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RELATÓRIO DE QUALIDADE CONTINUIDADE DE SERVIÇO

DE SERVIÇO 2011

REDE ELÉCTRICA
NACIONAL

1
RELATÓRIO DE QUALIDADE
DE SERVIÇO 2011

ÍNDICE MENSAGEM
DO PRESIDENTE 3

INTRODUÇÃO 5

SUMÁRIO
EXECUTIVO 6

01 01. INDICADORES GERAIS 14


CONTINUIDADE
DE SERVIÇO 02. ANÁLISE GLOBAL DOS INDICADORES GERAIS 17

03. INDICADORES INDIVIDUAIS 17

04. CAUSAS DE INTERRUPÇÕES 19

05. ANÁLISE GLOBAL DOS INDICADORES INDIVIDUAIS 20

02
01. PLANO DE MONITORIZAÇÃO 23
QUALIDADE
DA ONDA DE TENSÃO 02. PRINCIPAIS RESULTADOS DAS MEDIÇÕES
EFETUADAS EM 2011 23

03. EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DA ONDA DE TENSÃO 25

04. CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ONDA


DE TENSÃO (2008-2010) 30

05. AVALIAÇÃO TENDO EM CONSIDERAÇÃO A


CLASSIFICAÇÃO MAIS DESFAVORÁVEL DE CADA
CARACTERÍSTICA 31

03
DISPONIBILIDADE 01. DISPONIBILIDADE 34

04
RELACIONAMENTO 01. RELACIONAMENTO COMERCIAL. RECLAMAÇÕES 37

COMERCIAL. 02. AUDITORIAS 37


AUDITORIAS

01. INCIDENTES 39
05
COMPORTAMENTO 02. INCIDENTES COM REPERCUSSÃO NA RNT 41
DA REDE 03. LINHAS 42
E DOS SEUS EQUIPAMENTOS 04. SUBESTAÇÕES 46

06
MELHORIA DA QUALIDADE 01. MELHORIA DA QUALIDADE
DE SERVIÇO
59

DE SERVIÇO

ANEXOS
01. SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES. 63 04. DISPONIBILIDADE 83
PADRÕES DE QUALIDADE DE SERVIÇO. 05. COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
REGRAS DE CÁLCULO DOS INDICADORES E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS 85
02. CONTINUIDADE DE SERVIÇO 75 06. MAPA COM OS PONTOS DE ENTREGA 96
03. QUALIDADE DA ONDA DE TENSÃO 80

2
RELATÓRIO DE QUALIDADE MENSAGEM DO PRESIDENTE
DE SERVIÇO 2011

MENSAGEM A REN TEM UMA JUSTA REPUTAÇÃO DE PRESTAR


DO UM SERVIÇO DE TRANSPORTE DE ENERGIA
COM ELEVADOS NÍVEIS DE QUALIDADE DE SERVIÇO
PRESIDENTE
O ano de 2011 fez jus a essa reputação, com o conjunto
dos indicadores gerais de continuidade de serviço a posicionarem-se
ao nível das melhores empresas congéneres europeias.

“ OINDICADORES
CONJUNTO DOS
GERAIS
A REN tem uma justa reputação de prestar um
serviço de transporte de energia com elevados
níveis de qualidade de serviço. O ano de 2011
DE CONTINUIDADE fez jus a essa reputação, com o conjunto dos
indicadores gerais de continuidade de serviço
DE SERVIÇO A
a posicionarem-se ao nível das melhores
POSICIONAREM-SE empresas congéneres europeias.
AO NÍVEL DAS
Os resultados alcançados são particularmente
MELHORES EMPRESAS relevantes, tendo em conta que 2011 foi um
CONGÉNERES ano bastante adverso, durante o qual a rede foi


EUROPEIAS. severamente fustigada por inúmeras descargas
atmosféricas e por uma vaga de incêndios que
assolou com particular frequência e gravidade
as regiões Norte e Centro de Portugal
continental.

PRINCIPAIS RESULTADOS:

O Tempo de Interrupção Equivalente (TIE),


indicador de desempenho global usualmente
utilizado pela utilities elétricas, registou novo
mínimo histórico, com o valor de 0,27 minutos
(16,2 segundos);

Este registo no TIE, foi também acompanhado


por mínimos históricos em mais 3 indicadores
de continuidade de serviço (ENF-Energia
Não Fornecida, SAIFI-Frequência Média das
Interrupções do Sistema e SAIDI-Duração Média
das Interrupções do Sistema) estabelecidos no
Regulamento de Qualidade de Serviço (RQS);

Outro aspeto importante que traduz o


progressivo aumento da robustez da RNT é
o facto de 96% dos pontos de entrega não
ter registado qualquer interrupção longa de
consumos, o que ultrapassa significativamente
a média dos cinco anos anteriores (92%);

3
RELATÓRIO DE QUALIDADE CONTINUIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

MERECE RELEVO PARTICULAR, O NOVO


MÁXIMO HISTÓRICO (98,06%) REGISTADO
pela Taxa Combinada de Disponibilidade de linhas
e transformadores de potência.

A nível da fiabilidade e disponibilidade dos Finalmente é de referir que a REN tem


diversos elementos de rede e equipamentos focalizado a sua ação na consolidação dos
associados, merece relevo particular, o novo indicadores de qualidade de serviço e de
máximo histórico (98,06%) registado pela desempenho já alcançados, bem como na
Taxa Combinada de Disponibilidade de linhas evolução sustentada para patamares de
e transformadores de potência, indicador qualidade ainda mais exigentes. Tudo isto
regulatório introduzido em 2009, que indica, sem descurar a eficiência na gestão das
de modo agregado, o tempo médio em serviço infraestruturas, por forma a que a excelência
dos dois principais elementos da rede de da qualidade de serviço não acarrete custos
transporte; excessivos para os consumidores, que são
os destinatários e a razão de ser da nossa
No âmbito da Qualidade da Onda de Tensão, atividade.
em termos gerais, os valores médios das
perturbações são relativamente baixos,
sendo cumpridos os limites (indicativos)
regulamentares, salvo nalguns casos pontuais Rui Cartaxo
em que se verificam desvios em relação aos Presidente
valores padrão, por margens ligeiras e de uma
forma não contínua. REN Redes Energéticas Nacionais

A Qualidade de Serviço proporcionada em


2011 pela REN, é registada no seguimento
de uma tendência já evidenciada em anos
anteriores, para uma progressiva e sustentada
melhoria do desempenho da RNT, resultado,
em primeiro lugar, da qualidade técnica dos
seus colaboradores e, também, do esforço
contínuo que as diversas áreas da empresa
desenvolvem na melhoria dos processos,
designadamente:

Adequado planeamento, com relevo para


as condições de segurança e garantia de
abastecimento dos consumos;

Qualidade e volume de investimento realizado,


designadamente no rejuvenescimento de linhas
e subestações mais antigas;

Estratégias e políticas de manutenção


ajustadas, com reflexos nas condições de
segurança e aumento da disponibilidade dos
equipamentos;

Rapidez e eficácia dos meios técnicos e


humanos envolvidos na gestão, operação
e manutenção da rede de transporte.

4
RELATÓRIO DE QUALIDADE INTRODUÇÃO
DE SERVIÇO 2011

INTRODUÇÃO O REGULAMENTO DA QUALIDADE DE


SERVIÇO (RQS) ESTABELECE QUE A
REN – REDE ELÉCTRICA NACIONAL S.A.,
na sua qualidade de operador da rede de transporte de energia
elétrica no território do continente, deve elaborar anualmente um
relatório com informação sobre a qualidade do serviço prestado
pela empresa.

É esse o objetivo deste relatório em que a REN, além de apresentar informação detalhada sobre
continuidade de serviço e qualidade da onda de tensão, bem como no que se refere aos demais
requisitos do RQS que lhe são aplicáveis, fornece dados informativos complementares relativos
à disponibilidade da rede e ao comportamento em serviço dos diversos elementos de rede e
principais equipamentos que os constituem. Com esta informação adicional pretende-se contribuir
para uma melhor compreensão de alguns aspetos correlacionados com a qualidade de serviço da
rede de transporte.

Este documento encontra-se organizado em 6 capítulos, contendo informação sobre:

CONTINUIDADE Caracterização da continuidade de serviço da


Rede Nacional de Transporte (RNT), de modo
DE SERVIÇO a responder às exigências do RQS.

QUALIDADE Caracterização da qualidade da onda de


tensão, com base nos resultados das ações de
DA ONDA DE TENSÃO monitorização às características estabelecidas
no RQS.

DISPONIBILIDADE Caracterização da disponibilidade da Rede


Nacional de Transporte (RNT), de acordo com
as especificações estabelecidas no mecanismo
regulatório de incentivo à disponibilidade.

RELACIONAMENTO COMERCIAL. Informação sobre as reclamações de cariz


técnico ou de outra natureza recebidas pela
AUDITORIAS empresa. Descrição resumida do resultado
das auditorias efetuadas periodicamente aos
sistemas de qualidade de serviço.

COMPORTAMENTO DA REDE Caracterização do desempenho global da


RNT e dos seus principais equipamentos, com
E DOS SEUS EQUIPAMENTOS particular atenção aos incidentes e avarias.

MELHORIA DA QUALIDADE Indicação das principais ações desenvolvidas


(ou a desenvolver) pela empresa, tendentes a
DE SERVIÇO melhorar a qualidade de serviço.

O relatório termina com um conjunto de 6 anexos que incluem as definições, a caracterização


dos indicadores usados e informação detalhada complementar da contida no corpo principal
do relatório.

Este relatório da Qualidade de Serviço – 2011 está igualmente disponível no sítio


www.ren.pt da Internet.

5
RELATÓRIO DE QUALIDADE SUMÁRIO EXECUTIVO
DE SERVIÇO 2011

SUMÁRIO
EXECUTIVO

QUALIDADE A Qualidade de Serviço prestada pela REN, estabelecidos no Regulamento da Qualidade


DE SERVIÇO entendida como segurança e continuidade
do abastecimento de energia elétrica com
de Serviço (RQS), foram os melhores valores
de sempre, posicionando deste modo a REN
características técnicas adequadas, situou-se ao nível das melhores empresas congéneres
novamente num nível elevado, mantendo e europeias. O quinto indicador geral (SARI-
consolidando a tendência verificada em anos Tempo Médio de Reposição de Serviço do
anteriores de uma progressiva e sustentada Sistema) registou o terceiro melhor valor
melhoria do desempenho da Rede Nacional de de sempre, só ultrapassado pelos valores
Transporte (RNT). verificados em 2008 e 2009.

Os valores registados por quatro (ENF-Energia O Tempo de Interrupção Equivalente (TIE),


Não Fornecida, TIE-Tempo de Interrupção indicador de desempenho global usualmente
Equivalente, SAIFI-Frequência Média das utilizado pelas utilities elétricas, registou novo
Interrupções do Sistema e SAIDI-Duração mínimo histórico, com o valor de 0,27 minutos
Média das Interrupções do Sistema) dos cinco (16,2 segundos), correspondendo a uma
indicadores gerais de continuidade de serviço, energia não fornecida de 25,6 MWh.

TIE – TEMPO DE INTERRUPÇÃO EQUIVALENTE (MINUTOS)

1,50

1,25

1,00

0,75

1,29
1,15
0,50

0,74
0,25
0,42
0,27
0,00
2007 2008 2009 2010 2011

Estes resultados são credores de especial nos últimos cinco anos, de cujo cálculo e em
realce se atendermos ao facto de terem sido conformidade com o RQS foram excluídos os
obtidos num ano bastante adverso, em que incidentes originados por causas fortuitas ou de
a rede foi significativamente fustigada por força maior, ocorridos nos anos de 2007 e 2009.
inúmeras descargas atmosféricas e por uma
vaga de incêndios que assolou com particular Os indicadores são apresentados em valores
frequência e gravidade as regiões Norte e relativos tendo por base os valores registados
Centro de Portugal continental. no ano de 2007.

O gráfico seguinte apresenta a evolução dos


indicadores gerais de continuidade de serviço

6
RELATÓRIO DE QUALIDADE SUMÁRIO EXECUTIVO
DE SERVIÇO 2011

EVOLUÇÃO DOS INDICADORES DA CONTINUIDADE DE SERVIÇO NA RNT


(SEM INCIDENTES MOTIVADOS POR FORÇA MAIOR)

ENF
2,5

2,0

1,5

1,0
SARI TIE 2007
0,5 2008

2009
0,0
2010

2011

SAIDI SAIFI

Os vértices do polígono referente ao ano de 2011 No âmbito da Qualidade da Onda de Tensão,


estão muito próximos do referencial zero o que em termos gerais, os valores médios das
denota a excelente performance da RNT em 2011. perturbações são relativamente baixos,
sendo cumpridos os limites (indicativos)
Outro aspeto importante que traduz o regulamentares, salvo nalguns casos pontuais
progressivo aumento da robustez da RNT é em que se verificam desvios em relação aos
o facto de 96% dos pontos de entrega não valores padrão, por margens ligeiras e de uma
ter registado qualquer interrupção longa de forma não contínua.
consumos, o que ultrapassa significativamente
a média dos cinco anos anteriores (92%).

COMPORTAMENTO INCIDENTES Tensão (MAT), 14 na Rede de Alta Tensão (AT)


e 24 em outras redes mas com impacto nas
DA REDE DE O comportamento da RNT foi muito bom, redes MAT e AT da REN.
TRANSPORTE apesar de um ligeiro aumento (0,7%) no número
de incidentes relativamente ao ano anterior. Destes, apenas 8 incidentes (2,9% do total)
A maioria dos incidentes não teve qualquer provocaram interrupções no abastecimento de
reflexo na continuidade de serviço observada energia elétrica aos clientes, tendo causado
pelos consumidores, o que é revelador da 9 interrupções de consumo nos pontos de
robustez crescente da rede e da eficácia de entrega.
atuação dos equipamentos técnicos das
diversas instalações. A maioria dos incidentes teve origem nas linhas
aéreas (85%), sendo causados, uma vez mais,
Em 2011 ocorreram 275 incidentes, dos quais por descargas atmosféricas (45,5%), cegonhas
237 tiveram origem na Rede de Muito Alta (30,4%) e incêndios (6,2%).

7
RELATÓRIO DE QUALIDADE SUMÁRIO EXECUTIVO
DE SERVIÇO 2011

DISPONIBILIDADE máximo histórico (98,06%) registado pela


E FIABILIDADE Taxa Combinada de Disponibilidade de linhas
e transformadores de potência, indicador
Mantém-se a tendência, já verificada em anos regulatório introduzido em 2009, que indica,
anteriores, para uma evolução muito positiva de modo agregado, o tempo médio em serviço
da disponibilidade e fiabilidade dos diversos dos dois principais elementos da rede de
elementos de rede e equipamentos associados. transporte.
Neste âmbito, merece relevo particular, o novo

TAXA COMBINADA DE DISPONIBILIDADE

100%

99%

98%

97%

96%

95%
2008 2009 2010 2011

VALOR DE REFERÊNCIA ERSE

Em 2011, os níveis de fiabilidade dos Este indicador é um rácio entre o número de


equipamentos e sistemas das subestações interrupções de abastecimento e o número de
foram bastante elevados, com relevo particular incidentes.
para os sistemas de proteção e de comando e
controlo, onde dois dos cinco indicadores de O indicador atingiu em 2011 o segundo melhor
fiabilidade (tempo de atuação dos sistemas de valor de sempre (3,27%). Associado a este bom
proteção e eficácia de reposição pelo operador resultado, além do excelente comportamento
automático de subestação) registaram novos dos sistemas de proteção e dos automatismos
máximos históricos. em serviço na rede de transporte, já referido
anteriormente, está também o modo como a
rede de transporte de eletricidade é planeada,
VULNERABILIDADE bem como as técnicas utilizadas na sua
operação e manutenção. Com efeito, a
Outro indicador de comportamento da rede de característica “malhada” da rede de transporte,
transporte é a chamada “Vulnerabilidade”, que com um número reduzido de instalações
traduz a capacidade da rede de transporte de mono-alimentadas, a par de adequadas
não cortar o abastecimento de energia elétrica políticas e estratégias de manutenção
aos consumidores na sequência de incidente, implementadas na empresa, permite minimizar
qualquer que seja a sua origem (inclui também as consequências dos incidentes nos
os incidentes causados por força maior). consumidores.

8
RELATÓRIO DE QUALIDADE SUMÁRIO EXECUTIVO
DE SERVIÇO 2011

EVOLUÇÃO DA VULNERABILIDADE DA REDE DE TRANSPORTE


Taxa [%]

24,0

20,0

16,0

12,0

8,0

4,0

0,0
2006 2007 2008 2009 2010 2011

INTERRUPÇÕES LONGAS INTERRUPÇÕES CURTAS

Para além do mencionado anteriormente, repercussão na RNT, com base no que elabora
é importante referir ainda o trabalho feito diversas recomendações, abrangendo as
pelo Grupo de Análise de Incidentes. Este diversas áreas técnicas da empresa, permitindo
Grupo, constituído por especialistas internos com isso implementar medidas pontuais ou
em diversos domínios, analisa as causas de de fundo que se têm refletido positivamente na
todos os incidentes graves ocorridos ou com Qualidade de Serviço.

PRINCIPAIS Os quadros seguintes resumem o desempenho


da Rede Nacional de Transporte em 2011,
Continuidade de Serviço, Disponibilidade e
Fiabilidade dos principais equipamentos e
INDICADORES comparado com 2010 e com os valores sistemas.
DE DESEMPENHO médios dos últimos 5 anos, nas vertentes de

2011 VS. 2011 VS. MÉDIA DOS


CONTINUIDADE DE SERVIÇO 2010 2011 2010 ÚLTIMOS 5 ANOS

INTERRUPÇÕES PRÓPRIAS LONGAS (> 3 MINUTOS)

NÚMERO DE INTERRUPÇÕES LONGAS (DURAÇÃO SUPERIOR A 3 MINUTOS) 3 2 -33% -72% á

DURAÇÃO DAS INTERRUPÇÕES LONGAS (min) 43,4 13,4 -69% -75% á

INDICADORES GERAIS
ENF- ENERGIA NÃO FORNECIDA (MWh) 114,9 25,6 -78% -67% á

TIE – TEMPO DE INTERRUPÇÃO EQUIVALENTE (min) 1,15 0,27 -77% -68% á

SAIFI – FREQUÊNCIA MÉDIA DE INTERRUPÇÃO DO SISTEMA 0,04 0,03 -25% -71% á

SAIDI – DURAÇÃO MÉDIA DAS INTERRUPÇÕES DO SISTEMA (min) 0,57 0,17 -70% -78% á

SARI – TEMPO MÉDIO DE REPOSIÇÃO DE SERVIÇO DO SISTEMA (min) 14,47 6,70 -54% -19% á

á Melhor que a média dos últimos 5 anos Pior que a média dos últimos 5 anos
á

9
RELATÓRIO DE QUALIDADE SUMÁRIO EXECUTIVO
DE SERVIÇO 2011

2011 VS. 2011 VS. MÉDIA DOS


DISPONIBILIDADE 2010 2011 2010 ÚLTIMOS 5 ANOS

INDICADOR COMBINADO

TAXA COMBINADA DE DISPONIBILIDADE (%) 97,78 98,06 +0,28% (a) (a)

CIRCUITOS DE LINHA
TAXA DE DISPONIBILIDADE MÉDIA GLOBAL (%) 97,49 98,00 +0,51% +0,25% á

TAXA DE DISPONIBILIDADE MÉDIA ASSOCIADA À MANUTENÇÃO (%) 99,62 98,67 +0,05% +0,17% á

TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA
TAXA DE DISPONIBILIDADE MÉDIA GLOBAL (%) 98,66 98,22 -0,44% -0,09%
á

TAXA DE DISPONIBILIDADE MÉDIA ASSOCIADA À MANUTENÇÃO (%) 99,50 99,54 +0,04% +0,33% á

(a) Indicador apurado desde 2008.


á Melhor que a média dos últimos 5 anos Pior que a média dos últimos 5 anos
á

2011 VS. 2011 VS. MÉDIA DOS


FIABILIDADE 2010 2011 2010 ÚLTIMOS 5 ANOS

LINHAS
2,59 2,81 +8,5% +18,1%
á
Nº DE DEFEITOS COM ORIGEM EM LINHAS POR 100 Km DE CIRCUITO
TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA
TAXA DE FALHAS COM INDISPONIBILIDADE IMEDIATA (Nº/TR) 0,0230 0,0265 +15,1% -3,1% á

DISJUNTORES
TAXA DE FALHAS MAIORES (Nº/DJ) 0,0041 0,0069 +69,7% +35,1%
á

SISTEMAS DE PROTEÇÃO
98,2 99,2 +1,0% -0,2%
á
DEPENDABILIDADE DAS FUNÇÕES DE PROTEÇÃO (%)
SEGURANÇA DAS FUNÇÕES DE PROTEÇÃO (%) 98,7 97,0 -1,7% +0,8% á

TEMPO DE ATUAÇÃO (PROBABILIDADE ACUMULADA) <= 150 ms (%) 95,0 95,3 +0,3% +3,3% á

SISTEMAS DE COMANDO E CONTROLO


EFICÁCIA DE REPOSIÇÃO POR TELECOMANDO (%) 100,0 100,0 +0,0% +0,3% á

EFICÁCIA DE REPOSIÇÃO PELO OPERADOR AUTOMÁTICO SUBESTAÇÃO (%) 93,7 96,1 +2,4% +4,1% á

á Melhor que a média dos últimos 5 anos Pior que a média dos últimos 5 anos
á

Os principais indicadores relativos à operação e Sistemas de Proteção, Eficácia de Reposição


manutenção da rede de transporte revelam um pelo Operador Automático, Taxa Combinada
nível de desempenho que se pode considerar de Disponibilidade, Taxa de Disponibilidade
bom. Os valores registados em 2011, embora Média de Circuitos de Linha Associada à
nalguns casos inferiores aos de 2010, foram Manutenção, Taxa de Disponibilidade Média
globalmente muito positivos, com resultados na de Transformadores e Autotransformadores
maioria dos indicadores melhores que a média Associada à Manutenção) registado valores
dos últimos 5 anos, tendo nove indicadores históricos nunca anteriormente alcançados.
(ENF,TIE,SAIFI, SAIDI, Tempo de Atuação dos

10
RELATÓRIO DE QUALIDADE CONTINUIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

01
CONTINUIDADE
DE SERVIÇO

TEMPO DE INTERRUPÇÃO
EQUIVALENTE (TIE)

0,27
minutos
FREQUÊNCIA MÉDIA
DAS INTERRUPÇÕES DO
SISTEMA (SAIFI)

0,03
DURAÇÃO MÉDIA
DAS INTERRUPÇÕES
DO SISTEMA (SAIDI)

0,17
minutos

11
RELATÓRIO DE QUALIDADE CONTINUIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

CONTINUIDADE
DE SERVIÇO

O TEMPO DE INTERRUPÇÃO EQUIVALENTE (TIE)


FOI DE 0,27 MINUTOS (16,2 SEGUNDOS)
que equivale a uma disponibilidade de serviço de 99,99995%
(interrupção de 2 segundos por 1.000 horas de serviço). Os valores
regulamentares dos padrões individuais de continuidade de serviço
foram respeitados em todos os pontos de entrega.

A REN, na sua qualidade de operador da rede indiretamente, a RNT. Para maior detalhe ver
de transporte de energia elétrica no território capítulo referente ao “Comportamento da Rede
do continente, regista e reporta periodicamente e dos seus Equipamentos”.
às entidades oficiais as interrupções de
fornecimento de energia elétrica ocorridas nos Deste conjunto de incidentes, apenas 8 (2,9%
diversos pontos de entrega à rede de distribuição do total) tiveram impacto no abastecimento
ou a instalações de consumidores alimentados de energia elétrica aos clientes, dos quais 3
em muito alta tensão (MAT). Nesse reporte e, de provocaram interrupções na alimentação de
forma individualizada, é indicada a natureza e energia elétrica a clientes com duração superior
causa do incidente, a localização, a duração e o a 3 minutos (interrupções longas). Na maioria
valor estimado da energia não fornecida. destas interrupções a energia não fornecida
foi de valor reduzido, pelo que os indicadores
O desempenho da Rede Nacional de de continuidade de serviço registaram valores
Transporte (RNT), de acordo com o muito baixos, mantendo a tendência de
estabelecido no Regulamento da Qualidade de descida verificada em anos anteriores.
Serviço (RQS), é caracterizado por um conjunto
de indicadores de caráter geral, relativos ao Do conjunto de incidentes merece relevo especial
desempenho global da rede de transporte o ocorrido em 26 de fevereiro, na subestação
e por um conjunto de indicadores de índole de Chafariz, consequência de vandalização
individual, relativos ao desempenho da rede de da instalação para furto de barras de cobre de
transporte em cada ponto de entrega (PdE). ligação à terra de diversos equipamentos.

Em conformidade com o RQS, os indicadores A empresa está atenta a este tipo de fenómeno
gerais e individuais de continuidade de serviço que tem aumentado de intensidade nos últimos
são calculados com base exclusivamente nas anos, eventualmente devido à subida do
interrupções com duração superior a 3 minutos preço do cobre, com consequências nefastas
(interrupções longas). Complementarmente na exploração das redes de eletricidade.
é apurado o indicador MAIFI – Frequência Tendo em vista a dissuasão destas ações e a
Média de Interrupções Curtas do Sistema minimização de riscos, a REN decidiu equipar
(não previsto no RQS), que diz respeito às progressivamente a totalidade das subestações
interrupções de duração superior ou igual com sistemas de videovigilância e outros meios
a 1 segundo e inferior ou igual a 3 minutos complementares de segurança.
(interrupções curtas), conforme recomendação
do CEER (Council of European Energy Conforme foi oportunamente indicado à ERSE,
Regulators). aquele incidente enquadra-se na classificação
de casos fortuitos ou de força maior, prevista
No decurso de 2011 ocorreram 275 no artigo 14º do RQS.
incidentes, dos quais 264 afetaram, direta ou

12
RELATÓRIO DE QUALIDADE CONTINUIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

No Quadro seguinte, indicam-se os valores dos indicadores registados na RNT em 2011.

INTERRUPÇÕES LONGAS

CAUSAS
INDICADORES DE CONTINUIDADE DE SERVIÇO 2011 CAUSAS FORTUITAS OU DE
PRÓPRIAS FORÇA MAIOR TOTAL
NÚMERO DE INTERRUPÇÕES 2 1 3
DURAÇÃO DAS INTERRUPÇÕES (min) 13,4 8,7 22,1

INDICADORES GERAIS

ENF- ENERGIA NÃO FORNECIDA (MWh) 25,6 6,6 32,2

TIE – TEMPO DE INTERRUPÇÃO EQUIVALENTE (min) 0,27 0,07 0,34

SAIFI – FREQUÊNCIA MÉDIA DAS INTERRUPÇÕES DO SISTEMA 0,03 0,01 0,04

SAIDI – DURAÇÃO MÉDIA DAS INTERRUPÇÕES DO SISTEMA (min) 0,17 0,11 0,28

SARI – TEMPO MÉDIO DE REPOSIÇÃO DE SERVIÇO DO SISTEMA (min) 6,70 0,67 7,37

A RNT mantém a tendência verificada nos valores de sempre. O quinto indicador geral
últimos anos para uma melhoria contínua (SARI-Tempo Médio de Reposição de Serviço
no desempenho em termos de continuidade do Sistema) registou o terceiro melhor valor
de serviço. de sempre, só ultrapassado pelos valores
verificados em 2008 e 2009.
O ano de 2011 não foi exceção e constitui
o melhor ano de sempre no que respeita à No gráfico seguinte, no qual foram excluídos
continuidade de serviço prestado pela RNT. os incidentes originados por causa fortuita
Efetivamente, os valores registados por quatro ou de força maior e segurança, ocorridas nos
(ENF-Energia Não Fornecida, TIE-Tempo de anos de 2003, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2011,
Interrupção Equivalente, SAIFI-Frequência bem como os incidentes de caráter excecional
Média das Interrupções do Sistema e SAIDI- ocorridos em 2004 e 2010, mostra-nos que
Duração Média das Interrupções do Sistema) os resultados alcançados em 2011 se mantêm
dos cinco indicadores gerais de continuidade consentâneos com a evolução muito positiva
de serviço, estabelecidos no Regulamento da registada nos últimos anos na fiabilidade da
Qualidade de Serviço (RQS), foram os melhores rede de transporte.

25,00

MENOR FIABILIDADE

20,00
2003
2002
MAIOR FIABILIDADE
2001
15,00
SARI (minutos)

5
10,00
2010 4
Linhas com SAIDI
2007 3
2005 2006 constante (minutos)
2008
2
2011 2004
5,00 2009
1
0,5

0,00
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1

SAIFI
13
RELATÓRIO DE QUALIDADE CONTINUIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

Nos gráficos seguintes e para cada um dos indicadores gerais mostra-se a sua evolução nos
últimos anos.

INDICADORES ENERGIA NÃO FORNECIDA – ENF

GERAIS 1000

A energia não fornecida 800

total associada às 2
interrupções longas
600
por causa própria foi
MWh

estimada em
25,6 MWh (mínimo 400
histórico). Incluindo a
interrupção classificada
de força maior totalizou 200
32,2 MWh

0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

TODAS EXCETO (1) E (2) (1) INTERRUPÇÕES POR CAUSAS FORTUITAS (2) INTERRUPÇÕES POR
OU DE FORÇA MAIOR E RAZÕES DE SEGURANÇA INCIDENTES DE CARÁTER EXCECIONAL

TEMPO DE INTERRUPÇÃO EQUIVALENTE – TIE


O TIE mantém a
tendência sustentada de 16,00
descida, sendo o valor
de 2011 (0,27 minutos), o 14,00
melhor valor de sempre.
12,00

10,00
Minutos

ENF
TIE = 8,00
Pme
Sendo 6,00
EF + ENF
Pme =
T 4,00
EF – Energia Fornecida
2,00
T – Tempo
0,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

TODAS EXCETO (1) E (2) (1) INTERRUPÇÕES POR CAUSAS FORTUITAS (2) INTERRUPÇÕES POR INCIDENTES
OU DE FORÇA MAIOR E RAZÕES DE SEGURANÇA DE CARÁTER EXCECIONAL

14
RELATÓRIO DE QUALIDADE CONTINUIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

FREQUÊNCIA MÉDIA DE INTERRUPÇÕES LONGAS DO SISTEMA – SAIFI

O SAIFI desceu em 25%, 0,6


relativamente a 2010.
0,5
O valor de 2011 (0,03) é o
melhor valor de sempre
0,4

0,3

SAIFI: 0,2
Nº interrupções de duração
superior 3 min/ Nº de pontos
0,1
de entrega

0,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

TODAS EXCETO (1) E (2) (1) INTERRUPÇÕES POR CAUSAS FORTUITAS OU (2) INTERRUPÇÕES POR INCIDENTES
DE FORÇA MAIOR E RAZÕES DE SEGURANÇA DE CARÁTER EXCECIONAL

FREQUÊNCIA MÉDIA DE INTERRUPÇÕES CURTAS DO SISTEMA – MAIFI


O MAIFI registou
uma subida ligeira
0,25
relativamente a
2010, consequência,
sobretudo, de incidentes
0,20
causados por
descargas atmosféricas.
0,15

MAIFI:
0,10
Nº interrupções de duração
igual ou superior a 1 seg. e
igual ou inferior a 3 min/
Nº de pontos de entrega 0,05

0,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

TODAS EXCETO (1) (1) INTERRUPÇÕES POR CAUSAS FORTUITAS


OU DE FORÇA MAIOR E RAZÕES DE SEGURANÇA

15
RELATÓRIO DE QUALIDADE CONTINUIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

DURAÇÃO MÉDIA DAS INTERRUPÇÕES DO SISTEMA – SAIDI


O valor do SAIDI traduz a
duração média anual das 25,0
interrupções por ponto de
entrega.
20,0
O valor de 2011, 0,17
minutos (0,28 minutos
considerando o caso
Minutos

15,0
fortuito ou de força maior),
é o novo mínimo histórico
do indicador. 10,0

5,0
SAIDI:
Duração total das
interrupções de tempo 0,0
superior a 3 min/ Nº de 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
pontos de entrega
TODAS EXCETO (1) E (2) (1) INTERRUPÇÕES POR CAUSAS FORTUITAS (2) INTERRUPÇÕES POR INCIDENTES
OU DE FORÇA MAIOR E RAZÕES DE SEGURANÇA DE CARÁTER EXCECIONAL

TEMPO MÉDIO DE REPOSIÇÃO DE SERVIÇO DO SISTEMA – SARI


O SARI indica o tempo
médio de reposição de 40,0
serviço na sequência das
35,0
interrupções ocorridas
nos pontos de entrega. 30,0
O valor de 2011
(6,7 minutos) é o terceiro 25,0
Minutos

melhor de sempre, só
ultrapassado nos anos 20,0
de 2008 e 2009.
15,0

10,0

SARI:
5,0
Duração total das interrupções
de tempo superior a 3 min/ Nº
de interrupções com tempo 0,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
superior a 3 minutos.
TODAS EXCETO (2) (2) INTERRUPÇÕES POR INCIDENTES DE CARÁTER EXCEPCIONAL

16
RELATÓRIO DE QUALIDADE CONTINUIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

ANÁLISE O gráfico da figura seguinte apresenta a segurança, ocorridos nos anos de 2007
evolução dos valores dos indicadores gerais e 2009.
GLOBAL DOS de continuidade de serviço nos últimos cinco
INDICADORES anos, de cujo cálculo e em conformidade com Os indicadores são apresentados em valores
GERAIS o RQS foram excluídos os incidentes originados
por causa fortuita, de força maior ou razões de
relativos tendo por base os valores registados
no ano de 2007.

EVOLUÇÃO DOS INDICADORES DA CONTINUIDADE DE SERVIÇO NA RNT


(SEM INCIDENTES MOTIVADOS POR FORÇA MAIOR)

ENF
2,5 2007

2008
2,0
2009
1,5
2010
MAIFI TIE
1,0 2011

0,5

0,0

SARI SAIFI

SAIDI

Os indicadores ENF, TIE, SAIFI e SAIDI um número reduzido de interrupções e, no


registaram os melhores valores do período em segundo, consequência de interrupções de
análise e de sempre. O SARI e MAIFI, embora curta duração associadas, fundamentalmente,
com bons resultados, não tiveram um registo a incidentes causados por descargas
tão bom, consequência no primeiro caso de atmosféricas.

INDICADORES Em 2011 verificaram-se duas interrupções de • 18 de maio de 2011, na subestação de


serviço com duração superior a 3 minutos (três Oleiros (SOR), o painel da linha Oleiros/S.
INDIVIDUAIS considerando a interrupção de força maior) Martinho de Dume, de 60 kV, foi sede de
no fornecimento de energia elétrica, as quais defeito bifásico com terra, com origem em
afetaram dois (três com a interrupção de força descarga atmosférica. O defeito não foi
maior) dos 79 pontos de entrega (PdE) da REN eliminado de imediato pelas proteções do
(ver Quadro 2 do anexo 2). respetivo painel, pois 500 milisegundos
antes, por defeito ocorrido no mesmo painel,
Descreve-se resumidamente os incidentes que tinha-se verificado o disparo do circuito de
originaram estas interrupções longas: alimentação contínua ao painel.

17
RELATÓRIO DE QUALIDADE CONTINUIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

O defeito foi então eliminado pelo disparo A terceira interrupção longa ocorreu em
geral dos 60 kV, de que resultou a energia 26 de fevereiro de 2011, na subestação de
não fornecida de 12,9 MWh; Chafariz (SCF), na sequência da vandalização
e furto da instalação. Consequência deste
• 21 de outubro de 2011, na subestação ato registou-se um curto-circuito trifásico no
de Fanhões (SFN), durante trabalhos de barramento 2 (60 kV), originando o disparo
despoluição, deu-se o contornamento deste setor, de que resultou uma energia não
do isolador de suporte do barramento fornecida de 6,6 MWh.
2 (400 kV), dando origem a um defeito
monofásico, que embora eliminado em cerca Como é visível nos gráficos seguintes, o
de 50 milisegundos, retirou de serviço o conjunto dos pontos de entrega afetados
Transformador 3 (400/60 kV), de que resultou cumpriu os valores limite estabelecidos
a energia não fornecida de 12,7 MWh. no RQS.

FREQUÊNCIA DAS INTERRUPÇÕES POR PONTO DE ENTREGA


As 3 interrupções
afetaram unicamente
2
consumos alimentados
por 3 pontos de entrega
(3,8% do total de PdE).
O conjunto das 3
interrupções ocorreu
exclusivamente no
escalão de entrega de 1
60kV (AT).

VALOR PADRÃO:
3 (MAT) ou 8 (AT) interrupções
por ano e ponto de entrega.
0
SOR SCF SFN

INT. (TOTAIS) CAUSA PRÓPRIA


INT. (TOTAIS) FORÇA MAIOR

DURAÇÃO TOTAL DAS INTERRUPÇÕES POR PONTO DE ENTREGA

Do conjunto das duas 10


interrupções por causa
própria o PdE de Fanhões
(SFN) teve o tempo de 8

interrupção mais longo


(7,7 min).
Minutos

VALOR PADRÃO:
45 minutos (MAT) ou 4 horas 2
(AT) por ano e ponto de
entrega.
0
SOR SCF SFN

INT. (TOTAIS) CAUSA PRÓPRIA


INT. (TOTAIS) FORÇA MAIOR

18
RELATÓRIO DE QUALIDADE CONTINUIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

ENERGIA NÃO FORNECIDA POR PONTO DE ENTREGA

As situações mais
20
gravosas do ponto de
vista de ENF ocorreram
nos pontos de entrega
das subestações de 15
Oleiros (SOR) e Fanhões
(SFN), com ENF de 12,9 e
MWh

12,7 MWh, respetivamente.


10

5
Valor padrão não previsto
no RQS.

0
SOR SCF SFN

INT. (TOTAIS) CAUSA PRÓPRIA


INT. (TOTAIS) FORÇA MAIOR

CAUSAS DAS Embora o RQS estabeleça que no cálculo dos


indicadores de continuidade de serviço apenas
No histograma da figura seguinte representa-se
a distribuição percentual das causas (primeira
INTERRUPÇÕES deverão ser consideradas as interrupções com causa) das interrupções em relação ao número,
duração superior a 3 minutos, a REN regista tempo total de interrupção e energia não
e analisa a totalidade das interrupções. No fornecida.
Quadro 3 do anexo 2 indica-se o número total
de interrupções de serviço verificadas nos
últimos quinze anos.

INTERRUPÇÕES EM 2011 (POR CAUSAS EM %)

Número

Tint

ENF

0% 20% 40% 60% 80% 100%

OUTRAS CAUSAS CONHECIDAS DEFICIÊNCIA DE EQUIPAMENTO FORTUITAS E DE FORÇA MAIOR (TERCEIROS)

19
RELATÓRIO DE QUALIDADE CONTINUIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

ANÁLISE No gráfico seguinte assinalam-se todas representadas em função do valor da potência


as interrupções com duração superior a interrompida e da respetiva duração.
GLOBAL DOS três minutos verificadas entre 2006 e 2011,
INDICADORES
INDIVIDUAIS INTERRUPÇÕES NOS PDE DA RNT

500,0

450,0

400,0

350,0
Potência interrompida (MW)

300,0

250,0

200,0

150,0

100,0

50,0

0,0
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00

Duração das Interrupções (horas)

De 2006 a 2010 2011 100 MWh 10 MWh

Pode-se constatar que a grande maioria das O ano de 2011 confirmou essa tendência, com
interrupções de serviço que ocorreram naquele 96% dos PdE sem qualquer interrupção.
período tem uma duração inferior a 30 minutos
e está associada a um corte de potência que
não ultrapassa os 100 MW (1 % da ponta de
consumo registada em 2011). 2006-2010:
• 92% dos pontos de entrega da
Outro aspeto importante a salientar, e que RNT sem qualquer interrupção.
é reflexo da robustez da rede de transporte,
reside no facto da maioria (92%) dos pontos 2011:
de entrega de energia elétrica da RNT não ter • 96% dos pontos de entrega da
registado, nos últimos cinco anos, qualquer RNT sem qualquer interrupção.
interrupção de duração superior a 3 minutos.

20
RELATÓRIO DE QUALIDADE CONTINUIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

O gráfico da figura seguinte indica, por ponto as fortuitas ou de força maior e por razões
de entrega (ver siglas no Quadro 1 do anexo de segurança), com duração superior a três
2), o número total de interrupções (excluídas minutos, no período de 2007 a 2011.

NÚMERO DE INTERRUPÇÕES (Tint>3MIN) POR PONTO DE ENTREGA

0
LZN

STJ

SCN

SPO

SSV1

SSB

SBL

SFR

SOR

SSN

SVM

SVG

SRM

SFN

SMG

SAM

SET

STR
SRA

SVPA
2007 2008 2009 2010 2011

Da análise do gráfico anterior destaca-se o • O número máximo de interrupções por


seguinte: ponto de entrega foi de 4 e ocorreu no
PdE do Torrão (STR);
• No quinquénio foram afetados 20 pontos
de entrega por interrupções de serviço, o • Entre os pontos de entrega com maior
que relativamente aos 79 PdE em serviço número de interrupções, além do Torrão
em 2011, corresponde a 25%; (STR), estão Alto de Mira (SAM) e Estói
(SET).
• Dos pontos de entrega com interrupções
de serviço, a maioria (70%) registou apenas No mapa do anexo 6 localizam-se
uma interrupção em 5 anos; geograficamente os 79 pontos de entrega
da REN, com indicação do número de
• A totalidade dos pontos de entrega com interrupções de serviço no período de 2007
interrupções nos últimos 5 anos registou a 2011.
um número médio anual de interrupções
inferior ao estipulado no artigo 17º do RQS
[3 (MAT) e 8 (AT) interrupções por ano];

21
RELATÓRIO DE QUALIDADE CONTINUIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

02
QUALIDADE DA
ONDA DE TENSÃO

TAXA DE REALIZAÇÃO
DO PLANO DE
MONITORIZAÇÃO

70,3%
OS LIMITES REGULAMENTARES
SÃO CUMPRIDOS EM 96% DOS PONTOS DE
ENTREGA. APENAS 3 PONTOS
DE ENTREGA, REFERENTE À SEVERIDADE
DA TREMULAÇÃO, SÃO AFETADOS
POR PERTURBAÇÕES DE CARÁTER
PERMANENTE.

22
RELATÓRIO DE QUALIDADE QUALIDADE DA ONDA DE TENSÃO
DE SERVIÇO 2011

QUALIDADE
DA ONDA
DE TENSÃO

OS NÍVEIS MÉDIOS DAS PERTURBAÇÕES


REGISTADAS SÃO RELATIVAMENTE BAIXOS,
sendo cumpridos os limites regulamentares, salvo nalguns casos
pontuais em que se verificaram desvios, em relação aos valores padrão,
por margens ligeiras e, de modo geral, de forma não contínua.

O artigo 19º do RQS estabelece que a entidade • Valor eficaz da tensão;


concessionária da RNT procederá, anualmente, • Cavas de tensão;
à caracterização da onda de tensão, em • Frequência.
conformidade com um plano de monitorização,
realizando para o efeito medições, nos pontos As características da onda de tensão nos
de entrega selecionados, das seguintes pontos de entrega aos clientes de Muito
características: Alta Tensão (MAT) e Alta Tensão (AT) devem
respeitar os limites estabelecidos no RQS.
• Distorção harmónica; No caso das cavas de tensão, o regulamento
• Tremulação (flicker); estabelece os procedimentos para a sua
• Desequilíbrio do sistema trifásico de monitorização mas não especifica limites a
tensões; respeitar.

PLANO DE O plano de monitorização elaborado e


implementado pela REN, em 2011, contemplou
A taxa de realização do plano de monitorização
foi de 70,3%, valor inferior ao que é habitual
MONITORIZAÇÃO a realização de medições em 49 subestações e em anos anteriores, derivado ao facto de
pontos de interligação da RNT. em 2011 se ter operado uma renovação e
ampliação do sistema de monitorização da
O plano de monitorização da REN para 2011 RNT, que incluiu a substituição do sistema
contemplava a realização de medições, utilizando: central e equipamentos fixos locais de recolha
de informação, bem como a extensão a mais
• Equipamento fixo (em 26 instalações), com 14 instalações da recolha de informação em
medição das características da onda de regime permanente (equipamento fixo). Tal
tensão durante as 52 semanas do ano; facto originou um número mais elevado de
anomalias, que originaram que o período útil
• Equipamento móvel, com períodos de de medição fosse inferior às 52 semanas e 4
medição da onda de tensão de 4 semanas, semanas, respetivamente, em equipamentos
utilizando 12 unidades de aquisição fixos e móveis.
instaladas rotativamente em diferentes
pontos de rede.

PRINCIPAIS As medições efetuadas, cujos principais são, genericamente, observados os valores


RESULTADOS resultados são resumidos a seguir e
apresentados qualitativamente no Quadro 1 do
de referência adotados para os parâmetros da
qualidade da onda de tensão pelo RQS.
DAS MEDIÇÕES anexo 3, mostram que nas instalações da REN
EFETUADAS EM 2011
23
RELATÓRIO DE QUALIDADE QUALIDADE DA ONDA DE TENSÃO
DE SERVIÇO 2011

DISTORÇÃO HARMÓNICA
Relativamente à 5ª harmónica, o RQS estabelece os limites de 3,0% na Muito Alta Tensão
(MAT) e 4,5% na Alta Tensão (AT).
As harmónicas que apresentam maior amplitude são, por ordem decrescente de importância,
a 5ª, a 7ª e a 3ª. No Quadro 1 do anexo 3 estão indicados os nós de rede sujeitos a monitorização,
bem como os resultados das medições da 5ª harmónica.

Os limites regulamentares foram ultrapassados nos pontos de entrega de Tunes, Sines, Quinta
do Anjo, Pereiros, Carregado e Porto Alto, onde foram registadas algumas harmónicas de alta
frequência (ordem superior à 21ª harmónica).

TREMULAÇÃO (FLICKER)
Os índices de severidade de tremulação de curta duração (Pst) e de longa duração (Plt)
devem ser inferiores a 1.
Os valores medidos da tremulação de curta duração (Pst) e de longa duração (Plt) são
relativamente moderados variando, geralmente, entre 20% e 80% do valor limite de referência
(Pst = Plt =1).

Os limites regulamentares foram apenas ultrapassados nos pontos de entrega de Alto de Mira
e Estarreja.

DESEQUILÍBRIO DE FASES
Num período de uma semana, 95% dos valores eficazes médios de dez minutos da
componente inversa das tensões não devem ultrapassar 2% da correspondente componente
direta.
Nas medições efetuadas não foi detetado valores de desequilíbrio do sistema trifásico de tensões
acima do valor limite.

VALOR EFICAZ DA TENSÃO


Num período de uma semana, 95% dos valores eficazes médios de dez minutos da tensão
de alimentação devem estar compreendidos no intervalo de ± 5% da tensão declarada, sem
ultrapassar a tensão máxima de serviço das respetivas redes.
O limite admissível de variação do valor eficaz da tensão em relação aos valores de tensão
declarada, acordados com a EDP Distribuição, foi excedido, num período de uma semana,
nas subestações de Estremoz e Batalha.

FREQUÊNCIA
O RQS permite variações compreendidas num intervalo de ±1% da frequência
fundamental (50 Hz).
Os desvios registados foram inferiores a 0,1%.

CAVAS DE TENSÃO
O RQS estabelece os procedimentos para a sua monitorização mas não especifica
limites a respeitar.
Durante as medições em permanência foram efetuadas medições de cavas de tensão nos 60 kV
das subestações de Alto de Mira, Estarreja, Estói, Lavos, Pereiros, Riba de Ave, Rio Maior, Recarei,
Tunes, Vila Chã e Valdigem, nos 150 kV, de Palmela e Vermoim, cujos resultados se apresentam
nos gráficos seguintes. A totalidade destas cavas de tensão é representada com uma agregação
temporal de 1 minuto.

A maioria das cavas apresenta uma duração inferior a 250 milisegundos e um afundamento
do valor eficaz da tensão até 30%, valores considerados globalmente aceitáveis.

24
RELATÓRIO DE QUALIDADE QUALIDADE DA ONDA DE TENSÃO
DE SERVIÇO 2011

CAVAS DE TENSÃO NA RNT (PdEs A 60 kV)

300

250

200

150

100

50

0
Número de cavas

10...<20%
20...<30%
30...<40%
40...<50%
50...<60%
60...<70%
70...<80%
80...<90%
90...<99%
0.01< t <= 0.1

0.1< t <= 0.25

0.25< t <= 0.5

0.5< t <= 1

1< t <= 3

3< t <= 20

20< t <= 60

60< t <= 180


Profundidade da cava (% de Ud)

Duração (segundos)

CAVAS DE TENSÃO NA RNT (MEDIÇÕES EFETUADAS EM PONTOS


DE REDE PRÓXIMOS DOS PdEs A 150 kV)

30

25

20

15

10

0
Número de cavas

10...<20%
20...<30%
30...<40%
40...<50%
50...<60%
60...<70%
70...<80%
80...<90%
90...<99%
0.01< t <= 0.1

0.1< t <= 0.25

0.25< t <= 0.5

0.5< t <= 1

1< t <= 3

3< t <= 20

20< t <= 60

60< t <= 180

Profundidade da cava (% de Ud)

Duração (segundos)

EVOLUÇÃO Com base nos dados obtidos pelo sistema De um modo geral, da análise efetuada,
de monitorização da qualidade da onda de pode-se concluir que os níveis médios das
DA QUALIDADE tensão, é possível fazer uma análise, ainda que perturbações são relativamente baixos em
DA ONDA DE simplificada, da evolução desses indicadores relação aos valores de referência do RQS, o
TENSÃO nos pontos de entrega da RNT, bem como nos
pontos internos daquela rede.
que é um reflexo duma boa qualidade da onda
de tensão nos diversos pontos da rede e, em
particular, nos que são pontos de entrega.

25
RELATÓRIO DE QUALIDADE QUALIDADE DA ONDA DE TENSÃO
DE SERVIÇO 2011

No que respeita à severidade de tremulação de clientes MAT alimentados por aquelas


(flicker), apenas Ermesinde (60 e 150 kV), Vermoim subestações. No caso de Alqueva (400
(150 kV) e, mais recentemente, Carregado (60 e e 60 kV), os níveis de tremulação (flicker)
220 kV) e Alqueva (400kV e 60 kV), são afetados registados têm origem na linha de interligação
por perturbações de caráter permanente, com com Espanha a 400 kV (Alqueva – Brovales).
valores que de uma forma geral ultrapassam os
limites de referência regulamentares. No gráfico seguinte, apresenta-se a evolução
dos valores da tremulação (flicker) de curta
Os níveis da tremulação (flicker) registados em duração, nos pontos de entrega (60 kV) que
Ermesinde (60 e 150 kV), Vermoim (150 kV) e excedem o limite máximo ou se encontram
Carregado (60 e 220 kV), deveram-se à injeção próximo deste, no período de 2002 a 2011.
dessa perturbação pelas instalações industriais

O PdE Carregado (SCG), cuja PONTOS DE ENTREGA (60 kV) COM TREMULAÇÃO (FLICKER) MAIS ELEVADOS
origem do flicker está num
cliente MAT alimentado a 220 1,6
kV, apresenta uma tendência
de ligeiro crescimento, 1,4
embora o valor registado
em 2011, tenha sido inferior ao 1,2
de 2010 e abaixo do limite de
referência. 1,0

Nota 1: Alqueva (SAV) só 0,8


Pst

foi considerado PdE em


dezembro de 2007. 0,6

Nota 2: Em 2011 não se 0,4


efetuaram medidas nas
subestações 0,2
de Ermesinde (SED)
e Alqueva (SAV). 0,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

SED SAV SCG


VALOR LIMITE DE
REFERÊNCIA:
Pst = Plt < 1

As subestações de Ermesinde (SED) e consumidores finais. É de notar que, até à data,


Alqueva (SAV) apenas vão ser objeto de não houve qualquer reclamação com origem
monitorização em 2012, de acordo com plano neste tipo de perturbação.
de monitorização bianual 2011-2012.
No referente à distorção harmónica, a 5ª
O impacto da tremulação (flicker) é muito harmónica é, conforme já referido, a que
localizado, conforme referido anteriormente. No apresenta valores mais significativos na rede,
entanto, a sua evolução tem merecido por parte e tem a sua principal origem nas redes a
da empresa um acompanhamento muito atento, jusante dos pontos de entrega.
de modo a prevenir eventuais perturbações nos

26
RELATÓRIO DE QUALIDADE QUALIDADE DA ONDA DE TENSÃO
DE SERVIÇO 2011

No gráfico seguinte, apresenta-se a evolução pontos de entrega com valores mais elevados
dos valores da 5ª harmónica, referente aos medidos no período de 2002 a 2011.

PONTOS DE ENTREGA (60 kV) COM NÍVEIS DE 5ª HARMÓNICA MAIS ELEVADOS


(%)
Excluindo a situação 6,5
atípica verificada em
6,0
2009 na Subestação de
5,5
Alto de Mira (perturbação
5,0
que apenas afetou
4,5
uma fase), as restantes
4,0
instalações registam
valores inferiores ao limite 3,5

de referência. 3,0
2,5
2,0
1,5
VALOR LIMITE DE 1,0
REFERÊNCIA: 0,5
4,5 %
0,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

STJ SAM SER SET

A maioria dos pontos de entrega com teor Neste âmbito, será também de referir que até
harmónico mais elevado (acima de 2%) localiza- à data não houve qualquer tipo de reclamação
se predominantemente na zona da Grande por parte dos consumidores finais ligados às
Lisboa e península de Setúbal (STJ – subestação redes de distribuição alimentadas por aqueles
de Trajouce, SAM – subestação de Alto de Mira) pontos de entrega da RNT.
e na zona sul do país (SER – subestação de
Évora e SET – subestação de Estói). No quadro seguinte, apresenta-se a síntese
dos pontos de entrega onde se verificaram
Excetuando o caso atípico registado em 2009, incumprimentos dos limites regulamentares das
na subestação de Alto de Mira, os restantes características da onda de tensão no período
pontos de entrega registam valores muito 2007 – 2011.
inferiores ao valor limite de referência, com uma
tendência generalizada de estabilização.

27
RELATÓRIO DE QUALIDADE QUALIDADE DA ONDA DE TENSÃO
DE SERVIÇO 2011

PONTOS DE ENTREGA COM INCUMPRIMENTO DOS LIMITES REGULAMENTARES

PONTO DE NÍVEL DE
ENTREGA TENSÃO (kV) 2007 2008 2009 2010 2011
SUBESTAÇÃO Severidade de Severidade de Severidade de
DE ERMESINDE 60 tremulação tremulação – tremulação a)
("flicker") ("flicker") ("flicker")

SUBESTAÇÃO Amplitude
60 – – – a)
DO TORRÃO de tensão

Distorção
SUBESTAÇÃO
60 harmónica – – – –
DA FALAGUEIRA (5ª harmónica)

Distorção
SUBESTAÇÃO
60 – – – harmónica a)
DE FRADES (6ª harmónica)

Severidade de
tremulação
SUBESTAÇÃO
60 ("flicker") – – – –
DE FERRO Desequilíbrio
de fases

Severidade de Severidade de
SUBESTAÇÃO
60 – – tremulação tremulação a)
DE ALQUEVA ("flicker") ("flicker")

SUBESTAÇÃO
Amplitude
DE FERREIRA 60 – – – –
de tensão
DO ALENTEJO

SUBESTAÇÃO Distorção
harmónica
DE MACEDO DE 60 – – – –
(ordem superior à
CAVALEIROS 21ª harmónica)

Distorção
SUBESTAÇÃO harmónica
60 – – – a)
DE POMBAL (ordem superior à
21ª harmónica)

Distorção Distorção Distorção


SUBESTAÇÃO harmónica harmónica harmónica
60 – –
DE TUNES (ordem superior à (ordem superior à (ordem superior à
21ª harmónica) 21ª harmónica) 21ª harmónica)

Severidade de
SUBESTAÇÃO
60 – – – – tremulação
DE ESTARREJA (" flicker")

SUBESTAÇÃO Amplitude
60 – – – –
DE BATALHA de tensão

SUBESTAÇÃO Amplitude de
60 – – – –
DE ESTREMOZ tensão

28
RELATÓRIO DE QUALIDADE QUALIDADE DA ONDA DE TENSÃO
DE SERVIÇO 2011

(CONTINUAÇÃO) PONTOS DE ENTREGA COM INCUMPRIMENTO DOS LIMITES REGULAMENTARES

PONTO DE NÍVEL DE
ENTREGA TENSÃO (kV) 2007 2008 2009 2010 2011
Distorção
SUBESTAÇÃO harmónica
60 – – – a)
DE TRAFARIA (ordem superior à
21ª harmónica)

Distorção Distorção
SUBESTAÇÃO harmónica harmónica
60 – – –
DE PORTO ALTO (ordem superior à (ordem superior
21ª harmónica) à 21ª harmónica)

Distorção Distorção Severidade de


SUBESTAÇÃO harmónica harmónica tremulação
60 – –
DE ALTO DE MIRA (3ª harmónica) (3ª harmónica) (" flicker") –
numa fase

Distorção
SUBESTAÇÃO harmónica
60 – – – –
DE SACAVÉM (ordem superior à
21ª harmónica

Distorção
Severidade de
SUBESTAÇÃO harmónica
60 – – – tremulação
DE CARREGADO (ordem superior
("flicker")
à 21ª harmónica)

Distorção Distorção
SUBESTAÇÃO harmónica harmónica
60 – – a)
DE CARVOEIRA (ordem superior à (ordem superior à
21ª harmónica) 21ª harmónica)

Distorção
SUBESTAÇÃO harmónica
60 – – – –
DE PEREIROS (ordem superior à
21ª harmónica)

Distorção Distorção Distorção Distorção


SUBESTAÇÃO harmónica harmónica harmónica harmónica
60 –
DE SINES (ordem superior à (ordem superior à (ordem superior à (ordem superior
21ª harmónica) 21ª harmónica) 21ª harmónica) à 21ª harmónica)

Distorção
QUINTA harmónica
150 – – – –
DO ANJO (ordem superior
à 21ª harmónica)

a) Instalações a monitorar em 2012, de acordo com o plano de monitorização bianual 2011 – 2012

29
RELATÓRIO DE QUALIDADE QUALIDADE DA ONDA DE TENSÃO
DE SERVIÇO 2011

CARACTERIZAÇÃO Tendo por base a informação recolhida no triénio A metodologia seguida foi baseada numa
2008 a 2010, solicitou-se à LABELEC – Estudos, classificação iniciada na Holanda pelos operadores
DA QUALIDADE DA Desenvolvimento e Atividades Laboratoriais, de distribuição local, que se inspiraram no tipo de
ONDA DE TENSÃO S.A. a realização de um primeiro estudo, que se classificação habitualmente utilizada para catalogar
pretende vir a atualizar todos os anos, referente a eficiência energética de eletrodomésticos, com a
(2008-2010) à caracterização da QOT nas instalações que qual a maioria dos consumidores está familiarizada.
foram objeto de monitorização naquele período.

+1,00 Vrms Pst Harm CATEGORIA


+0,66 A Muito alta qualidade

+0,33 B Alta qualidade

0 C Qualidade normal

-0,33 D Baixa qualidade

-0,66 E Muito baixa qualidade

-1,00 F Extremamente baixa qualidade

Nas quatro figuras seguintes, correspondentes disso, terem registado nas monitorizações
aos quatro níveis de tensão (60 kV,150 kV, 220 kV efetuadas, valores significativos face àqueles
e 400 kV), apresenta-se a avaliação global limites (valor eficaz da tensão, flicker e
das instalações da RNT, tendo por base a harmónicas). Para o desequilíbrio das tensões
classificação mais desfavorável obtida por cada e para a frequência, a mesma análise podia ser
uma das características avaliadas. Em cada realizada, mas, no caso da RNT, os desvios
característica foi considerado o pior valor da registados são pouco significativos face aos
semana representativa de cada característica. limites regulamentares e, por isso, não foram
Foram apenas consideradas as características considerados.
de tensão que têm limites normativos e além

30
RELATÓRIO DE QUALIDADE QUALIDADE DA ONDA DE TENSÃO
DE SERVIÇO 2011

AVALIAÇÃO
TENDO EM CONSIDERAÇÃO A
CLASSIFICAÇÃO MAIS DESFAVORÁVEL
DE CADA CARACTERÍSTICA

Barramentos de 60 kV Barramentos de 150 kV

31
RELATÓRIO DE QUALIDADE QUALIDADE DA ONDA DE TENSÃO
DE SERVIÇO 2011

AVALIAÇÃO (CONTINUAÇÃO)
TENDO EM CONSIDERAÇÃO A
CLASSIFICAÇÃO MAIS DESFAVORÁVEL
DE CADA CARACTERÍSTICA

Barramentos de 220 kV Barramentos de 400 kV

32
RELATÓRIO DE QUALIDADE DISPONIBILIDADE
DE SERVIÇO 2011

03
DISPONIBILIDADE

TAXA COMBINADA
DE DISPONIBILIDADE

98,06%

33
RELATÓRIO DE QUALIDADE DISPONIBILIDADE
DE SERVIÇO 2011

DISPONIBILIDADE

A TAXA COMBINADA DE DISPONIBILIDADE


REGISTOU NOVO MÁXIMO HISTÓRICO (98,06%)
acima do nível de indiferença fixado pela entidade reguladora (97,5%).

No quadro regulatório em vigor e com o dois principais elementos da RNT, os circuitos


objetivo de promover a fiabilidade da rede de Linha, que englobam as linhas aéreas
de transporte, a Entidade Reguladora do e subterrâneas, e os Transformadores de
Setor Energético (ERSE) introduziu um Potência, que englobam os transformadores
novo mecanismo de incentivo ao aumento de entrega à rede de distribuição e os
da disponibilidade dos elementos da Rede autotransformadores, incluindo-se em ambos
Nacional de Transporte (RNT), enquanto fator os casos as indisponibilidades dos painéis
determinante para a qualidade de serviço associados a cada elemento de rede.
associada ao desempenho da RNT. Assim,
a REN, na sua qualidade de operador da Em 2011 a Taxa Combinada de Disponibilidade
rede de transporte de eletricidade, passou a foi de 98,06%, valor superior ao verificado em
reportar periodicamente àquela entidade as 2010 (97,78%), e melhor valor de sempre.
indisponibilidades ocorridas, bem como a sua
duração e o elemento em causa. O valor deste indicador determina a atribuição
de um incentivo ou de uma penalidade
O mecanismo de incentivo ao aumento da económica para a REN, conforme se situe
disponibilidade incide sobre o indicador acima ou abaixo do nível de indiferença que foi
designado por Taxa Combinada de fixado em 97,5%.
Disponibilidade. Este indicador conjuga os

INCENTIVO AO AUMENTO DA DISPONIBILIDADE

Incentivo
Max.

2011 (98,06%)

0
96,5% 97,0% 97,5% 98,0% 98,5% 99,0%

Penalidade
Max.
Tcd

MECANISMO DE INCENTIVO AO AUMENTO DA DISPONIBILIDADE

34
RELATÓRIO DE QUALIDADE DISPONIBILIDADE
DE SERVIÇO 2011

A maioria das indisponibilidades são do tipo A figura seguinte apresenta a evolução anual
planeado e, por isso, sem consequências deste indicador desde que se iniciou o seu
gravosas para a exploração da rede, estando cálculo, em 2008. A evolução positiva registada
também, maioritariamente, associadas pelo indicador, é indicativa de uma continua
a trabalhos relacionados com novos e progressiva melhoria da coordenação e
investimentos na rede, reforço de capacidade programação dos trabalhos efetuados
das linhas e programas de remodelação de
instalações mais antigas.

TAXA COMBINADA DE DISPONIBILIDADE

100%

99%

98%

97%

96%

95%
2008 2009 2010 2011

VALOR DE REFERÊNCIA ERSE

35
RELATÓRIO DE QUALIDADE RELACIONAMENTO COMERCIAL. AUDITORIAS
DE SERVIÇO 2011

04
RELACIONAMENTO
COMERCIAL.
AUDITORIAS

EM 2001 OCORREU UMA


RECLAMAÇÃO DE NATUREZA
TÉCNICA QUE, APÓS APRECIAÇÃO,
FOI CONSIDERADA SEM
FUNDAMENTO, POR NÃO HAVER
INCOMPRIMENTO DE REGULAMENTO
DA QUALIDADE DE SERVIÇO.

36
RELATÓRIO DE QUALIDADE RELACIONAMENTO COMERCIAL. AUDITORIAS
DE SERVIÇO 2011

RELACIONAMENTO COMERCIAL.
AUDITORIAS

O NÍVEL DE DESEMPENHO DA RNT NA ÓTICA


DA CONTINUIDADE DE SERVIÇO E DA QUALIDADE
DA ONDA DE TENSÃO
tem-se refletido no reduzido número de reclamações recebidas.
Em 2011 ocorreu uma reclamação de cariz técnico.

RELACIONAMENTO A boa qualidade da onda de tensão tem-se


refletido no reduzido número de reclamações
na sequência da publicação do Decreto-Lei
n.º 23/2010, de 25 de março, alterado
COMERCIAL. de consumidores. Em 2011 houve uma pela Lei n.º 19/2010, de 23 de agosto, que
RECLAMAÇÕES reclamação de natureza técnica, por estabelecem o regime jurídico e remuneratório
interrupção da tensão de alimentação (ver aplicável à energia elétrica e mecânica e de
Quadro 2 do anexo 3), que mereceu a melhor calor útil produzidos em cogeração;
atenção por parte da REN. Após análise
interna concluiu-se que a reclamação não tinha • Produtores em Regime Especial, no âmbito,
fundamento, por não haver incumprimento quer do acordo de ligação à RNT, quer da
do RQS, dando-se conhecimento por escrito gestão da entrega e receção de energia
desse facto à entidade reclamante. reativa à Rede Nacional de Transporte,
em respeito pela publicação do novo
No ano de 2011, a exemplo do já registado em Regulamento da Rede de Transporte, através
2010, verificou-se um significativo alargamento da Portaria n.º 596/2010, de 30 de julho;
das obrigações de relacionamento comercial e
contratual da REN, em resultado da publicação • Clientes interruptíveis, no âmbito da
de nova legislação e regulamentação. contratualização dos serviços de sistema de
gestão ativa dos consumos, na sequência da
Em consequência, o universo deste publicação das Portaria n.º 592/2010, de
relacionamento estendeu-se e desenvolveu- 29 de julho, complementada pelas Portarias
se a vários agentes do setor elétrico que n.º 1308/2010 e n.º 1309/2010, ambas de
estavam fora da esfera comercial da REN, 23 de dezembro.
nomeadamente os seguintes:
Durante o ano de 2011, face ao crescente
• Cogeradores, no âmbito da criação pela REN, número de entidades externas, verificaram-se
da Entidade Emissora de Garantias de Origem, cerca de 248 solicitações por parte destas.

AUDITORIAS O Regulamento da Qualidade de Serviço


(RQS) prevê que a REN, de dois em dois anos,
de elementos da ERSE, decorreu nos passados
meses de novembro e dezembro a respetiva
promova a realização de uma auditoria interna, auditoria, realizada pelo Instituto de Soldadura
por uma entidade independente, aos seus e Qualidade (ISQ).
sistemas e procedimentos de recolha e registo
de informação sobre a qualidade de serviço e Nesta auditoria e conforme consta no respetivo
às metodologias e critérios utilizados no cálculo relatório, de que foi enviada uma cópia à ERSE,
dos indicadores de qualidade de serviço. não foi detetada qualquer situação de não
conformidade constatando-se o cumprimento
Tendo em vista a introdução de nova generalizado do regulamento de referência.
abordagem na realização destas auditorias, a Foram, no entanto, referenciados um conjunto
ERSE propôs à REN o adiamento para 2011 da de 11 observações, que irão ser consideradas
auditoria prevista realizar em outubro de 2010. nos processos de melhoria internos.

Nesta conformidade e já com os novos moldes,


que incluiu o acompanhamento e participação
37
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

05
COMPORTAMENTO
DA REDE E DOS
SEUS EQUIPAMENTOS

LINHAS
NÚMERO
DE DEFEITOS POR
100 km DE CIRCUITO

2,81
T. POTÊNCIA
TAXA MÉDIA DE FALHAS
COM RETIRADA IMEDIATA
DE SERVIÇO

0,0265
DISJUNTORES
TAXA MÉDIA DE FALHAS
MAIORES

0,0069
SISTEMAS DE PROTEÇÃO
TEMPO DE ACTUAÇÃO SEGURANÇA DEPENDABILIDADE
(PROBABILIDADE
ACUMULADA) <= 150 MS 95,3% 97,0% 99,2%
S.COMANDO E CONTROLO
EFICÁCIA DE REPOSIÇÃO
PELO OPERADOR AUTO­M Á­
TICO DAS SUBESTAÇÕES

96,1%
EFICÁCIA DE REPOSIÇÃO
POR TELECOMANDO

100,0%
38
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

COMPORTAMENTO
DA REDE DE
TRANSPORTE E DOS
SEUS EQUIPAMENTOS
E SISTEMAS

EM 2011, A FIABILIDADE DAS INSTALAÇÕES,


EQUIPAMENTOS E SISTEMAS PODE
CONSIDERAR-SE BOA,
apesar do número de incidentes ter registado um ligeiro aumento (0,7%)
face a 2010.
A maioria dos indicadores de desempenho registou valores melhores que
em 2010, tendo alguns deles obtido os melhores valores de sempre.
Globalmente, o comportamento da RNT pode considerar-se
muito positivo.

INCIDENTES Em 2011 ocorreram 275 incidentes com


impacto na Rede Eléctrica Nacional, mais
origem na Rede de Muito Alta Tensão (MAT),
14 na Rede de Alta Tensão (AT) da REN e 24
2 do que em 2010, dos quais 237 tiveram em outras redes.

REDE AT REDES EXTERNAS À REN

COM SEM COM COM TOTAL


REDE MAT REPERCUSSÃO REPERCUSSÃO REPERCUSSÃO REPERCUSSÃO
MAT MAT MAT AT-ENF
237 3 11 24 0 275

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INCIDENTES

350

300

250
N.º de Incidentes

200

150

100

50

0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

REDE MAT REDE AT REDES EXTERNAS À REN

39
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

Do total de incidentes, apenas 8, (interrupções curtas), a que corresponde 0,9


correspondente a 2,9%, tiveram impacto no MWh de energia não fornecida:
abastecimento de energia elétrica aos clientes,
tendo, 3 deles, provocado 3 interrupções com • 23 de janeiro de 2011, devido a vento forte
duração superior a 3 minutos (interrupções que originou defeito monofásico (8,T) deu-se
longas), uma das quais classificada como o disparo da linha Vila Pouca de Aguiar –
força maior e, por isso, não contabilizada Valdigem. Consequentemente, e devido a
nos indicadores de continuidade de serviço, elevada produção eólica ligada a Vila Pouca
conforme estabelece o RQS. O conjunto de Aguiar, disparou por sobrecarga, a linha
das 3 interrupções originou uma energia não da EDP Distribuição Vidago – Chaves que
fornecida (ENF) no valor de 32,2 MWh. levou ao colapso de tensão em Vila Pouca de
Aguiar e à consequente ENF de 0,3 MWh;
Tendo em consideração a potência
disponibilizada nos diversos pontos de entrega • 25 de fevereiro de 2011, devido a
da RNT, a REN classifica como “incidente grave” descarga atmosférica que originou defeitos
todo aquele de que resulte uma energia não simultâneos nas linhas Pereiros – Tábua1/
fornecida de valor igual ou superior a 10 MWh. Mortágua e Aguieira – Pereiros2/Mortágua
interrompeu-se a ligação à REFER da qual
Em 2011 ocorreram 2 incidentes com ENF não resultou qualquer ENF.
superior a 10 MWh, correspondendo a 79,5%
da energia não fornecida nas interrupções com • 23 de março de 2011, na sequência de
duração superior a 3 minutos: disparo seguido de religação e de disparo
definitivo da linha Vila Pouca de Aguiar
• 18 de maio de 2011, na subestação de – Valdigem, abriram por interabertura,
Oleiros, o painel Oleiros/Dume foi sede indevidamente, as linhas Salgueiro – V.
de defeito bifásico com terra (4,8,T), com Pouca de Aguiar/Negrelo/Alto da Coutada
origem em descarga atmosférica, que e Vila Pouca de Aguiar – Serra do Alvão
não foi eliminado pelas proteções do donde resultou o disparo da produção
painel, devido ao disparo do circuito de eólica e a ENF de 0,2 MWh;
alimentação continua ao painel, por defeito
ocorrido, no mesmo painel, 500 ms antes. • 23 de julho de 2011, na subestação
O defeito teve de ser eliminado pelo disparo da Carvoeira, disparo de barras 2 de
geral dos 60 kV donde resultou a energia 60 kV, na sequência de um defeito
não fornecida de 12,9 MWh; monofásico causado por uma ave no
carrinho do disjuntor extraível de 60 kV
• 21 de outubro de 2011, na subestação de do transformador de 220/60 kV. Deste
Fanhões, durante trabalhos de despoluição, incidente resultou a ENF de 0,3 MWh;
deu-se o contornamento do isolador de
apoio de barras 2 (400 kV), dando origem • 9 de novembro de 2011,devido a defeito
a um defeito monofásico (0,T), que embora monofásico (4,T) com origem em descarga
eliminado em cerca de 50ms, retirou de atmosférica a linha Palmela – Fernão
serviço o TR3 400/60 kV, donde resultou Ferro4/Seixal/Lusosider disparou nos dois
a energia não fornecida de 12,7 MWh. extremos mas, por falha de teleproteção,
as aberturas foram assíncronas, levando
A outra interrupção com duração superior a ao disparo definitivo em Fernão Ferro e à
3 minutos, classificada de fortuita ou de força consequente interrupção no fornecimento
maior, conforme estabelece o RQS, ocorreu em de energia aos clientes Seixal e Lusosider.
26 de fevereiro de 2011, na subestação de Só a interrupção ao cliente Lusosider é que
Chafariz. Quando a instalação era alvo de furto deu lugar a ENF no valor de 0,1 MWh.
foi originado um curto-circuito trifásico com
terra em barras 2 de 60 kV, levando ao disparo Todos estes incidentes, bem como outros, que
deste setor, donde resultou uma energia não embora sem ENF, se revestiram de alguma
fornecida de 6,6 MWh. gravidade para a rede, foram objeto de análise
por parte do designado Grupo de Análise
Além dos referidos incidentes, houve mais de Incidentes. Este Grupo, constituído por
5 que tiveram impacto no abastecimento especialistas internos em diversos domínios,
de energia elétrica aos clientes mas analisa as causas dos incidentes, com base
com interrupções inferiores a 3 minutos no que elabora diversas recomendações,

40
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

abrangendo as diversas áreas técnicas da empresa, permitindo com isso implementar medidas
pontuais ou de fundo que se têm refletido positivamente na Qualidade de Serviço.

INCIDENTES COM Embora a REN contabilize e registe a totalidade Em 2011 este conjunto de incidentes
dos incidentes que afetam as suas redes, totalizou 264 (mais 8,6% que em 2010), cuja
REPERCUSSÃO MAT e AT, merecem-lhe particular atenção o distribuição, consoante a origem, é indicada
NA RNT conjunto de incidentes que afetam, direta ou no gráfico abaixo.
indiretamente, a RNT (equipamentos MAT
de tensão nominal superior a 110 kV).

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA ORIGEM DOS INCIDENTES


COM REPERCUSSÃO NA RNT
24 (9,1%)
3 (1,1%) RNT

237 (89,8%)
REDES EXTERNAS À REN

REDE AT DA REN

A distribuição dos incidentes por elemento de onde se indicam as entidades proprietárias das
rede e causas é apresentada nos dois gráficos redes externas).
seguintes (ver, também, Quadro 2 do anexo 5,

ORIGEM DOS INCIDENTES COM REPERCUSSÃO NA RNT

Como é habitual, a
90 100
maioria dos incidentes
com origem nos sistemas 80 90
da RNT afetou as linhas 80
(84,8% dos incidentes 70
N.º de Incidentes

com repercussão na 60
70

RNT). 60
F(%)

50
Dos incidentes com 50
origem externa à RNT 40
40
(27), 88,9% ocorreram 30
em redes não 30

concessionadas 20 20
à REN.
10 10

0 0
L400 L220 L150 TRF+ATR BARR EXTERIOR
RNT
SISTEMA PRIMÁRIO DA RNT SISTEMAS AUXILIARES DA RNT SISTEMAS EXTERIORES À RNT
F(%) - FREQUÊNCIA ACUMULADA

41
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

CAUSA DOS INCIDENTES COM REPERCUSSÃO NA RNT

110
Os fatores atmosféricos
100
e as aves continuam a ser
as principais causas de 90

incidentes na rede. 80
N.º de Incidentes

Relativamente a 2010, 70

o número de incidentes 60
com origem em aves 50
e fatores atmosféricos
40
aumentou cerca de 11% e
8%, respetivamente. 30

20

10

0
Fatores Aves Incêndios Def. de Desconh. Erros Hum. Outras Exterior à
atmosféricos Equip./ Diretos RNT
Sistemas

L150 - LINHAS A 150 kV L220 - LINHAS A 220 kV L400 - LINHAS A 400 kV ATR + TRF - TRANSF. E AUTO-TRANSF.
BARR - BARRAMENTOS EXTERIOR À RNT

Informação mais detalhada referente à origem, causa e gravidade dos incidentes, poderá ser
consultada nos Quadros 3, 4 e 5 do anexo 5.

LINHAS INCIDENTES COM ORIGEM


EM LINHAS
descargas atmosféricas, poluição, etc.),
principais causadores de incidentes na rede.
As linhas aéreas, pela sua dispersão geográfica
e pelas características tão díspares dos Em 2011 registaram-se 224 incidentes nas
terrenos onde estão implantadas, estão mais linhas (mais 14,9% do que em 2010), afetando
sujeitas, como é natural, à ação dos agentes os diversos níveis de tensão (ver gráfico
externos meio-ambientais (incêndios, aves, seguinte com a distribuição percentual).

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS INCIDENTES EM LINHAS


POR NÍVEL DE TENSÃO EM 2011

35,3%
400 kV

220 kV

150 kV

28,1%

36,6%

42
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

Os principais grupos de causas dos incidentes atmosféricas, 0,5% a vento e 0,9% a nevoeiro/
em linhas foram a ação atmosférica – neblina) e a ação ambiental – 36,6% (sendo
46,9% (sendo 45,5% devido a descargas 30,4% devido a aves e 6,2% a incêndios).

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS CAUSAS DOS INCIDENTES


EM LINHAS EM 2011
0,5%
0,9% AÇÃO ATMOSFÉRICA:
DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
30,4%
AÇÃO AMBIENTAL: AVES

OUTRAS CAUSAS

AÇÃO AMBIENTAL: INCÊNDIOS

6,2% AÇÃO ATMOSFÉRICA: NEVOEIRO,


NEBLINA OU POLUIÇÃO -0,9%
VENTO 0,5%
16,5%

45,5%

De assinalar, comparativamente com o ano anterior, o aumento significativo do número de


incidentes causados por descargas a atmosféricas e aves (cegonhas).

NÚMERO DE INCÊNDIOS, ÁREA ARDIDA E NÚMERO DE DEFEITOS


EM LINHAS DA RNT DEVIDO A INCÊNDIOS
40 450
426
36
35 400

Em 2011 mantém-se a
Área ardida (1000ha); N.º defeitos RNT
339 350
30
tendência, já evidenciada 27 26 26 25
em 2009 e 2010, de 300
N.º Incêndios (Milhares)

25
divergência entre o nº de 20
22 20 250
incêndios e área ardida e 20 22
o nº de defeitos nas linhas 200
da RNT. 15 149 17
132 133 150

10 125 130
97 100
58 76
70
5 38 33 50
18 19 16
28 3 2 15
0 0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

INCÊNDIOS ÁREA ARDIDA (1000ha) DEFEITOS NA RNT

Fonte: Autoridade Florestal Nacional

43
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

INTERRUPÇÕES quais 91 (99 em 2010) tiveram um tempo


PERMANECENTES de interrupção igual ou superior a 1 minuto
(interrupções permanecentes). A este conjunto
Em consequência dos incidentes com de interrupções permanecentes, correspondeu
origem em linhas, referidos anteriormente, um tempo total de interrupção de 468 horas
registaram-se 287 interrupções fortuitas (261 (642 horas em 2010). Para mais informação
em 2010) nos diversos circuitos de rede, das consultar o Quadro 7 do anexo 5.

NÚMERO DE INTERRUPÇÕES PERMANECENTES (> 1 MINUTO)

250

O valor registado em 2011 200

foi ligeiramente inferior


ao verificado em 2010
150
(-8%) e significativamente
inferior à média dos Média
últimos 10 anos. 100

50

0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

DURAÇÃO DAS INTERRUPÇÕES PERMANECENTES (HORAS)

700
O tempo total
das interrupções
600
permanecentes registou
uma descida significativa
500
face a 2010 ficando, no
entanto, acima da média
400
dos últimos 10 anos,
consequência, sobretudo, Média
300
do defeito verificado
numa junção do cabo
200
subterrâneo Alto Mira –
Zambujal 2.
100

0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

O gráfico da figura seguinte ilustra o por 100 quilómetros de circuito. No cálculo


DEFEITO ELÉTRICO: desempenho da rede nos últimos anos, do indicador, e em cada incidente, os defeitos
qualquer anomalia no por nível de tensão, através do número de no mesmo elemento de rede são agregados
sistema de potência defeitos registados com origem nas linhas temporalmente em períodos de 10 minutos.
resultante de uma
perda de isolamento
que requeira a abertura
automática de disjuntores.

44
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE DEFEITOS COM ORIGEM EM LINHAS


AÉREAS DA RNT POR 100 km DE CIRCUITO
8,0
7,2
O número de defeitos 7,2
7,0
por 100 km de circuito
6,6
Nº de defeitos por 100 km de circuito

aumentou 13% 6,2


6,0 5,5
relativamente ao ano 5,2
5,3 5,0
anterior, sobretudo devido 5,0
a descargas atmosféricas 4,8 4,5
e às aves (cegonhas). O 4,0
3,7
4,1 3,4
índice global da rede MAT 3,0 3,3 2,9
3,3

obtido em 2011 foi de 2,8, 2,7 2,8


3,0 2,5 2,7 2,6
2,3 2,2 2,6
mais 2 décimas do que 2,5
2,8
2,0 2,0 2,4
2,6 2,6
2,4
em 2010. 2,0 2,1
2,0 2,1 2,0
1,4
1,5
1,0 1,3

0,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

L 400kV L 220kV L 150kV ÍNDICE GLOBAL REDE DE MAT

No gráfico seguinte apresenta-se o mesmo indicador distribuído por causas.

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE DEFEITOS COM ORIGEM EM LINHAS


O ano de 2011 foi DA RNT POR 100 km DE CIRCUITO (DISTRIBUIÇÃO POR CAUSAS)
particularmente adverso no 2,50
que respeita a descargas
Nº de defeitos em linhas aéreas por 100 km de circuito

2,2
atmosféricas, tendo o valor
anual atingido o limiar 2,0
2,00
máximo recomendável para
1,7
uma rede de transporte
(1,5 defeitos / 100 km). 1,5

A empresa está 1,50


40
particularmente atenta a esta 1,3

evolução tendo já iniciado 1,1 1,0


1,0 1,0
1,1 1,0
um acompanhamento dos 1,00 0,9 0,8 0,8
0,9 0,8
circuitos mais problemáticos, 0,8
0,8
0,8
bem como se encontra em 0,7
0,6
0,6 0,5
estudo uma reavaliação 0,50 0,4
0,5 0,5
0,4 0,4 0,4 0,5 0,5
da eventual necessidade 0,3 0,4 0,3 0,2 0,3
0,3
de revisão de critérios de 0,3 0,2 0,3
0,2 0,2 0,1 0,2 0,2
0,2
0,2 0,2 0,1 0,1
coordenação de isolamento 0,1
0,1 0,0
0,2 0,1
0,0 0,0 0,0 0,1
0,0
0,00
das linhas.
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

INCÊNDIOS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS OUTROS CEGONHAS

NEVOEIRO/NEBLINA OU POLUIÇÃO DESCONHECIDOS

O número de defeitos por 100 km de circuito DISPONIBILIDADE


devido a cegonhas verificou também um
agravamento face a 2010 (+71%). Embora se A taxa de disponibilidade média global dos
encontre em análise interna esta evolução circuitos de linha, incluindo os painéis terminais
menos positiva, verifica-se que 27% dos foi de 98,00%, o que representa uma melhoria
defeitos causados por cegonha de 0,51% face a 2010. Considerando apenas
se concentram nas linhas Palmela – Ribatejo as indisponibilidades devidas a falhas e as
(400kV), Palmela – Fanhões (400kV) e Castelo associadas à manutenção programada, o valor
Branco – Ferro 2/Fatela (220kV). Retirando sobe para 99,67%, valor idêntico ao de 2010
estes casos o número de defeitos, (99,62%). Os gráficos seguintes mostram a
reduzir-se-ia para valores próximos dos evolução de ambas as taxas nos últimos anos.
registados em 2010.

45
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

TAXA DE DISPONIBILIDADE MÉDIA GLOBAL


[%]

100,0

A taxa de disponibilidade 99,0


média global, incluindo os
painéis terminais, foi em 2011
de 98,0%.
98,0
No cálculo deste indicador Média
estão incluídas todas as
indisponibilidades com 97,0
exceção das solicitadas por
entidades externas.
96,0

95,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

TAXA DE DISPONIBILIDADE MÉDIA ASSOCIADA À MANUTENÇÃO


[%]

100,0
Média
A taxa de disponibilidade
99,0
média de circuitos de linha
associada a trabalhos
exclusivamente de
98,0
manutenção verificou um
ligeiro aumento face a 2010,
situando-se em 2011 nos
99,67%, constituindo assim o 97,0

valor máximo do período em


análise.
96,0

95,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Informação detalhada sobre o número e duração das indisponibilidades nos circuitos de linha poderá
ser consultada no conjunto de quadros que integram o anexo 4 – Disponibilidade.

SUBESTAÇÕES Em 2011 registaram-se 748 avarias no e outros equipamentos. Nas restantes famílias
conjunto dos equipamentos de alta e de verificaram-se descidas no número de avarias,
muito alta tensão e nos sistemas auxiliares de tendo as mais significativas ocorrido nas
subestações, o que representa um acréscimo baterias de condensadores (-52%) e nos
de 4 % face a 2010. transformadores de medição (-35%).

Ainda em comparação com 2010, registaram-se Os sistemas de comando e controlo, apesar de


ligeiras subidas nos disjuntores, seccionadores apresentarem uma descida de 3%, continuam

46
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

a ser a família de equipamentos com a maior frente, em parágrafo específico, a sua análise,
incidência de avarias (45% do total). Ver mais à bem como de outras famílias de equipamentos.

Nº DE AVARIAS EM EQUIPAMENTOS DE SUBESTAÇÕES

400

360

320

280

240

200

160

120

80

40

0
S. Comando Disjuntores S. Aux. Seccionad. T. Potência T. Medição Outros Baterias
e Controlo Equip. Cond.

2007 2008 2009 2010 2011

Apesar do esforço permanente das equipas de manutenção no controlo e prevenção de qualquer


tipo de anomalia, não foi possível evitar que algumas destas avarias originassem incidentes na
rede. Em 2011 há a registar 19 casos (24 em 2010), atribuídos a deficiências nos equipamentos e
sistemas em serviço nas subestações (Quadro 4 – anexo 5).

TRANSFORMADORES fossem efetuadas com as máquinas


DE POTÊNCIA fora de serviço. Deste conjunto, apenas
5 deram origem a indisponibilidades imediatas.
AVARIAS E TAXAS DE FALHAS Em consequência, as taxas de falhas
Das 44 avarias (menos 4 que em 2010) veri- com indisponibilidade imediata e total foram,
ficadas nos transformadores de potência e/ respetivamente, de 0,0265 e 0,111
ou acessórios, 21 exigiram que as reparações por unidade.

TAXA DE FALHAS EM TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA

0,30

A taxa de falhas sem 0,25


Falhas / Nº Equipamentos

indisponibilidade imediata
registou uma descida
significativa face a 2010 0,20
(-45%). A taxa de falhas
com indisponibilidade 0,15
imediata sofreu um ligeiro
agravamento (+15%). O valor
anual global reduziu-se para 0,10
as 11 falhas por 100 máquinas
(18 em 2010). 0,05

0,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

S/ INDISPONIBILIDADE IMEDIATA C/ INDISPONIBILIDADE IMEDIATA

47
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

Quatro das cinco falhas com indisponibilidade máquinas regressado ao serviço num espaço
imediata foram causadoras de incidente relativamente curto de tempo.
na rede. As máquinas afetadas foram o
transformador 5 (150/60kV; 126 MVA) DISPONIBILIDADE
da subestação de Castelo Branco, o A taxa de disponibilidade total dos
autotransformador 1 (220/150kV; 120 MVA) da transformadores de potência, incluindo os
subestação do Zêzere, o autotransformador respetivos painéis terminais, foi de 98,22%,
desfasador 1 (400/150kV; 450 MVA) da valor ligeiramente inferior ao obtido em 2010
subestação de Pedralva e o transformador (98,66%). A taxa de disponibilidade global por
1 (220/60kV; 120 MVA) da subestação manutenção, que inclui as indisponibilidades
do Carregado. A restante falha ocorreu por falhas e as associadas à manutenção
no transformador 2 (220/60kV; 120 MVA) preventiva, situou-se em 99,54%, valor
da subestação de Pereiros. Em todas as semelhante ao verificado em 2010 (99,50%). A
situações, as avarias ocorreram ao nível dos evolução de ambas as taxas é apresentada nos
acessórios/proteções próprias, tendo as dois gráficos seguintes.

TAXA DE DISPONIBILIDADE MÉDIA GLOBAL


[%]
100,0

A taxa de disponibilidade
99,0
média global de
Média
transformadores de
potência, incluindo
98,0
painéis terminais, foi em
2011 de 98,22%, valor
ligeiramente inferior ao
97,0
verificado em 2010.

96,0

95,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

TAXA DE DISPONIBILIDADE MÉDIA ASSOCIADA À MANUTENÇÃO


[%]
100,0

Média
A taxa de
disponibilidade média 99,0
de transformadores de
potência associada a
trabalhos exclusivamente 98,0
de manutenção foi em
2011 de 99,54 %, o que
constitui o melhor valor 97,0
de sempre.

96,0

95,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Informação detalhada sobre o número e duração das indisponibilidades em transformadores de


potência poderá ser consultada no conjunto de quadros que integram o anexo 4 – Disponibilidade.

48
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

Das 81 avarias (mais 9 que em 2010) ocorridas mais significativa na taxa de falhas maiores
nos disjuntores, 9 foram consideradas falhas (+68,3%). As falhas maiores ocorreram em
maiores, 64 falhas menores e as restantes 8 diversos tipos de disjuntores, de diferentes
do tipo defeito. Em consequência, as taxas níveis de tensão, tendo as falhas ocorrido,
de falhas maiores e menores foram, em 2011, sobretudo, ao nível do comando e acessórios.
respetivamente, 0,0069 e 0,0490 por disjuntor. A empresa está atenta a esta evolução estando
em curso um programa de substituição/
Ambas as taxas de falhas registaram recondicionamento das unidades mais criticas.
agravamentos, tendo-se verificado a variação

TAXA DE FALHAS EM DISJUNTORES

0,25

Em 2011, a taxa de falhas


Falhas / Nº Equipamentos

0,20
global, correspondente
ao conjunto das falhas
maiores e falhas
0,15
menores, foi de 5,6 falhas
por 100 disjuntores, valor
ligeiramente superior ao
0,10
verificado em 2010.

0,05

0,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

FALHAS MENORES FALHAS MAIORES

Das nove falhas maiores apenas três deram óleos localizadas a nível dos macacos e de
origem a incidentes na rede. Do conjunto das diversos componentes dos comandos e 25% a
falhas menores, 39% deveu-se a fugas de fugas de hexafluoreto de enxofre (SF6 ).

TAXA DE FUGAS DE SF6


[%]
0,50

0,40
A taxa de fugas de SF6
registou em 2011 um
ligeiro agravamento
0,30
face a 2010 (+4%), o que
constitui o quarto melhor
valor de sempre. Média
0,20

0,10

0,00
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

49
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

SECCIONADORES, DESCARREGADORES DE SOBRETENSÃO


E TRANSFORMADORES DE MEDIÇÃO
As figuras seguintes mostram a evolução descarregadores de sobretensão e
das taxas de avarias dos seccionadores, transformadores de medição.

TAXA DE AVARIAS EM SECCIONADORES


[%]

O agravamento 0,020

da taxa de avarias
em seccionadores
verificado em 2011 ficou 0,016
a dever-se sobretudo
a avarias de pequena Média
gravidade. Apesar 0,012
deste agravamento
o valor registado é
significativamente inferior 0,008
à média dos últimos
10 anos.
0,004

0,000
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

TAXA DE AVARIAS EM DESCARREGADORES DE SOBRETENSÃO


[%]

0,005

A taxa de avarias neste


0,004
tipo de equipamento
tem vindo a manter ao
longo dos anos valores
0,003
praticamente residuais.
Em 2011 registaram-se
apenas 2 avarias neste
0,002
tipo de equipamento. Média

0,001

0,000
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

50
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

TAXA DE AVARIAS EM TRANSFORMADORES DE MEDIÇÃO


[%]

0,0090
Mantém-se a tendência,
já verificada desde 2009, 0,0080
para uma melhoria
0,0070
do desempenho dos
transformadores de 0,0060
medição. O valor Média
registado em 2011 (-39% 0,0050
que em 2010) situou-se já
0,0040
num patamar inferior
à média dos últimos 0,0030
10 anos.
0,0020

0,0010

0,0000
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

SISTEMAS DE PROTEÇÃO indesejadamente, ou seja, não atuar


intempestivamente ou de forma não seletiva;
PRINCIPAIS INDICADORES
Cada sistema de proteção engloba • Fiabilidade (F) – mede a capacidade
diversas funções de proteção cujo eventual de uma função de proteção não ter falhas
mau funcionamento isolado não implica, de atuação nem atuações não seletivas ou
necessariamente, um comportamento incorreto intempestivas;
do sistema no seu todo.
O desempenho dos sistemas de proteção
No caso concreto do sistema de proteção de uma de cada elemento de rede é avaliado pelos
linha, o seu comportamento é considerado correto indicadores:
se os comportamentos ao nível de cada extremo
forem corretos, independentemente do eventual • Eficácia (E) – mede a capacidade
mau funcionamento de alguma função de proteção. de um sistema de proteção ter um
comportamento correto, isto é, ter uma
O estado operacional das funções de proteção atuação seletiva e rápida;
é avaliado pelos seguintes indicadores:
•T
 empo de Atuação dos Sistemas de
• Dependabilidade (D) – mede a Proteção – probabilidade acumulada dos
probabilidade de uma função de proteção sistemas de proteção atuarem num tempo
não ter uma falha de atuação; igual ou inferior a 150 ms.

• Segurança (S) – mede a capacidade


de uma função de proteção não atuar

2011 2010 2011 2010


DEPENDABILIDADE (%) 99,1 98,2 EFICÁCIA (%) 90,5 91,8
SEGURANÇA (%) 97,0 98,7 ÍNDICE DO TEMPO
95,3 95,0
FIABILIDADE (%) 94,9 93,8 DE ATUAÇÃO (%)

51
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

Nos gráficos seguintes mostra-se a evolução destes indicadores nos últimos anos.

DEPENDABILIDADE DAS FUNÇÕES DE PROTEÇÃO

Em 2011 foram 100%


identificadas 7 falhas
de atuação que não Média
99%
interferiram no bom
funcionamento dos
sistemas de proteção. 98%
O indicador situou-se em
99,1%, valor ligeiramente 97%
acima do valor médio dos
últimos 10 anos.
96%

95%

94%
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

SEGURANÇA DAS FUNÇÕES DE PROTEÇÃO

100%
Das 860 funções de
proteção que atuaram ou
deviam ter atuado, mais 99%
156 do que em 2010, 8
foram intempestivas e 17
98%
com falta de seletividade.
Este indicador obteve
o valor de 97%, que 97%
embora inferior a 2010,é Média
ligeiramente superior
96%
à média dos últimos 10
anos.
95%

94%
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

52
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

FIABILIDADE DAS FUNÇÕES DE PROTEÇÃO

100%

Tal como em 2010 98%


este indicador voltou
a registar uma ligeira
melhoria, passando para 96%
os 94,9%. Este valor é
1,1% superior à média dos
Média
últimos 10 anos. 94%

92%

90%
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

EFICÁCIA DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO

100%
Das 273 atuações dos
sistemas de proteção,
95%
247 foram classificadas
como corretas e 26
como incorretas, mais 90%
7 do que em 2010, a
que corresponde uma Média
85%
eficácia de 90,5%, valor
claramente superior à
média do período em 80%
análise.

75%

70%
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

PROBABILIDADE ACUMULADA DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO


ATUAREM NUM TEMPO IGUAL OU INFERIOR A 150 ms

100%

Há seis anos que este 95%


indicador vem mantendo
uma tendência de subida,
Média
atingindo, em 2011, o 90%
valor de 95,3%, que
corresponde ao melhor
85%
valor histórico de sempre.

80%

75%

70%
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

53
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

ANÁLISE COMPORTAMENTAL referentes ao indicador eficácia dos sistemas


de proteção.
COMPORTAMENTOS INCORRETOS E
CAUSAS. EFICÁCIA DOS SISTEMAS GRAU DE SELETIVIDADE DOS
DE PROTEÇÃO. SISTEMAS DE PROTEÇÃO
Em 2011 houve 260 situações que Das 258 vezes em que as proteções foram
determinaram a atuação dos sistemas de chamadas a atuar para defeitos na RNT, 5
proteção (258 na RNT e 2 na rede de ligação (1,9%) foram não seletivas, isto é, os sistemas
a centros produtores da EDP), das quais, 247 de proteção não promoveram apenas
foram classificadas como corretas e 13 como a abertura dos disjuntores estritamente
incorretas (5,0% do total). necessários à eliminação dessas perturbações.
Refira-se, contudo, que uma das faltas de
Além das 260 atuações referidas seletividade se deveu ao facto da linha se
anteriormente, houve mais 13 atuações que encontrar em regime especial de exploração.
não deviam ter ocorrido e, por isso, foram
consideradas incorretas (7 devido a disparos Além das referidas faltas de seletividade para
intempestivos e 6 por disparos com falta defeitos na RNT, registaram-se mais 6 para
de seletividade, das quais 2 foram devido a defeitos na EDP Distribuição e na REFER, com
defeitos na rede de ligação a 60 kV da EDP repercussão nos três níveis de tensão (400
Distribuição e 4 por defeitos na REFER). kV–1; 220 kV–4; 150 kV-1).

Em 2011, o indicador global da eficácia dos O Quadro 14 (anexo 5) mostra, por nível de
sistemas de proteção foi de 90,5%, tendo tensão, o número de atuações seletivas e não
os três níveis de tensão, 400 kV, 220 kV seletivas dos sistemas de proteção da RNT e
e 150 kV, evidenciado um desempenho os respetivos graus de seletividade.
muito semelhante, 90%, 89,6% e 91,8%,
respetivamente. No gráfico seguinte apresenta-se a evolução
do grau de seletividade ao longo dos últimos
No Quadro 13 (anexo 5), apresentam-se 10 anos.
os resultados, por nível de tensão e global,

GRAU DE SELETIVIDADE DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO


[%]

100

O grau de seletividade 97
dos sistemas de proteção
da RNT em 2011 foi de
95,9%, tendo o nível 94
de tensão de 150 kV
evidenciado o melhor
desempenho (97,9%). 91

88

85
400 kV 220 kV 150 kV RNT

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

54
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

TEMPO MÉDIO DE ATUAÇÃO Este indicador foi fortemente penalizado devido


DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO a 1 defeito muito resistivo em que as proteções
atuaram em 3200 ms, sem este defeito o
Em 2011 o tempo médio de atuação dos indicador passaria para 41,2 ms. Na figura
sistemas de proteção da RNT foi de 53,5 ms, seguinte apresenta-se a sua evolução ao longo
conforme apresentado, por nível de tensão, no dos últimos 10 anos.
Quadro 15 (anexo 5).

TEMPO MÉDIO DE ATUAÇÃO DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO

250

O tempo médio de 200


atuação dos sistemas de
proteção da RNT em 2011
foi de 53,5 ms (-21,8% que 150
em 2010), que constitui
t(ms)

o melhor valor da série


apresentada. 100

50

0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

400 kV 220 kV 150 kV RNT

Merece especial destaque o tempo médio de Na figura abaixo apresenta-se o tempo de


atuação dos sistemas de proteção do nível de atuação dos sistemas de proteção em termos de
tensão de 400 kV que foi de 23 ms. frequência acumulada, por nível de tensão e global.

TEMPO DE ATUAÇÃO DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO (EM FREQUÊNCIA ACUMULADA)

Em 2011 a probabilidade 100


das proteções atuarem
90
num tempo inferior
a 150 ms foi de 95,3 80
%, valor superior à
Frequência acumulada (%)

70
meta estabelecida
internamente (92%). Sem 60
o defeito acima referido
50
este indicador passaria
para 95,7%. 40

30

20

10

0
10

30

50

70

90

110

130

150

250

350

450

1000

2000

3000

400 kV 220 kV 150 kV RNT (2011)

55
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA comportamento destes sistemas na reposição


de serviço após incidente e no número de
O índice de eficácia da religação automática falhas ocorridas.
foi de 92,1%. Apesar dos 14 incidentes com
origem em incêndios, que penalizaram o No referente à eficácia da reposição de
indicador, o valor registado em 2011 foi serviço após incidente, o desempenho dos
significativamente superior ao verificado Sistemas de Comando e Controlo (SCC) foi
em 2010 (86,8%). No quadro 16 do anexo 5 bom, verificando-se taxas elevadas para as
indicam-se os valores individualizados por nível reposições feitas pelo OPA e por telecomando
de tensão, onde se destaca o valor alcançado (operador remoto), de 96,1% e 100%,
no nível de tensão de 150 kV (97,4%). respetivamente, em linha com os resultados
obtidos em anos anteriores.
SISTEMAS DE COMANDO
E CONTROLO
A análise do desempenho dos Sistemas de
Comando e Controlo (SCC) tem por base o

EFICÁCIA DE REPOSIÇÃO PELO OPERADOR AUTOMÁTICO


E POR TELECOMANDO NA RNT E 60kV
Eficácia reposição

96,1
93,7
OPA

92,5
84,3
93,0
Eficácia reposição
por Telecomando

100,0
100,0
(COR)

99,6
99,8
99,4

70,0 75,0 80,0 85,0 90,0 95,0 100,0

(%)

2011 2010 2009 2008 2007

Tal como em anos anteriores, procedeu-se à SCADA da REN e respetivos equipamentos


catalogação das avarias em Falhas Maiores e auxiliares instalados em centros produtores.
Falhas Menores com o objetivo de encontrar
padrões de comportamento que permitam definir 2. Sistemas Convencionais. Caracterizam-se
planos de manutenção preventiva eficazes. Para por serem constituídos por equipamentos
o efeito dividiu-se a totalidade das avarias em discretos e centralizados, centrados na função
dois grupos, designados por Falhas Maiores e que desempenham (RCA, RTU e OPA).
Menores, correspondendo as primeiras às avarias
suscetíveis de causar risco para rede, pessoas 3. Sistemas Informáticos anteriores a 2005.
ou bens, pela impossibilidade de se efetuarem
reposições de serviço pelo COR, ou de forma 4. Sistema Informáticos de 2005 e posteriores,
segura nas instalações, ou pela ocorrência contabilizando a totalidade dos sistemas
de manobras intempestivas. Consideraram- instalados mercê da recente expansão da rede.
se Falhas Menores todas as avarias não
classificadas na categoria Falhas Maiores. Verifica-se relativamente ao ano anterior uma
redução ligeira de três décimas na taxa total
Procedeu-se ainda à segregação dos sistemas de falhas, de 3,5 para 3,2 falhas por instalação,
em serviço em quatro diferentes tipos: acompanhada de uma descida do número total
de falhas em valor absoluto, de 352 para 337,
1. Sistemas em Centros Produtores. apesar do aumento do número de instalações
Correspondem às unidades remotas do em serviço, de 101 para 105. A referida

56
RELATÓRIO DE QUALIDADE COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE
DE SERVIÇO 2011 E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

redução da taxa total de falhas foi conseguida fundamentalmente pela redução da taxa de falhas
maiores.

TAXAS DE FALHAS DE SISTEMAS DE COMANDO E CONTROLO POR INSTALAÇÃO


4,0

3,5 3,5
3,2
3,0

2,5 2,5 2,4

2,0

1,5

1,0 1,0
0,8
0,5

0,0
Todos os Tipos de Sistemas (por Instalação em Serviço)

TAXA TOTAL DE FALHAS EM 2010 TAXA TOTAL DE FALHAS EM 2010 TAXA DE FALHAS MAIORES EM 2010

TAXA DE FALHAS EM 2011 TAXA DE FALHAS MENORES EM 2011 TAXA DE FALHAS MAIORES EM 2011

TAXAS DE FALHAS POR TIPO DE SISTEMAS DE COMANDO


E CONTROLO EM SERVIÇO
8,0
7,0
7,0

6,0
5,5

5,0
4,6

4,0 3,8

3,2
2,9 3,0
3,0 2,6 2,6
2,4 2,4
2,1
2,0 1,7 1,7

1,0 0,7
0,9 0,8 0,7 0,6
0,5 0,4 0,4
0,2
0,0
0,0
Sist. em Centros Sistemas Sist. Informáticos Sist. Informáticos
Produtores Convencionais Ant. a 2005 de 2005 e Posteriores
(por Sist. (por Sist. (por Sist. (por Sist.em Serviço)
em Serviço) em Serviço) em Serviço)
TAXA TOTAL DE FALHAS EM 2010 TAXA DE FALHAS MENORES EM 2010 TAXA DE FALHAS MAIORES EM 2010

TAXA TOTAL DE FALHAS EM 2011 TAXA DE FALHAS MENORES EM 2011 TAXA DE FALHAS MAIORES EM 2011

Verifica-se que a maior taxa de falhas ocorre todas as categorias observadas, enquanto as
nos sistemas de comando de tecnologia falhas em sistemas convencionais registaram
informática anteriores a 2005, apesar de uma ligeira subida em termos de taxa.
se ter verificado um decréscimo das taxas
de falhas relativamente ao ano anterior. A Importa ainda referir o lançamento em 2011
causa da elevada taxa de falhas prende- de ações corretivas sobre algumas das
se com a obsolescência de alguns dos famílias de equipamentos que apresentaram
equipamentos, em serviço há mais de dez quantidade de avarias consideradas elevadas,
anos, com a tecnologia utilizada no seu fabrico como sejam a substituição de componentes
e com o elevado número de equipamentos e eletrónicos identificados como possuidores
componentes que os constituem. Nos sistemas de defeitos de fabrico, o desenvolvimento de
informáticos posteriores a 2005 verifica-se uma um processo de sincronismo horário suportado
redução das taxas de falhas. na rede de dados industrial e a inscrição
em sede de PDIRT das necessidades
A taxa de falhas em sistemas instalados em de remodelação de alguns dos sistemas
centros produtores são as mais reduzidas de considerados obsoletos.

57
RELATÓRIO DE QUALIDADE MELHORIA DA QUALIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

06
MELHORIA
DA QUALIDADE
DE SERVIÇO

EM 2011 ENTRARAM AO SERVIÇO


AS SUBESTAÇÕES DE TAVIRA,
PRELADA E ZAMBUJAL. FOI
CONCLUÍDO O EIXO
DE INTERLIGAÇÃO PORTIMÃO/
TAVIRA/PUEBLA DE GUZMÁN
(ESPANHA), A 400kV, NA REGIÃO
DO ALGARVE.

58
RELATÓRIO DE QUALIDADE MELHORIA DA QUALIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

MELHORIA
DA QUALIDADE
DE SERVIÇO

NO QUE CONCERNE AO ESTIPULADO


NO ARTIGO 20.º DO RQS,
a REN não submeteu à DGGE qualquer plano de melhoria da qualidade
de serviço de natureza técnica, dado o cumprimento generalizado dos
padrões de qualidade geral e individual.

Referem-se em seguida alguns dos equipada com um transformador de 170 MVA


investimentos concretizados pela REN em e alimentada pela linha de 220 kV Custóias –
2011 e que terão influência positiva na Prelada, já existente, mas até agora explorada
fiabilidade da rede e na qualidade de serviço a 60 kV.
dos próximos anos.
No âmbito da remodelação da subestação
Em 2011 foram colocados em serviço um de Ermesinde, foi colocado em exploração
conjunto de infraestruturas destinadas a o nível de 220 kV desta instalação, com três
reforçar a RNT, com vista ao aumento da transformadores 220/60 kV de 170 MVA e
capacidade de receção de energia, em uma ligação em circuito subterrâneo entre a
particular a proveniente de fontes renováveis, subestação de Ermesinde e o novo posto de
ao incremento das capacidades de interligação transição de Valongo.
com a rede espanhola e, ainda, ao reforço
da segurança e fiabilidade de funcionamento Na região centro foi estabelecida uma nova
global do sistema e das condições de ligação a 400 kV entre Lavos e Paraimo, de
alimentação às redes de distribuição. forma a facilitar os trânsitos norte-sul no eixo
litoral a 400 kV e melhorar o escoamento da
Entre estes, merece relevo especial a profunda produção.
remodelação do posto de corte do Picote, no
Douro Internacional, ao qual foi ligado o reforço Na região de Lisboa, para apoio ao
de potência da central do Picote. A linha abastecimento dos consumos nos concelhos
Bemposta – Lagoaça 3 passou a ser explorada de Oeiras e Lisboa, entrou ao serviço o novo
a 400 kV, para ligação do reforço de potência injetor 220/60 kV do Zambujal, equipado
da central de Bemposta. com dois transformadores de 170 MVA e
alimentado por um circuito subterrâneo de 220 kV
Ainda na zona de Trás-os-Montes, foi colocada proveniente da subestação de Alto de Mira,
em exploração a linha de 220 kV Macedo que se encontrava já construído mas a operar
de Cavaleiros – Valpaços, elemento de rede na rede de 60 kV. Entrou também ao serviço,
importante na futura malha a 220 kV entre mas temporariamente explorado a 60 kV, um
Lagoaça, no Douro Internacional, e Valdigem, novo circuito subterrâneo de 220 kV entre as
com passagem pelas subestações de Macedo zonas de Sacavém e do Alto de São João,
de Cavaleiros, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar. provisoriamente ligado entre duas instalações
Esta futura malha irá proporcionar uma melhor da EDP Distribuição.
qualidade de abastecimento dos consumos da
área de Chaves e concelhos vizinhos. Na Península de Setúbal, a linha a 400
kV Palmela – Ribatejo foi desviada para a
No Grande Porto, para reforço de alimentação subestação de Fernão Ferro, no âmbito do
dos consumos, foi colocada em serviço a projeto de introdução do nível de 400 kV nesta
nova subestação 220/60 kV de Prelada, instalação.

59
RELATÓRIO DE QUALIDADE MELHORIA DA QUALIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

Na região do Algarve entrou em serviço a nova Além do autotransformador e oito


subestação 400/150/60 kV de Tavira, com um transformadores, já referidos anteriormente,
autotransformador 400/150 kV de 450 MVA foram também colocados em serviço mais
e dois transformadores 150/60 kV de quatro novos autotransformadores e sete novos
126 MVA. Foram também concluídas as linhas transformadores, destinados estes últimos ao
a 400 kV Portimão – Tavira e o troço nacional reforço ligação aos distribuidores vinculados,
da futura interligação internacional a 400 kV traduzindo-se, no cômputo geral, por um
entre Tavira e Puebla de Guzmán (em Espanha). aumento líquido de 3.647 MVA (+12%) de
A subestação de Tavira constitui também um capacidade de transformação instalada.
ponto de apoio à receção de energia renovável
e à alimentação dos consumos do sotavento O programa de reforço de capacidade de linhas
algarvio. já existentes continuou em 2011, tendo-se
concluído o reforço da linha Riba D’Ave – Oleiros,
Ainda no Algarve, foi igualmente concluída no troço Pedralva – Oleiros, já iniciado em 2010.
a linha a 150 kV Portimão-Tunes 3, reforço
importante na garantia de alimentação à A evolução registada nos últimos anos é
subestação de Tunes. mostrada no gráfico seguinte.

COMPRIMENTO DE LINHAS COM "UPRATING"


km

3500

3000

2500

2000

1500

1000

500

0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

No âmbito da manutenção, e nas diferentes • Recondicionamento de diversa


áreas técnicas, foram tomadas diversas aparelhagem MAT menos fiável, com
medidas visando a melhoria da Qualidade de intervenções em disjuntores de 150 kV e
Serviço, das quais se destacam: seccionadores de terra de 220 kV e 400 kV,
em serviço em diversas instalações;
• Recondicionamento e beneficiação geral
do autotransformador 3 (400/220 kV) da • Monitorização remota do estado de
subestação de Rio Maior; funcionamento de sistemas de comando;

• Substituição de nove disjuntores de 60 kV • Sincronismo temporal dos RTU Server via


de menor fiabilidade e que exigiam muita rede de dados industrial;
manutenção;
• Ações de manutenção preventiva sobre
• Continuação da execução do Plano de famílias de sistemas de comando e
Remodelação de Instalações, que visa controlo de menor fiabilidade;
dotar as instalações mais antigas de maior
operacionalidade e segurança. Em 2011 • Prosseguimento do tratamento
foram concluídas as intervenções nas anticorrosivo dos apoios da linha Pocinho
subestações de Pereiros (iniciada em 2009) – Chafariz 1;
e do Pocinho (iniciada em 2010);
60
RELATÓRIO DE QUALIDADE MELHORIA DA QUALIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

• Relativamente ao fenómeno da poluição nas zonas críticas e deu-se continuidade


industrial e salina que, de forma sazonal, ao programa de substituição de isoladores
afeta particularmente as linhas da Grande de vidro ou cerâmicos por isoladores
Lisboa e da região sul do país, procedeu- compósitos, com intervenções pontuais na
se à despoluição/lavagem dos isoladores linha Palmela – Évora.

Nº DE APOIOS EQUIPADOS COM ISOLADORES COMPÓSITOS


(N.º)
3000

2500

2000

1500

1000

500

0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

LAVAGEM DE CADEIAS – N.º DE APOIOS


(N.º)

1800

1600

1400

1200

1000

800

600

400

200

0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

61
RELATÓRIO DE QUALIDADE MELHORIA DA QUALIDADE DE SERVIÇO
DE SERVIÇO 2011

• No âmbito da proteção da cegonha branca, de dispositivos condicionadores de poiso


que interfere particularmente com as linhas das aves (ventoinhas) sobre as cadeias dos
situadas na proximidade dos estuários isoladores e de transferência de ninhos para
do Tejo, Mondego e Sado, prosseguiu o plataformas especiais localizadas em pontos
programa, iniciado há alguns anos (ver mais favoráveis dos apoios;
gráfico), de montagem em apoios críticos

MONTAGEM DE VENTOÍNHAS, PLATAFORMAS E MUDANÇA DE NINHOS


(N.º)

5000

4000

3000

2000

1000

0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

VENTOÍNHAS PLATAFORMAS NINHOS TRANSFERIDOS

62
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

ANEXO 1

SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIÇÕES


PADRÕES DE QUALIDADE DE SERVIÇO
REGRAS DE CÁLCULO DOS INDICADORES

1. SIGLAS E ABREVIATURAS Plt – Severidade da tremulação de longa


duração
AT – Alta Tensão
Pst – Severidade da tremulação de curta
ATR – Autotransformador duração
AUT – Autómato Qte – Quantidade
B. Condensadores – Bateria RCA – Registador cronológico
de condensadores de acontecimentos
CEER – Council of European Energy REFER – Rede Ferroviária Nacional
Regulators
REN – Rede Eléctrica Nacional
COR – Centro de Operação da Rede
RNT – Rede Nacional de Transporte
DGGE – Direção Geral de Geologia e Energia
RQS – Regulamento da Qualidade de Serviço
DI – Tempo total das interrupções
RTU – Unidade remota de telecomando
EDP – Eletricidade de Portugal
RTU Server – Servidor de comunicações
ENF – Energia não fornecida das RTU
ERSE – Entidade Reguladora do Setor SAIDI – Tempo médio das interrupções
Energético do sistema
F. Maiores – Falhas maiores SAIFI – Frequência média de interrupções
F. Menores – Falhas menores do sistema

FFM – Causa Fortuita ou de Força Maior SARI – Tempo médio de reposição de serviço
do sistema
L150 kV – Linhas de 150 kV
SAS – Sistema de armazenamento seletivo
L220 kV – Linhas de 220 kV de registo cronológico de acontecimentos
L400 kV – Linhas de 400 kV SCADA – Supervisory Control and Data
MAIFI – Frequência média das interrupções Acquisition
de curta duração do sistema SCC – Sistema de comando e controlo
MAT – Muito Alta Tensão SIN – Verificador de sincronismo
OPA – Operador automático de uma TI – Tempo de interrupção
subestação
TIE – Tempo de interrupção equivalente
PdE – Ponto de entrega da RNT
TR – Transformador
PDIRT – Plano de Desenvolvimento e
Investimento da Rede de Transporte de U – Tensão
Eletricidade

63
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

2. DEFINIÇÕES cava de tensão dura de 10 ms a 1 min. O valor


de uma cava de tensão é definido como sendo
Atuação Correta de uma Função de a diferença entre a tensão eficaz durante a cava
Proteção (AC) – elaboração correta de uma de tensão e a tensão declarada.
ordem de disparo com a intenção de promover
a abertura de disjuntores. Cliente – pessoa singular ou coletiva com um
contrato de fornecimento de energia elétrica ou
Atuação de uma Função de Proteção – acordo de acesso e operação das redes.
atuação de uma função de proteção nas
situações especificadas. Circuito – sistema de três condutores através
dos quais flui um sistema trifásico de correntes
Atuação Incorreta de uma Função de elétricas.
Proteção (AINC) – define-se que uma função
de proteção teve uma atuação incorreta Compatibilidade eletromagnética (CEM) –
quando atuou duma forma intempestiva, não aptidão de um aparelho ou de um sistema para
seletiva ou falhou a sua atuação. funcionar no seu ambiente eletromagnético de
forma satisfatória e sem ele próprio produzir
Atuação Intempestiva de uma Função de perturbações eletromagnéticas intoleráveis
Proteção (AI) – tipo de comportamento de para tudo o que se encontre nesse ambiente.
uma função de proteção que se caracteriza
pela sua atuação na ausência de qualquer Comportamento Correto de um Sistema
perturbação no sistema de potência. de Proteção (CC) – diz-se que um sistema
de proteção teve um comportamento
Atuação Não Seletiva de uma Função de correto quando, perante a existência de uma
Proteção (FS) – tipo de comportamento de perturbação no sistema de potência, promove
uma função de proteção que se caracteriza apenas a abertura dos disjuntores estritamente
pela sua atuação perante a existência no necessários ao isolamento dos elementos
sistema de potência de uma perturbação para afetados no menor tempo previsto.
a qual não deveria ter atuado.
Comportamento Correto de uma Função
Alta Tensão (AT) – tensão entre fases cujo de Proteção (CC) – define-se que uma função
valor eficaz é superior a 45 kV e igual ou inferior de proteção teve um comportamento correto
a 110 kV. quando a sua atuação não se caracteriza
por nenhum dos tipos de comportamento
Anomalia no Sistema de Potência – estado incorretos anteriormente descritos.
de funcionamento do sistema de potência
(por exemplo, em tensão, corrente, potência, Comportamento Incorreto de um Sistema
frequência, estabilidade), fora das condições de Proteção (CI) – tipo de comportamento de
normais. um sistema de proteção que se caracteriza por
desencadear a abertura de mais disjuntores
Baixa Tensão (BT) – tensão entre fases cujo dos que os estritamente necessários ao
valor eficaz é igual ou inferior a 1 kV. isolamento dos elementos do sistema de
potência afetados por uma perturbação e/ou
Carga – valor, num dado instante, da num tempo superior ao máximo previsto.
potência ativa fornecida em qualquer ponto
de um sistema, determinada por uma Comportamento Incorreto de uma Função
medida instantânea ou por uma média obtida de Proteção (CI) – define-se que uma função
pela integração da potência durante um de proteção teve um comportamento incorreto
determinado intervalo de tempo. A carga pode quando atuou duma forma intempestiva ou
referir-se a um consumidor, um aparelho, uma não seletiva, quando falhou a sua atuação ou
linha, ou a uma rede. quando teve um mau funcionamento.

Cava (abaixamento) da tensão de Condições normais de exploração –


alimentação – diminuição brusca da tensão condições de uma rede que permitem
de alimentação para um valor situado entre corresponder à procura de energia elétrica, às
90% e 1% da tensão declarada, seguida do manobras da rede e à eliminação de defeitos
restabelecimento da tensão depois de um pelos sistemas automáticos de proteção,
curto lapso de tempo. Por convenção, uma na ausência de condições excecionais

64
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

ligadas a influências externas ou a incidentes perturbação no sistema de potência devia ter


importantes. atuado e não o fez.

Corrente de curto-circuito – corrente elétrica Falha maior de um disjuntor – falha completa de


entre dois pontos em que se estabeleceu um disjuntor que acarreta a perda de uma ou de
um caminho condutor ocasional e de baixa várias funções fundamentais e exige normalmente
resistência. uma intervenção num prazo de 30 minutos.

Defeito Elétrico – qualquer anomalia no Falha maior de um transformador de


sistema de potência resultante de uma potência – falha do transformador para a qual
perda de isolamento que requeira a abertura este tem de ser retirado de serviço num tempo
automática de disjuntores. inferior a 30 minutos.

Desequilíbrio de tensão – estado no qual os Falha menor de um disjuntor – falha de um


valores eficazes das tensões das fases ou das disjuntor que acarreta a perda de uma ou de
desfasagens entre tensões de fases consecutivas, várias funções, mas que não originam falha
num sistema trifásico, não são iguais. maior.

Disparo – abertura automática de disjuntor Falha menor de um transformador de


provocando a saída da rede de um elemento potência – falha do transformador para a qual
ou equipamento. A abertura automática é este pode ser retirado de serviço num tempo
comandada por órgãos de proteção da rede, superior a 30 minutos.
em consequência de um incidente ou devido
à superação dos limites de regulação dos Flutuação de tensão – série de variações da
parâmetros da proteção. tensão ou variação cíclica da envolvente de
uma tensão.
Dispositivo de Religação Automática (vulgo
religador) – equipamento que incorpora Fornecedor – entidade responsável pelo
unicamente uma função de religação. fornecimento de energia elétrica, nos termos
de um contrato.
Duração média das interrupções do sistema
(SAIDI – “System Average Interruption Fornecimento de energia elétrica – venda
Duration Index”) – quociente da soma dos de energia elétrica a qualquer entidade que é
tempos das interrupções nos pontos de entrega, cliente do distribuidor e concessionária da RNT.
durante determinado período, pelo número total
dos pontos de entrega, nesse mesmo período. Frequência da tensão de alimentação (f) –
taxa de repetição da onda fundamental da
Emissão (eletromagnética) – processo pelo tensão de alimentação, medida durante um
qual uma fonte fornece energia eletromagnética dado intervalo de tempo (em regra 1 s).
ao exterior.
Frequência média de interrupções
Energia não fornecida (ENF) – valor estimado do sistema (SAIFI – “System Average
da energia não fornecida nos pontos de Interruption Frequency Index”) – quociente
entrega, devido a interrupções de fornecimento. do número total de interrupções nos pontos
de entrega, durante determinado período, pelo
Equipamento de Proteção (vulgo proteção) – número total dos pontos de entrega, nesse
equipamento que incorpora, entre outras, uma mesmo período.
ou mais funções de proteção.
Função de Proteção – conjunto de relés
Exploração – conjunto das atividades de medida e outros, e de elementos lógicos,
necessárias ao funcionamento de uma incorporados num equipamento de proteção,
instalação elétrica, incluindo as manobras, destinados a identificar perturbações no sistema de
o comando, o controlo, a manutenção, bem potência e a promover a abertura de disjuntores.
como os trabalhos elétricos e os não elétricos.
Função de Religação Automática – função de
Falha de Atuação de uma Função de controlo destinada a iniciar o fecho automático
Proteção (FA) – tipo de comportamento de de disjuntores após atuação da função de
uma função de proteção que perante uma proteção do circuito associado.

65
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

Imunidade (a uma perturbação) – aptidão Interrupção permanecente – interrupção de


dum dispositivo, dum aparelho ou dum sistema tempo superior ou igual a um minuto.
para funcionar sem degradação na presença
duma perturbação eletromagnética. Interrupção prevista – interrupção do
fornecimento ou da entrega que ocorre quando
Incidente – qualquer anomalia na rede elétrica, os clientes são informados com antecedência,
com origem no sistema de potência ou não, para permitir a execução de trabalhos
que requeira ou cause a abertura automática programados na rede.
de disjuntores.
Interrupção parcial de um ponto de entrega –
Indisponibilidade – situação em que um quando é interrompida a tensão de uma ou
determinado elemento, como um grupo, várias saídas no ponto de entrega.
uma linha, um transformador, um painel, um
barramento ou um aparelho, não se encontra Interrupção total de um ponto de entrega –
apto a responder em exploração às solicitações quando é interrompida a tensão no ponto de
de acordo com as suas características técnicas entrega.
e parâmetros considerados válidos.
Interrupção transitória – interrupção de
Indisponibilidade planeada – Indisponi- tempo inferior a um segundo.
bilidade incluída num plano anual de
indisponibilidades. Limite de emissão (duma fonte
de perturbação) – valor máximo admissível
Indisponibilidade programada – Indisponi- do nível de emissão.
bilidade prevista com uma antecedência
mínima de 24 horas. Limite de imunidade – valor mínimo requerido
do nível de imunidade.
Instalação elétrica – conjunto dos
equipamentos elétricos utilizados na Produção, Manobras – ações destinadas a realizar
no Transporte, na Conversão, na Distribuição mudanças de esquema de exploração, ou a
e na Utilização da energia elétrica, incluindo satisfazer, a cada momento, o equilíbrio entre
as fontes de energia, como as baterias, os a produção e o consumo ou o programa
condensadores e todas as outras fontes de acordado para o conjunto das interligações
armazenamento de energia elétrica. internacionais, ou ainda a regular os níveis de
tensão ou a produção de energia reativa nos
Interrupção fortuita – interrupção do valores mais convenientes, bem como as ações
fornecimento ou da entrega de energia elétrica destinadas a desligar ou a religar instalações
provocada por defeitos permanentes ou para trabalhos.
transitórios, na maior parte das vezes ligados
a acontecimentos externos, a avarias ou a Manutenção corretiva (reparação) – combinação
interferências. de ações técnicas e administrativas realizadas
depois da deteção de uma avaria e destinadas
Interrupção curta – interrupção acidental à reposição do funcionamento de uma
com um tempo entre 1 segundo e 3 minutos. instalação elétrica.

Interrupção do fornecimento ou da entrega – Manutenção preventiva (conservação) –


situação em que o valor eficaz da tensão de combinação de ações técnicas e
alimentação no ponto de entrega é inferior a 1% administrativas realizadas com o objetivo
da tensão declarada Uc, em pelo menos uma de reduzir a probabilidade de avaria ou
das fases, dando origem, a cortes de consumo degradação do funcionamento de uma
nos clientes. instalação elétrica.

Interrupção forçada – saída de serviço não Manutenção – combinação de ações


planeada de um circuito, correspondente à técnicas e administrativas, compreendendo as
remoção automática ou de emergência de um operações de vigilância, destinadas a manter
circuito (abertura de disjuntor). uma instalação elétrica num estado que lhe
permita cumprir a sua função.
Interrupção longa – interrupção acidental com
um tempo superior a 3 minutos.

66
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

Mau Funcionamento de uma Função de carga e/ou qualquer outra rede e/ou grupo(s)
Proteção (MF) – tipo de comportamento de gerador(es) são ligadas à rede em causa.
uma função de proteção que se caracteriza
pela sua atuação nas situações especificadas Ponto de medida – ponto da rede onde
mas não do modo previsto. a energia e/ou a potência é medida.

Média Tensão (MT) – tensão entre fases cujo valor Posto (de uma rede elétrica) – parte de
eficaz é superior a 1 kV e igual ou inferior a 45 kV. uma rede elétrica, situada num mesmo local,
englobando principalmente as extremidades
Muito Alta Tensão (MAT) – tensão entre fases de linhas de transporte ou de distribuição,
cujo valor eficaz é superior a 110 kV. a aparelhagem elétrica, edifícios e,
eventualmente, transformadores.
Nível (duma quantidade) – valor duma
quantidade avaliada duma maneira especificada. Potência nominal – é a potência máxima
que pode ser obtida em regime contínuo
Nível de compatibilidade (eletromagnética) – nas condições geralmente definidas na
nível de perturbação especificado para o qual especificação do fabricante, e em condições
existe uma forte e aceitável probabilidade de climáticas precisas.
compatibilidade eletromagnética.
Produtor – entidade responsável pela ligação à
Nível de emissão – nível duma dada rede e pela exploração de um ou mais grupos
perturbação eletromagnética, emitida por um geradores.
dispositivo, aparelho ou sistema particular e
medido duma maneira especificada. Rede de distribuição – parte da rede utilizada
para condução da energia elétrica, dentro de
Nível de imunidade – nível máximo duma uma zona de consumo, para o consumidor
perturbação eletromagnética de determinado final.
tipo, incidente sobre um dispositivo, aparelho
ou sistema, de forma a não provocar qualquer Rede de transporte – parte da rede utilizada
degradação do funcionamento. para o transporte da energia elétrica, em geral
e na maior parte dos casos, dos locais de
Nível de perturbação – nível de uma dada produção para as zonas de distribuição e
perturbação eletromagnética, medido de uma de consumo.
maneira especificada.
Rede Nacional de Transporte (RNT) –
Operação – ação desencadeada localmente compreende a rede de muito alta tensão,
ou por telecomando que visa modificar o rede de interligação, instalações do Gestor
estado de um órgão ou sistema. do Sistema e os bens e direitos conexos.

Perturbação (eletromagnética) – fenómeno Rede – conjunto de subestações, linhas,


eletromagnético suscetível de degradar cabos e outros equipamentos elétricos ligados
o funcionamento dum dispositivo, dum entre si com vista a transportar a energia
aparelho ou dum sistema, ou de afetar elétrica produzida pelas centrais até aos
desfavoravelmente a matéria viva ou inerte. consumidores.

Ponto de entrega – ponto (da rede) onde se Regime Especial de Exploração – situação
faz a entrega de energia elétrica à instalação do em que é colocado um elemento de rede
cliente ou a outra rede.* (ou uma instalação) durante a realização de
trabalhos em tensão, ou na vizinhança de
Ponto de ligação – ponto da rede tensão, de modo a diminuir o risco elétrico
eletricamente identificável no qual uma ou a minimizar os seus efeitos.

* NOTA: NA REDE NACIONAL DE TRANSPORTE O PONTO DE ENTREGA É, NORMALMENTE, O BARRAMENTO DE UMA
SUBESTAÇÃO A PARTIR DO QUAL SE ALIMENTA A INSTALAÇÃO DO CLIENTE. PODEM TAMBÉM CONSTITUIR
PONTOS DE ENTREGA:
• OS TERMINAIS DOS SECUNDÁRIOS DE TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA DE LIGAÇÃO A UMA
INSTALAÇÃO DO CLIENTE.
• A FRONTEIRA DE LIGAÇÃO DE UMA LINHA À INSTALAÇÃO DO CLIENTE.

67
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

Religação – fecho automático do disjuntor Sobretensão temporária à frequência


após disparo, através de dispositivo integrado industrial – Sobretensão ocorrendo num dado
no sistema de proteção. local com uma duração relativamente longa.

Reposição – fecho do disjuntor, manual ou Sobretensão transitória – Sobretensão,


automático, após disparo definitivo ou abertura oscilatória ou não, de curta duração, em geral
programada ou fortuita. fortemente amortecida e com uma duração
máxima de alguns milisegundos.
Seletividade – característica de um sistema
de proteção que caracteriza a sua capacidade Subestação – posto destinado a algum dos
de, ao ser chamado a atuar perante a seguintes fins:
existência de uma perturbação no sistema de
potência, promover unicamente a abertura dos • Compensação do fator de potência
disjuntores que são essenciais para eliminar por compensadores síncronos ou
essa perturbação. condensadores, em alta tensão.

Serviços auxiliares – sistemas de apoio ao • Transformação da corrente elétrica por um


funcionamento de uma central de produção ou mais transformadores estáticos, cujo
de energia elétrica ou de uma subestação ou secundário é de alta tensão;
posto de corte.
Taxa de cumprimento do plano de
Sistema de Proteção – conjunto de monitorização (Tcpm) – valor em
equipamentos de proteção e outros dispositivos percentagem, das semanas de monitorização
destinado a identificar perturbações no previstas no plano que foram realizadas.
sistema de potência e a promover a abertura
dos disjuntores estritamente necessários ao Tempo de Atuação de um Sistema de
isolamento dos elementos afetados no mais Proteção (t SP) – tempo que medeia entre o
curto espaço de tempo possível. início duma perturbação no sistema de potência
e a atuação da última função de proteção do
Sistema de Teleproteção – conjunto de sistema de proteção que elaborou disparo e é
equipamentos destinado a assegurar a essencial para a eliminação da perturbação, pela
transferência de forma adequada de sinais abertura do(s) disjuntor(es) associado(s).
de funções de proteção entre terminais
de uma linha. Considera-se ainda como Tempo de interrupção equivalente (TIE) –
fazendo parte de um sistema de teleproteção quociente entre a energia não fornecida (ENF)
os equipamentos de teleproteção e de num dado período e a potência média do
transmissão terminais, a sua interligação, o diagrama de cargas nesse período, calculada a
canal de comunicação e os circuitos auxiliares. partir da energia total fornecida e não fornecida
no mesmo período.
Severidade da tremulação – intensidade
do desconforto provocado pela tremulação Tempo médio de reposição de serviço
definida pelo método de medição UIE-CEI da do sistema (SARI – “System Average
tremulação e avaliada segundo os seguintes Restoration Index”) – quociente da soma dos
valores: tempos de interrupção em todos os pontos de
entrega, durante determinado período, pelo
• severidade de curta duração (Pst ) medida número total de interrupções de alimentação
num período de 10 min; nos pontos de entrega nesse mesmo período.

• severidade de longa duração (Plt ) Tensão de alimentação – valor eficaz da


calculada sobre uma sequência de tensão entre fases presente num dado
12 valores de Pst relativos a um intervalo de momento no ponto de entrega, medido num
duas horas, segundo a expressão: dado intervalo de tempo.

Tensão de alimentação declarada (Uc) –


tensão nominal Un entre fases da rede, salvo
se, por acordo entre o fornecedor e o cliente,

68
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

a tensão de alimentação aplicada no ponto 3. PADRÕES DE QUALIDADE


de entrega diferir da tensão nominal, caso em DE SERVIÇO E REGRAS DE
que essa tensão é a tensão de alimentação CÁLCULO DOS INDICADORES
declarada Uc.
3.1 CONTINUIDADE DE SERVIÇO
Tensão harmónica – tensão sinusoidal cuja
frequência é um múltiplo inteiro da frequência
fundamental da tensão de alimentação. As INTERRUPÇÕES DE SERVIÇO
tensões harmónicas podem ser avaliadas: A continuidade de serviço é caracterizada
pelo número e tempo das interrupções de
• individualmente, segundo a sua amplitude alimentação, as quais podem ser previstas
relativa (Uh) em relação à fundamental (programadas) ou acidentais (imprevistas).
(U1), em que “h” representa a ordem da As interrupções acidentais podem ainda
harmónica; classificar-se em longas (de tempo superior
a 3 minutos) ou breves (de tempo igual ou
• globalmente, ou seja, pelo valor da inferior a 3 minutos). Consideram-se transitórias
distorção harmónica total (THD) calculado (microcortes) as interrupções de tempo igual
pela expressão seguinte: ou inferior a 1 segundo.

Para se avaliar a Qualidade de Serviço


associada à continuidade do fornecimento
de energia elétrica são determinados, pela
entidade concessionária da RNT, os seguintes
Tensão inter-harmónica – tensão sinusoidal indicadores gerais ou de sistema:
cuja frequência está compreendida entre
as frequências harmónicas, ou seja, cuja • Energia Não Fornecida – ENF TI>3
frequência não é um múltiplo inteiro da
frequência fundamental. • Tempo de Interrupção Equivalente – TIE TI>3

Tensão nominal de uma rede (Un) – tensão • Frequência média de interrupção


entre fases que caracteriza uma rede e do sistema – SAIFI TI>3
em relação à qual são referidas certas
características de funcionamento. • Duração média das interrupções
do sistema – SAIDI TI>3
Tremulação (“flicker”) – impressão de
instabilidade da sensação visual provocada • Tempo médio de reposição de serviço
por um estímulo luminoso, cuja luminância ou do sistema – SARI TI>3
repartição espectral flutua no tempo.
Para efeitos da determinação dos indicadores
Upgrading – aumento da capacidade de são consideradas as interrupções de serviço
transporte de energia elétrica da linha através acidentais de tempo superior a 3 minuto (índice TI>3)
da subida do seu nível de tensão. em conformidade com o RQS.

Uprating – aumento da capacidade de Além daqueles indicadores de sistema são


transporte de energia elétrica da linha sem ainda apurados os seguintes indicadores
subir o seu nível de tensão. individuais por ponto de entrega:

Variação de tensão – aumento ou diminuição do • Frequência de interrupções – FI TI>3


valor eficaz da tensão, provocado pela variação
da carga total da rede ou de parte desta. • Duração total das interrupções – DI TI>3

69
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

Nos pontos seguintes são referidas as T – período de tempo considerado, em minutos.


principais regras adotadas na determinação
destes indicadores. FREQUÊNCIA MÉDIA DAS INTERRUPÇÕES
DE LONGA DURAÇÃO DO SISTEMA
ENERGIA NÃO FORNECIDA (ENF) (SAIFI – SYSTEM AVERAGE INTERRUPTION
A ENF imputável à entidade concessionária FREQUENCY ÍNDEX )
da RNT é estimada com base na potência O SAIFI TI>3 corresponde ao número médio de
cortada no início da interrupção e do tempo da interrupções acidentais de tempo superior a
interrupção. Para interrupções de tempo mais 3 minutos verificadas nos pontos de entrega
elevado (acima dos 30 minutos) considera-se num determinado intervalo de tempo (um ano,
também, no cálculo da ENF, a evolução da geralmente).
carga em diagramas de cargas do PdE do
mesmo dia da semana. Expressão de cálculo do SAIFI TI>3:

Para o cálculo do tempo da interrupção SAIFI TI>3 = Número de interrupções de tempo


de serviço considera-se que o início da superior a 3 min / Número de pontos de
interrupção é o instante em que: entrega.

• A tensão de alimentação no PdE desce FREQUÊNCIA MÉDIA DAS INTERRUPÇÕES


abaixo de 1% do valor da tensão declarada DE CURTA DURAÇÃO DO SISTEMA
em pelo menos uma das fases; (MAIFI – MOMENTARY AVERAGE
INTERRUPTION FREQUENCY ÍNDEX )
Considera-se, igualmente, que o fim da O MAIFI 1s<=TI=<3min corresponde ao número
interrupção é o instante em que é reposta: médio de interrupções acidentais de tempo
superior ou igual a 1 segundo e inferior ou igual
• A tensão de alimentação no PdE; ou 3 minutos verificadas nos pontos de entrega
num determinado intervalo de tempo (um ano,
• A alimentação dos consumos afetados por geralmente).
outro(s) ponto(s) de entrega a que o cliente
se encontre ligado. Expressão de cálculo do MAIFI 1s<=TI=<3min.:

TEMPO DE INTERRUPÇÃO EQUIVALENTE MAIFI 1s<=TI=<3min = Número de interrupções


(TIE) DA RNT de tempo superior ou igual a 1 segundo e
Indicador que representa o tempo de inter- inferior ou igual a 3 min / Número de pontos de
rupção da potência média fornecida expectável entrega.
(no caso de não ter havido interrupções) num
determinado período (normalmente, um ano DURAÇÃO MÉDIA DAS INTERRUPÇÕES
civil) e que é dado pela expressão: DO SISTEMA (SAIDI – SYSTEM AVERAGE
INTERRUPTION DURATION ÍNDEX )
Expressão de cálculo do TIE: O SAIDI TI≥1 (SAIDI TI>3) para um determinado
período de tempo (um ano, geralmente) é o
tempo médio das interrupções acidentais de
ENF tempo superior a 3 minutos nos pontos de
TIE 
Pme em minutos entrega.

Expressão de cálculo do SAIDI TI>3:


EF  ENF
sendo o Pme  SAIDI TI>3 = ∑ Tempo total das interrupções de
T tempo superior a 3 min / Número de pontos de
e: entrega.

ENF – energia não fornecida, em MWh; TEMPO MÉDIO DE REPOSIÇÃO DE SERVIÇO


DO SISTEMA (SARI – SYSTEM AVERAGE
EF – energia fornecida, em MWh; RESTAURATION ÍNDEX )
O SARI TI≥1 (SARI TI>3) é o valor médio dos
Pme – potência média expectável, caso não tempos das interrupções de serviço de tempo
se tivessem registado interrupções, em MWh/ superior a 3 minutos num determinado intervalo
minuto; de tempo (um ano, geralmente).

70
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

Expressão de cálculo do SARI TI>3: Uf – Tensão de alimentação (no ponto de


entrega).
SARI TI>3 = ∑ Tempo total das interrupções de
tempo igual ou superior a 3 min / Número de Uc – Tensão declarada (no ponto de entrega).
interrupções
Umin – Valor eficaz da tensão alimentação
FREQUÊNCIA DE INTERRUPÇÕES (no ponto de entrega) que foi ultrapassado
NUM PONTO DE ENTREGA (FI) em 95% do tempo de medição.
Este indicador representa o número total
de interrupções num ponto de entrega num Umax – Valor eficaz da tensão alimentação (no
determinado intervalo de tempo (um ano, ponto de entrega) que apenas foi ultrapassado
geralmente). em 5% do tempo de medição.

DURAÇÃO TOTAL DAS INTERRUPÇÕES DESEQUILÍBRIO DA TENSÃO


NUM PONTO DE ENTREGA (DI) Em condições normais de exploração, nas
Este indicador representa o tempo total das redes de AT e MAT, para cada período de uma
interrupções acidentais longas verificadas num semana, 95% dos valores eficazes médios de
ponto de entrega num determinado intervalo de 10 min da componente inversa das tensões
tempo (um ano, geralmente). não devem ultrapassar 2% da correspondente
componente direta.
Expressão de cálculo do DI:
TREMULAÇÃO (“ FLICKER ”)
DI = ∑ Tempo das interrupções de serviço Para avaliar o efeito de tremulação (“flicker”)
num ponto de entrega. adotou-se um indicador denominado Plt, de
medida da severidade de longo prazo das
flutuações de tensão. Este indicador baseia-se
no indicador de severidade de curto prazo, Pst,
3.2 QUALIDADE DA ONDA DE TENSÃO
cujo valor é calculado para intervalos de tempo
VALOR EFICAZ DA TENSÃO DE ALIMENTAÇÃO de 10 minutos. O indicador Plt é avaliado sobre
As tensões nominais (Un) utilizadas pela REN, uma sequência de 12 valores de Pst relativos,
para o transporte e para a entrega a distribuidores portanto, a um intervalo de tempo de 2 horas,
ou clientes diretos, são as seguintes: num período total de medição de uma semana
efetuado com equipamento (flickermeter) de
• 130 kV, 150 kV, 220 kV e 400 kV em MAT; características em conformidade com a norma
CEI 868.
• 60 kV em AT.
NÍVEIS DE COMPATIBILIDADE
A tensão declarada (Uc) pode ser fixada, no AT MAT
âmbito global da RNT ou por ponto de entrega,
Pst 1,0 1,0
no intervalo
Plt 1,0 1,0
Un ± 7%, salvo se for estabelecido um acordo
diferente com os clientes.
Os índices de severidade da tremulação devem
Em condições normais de exploração, não ser inferiores, com probabilidade de 95%, aos
considerando as interrupções de alimentação, níveis de compatibilidade da tabela anterior.
95% dos valores eficazes médios de 10 min O tempo de medida dos indicadores Pst e Plt
para cada período de uma semana da tensão deve ser no mínimo de uma semana.
de alimentação devem estar compreendidos no
intervalo Uc ± 5%. Na redes de 220 e 400 kV DISTORÇÃO HARMÓNICA
o limite superior daquele intervalo de variação Para garantir o cumprimento do disposto na NP
da tensão de alimentação é de 245 e 420 kV, EN 50160 são considerados para as redes AT e
respetivamente. MAT os níveis de compatibilidade apresentados
no quadro seguinte.
Forma de cálculo dos desvios da tensão:
∆Ulim (%) = ((Uf – Uc)/ Uc)x100 A distorção harmónica total, calculada de acordo
∆Umin (%) = ((Umin – Uc)/ Uc)x100 com a NP EN 50 160, não deverá exceder 8%
∆Umax (%) = ((Umax – Uc)/ Uc)x100 para as redes de AT e 4% para as redes de MAT.

71
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

Em condições normais de exploração, 95% pontos de entrega durante, pelo menos, uma
dos valores eficazes médios de 10 min semana não devem exceder os valores abaixo
de cada tensão harmónica, medidos nos indicados.

NÍVEIS DE COMPATIBILIDADE
HARMÓNICAS ÍMPARES NÃO
MÚLTIPLAS DE 3 HARMÓNICAS ÍMPARES MÚLTIPLAS DE 3 HARMÓNICAS PARES
TENSÃO HARMÓNICA (%) TENSÃO HARMÓNICA (%) TENSÃO HARMÓNICA (%)
ORDEM H ORDEM H ORDEM H
AT MAT AT MAT AT MAT
5 4,5 3 3 3,0 2,0 2 1,6 1,5
7 3,0 2,0 9 1,1 1,0 4 1,0 1,0
11 2,5 1,5 15 0,3 0,3 6 0,5 0,5
13 2,0 1,5 21 0,2 0,2 8 0,4 0,4
17 1,3 1,0 >21 0,2 0,2 10 0,4 0,4
19 1,1 1,0 12 0,2 0,2
23 1,0 0,7 >12 0,2 0,2
25 1,0 0,7
>25 0,2+0,5*25/h 0,2+ 0,5*25/h

4. REGRAS E FÓRMULAS DE α– Fator de ponderação das taxas de


CÁLCULO DOS INDICADORES disponibilidade média dos circuitos de linha
DE DISPONIBILIDADE e dos transformadores de potência

Nicl – N
 º de horas de indisponibilidade
4.1. TAXA COMBINADA
de circuitos de linha
DE DISPONIBILIDADE
Ncl– N º de circuitos de linha em serviço
Para efeitos de cálculo do indicador, considera-
se que um elemento de rede está disponível NiTr– N º de horas de indisponibilidade de
quando não se encontra apto para entrar ao transformadores/autotransformadores
serviço, devido à ocorrência de uma falha
ou incidente, ou necessidade de colocação NiTr– N º de transformadores/
fora de serviço para a execução de tarefas de autotransformadores em serviço
manutenção preventiva ou corretiva, ou de
trabalhos que requeiram a sua colocação fora t– Período de cálculo
de tensão.
• Taxa de disponibilidade média de circuitos
No cálculo da Taxa Combinada de de linha
Disponibilidade, consideram-se todas as
indisponibilidades, com duração igual ou Nicl
Td cl  1   100[%]
superior a 1 hora, exceto as que resultem de N cl  t
casos fortuitos ou de força maior, enquadrados
de acordo com o Regulamento da Qualidade
de Serviço. • Taxa de disponibilidade média de
transformadores de potência
A Taxa Combinada de Disponibilidade resulta
da ponderação das taxas de disponibilidade NiTr
média dos circuitos de linha e dos Td Tr  1   100[%]
NTr  t
transformadores de potência:

Tcd    Td cl  (1   )  Td tp [%]

72
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

5. DEFINIÇÃO DOS • Indicador de sistema de proteção


INDICADORES ESTATÍSTICOS
PARA A ANÁLISE DE Indicador de Eficácia do Sistema de Proteção
(E) – Diz-se que um sistema de proteção é
COMPORTAMENTO
eficaz quando a sua atuação é seletiva e rápida,
DOS SISTEMAS ou seja, quando tem um comportamento
correto.
5.1. SISTEMAS DE PROTEÇÃO
Pode-se obter um indicador de eficácia dos
• Indicadores de funções de proteção sistemas de proteção de uma rede elétrica
contando o número de comportamentos
Indicador de dependabilidade (D): Entende- corretos (CC) e dividindo-o pela sua soma com
se por dependabilidade de uma função de o número de comportamentos incorretos (CI).
proteção a probabilidade de uma função de
proteção não ter uma falha de atuação. CC
E= x100(%)
CC + CI
Pode-se medir a dependabilidade das
funções de proteção de uma rede elétrica • Outros indicadores
contabilizando o número de atuações corretas
(CC) das funções de proteção chamadas a Indicador de Eficácia da religação
atuar e dividindo este número pela sua soma automática (ER): O indicador de eficácia
com o número de falhas de atuação (FA). da religação automática obtém-se
contabilizando o número de religações
CC eficazes (EE) e dividindo o resultado pela
D= x100(%)
CC + FA soma deste número com o número de
religações não eficazes (NE).
Indicador de Fiabilidade (F): Por fiabilidade
de uma função de proteção entende-se a CC
ER= x100(%)
capacidade de uma função de proteção não ter CC + CI
falhas de atuação nem atuações não seletivas
ou intempestivas.
5.2. SISTEMAS DE COMANDO
Pode medir-se a fiabilidade das funções de E CONTROLO
proteção de uma rede elétrica contando o
número de atuações corretas (CC) e dividindo Eficácia de reposição – Número de ações de
esse número pela sua soma com o número de reposição bem sucedidas em percentagem do
atuações incorretas (AINC = FA + AI + FS). número total de ações de reposição.

CC Este rácio pode ser definido para todos os


F= x100(%)
CC + FA + AI + FS agentes de reposição.

Indicador de Segurança (S): Define-se


segurança de uma função de proteção como 6. INDICADORES
a capacidade de uma função de proteção
ESTATÍSTICOS PARA
não atuar indesejadamente, ou seja, não atuar
intempestivamente ou de forma não seletiva.
A ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
DAS LINHAS
Mede-se a segurança das funções de proteção
duma rede elétrica dividindo o número de Tempo de indisponibilidade forçada
atuações corretas (CC) pela sua soma com o ( tind (horas)) – Período de tempo requerido para
número de atuações intempestivas (AI) e com o o restabelecimento do circuito em serviço após
número de atuações não seletivas (FS). uma interrupção forçada.

CC
S= x100(%)
CC + AI + FS

73
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

Tempo total de indisponibilidade – Somatório Frequência de interrupções forçadas por


dos tempos de indisponibilidade forçada (só circuito – Número de interrupções forçadas
interrupções forçadas) de um circuito ao longo por circuito:
do período de análise:

Indisponibilidade absoluta

TEMPO MÉDIO DAS


INDISPONIBILIDADES FORÇADAS.

Indisponibilidade relativa

N – Número de interrupções forçadas no


circuito ao longo do período de análise

Frequência de interrupções forçadas por


100 km de circuito – Número de interrupções Indisponibilidade relativa por circuito
forçadas por cada 100 quilómetros de circuito,
normalmente referido a um período de um ano:

N
f= 100 x
L
L – Comprimento do circuito

74
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

ANEXO II

CONTINUIDADE DE SERVIÇO

QUADRO 1 (CONTINUAÇÃO)

PONTOS DE ENTREGA DA REN EM 2011


TENSÃO
Nº CÓDIGO PONTO DE ENTREGA DECLARADA (Uc) TENSÃO (kV)
1 DOU DOURO (REFER) 232 220
2 FTL FATELA (REFER) 234 220
3 GVA GOUVEIA (REFER) 234 220
4 MRT MORTÁGUA (REFER) 233 220
5 SSE SOBRAL DA SERRA (REFER) 234 220
6 SXL SIDERURGIA DO SEIXAL – LONGOS 231 220
7 ESD ERMIDAS SADO (REFER) 159 150
8 FGT FOGUETEIRO (REFER) 156 150
9 LZN LUZIANES (REFER) 159 150
10 MAA SIDERURGIA DA MAIA 156 150
11 MNO MONTE NOVO-PALMA (REFER) 158 150
12 NVC NEVES CORVO (SOMINCOR) 156 150
13 PGS PEGÕES (REFER) 157 150
14 QAJ QUINTA DO ANJO (AUTOEUROPA) 156 150
15 QGD QUINTA GRANDE (REFER) 156 150
16 RDA RODÃO (REFER) 157 150
17 SXR LUSOSIDER 154 150
18 SRU SUBESTAÇÃO DE RUIVÃES 155 150
19 CSNG COGERAÇÃO DA REFINARIA DE SINES 160 150
20 SPDV SUBESTAÇÃO DE PEDRALVA 132 130
21 SAM SUBESTAÇÃO DE ALTO DE MIRA 62,9 60
22 SAV SUBESTAÇÃO DO ALQUEVA 63 60
23 SBA SUBESTAÇÃO DA BODIOSA 63 60
24 SBL SUBESTAÇÃO DA BATALHA 63,5 60
25 SCC SUBESTAÇÃO DE CASTELO BRANCO 63 60
26 SCF SUBESTAÇÃO DE CHAFARIZ 63 60
27 SCG SUBESTAÇÃO DO CARREGADO 64,2 60
28 SCH SUBESTAÇÃO DE CARRICHE 62,4 60
29 SCL SUBESTAÇÃO DE CARRAPATELO 64 60
(CONT.)

75
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 1 (CONTINUAÇÃO)

PONTOS DE ENTREGA DA REN EM 2011


TENSÃO
Nº CÓDIGO PONTO DE ENTREGA DECLARADA (Uc) TENSÃO (kV)
30 SCN SUBESTAÇÃO DE CANELAS 64 60
31 SCT SUBESTAÇÃO DE CUSTÓIAS 64,2 60
32 SCV SUBESTAÇÃO DE CHAVES 63,7 60
33 SCVR SUBESTAÇÃO DE CARVOEIRA 63,5 60
34 SED SUBESTAÇÃO DE ERMESINDE 64,2 60
35 SEJ SUBESTAÇÃO DE ESTARREJA 63 60
36 SER SUBESTAÇÃO DE ÉVORA 63 60
37 SET SUBESTAÇÃO DE ESTÓI 63,5 60
38 SETM SUBESTAÇÃO DE ESTREMOZ 64,2 60
39 SFA SUBESTAÇÃO DE F.DO ALENTEJO 64,2 60
40 SFE SUBESTAÇÃO DO FERRO 63 60
41 SFF SUBESTAÇÃO DE FERNÃO FERRO 62,7 60
42 SFN SUBESTAÇÃO DE FANHÕES 62,7 60
43 SFR SUBESTAÇÃO DA FALAGUEIRA 63 60
44 SFRD SUBESTAÇÃO DA FRADES 63 60
45 SGR SUBESTAÇÃO DE GUIMARÃES 64 60
46 SLV SUBESTAÇÃO DE LAVOS 63 60
47 SMC SUBESTAÇÃO DE MOURISCA 64 60
48 SMCC SUBESTAÇÃO DE MACEDO DE CAVALEIROS 64 60
49 SMG SUBESTAÇÃO DO MOGADOURO 63 60
50 SMR SUBESTAÇÃO DE MOGOFORES 63 60
51 SOR SUBESTAÇÃO DE OLEIROS 64,2 60
52 SPA SUBESTAÇÃO DE PORTO ALTO 63 60
53 SPB SUBESTAÇÃO DE POMBAL 63 60
54 SPD SUBESTAÇÃO DA PRELADA 64 60
55 SPI SUBESTAÇÃO DA PARAÍMO 63 60
56 SPN SUBESTAÇÃO DO POCINHO 64,2 60
57 SPNL SUBESTAÇÃO DA PENELA 63,5 60
58 SPO SUBESTAÇÃO DA PORTIMÃO 63 60
59 SPR SUBESTAÇÃO DE PEREIROS 63,5 60
60 SRA SUBESTAÇÃO DE RIBA D'AVE 64,2 60
61 SRM SUBESTAÇÃO DE RIO MAIOR 63,5 60
62 SRR SUBESTAÇÃO DE RECAREI 64,2 60
63 SSB SUBESTAÇÃO DE SETÚBAL 63 60
64 SSN SUBESTAÇÃO DE SINES 61,7 60
65 SSR SUBESTAÇÃO DE SANTAREM 63 60

76
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 1 (CONTINUAÇÃO)

PONTOS DE ENTREGA DA REN EM 2011


TENSÃO
Nº CÓDIGO PONTO DE ENTREGA DECLARADA (Uc) TENSÃO (kV)
66 SSS SUBESTAÇÃO DE SETE RIOS 62,4 60
67 SSV SUBESTAÇÃO DE SACAVÉM 63,8 60
68 STBA SUBESTAÇÃO DE TÁBUA 63 60
69 STFR SUBESTAÇÃO DE TRAFARIA 62,7 60
70 STJ SUBESTAÇÃO DE TRAJOUCE 64,2 60
71 STN SUBESTAÇÃO DE TUNES 63 60
72 STR SUBESTAÇÃO DO TORRÃO 64,2 60
73 SVC SUBESTAÇÃO DE VILA CHÃ 63 60
74 SVG SUBESTAÇÃO DE VALDIGEM 64 60
75 SVI SUBESTAÇÃO DE VILA FRIA 63,5 60
76 SVM SUBESTAÇÃO DE VERMOIM 64 60
77 SVPA SUBESTAÇÃO DE VILA POUCA DE AGUIAR 63 60
78 SZBJ SUBESTAÇÃO DO ZAMBUJAL 62,7 60
79 SZR SUBESTAÇÃO DO ZÊZERE 64 60

Ponto de entrega com entrada em serviço em 2011.


Nota: O ponto de entrega Siderurgia do Seixal – Serviços (S.X.S) saiu de serviço em novembro de 2011.

77
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 2

INTERRUPÇÕES NOS PONTOS DE ENTREGA OCORRIDAS EM 2011

CAUSA
INTERRUPÇÃO TEMPO DE
PONTO DE DIA (AA/ HORA TOTAL / INTERRUP. ENF 1
ENTREGA MM/DD) (HH/MM) EQUIPAMENTO CLASSIF. DESCRIÇÃO PARCIAL 1 (min) (MWh)
SVPA 2011-01-23 15:47 LVPA.VG PRÓPRIAS VENTO TOTAL 1,9 0,3
DESCARGAS
MRT 2011-02-15 06:37 LPR.TBA1/MRT PRÓPRIAS TOTAL 0,7 0
ATMOSFÉRICAS
CAUSAS
FORTUITAS
LCF.GUARDA/ TERCEIROS –
SCF 2011-02-26 02:25 OU DE TOTAL 8,7 6,6
CELORICO OUTRAS AÇÕES
FORÇA
MAIOR

ERRO DE
SVPA 2011-03-23 09:45 LVPA.VG PRÓPRIAS TOTAL 2,2 0,2
MANOBRAS

SERVIÇOS
SOR 2011-05-18 16:37 LOR.S.M.DUME PRÓPRIAS TOTAL 5,7 12,9
AUXILIARES
TR 2 220/60
SCVR 2011-07-23 02:19 PRÓPRIAS OUTRAS AVES PARCIAL 2,0 0,3
SCVR

OUTRAS CAUSAS
CONHECIDAS
SFN 2011-10-21 15:39 B 2 400 SFN PRÓPRIAS TOTAL 7,7 12,7
(SOBRECARGAS,
ETC)

DESCARGAS
SXR 2011-11-09 05:03 LPM.FF4/SXS/SXR PRÓPRIAS TOTAL 1,8 0,1
ATMOSFÉRICAS
DESCARGAS
SXS 2011-11-09 05:03 LPM.FF4/SXS/SXR PRÓPRIAS TOTAL 1,8 0
ATMOSFÉRICAS

78
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 3

DURAÇÃO

1SEG.<Ti =<3min 3min <Ti<10min Ti>=10min TOTAIS


Nº DE
INTERRUPÇÕES PRÓPRIAS F.F.M. PRÓPRIAS F.F.M. PRÓPRIAS F.F.M. PRÓPRIAS F.F.M.
1997 19 14 10 43
1998 45 6 11 62
1999 41 5 8 54
a) a) a) a)
2000 9 14 29 52
2001 9 10 6 25
2002 5 9 3 17
2003 10 0 10 1 7 14 27 15
2004 5 0 9 0 1 0 15 0
2005 2 4 2 5 1 0 5 9
2006 13 2 8 7 2 18 23 27
2007 5 0 6 1 1 0 12 1
2008 3 0 10 0 3 0 16 0
2009 8 1 4 1 1 5 13 7
2010 5 0 2 0 1 0 8 0
2011 6 0 2 1 0 0 8 1
F.F.M. – Fortuitas ou de força maior
a) – Não foram discriminadas.

79
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

ANEXO III

QUALIDADE DA ONDA DE TENSÃO


Medições efetuadas
Durante o ano de 2011 foram realizadas medições de teor harmónico,
tremulação (flicker), desequilíbrio do sistema trifásico de tensões, valor
eficaz da tensão, frequência, cavas de tensão e sobretensões nas
instalações da REN apresentadas no Quadro 1.
Os períodos de medição realizados em cada nível de tensão tiveram
a duração de uma semana.

80
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 1
Síntese da Qualidade da Onda de Tensão
Tensão Eficaz Desequilíbrio Tremulação (Pst) Harmónicas (5ª)
INSTALAÇÃO/PdE
Data da medição Níveis de tensão (kV) Níveis de tensão (kV) Níveis de tensão (kV) Níveis de tensão (kV)
Abrev. Designação 400 220 150 130 60 400 220 150 130 60 400 220 150 130 60 400 220 150 130 60
50  50  50  50 
LAL.CTL1 Alto Lindoso 03-jan-2011 01-jan-2012

51  51  51  51 
LAL.CTL2 Alto Lindoso 03-jan-2011 01-jan-2012

50  50  2  49 
LAV.BVL Alqueva 03-jan-2011 01-jan-2012  
48 1
50  50  50  50 
LFR.CLL Falagueira 03-jan-2011 01-jan-2012

52  52  52  52 
LLGC.AAV1 Lagoaça 03-jan-2011 01-jan-2012

48  48  48  48 
LPN.AAV1 Pocinho 03-jan-2011 01-jan-2012

49  49  49  49 
LPN.AAV2 Pocinho 03-jan-2011 01-jan-2012

42  43  43  43 
LPN.SLL Pocinho 03-jan-2011 01-jan-2012 
1
20  20  20  20 
QAJ Quinta do 03-jan-2011 01-jan-2012
Anjo
44  43  37  35  45  41  45  43 
SAM Alto de Mira 03-jan-2011 01-jan-2012  
1 2
33  33  22  33 
SCG Carregado 03-jan-2011 01-jan-2012

31  41  31  41  31  37  31  41 
SEJ Estarreja 03-jan-2011 01-jan-2012 
2
10  42  10  42  10  42  10  42 
SET Estói 03-jan-2011 01-jan-2012

40  20  40  20  38  8  40  20 
SFA Ferreira do 03-jan-2011 01-jan-2012

Alentejo 2
       
8 38 8 38 5 32 8 38
Fixos

SFE Ferro 03-jan-2011 01-jan-2012

           
29 35 32 29 40 32 29 40 23 29 40 32
SFN Fanhões 03-jan-2011 01-jan-2012 
5
39  11  39  11  32  10  39  11 
SFR Falagueira 03-jan-2011 01-jan-2012
       
18 46 18 46 18 46 18 46
SLV Lavos 03-jan-2011 01-jan-2012

       
SPM 42 42 42 42 42 42 42 42
Palmela 03-jan-2011 01-jan-2012
       
49 50 49 50 41 46 49 50
SPR Pereiros 03-jan-2011 01-jan-2012
       
42 47 43 47 43 47 43 47
SRA Riba d'Ave 03-jan-2011 01-jan-2012 
1
           
41 12 41 41 12 41 41 4 31 41 12 41
SRM Rio Maior 03-jan-2011 01-jan-2012
           
27 14 40 27 14 40 26 10 40 27 14 40
SRR Recarei 03-jan-2011 01-jan-2012
           
17 34 34 17 34 33 17 34 34 17 34 34
SSN Sines 03-jan-2011 01-jan-2012

19  22  43  22  42  17  42  22 
STJ Trajouce 03-jan-2011 01-jan-2012 
23
       
STN 41 42 41 42 41 42 41 42
Tunes 03-Jan-2011 01-Jan-2012

       
9 42 9 42 9 34 9 42
SVC Vila Chã 03-jan-2011 01-jan-2012

       
43 43 43 43 43 38 43 43
SVG Valdigem 03-jan-2011 01-jan-2012

           
SVM Vermoim 03-jan-2011 01-jan-2012 25 47 25 27 47 25 15 1 17 27 47 25
2  38 

81
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 1 (CONTINUAÇÃO)
Síntese da Qualidade da Onda de Tensão
Tensão Eficaz Desequilíbrio Tremulação (Pst) Harmónicas (5ª)
INSTALAÇÃO/PdE
Data da medição Níveis de tensão (kV) Níveis de tensão (kV) Níveis de tensão (kV) Níveis de tensão (kV)
Abrev. Designação 400 220 150 130 60 400 220 150 130 60 400 220 150 130 60 400 220 150 130 60
   
4 4 3 4
PCES Ermidas Sado 25-abr-2011 05-jun-2011 
1
   
4 4 4 4
PCSI Sabóia 30-mai-2011 10-jul-2011

   
4 4 4 4
PCUR Urrô 08-ago-2011 25-set-2011

       
4 4 4 4 4 4 4 4
SBA Bodiosa 21-mar-2011 01-mai-2011
           
4 4 3 4 4 4 4 4 4 4 4 4
SBL Batalha 21-mar-2011 01-mai-2011 
1
       
4 4 4 4 4 4 4 4
SCF Chafariz 04-jul-2011 14-ago-2011
       
4 4 4 4 4 4 4 4
SCN Canelas 10-jan-2011 20-fev-2011
       
2 2 2 2 2 2 2 2
SCT Custóias 10-jan-2011 20-fev-2011

       
4 4 4 4 4 4 4 4
SER Évora 30-mai-2011 10-jul-2011

       
4 3 4 4 4 4 4 4
SETM Estremoz 30-mai-2011 10-jul-2011 
1
       
4 4 4 4 4 4 4 4
SFF Fernão Ferro 22-ago-2011 02-out-2011

       
4 4 4 4 4 4 4 4
SMC Mourisca 21-mar-2011 01-mai-2011
Móveis

       
Macedo de 4 4 1 4 4 4 4 4
SMCC Cavaleiros 04-jul-2011 14-ago-2011
       
4 4 4 4 4 4 4 4
SMR Mogofores 19-set-2011 06-nov-2011
   
3 3 3 3
SOQ Ourique 25-abr-2011 29-mai-2011

       
4 4 4 4 4 4 4 4
SPA Porto Alto 22-ago-2011 02-out-2011

           
4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
SPDV Pedralva 14-fev-2011 28-mar-2011

           
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
SPO Portimão 02-mai-2011 05-jun-2011

       
4 3 4 3 4 3 4 3
SSB Setúbal 22-ago-2011 02-out-2011

       
4 4 4 4 4 4 4 4
SSV Sacavém 22-ago-2011 09-out-2011

       
2 2 2 2 2 2 2 2
STBA Tábua 18-mar-2011 28-abr-2011

       
4 4 4 4 4 4 4 4
STVR Tavira 17-out-2011 27-nov-2011
       
4 4 4 4 4 4 4 4
SVI Vila Fria 14-fev-2011 28-mar-2011

           
4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
SZR Zêzere 30-mai-2011 10-jul-2011

3 MEDIÇÕES DENTRO DOS LIMITES REGULAMENTARES ( DURANTE 3 SEMANAS). INSTALAÇÃO / TENSÃO, DEFINIDA COMO PONTO DE ENTREGA (PdE).
1 MEDIÇÃO FORA DOS LIMITES REGULAMENTARES (DURANTE 1 SEMANA).

* Foram excedidos os limites regulamentares das seguintes - 29ª nas instalações: SBL uma semana nos 60kV; - 33ª nas instalações: SPA quatro semanas nos 60kV; SSN treze
harmónicas: - 33ª nas instalações: STN duas semanas e SPR uma semana e semanas nos 60kV; PCSI quatro semanas nos 150kV; SFA uma
SSN seis semanas nos 60kV; PCES quatro semanas nos 150kV; semana nos 150kV; PCUR quatro semanas nos 220kV; SVM
1º TRIMESTRE: - 45ª nas instalações: QAJ quatro semanas nos 150kV e SCG uma semana nos 220kV.
- 33ª nas instalações: SVM dez semanas nos 220kV; SSN seis duas semanas nos 60kV.
semanas nos 60kV; QAJ uma semana e SPM quatro semanas 4º TRIMESTRE:
no 150kV. 3º TRIMESTRE: - 7ª nas instalações: SFE seis semanas nos 220kV;
- 21ª nas instalações: SER quatro semanas e PCSI quatro - 33ª nas instalações: SSN sete semanas nos 60kV; SVM três
2º TRIMESTRE: semanas nos 150kV; semanas nos 220kV.
- 7ª nas instalações: SPO três semanas nos 150 kV ; - 27ª nas instalações: SPA semanas nos 150kV e 60kV; SSN treze
- 8ª nas instalações: SBL e SBA, uma semana nos 400kV; semanas nos 60kV;

QUADRO 2

QTE NATUREZA ENTIDADE RECLAMANTE RESPOSTA/SEGUIMENTO OBS.


RECLAMAÇÃO SEM
INTERRUPÇÃO DA TENSÃO
1 RIKOR TINTAS VERNIZES LDA FUNDAMENTO, POR NÃO HAVER RECLAMAÇÃO FORMAL
DE ALIMENTAÇÃO
INCUMPRIMENTO DO RQS

82
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

ANEXO IV

DISPONIBILIDADE

QUADRO 1

NÚMERO E DURAÇÃO DAS INDISPONIBILIDADES NOS ELEMENTOS DE REDE

N.º DE INDISP. TEMPO

ELEMENTO DE REDE N.º (%) HORAS (%)


CIRCUITOS 334 17% 40.945 30%
ATR/TR 433 22% 27.358 20%
B. CONDENSADORES 156 8% 21.964 16%
BARRAMENTOS 1.035 53% 44.271 33%
TOTAL 1.958 100% 134.539 100%

QUADRO 2

NÚMERO E DURAÇÃO DAS INDISPONIBILIDADES NOS CIRCUITOS DE LINHA

MANUT. PREVENTIVA MANUT. CORRETIVA OUTROS TRABALHOS TOTAL

U (kV) QTE HORAS QTE HORAS QTE HORAS QTE HORAS


400 24 195 6 350 40 3.954 70 4.498
220 50 1.063 13 3.035 111 15.529 174 19.627
150 21 1.964 5 20 64 14.837 90 16.820
TOTAL 95 3.222 24 3.404 215 34.319 334 40.945

QUADRO 3

NÚMERO E DURAÇÃO DAS INDISPONIBILIDADES NAS LINHAS E PAINÉIS

N.º DE INDISP. ORIGEM TEMPO TOTAL DAS INDISP. [h] LINHAS


N.º DE INDISP. TEMPO POR
POR 100 km 100 km
U (kV) LINHA PAINEL TOTAL LINHA PAINEL TOTAL LINHA PAINEL
400 24 46 70 3,1 1.005 3.494 4.498 201,2 55 2.236,2
220 72 102 174 5,0 5.179 14.448 19.627 562,1 103 3.491,6
150 42 48 90 3,4 8.478 8.342 16.820 636,4 82 2.643,1
TOTAL 138 196 334 4,0 14.661 26.284 40.945 489,1 240 8.370,9

83
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 4

FREQUÊNCIA MÉDIA DAS INDISPONIBILIDADES EM CIRCUITOS DE LINHA

FREQUÊNCIA MÉDIA DA INDISP. POR 100 km FREQUÊNCIA MÉDIA DA INDISP. POR


DE CIRCUITO (SEMANAS) CIRCUITO (SEMANAS)

U (kV) 07 08 09 10 11 07 08 09 10 11
400 8 7 6 15 17 23 30 21 38 41
220 9 6 6 6 10 37 25 19 19 31
150 8 7 9 11 15 40 21 26 31 47

QUADRO 5

NÚMERO E DURAÇÃO DAS INDISPONIBILIDADES NOS TRANSFORMADORES E AUTOTRANSFORMADORE

MANUT. PREVENTIVA MANUT. CORRETIVA OUTROS TRABALHOS TOTAL

U (kV) QTE HORAS QTE HORAS QTE HORAS QTE HORAS


400 52 3.352 37 538 40 1.863 129 5.753
220 95 1.386 19 140 93 4.838 207 6.365
150 43 1.175 13 486 41 13.579 97 15.240
TOTAL 190 5.913 69 1.165 174 20.281 433 27.358

QUADRO 6

NÚMERO E DURAÇÃO DAS INDISPONIBILIDADES NOS TRANSFORMADORES E AUTOTRANSFORMADORES

N.º DE INDISP. [ORIGEM] TEMPO TOTAL DAS INDISP. [h]


N.º DE TEMPO
N.º DE
INDISP. MÉDIO POR
UNIDADES
POR UN. UNIDADE [h]
TIPO U [kV]* MÁQ. PAINEL TOTAL MÁQ. PAINEL TOTAL
400 4 90 94 5,2 210 913 1.123 62,4 18
220 9 177 186 2,3 98 6121 6.218 76,8 81
TR
150 9 88 97 1,8 368 14.872 15.240 277,1 55
TOTAL 22 355 377 2,4 676 21.905 22.581 146,6 154
400 7 28 35 1,2 2.789 1.842 4.631 159,7 29

ATR 220 2 19 21 3,5 15 132 146 24,4 6


TOTAL 9 47 56 1,6 2.804 1.973 4.777 136,5 35
TOTAL GLOBAL 31 402 433 2,3 3.480 23.878 27.358 144,8 189
* Tensão mais elevada do conjunto máquina/painéis

84
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

ANEXO V

COMPORTAMENTO DA REDE DE TRANSPORTE


E DOS SEUS EQUIPAMENTOS E SISTEMAS

QUADRO 1 – CAUSAS DOS INCIDENTES COM ORIGEM NA RNT – 2011

INCIDENTES COM ORIGEM


NA RNT 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11
TOTAL 308 260 198 289 213 176 152 185 210 237
ORIGEM DOS INCIDENTES (%):
LINHAS A 400 kV 20,8 23,5 17,2 32,2 23,0 19,3 21,7 23,8 24,8 26,6
LINHAS A 220 kV 35,4 13,1 18,7 40,8 26,8 20,5 28,9 36,2 34,8 34,6
LINHAS A 150 kV 33,8 54,6 53,0 18,3 41,8 52,3 40,8 30,8 33,3 33,3
OUTRAS 10,1 8,8 11,1 8,7 8,4 7,9 8,6 9,2 7,1 5,5
CAUSAS DOS INCIDENTES (%):
FATORES ATMOSFÉRICOS 56,2 30,0 42,4 23,2 23,9 43,2 37,5 34,6 37,6 45,1
AVES 12,3 28,9 27,3 9,7 34,3 31,8 26,3 22,2 17,6 29,5
INCÊNDIOS 9,1 19,2 11,6 47,7 16,0 1,7 1,3 9,2 7,6 5,9
DESCONHECIDAS 7,5 7,7 4,0 5,2 6,6 10,8 17,1 20,0 20,0 6,8
OUTRAS 14,9 14,2 14,7 14,2 19,2 12,5 17,8 14,0 17,2 12,7

DEFEITOS AGRUPADOS,
POR INCIDENTE, ASSOCIADOS
AOS INCIDENTES COM ORIGEM
NA RNT 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11
TOTAL EM LINHAS 354 324 194 273 195 164 148 177 207 234
Nº DE DEFEITOS POR 100 km :
LINHAS A 400 kV 7,2 6,6 2,5 6,2 3,3 2,1 2,0 2,7 2,6 2,6
LINHAS A 220 kV 5,3 2,1 1,5 4,5 2,0 1,3 1,4 2,0 2,4 2,6
LINHAS A 150 kV 4,8 7,2 5,2 2,3 3,7 3,4 2,7 2,5 2,9 3,3
ÍNDICE GLOBAL REDE DE MAT 5,5 5,0 3,0 4,1 2,8 2,2 2,0 2,4 2,6 2,8

85
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 2 – ORIGEM DOS INCIDENTES COM REPERCUSSÃO NA RNT – 2011

INCIDENTES COM ORIGEM NA RNT

ELEMENTO DA REDE ORIGEM INCIDENTES (n) INCIDENTES (%)

LINHAS A 400 kV 63 26,6


LINHAS A 220 kV 82 34,6
LINHAS A 150 kV 79 33,3
AUTOTRANSFORMADORES 5 2,1
TRANSFORMADORES 6 2,5
BARRAS/INTER-BARRAS 2 0,9
TOTAL 237 100,0

INCIDENTES COM ORIGEM EXTERNA À RNT

REDE ORIGEM INCIDENTES (n) INCIDENTES (%)

EDP DISTRIBUIÇÃO 10 37,1


EDP PRODUÇÃO (CENTRAIS TÉRMICAS) 2 7,4
EDP PRODUÇÃO (CENTRAIS HIDRÁULICAS) 8 29,6
REFER 4 14,8
PARQUE AT REN 3 11,1
TOTAL 27 100,0

INCIDENTES COM ORIGEM EXTERNA À RNT INCIDENTES (n) INCIDENTES (%)


ORIGEM NA RNT 237 89,8
ORIGEM NO PARQUE AT DA REN 3 1,1
ORIGEM EXTERNA À REN 24 9,1
TOTAL 264 100,0

86
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 3 – CAUSAS DOS INCIDENTES COM REPERCUSSÃO NA RNT – 2011

REPERCUSSÃO

TOTAL DE 400 kV 220 kV 150 kV AT +TR + B


INCIDENTES
INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN.
(n) (%) (n) (%) (n) (%) (n) (%)
FAMÍLIA DE CAUSAS CAUSAS (n) (%)

DESCARGAS
AÇÃO ATMOSFÉRICA 103 43,5 19 30,2 34 41,5 49 62 1 7,7
ATMOSFÉRICAS

NEVOEIRO 3 1,3 0 0 2 2,4 0 0 1 7,7


VENTO 1 0,4 0 0 1 1,2 0 0 0 0
AÇÃO AMBIENTAL CEGONHAS 68 28,7 28 44,4 23 28,1 17 21,5 0 0
INCÊNDIOS 14 5,9 6 9,5 5 6,1 3 3,8 0 0
OUTRAS AVES 2 0,8 0 0 0 0 0 0 2 15,4
DEFEITO EQUIP – MAT DISJUNTOR 2 0,8 0 0 0 0 2 2,5 0 0

MÓDULO SF6
1 0,4 0 0 0 0 0 0 1 7,7
BLINDADO

TRANSFORMADOR
1 0,4 1 1,6 0 0 0 0 0 0
DE TENSÃO

TRANSFORMADOR
DE POTÊNCIA (INCLUI 3 1,3 0 0 0 0 0 0 3 23,1
ACESSÓRIOS)

DEFEITO EQUIP – LINHAS/ ACESSÓRIOS CABO


1 0,4 0 0 1 1,2 0 0 0 0
CABO SUBT SUBT (JUNÇÕES)

OUTROS
COMPONENTES DE 1 0,4 0 0 1 1,2 0 0 0 0
LINHA

SISTEMAS DE
DEFEITO – SIST AUX 10 4,2 4 6,3 5 6,1 1 1,3 0 0
PROTEÇÕES

OUTROS ERRO HUMANO –


CONSERVAÇÃO,
3 1,3 0 0 1 1,2 0 0 2 15,4
MONTAGENS E
ENSAIOS

ERRO DE MANOBRA 2 0,8 1 1,6 0 0 0 0 1 7,7

ERRO PROJETO /
2 0,8 1 1,6 1 1,2 0 0 0 0
COMISSIONAMENTO

CAUSAS
2 0,8 0 0 1 1,2 0 0 1 7,7
CONHECIDAS

CAUSAS
17 7,2 3 4,8 6 7,3 7 8,9 1 7,7
DESCONHECIDAS

AERONAVES 1 0,4 0 0 1 1,2 0 0 0 0

TOTAL INCIDENTES COM ORIGEM NA RNT 237 100,0 63 100,0 82 100,0 79 100,0 13 100,0

87
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 3 – CAUSAS DOS INCIDENTES COM REPERCUSSÃO NA RNT – 2011 (CONTINUAÇÃO)

REPERCUSSÃO

CAUSAS DOS TOTAL DE 400 kV 220 kV 150 kV AT +TR + B


INCIDENTES / INCIDENTES
FAMÍLIA DE CAUSAS INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN.
REPERCUSSÕES (%)
(n) (%) (n) (%) (n) (%) (n) (%) (n)

CAUSAS
AÇÃO TERCEIROS INTRÍNSECAS A 23 85,2 0 0 10 100 9 100 4 57,1
OUTRAS REDES

TERCEIROS-OUTRAS
1 3,7 0 0 0 0 0 0 1 14,3
AÇÕES

SISTEMAS DE
DEFEITO SIST. AUX 1 3,7 1 100 0 0 0 0 0 0
PROTEÇÃO

ORIGEM INTERNA ERRO MANOBRAS 1 3,7 0 0 0 0 0 0 1 14,3

ORIGEM INTERNA – DEF.


DISJUNTOR 1 3,7 0 0 0 0 0 0 1 14,3
EQUIP. AT

TOTAL INCIDENTES COM


27 100,0 1 100,0 10 100,0 9 100,0 7 100,0
ORIGEM EXTERNA À RNT

REPERCUSSÃO

TOTAL DE 400 kV 220 kV 150 kV AT +TR + B


INCIDENTES COM INCIDENTES
REPERCUSSÕES NA RNT INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN. INCIDEN.
(n) (%) (n) (%) (n) (%) (n) (%) (n) (%)

TOTAL INCIDENTES COM


237 89,8 63 98,4 82 89,1 79 89,8 13 65
ORIGEM INTERNA À RNT

TOTAL INCIDENTES COM


27 10,2 1 1,6 10 10,9 9 10,2 7 35
ORIGEM EXTERNA À RNT

TOTAL INCIDENTES 264 100,0 64 100,0 92 100,0 88 100,0 20 100,0

88
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 4 – INCIDENTES DEVIDOS A DEFICIÊNCIAS DE EQUIPAMENTO – 2011

FAMÍLIA DE CAUSAS EQUIPAMENTO Nº INCIDENTES f (%) F (%) Nº INC NO SP Nº INC NO SA

DEFEITO – SISTEMAS
SISTEMA DE PROTEÇÃO 10 52,6 52,6 0 10
AUXILIARES

DEFEITO
DISJUNTOR 2 10,5 63,1 2 0
EQUIPAMENTO-MAT

TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA
3 15,7 78,8 2 0
(INCLUINDO ACESSÓRIOS)

TRANSFORMADOR DE TENSÃO 1 5,3 84,1 1 0

MÓDULO SF6 BLINDADO 1 5,3 89,4 1 0

DEFEITO DE EQUIPAMENTO
ACESSÓRIOS-CABO SUBTERRÂNEO
–LINHAS/CABO 1 5,3 94,7 2 0
(JUNÇÕES)
SUBTERRÂNEO

OUTROS COMPONENTES DE LINHA 1 5,3 100 4 0

TOTAL 19 100 13 11

f – Frequência; F – Frequência Acumulada


SP – Sistema Primário; SA – Sistema Auxiliar

QUADRO 5 – INCIDENTES COM ENERGIA NÃO FORNECIDA – 2011

07 08 09 2010 2011
Nº INTER- Nº INTER-
RUP. DE RUP. DE Nº INC.
Nº Nº Nº Nº SERVIÇO Nº INC. QUE ENF RE- Nº SERVIÇO QUE ORIGI- ENF RE-
ORIGEM DO TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL RESUL- ORIGINA- SULTANTE TOTAL RESUL- NARAM SULTANTE
NCIDENTE DE INC. DE INC. DE INC. DE INC. TANTES RAM ENF (MWh) DEINC. TANTES ENF (MWh)

INCIDENTES COM
176 152 185 210 1 1 18,40 237 1 1 12,7
ORIGEM NA RNT

INCIDENTES COM
ORIGEM EXTERNA
21 20 24 33 2 2 96,50 27 2 2 19,5
E REPERCUSSÃO
NA RNT
TOTAL PARCIAL 197 172 209 243 3 3 114,90 264 3 3 32,2

INCIDENTES COM
ENF IMPUTÁVEL
À REN E SEM 2 1 1 0 0 0 0,0 0 0 0 0
REPERCUSSÃO
NA RNT

TOTAL 199 173 210 210 3 3 114,90 264 3 3 32,2

89
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 6 – INCIDENTES COM ENERGIA NÃO FORNECIDA – 2011

INTERRUPÇÕES FUGITIVAS INTERRUPÇÕES PERMANECENTES

TENSÃO (kV) <1s [1 s; 60 s [ >= 60 s

150 63 12 25
220 57 13 44
400 46 5 22
TOTAL 166 30 91

QUADRO 7 –NÚMERO E DURAÇÃO DAS INTERRUPÇÕES PERMANECENTES EM CIRCUITOS

COMPRI- Nº DE Nº DE Nº DE INTER- DURAÇÃO INDISPONIBILI-


MENTO INTER- INTERRUP- RUPÇÕES TEMPO TOTAL MÉDIA POR DADE RELATIVA INDISPONIBILIDADE
CIRCUITO Nº DE RUPÇÕES ÇÕES POR POR CIR- DE INTERRUP- INTERRUPÇÃO (%/100 Km) RELATIVA POR
(Km) CIRCUITOS FORÇADAS 100 Km CUITO ÇÃO (HORAS) (HORAS) CIRCUITO (%)
TENSÃO
(kV) [L] [C] [N] [F]=100*N/L [F1]=N/C [T] [D]=T/N [U]=F*D*100/24*365 [U]=F*D*100/24*365

150 2236,2 55 25 1,61 0,65 29 0,81 0,015 0,006


220 3491,6 103 44 1,00 0,34 416 11,87 0,136 0,046
400 2643,1 82 22 1,06 0,34 23 0,81 0,010 0,003
TOTAL 8370,9 240 91 1,18 0,41 468 4,72 0,064 0,022

QUADRO 8 – INTERRUPÇÕES PERMANECENTES COM CAUSAS INTERNAS NA RNT

COMPRI. Nº INT. TEMPO DURAÇÃO INDISPONIB.


CIRCUITO INTERRUPÇÕES Nº INT. POR TOTAL INT. MÉDIA INT. RELATIVA
(km) FORÇADAS FORÇADAS 100 km (HORAS) (HORAS) (% / 100 km)

INC. COM
ORIGEM CIRCUITOS CIRCUITOS
INTERNA ORIGEM AFETADOS
NA RNT FAMÍLIA DE DE DEFEI- POR DE-
U (kV) (QTE) CAUSAS CAUSAS [L] TO (Nº) FEITO (Nº) [N] [f]=100*N/L [T] [d]=T/N [u]=f*d*100/24*365

AÇÃO DESCARGAS
150 79 2236,2 13 2 15 0,67 2,15 0,14 0,00110
ATMOSF. ATMOSFÉRICAS

AÇÃO CEGONHAS 1 0 1 0,04 0,02 0,02 0,00001


AMBIENTAL
INCÊNDIOS 2 0 2 0,09 0,08 0,04 0,00004

DEF.
DISJUNTOR 2 0 2 0,09 0,10 0,05 0,00005
EQUIP. AT

OUTRAS CAUSAS
OUTROS 1 0 1 0,04 0,04 0,04 0,00002
DESCONHECIDAS

TOTAL 79 2236,2 19 2 21 0,94 2,39 0,11 0,00122

90
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

COMPRI. Nº INT. TEMPO DURAÇÃO INDISPONIB.


CIRCUITO INTERRUPÇÕES Nº INT. POR TOTAL INT. MÉDIA INT. RELATIVA
(km) FORÇADAS FORÇADAS 100 km (HORAS) (HORAS) (% / 100 km)

INC. COM
ORIGEM CIRCUITOS CIRCUITOS
INTERNA ORIGEM AFETADOS
NA RNT FAMÍLIA DE DE DEFEI- POR DE-
U (kV) (QTE) CAUSAS CAUSAS [L] TO (Nº) FEITO (Nº) [N] [f]=100*N/L [T] [d]=T/N [u]=f*d*100/24*365

220 82 AÇÃO DESCARGAS 3491,6


12 1 13 0,37 1,32 0,10 0,00043
ATMOSF. ATMOSFÉRICAS

VENTO 1 0 1 0,03 0,02 0,02 0,00001

AÇÃO
CEGONHAS 3 0 3 0,09 0,07 0,02 0,00002
AMBIENTAL

INCÊNDIOS 4 0 4 0,11 0,16 0,04 0,00005

OUTRAS AVES 0 3 3 0,09 4,63 1,54 0,00152

DEF. EQUIP.
CABO TERRA 1 0 1 0,03 0,05 0,05 0,00002
LINHAS

JUNÇÕES CABO
1 0 1 0,03 368,71 368,71 0,12055
SUB.

DEF. EQUIP. SISTEMAS DE


2 1 3 0,09 0,64 0,21 0,00021
SIST. AUX. PROTEÇÕES

OUTROS ERRO PROJETO 1 0 1 0,03 0,04 0,04 0,00001

ERRO
1 0 1 0,03 0,05 0,05 0,00002
CONSERVAÇÃO

OUTRAS CAUSAS
1 0 1 0,03 0,04 0,04 0,00001
CONHECIDAS

OUTRAS CAUSAS
3 0 3 0,09 24,84 8,28 0,00812
DESCONHECIDAS

TOTAL 82 3491,6 30 5 35 1,00 400,58 11,45 0,13097

AÇÃO DESCARGAS
400 63 2643,1 1 0 1 0,04 0,02 0,02 0,00001
ATMOSF. ATMOSFÉRICAS

AÇÃO
CEGONHAS 3 0 3 0,11 16,63 5,54 0,00718
AMBIENTAL

INCÊNDIOS 5 0 5 0,19 0,21 0,04 0,00009

DEF. EQUIP. TRANSFORMADOR


1 0 1 0,04 0,05 0,05 0,00002
AT TENSÃO

OUTROS
1 0 1 0,04 0,36 0,36 0,00015
COMPONENTES

DEF. EQUIP. SISTEMAS DE


3 1 4 0,15 3,93 0,98 0,00170
SIST. AUX. PROTEÇÕES

OUTROS ERRO MANOBRA 1 0 1 0,04 0,03 0,03 0,00001

OUTRAS CAUSAS
2 0 2 0,08 1,34 0,67 0,00058
CONHECIDAS

OUTRAS CAUSAS
0 3 3 0,11 0,11 0,04 0,00005
DESCONHECIDAS

TOTAL 63 2643,1 17 4 21 0,79 22,67 1,08 0,00979

91
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 9 – INTERRUPÇÕES PERMANECENTES COM CAUSA EXTERNA À RNT

COMPRI. Nº INT. TEMPO DURAÇÃO INDISPONIB.


CIRCUITO INTERRUPÇÕES Nº INT. POR TOTAL INT. MÉDIA INT. RELATIVA
(km) FORÇADAS FORÇADAS 100 km (HORAS) (HORAS) (%/100 km)

INC. COM
ORIGEM CIRCUITOS CIRCUITOS
INTERNA ORIGEM AFETADOS
NA RNT FAMÍLIA DE DE DEFEI- POR DE-
U (kV) (QTE) CAUSAS CAUSAS [L] TO (Nº) FEITO (Nº) [N] [f]=100*N/L [T] [d]=T/N [u]=f*d*100/24*365

AÇÃO CAUSAS OUTRAS


150 4 2236,2 0 2 2 0,09 26,73 13,37 0,01365
TERCEIROS ENTIDADES

DEF. EQUIP. SISTEMAS DE


0 2 2 0,09 0,08 0,04 0,00004
AUX. PROTEÇÕES

TOTAL 4 2236,2 0 4 4 0,18 26,81 6,70 0,01369

AÇÃO CAUSAS OUTRAS


220 9 3491,6 3 0 3 0,13 0,15 0,05 0,00008
TERCEIROS ENTIDADES

OUTRAS CAUSAS
OUTROS 0 6 6 0,27 15,64 2,61 0,00799
CONHECIDAS

TOTAL 9 3491,6 3 6 9 0,40 15,79 2,66 0,01

DEF. EQUIP. SISTEMAS DE


400 3 2643,1 0 1 1 0,04 0,07 0,07 0,00003
AUX. PROTEÇÕES

TOTAL 3 2643,1 0 1 1 0,04 0,07 0,07 0,00003

QUADRO 10 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INTERRUPÇÕES PERMANECENTES


POR 100 km DE CIRCUITOS – 150 kV

150 kV

DESCARGAS OUTRAS REDES OUTRAS


ANO ATMOSFÉRICAS POLUIÇÃO CEGONHAS INCÊNDIOS (EXT. RNT) CAUSAS INDETERMINADAS TOTAL
2002 0,83 0,12 0,25 0,17 0,00 0,45 0,25 2,07

2003 1,11 0,04 0,04 1,44 0,00 1,56 0,12 4,31

2004 0,86 0,09 0,05 0,59 0,82 0,55 0,00 2,96

2005 0,13 0,00 0,00 0,74 0,57 0,53 0,18 2,15

2006 0,86 0,00 0,16 0,25 0,45 0,63 0,00 2,35

2007 0,68 0,00 0,08 0,08 0,19 0,32 0,19 1,54

2008 1,05 0,00 0,00 0,00 0,19 0,98 0,04 2,25

2009 0,52 0,00 0,07 0,00 0,22 0,15 0,11 1,07

2010 0,46 0,00 0,08 0,08 0,34 0,31 0,11 1,38

2011 0,67 0 0,04 0,09 0,09 0,18 0,04 1,12

MÉDIA 0,72 0,03 0,09 0,34 0,29 0,57 0,10 2,14

MÉDIA (%) 33,65% 1,41% 4,21% 15,89% 13,56% 26,60% 4,68% 100,00%

92
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 11 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INTERRUPÇÕES PERMANECENTES POR 100 km


DE CIRCUITOS – 220 kV

220 kV

DESCARGAS OUTRAS REDES OUTRAS


ANO ATMOSFÉRICAS POLUIÇÃO CEGONHAS INCÊNDIOS (EXT. RNT) CAUSAS INDETERMINADAS TOTAL
2002 1,18 1,07 0,00 0,77 0,12 0,76 0,04 3,94

2003 0,11 0,00 0,00 1,07 0,00 0,70 0,15 2,03

2004 0,25 0,25 0,00 0,25 0,11 0,32 0,04 1,20

2005 0,17 0,17 0,00 2,64 0,00 0,78 0,07 3,83

2006 0,45 0,10 0,03 0,26 0,03 0,27 0,13 1,27

2007 0,35 0,00 0,00 0,00 0,09 0,09 0,13 0,66

2008 0,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,22 0,15 0,74

2009 0,43 0,00 0,00 0,40 0,00 0,27 0,12 1,22

2010 0,09 0,00 0,00 0,14 0,12 0,31 0,35 1,01

2011 0,37 0,00 0,09 0,11 0,26 0,34 0,09 1,26

MÉDIA 0,38 0,16 0,01 0,56 0,07 0,41 0,13 1,72

MÉDIA (%) 22,09% 9,3% 0,58% 32,56% 4,07% 23,84% 7,56% 100,00%

QUADRO 12 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE INTERRUPÇÕES PERMANECENTES POR 100 km


DE CIRCUITOS – 400 kV

400 kV

DESCARGAS OUTRAS REDES OUTRAS


ANO ATMOSFÉRICAS POLUIÇÃO CEGONHAS INCÊNDIOS (EXT. RNT) CAUSAS INDETERMINADAS TOTAL
2002 0,46 0,08 0,00 1,31 0,23 0,92 0,38 3,38

2003 0,00 0,07 0,07 2,35 0,43 0,86 0,21 3,99

2004 0,34 0,14 0,07 0,41 0,48 0,89 0,28 2,61

2005 0,07 0,33 0,00 2,87 0,33 0,80 0,07 4,47

2006 0,27 0,00 0,13 1,26 0,53 0,46 0,07 2,72

2007 0,13 0,00 0,00 0,06 0,50 0,50 0,06 1,25

2008 0,06 0,06 0,00 0,06 0,19 0,06 0,00 0,44

2009 0,12 0,00 0,00 0,12 0,44 0,25 0,25 1,18

2010 0,10 0,00 0,00 0,05 0,30 0,82 0,15 1,42

2011 0,04 0,00 0,11 0,19 0,04 0,38 0,08 0,83

MÉDIA 0,25 0,08 0,30 0,93 0,49 0,73 0,16 2,94

MÉDIA (%) 8,51% 2,72% 10,20% 31,63% 16,67% 24,83% 5,44% 100,00%

93
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 13 – EFICÁCIA DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO

NÍVEL DE TENSÃO (kV)

ELEMENTO ORIGEM 400 220 150 RNT


LINHAS E CABOS

TOTAL DE ATUAÇÕES 65 96 95 256

COMPORTAMENTO CORRETO 60 89 88 237

COMPORTAMENTO INCORRETO 5 7 7 19

EFICÁCIA (%) 92,3 92,7 92,6 92,6

TRANSFORMADORES E AUTOTRANSFORMADORES(*)

TOTAL DE ATUAÇÕES 1 3 1 5

COMPORTAMENTO CORRETO 1 3 1 5

COMPORTAMENTO INCORRETO 0 0 0 0

EFICÁCIA (%) 100 100 100 100

BARRAMENTOS E INTERBARRAS/BYPASS

TOTAL DE ATUAÇÕES 2 1 0 3

COMPORTAMENTO CORRETO 2 1 0 3

COMPORTAMENTO INCORRETO 0 0 0 0

EFICÁCIA (%) 100 100 - 100

OUTRAS REDES COM REPERCUSSÃO NA RNT (**)

TOTAL DE ATUAÇÕES 2 6 1 9

COMPORTAMENTO CORRETO 0 2 0 2

COMPORTAMENTO INCORRETO 2 4 1 7

EFICÁCIA (%) 0 33,3 0 22,2

TOTAL

TOTAL DE ATUAÇÕES 70 106 97 273

COMPORTAMENTO CORRETO 63 95 89 247

COMPORTAMENTO INCORRETO 7 11 8 26

EFICÁCIA (%) 90 89,6 91,8 90,5

(*) As perturbações com origem em autotransformadores e transformadores de potência


são contabilizadas no nível de tensão mais elevado.
(**) As perturbações com origem noutras redes são contabilizadas no nível de tensão mais alto em que houve repercussão.

94
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

QUADRO 14 – GRAU DE SELETIVIDADE DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO

NÍVEL DE TENSÃO (kV)

ATUAÇÕES 400 220 150 RNT


TOTAL DE ATUAÇÕES 67 103 96 266

SELETIVAS 64 97 94 255

NÃO SELETIVAS 3 6 2 11

GRAU DE SELETIVIDADE (%) 95,5 94,2 97,9 95,9

QUADRO 15 – TEMPO MÉDIO DE ATUAÇÃO DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO (ms)

NÍVEL DE TENSÃO (kV)

400 220 150 RNT


23,0 73,6 54,2 53,5

QUADRO 16 – EFICÁCIA DA RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA

NÍVEL DE TENSÃO (kV)

RELIGAÇÃO AUTOMÁTICA 400 220 150 RNT


TOTAL DE RELIGAÇÕES 104 147 114 365

EFICAZES 90 135 111 336

NÃO EFICAZES 14 12 3 29

EFICÁCIA (%) 86,5 91,8 97,4 92,1

95
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

ANEXO VI

MAPA COM OS PONTOS DE ENTREGA

96
RELATÓRIO DE QUALIDADE ANEXOS
DE SERVIÇO 2011

Avenida Estados Unidos da América, 55


1749-061 Lisboa
Telefone: +351 210 013 500

97

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