta ave rara. Não há fósseis transitórios entre o Archaeopteryx e os
répteis ou entre o Archaeopteryx e as aves e assim dificultando o estudo mais
elaborado ou detalhado sobre a espécie. E por causa disso muitos
evolucionistas nos dias de hoje continuam a citar esta ave como um fóssil de
transição, apesar de não ser, devido o fato de que essa espécie é única entre
todas as outras no período Jurássico.

vii
Referências:

Beddard, F. E. Em "The Structure and Classification of Birds", Longmans,


Green and Co. London, 1898, p. 160

Biologia Interativa em Caminhos da Evolução, Elo Perdido entre Aves e


Répteis. Disponível em: http://biointerativa.com/tag/archaeopteryx/ Acesso em:
23/05/2010

Brites, A. D. Aves Únicos animais viventes que têm penas. Especial para a
Página 3 Pedagogia & Comunicação, 2010. Disponível em:
<http://educacao.uol.com.br/ciencias/aves-penas.jhtm> Acesso em: 23/05/2010

Feduccia, A. Publicou na revista Science as suas conclusões. Autoridade


mundial no campo das aves. (2008) Disponível em:
http://alogicadosabino.wordpress.com/2008/04/02/archaeopteryx-o-elo-que-
voou-pela-janela/ Acesso em: 23/05/2010

Grimming, G. Coleção Ciências Apresenta Pesquisa Ilustrada. Rio Gráfica e


Editora: Rua Itapiru, 1.209, Rio de Janeiro-RJ, 1974.

Menton, D. Archaeopteryx – o elo que voou pela janela. Doutorado em


Biologia da célula, professor jubilado de Anatomia. Na Washington University
School of Medicine em St. Louis, 2008. Disponível em:
http://alogicadosabino.wordpress.com/2008/04/02/archaeopteryx-o-elo-que-
voou-pela-janela/ Acesso em: 23/05/2010

Pough, F. H., Janis, C. M., Heiser, J.B. Vertebrate Life. 6ª Edição, 2002.

Romer, A. S. Anatomia Comparada: Vertebrados. Interamericana: México.


435p, 1973.

s.silva777.sites.uol.com.br. O Archaeopteryx. Disponível em:


<http://s.silva777.sites.uol.com.br/evol_archaeopteryx.htm> Acesso em:
23/05/2010

viii
www.avph.com.br, Archaeopteryx. Disponível em:
<http://www.avph.com.br/archaeopteryx.htm > Acesso em: 23/05/2010

ix

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