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Qualidade de
Serviço
2014
INDICE
Introdução 5
Sumário Executivo 8
Continuidade de Serviço 15
Indicadores Gerais 19
Análise Global dos Indicadores Gerais 21
Indicadores Individuais 22
Análise Global dos Indicadores Individuais 25
Qualidade da Onda de Tensão 28
Plano de Monitorização 30
Principais Resultados das Medições Efetuadas em 2013 30
Evolução da Qualidade da Onda de Tensão 33
Disponibilidade 38
Relacionamento Comercial. Auditorias 41
Comportamento da Rede de Transporte e dos seus Equipamentos e 44
Sistemas
Incidentes 45
Incidentes com Repercussão na RNT 47
Linhas 49
Subestações 55
Transformadores de Potência 55
Disjuntores 57
Seccionadores, Descarregadores de Sobretensão e
Transformadores de Medição 59
Sistemas de Proteção 60
Sistemas de Comando e Controlo 65
Melhoria da Qualidade de Serviço 69
Anexos
INDICE DE FIGURAS
INTRODUÇÃO
O Regulamento da Qualidade de
Serviço (RQS) estabelece que a REN
- Rede Eléctrica Nacional S.A., na
sua qualidade de operador da rede
de transporte de energia elétrica
no território do continente, deve
elaborar anualmente um relatório
com informação sobre a qualidade
do serviço prestado pela Rede
Nacional de Transporte.
Caracterização da continuidade de
CONTINUIDADE serviço da Rede Nacional de
DE Transporte (RNT), de modo a
responder às exigências do RQS.
SERVIÇO
Caracterização da disponibilidade da
Rede Nacional de Transporte (RNT),
de acordo com as especificações
DISPONIBILIDADE
estabelecidas no mecanismo
regulatório de incentivo à
disponibilidade.
Caracterização do desempenho
COMPORTAMENTO DA global da RNT e dos seus principais
REDE E DOS SEUS equipamentos, com particular
atenção aos incidentes e avarias.
EQUIPAMENTOS
SUMÁRIO EXECUTIVO
O Relatório da Qualidade de Serviço apresenta informação detalhada sobre a qualidade do serviço
prestado pela RNT, nomeadamente no que respeita à continuidade de serviço e qualidade da
onda de tensão, bem como a disponibilidade da rede e comportamento em serviço dos
equipamentos que a constituem. Este relatório, para além de constituir um requisito do RQS, tem
como função, uma melhor compreensão dos diversos aspetos relacionados com a qualidade de
serviço de uma rede de transporte.
Qualidade de Serviço
A Qualidade de Serviço prestada, entendida como segurança e continuidade do abastecimento de
energia elétrica com características técnicas adequadas, manteve e consolidou a tendência
verificada em anos anteriores de uma progressiva e sustentada melhoria do desempenho da Rede
Nacional de Transporte (RNT).
Os valores registados nos cinco (ENF- Energia Não Fornecida, TIE - Tempo de Interrupção
Equivalente, SAIFI - Frequência Média das Interrupções do Sistema, SAIDI - Duração Média das
Interrupções do Sistema e SARI - Tempo Médio de Reposição de Serviço do Sistema) dos seis
indicadores gerais de continuidade de serviço, estabelecidos no Regulamento de Qualidade de
Serviço, foram os segundos melhores de sempre, perspetivando, deste modo, que as linhas gerais
de orientação que a REN tem vindo a adotar, sustentam a manutenção de um desempenho
adequado e otimizado, face aos riscos inerentes à operação e exploração deste tipo de
infraestrutura, em paridade com as suas congéneres. O outro indicador (MAIFI – Frequência Média
das Interrupções de Curta Duração do Sistema) registou o terceiro melhor valor de sempre. O
Tempo de Interrupção Equivalente (TIE) indicador de desempenho global usualmente utilizado
pela utilities elétricas foi de 1,2 segundos, consistindo no segundo melhor valor de sempre
(apenas superado pelo valor nulo alcançado em 2012), o que corresponde a uma energia não
fornecida de 1,8 MWh.
O gráfico seguinte apresenta a evolução dos indicadores gerais de continuidade de serviço nos
últimos cinco anos, de cujo cálculo e em conformidade com o RQS (até 2013) foi excluído o
incidente originado por causas fortuitas ou de força maior, ocorrido no ano de 2011.
Os indicadores são apresentados em valores relativos tendo por base os valores registados no ano
de 2010.
Os vértices do polígono referente ao ano de 2014 estão muito próximos do referencial zero, o
que denota a excelente performance da RNT em 2014 (só ultrapassada pela performance do
extraordinário ano de 2012).
Outro aspeto importante que traduz o progressivo aumento da robustez da RNT é o facto de 98%
dos pontos de entrega não ter registado qualquer interrupção longa de consumos, o que
ultrapassa a média dos cinco anos anteriores (95%).
Em 2014 ocorreram 215 incidentes, dos quais 167 tiveram origem na Rede de Muito Alta Tensão
(MAT), 27 na Rede de Alta Tensão (AT) e 21 em outras redes mas com impacto nas redes MAT e
AT da REN.
Apenas 4 incidentes (1,9% do total) tiveram impacto no abastecimento de energia elétrica aos
clientes, tendo apenas um deles, provocado 2 interrupções de duração superior a 3 minutos
(interrupções longas).
A maioria dos incidentes (153) teve origem nas linhas aéreas (71,2%), sendo causados por
descargas atmosféricas (41,8%), cegonhas (24,2%), vento (13,7) e incêndios (0,6%).
Disponibilidade e Fiabilidade
A disponibilidade e fiabilidade dos diversos elementos de rede e equipamentos associados,
manteve, em 2014, a tendência de subida já verificada em anos anteriores. Neste âmbito,
merece relevo particular, o novo máximo histórico (98,94%) registado pela Taxa Combinada de
Disponibilidade de linhas e transformadores de potência, indicador regulatório introduzido em
2009 que reflete, de modo agregado, o tempo médio em serviço dos dois principais elementos da
rede de transporte.
Mantém-se também a tendência, já verificada em anos anteriores, para uma melhoria global
sustentada da fiabilidade da rede e seus equipamentos, com alguns dos respetivos indicadores de
desempenho a registarem os melhores valores históricos de sempre.
Vulnerabilidade
Outro indicador de comportamento da rede de transporte é a chamada “Vulnerabilidade”, que
traduz a capacidade da rede de transporte de não cortar o abastecimento de energia elétrica aos
consumidores na sequência de incidente, qualquer que seja a sua origem (inclui também os
incidentes e interrupções com causa fortuita ou de força maior). Este indicador consiste no rácio
entre o número total de interrupções de abastecimento e o número total de incidentes.
O indicador atingiu, em 2014, o valor de 2,33%, o que corresponde a um novo minimo histórico.
Associado a este excelente resultado, está o modo como a rede de transporte de eletricidade é
planeada, bem como as práticas utilizadas na operação e manutenção da rede. Com efeito, a
característica “malhada” da rede de transporte, com um número muito reduzido de instalações
mono-alimentadas, a par de adequadas políticas e estratégias de manutenção implementadas na
empresa, permite minimizar as consequências dos incidentes nos consumidores.
Para além do mencionado anteriormente, é importante referir ainda o trabalho desenvolvido pelo
Grupo de Análise de Incidentes. Este Grupo, constituído por especialistas internos em diversos
domínios, analisa as causas de todos os incidentes graves ocorridos ou com repercussão na RNT,
com base no que elabora diversas recomendações, abrangendo as diversas áreas técnicas da
empresa e promovendo assim a implementação de medidas pontuais ou de fundo que se têm
refletido positivamente na Qualidade de Serviço.
Legenda
Melhor que a média dos últimos 5 anos Pior que a média dos últimos 5 anos Igual à média dos últimos 5 anos
Circuitos de Linha
Taxa de Disponibilidade Média Global (%) 99,02 98,99 -0,03% +0,58%
Taxa de Disponibilidade Média Associada à Manutenção (%) 99,74 99,70 -0,04% +0,04%
Transformadores de Potência
Taxa de Disponibilidade Média Global (%) 98,48 98,81 +0,33% +0,31%
Taxa de Disponibilidade Média Associada à Manutenção (%) 99,29 99,46 +0,17% -0,04%
Legenda
Melhor que a média dos últimos 5 anos Pior que a média dos últimos 5 anos Igual à média dos últimos 5 anos
Nº de Defeitos com origem em linhas por 100 km de circuito 2,36 1,95 -17,3% -14,8%
Subestações
Taxa de Falhas com Indisponibilidade Imediata em Subestações
40,60 23,77 -41,4% -27,1%
(falhas/1000 painéis)
Transformadores de Potência
Taxa de Falhas com Indisponibilidade Imediata (Nº/TR) 0,0256 0,0256 - +9,4%
Disjuntores
Taxa de Falhas Maiores (Nº/DJ) 0,0088 0,0058 -34,1% -3,3%
Sistemas de Proteção
Dependabilidade das Funções de Proteção (%) 99,5 99,3 -0,2% +0,3%
Tempo de Atuação (probabilidade acumulada) <= 150 ms (%) 97,8 97,2 -0,6% +1,2%
Taxa de Falhas Maiores em Sistemas de Comando e Controlo 0,64 0,75 +17,1% -21,0%
Eficácia de Reposição pelo Operador Automático Subestação
100,0 100,0 - +2,1%
(%)
Legenda
Melhor que a média dos últimos 5 anos Pior que a média dos últimos 5 anos Igual à média dos últimos 5 anos
CONTINUIDADE
DE
SERVIÇO
CONTINUIDADE DE SERVIÇO
O Tempo de Interrupção
Equivalente (TIE) foi de 0,02
minutos (1,2 segundos), que
equivale a uma disponibilidade de
serviço de 99,99999%
(interrupção de 0,1 segundos por
1000 horas de serviço). Os
valores regulamentares dos
padrões individuais de
continuidade de serviço foram
respeitados em todos os pontos
de entrega.
nas interrupções longas (com duração superior a 3 minutos). O indicador MAIFI - frequência
média de interrupções curtas do sistema que diz respeito às interrupções de duração
superior ou igual a 1 segundo e inferior ou igual a 3 minutos (interrupções breves), passou
assim, a integrar o conjunto dos indicadores gerais de continuidade de serviço, a partir de 1
de Janeiro de 2014 (entrada em vigor do novo RQS). A REN já vinha a calcular este indicador,
na sequência da recomendação do CEER (Council of European Energy Regulators).
Nos Quadros seguintes, indicam-se os valores dos indicadores registados na RNT em 2014, para
interrupções longas e curtas.
A RNT mantém a tendência verificada nos últimos anos para uma melhoria contínua no
desempenho em termos de continuidade de serviço.
O ano de 2014 não foi exceção a esta tendência, constituindo o segundo melhor ano de sempre
no que respeita à continuidade de serviço prestado pela RNT, só ultrapassado pelos valores
históricos verificados em 2012. Efetivamente, os valores registados por cinco (ENF – Energia Não
Fornecida, TIE – Tempo de Interrupção Equivalente, SAIFI - Frequência Média das Interrupções
do Sistema, SAIDI - Duração Média das Interrupções do Sistema e SARI – Tempo Médio de
Reposição de Serviço do Sistema) dos (agora) seis indicadores gerais de continuidade de serviço,
estabelecidos no Regulamento de Qualidade de Serviço (RQS), foram os segundos melhores
valores de sempre. O restante indicador (MAIFI) registou o terceiro melhor valor de sempre.
Figura 5 Relação entre SAIFI e SARI, desde 2001 (excluindo casos fortuitos ou de força maior)
Nos gráficos seguintes e para cada um dos indicadores gerais mostra-se a sua evolução nos últimos
anos. Os valores de 2014 são uma confirmação de toda a evolução registada nos últimos 10 anos.
Indicadores Gerais
Energia Não Fornecida – ENF
250
Figura 6 ENF
interrupções longas
100 por causa própria foi
de 1,8 MWh (segundo
50 melhor registo
histórico, apenas
0 ultrapassado pelo ano
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 excecional de 2012).
Interrupções por Causas Fortuitas ou de Força Maior e Razões de Segurança Restantes interrupções
3,50
O TIE mantém a
3,00 tendência sustentada
de descida, sendo o
2,50
valor de 2014 (0,02
2,00 minutos), o segundo
Minutos
melhor valor de
1,50
sempre.
1,00 ENF
TIE
Pme
0,50 sendo
EF ENF
Pme
T
0,00 EF – Energia
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fornecida
T - Tempo
Interrupções por Causas Fortuitas ou de Força Maior e Razões de Segurança Restantes interrupções
0,25
Figura 9 MAIFI
MAIFI:
0,05 Nº interrupções de
duração igual ou
superior a 1 seg. e
0,00 igual ou inferior a 3
min./ Nº de pontos
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 de entrega
Restantes interrupções Interrupções por Causas Fortuitas ou de Força Maior e Razões de Segurança
9,0
minutos) é o segundo
melhor valor no
6,0
histórico do indicador.
3,0 SAIDI:
Duração total das
interrupções de
0,0 tempo superior a 3
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 min./ Nº de pontos
de entrega
Interrupções por Causas Fortuitas ou de Força Maior e Razões de Segurança Restantes interrupções
O gráfico da figura seguinte apresenta a evolução dos valores dos indicadores gerais de
continuidade de serviço nos últimos cinco anos, de cujo cálculo e em conformidade com o RQS
foram excluídos os incidentes originados por causa fortuita ou de força maior, ocorrido no ano de
2011.
Os indicadores são apresentados em valores relativos tendo por base os valores registados no ano
de 2010.
2013
2014
SARI SAIFI
SAIDI
O ano de 2014 apresentou para a maioria dos indicadores um comportamento muito favorável, o
que denota um bom desempenho da RNT. Cinco dos seis indicadores de desempenho global (ENF,
TIE, SAIFI, SAIDI e SARI) registaram os segundos melhores resultados do período em análise, só
ultrapassados pelos valores verificados em 2012, que foi um ano excecional, dado não se terem
registado interrupções longas.
Indicadores Individuais
Em 2014 verificaram-se duas interrupções de serviço com duração superior a 3 minutos, no
fornecimento de energia elétrica, as quais afetaram dois dos 80 pontos de entrega (PdE) da REN
(ver Quadro 2 do anexo 2).
21 de Abril de 2014, na subestação de Porto Alto, linha Porto Alto - Quinta Grande 1,
com origem em cegonhas, ocorreu um defeito na fase 8, corretamente eliminado, em
100ms, pelo disparo da proteção de distância da linha, contudo, na religação, a mesma
cegonha provocou o contornamento da fase 8 dos seccionadores de linha e de barra, o
que corresponde ao contornamento externo do disjuntor da linha. As proteções da linha
elaboraram disparo imediato e o disjuntor abriu, contudo o defeito não foi eliminado por
se ter transformado, também, num defeito de barras de 150 kV. Não estando equipada
esta subestação com proteção diferencial de barras, nem com falha de disjuntor, o
defeito só podia ser eliminado pelo disparo em 2º escalão das proteções remotas das
linhas Porto Alto - Palmela 1 e 2, o que veio a acontecer aos 415ms e de onde resultaram
as 2 interrupções e a ENF de 1,8 MWh;
Como é visível nos gráficos seguintes, o conjunto dos pontos de entrega afetados cumpriu os
valores limite estabelecidos no RQS.
As 2 interrupções
Frequência das Interrupções por Ponto de Entrega
afetaram
2 unicamente
consumos
alimentados por 2
pontos de entrega
(2,5% do total de
1
PdE). Uma
interrupção afetou
o escalão de 60kV
(SPA) e a restante o
0 escalão de 150 kV
Quinta Grande (QGD) S. Porto Alto (SPA)
(QGD).
3 Grande (150kV).
0
Quinta Grande (QGD) S. Porto Alto (SPA)
500,0
450,0
Potência interrompida (MW)
400,0
350,0
300,0
250,0
200,0
150,0
100,0
50,0
0,0
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00
O gráfico da figura seguinte indica, por ponto de entrega (ver siglas no Quadro 1 do anexo 2), o
número total de interrupções (incluindo a interrupção por causas fortuitas ou de força maior
ocorrida no ano de 2010, na subestação do Chafariz - SCF), com duração superior a três minutos,
no período de 2010 a 2014.
2 2014
2013
1
2012
2011
0
SSB NVC SOR SAV SCF SRA QGD SPA SFN SAM 2010
(FFM)
Figura 17 Distribuição das interrupções (longas) por ponto de entrega, nos últimos 5 anos.
Dos pontos de entrega com interrupções de serviço, a maioria (90%) registou apenas
uma interrupção em 5 anos;
A totalidade dos pontos de entrega com interrupções nos últimos 5 anos registou um
número médio anual de interrupções inferior ao estipulado no artigo 25º do RQS [3
(MAT) e 6 (AT) interrupções por ano];
QUALIDADE DA
ONDA DE
TENSÃO
Distorção harmónica;
Tremulação (flicker);
Desequilíbrio do sistema trifásico de tensões;
Valor eficaz da tensão;
Cavas de tensão;
Sobretensões (introduzidas no novo RQS);
Frequência.
As características da onda de tensão nos pontos de entrega aos clientes de Muito Alta Tensão
(MAT) e Alta Tensão (AT) devem respeitar os limites estabelecidos no RQS. No caso das cavas de
tensão, o regulamento estabelece os procedimentos para a sua monitorização mas não especifica
limites a respeitar.
Plano de Monitorização
O plano de monitorização elaborado e implementado pela REN, em 2014, contemplou a
realização de medições em 50 subestações e pontos de interligação da RNT, com recurso a:
Distorção Harmónica
Relativamente à 5ª harmónica, o
Tremulação (Flicker)
RQS estabelece os limites de 3,0% na
Muito Alta Tensão (MAT) e 5% na Alta Os índices de severidade de
Tensão (AT). tremulação de curta duração (Pst) e
As harmónicas que apresentam maior de longa duração (Plt) devem ser
amplitude são, por ordem decrescente de inferiores a 1 em Muito Alta Tensão
importância, a 5ª, a 7ª e a 3ª. No Quadro 1 do (MAT) e o índice de severidade de
tremulação de longa duração (Plt)
anexo 3 estão indicados os nós de rede sujeitos
deve ser inferior a 1 em Alta Tensão
a monitorização, bem como os resultados das (AT).
medições da 5ª harmónica.
Os limites regulamentares foram Os valores medidos da tremulação de curta
ultrapassados em Fatela, na 7ª duração (Pst) e de longa duração (Plt) são
harmónica, na subestação de Vermoim, relativamente moderados variando,
na 12ª harmónica, em Quinta do Anjo, geralmente, entre 20% e 80% do valor limite
Alto de Mira e Fogueteiro onde foram
de referência (Pst = Plt =1).
registadas algumas harmónicas de alta
frequência (ordem superior à 21ª Os limites regulamentares foram
harmónica). ultrapassados nos pontos de entrega
de Carregado, Alqueva, Siderurgia da
Maia e Siderurgia do Seixal .
Desequilíbrio de Fases
60kV:
Num período de uma semana, 95%
Alto Mira;
dos valores eficazes médios de dez
Carregado;
minutos da componente inversa das
Estarreja;
tensões não devem ultrapassar 2% da
Estoi;
correspondente componente direta.
Ferreira do Alentejo;
Nas medições efetuadas não foi detetado Ferro;
valores de desequilíbrio do sistema trifásico de Lavos;
tensões acima do valor limite. Pereiros;
Riba D’Ave;
Valor Eficaz da Tensão Rio Maior;
Recarei;
Num período de uma semana, 95% Sines;
dos valores eficazes médios de dez Sacavém;
minutos da tensão de alimentação Tunes;
devem estar compreendidos no Vila Chã;
intervalo de 5% da tensão Valdigem;
declarada, sem ultrapassar a tensão Vermoim;
máxima de serviço das respetivas Fanhões;
redes Falagueira;
Oleiros;
O limite admissível de variação do valor eficaz Trajouce;
Tavira.
da tensão em relação aos valores de tensão
declarada, acordados com a EDP Distribuição,
150kV:
não foi excedido em AT.
Quinta do Anjo;
Os limites regulamentares foram Cogeração Sines;
ultrapassados ligeiramente em Fogueteiro;
MAT nos pontos de entrega de Pegões;
Fatela, Siderurgia do Seixal e Rodão;
Lusosider.
Gouveia.
220kV:
Carregado;
Frequência
Fatela;
Gouveia;
O RQS permite variações
Mortágua;
compreendidas num intervalo de
Siderurgia da Maia;
1% da frequência fundamental (50
Siderurgia do Seixal.
Hz)
Os desvios registados foram inferiores a 0,1%. Os resultados são apresentados nos gráficos
seguintes, sendo a totalidade das cavas de
tensão representadas com uma agregação
Cavas de tensão temporal de 1 minutos.
O RQS estabelece os procedimentos A maioria das cavas apresenta uma
para a sua monitorização mas não duração inferior a 250 milisegundos
especifica limites a respeitar. e um afundamento do valor eficaz da
tensão até 30%, valores
considerados globalmente
No decurso das medições em regime aceitáveis.
contínuo foram registadas cavas de tensão
nas seguintes subestações:
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
Número de cavas
90 > u >= 80
80 > u >= 70
70 > u >= 40
40 > u >= 5
5>u
500 < t <= 1000
Duração (milisegundos)
Cavas de Tensão na RNT (PdE a 150 kV e em pontos de rede próximos dos PdEs a 150kV)
120
100
80
60
40
20
Número de cavas
0
90 > u >= 80
80 > u >= 70
70 > u >= 40
40 > u >= 5
5>u
500 < t <= 1000
Duração (milisegundos)
Figura 19 Cavas de tensão na RNT, nos PdE a 150kV e em pontos de rede próximos dos PdE a 150kV.
Cavas de Tensão na RNT (Medições efetuadas em PdEs a 220kV e em pontos de rede próximos dos
PdEs a 220 kV)
30
25
20
15
10
0
Número de cavas
90 > u >= 80
80 > u >= 70
70 > u >= 40
40 > u >= 5
5>u
200 < t <= 500
Duração (milisegundos)
Figura 20 Cavas de tensão na RNT, nos PdE a 220kV e em pontos de rede próximos dos PdE a 220kV.
De um modo geral, da análise efetuada, pode-se concluir que os níveis médios das perturbações
são relativamente baixos em relação aos valores de referência do RQS, o que é um reflexo duma
boa qualidade da onda de tensão nos diversos pontos da rede e, em particular, nos que são
pontos de entrega.
No que respeita à severidade de tremulação (flicker), Carregado ( 220 kV) e Alqueva ( 60 kV), são
afetados por perturbações de carácter permanente, com valores que de uma forma geral
ultrapassam os limites de referência regulamentares.
Os níveis da tremulação (flicker) no Carregado (60kV e 220 kV), tiveram origem em instalações
industriais de clientes MAT alimentados por aquela subestação. No caso de Alqueva (60 kV), os
níveis de tremulação (flicker) registados têm origem na linha de interligação com Espanha a 400
kV (Alqueva – Brovales).
subestações do
Carregado e Alqueva
1,0 ultrapassaram o
limite de referência.
Valor limite de
0,4 referência:
Plt <1
2010 2011 2012 2013 2014
Ermesinde Alqueva Carregado Sacavém F. Alentejo Rio Maior
Figura 21 Pontos de Entrega (60 kV) com tremulação (flicker) mais elevados
A subestação Ermesinde não foi objeto de monitorização de acordo com plano de monitorização
bianual 2013-2014.
No gráfico seguinte, apresenta-se a evolução dos valores da 5ª harmónica, referente aos pontos
de entrega com valores mais elevados medidos no período de 2010 a 2014.
3,0
Valor limite de
2,5 referência: 5 %
2,0
1,5
2010 2011 2012 2013 2014
Trajouce Alto Mira Évora Estoi
Figura 22 Pontos de Entrega (60 kV) com níveis de 5ª harmónica mais elevados
A maioria dos pontos de entrega com teor harmónico mais elevado (acima de 1,5%) localiza-se
predominantemente na zona da Grande Lisboa (STJ – subestação de Trajouce, SAM – subestação
de Alto de Mira) e na zona sul do país (SER – subestação de Évora e SET – subestação de Estói).
Neste âmbito, será também de referir que até à data não houve qualquer tipo de reclamação por
parte dos consumidores finais ligados às redes de distribuição alimentadas por aqueles pontos de
entrega da RNT.
Severidade de
Subestação Severidade de
60 tremulação S.M. S.M.
de Alqueva tremulação ("flicker")
("flicker")
Distorção Distorção
Subestação Distorção harmónica
60 - - harmónica (12ª harmónica (12ª
de Vermoim (12ª harmónica)
harmónica) harmónica)
Distorção
Subestação harmónica
60 - S.M. - S.M.
de Carvoeira (ordem superior à
21ª harmónica)
Severidade de
Siderurgia da
220 S.M. S.M. S.M. S.M. tremulação
Maia
(“flicker”)
Severidade de
tremulação
Siderurgia do
220 S.M. S.M. S.M. S.M. (“flicker”) e
Seixal
amplitude de
tensão
Distorção
Distorção
harmónica
Subestação harmónica (ordem
60 (ordem superior - - -
de Tunes superior à 21ª
à 21ª
harmónica)
harmónica)
Severidade de
Subestação
60 - tremulação - - -
de Estarreja
(“flicker”)
Subestação Amplitude da
60 - S.M. S.M. -
da Batalha tensão
Subestação Amplitude da
60 - S.M. - S.M.
de Estremoz tensão
Distorção
Subestação harmónica (ordem
60 - - - S.M.
de Porto Alto superior à 21ª
harmónica)
Distorção Distorção Distorção
Distorção harmónica
Quinta do harmónica (ordem harmónica harmónica (ordem
150 - (ordem superior à 21ª
Anjo superior à 21ª (ordem superior à superior à 21ª
harmónica)
harmónica) 21ª harmónica) harmónica)
Severidade de Distorção harmónica Distorção
Subestação Distorção
tremulação (ordem 5ª harmónica harmónica (ordem
de Alto de 60 - harmónica (21ª
("flicker") – numa numa fase e 21ª 5ª harmónica
Mira harmónica)
fase harmónica) numa fase)
Severidade de
Subestação
60 - - - tremulação -
de Rio Maior
("flicker")
Severidade de
tremulação ("flicker") Distorção
Subestação e Distorção harmónica
60 - - -
de Sacavém harmónica (ordem (ordem superior à
superior à 21ª 21ª harmónica)
harmónica)
Severidade de
Distorção tremulação ("flicker")
Severidade de Severidade de Severidade de
Subestação harmónica (ordem e Distorção
60 tremulação tremulação tremulação
de Carregado superior à 21ª harmónica (ordem
("flicker") ("flicker") ("flicker")
harmónica) superior à 21ª
harmónica)
Amplitude de
tensão e Distorção
Fatela 220 S.M. S.M. S.M. S.M.
harmónica (7ª
harmónica)
Amplitude de
Gouveia 220 S.M. S.M. S.M. S.M.
tensão
Distorção
harmónica (ordem
Pegões 150 S.M. S.M. S.M. S.M.
superior à 21ª
harmónica)
Distorção
harmónica (ordem
Lusosider 150 S.M. S.M. S.M. S.M.
superior à 21ª
harmónica)
Distorção
harmónica (ordem
Fogueteiro 150 S.M. S.M. S.M. S.M.
superior à 21ª
harmónica)
Distorção
Subestação harmónica (ordem
60 - - - -
de Pereiros superior à 21ª
harmónica)
Distorção
Distorção Distorção
harmónica Distorção harmónica
Subestação harmónica (ordem harmónica
60 (ordem superior (ordem superior à 21ª -
de Sines superior à 21ª (ordem superior à
à 21ª harmónica)
harmónica) 21ª harmónica)
harmónica)
S.M. – Sem monitorização, de acordo com o plano de monitorização bianual 2013- 2014.
DISPONIBILIDADE
DISPONIBILIDADE
2014 (98,94%)
Incentivo
1.000.000
Max.
500.000
0
96,5% 97,0% 97,5% 98,0% 98,5% 99,0%
-500.000
Penalidade
-1.000.000
Max.
Tcd
Mecanismo de Incentivo ao Aumento da Disponibilidade
A maioria das indisponibilidades é do tipo planeado e, por isso, sem consequências gravosas para
a exploração da rede, estando também, maioritariamente, associadas a trabalhos relacionados
com novos investimentos na rede, reforço de capacidade das linhas e programas de remodelação
de instalações mais antigas.
A figura seguinte apresenta a evolução anual deste indicador desde 2009. A evolução positiva
registada pelo indicador, é indicativa de uma contínua e progressiva melhoria da coordenação e
programação dos trabalhos efetuados.
99%
Valor de referência
ERSE
98%
97%
96%
95%
RELACIONAMENTO
COMERCIAL.
AUDITORIAS
RELACIONAMENTO COMERCIAL.
AUDITORIAS
Durante o ano de 2014, verificaram-se 50 solicitações de cariz comercial, por parte de entidades
externas.
Auditorias
O Regulamento de Qualidade de Serviço (RQS) prevê que a REN, de dois em dois anos, promova a
realização de uma auditoria interna, por uma entidade independente, aos seus sistemas e
procedimentos de recolha e registo de informação sobre a qualidade de serviço e às metodologias
e critérios utilizados no cálculo dos indicadores de qualidade de serviço.
COMPORTAMENTO
DA REDE DE
TRANSPORTE E DOS
SEUS EQUIPAMENTOS
E SISTEMAS
COMPORTAMENTO DA REDE DE
TRANSPORTE E DOS SEUS
EQUIPAMENTOS E SISTEMAS
Em 2014, o número de incidentes
reduziu-se em 16% e a maioria dos
indicadores de desempenho registou
valores melhores do que em 2013 e
muito melhores do que a média dos
últimos 5 anos. Globalmente, o
comportamento da RNT pode
considerar-se muito positivo.
Incidentes
Em 2014 ocorreram 215 incidentes com impacto na Rede Eléctrica Nacional, menos 34 do que em
2013, dos quais 167 tiveram origem na Rede de Muito Alta Tensão (MAT), 27 na Rede de Alta
Tensão (AT) da REN e 21 em outras redes.
300
250
Nº de incidentes
200
150
100
50
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Tendo em consideração a potência disponibilizada nos diversos pontos de entrega da RNT, a REN
classifica como “incidente grave” todo aquele de que resulte uma energia não fornecida de valor
igual ou superior a 10 MWh.
Segue-se uma descrição sucinta dos 4 incidentes que tiveram impacto no abastecimento de
energia elétrica aos clientes. O primeiro com duas interrupções superiores a 3 minutos, a que
corresponde 1,8 MWh de energia não fornecida e os restantes 3 com interrupções inferiores ou
iguais a 3 minutos, a que corresponde 1 MWh de energia não fornecida:
21 de Abril de 2014, na subestação de Porto Alto (SPA), na linha Porto Alto - Quinta
Grande 1, com origem em cegonhas, ocorreu um defeito na fase 8, corretamente
eliminado em 100 ms pelo disparo da proteção de distância da linha, contudo, na
religação, a mesma cegonha provocou o contornamento da fase 8 dos seccionadores de
linha e de barra, o que corresponde ao contornamento externo do disjuntor da linha. As
proteções da linha elaboraram disparo imediato e o disjuntor abriu mas o defeito não foi
eliminado por se ter transformado, também, num defeito de barras de 150 kV. Não
estando equipada esta subestação com proteção diferencial de barras nem com falha de
disjuntor, o defeito só podia ser eliminado pelo disparo em 2º escalão das proteções
remotas das linhas Porto Alto - Palmela 1 e 2, o que veio a acontecer aos 415 ms e de
onde resultaram as 2 interrupções e a ENF de 1,8 MWh;
Todos estes incidentes que originaram interrupções, bem como outros, mais ou menos graves e
classificados com interesse para acautelar situações futuras, foram objeto de análise por parte do
Grupo de Análise de Incidentes da REN. Este Grupo, constituído por especialistas internos em
diversos domínios, analisa as causas dos incidentes e, se for o caso, produz recomendações,
abrangendo as diversas áreas técnicas da empresa, para a elaboração de estudos e/ou
implementação de medidas pontuais ou de fundo que se têm refletido positivamente na
Qualidade de Serviço.
Em 2014 este conjunto de incidentes totalizou 190 (menos 18,8% do que em 2013), cuja
distribuição, consoante a origem, é indicada no gráfico seguinte.
21 (11%)
2 (1,1%)
167 (87,9%)
A distribuição dos incidentes por elemento de rede e causas é apresentada nos dois gráficos
seguintes (ver, também, Quadro 2 do anexo 5, onde se indicam as entidades proprietárias das
redes externas).
40 70
com repercussão na RNT).
60
F(%)
30 50
40 Dos incidentes com origem
20 30 externa à RNT (23), 91,3%
Informação mais detalhada referente à origem, causa e gravidade dos incidentes, poderá ser
consultada nos Quadros 3, 4 e 5 do anexo 5.
Linhas
Incidentes com origem em linhas
As linhas aéreas, pela sua dispersão geográfica e pelas características tão díspares dos terrenos
onde estão implantadas, estão mais sujeitas, como é natural, à ação dos agentes externos meio-
ambientais (incêndios, aves, descargas atmosféricas, vento, poluição, etc.), principais causadores
de incidentes na rede.
Em 2014 registaram-se 153 incidentes nas linhas (menos 17,3% do que em 2013), afetando os
diversos níveis de tensão (ver gráfico seguinte com a distribuição percentual).
32% 32%
36%
Os principais grupos de causas dos incidentes em linhas foram a ação atmosférica, 55,6% (sendo
41,8% devido a descargas atmosféricas e 13,7% a vento) e a ação ambiental, 24,8% (sendo 24,2%
devido a aves e 0,6% a incêndios).
Outras Causas
19,61%
Ação Ambiental:
Incêndios Ação Atmosférica:
0,65% Descargas
Atmosféricas
41,83%
Ação Ambiental:
Aves
24,18%
Ação Atmosférica:
Vento
13,73%
40 um número
anormalmente alto em
30 2013 e 2014, embora por
períodos muito curtos de
20
tempo (um a dois dias de
10 vento muito intenso) e
sem consequências para
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 os consumidores, apesar
do impacto na rede de
transporte.
Figura 31 Número de defeitos em linhas da RNT, devido a vento forte
20
19 NOTA: O nº de incêndios e
149 152
15 15 133 150 área ardida de 2014 apenas
Figura 32 Número de incêndios, área ardida e número de defeitos em linhas da RNT devido a incêndios
Interrupções permanecentes
Em consequência dos incidentes com origem em linhas, referidos anteriormente, registaram-se
202 interrupções fortuitas (256 em 2013) nos diversos circuitos de rede, das quais 88 (108 em
2013) tiveram um tempo de interrupção igual ou superior a 1 minuto (interrupções
permanecentes). A este conjunto de interrupções permanecentes, correspondeu um tempo total
de interrupção de 637 horas, sobretudo devido a uma avaria num disjuntor GIS de 150kV (83% do
tempo total). Para mais informação consultar o Quadro 7 do anexo 5.
2,8 anterior.
3
2,8 2,4
2,2
2,0 2,4 2,6
2 1,8
1,9
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Figura 35 Evolução do número de defeitos com origem em linhas aéreas da RNT por 100 km de circuito
As descargas
0,0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
INCÊNDIOS CEGONHAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
NEVOEIRO/NEBLINA OU POLUIÇÃO OUTROS DESCONHECIDOS
OUTROS (s/ VENTO e s/ ÁRVORES)
Figura 36 Evolução do número de defeitos com origem em linhas da RNT por 100 km de circuito (distribuição por causas)
A causa ‘Descargas atmosférica’ foi a única a verificar um agravamento (42%) face a 2013, tendo
sido o período veranil particularmente adverso (74% dos defeitos devido a descargas atmosféricas
ocorreram entre junho e setembro). Apesar desta subida o resultado obtido em 2014, encontra-
se muito distante do limiar recomendável para uma rede de transporte (1,5 defeitos/100 km).
Disponibilidade
A taxa de disponibilidade média global dos circuitos de linha, incluindo os painéis terminais foi de
98,99% (99,02% em 2013). Considerando apenas as indisponibilidades devidas a falhas e as
associadas à manutenção programada, o valor sobe para 99,70%, valor ligeiramente inferior ao
verificado em 2013 (99,74%). Os gráficos seguintes mostram a evolução de ambas as taxas nos
últimos anos.
Informação detalhada sobre o número e duração das indisponibilidades nos circuitos de linha
poderá ser consultada no conjunto de quadros que integram o anexo 4 – Disponibilidade.
Subestações
Em 2014 registaram-se 707 avarias no conjunto dos equipamentos de alta e de muito alta tensão
e nos sistemas auxiliares de subestações, o que representa uma redução de 5,1% relativamente a
2013.
Ainda em comparação com 2013, verificou-se uma descida generalizada do número de avarias em
todos os equipamentos, exceto nas baterias de condensadores e ‘outros equipamentos’. Os
sistemas de comando e controlo, apesar de apresentarem uma ligeira descida de 1,4%, continuam
a ser a família de equipamentos com a maior incidência de avarias (40,7% do total). Ver mais à
frente, em parágrafo específico, a sua análise, bem como de outras famílias de equipamentos.
400
360
320
280
240
200
160
120
80
40
0
S. Comando S. Aux. Disjuntores Seccionad. T. Potência T. Medição Baterias Outros
e Controlo Cond. Equip.
Transformadores de Potência
Avarias e Taxas de Falhas
Das 56 avarias (menos 5 do que em 2013) verificadas nos transformadores de potência e/ou
acessórios, 33 exigiram que as reparações fossem efetuadas com as máquinas fora de serviço.
Deste conjunto, apenas 5 deram origem a indisponibilidades imediatas. Em consequência, as
Todas as cinco falhas foram causadoras de incidente na rede. As máquinas afetadas foram o
Transformador 1 (220/30kV; 120 MVA) da subestação da Maia; o Autotransformador 5
(400/150kV; 450 MVA) da subestação de Fernão Ferro; os Autotransformadores desfasadores 1 e
2 (400/150kV; 450 MVA) da subestação de Pedralva e o Transformador 4 (220/60kV; 126 MVA) da
subestação de Rio Maior. Em todas as situações, as avarias ocorreram ao nível dos
acessórios/proteções próprias, tendo as máquinas regressado ao serviço num espaço
relativamente curto de tempo.
Disponibilidade
A taxa de disponibilidade total dos transformadores de potência, incluindo os
respetivos painéis terminais, foi de 98,81%, valor superior ao obtido em 2013
(98,48%). A taxa de disponibilidade global por manutenção, que inclui as
indisponibilidades por falhas e as associadas à manutenção preventiva, situou-
se em 99,46%, valor superior ao verificado no ano anterior e à média dos
últimos 10 anos.
[%]
A taxa de disponibilidade
100,0 média global de
transformadores de
99,0
Média potência, incluindo
95,0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
[%]
A taxa de disponibilidade
100,0 média de
Média
transformadores de
99,0
potência associada a
trabalhos exclusivamente
98,0
de manutenção foi em
95,0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Disjuntores
Das 74 avarias (menos 6 que em 2013) ocorridas nos disjuntores, 8 foram consideradas falhas
maiores, 51 falhas menores e as restantes 15 do tipo defeito. Em consequência, as taxas de
falhas maiores e menores foram, em 2014, respetivamente, 0,0058 e 0,0371 por disjuntor.
Ambas as taxas de falhas registaram diminuições, tendo a taxa de falhas maiores sido a mais
significativa (-34,1%). As falhas maiores ocorreram em diversos tipos de disjuntores, tendo sido o
nível de 60kV o mais afetado. A empresa está atenta a estas situações estando em curso um
0,04
0,00
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Das oito falhas maiores, quatro deram origem a incidentes da rede. Do conjunto das falhas
menores, a maioria (49%) deveu-se a fugas de hexafluoreto de enxofre (SF6), tendo 28% tido
origem em fugas de óleo localizadas a nível dos macacos e de diversos componentes dos
comandos.
[%]
A taxa de fugas de SF6
0,40 registou em 2014 o valor
mais baixo de sempre,
0,30 situando-se nos 0,031%.
0,20
0,10 Média
0,00
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
As figuras seguintes mostram a evolução das taxas de avarias dos seccionadores, descarregadores
de sobretensão e transformadores de medição.
0,000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Figura 47 Taxa de Avarias em Transformadores de Medição
Sistemas de Proteção
Principais Indicadores
Cada sistema de proteção engloba diversas funções de proteção cujo eventual mau
funcionamento isolado não implica, necessariamente, um comportamento incorreto do sistema
no seu todo.
2014 2013
Nos gráficos seguintes mostra-se a evolução destes indicadores nos últimos anos.
97,0% (99,2%).
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
92%
90%
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
75%
70%
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Figura 52 Probabilidade acumulada dos sistemas de proteção atuarem num tempo igual ou inferior
a 150 ms.
Análise Comportamental
Comportamentos incorretos e causas. Eficácia dos Sistemas de Proteção.
Em 2014 houve 180 situações que determinaram a atuação dos sistemas de proteção (170 na
RNT, 3 na rede de ligação a centros produtores, 3 na ligação à rede Eléctrica de Espanha e 4 na
ligação a 130 kV à rede de distribuição da EDP), das quais, 173 foram classificadas como corretas
e 7 como incorretas (3,9% do total).
Além das 180 atuações referidas anteriormente, houve mais 6 atuações que não deviam ter
ocorrido e, por isso, foram consideradas incorretas (4 devido a disparos intempestivos e 2 por
disparos com falta de seletividade para defeitos em parque eólico).
Em 2014, o indicador global da eficácia dos sistemas de proteção foi de 93%, tendo os níveis de
tensão de 400 kV, 220 kV e 150 kV obtido os valores de 96,5%, 88,9% e 93,9%, respetivamente.
O valor de 93% para o indicador global situa-se, claramente, acima da média dos últimos 10 anos,
que é de 88,1%.
No Quadro 13 (anexo 5), apresentam-se os resultados, por nível de tensão e global, referentes ao
indicador eficácia dos sistemas de proteção.
Além das referidas faltas de seletividade para defeitos na RNT, registaram-se mais duas para
defeitos num parque eólico, com repercussão no nível de tensão de 150 kV.
O Quadro 14 (anexo 5) mostra, por nível de tensão, o número de atuações seletivas e não
seletivas dos sistemas de proteção da RNT e os respetivos graus de seletividade.
No gráfico seguinte apresenta-se a evolução do grau de seletividade ao longo dos últimos 10 anos.
90,0
400 kV 220 kV 150 kV RNT
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Em 2014 o tempo médio de atuação dos sistemas de proteção da RNT foi de 36,17 ms, conforme
apresentado, por nível de tensão, no Quadro 15 (anexo 5).
Registaram-se apenas 5 defeitos em que o tempo de atuação dos sistemas de proteção foi
superior a 150 ms. Dois devido ao facto do defeito se situar no extremo da linha em que o
disjuntor se encontrava aberto, obrigando, num dos casos, ao disparo em segundo escalão e
noutro ao disparo por direcional de terra. Outro devido a falha da teleproteção, obrigando a
disparo em segundo escalão. O quarto foi devido a um defeito resistivo com particular fraca
contribuição de um dos extremos levando à atuação em cascata das proteções de cada um dos
três extremos. O último tratou-se de um defeito na subestação de Porto Alto com origem em
cegonhas, e localizado em sítio só eliminável pelo disparo das proteções remotas em 2º escalão.
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Merece especial destaque o tempo médio de atuação dos sistemas de proteção do nível de tensão
de 400 kV que foi de 18,39 ms, (-28,3% do que em 2013).
1000
2000
3000
10
30
50
70
90
110
130
150
250
350
450
RNT (2014) 400 kV 220 kV 150 kV
Religação Automática
O índice de eficácia da religação automática foi de 86%. Este indicador foi penalizado pelos fortes
ventos ocorridos nos dias 9 e 10 de fevereiro que foram responsáveis por 15 das 32 religações
não eficazes, envolvendo 2 elementos de rede de 220 kV.
100,0
100,0
100,0
Eficácia reposição
OPA 96,1
93,7
92,5
84,3
100,0
Eficácia reposição
por Telecomando 100,0
(COR) 100,0
100,0
100,0
99,6
99,8
Tal como em anos anteriores, procedeu-se à catalogação das avarias em falhas maiores e falhas
menores com o objetivo de encontrar padrões de comportamento que permitam definir planos de
manutenção preventiva eficazes. Para o efeito dividiu-se a totalidade das avarias em dois grupos,
designados por falhas maiores e menores, correspondendo as primeiras às avarias suscetíveis de
causar risco para Rede, pessoas ou bens, pela impossibilidade de se efetuarem reposições de
serviço pelo COR ou de forma segura nas instalações, ou pela ocorrência de manobras
intempestivas. Consideraram-se falhas menores, todas as avarias não classificadas na categoria
falhas maiores. Procedeu-se ainda à segregação dos sistemas em serviço em quatro diferentes
tipos:
1. Sistemas em Centros Produtores. Correspondem às unidades remotas do SCADA da REN e
respetivos equipamentos auxiliares instalados em centros produtores.
2. Sistemas Convencionais. Caracterizam-se por serem constituídos por equipamentos
discretos e centralizados, centrados na função que desempenham (RCA, RTU e OPA).
3. Sistemas Informáticos Anteriores a 2005.
4. Sistema Informáticos de 2005 e posteriores, contabilizando a totalidade dos sistemas
instalados mercê da recente expansão da Rede.
Verifica-se relativamente ao ano anterior uma taxa total de falhas equivalente à de 2013, de 2,7
falhas por instalação com um ligeiro aumento do número total de falhas em valor absoluto, de
288 para 292, para o número de instalações em serviço de 109. Em 2014 verificou-se,
relativamente ao ano de 2013, um aumento da taxa de Falhas maiores de 0,6 para 0,8 e um
decréscimo da taxa de falhas menores de 2,1 para 1,8.
4
3,5
3 1
0,8
Taxa de falhas
0,9
2,5 0,6
0,8
2
1,5
2,5 2,4 2,2 2,1
1 1,8
0,5
0
2010 2011 2012 2013 2014
Falhas Menores Falhas Maiores
Figura 57 Taxa de falhas de Sistemas de comando e controlo por instalação (maiores e menores)
Verifica-se que a maior taxa de falhas ocorre para os sistemas de comando e controlo de
tecnologia informática posteriores a 2005 (aumentou de 0,5 em 2013 para 1,1 em 2014). A
principal causa da elevada taxa de falhas prende-se com diversos problemas ocorridos
principalmente ao nível das unidades centrais.
A taxa de falhas em sistemas instalados em centros produtores são as mais reduzidas de todas as
categorias observadas, enquanto as falhas em sistemas convencionais registaram um valor quase
idêntico aos do ano anterior e a dos sistemas informáticos com tecnologia anterior a 2005 uma
ligeira descida principalmente nas falhas menores.
Figura 58 Evolução da distribuição da taxa de falhas por Sistema de comando e controlo em serviço
MELHORIA DA
QUALIDADE DE
SERVIÇO
MELHORIA DA QUALIDADE DE
SERVIÇO
Referem-se em seguida alguns dos investimentos concretizados pela REN em 2014 e que terão
influência positiva na fiabilidade da rede e na qualidade de serviço dos próximos anos.
Entre estes, merecem relevo especial, a entrada em serviço do novo posto de corte de Vieira do
Minho, a 400kV, e a nova ligação entre este e a subestação de Pedralva, bem como a abertura da
nova subestação de Fafe (150/60kV).
No eixo do Douro, salienta-se a ligação a 220kV entre a central do Baixo Sabor e a subestação do
Pocinho. Na região litoral a sul do Grande Porto foi colocada ao serviço a linha Carrapatelo –
Estarreja 3, a 220kV, reforçando assim a segurança global da operação da rede.
Na região da Grande Lisboa, foi concluído o troço aéreo (entre a subestação de Fanhões e o posto
de seccionamento do Prior Velho) da futura ligação, a 220kV, Alto S. João – Fanhões, para reforço
da segurança e fiabilidade de alimentação aos consumos da região.
Para controlo dos perfis de tensão na RNT, foram instaladas três reactâncias ‘shunt’: uma no
nível de 150kV, com 75Mvar, na subestação de Tavira, e duas nos 400kV, com 150Mvar cada, nas
subestações de Portimão e Rio Maior.
No âmbito da manutenção, e nas diferentes áreas técnicas, foram tomadas diversas medidas
visando a melhoria da Qualidade de Serviço, das quais se destacam:
Substituição de isoladores partidos nas linhas Alto Lindoso – Riba D’Ave 2 (400kV), Terras
Altas de Fafe – Riba D’Ave (150kV), Tabuaço – Valdigem (150kV) e Feira – Lavos (400kV);
ANEXO 1
2. Definições
Atuação Correta de uma Função de Proteção de uma cava de tensão é definido como sendo a
(AC) - elaboração correta de uma ordem de diferença entre a tensão eficaz durante a cava
disparo com a intenção de promover a abertura de tensão e a tensão declarada.
de disjuntores.
Cliente ou consumidor – pessoa singular ou
Atuação de uma Função de Proteção -. coletiva com um contrato de fornecimento de
atuação de uma função de proteção nas energia elétrica ou acordo de acesso e
situações especificadas. operação das redes.
Atuação Incorreta de uma Função de Circuito – sistema de três condutores através
Proteção (AINC) - define-se que uma função de dos quais flui um sistema trifásico de correntes
proteção teve uma atuação incorreta quando elétricas.
atuou duma forma intempestiva, não seletiva
Compatibilidade eletromagnética (CEM) -
ou falhou a sua atuação.
aptidão de um aparelho ou de um sistema para
Atuação Intempestiva de uma Função de funcionar no seu ambiente eletromagnético de
Proteção (AI) - tipo de comportamento de uma forma satisfatória e sem ele próprio produzir
função de proteção que se caracteriza pela sua perturbações eletromagnéticas intoleráveis
atuação na ausência de qualquer perturbação para tudo o que se encontre nesse ambiente.
no sistema de potência.
Comportamento Correto de um Sistema de
Atuação Não Seletiva de uma Função de Proteção (CC) - diz-se que um sistema de
Proteção (FS) - tipo de comportamento de uma proteção teve um comportamento correto
função de proteção que se caracteriza pela sua quando, perante a existência de uma
atuação perante a existência no sistema de perturbação no sistema de potência, promove
potência de uma perturbação para a qual não apenas a abertura dos disjuntores estritamente
deveria ter atuado. necessários ao isolamento dos elementos
afetados no menor tempo previsto.
Alta Tensão (AT) - tensão entre fases cujo
valor eficaz é superior a 45 kV e igual ou Comportamento Correto de uma Função de
inferior a 110 kV. Proteção (CC) - define-se que uma função de
proteção teve um comportamento correto
Anomalia no Sistema de Potência - estado de
quando a sua atuação não se caracteriza por
funcionamento do sistema de potência (por
nenhum dos tipos de comportamento incorretos
exemplo, em tensão, corrente, potência,
anteriormente descritos.
frequência, estabilidade), fora das condições
normais. Comportamento Incorreto de um Sistema de
Proteção (CI) - tipo de comportamento de um
Baixa Tensão (BT) - tensão entre fases cujo
sistema de proteção que se caracteriza por
valor eficaz é igual ou inferior a 1 kV.
desencadear a abertura de mais disjuntores dos
Carga – valor, num dado instante, da potência que os estritamente necessários ao isolamento
ativa fornecida em qualquer ponto de um dos elementos do sistema de potência afetados
sistema, determinada por uma medida por uma perturbação e/ou num tempo superior
instantânea ou por uma média obtida pela ao máximo previsto.
integração da potência durante um
Comportamento Incorreto de uma Função de
determinado intervalo de tempo. A carga pode
Proteção (CI) - define-se que uma função de
referir-se a um consumidor, um aparelho, uma
proteção teve um comportamento incorreto
linha, ou a uma rede.
quando atuou duma forma intempestiva ou não
Cava (abaixamento) da tensão de alimentação seletiva, quando falhou a sua atuação ou
- diminuição brusca da tensão de alimentação quando teve um mau funcionamento.
para um valor situado entre 90% e 5% da tensão
Condições normais de exploração - condições
declarada, seguida do restabelecimento da
de uma rede que permitem corresponder à
tensão depois de um curto lapso de tempo. Por
procura de energia elétrica, às manobras da
convenção, uma cava de tensão dura de 10 ms
rede e à eliminação de defeitos pelos sistemas
a 1 min, de acordo com a NP EN 50160. O valor
automáticos de proteção, na ausência de
Níveis de compatibilidade
Harmónicas ímpares não múltiplas de 3 Harmónicas ímpares múltiplas de 3 Harmónicas pares
Tensão harmónica (%) Tensão harmónica (%) Tensão harmónica (%)
Ordem h Ordem h Ordem h
AT MAT AT MAT AT MAT
5 5 3 3 3,0 2,0 2 1,9 1,5
7 4 2,0 9 1,3 1,0 4 1,0 1,0
11 3 1,5 15 0,5 0,3 6 0,5 0,5
13 1,5 1,5 21 0,5 0,2 8 0,5 0,4
17 1,0 10 0,5 0,4
19 1,0 12 0,5 0,2
23 0,7 >12 0,5 0,2
25 0,7
>25 0,2+ 0,5*25/h
Tcd Tdcl (1 ) Tdtp [%]
4. Regras e fórmulas de cálculo dos
indicadores de disponibilidade
4.1.- Taxa Combinada de Disponibilidade - Fator de ponderação das taxas de disponibilidade
média dos circuitos de linha e dos transformadores de
Para efeitos de cálculo do indicador, considera-
potência
se que um elemento de rede está indisponível
quando não se encontra apto para entrar ao Ni - Nº de horas de indisponibilidade de circuitos de
cl
100%
CC
S
CC AI FS
ANEXO 2
CONTINUIDADE DE SERVIÇO
Quadro 1
Quadro 2
SCVR 03-06-2014 03:50 LCVR.Cabeda Próprias Outras aves Total 3.0 0.7
LFA.Santiago/
SFA 21-11-2014 08:53 Próprias Erro de manobras Parcial 0.6 0.0
INAG
Quadro 3
Duração
Nº de interrupções 1seg.<Ti =<3min. 3min. <Ti<10min. Ti>=10min. Totais
ANEXO 3
Medições efetuadas
Durante o ano de 2014 foram realizadas medições de teor harmónico, tremulação (flicker),
desequilíbrio do sistema trifásico de tensões, valor eficaz da tensão, frequência, cavas de tensão e
sobretensões nas instalações da REN apresentadas no Quadro 1.
Os períodos de medição realizados em cada nível de tensão tiveram a duração de uma semana.
Quadro 1
Quadro 1 (continuação)
Quadro 2
ANEXO 4
DISPONIBILIDADE
Quadro 1
Quadro 2
Quadro 3
N.º de Indisp. Origem N.º de indisp. Tempo Total das Indisp. [h] Tempo por Linhas
U (kV)
Por 100 km 100 km
Linha Painel Total Linha Painel Total N.º de circ. Km
Quadro 4
400 15 15 15 12 15 38 41 35 27 44
220 6 10 10 10 14 19 31 31 31 45
150 11 15 10 17 8 31 47 31 51 21
Quadro 5
Quadro 6
ANEXO 5
Quadro 1
Incidentes com origem na RNT 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total 289 213 176 152 185 210 237 154 208 167
Origem dos incidentes (%):
Linhas a 400 kV 32,2 23,0 19,3 21,7 23,8 24,8 26,6 27,9 41,3 29,3
Linhas a 220 kV 40,8 26,8 20,5 28,9 36,2 34,8 34,6 27,9 25,5 33,0
Linhas a 150 kV 18,3 41,8 52,3 40,8 30,8 33,3 33,3 35,7 22,1 29,3
Outras 8,7 8,4 7,9 8,6 9,2 7,1 5,5 8,5 11,1 8,4
Causas dos incidentes (%):
Fatores atmosféricos 23,2 23,9 43,2 37,5 34,6 37,6 45,1 18,8 33,2 50,9
Aves 9,7 34,3 31,8 26,3 22,2 17,6 29,5 35,7 26,4 22,2
Incêndios 47,7 16,0 1,7 1,3 9,2 7,6 5,9 17,5 11,1 0,6
Desconhecidas 5,2 6,6 10,8 17,1 20,0 20,0 6,8 9,8 7,7 9,6
Outras 14,2 19,2 12,5 17,8 14,0 17,2 12,7 18,2 21,6 16,7
Total em linhas 273 195 164 148 177 207 234 148 204 168
Nº de defeitos por 100 km :
Linhas a 400 kV 6,2 3,3 2,1 2,0 2,7 2,6 2,6 1,8 3,6 2,0
Linhas a 220 kV 4,5 2,0 1,3 1,4 2,0 2,4 2,6 1,34 2,0 1,6
Linhas a 150 kV 2,3 3,7 3,4 2,7 2,5 2,9 3,3 2,24 1,7 2,4
Índice global rede de MAT 4,1 2,8 2,2 2,0 2,4 2,6 2,8 1,75 2,4 2,0
Quadro 2
Quadro 3
Causas dos Incidentes com repercussão na RNT - 2014
Repercussão
TOTAL de 400 kV 220 kV 150 kV AT+TR+B+BC+RS
Família de Causas Causas Incidentes Inciden. Inciden. Inciden. Inciden. Inciden. Inciden. Inciden. Inciden.
(n) (%) (n) (%) (n) (%) (n) (%) (n) (%)
Descargas atmosféricas 64 38,3 9 18,4 28 50,9 27 55,2 0 0
Ação Atmosférica
Vento 21 12,6 7 14,3 12 21,8 2 4,1 0 0
Cegonhas 36 21,6 22 45 3 5,5 11 22,5 0 0
Incêndios 1 0,6 1 2 0 0 0 0 0 0
Ação Ambiental
Outras aves 1 0,6 0 0 1 1,8 0 0 0 0
Outros animais (exceto aves) 1 0,6 0 0 0 0 0 0 1 7,1
Disjuntor 2 1,2 0 0 0 0 1 2 1 7,1
Cabo condutor 1 0,6 1 2 0 0 0 0 0 0
Cadeias de isoladores 1 0,6 0 0 0 0 1 2 0 0
Defeito Equip –
MAT Outros componentes 1 0,6 0 0 0 0 0 0 1 7,1
Transformadores de intensidade 1 0,6 1 2 0 0 0 0 0 0
Transformador de potência
7 4,2 0 0 0 0 0 0 7 50
(inclui acessórios)
Serviços auxiliares 2 1,2 0 0 0 0 0 0 2 14,3
Defeito – Sist Aux Sistemas de proteções 7 4,2 1 2 5 9,1 1 2 0 0
Sistemas de comando e controlo 1 0,6 0 0 0 0 1 2 0 0
Erro humano - Conservação,
4 2,4 0 0 1 1,8 1 2 2 14,3
Outros montagens e ensaios
Causas desconhecidas 16 9,5 7 14,3 5 9,1 4 8,2 0 0
TOTAL incidentes com origem na RNT 167 100,0 49 100,0 55 100,0 49 100,0 14 100,0
Repercussão
Repercussão
TOTAL de 400 kV 220 kV 150 kV AT+TR+B+BC+RS
Incidentes com repercussões na RNT Incidentes Inciden. Inciden. Inciden. Inciden. Inciden. Inciden. Inciden. Inciden.
(n) (%) (n) (%) (n) (%) (n) (%) (n) (%)
TOTAL incidentes com origem interna à RNT 167 87,9 49 89,1 55 91,7 49 92,5 14 63,6
TOTAL incidentes com origem externa à RNT 23 12,1 6 10,9 5 8,3 4 7,5 8 36,4
TOTAL incidentes 190 100,0 55 100,0 60 100,0 53 100,0 22 100,0
Quadro 4
Incidentes devidos a Deficiências de Equipamento - 2014
Nº Nº Inc Nº Inc
Família de causas Equipamento f(%) F(%)
Incidentes no SP no SA
Sistemas de proteções 7 30,5 30,5 0 7
Defeito - Sistemas Auxiliares Sistemas de comando e controlo 1 4,3 34,8 0 1
Serviços auxiliares 2 8,7 43,5 0 2
Disjuntor 2 8,7 52,2 2 0
Cabo condutor 1 4,3 56,5 1 0
Cadeias de isoladores 1 4,3 60,8 1 0
Defeito equipamento -MAT Transformador de potência (incluindo
7 30,5 91,3 7 0
acessórios)
Quadro 5
Incidentes com Energia não Fornecida - 2014
Nº Nº Nº Nº Nº
Nº interrup. Nº Inc. que ENF Nº interrup. Nº Inc. que ENF
Total Total Total Total Total
Origem do Incidente de Serviço originaram resultante de Serviço originaram resultante
de de de de de
resultantes ENF (MWh) resultantes ENF (MWh)
Inc. Inc. Inc. Inc. Inc.
Incidentes com origem na RNT 210 237 154 208 2 2 8,1 167 2 1 1,8
Quadro 6
Interrupções nos Circuitos de Linha
Interrupções
Tensão Interrupções Fugitivas
Permanecentes
(kV)
<1s [1 s; 60 s [ >= 60 s
150 41 5 27
220 25 8 38
400 33 2 23
Total 99 15 88
Quadro 7
Número e Duração das Interrupções Permanecentes em Circuitos
Tempo Duração
Nº de Nº de Nº de Indisponibilidade Indisponibilidade
Comprimento Nº de Total de Média por
Interrupções Interrupções Interrupções Relativa Relativa por
Tensão Circuito (Km) Circuitos forçadas por 100 Km por Circuito
Interrupção Interrupção
(%/100 Km) Circuito (%)
(kV) (horas) (horas)
Quadro 8
Interrupções Permanecentes com Causas Internas na RNT
Compri. Duração
Nº Int. Nº Int. por Tempo Total Indisponib. Relativa
Circuito Interrupções forçadas Média Int.
Inc. com Forçadas 100 km Int. (horas) (%/100 km)
(km) (horas)
origem
U (kV) interna Família de Causas Causas Circuitos
na RNT Circuitos
afetados
(Qte) origem de
[L] por [N] [f]=100*N/L [T] [d]=T/N [u]=f*d*100/24*366
defeito
defeito
(nº)
(nº)
Quadro 9
Interrupções Permanecentes com Causa Externa à RNT
Compri. Duração
Nº Int. Nº Int. por Tempo Total Indiponib. Relativa
Circuito Interrupções forçadas Média Int.
Inc. com Forçadas 100 km Int. (horas) (%/100 km)
(km) (horas)
origem
Família de
U (kV) externa à Causas
Causas
RNT Circuitos Circuitos
(Qte) [L] origem de afetados por [N] [f]=100*N/L [T] [d]=T/N [u]=f*d*100/24*366
defeito (nº) defeito (nº)
Quadro 10
150 kV
Ano Outras
Descargas Outras
Poluição Cegonhas Incêndios Redes Indeterminadas Total
Atmosféricas Causas
(ext. RNT)
Quadro 11
220 kV
Ano Outras
Descargas Outras
Poluição Cegonhas Incêndios Redes Indeterminadas Total
Atmosféricas Causas
(ext. RNT)
Quadro 12
400 kV
Ano Outras
Descargas Outras
Poluição Cegonhas Incêndios Redes Indeterminadas Total
Atmosféricas Causas
(ext. RNT)
Quadro 13
(**) As perturbações com origem noutras redes são contabilizadas no nível de tensão mais alto em que houve repercussão.
Quadro 14
Grau de Seletividade dos Sistemas de Proteção
Quadro 15
Quadro 16
ANEXO 6