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Guia técnico de

média tensão
Noções básicas para projeto de MT de acordo
com normas da IEC e IEEE

schneider-electric.com
“O autor agradece à Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC) pela permissão para reproduzir informações de suas Normas Internacionais. Todos
esses extratos são protegidos por direitos autorais da IEC, em Genebra, na Suíça. Todos os direitos reservados. Mais informações sobre a IEC
estão disponíveis em www.iec.ch. A norma IEC não tem qualquer responsabilidade pela localização e contexto em que os extratos e conteúdos são
reproduzidos pelo autor, nem a norma IEC é de forma alguma responsável pelo outro conteúdo ou precisão neles contidos.”

Para todas as normas IEC citadas neste guia, consulte a página 178 para referências

2 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Índice Geral

Apresentação 4

Regras de projeto 54

Definição de conjunto de
110
manobra e controle

Unidades de medida 162

Normas 168

Outras leituras adicionais 177

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Apresentação

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Redes de MT 6
Transformadores de potência 10
Geral 10
Condições de operação 11
Limites da elevação da temperatura 12
Eficiência do transformador 15
Queda de tensão 16
Operação em paralelo 17
Grupos de vetores de transformadores comuns trifásicos 18

Proteção, controle e monitoramento 19


Transformação digital 20
Gestão de desempenho de ativos 20
As condições de uso influenciam a pegada ambiental 21
Exemplo de protocolos de comunicação wireless 22
Arquitetura de MT/BT 23

Redes inteligentes 24
Meio-ambiente 25
Marco regulatório 38

Conjuntos de manobra e controle pré-fabricados em


invólucro de metal e revestidos de metal 40
Introdução 40
Tensão 41
Corrente 45
Funções de frequência e dos conjuntos de manobra e controle 49
Acessibilidade e continuidade de serviço 50
Exemplos 51

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Apresentação Redes elétricas de MT

(1) De acordo com a norma IEC não existe uma fronteira


O termo 'média tensão' é comumente usado para sistemas
clara entre média e alta tensão. Fatores locais e históricos de distribuição com tensões acima de 1 kV e geralmente
definem os limites, que estão geralmente entre 30 e 100 aplicado até 52 kV inclusive(1) e 69 kV(2).
kV (ver IEV 601-01-28). A publicação IEC 62271-1:2017/
A1:2021 "Conjuntos de manobra e controle de alta tensão;
Por razões técnicas e econômicas, a tensão de serviço das redes de distribuição de
média tensão raramente ultrapassa 36 kV.
especificações em comum' possui uma observação em
seu escopo: 'Para a utilização desta norma, alta tensão
A conexão de uma instalação elétrica à rede de distribuição de uma concessionária de
(ver IEV 601-01-27) é uma tensão nominal acima de 1000 média tensão é sempre realizada por meio de uma subestação MT dedicada, geralmente
V. Entretanto, o termo média tensão é comumente usado designada como 'Subestação principal'. Dependendo do seu tamanho e critérios
para sistemas de distribuição com tensões acima de 1 kV específicos, principalmente relacionados às cargas (tensão nominal, número, potência,
e geralmente aplicado até 52 kV', inclusive. localização, etc.), a instalação
pode incluir subestações adicionais designadas de 'Subestações Secundárias'.
(2) A norma ANSI C84.1 define média tensão entre 2,4 kV
As localizações destas subestações são cuidadosamente selecionadas para otimizar o
a 69 kV para sistemas trifásicos e de 4,16 kV a 34,5 kV orçamento dedicado aos cabos de energia de MT e BT. Essas subestações secundárias
para sistemas com 4 fios. são alimentadas pela subestação principal através da distribuição interna de MT.

Em geral, a maioria das cargas é alimentada em baixa tensão por meio de


transformadores abaixadores de MT/BT. Cargas de grande porte, como motores
assíncronos acima ou ao redor de 120 kW são fornecidos em MT.
Os transformadores abaixadores de MT/BT estão localizados na subestação principal
ou nas subestações secundárias. Instalações pequenas podem incluir apenas um único
transformador de MT/BT, instalado na subestação principal na maioria dos casos.

Uma subestação principal inclui cinco funções básicas:


• Função 1: Conexão à rede da concessionária de MT;
• Função 2: Proteção geral da instalação;
• Função 3: Fornecimento e proteção de transformadores de potência de MT/BT
localizados na subestação;
• Função 4: Fornecimento e proteção da distribuição interna de MT;
• Função 5: Medição.

Uma subestação principal inclui dispositivos básicos:


A proteção de um sistema de potência 1. Disjuntor: O disjuntor é um dispositivo que garante o controle e a proteção de uma rede
depende da sua arquitetura e do modo de elética. É capaz de fechar, suportar e interromper correntes de carga e correntes de falta,
operação. até a corrente de curto-circuito da rede.
2. Comutador: Os interruptores de corrente alternada e chaves seccionadoras para sua
função de manobra, com correntes nominais de fechamento e interrupção de carga.
3. Contatores: Os contatores são utilizados para ligar e desligar cargas que requerem
essas operações durante o uso normal, especialmente quando utilizados em uma
atividade específica, como iluminação pública de MT e motores industriais.
4. Fusíveis limitadores de corrente: Os fusíveis limitadores de corrente de MT são
usados principalmente na proteção de transformadores, motores e outras cargas. É
um dispositivo que, pela fusão de um ou mais dos seus componentes especialmente
projetados e proporcionados, abre o circuito no qual está inserido quando este
ultrapassa um determinado valor, por um tempo suficiente. Os fusíveis limitadores
de corrente podem ter dificuldade em eliminar valores de corrente intermediárias
(ultrapassando os valores de serviço em menos de um fator de 6 a 10) e, portanto, são
frequentemente combinados com um dispositivo de comutação.
5. Seccionadoras e chaves de aterramento: as seccionadoras são utilizadas para fazer
uma separação entre dois circuitos que podem estar energizados e independentes, sem
prejudicar seu nível de isolamento. Isso normalmente é usado no ponto aberto de um
rede em anel. Eles são usados frequentemente para separar uma parte da instalação do
suprimento de alimentação com melhores desempenhos do que aqueles fornecidos por
outros dispositivos de comutação. Um seccionador não é um dispositivo de segurança.
As chaves de aterramento são dispositivos dedicados para conectar condutores à terra
de maneira confiável, para que os condutores possam ser acessados com segurança.
Eles podem ter uma corrente nominal de curto-circuito para garantir que eles possam
resistir a erros de operação, como o fechamento de condutores energizados.

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Apresentação Redes de MT

6. Transformador de corrente: Destina-se a fornecer um circuito secundário com


uma corrente proporcional à corrente primária (MV).
7. Transformador de potencial: O transformador de potencial destina-se a
fornecer ao seu circuito secundário uma tensão secundária proporcional àquela
aplicada ao circuito primário.

Para instalações que incluem um único transformador de potência de MT/BT, a


proteção geral e a proteção do transformador são mescladas.
A medição pode ser realizada no nível de MT ou no de BT. Geralmente é feito no
nível de BT para qualquer instalação, incluindo um único transformador de MT/BT,
desde que a potência nominal do transformador permaneça abaixo do limite fixado
pela concessionária local que alimenta a instalação.
Além dos requisitos funcionais, a construção das subestações principais e
secundárias deverá cumprir as normas e regulamentos locais.
A escolha do aterramento do neutro para As recomendações da norma IEC também devem ser levadas em conta em todas
as circunstâncias.
sistemas de energia de MT e AT tem sido
um tema há muito tempo de controvérsia Arquitetura do sistema de potência
acalorada devido ao fato de que é impossível
Os vários componentes de um sistema de potência podem ser organizados
encontrar um único compromisso para os de diferentes formas. A complexidade da arquitetura resultante determina a
diversos tipos de sistemas de energia. disponibilidade da energia elétrica e o custo do investimento.
A experiência adquirida agora nos permite A seleção de uma arquitetura para uma determinada aplicação baseia-se,
portanto, em um compromisso entre necessidades técnicas e custos.
que uma escolha apropriada seja feita
As arquiteturas incluem o seguinte:
de acordo com as restrições específicas de • sistemas radiais
cada sistema. -- alimentador único,
-- alimentador duplo,
-- alimentador em paralelo,
• sistemas em anel
-- circuito aberto,
-- circuito fechado.
• sistemas com geração de energia interna
-- geração de fonte normal,
-- geração de fonte de substituição.
DM105265

Impedância de aterramento
O potencial neutro pode ser fixado ou ajustado por cinco métodos diferentes de
conexão à terra, de acordo com o tipo (capacitivo, resistivo, indutivo) e o valor (zero
ao infinito) da impedância ZN:
• ZN =:: neutro isolado, ou seja, sem conexão intencional à terra;
• ZN é uma resistência com um valor bastante elevado;
• ZN é uma reatância, com valor geralmente baixo;
• ZN é uma reatância de compensação, ajustada para compensar a capacitância
ZN C C C
Ik1 do sistema;
• ZN = 0: o neutro está solidamente aterrado.

Diagrama equivalente de um sistema de potência com falta à


terra.

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Apresentação Redes de MT

Dificuldades e critérios de seleção


Os critérios de seleção envolvem muitos aspectos:
• considerações técnicas (função do sistema de potência, sobretensões, corrente de
falta, etc.);
• considerações operacionais (continuidade de serviço, manutenção);
• segurança (nível de corrente de falta, tensões de toque e de passo);
• custo (despesas de capital e despesas operacionais);
• práticas locais e nacionais.

Duas das principais considerações técnicas são contraditórias:

Reduzir o nível de sobretensões


Sobretensões excessivas podem causar a ruptura dielétrica dos materiais isolantes
elétricos, resultando em curtos-circuitos.
As sobretensões das instalações têm diversas origens:
• sobretensão atmosférica, por impacto direto ou tensão induzida em partes
expostas de sistemas aéreos, propagando-se a sobretensão até ao ponto de
alimentação do utilizador e no interior da instalação;
• sobretensão no sistema causada por manobras e situações críticas como
ressonância;
• sobretensão resultante de uma falta à terra e sua eliminação.

Reduzir a corrente de falta à terra (Ik1)


A corrente de falta produz uma ampla gama de consequências relacionadas ao
seguinte:
• danos causados por arco no ponto de falta; particularmente a fusão de circuitos
magnéticos em máquinas rotativas;
• resistência térmica da blindagem dos cabos;
• tamanho e custo do resistor de aterramento;
• indução em circuitos de telecomunicações adjacentes;
• perigo para as pessoas, criado pelo aumento do potencial das peças condutoras
expostas.

A redução da corrente de falta ajuda a minimizar essas consequências.


Infelizmente, a otimização de um desses efeitos prejudica automaticamente o outro.
Dois métodos típicos de aterramento do neutro acentuam esse contraste:
• neutro isolado, que reduz drasticamente o fluxo da corrente de falta à terra através
do neutro, mas cria sobretensões mais elevadas;
• neutro solidamente aterrado, o que reduz a sobretensão ao mínimo, mas causa
alta corrente de falta.

Quanto às considerações operacionais, de acordo com o método de aterramento


do neutro utilizado:
• a operação continuada pode ou não ser possível sob condição de primeira falha
sustentada;
• as tensões de toque são diferentes;
• a discriminação na proteção pode ser fácil ou difícil de implementar.
Uma solução intermediária é, portanto, frequentemente escolhida, ou seja, aterramento
neutro através de uma impedância.

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Redes de MT

Resumo das características de aterramento do neutro


Características Aterramento do neutro
Isolado Compensado Com resistência Reatância Direto
Amortecimento de sobretensões transitórias

Limitação de sobretensões em 50 Hz

Limitação de correntes de falta

Continuidade de serviço (sem disparo, falta sustentada *


significa que a corrente de falta é bem reduzida)
Fácil implementação da discriminação da proteção

Sem necessidade de pessoal qualificado

Legenda: vantagem atenção específica.


(*) A compensação de 100% da corrente capacitiva é praticamente impossível.

Sistema de aterramento e conjunto de manobra e controle de


alta tensão
Os sistemas de aterramento para conjuntos de manobra e controle de alta tensão são
divididos em duas categorias: os sistemas de neutro efetivamente aterrado ou não.

Os sistemas de neutro efetivamente aterrados são sistemas aterrados através de uma


impedância suficientemente baixa, de modo que, para todas as condições do sistema,
a razão entre a reatância de seqüência zero e a reatância de seqüência positiva (X0/
X1) seja positiva e menor que 3, e a razão entre a resistência de sequência zero à
reatância de sequência positiva (R0/X1) seja positiva e menor que 1. Normalmente tais
sistemas são sistemas solidamente aterrados (neutro) ou sistemas aterrados de baixa
impedância (neutro).

As condições de ligação à terra dependem não só das condições físicas da ligação à


terra em torno do local relevante, mas também do sistema total.

Os sistemas de neutro não aterrados efetivamente são sistemas diferentes dos


sistemas neutros efetivamente aterrados, que não atendem às condições mencionadas
anteriormente.

Essas considerações estão dentro da norma IEC 62271-100 (disjuntores de alta


tensão, chaves de média tensão IEC 62271-103 e disjuntores de gerador de corrente
alternada conf. norma IEC 62271-37-13 MT).

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Apresentação Transformadores de potência
Geral

Um transformador de potência é um equipamento estático com dois ou mais


enrolamentos que, por indução eletromagnética, transforma um sistema de tensão
e corrente alternada em outro sistema de tensão e corrente, geralmente de valores
diferentes e na mesma frequência, com a finalidade de transmitir energia elétrica.

Os transformadores de potência são cobertos pela série de normas IEC 60076 onde
os principais requisitos dentro das redes MT são resumidos da seguinte forma:
• IEC 60076-1 generalidades;
• IEC 60076-2 - Elevação de temperatura em transformadores imersos em líquido;
• IEC 60076-7 - Guia de carregamento para transformadores de potência imersos
em óleo;
• IEC 60076-10 - Determinação de níveis sonoros;
• IEC 60076-11 - Transformadores do tipo seco;
• IEC 60076-12 - Guia de carregamento para transformadores de potência do
tipo seco;
• IEC 60076-13 - Transformadores autoprotegidos com enchimento de líquido;
• IEC 60076-16 - Transformadores para aplicações em turbinas eólicas.

De acordo com o guia de aplicação IEC 60076-8, seu objetivo é fornecer dados
e informações necessários para cálculos durante a operação paralela de
transformadores, quedas ou aumentos de tensão sob carga e perdas de carga para
combinações de carga em três enrolamentos. Informações sobre a capacidade de
carga de transformadores de potência são fornecidas na norma IEC 60076-7 para
transformadores imersos em óleo e na norma IEC 60076-12 para transformadores do
tipo seco.

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Apresentação Transformadores de potência
Condições de serviço

As normas definem as condições normais de serviço para as quais os desempenhos


são especificados. Essas condições são:
• Altitude: uma altura acima do nível do mar que não exceda 1.000 m;
• Temperatura do meio de resfriamento:
A temperatura do ar de resfriamento na entrada do equipamento de resfriamento
-- não deve ultrapassar: 40 °C em qualquer momento, 30 °C de média mensal
para o mês mais quente, 20 °C da média anual,
-- e não abaixo de: -25 °C no caso de transformadores externos, -5 °C no caso de
transformadores onde tanto o transformador quanto o resfriador são destinados
à instalação em ambientes internos.
Para transformadores resfriados a água, a temperatura da água de resfriamento
na entrada não deve ultrapassar: 25 °C em qualquer momento, 20 °C em média
anual.Outras limitações, em relação ao resfriamento, são dadas para:
-- transformadores imersos em líquido, na norma IEC 60076-2,
-- transformadores do tipo seco na norma IEC 60076-11.
• Forma de onda da tensão de alimentação: Uma tensão de alimentação
senoidal com um conteúdo harmônico total não superior a 5 % e conteúdo
harmônico par não superior a 1 %;
• Teor de harmônicas da corrente de carga:
Teor de harmônicas total da corrente de carga não superior a 5% da corrente nominal.
Transformadores onde o teor harmônico total da corrente de carga ultrapassa 5%
da corrente nominal, ou transformadores especificamente destinados a fornecer
energia a cargas eletrônicas ou retificadoras devem ser especificados de acordo
com a norma da série IEC 61378, que trata de 'transformadores conversores'. Os
transformadores podem operar na corrente nominal sem perdas excessivas com
um teor de harmônicas de corrente inferior a 5%, entretanto deve-se notar que a
elevação de temperatura aumentará para qualquer carga harmônica e os limites
de elevação de temperatura na potência nominal poderão ser ultrapassados;
• Simetria da tensão de alimentação trifásica
Para transformadores trifásicos, um conjunto de tensões de alimentação trifásicas
que são aproximadamente simétricos. "Aproximadamente simétrico" significa que
a tensão fase-fase mais elevada não está mais de 1 % acima da tensão fase-fase
mais baixa continuamente, ou 2 % acima durante curtos períodos
(aproximadamente 30 minutos) em condições excepcionais;
• Ambiente da instalação
-- Um ambiente com uma taxa de poluição (ver IEC/TS 60815-1 para definição) que não
requer consideração especial em relação ao isolamento externo das buchas do
transformador ou do próprio transformador,
-- Um ambiente não exposto a distúrbios sísmicos que poderia exigir consideração
especial no projeto (supõe-se que esse seja o caso quando o nível de aceleração do
solo estiver abaixo de 2 ms2 ou aproximadamente 0,2 g),
-- Quando o transformador for instalado em um invólucro não fornecido pelo fabricante do
transformador, deve-se prestar atenção para garantir uma definição correta dos limites
de elevação de temperatura do transformador e da capacidade de resfriamento do
invólucro que é definida por sua própria classe de elevação de temperatura em carga
total (ver norma IEC 62271-202),
-- Condições ambientais dentro das seguintes definições de acordo com IEC 60721-3-4:
.. condições climáticas 4K27, exceto que a temperatura mínima do meio de resfriamento
externo é de -25 ºC e a temperatura máx.do meio de resfriamento externo é de +40 ºC
.. condições climáticas especiais 4Z2, 4Z4, 4Z13
.. condições biológicas 4B2
.. substâncias quimicamente ativas foram substituídas por classes de corrosividade de
acordo com a norma ISO 9223 e ISO 9224. (a classe C3 corresponde à zona de
temperada, ambiente atmosférico com poluição média (SO2: 5 µg/m3 a 30 µg/m3) ou
algum efeito de cloretos, por exemplo, áreas urbanas, zonas costeiras com baixa
deposição de cloretos, zonas subtropicais e tropicais, atmosfera com baixa poluição;
.. substâncias mecanicamente ativas 4S13
.. condições mecânicas 4M11.

Para transformadores destinados a serem instalados em ambientes internos,


algumas destas condições ambientais podem não ser aplicáveis.

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Apresentação Transformadores de potência
Limites da elevação da temperatura

Os limites da elevação da temperatura são definidos de acordo com a temperatura


ao redor do transformador, denominada de temperatura ambiente e dos diferentes
ciclos de carga do transformador.
Quando um transformador é instalado dentro de um invólucro, essa elevação
de temperatura deve refletir o projeto do invólucro. Este invólucro é definido
principalmente por uma classe de elevação de temperatura e um grau de proteção,
ambos adaptados às condições de serviço locais. (Ver norma IEC 62271-202).
Para instalação ao ar livre, para evitar qualquer efeito da radiação solar, pode ser
recomendado instalar uma cobertura sobre o transformador e sobre uma única
camada de invólucro metálico não isolado termicamente, mantendo a convecção
natural.

Transformador imerso em óleo: Métodos de resfriamento


• Primeira letra: Meio de resfriamento interno:
-- O: óleo mineral ou líquido isolante sintético com ponto de combustão ≤ 300 °C,
-- K: líquido isolante com ponto de combustão > 300 °C,
-- L: líquido isolante sem ponto de combustão mensurável.
• Segunda letra: Mecanismo de circulação para o meio de resfriamento interno:
-- N: fluxo de termosifão natural através do equipamento de resfriamento e nos
enrolamentos,
-- F: circulação forçada através dos equipamentos de resfriamento, fluxo de
termossifão nos enrolamentos,
-- D: circulação forçada através do equipamento de resfriamento, direcionada do
equipamento de resfriamento para, no mínimo, aos enrolamentos principais.
• Terceira letra: Meio de resfriamento externo:
-- A: ar,
-- W: água.
• Quarta letra: Mecanismo de circulação do meio de resfriamento externo:
-- N: convecção natural,
-- F: circulação forçada (ventiladores, bombas).
Salvo acordo em contrário entre o fabricante e o comprador, os limites de elevação
de temperatura são válidos tanto para papel Kraft como para papel de melhor
qualidade (consultar também o 'guia de carregamento' a norma IEC 60076-7).

Requisitos para Limites da elevação da


temperatura K
Líquido isolante no topo 60
Enrolamento médio (pela variação da resistência do enrolamento):
– LIG... e DESL... os sistemas de resfriamento 65
– OD... sistema de resfriamento 70
Ponto quente em enrolamento 78
DM107912

30-35K O/W

40-45K O/W

50-55K O/W

60-65K O/W

Load factor related to ambient air temperature


of the substation and power transformer
oil and winding temperature rise
No Enclosure Class 5 Class 10 Class 15
Valores recomendados de correções de elevação de temperatura em caso de
Ambient air temperature °C Class 20 Class 25 Class 30
condições especiais de serviço para transformadores imersos em óleo resfriados a ar.
70
70 60
70 60
70 60 50
50
40
Temperaturas ambientes °C Correção do
60 50 40 30 aumento de
50
40
40
30
30
20
20
10
temperatura K(1)
30 20 10 0
20 10 0 -10 Média anual Média mensal Máximo
10 0 -10 -20
0 -10 -20 -30 20 30 40 0
-10 -20 -30 -40
1,2
1.2 1,1
1,2
1.2 1,2
1,0
1,1
1.2 1,1 1.2 0,9
0,9
1,0 1,0 1.1 0,8
0,8
Load factor
0,9 1.0 0,7
0,7 0,8 0.9 0,6
0,6
Load factor
0,7 0.8 0,5
0,5 0,6 0.7 0,5 0.6 0.5 25 35 45 -5
Load Factor
Load factor

Superaquecimento do transformador de potência 30 40 50 - 10


imerso em óleo mineral (K) 35 45 55 - 15
(1) Refere-se aos valores indicados na tabela anterior.

O guia de carga IEC 60076-7 e a norma IEC 62271-202 explicam a relação entre o
aumento de temperatura do transformador, o superaquecimento devido ao uso de
invólucro ao redor do transformador e seu fator de carga conforme resumido abaixo.

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Apresentação Transformadores de potência
Limites de elevação da temperatura

A norma IEC 60076-7 foi atualizada em 2018 e o modelo térmico foi atualizado e
DM107913

Aging rate = 1
80 integrado nas versões atuais da norma IEC 62271-202, que esteve em revisão em
70
2021. Entretanto, o esquema deste documento que trata da IEC 60076-7 foi atualizado
Temperature (°C)

60
50 Early aging de acordo com a última publicação.
40 Aging rate > 1
30
20
Longer lifespan
10 Aging rate < 1 A temperatura ambiente média máxima para diferentes superaquecimentos do
0
-10
transformador de potência define a taxa de carga máxima permitida. Para as
120% 110% 100% 90% 80% 70% 60% 50%
diferentes temperaturas, a respectiva taxa de carregamento diferente desenha uma
Load
curva sob a qual a vida útil do equipamento é ampliada, enquanto abaixo da curva há
um envelhecimento precoce para todos os tipos de transformadores de potência.

Transformador tipo seco: métodos de resfriamento


O tipo de meio de resfriamento é o ar, definido pelas seguintes letras:
• N quando o resfriamento é natural, a convecção do fluxo de ar é gerada pelo
próprio transformador;
• G quando o resfriamento é forçado, o fluxo de ar é acelerado pelos ventiladores.

OBSERVAÇÃO: Este fluxo de ar forçado através dos enrolamentos do transformador é preferível


em comparação com qualquer fluxo de ar puxado por um ventilador instalado na parede
da sala do transformador. Entretanto, ambos podem ser combinados. Quando instalado em
invólucro o limite de carga do transformador deve ser avaliado de acordo com as elevações de
temperatura do transformador e o gabinete de acordo com a norma IEC 62271-202.

O aumento de temperatura de cada enrolamento do transformador, projetado


para operação em condições normais de serviço, não deve ultrapassar o limite
correspondente especificado na tabela a seguir quando testado de acordo com
a norma IEC 60076-11. A temperatura máxima que ocorre em qualquer parte do
sistema de isolamento do enrolamento é chamada de temperatura de ponto quente.
A temperatura de ponto quente não deve ultrapassar o valor nominal da temperatura
do enrolamento do ponto quente especificado na norma IEC 60076-11.
Esta temperatura pode ser medida; entretanto, um valor aproximado para fins práticos
pode ser calculado usando a equação da norma IEC 60076-12
(Guia de carregamento).

Temperatura do sistema Aumento médio Máxima temperatura


de isolamento °C(1) da temperatura do no ponto quente do
enrolamento enrolamento
limites na corrente (°C)
nominal K(2)
105 (A) 60 130
120 (E) 75 145
130 (B) 80 155
DM107914

105 (A) 120 (E) 130 (B) 155 (F) 180 (H) 200 220 155 (F) 100 180
100 180 (H) 125 205
90
80
70 200 135 225
Ambient Temperature

60
50
40 220 150 245
30
20 (1) As letras referem-se às classificações de temperatura fornecidas na norma IEC 60085.
10
0 (2) Aumento de temperatura medido de acordo com o ensaio de aumento de temperatura da
- 10
- 20
norma IEC 60076-11.
- 30
- 40
- 50
- 60
Quando o transformador é instalado dentro de uma subestação pré-fabricada, a
- 70
- 80
norma IEC 62271-202 é aplicável, e a classe de elevação de temperatura do invólucro
1.2 1.1 1 0.9 0.8
é definida, introduzindo requisitos sobre o comportamento da temperatura da
Fator de Carga para Transformadores do tipo Classe Seca subestação (verificado através de um ensaio dedicado de aumento de temperatura).

Esta classe reflete o superaquecimento do transformador, em comparação com o


“ar livre”. A figura ao lado mostra o fator de carga de um transformador do tipo seco
fora do invólucro de acordo com a temperatura do sistema de isolamento elétrico do
transformador (ver IEC 60076-11).

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Apresentação Transformadores de potência
Limites de elevação da temperatura

A figura mostra o fator de carga do transformador tipo seco dependendo da classe do


DM107915

No enclosure Class 5 Class 10 Class 15


Class 20 Class 25 Class 30 invólucro e para o sistema de isolamento de 155 °C do transformador. Os respectivos
70 valores para outros sistemas de isolamento podem ser encontrados na norma IEC
60
50 62271-202.
Ambient Temperature

40
30
20
10
0
As curvas devem ser utilizadas conforme segue na figura ao lado:
- 10
- 20 (a) selecione a linha para a classe do invólucro;
- 30
- 40 (b) selecione a temperatura ambiente média em um determinado período de tempo
- 50
- 60 para o local da subestação no eixo vertical;
- 70
- 80
- 90
(c) a interseção da classe da linha do invólucro e da linha da temperatura ambiente
1.2 1.1 1 0.9 0.8
fornece o fator de carga permitido do transformador.
Classe do gabinete (K)
OBSERVAÇÃO: Fator de carga da classe de isolamento de Sobrecarga
155 °C (F) de transformadores do tipo seco em um invólucro.
Temperatura ambiente
O Anexo D da norma IEC 62271-202 fornece as curvas para A potência nominal do transformador é atribuída para as temperaturas normais de
outras classes de isolamento.
serviço definidas pelas normas:
• temperatura ambiente máxima de 40 °C;
• temperatura ambiente média diária de 30 °C;
• temperatura ambiente média anual de 20 °C.

Mediante solicitação, podem ser produzidos transformadores operando em


diferentes condições de temperatura ambiente.

Sobrecarga
A sobrecarga nominal do transformador depende da carga anterior do transfor-
mador, dos enrolamentos correspondentes ou da temperatura do óleo no início da
sobrecarga. Exemplos da duração permitida e dos respectivos níveis de sobrecar-
ga aceitável são mostrados abaixo em duas tabelas diferentes, respectivamente,
para transformadores imersos em óleo mineral e do tipo seco.
Por exemplo, se o transformador for carregado continuamente com 50% de sua
potência nominal, então o transformador poderá ficar sobrecarregado durante um
tempo definido limitado pela temperatura atingida em comparação com a tempera-
tura máxima permitida.
Em comparação com a versão anterior da orientação da norma IEC e deste
documento, o guia de carregamento introduziu o teor de oxigênio e/ou umidade no
modelo.

Para o transformador de potência imerso em óleo mineral, a temperatura máxima


do óleo que limita a sobrecarga é de 98 °C. A duração da sobrecarga foi definida
como livre de ar e com teor de umidade de 0,5%.

• Sobrecarga para transformador de potência imerso em óleo mineral


Carregamento contínuo Temperatura do Duração (min.) da sobrecarga para níveis específicos de sobrecarga (% da potência
anterior óleo antes da nominal)
sobrecarga
% da potência nominal °C 10 % min. 20 % min. 30 % min. 40 % min. 50 % min.
50 44 225 135 90 65 42
75 60 147 73 39 22 14
90 72 55 16 9 6 4

Deve-se notar também que a temperatura do óleo não é uma medida confiável
para a temperatura do enrolamento, pois a constante de tempo do óleo é de 2
a 4 horas, enquanto a constante de tempo do enrolamento é de 2 a 6 minutos.
Portanto, a determinação da duração admissível da sobrecarga deve ser feita com
muito cuidado, pois existe o perigo da temperatura do enrolamento ultrapassar a
temperatura crítica de 105 °C sem ser visível para a temperatura do óleo.

14 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Transformadores de potência
Eficiência do transformador

• S
 obrecarga para transformador do tipo secoConforme norma IEC 60076-12 e
para transformador com classe térmica de 155 °C (F)
Carregamento Enrolamentos Duração (min.) da sobrecarga para níveis específicos de sobrecarga (% da potência
contínuo Temperatura nominal) Temperatura máxima para o ponto quente 145 °C
anterior Enrolamento/Ponto
quente
% da potência nominal °C 10 % min. 20 % min. 30 % min. 40 % min. 50 % min.
50 46/54 41 27 20 15 12
75 79/95 28 17 12 9 7
90 103/124 15 8 5 4 3
100 120/145 0 0 0 0 0

Por exemplo: Um transformador de alta eficiência corresponde a equipamentos projetados para


Suponhamos que um transformador trifásico, de 630 kVA, baixo nível de perdas para garantir a redução do custo de propriedade para o usuário
20/0,4 kV, tenha perdas em vazio de 1.200 W e perdas em final.
As perdas podem ser divididas em duas categorias: perdas de carga, que são
carga de 9.300 W.
proporcionais à carga do transformador (quadrado da corrente); e perdas sem carga,
Determine a eficiência do transformador a plena carga
que são causadas pela magnetização do núcleo enquanto o transformador estiver
(caso 1) e a 75% de carga (caso 2) para fator de potência energizado, e são constantes - independentes da carga do transformador.
de 1,0 e 0,8.
• Cos de φ em carga total = 1 A eficiência energética de um transformador está associada aos seguintes fatores de
S ×cosφ influência:
Iasym = • as perdas (em carga e em vazio);
S×cosφ+NLL+LL×(S/SB)2
• vida útil do transformador;
630000×1,0 • perfil da missão (aplicação).
=
6300000×1,0+1200+9300×(1,0)²
= 98,36 % Condições ambientais
Condições de operação (taxa de tempo de uso, taxa de tempo de carregamento).
• Cos de φ em carga total = 0,8 O transformador deve ser estudado para buscar o equilíbrio otimizado considerando o
630000×0,8
melhor balanço entre o perfil de carga, as perdas em carga e em vazio.
=
6300000×0,8+1200+9300×(1,0)²
Assim, o menor Kg de CO2eq será alcançado.
= 97,96 %

• Carga 0,75 e cosφ = 1


S ×cosφ
Iasym =
S×cosφ+NLL+LL×(S/SB)2
0,75×630000×1,0
=
472500×1,0+1200+9300×(0,75)²
= 98,66 %

• Carga 0,75 e cosφ = 0,8


0,75×630000×0,8
=
472500×0,8+1200+9300×(0,75)²
= 98,33 %

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 15


Apresentação Transformadores de potência
Queda de tensão

A queda de tensão é a diferença aritmética entre a tensão sem carga de um


Por exemplo: enrolamento e a tensão desenvolvida nos terminais do mesmo enrolamento a uma
Suponhamos que um transformador trifásico, 630 carga e fator de potência especificados, com a tensão fornecida a (um dos) outro(s)
kVA, 20/0,4 kV, tenha perdas de carga de 9.300 W e enrolamento(s) sendo igual a:
impedância de curto-circuito de 6%. Determine a queda • seu valor nominal se o transformador estiver conectado na derivação principal (a
de tensão a plena carga (caso 1) e a 75% de carga (caso
tensão em vazio do enrolamento é então igual ao seu valor nominal);
• a tensão de derivação se o transformador estiver conectado em outra derivação.
2) para fator de potência igual a 1,0 e 0,8. A queda de
Esta diferença é geralmente expressa como uma percentagem da tensão sem carga
tensão é dada pela seguinte equação:
do enrolamento.
• Cos de φ em carga total = 1
Udrop = (1,0)×(1,4762×1+5,816×0) + OBSERVAÇÃO: Para transformadores com vários enrolamentos, a queda ou aumento de tensão
depende não apenas da carga e do fator de potência do próprio enrolamento, mas também da
1/2×1/100×(1,0)2 (1,4762×0+5,816×1)2 carga e do fator de potência dos outros enrolamentos (ver IEC 60076-8).
= 1,645 %
A necessidade do cálculo da queda de tensão
As definições da norma IEC relativas à potência nominal e à tensão nominal de um
• Cos de φ em carga total = 0,8
transformador implicam que a potência nominal é a potência de entrada e que a
Udrop = (1,0)×(1,4762×0,8+5,816×0,6) + tensão de serviço aplicada aos terminais de entrada da potência ativa (os terminais
1/2×1/100×(1,0)2 (1,4762×0,6+5,816×0,8)2 primários) não deve, em princípio, ultrapassar a tensão nominal. A tensão máxima de
= 4,832 % saída sob carga é, portanto, uma tensão nominal (ou tensão de derivação) menos uma
queda de tensão. A potência de saída na corrente nominal e na tensão nominal de
entrada é, em princípio, a potência nominal menos o consumo de energia
• Carga 0,75 e cosφ = 1
no transformador (perda de potência ativa e de potência reativa).
Udrop = (0,75)×(1,476×1+5,816×0) +
1/2×1/100×(0,75)2 (1,476×0+5,816×1)2 Pela prática na América do Norte, a classificação em MVA é baseada na manutenção
= 1,202 % da tensão nominal no secundário, imprimindo no enrolamento primário a tensão
necessária para compensar a queda de tensão no transformador, na corrente
• Carga 0,75 e cosφ = 0,8 secundária nominal e com um fator de potência atrasado de 80% ou superior.

Udrop = (0,75)×(1,476×0,8+5,816×0,6) +
A determinação da tensão nominal ou tensão de derivação correspondente, que
1/2×1/100×(0,75)2 (1,476×0,6+5,816×0,8)2 é necessária para atender a uma tensão de saída específica em uma carga específica,
= 3,595 % portanto envolve um cálculo da queda de tensão, usando valores conhecidos ou
estimados de
impedância de curto-circuito do transformador.

Udrop = S/SB × (er cosφ +ex sinφ) + 1/2 × 1/100 × (S/SB)²×(er senoφ +ex cosφ)²

Udrop Taxa de queda de tensão em uma % Onde respectivamente as partes resistiva e reativa são:
porcentagem da carga er A parte resistiva. er = LL/SB
LL Perdas de carga W ex A parte reativa. ex=(Uk²-er²)
SB Potência do transformador W
er Parte resistiva VA
Uk Impedância de curto-circuito %
ex Parte reativa VA

16 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Transformadores de potência
Operação em paralelo

O anexo informativo da norma IEC 60076-1 afirma que deve ser observado
Por exemplo: que, embora a operação em paralelo não seja incomum, é aconselhável que os
Suponhamos que três transformadores operem em usuários consultem o fabricante quando for planejado o paralelismo com outros
paralelo. O primeiro transformador tem potência nominal transformadores e identifiquem os transformadores envolvidos.
de 800 kVA e 4,4% de impedância de curto-circuito. Se, para um novo transformador, for necessária a operação paralela com
A potência nominal e a impedância de curto-circuito
transformador(es) existente(s), isso deve ser declarado e as seguintes informações
sobre o(s) transformador(es) existente(s) devem ser fornecidas:
dos outros dois transformadores são 500 kVA e 4,8%, e
• potência nominal;
315 kVA e 4,0%, respectivamente. Calcule a carga total
• razão da tensão nominal;
máxima dos três transformadores. • relações de tensão correspondentes a derivações diferentes da derivação
Entre os três transformadores, o terceiro transformador principal;
possui a impedância mínima de curto-circuito • perda de carga na corrente nominal na derivação principal, corrigida para a
• A carga do transformador 1 temperatura de referência apropriada;
• impedância de curto-circuito na derivação principal e nas derivações extremas,
Pn,1 = P1 × (Uk,min)/(Uk,1) = 800 × 4/4,4 = 728 kVA
se a tensão nas derivações extremas for diferente em mais de 5% da tensão na
derivação principal;
• A carga do transformador 2 • impedância em outras derivações, se disponível;
Pn,1 = P2 × (Uk,min)/(Uk,2) = 500 × 4/4,8 = 417 kVA • diagrama de conexões, ou símbolo de conexão, ou ambos.
OBSERVAÇÃO: Em transformadores com vários enrolamentos, geralmente serão necessárias
informações suplementares.
• A carga do transformador 3
Pn,1 = P3 × (Uk,min)/(Uk,2) = 315 × 4/4 = 315 kVA Nesta cláusula, operação paralela significa conexão direta terminal a terminal
entre transformadores nas mesmas instalações. Apenas transformadores de dois
• A carga máxima dos três transformadores é: enrolamentos são considerados. A lógica também é aplicável a bancos de três
transformadores monofásicos. Para uma operação paralela bem-sucedida, os
Ptot = Pn,1 + Pn,2 + Pn,3
transformadores requerem:
= 728 + 417 + 315 = 1460kVA • mesma potência (tolerância ±10%);
• mesma tensão nominal;
• Os três transformadores possuem potência total -- Mesmo grupo de vetores,
instalada: -- Tensão nominal de alta e baixa tensão (tolerância de relação ±2%).
• mesma impedância de curto-circuito (tolerância ±10%).
P = P1 + P2 + P3
= 800 + 500 + 315 = 1615 kVA
Estas três condições são elaboradas mais detalhadamente nas subseções seguintes.
Na fase de consulta, é importante que a especificação de um transformador, destinado
Do exposto conclui-se que a carga total máxima (1460 à operação paralela com um transformador existente específico, contenha as
kVA) representa 90,4% da potência total instalada (1615 informações do transformador existente.
kVA).
Ressalta-se que, para que a carga total máxima seja igual Algumas advertências são prudentes nesta conexão.
• Não é aconselhável combinar transformadores de potências muito diferentes
à potência total instalada, os transformadores devem ter a
(digamos, mais de 1:2). A impedância relativa natural para projetos ideais varia
mesma impedância de curto-circuito.
com o tamanho do transformador;
• Transformadores construídos de acordo com diferentes conceitos de projeto
provavelmente apresentarão diferentes níveis de impedância e diferentes
tendências de variação ao longo da faixa de derivação.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 17


Apresentação Transformadores de potência
Grupos de vetores de transformador
trifásico comum

Símbolos Marcações nos terminais e Conexões do enrolamento


de diagrama de deslocamento de fase
fasores
Enrolamento de Enrolamento de
I
alta tensão baixai tensão

i
I
Yy0

II

ii
III

iii
III II iii ii

i
I
Dd0

II

ii
III

iii
I

i
Yd1

II

ii
III

iii
III II

i
Dy1

II

ii
III

iii
I
Yd5 I

i
II

ii
III

III II

iii
I

iii
Dy5
II

ii
III

i
I
i
I

Yy6
ii
II

iii
III

III II
i
I

Dd6
ii
II

iii
III

I
I

Yd11
II

ii
III

iii

III II
i
I

Dy11
II

ii
III

iii

18 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Proteção, controle e
monitoramento

A Schneider Electric fornece soluções modernas de automação, proteção, controle


Fornecemos soluções modernas de e monitoramento de subestações para distribuição de energia, desde subestações
de baixa tensão até soluções de rede de transmissão de alta tensão.
automação, proteção, controle e
monitoramento de subestações para Com experiência líder em proteção, controle e monitoramento, e com presença
distribuição de energia, desde mundial, nos concentramos em soluções fáceis de usar e de alta qualidade com as
subestações de baixa tensão até soluções normas mais recentes da indústria e interoperabilidade, como a norma IEC 61850,
de rede de transmissão de alta tensão. para agregar valor ao longo de todo o ciclo de vida da energia.

Para o desenvolvimento seguro dos produtos, a Schneider Electric implementa


as diretrizes descritas na norma IEC 62443-4-1 e IEC 62443 -4-2, enquanto para
soluções, os capítulos IEC 62443-2-4 e IEC 62443-3-3 são os referenciados.

Fornecemos produtos e soluções para automação de energia em segmentos que


incluem soluções avançadas para Concessionárias de Energia. Dominamos muitas
áreas, incluindo:
• sistemas de controle de subestações;
• relés de proteção;
• Detecção, monitoramento e controle de faltas de MT;
• RTUs;
• soluções para automação de redes elétricas.

EcoStruxure Power é a plataforma que digitaliza e simplifica os sistemas de


distribuição elétrica. Com soluções de distribuição de energia conectadas e ciber-
resilientes, as equipes de operação das instalações recebem dados práticos para
auxiliar em suas decisões que ajudam a proteger pessoas, salvaguardar ativos e
maximizar a continuidade dos negócios e do desempenho.

Link:
https://www.se.com/ww/en/work/campaign/innovation/power-distribution.jsp

Os avanços na tecnologia, juntamente com mudanças significativas nos serviços


públicos, industriais e organizações comerciais resultaram em uma nova ênfase na
engenharia de sistemas secundários. Além das funções tradicionais de medição,
proteção e controle, os sistemas secundários são agora necessários para fornecer
um verdadeiro valor agregado às organizações, como uma redução no custo
vitalício do capital e um aumento na disponibilidade do sistema.

A evolução dos dispositivos conectados de forma secundária para formar sistemas


de controle digital continua a aumentar muito o acesso às informações disponíveis
na subestação, resultando em novas metodologias para gestão dos ativos.

Para fornecer material de referência ao engenheiro de subestação moderno


e prático, produzimos um guia de referência técnica [1] que cobre aspectos
de sistemas de proteção, desde conhecimentos e cálculos fundamentais até
tecnologias básicas e tópicos como resposta transitória e problemas de saturação
que afetam transformadores de instrumentos.

Links úteis:
[1] https://go.schneider-electric.com/WW_201910_NPAG-ebook-full-access-Content_
MF-LP-EN.html?source=Content&sDetail=NPAG-ebook-full-access-Content_WW

NPAG para Windows

NPAG para Mac

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 19


Apresentação Transformação digital
Gerenciamento do desempenho de ativos

• Inovações tecnológicas como a Internet


das Coisas Industrial, análise de big Identificar possíveis riscos de falta em
data, mobilidade e colaboração de fluxo
de trabalho representam novas conjuntos de manobra e controle dentre
oportunidades para melhorias as cinco principais causas e aprender
significativas na confiabilidade de ativos
(confiabilidade, disponibilidade etc.) e como evitá-los
do desempenho. De acordo com um relatório da NETA, as cinco principais causas de falta de
equipamentos eletrotécnicos, de origem direta ou indireta, são as seguintes:
• A norma ISO 55001 especifica requisitos
• conexões frouxas (pela Seguradora 25% dos casos);
para um sistema de gerenciamento de
• ruptura do isolamento elétrico;
ativos dentro do contexto da • penetração de água por vários pontos;
organização, abordando riscos e • Extração/inserção do disjuntor;
oportunidades para o sistema de • proteção contra falta à terra defeituosa.
gerenciamento de ativos.

Para que? Por que?


• A economia circular exige a eliminação dos resíduos • Selecionar e iluminar ativos escuros;
e da poluição, para manter os materiais em uso e • Minimizar paradas, de manutenção não programada relacionadas a faltas de
regenerar os sistemas naturais; ativos ou manutenção programada, com uma abordagem de manutenção
• A gestão de ativos contribui para prolongar a vida útil preditiva;
dos equipamentos e peças de MT e outros • O mercado está mudando para uma visão holística e centrada nas operações,
dispositivos. O ecossistema global, incluindo a onde oportunidades de manutenção proativa e preditiva capacitam o pessoal da
gestão de ativos, contribui para minimizar a pegada linha de frente a agir antes que ocorram falhas ou paradas dispendiosas.
ambiental através da eficiência energética e da
eficiência material, visando uma infraestrutura
descarbonizada e minimizando outras emissões.
DM107934

Change request • Reference profiles


focusing on Eco-design Standards • Verification tests
(Circular economy, & regulations • Product Environmental Profile (PEP)
PEFCR, E+ C-, etc.) at early design phase

Operator
• Analyze data
• Robust aging Power
models device
• Condition Based
Maintenance
• Asset Predictive
Asset
Management
Select and light up
Management
dark assets, influencing
factors to the aging

System model

Analytics Data

• Wired or wireless
Network
• Low Power
Wide Area Network

20 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Transformação digital
As condições de uso influenciam a
pegada ambiental

Quais são os pré-requisitos?


• A
 s condições ambientais e operacionais são os principais fatores que influenciam
a vida útil do produto. A vida útil é composta pelo Tempo de Vida de Referência
(RLT) esperado de qualquer produto, Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) e Pegada
Ambiental do Produto (PEF) ou Perfil Ambiental do Produto (PEP). Em alguns
casos, as condições ambientais não podem ser dominadas e é necessário aceitar
um envelhecimento precoce ou intervalos de manutenção mais frequentes.

As condições de serviço influenciam a pegada DM107939 Climate + Stresses


ambiental do produto (PEF, LCA, PEP, etc.)*

*: A Avaliação do Ciclo de Vida de um produto requer uma Electrical PEP


vida útil técnica esperada como dados de entrada, que
depende das condições normais de utilização. Thermical Reference
Por isso é aconselhável especificar no guia de instalação Service Life
do produto as condições para as quais a vida útil Mechanical
esperada seria alcançada, mantendo-se dentro das
condições ambientais e operacionais normais (condições EMF
normais de uso). Pollution, etc.

Use conditions Technical


(Best known scenario) durability

Metodologias de inteligência artificial (IA) Como se pode reduzir os riscos?


• P
 ara uma melhor avaliação dos riscos, ampliar os sentidos do operador através da
1. Geração de linguagem natural utilização de sensores adicionais e otimizar a tomada de decisões através da
2. Reconhecimento de voz utilização de diversas metodologias e análises, como o modelo de degradação
3. Plataformas de aprendizado de máquina física, aprendizagem automática ou quaisquer outras tecnologias de inteligência
4. Agentes virtuais artificial (IA).
5. Gerenciamento de decisões
6. Hardware otimizado para IA
7. Plataformas de aprendizagem profunda
8. Automação de processos robóticos Como é possível começar?
9. Análise de texto e PNL (Processamento de • A
 transferência da função do modelo de envelhecimento é complexa. Para
linguagem natural) produtos eletrotécnicos, os fatores de influência ambiental podem ser resumidos
10. Biometria com temperatura, umidade e poluentes; e os fatores de influência operacional
devem ser a tensão, a corrente e o fator de carga.

Deve-se especificar a tecnologia ou focar


no tempo de disponibilidade?
• E
 xistem inúmeros protocolos de comunicação sem fio e é necessária uma análise
funcional dedicada para fazer a escolha certa. Para uma subestação, a série de
normas IEC 61850 e o modelo de informação comum (CIM) devem ser seguidos
para maximizar A disponibilidade e as trocas seguras de dados. Entretanto,
alguns protocolos sem fio seguros podem contribuir para maximizar o registro de
dados, auxiliando em qualquer avaliação de envelhecimento, como o ZigBee
Green Power (ZGP).

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 21


Apresentação Transformação digital
Exemplo de protocolos de
comunicação wireless

A comparação entre esses protocolos deve analisar o custo do produto, a vida


útil da bateria, a assinatura do rádio, a EMC durante a operação e manutenção
e o tratamento dos dados. O custo e a confiabilidade continuam sendo as
principais funções esperadas. O ZigBee foi projetado para ambientes RF hostis,
de acordo com a norma IEEE 802.15.4, com recursos que incluem prevenção
de colisão, detecção de energia do receptor, indicação de qualidade do link,
avaliação de canal liberado, reconhecimento, segurança, suporte para intervalos
de tempo garantidos e atualização de pacotes. O ZigBee Green Power (ZGP) foi
desenvolvido originalmente como um padrão sem fio de potência ultrabaixa para
suportar dispositivos de coleta de energia.
DM107013

Medium range
DATA rate

5G

4G

3G

2G

Short range
Long range
BLE Bluetooth
6lowPan VSAT
80 m

WiFi WPAN ZigBee LPWAN


50 m IEEE 802.15.6 IEEE 802.15.4
100 m LoRa Sig-Fox
Weightless
5-50 km 5-50 km
5 km
f (density) f (density)
RFID

RANGE

22 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Transformação digital
Arquitetura de MT/BT

Esta arquitetura de MT/BT baseia-se nas três camadas da nossa plataforma


EcoStruxure. Ao utilizar sensores térmicos, conforme mostrado abaixo, esta
arquitetura supera diversas restrições encontradas quando um sistema de
desempenho de ativos deve ser implantado.

Subestação elétrica de MT/BT digitalizada


DM107940

Cloud

PM107141
Mobile
connection Edge

Local

Presence
PM107143

detection

Temperature
PM107144

and humidity
PM107141

PM103194

PM102685

PM107140
Flood
detection
P101844

Sensores para avaliação digital


DM107941

Analytic Network Sensors Data

Self
powered
0 to +80 °C
+110 °C
Condition
monitoring
& 0 to +40 °C
predictive
maintenance Energy Harvesting +120 °C
Or
Battery-less
Interoperable
Flexible
Eco-friendly Battery 0 to +35 °C
powered
+90 °C
Dew
Aging
assessment
98% RH

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 23


Apresentação Redes elétricas inteligentes

As concessionárias de energia hoje precisam se transformar em empresas


públicas inteligentes. Aquelas que tiverem sucesso nesta transição irão operar uma
rede elétrica inteligente eficiente, e vão descarbonizar sua produção, e fornecer
novos serviços aos seus clientes.

Compartilhamos [1][2] como as concessionárias iniciam essa jornada para se


tornarem concessionárias mais inteligentes e como abordar novos modelos de
negócios e, ao mesmo tempo, atingir um alto grau de confiabilidade e segurança
da rede elétrica. Temos uma longa história de envolvimento com o setor de
serviços públicos.

Desde o final do século XIX, nossos especialistas têm trabalhado lado a lado
com nossos parceiros de serviços públicos para fornecer energia estável para
residências e empresas. Agora os riscos são maiores porque o mundo está
digitalmente conectado e a prosperidade humana depende da capacidade das
redes de energia fornecerem energia 24 horas por dia, 7 dias por semana, em todo
o mundo.
Acreditamos que a nossa missão conjunta pode melhorar a vida das empresas
e dos 1,3 bilhões de pessoas que ainda não têm acesso à energia dos serviços
públicos. Estamos também profundamente conscientes do impacto das atividades
de produção de energia no bem-estar do planeta.

Escrevemos o livro 'Powering an “always on” world' [1] para descrever como a
automação ajudará as concessionárias de energia a se modernizarem, ampliarem
suas redes e preencherem a lacuna entre os sistemas de informação e as
operações para aproveitar os dados e melhorar o atendimento ao cliente.
Debatemos como as concessionárias podem gerenciar melhor a demanda flexível
para mitigar a geração variável. Também exploramos como as concessionárias
podem melhorar suas usinas de maneira econômica, integrar energias renováveis e
construir microrredes para gerar energia mais limpa e confiável.

O livro inclui os seguintes capítulos:


(1) O setor de serviços públicos: Uma avaliação atual
(2) Gestão de ativos: Simplificação apesar da proliferação da grande quantidade
de dados
(3) A rede inteligente: Não é mais apenas um mito
(4) Garantir que a energia nuclear permaneça relevante e contribua com a sua parte
(5) Integração das energias renováveis: Um delicado ato de equilíbrio
(6) Gerenciando a demanda e a influência dos ‘Prosumers’
(7) Por que as microrredes vieram para ficar
(8) Resolvendo o enigma da segurança das redes elétricas
(9) Terceirizar para acelerar: Como aumentar os níveis de capacitação

A nossa plataforma EcoStruxure Grid oferece arquiteturas e serviços digitais


que preenchem a lacuna entre os lados da oferta e da procura, cobrindo o ciclo
de vida ponta a ponta (desde o planejamento, projeto, construção, operação e
manutenção) para ajudar as concessionárias de distribuição a alcançar um futuro
mais sustentável.
Ela oferece um conjunto de soluções integradas para melhorar a confiabilidade,
eficiência e flexibilidade das redes elétricas. A integração de dados é baseada em
conceitos de Gêmeos Digitais que permitem modelagem, simulação e otimização
do planejamento e das operações da rede, gerenciamento de ativos da rede e
gerenciamento do lado da demanda.

Links úteis:
[1] E-book Smart Utility, Capítulo Um
https://go.schneider-electric.com/EMEA_Cross-BU_UK_201710_Smart-Utilities-eBook-
PF-Page.html?source=Content&sDetail=Smart-Utilities-eBook&

24 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Ambiente

Novas estruturas regulatórias, de padronização [1] e de associações moldaram a


nova forma do mundo nos aspectos ambientais, melhorando-os e coordenando-os.
O principal foi lançado pelas Nações Unidas com os objetivos de desenvolvimento
sustentável (ODS) transmitidos por muitos programas a nível regional, nacional,
empresarial [2], [3] ou de associação.
Na verdade, foi demonstrado que um projeto otimizado da instalação, levando
em consideração as condições de operação, localização das subestações
MT/BT e estrutura de distribuição (painéis, barramentos, cabos, metodologia
de refrigeração), pode reduzir substancialmente os impactos ambientais
(esgotamento das matérias-primas, esgotamento da energia, fim de vida),
especialmente em termos de eficiência energética.
Além de sua arquitetura, a especificação ambiental dos componentes e
equipamentos elétricos é uma etapa fundamental para uma instalação
ecologicamente correta, principalmente para garantir informações ambientais
adequadas e antecipar a regulamentação.
A cláusula seguinte resume os desafios, as ações e o painel de normalização para
especificar melhor.

Ecossistemas
Os modelos para ecossistemas são muito complexos, como os sistemas
encontrados no setor de automação. Um objetivo será melhor alcançado se
soubermos atribuir-lhe um modelo dinâmico que apenas procurará convergir para
o objetivo.
O esquema de controle a seguir mostra as entradas e saídas de um ecossistema
como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o que é observado
e controlado pelo apoio de modelos que representam um gêmeo digital,
compensando as incertezas do modelo.
DM107916

Reference model
Digital twins

&

Adjustment mechanism
Standardization
(assessments)

Regulations
Input Asset management

UN Sustainability development goals


Users and
Adaptive controller Stable ecosystem
Manufacturers need
(Citizen) Users and
Manufacturers Operating and
Standardization environmental
(controls) system
Regulations

&

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 25


Apresentação Ambiente

A estabilidade de qualquer ecossistema não conforme é procurada antes de


garantir a sua resiliência.
Esta abordagem poderá ser utilizada quando a Comissão Europeia, ao adotar um
novo Plano de Ação para a Economia Circular no âmbito do programa Green Deal,
solicitar a melhoria das ferramentas de modelização para captar os benefícios da
economia circular na redução das emissões de gases do efeito de estufa a nível
nacional e da UE. Os detalhes do 8.º Programa de Ação Ambiental (PAA) explicam
como alcançar os ODS até 2030. Na sua avaliação da 7a PAA, a Comissão
Europeia também concluiu que os progressos relacionados com a proteção da
natureza, a saúde e a integração de políticas não eram suficientes.

Além disso, tal representação é necessária porque deve ser entendido que muitas
ferramentas normativas e regulatórias atuam em medir (observabilidade) quando
outras buscam a implementação de ações (controlabilidade).
Isto é, por exemplo, o que acontece quando se aplica a ISO/IEC 62430 para
projetos ambientalmente conscientes e quando se mede seus efeitos com a norma
EN 50693 que trata das "Regras de categoria de produto para avaliações do
ciclo de vida (LCA) de produtos e sistemas eletrônicos e elétricos". Desde 2020,
a norma IEC, antes de qualquer proposta de novo item de trabalho, solicita a
identificação da contribuição esperada para os ODS.
Por exemplo, a norma IEC lançou um novo grupo de trabalho dentro do TC111
que trata da redução de emissões de GEE, incluindo aspectos digitais para evitar
impacto(s) adverso(s), para alcançar os ODS 13.

Links úteis:
Como a Padronização para Ecoprojeto e Economia Circular
[1] contribui para a sustentabilidadehttps://www.se.com/id/en/download/
document/998-2095-02-27-20AR0-EN/

Metas de desenvolvimento sustentável da ONU (SDGs)


[2] https://www.se.com/us/en/download/document/SDG_SSI/

O Imperativo da Mudanças Climática até 2030: Três Ações a Serem Tomadas


Antes que o Tempo Acabe
[3] https://perspectives.se.com/research/2030-scenario-white-paper

26 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Ambiente

Reivindicações verdes
Mesmo que projetos ambientalmente conscientes não sejam novos, os esforços
devem continuar. É necessário verificar se os sistemas de medição atendem às
expectativas expressas por meio dos ODS.
Quatro princípios são definidos para análise relevantes do desempenho
sustentável:
Métodos para reforçar a qualidade dos dados e combater a pratica de
greenwashing (marketing exagerado e inverídico sobre ações ecológicas):
O método de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é o melhor método para avaliar
os impactos ambientais de produtos e sistemas. Os cenários de ACV devem
incorporar circularidades de materiais, evitando a abordagem "do berço ao túmulo"
seja muito linear. Para isso, todas as normas EN 4555x publicadas entre 2019 e
2020 devem ser aprovadas por comitês de produtos e adaptadas posteriormente.

Com base nas abordagens setoriais existentes:


Setores específicos devem garantir a disponibilidade de regras específicas de
produtos (PSRs) para realizar a avaliação do ciclo de vida, conforme feito pela
norma IEC TC121 na norma IEC TS 63058 e lançado também pelo CENELEC
TC17AC para equipamentos de alta tensão. Este artigo destaca vários itens que
devem ser considerados em um PSR para equipamentos de alta tensão.Deve
ser especificada a utilização de bases de dados conhecidas, como as bases de
dados de ACV da UE, capazes de apoiar a medição dos objetivos ambientais.

O âmbito da avaliação da pegada ambiental está limitado a um produto


utilizado em um sistema:
Para diferentes ecossistemas, como infraestruturas, existem outras ferramentas
de avaliação utilizadas para certificações HQE, LEED, BREEAM ou equivalentes.
Para outros ecossistemas, avaliações diferentes, múltiplas estruturas de avaliação
existentes (projeto de divulgação de carbono (CDP), iniciativa global de relatórios
(GRI), Diretiva de Relatórios Não Financeiros, etc.) devem ser considerados.

Interoperabilidade e disponibilidade de dados:


A transparência, a comparabilidade e, portanto, a concorrência leal só seriam
possíveis se os dados estivessem disponíveis em formato digital. Para atingir esse
objetivo, os dados devem ser interoperáveis e simples de acessar e compreender.
O uso de um sistema internacional de dados de ciclo de vida de referência (ILCD)
e de um catálogo de dados para equipamentos de alta tensão, para alimentar o
dicionário de dados comum da IEC ou uma plataforma industrial como o ecl@ss
deve funcionar. Para equipamentos de alta tensão, um primeiro relatório IEC foi
publicado em 2020 do IEC TC17 AHG7.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 27


Apresentação Ambiente

Categorias de impacto da ACV e ODS


O manual do ILCD e o estudo do Centro Comum de Investigação (JRC) sobre ACV
convergem dos impactos ambientais (pontos médios) para as áreas de proteção
como a saúde humana, o ambiente natural e os recursos naturais (pontos finais).
Isto permite a identificação dos ODS impactados quando um ACV é realizado.
Um estudo realizado pelo centro de investigação europeu JRC identificou diversas
ligações com o ODS 12 correspondentes a um consumo e produção responsáveis
tendo relação com ODS mais globais, como os ODS 7, 8, 9 e 11.
De acordo com a norma ISO 14044, o CCI aplica ponderação às categorias de
impacto, que é uma etapa opcional de interpretação de um estudo completo de
ACV. A figura a seguir mostra as relações com os ODS e o ciclo fechado com
categorias de impactos médios e seu impacto nos pontos finais.
Deve ser considerado o ciclo de vida dos equipamentos de AT utilizados em
um sistema e aqueles não relacionados à organização. Para melhor identificar
as ações a serem tomadas durante a fase de projeto é importante identificar os
fatores de influência considerados pelo método de medição que é o ACV.
DM107917

Midpoints
Water use Resource use, mineral and metals
Resource use, fossils Photochemical ozone formation, HH
Particulate matter Ozone depletion
Land use Ionizing radiation, HH
Human toxicity, non-cancer effects Human toxicity, cancer effects
Eutrophication, terrestrial Eutrophication, marine
Eutrophication, freshwater Ecotoxicity freshwater
Climate change Acidification
30 % 3.775
3.775 4.16
25
4.16
20 6.31
4.78

15
8.96 7.94

10 21.06
8.51 3.71
5.01
5
1.84 2.80 2.96 6.20
0 2.13 0.96 0.96

SDG

Isto demonstra as interdependências entre os ODS e as categorias de impacto


recomendadas pela norma EN 50693, e a importância para a estabilidade dos
ecossistemas associados.

Categorias de impacto da ACV, ODS e economia circular


A noção de conceito é importante para estruturar ideias e relacionamentos.
Até a presente data não identificamos um conceito suficientemente robusto capaz
de suportar as definições já existentes nos vários comites de normalização ou nas
regulamentações em vigor.
Uma das relações entre eficiência material e gestão de valor é a confiabilidade.
A confiabilidade infinita não é realista, mas deve ser entendido que a questão da
confiabilidade é o ponto de partida para a circularidade dos materiais.
Portanto, a durabilidade de um produto, o seu limite e a sua capacidade de
reutilização ou a capacidade dos seus materiais e peças devem aparecer na
cadeia de valor. A primeira orientação do subconjunto do produto depende se são
declarados como resíduos ou não, conforme mostrado. As duas figuras a seguir
mostram como.

28 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Ambiente

Equipamento de MT e aspectos
ambientais
Esta subcláusula descreve como melhor especificar os aspectos ambientais
em equipamentos de AT no que diz respeito às tendências de evolução da
regulamentação e padronização, refletindo as necessidades do usuário e do
planeta. O projeto ambientalmente consciente está presente nas atividades de
P&D dos fabricantes há muitos anos, mesmo que os conjuntos de manobra e
controle de alta tensão não estejam dentro do escopo da diretiva Ecodesign da
UE. A título informativo, o estudo preparatório para a revisão desta convenção, tal
como o texto adotado para o Plano de Ação para a Economia Circular (CEAP),
deverá abranger produtos não relacionados com a energia (ErPs).

Aspectos ambientais:
De acordo com o Guia IEC 109, os aspectos ambientais podem ser resumidos
em conservação de recursos, conservação de energia, prevenção da poluição
e prevenção de resíduos. De acordo com a norma ISO/IEC/IEEE 82079-1,
informações adicionais relacionadas aos aspectos ambientais, à vida útil esperada
e ao conjunto de condições associadas devem ser fornecidas nas instruções de
uso de equipamentos de alta tensão.

Pensando no ciclo de vida


O primeiro passo para uma visão holística é o pensamento do ciclo de vida que
considerou os casos de uso previamente identificados por uma análise funcional.
O ciclo de vida considerado deve levar em conta circularidades importantes como:
DM107918

Concept Product System related


Product marketing to product
Start Concept
Raw material
Development extraction Start System marketing
Product environmentally
conscious design System planning
Product sourcing

Production Conceptual design


+
+
Recycling Parts Development
manufacturing
System environmentally
Recovery conscious design
+
Assembly Product
manufacturing
System sourcing
+
Remanufacture Product
documentation System analysis
System platforming

System
€ documentation
Procurement

Asset database €
registering (Bom, etc.)
Product Logistic:
Transport, Storage
Construction
Product installation
System integration Normal use
Commissioning
+ + + Intended use
Refurbishing Product operation
(Maintenance-Repair-
Upgrade) Product condition monitoring
Re-use

De-installation
Dismantling
End of life

Retirement

Material circularity Waste to landfill


+ End

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 29


Apresentação Ambiente

A figura a seguir mostra exemplos de partes interessadas, suas relações e


interdependências, descrevendo funções que devem ser repetidas para cada
fase da vida, ao longo do ciclo de vida. Em cada fase da vida uma seleção das
interações mais relevantes ajuda a identificar as funções esperadas em relação
aos casos de uso

Fases do ciclo de vida

Partes interessadas Digitalização


Conjunto de
manobra e controle
de MT
Contexto Metas de desenvolvimento
sustentável
Referencial

Versão mais detalhada: https://www.se.com/fr/fr/download


document/998-2095-02-27-20AR0-EN/

Eficiência do material
Para apoiar a eficiência material para uma economia circular, um conjunto de
normas da UE do CEN CENELEC JTC10 foi publicado em 2019 e em 2020. Todas
essas normas foram criadas para avaliar principalmente as capacidades de
circularidade dos materiais – renovação (manutenção, reparação, reutilização,
atualização, melhoria, % de conteúdo reutilizado), refabricação, reciclagem,
recuperação, % de conteúdo reciclado, % de conteúdo reutilizado. Entretanto,
é necessária uma avaliação holística, como a avaliação do ciclo de vida, para
confirmar a eficiência dos materiais, minimizando a pegada ambiental.
Essa abordagem amplia o escopo da avaliação das circularidades dos materiais
como mostrado:

CRM
Reuso CRM*
Durabilidade
Economia de Atuali-
Atualizar Reformar
Moder- energia zar
Reuso nizar Confiabilidade Repa-
Reci-
Reformar Manter Remanufatura rar
clar
Durabili-
Peças reutili- Modernizar
dade Pegada ecológica
zadas
Reparar Recu-
Material secundário
perar
Remanufatura
Digitalização Eficiência energética
Reciclar
Segurança
Recuperar Interoperabilidade: cibernética
Avaliações da eficiência do
Projeto circular otimizado minimizandoa pegada
material do produto
ambiental de produto e de sistema
(CEN CENELEC
Normas EN 4555x) O que pode exigir uma compensação
Nenhuma compensação em termos de saúde e
segurança.
(*) CRM: Matéria prima crítica

A abordagem sistemática ao projeto e desenvolvimento de produtos, que visa


minimizar o seu impacto ambiental negativo, é conhecida como ECD, sigla para
projeto ambientalmente consciente. O processo de ECD e os requisitos para
Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (EEE) são descritos na norma IEC 62430.
A seguir está uma figura modificada do Guia IEC 109:2012 mostrando a relação
das necessidades funcionais com as funções técnicas, considerando o ciclo
de vida para avaliar a pegada ambiental descrita pelas categorias de impacto
selecionadas.

30 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Ambiente

Circularidades de materiais de equipamentos de MT evitando


impactos adversos
Quando aplicada na fase de projeto de um equipamento de MT que deverá operar
de acordo com seu perfil de missão, ao longo da sua vida útil, uma avaliação
de risco identifica a necessidade de evitar SF6, um aumento no eficiência dos
materiais e as respectivas circularidades de material.
Os itens mais importantes da eficiência dos material são, em sequência:

1  A durabilidade ou extensão da vida útil


• a. A durabilidade técnica desde a primeira utilização até ao primeiro evento
limitante, ligada à confiabilidade. Esta durabilidade técnica pode ser apoiada por
atividades de manutenção (preventiva, baseada na condição e preditiva) e, se
houver, atualização (análise - software);
• b. A durabilidade funcional é atingida assim que um estado limite é atingido e
baseia-se em quaisquer outras atividades de remodelação (corretiva-reparação)
para recuperação;
• c. Um estado funcional. Outra circularidade de materiais, se houver, como a
reutilização, pode ser considerada.
2  A capacidade de atualização nos níveis de dispositivos de manobra e montagem
(por exemplo: capacidade de ampliar um conjunto de manobra e controle de MT
utilizando uma solução descarbonizada adaptada à necessidade, evitando a
substituição do conjunto de MT completo.
3  A capacidade da logística reversa em dominar a gestão de resíduos, como a
gestão do meio de isolamento e qualquer reciclabilidade e recuperação,
se houver.
4  A reciclabilidade ou capacidade de recuperação dos materiais
• a. Taxa de reciclabilidade melhorando a pegada ambiental e minimizando a
recuperação energética;
• b. Para conjuntos de manobra e controle de média tensão, o SF6 é reciclado, mesmo
que poucas normas mencionem uma reutilização.
Uma avaliação holística deve ser feita com avaliação do ciclo de vida (ACV),
utilizando regras específicas do produto para equipamentos de MT para medir a
influência da eficiência dos materiais, da eficiência energética e da redução de
quaisquer emissões. A primeira ação para reduzir drasticamente as emissões,
como o potencial de aquecimento global que impacta as mudanças climáticas, é
a substituição do SF6 por ar puro, mesmo que o SF6 ou gases alternativos sejam
reciclados. Caso contrário, deve-se prestar atenção para evitar potenciais impactos
adversos introduzidos pela toxicidade dos gases alternativos.
Os benefícios dos conjuntos de manobra e controle livres de SF6 contribuem para
a descarbonização do sistema usando metodologia que foi avaliada tendo em vista
os requisitos das normas ISO 14067 e ISO 14021 [6].

Foco na durabilidade técnica e funcional


Para equipamentos de MT, o primeiro requisito é a capacidade de suportar as
tensões mecânicas ao longo da vida útil. Isto é possível se as condições forem
monitoradas para verificar se a vida útil pode ser prolongada ou se alguns
cuidados devem ser tomados no caso de envelhecimento precoce até que o
primeiro evento limite seja atingido, estamos assim dentro da durabilidade técnica,
a partir daí qualquer atividade de reforma (manutenção corretiva) contribui para
a durabilidade funcional A norma EN 45552:2020 trata de métodos de avaliação
da durabilidade, incluindo confiabilidade. As avaliações são mais detalhadas em
DM107919

comparação com a análise de durabilidade da norma IEC 62308. A figura a seguir


mostra a limitação da durabilidade e sua extensão, e as diferentes circularidades
do material. Reuse, refurbishing, remanufacture

Reuse
Final durability Non-waste
Refurbishing Non-waste limitation (waste manager)
(user) Decision to Assessable
not repair resource
Functional Limiting End of End Resource
states states Use of life assessment
End of nth Waste
Reuse uses (user) Waste
Reliability limitation (waste manager)

Remanufacture Recovery
(energy, material)
Useful life

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 31


Apresentação Ambiente

A etapa de projeto deve considerar todas as fases de vida do equipamento de MT


quando utilizado em um sistema. O uso normal e o uso pretendido são diferentes
pelas respectivas definições da IEC. Eles precisam de atenção especial para
identificar possíveis lacunas nas condições consideradas para o projeto.
As figuras a seguir mostram como identificar quaisquer precauções e parâmetros
de influência respectivamente relacionados ao potencial envelhecimento precoce.

• Condições ambientais
p Localization:
(Climate data and/or Measurements)

DM107920
p Pollution:
(AQI*, Measurements, Application)
p Stresses description & simulation: Site &
(Insulation coordination) Building
*AQI: Air Quality Index

p Operating room & surroundings


p Electrical assembly & MV Equipment
p Stresses description & simulation Room &
(thermal simulation vs load factor) MV Equipment Normal use

Commissioning

Maintenance
Dismantling
Integration
Transport
Storage

Storage

Storage
p Damage modeling

Use
p Aging assessment Component
p Reliability study Material

• Condições de operação
DM107921

p Electrical stresses due to the function


of the equipment
p Steady-state temperature due to
self-heating
p Temperature variations due to
Site &
turning the equipment on and off Building
p Vibration due to operation

p Moisture conditions due to humidity


and condensation
p Any other stresses that may Room &
cause failures MV Equipment Intended use
Commissioning

Maintenance
Dismantling
Integration
Transport
Storage

Storage

Storage

Use

Component
Material

Recomendações de avaliação do ciclo de vida (ACV)


A avaliação do ciclo de vida é um processo reconhecido para avaliar o impacto
ambiental de um equipamento quando utilizado em um sistema. As regras de
categoria de produto devem estar de acordo com a norma EN 50693, que deve ser
transformada em regras específicas de produto para equipamentos de MT.
O processo LCA é amplamente aplicado e reconhecido, como o ecopassaporte
PEP [3], etc.

Vida útil de referência


A LCA é válida para uma vida útil de referência. As condições de serviço são
definidas na série de normas IEC 62271 1 e estão relacionadas ao desempenho
verificado por ensaios de tipo, enquanto são necessárias condições de serviço
médias para a vida útil de referência. Mesmo que a vida útil de referência utilizada
para ACV seja apenas para fins de cálculo, é importante obter consistência entre a
vida útil de referência e a avaliação de durabilidade de acordo com as condições
ambientais e operacionais médias.

Os equipamentos de MT são abrangidos pelas normas IEC TC17 divididas em


duas categorias: dispositivos e conjuntos de manobra e controle. A LCA precisará
definir a respectiva unidade funcional com seus valores nominais influenciando
seu projeto. É necessária uma descrição detalhada dos equipamentos estudados,
descrevendo o que está incluído e o que não está incluído na avaliação. O mínimo
das informações devem ser as propriedades padronizadas presentes na plaqueta
de identificação. Os limites do sistema baseados no diagrama do sistema devem
ser especificados de acordo com o ciclo de vida descrito anteriormente.

32 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Ambiente

Regras de corte
Os critérios de corte são importantes e podem ser diferentes da referência
nas regras específicas dos produtos (PSR). A massa, a energia e os impactos
ambientais não levados em conta não deverão ser inferiores a 5 %, respetivamente,
da massa da unidade funcional, da energia primária do ciclo de vida e do impacto
ambiental total do ciclo de vida.
No que diz respeito ao estudo de ACV, estas regras de corte podem ser
consideradas se o fabricante demonstrar que não têm impacto ambiental
desproporcional no relatório de ACV.

Cenários
O cenário padrão para dispositivos e conjuntos de manobra e de controle de
MT deve ser definido considerando pelo menos a vida útil de referência e seu
conjunto médio de condições associadas, a taxa de carga e a taxa de tempo de
carga. Algumas aplicações podem exigir vários conjuntos de cenários, mas as
informações refletem propriedades médias para comparar equipamentos de alta
tensão.
O PSR na UE para equipamentos de alta tensão deve especificar o mix energético
mais recente e adaptado, como energia bruta disponível (GAE), produção bruta
de eletricidade (GEP) e intensidade de emissão de GEE em gCO2eq/kWh para
[4, 5, 6]. Os fatores de emissão e a trajetória do fornecimento de eletricidade
devem ser harmonizados quando a ACV for realizada. A UIT recomenda para a
rede 351 gCO2e/kWh em 2025, 200 em 2025 e 0 em 2050. Os detalhes do cenário
considerado devem ser citados na declaração ambiental e no relatório da ACV.

Links úteis:
Programa PEP ecopassport®
[3] http://www.pep-ecopassport.org/
Agência Internacional de Energia:
[4] https://www.iea.org/subscribe-to-data-services/co2-emissions-statistics
Metodologias da Pegada de Carbono do Projeto BEI:
[5] https://www.eib.org/attachments/strategies
eib_project_carbon_footprint_methodologies_en.pdf
Metodologia do impacto do CO2:
[6] https://download.schneider-electric.com/files?p_enDocType=Brochure&p_File_
Name=CO2+Impact+Methodology.pdf&p_Doc_Ref=CO2_methodology_guide

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 33


Apresentação Ambiente

Digitalização por categorias de impacto


As cláusulas anteriores que tratam dos aspectos ambientais trazem a conscientização de
como considerar todo o processo de lidar com o projeto ambientalmente consciente.
Um dos objetivos deste processo para o usuário é poder comparar a pegada ambiental
do equipamento de MT quando usado na rede de distribuição. Entre as propriedades
ambientais que devem ser compartilhadas no formato digital estão as categorias de impacto
ambiental. Para apoiar a troca de propriedades evitando problemas de interoperabilidade,
devem ser definidas categorias de impacto ambiental, tais como os termos de definição
utilizados para a eficiência material para a economia circular. As tabelas a seguir identificam
categorias de impacto da UE que podem ser úteis para o IEC TC111 WG15 que trata
das regras de categoria de produto (PCR) da ACV, para o IEC TC111 PT111 que trata da
eficiência dos materiais para um projeto ambientalmente consciente e para o IEC TC111
WG17 que trata dos gases de efeito estufa (GEE), de sua redução de emissões.

Nome da Categoria do Unidade Definição da EN


Impacto
Mudança do clima GWP kgCO2eq Capacidade de um gás do efeito estufa influenciar o forçamento radiativo, expressa em termos
de uma substância de referência (por exemplo, unidades equivalentes de CO2) e horizonte
de tempo especificado (por exemplo: GWP 20, GWP 100, GWP 500, por 20, 100 e 500 anos,
respectivamente). Relaciona-se com a capacidade de influenciar alterações na temperatura
média global do ar à superfície e subsequentes alterações em vários parâmetros climáticos
e seus efeitos, tais como frequência e intensidade de tempestades, intensidade de chuvas e
frequência de inundações, etc.
Mudança do Clima - GWP kgCO2eq Emissões de gases do efeito estufa (GEE) para qualquer meio, provenientes da oxidação e/ou
fóssil redução de combustíveis fósseis através da sua transformação ou degradação (por exemplo,
combustão, digestão, deposição em aterro, etc.). Esta categoria de impacto inclui emissões
provenientes de turfa e calcinação/carbonatação de calcário
Mudança do Clima - GWP kgCO2eq Emissões para a atmosfera (CO2, CO e CH4) provenientes da oxidação e/ou redução da
biogênico biomassa acima do solo por meio de sua transformação ou degradação (por exemplo,
combustão, digestão, compostagem, aterro) e absorção de CO2 da atmosfera através da
fotossíntese durante o crescimento da biomassa - ou seja, correspondente ao teor de carbono
de produtos, biocombustíveis ou resíduos vegetais acima do solo, como lixo e madeira morta. As
trocas de carbono de florestas nativas serão modeladas conforme a LULT (incluindo emissões de
solo relacionadas, produtos derivados ou resíduos)
Mudança do Clima - GWP kgCO2eq Absorções e emissões de carbono (CO2, CO e CH4) provenientes de alterações nos estoques
de uso e transformação de carbono causadas por mudanças no uso da terra e pelo uso da terra. Esta subcategoria inclui
da terra trocas biogênicas de carbono provenientes do desflorestamento, da construção de estradas
ou de outras atividades no solo (incluindo emissões de carbono no solo). Para florestas nativas,
todas as emissões de CO2 relacionadas estão incluídas e modeladas nesta subcategoria
(incluindo emissões conectadas do solo, produtos derivados de florestas nativas e resíduos),
enquanto a sua absorção de CO2 é excluída
Destruição da camada de kgCFC-11eq Categoria de impacto da PA que leva em conta a degradação do ozônio estratosférico devido às
ozônio emissões de substâncias que destroem a camada de ozônio, por exemplo, cloro de longa vida e
gases contendo bromo (por exemplo, CFCs, HCFCs, Halogênios)
Toxicidade Humana, CTUh Categoria de impacto da FE que contabiliza os efeitos adversos à saúde dos seres humanos
efeitos de câncer causados pela ingestão de substâncias tóxicas através da inalação de ar, ingestão de alimentos/
água, penetração através da pele, na medida em que estejam relacionadas ao câncer
Toxicidade Humana, CTUh Categoria de impacto da EF que contabiliza os efeitos adversos à saúde dos seres humanos
efeitos não cancerígenos causados pela ingestão de substâncias tóxicas através da inalação de ar, ingestão de alimentos/
água, penetração através da pele, na medida em que estejam relacionados com efeitos não
cancerígenos que não sejam causados por matéria particulada/inorgânicos respiratórios ou
radiação ionizante
Inorgânicos respiratórios mortes/kg PM2.5 Categoria de impacto de EF que contabiliza os efeitos adversos à saúde humana causados pelas
de material particulado emitido emissões de material particulado (PM2.5) com diâmetro igual ou inferior a 2,5 micrômetros e seus
precursores (NOx, SOx, NH3)
Radiação ionizante - kBqU235 Categoria de impacto da EF que leva em conta os efeitos adversos à saúde humana causados
saúde humana U235 por liberações radioativas

34 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Ambiente

Nome da Categoria do Unidade Definição da EN


Impacto
Formação de ozônio kgNMVOCeq Categoria de impacto da EF que contabiliza a formação de ozônio no nível do solo da
fotoquímico troposfera causado pela oxidação fotoquímica de compostos orgânicos voláteis (VOCs) e
monóxido de carbono (CO) na presença de óxidos de nitrogênio (NOx) e luz solar. Altas
concentrações de ozônio troposférico do nível do solo danificam a vegetação, o trato
respiratório humano e materiais fabricados pelo homem através da reação com materiais
orgânicos
Acidificação molH+eq Categoria de impacto da EF que aborda os impactos devidos a substâncias acidificantes no
meio-ambiente. As emissões de NOx, NH3 e SOx levam à liberação de íons de hidrogênio
(H+) quando os gases são mineralizados. Os prótons contribuem para a acidificação dos
solos e da água quando são liberados em áreas onde a capacidade de absorção é baixa,
resultando no declínio das florestas e na acidificação dos lagos.
Eutroficação terrestre moleNeq Os nutrientes (principalmente nitrogênio e fósforo) provenientes dos emissários de esgotos
e das terras agrícolas fertilizadas aceleram o crescimento de algas e outras vegetações na
água. A degradação da matéria orgânica consome oxigênio, resultando em deficiência de
oxigênio e, em alguns casos, na mortandade de peixes. A Eutroficação traduz a quantidade
de substâncias emitidas em uma medida comum expressa como o oxigênio necessário para
a degradação da biomassa morta [para a Eutroficação, terrestre]
Eutroficação aquática em freshwater_kgPeq Os nutrientes (principalmente nitrogênio e fósforo) provenientes dos emissários de esgotos
água doce e das terras agrícolas fertilizadas aceleram o crescimento de algas e outras vegetações na
água. A degradação da matéria orgânica consome oxigênio, resultando em deficiência de
oxigênio e, em alguns casos, na mortandade de peixes. A Eutroficação traduz a quantidade
de substâncias emitidas em uma medida comum expressa como o oxigênio necessário para
a degradação da biomassa morta [por Eutroficação, água doce]
Eutroficação aquática freshwater_kgNeq Os nutrientes (principalmente nitrogênio e fósforo) provenientes dos emissários de esgotos
marinha e das terras agrícolas fertilizadas aceleram o crescimento de algas e outras vegetações na
água. A degradação da matéria orgânica consome oxigênio, resultando em deficiência de
oxigênio e, em alguns casos, na mortandade de peixes. A Eutroficação traduz a quantidade
de substâncias emitidas em uma medida comum expressa como o oxigênio necessário para
a degradação da biomassa morta [por Eutroficação, marinha]
Ecotoxicidade - água doce CTUe Impactos tóxicos em um ecossistema, que danificam espécies individuais e alteram a
(<100 anos) estrutura e a função do ecossistema. A ecotoxicidade é resultado de uma variedade de
diferentes mecanismos toxicológicos causados pela liberação de substâncias com efeito
direto na saúde do ecossistema
Uso da terra Ver definição Categoria de impacto EF relacionada com o uso (ocupação) e conversão (transformação)
da área terrestre por atividades como agricultura, estradas, habitação, mineração, etc. A
ocupação do solo considera os efeitos do uso do solo, a quantidade de área envolvida e a
duração da sua ocupação (mudanças na qualidade multiplicadas pela área e duração). A
transformação da terra considera a extensão das mudanças nas propriedades da terra e na
área afetada (mudanças na qualidade multiplicadas pela área)
Unidades - Adimensional (pt) / - kg de produção biótica / (m2*a)2 /- kg solo / (m2*a) /- m3
água / (m2*a) / m3 água subterrânea/ (m2*a)
Escassez da água m3 mundial eq. Extensão na qual a procura por água se compara à reposição de água em uma área, por
Em falta exemplo, uma bacia de drenagem, sem levar em conta a qualidade da água
Uso de recursos - mineral kgSb-eq Categoria de impacto da EF que aborda o uso de recursos naturais abióticos não renováveis
e metais (minerais e metais)
Uso de recursos - fóssil MJ Categoria de impacto da EF que aborda a utilização de recursos naturais fósseis não
renováveis (por exemplo, gás natural, carvão, petróleo)
Utilização de energia MJ Utilização total de recursos energéticos primários não renováveis
primária não renovável
Uso de energias MJ Utilização total de recursos energéticos primários renováveis
renováveis para o primário
Uso líquido de água doce m3 Água doce líquida que entra no sistema de produto em estudo e não retorna à mesma bacia
de drenagem de onde se originou

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 35


Apresentação Ambiente

Propriedade Definições Documento de


referência
Matéria prima crítica Materiais que, segundo uma metodologia de classificação definida, sejam economicamente EN 45558 & ISO
(CRM) importantes e apresentem um elevado risco associado ao seu fornecimento 14009
Durabilidade Capacidade de funcionar conforme necessário, sob condições definidas de uso, manutenção e EN 45552 & ISO
reparo, até que um estado limite final seja alcançado. Observação 1 para a entrada: O grau no 14009
qual a manutenção e o reparo estão dentro do escopo de durabilidade que variará de acordo
com o produto ou grupo de produtos. Observação 2 para a entrada: A durabilidade pode ser
expressa em unidades apropriadas à parte ou produto em questão, por exemplo, período de
calendário, ciclos operacionais, distância percorrida, etc. As unidades devem estar sempre
claramente indicadas
Recuperação da energia Produção de energia útil através da combustão direta e controlada de resíduos. Nota: Os Guia IEC 109
incineradores de resíduos que produzem água quente, vapor e/ou eletricidade são uma forma
comum de recuperação de energia
Circularidade do material Combinação de atividades que visam minimizar o uso de recursos virgens e a emissão de IEC TC111 PT111-1
resíduos, gerando fluxos circulares de materiais, partes ou produtos e prolongando a vida (IEV + ISO + JTC10)
útil dos fluxos. Observação 1 para a entrada: a renovação (manutenção, reparo, reutilização,
atualização e melhoria) ajuda a prolongar a vida útil dos materiais, partes e produtos durante
a fase de utilização. Observação 2 para a entrada: a remanufatura e a reutilização ajudam a
prolongar a vida útil de materiais, partes e produtos para recuperar um uso normal. Observação
3 para a entrada: Um produto alcançado pela circularidade material não pode ser declarado
como um produto novo porque ao longo da vida anterior do produto houve certamente
alterações regulamentares e envelhecimento da(s) peça(s), mesmo que o desempenho técnico
seja mantido. Observação 4 para a entrada: a reciclagem e a recuperação ajudam a prolongar a
vida útil dos materiais para outros usos após o fim da vida útil das partes ou produtos
Eficiência do material Minimização do uso dos recursos (naturais), maximizando a vida útil dos produtos através de ISO 14009
projeto, reutilização e reciclagem otimizados. Observação 1 para a entrada: A palavra 'reutilizar'
também inclui remanufaturar, reformar, recondicionar, etc.
Recuperação/reciclagem Operações de processamento de materiais, incluindo reciclagem mecânica, reciclagem de ISO 15270 & Guia
de materiais matérias-primas (químicas) e reciclagem orgânica, mas excluindo a recuperação de energia. IEC 109
Observação 1 para a entrada: O termo 'reciclagem' é usado como sinônimo do termo
'recuperação de materiais'
Recuperação da energia Qualquer operação pela qual os resíduos servem uma finalidade útil, substituindo outros ISO 14009 & IEC
materiais (3.2.7) que de outra forma teriam sido utilizados para cumprir uma função específica, TR 62635
ou resíduos sendo preparados para cumprir essa função, na fábrica ou na economia em geral.
Observação 1 para a entrada: as operações de recuperação incluem recuperação de materiais
e recuperação da energia. Observação 2 para a entrada: neste documento são consideradas
apenas recuperações de produtos (3.2.5), peças (3.2.6) e materiais
Conteúdo reciclado Proporção, em massa, do material reciclado de um produto ISO 14021/14009
Reciclagem Ver recuperação de material
Remodelação Manutenção ou reparo funcional ou estético de um item para restaurá-lo à forma e funcionalidade IEC 60050-904 2019
original, atualizada ou de outra forma e funcionalidade predeterminadas
Remanufatura Processo industrial de fabricação após o fim da vida útil, que cria um produto a partir das IEC 60050-904 2019
mesmas peças ou produto usado. Observação 1 para a entrada: as alterações não devem
necessitar de ensaios de tipo e devem ser verificadas por ensaios de rotina de acordo com o
padrão atual do produto
Reaproveitamento Processo pelo qual um produto, suas partes ou materiais que não são resíduos, tendo atingido
o fim do seu enésimo uso, são utilizados para o mesmo fim para o qual foram concebidos, mas
para outra categoria de produto
Reuso Operação pela qual um produto, ou parte dele, ao atingir o final de uma fase de utilização, não é ISO 1400/EN 45554
um resíduo e é reutilizado para o mesmo fim para o qual foi concebido. e Regulam.da UE
Capacidade de Característica de um produto que permite que seus módulos ou peças sejam atualizados ou IEC 60050-904 2019
atualização substituídos separadamente, sem a necessidade de substituir todo o produto
Modernizar Processo de melhorar funcionalidade, desempenho, capacidade ou estética de produto. EN 45554 & ISO
Obs.1 para a entrada: atualizar pode envolver alterações em software, firmware e/ou hardware 14009
Resíduo Substância ou objeto que o detentor se desfaz ou tem a intenção/obrigação de se desfazer EN 50693

36 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Ambiente

Resumo executivo de projeto de


conjuntos de manobra e controle de
média tensão ecologicamente corretos
DM107922

Climate change Sustainable energy


Sustainable
Development
Goals
Health & safety Circular economy

EN 45552 Marketing
Value management
EN 12973

IEC 62430 Lifecycle thinking ISO/IEC/IEEE 15288


IEC 62960 IEC 60300-1
Mission profile
IEC 60721-x-y (environmental, EMC
operational, digital, etc)
IPCC database
Design
EN 16271 Functional analysis

ISO/IEC 31010 Risk assessment


IEC 60300-3-1
IEC 60300-3-9 Development
(ECD, LLCA, LCA,
IEC 60300-3-11 Dependability, etc)
IEC 60812
Assessments
for design Safety +
IEC 62271-xxx optimization Dependability +
Cybersecurity
IEC 62271-1
IEC 62443-2-1 Performance Lifecycle
(Technical,
IEC 27002 environmental assessment
economical, etc) (LCA)
IEC 62960

IEC 63366 Are the expected


IEC/TS 62271-320 values achieved ? Yes

Health & safety Energy efficiency


Manufacture,
ISO 55000 Procurement,
Installation, etc.
Climate change Circular economy

ISO 50001
Asset
ISO 14009 Use phase
management
IEC 62308

Energy efficiency Material efficiency

IEC 63372
ISO 14067
Decarbonization

IEC 63395
IEC TR 62271-321 Waste
End of Life
management

Current
In progress

Process and data flows along the life cycle (Digital twin)
Dynamic flows of data related to SDGs (Digital twin)

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 37


Apresentação Ambiente
Marco regulatório

Geral
Conforme mencionado anteriormente, quando uma análise funcional é conduzida,
um item chave que precisa ser considerado, que não é óbvio pela funcionalidade,
é o marco regulatório. As regulamentações são geralmente locais, podem ser
regionais, como na Europa, EUA com EPA [1] ou na China apoiadas diretamente
pelo ministério [2], e ainda assim não são globais. Os aspectos mais globais que
alimentam os marcos regulatórios são cobertos pelos objetivos de desenvolvimento
sustentável [3].

O quadro europeu evolui com os vários programas com o acordo UE Green [4],
como o pacote Fit for 55, o plano de ação para a economia circular (CEAP), a
iniciativa de produto sustentável (SPI) e o passaporte de produto digital (DPP) e a
taxonomia para finanças.

Links úteis:
[1] https://www.epa.gov/laws-regulations
[2) https://english.mee.gov.cn/Resources/laws/
[3] https://sdgs.un.org/fr/goals
[4] https://ec.europa.eu/info/strategy/priorities-2019-2024/european-green-deal_en

Diretivas europeias
Na Europa foram publicadas várias diretivas relativas a equipamentos elétricos,
reconhecidas internacionalmente para obter produtos mais verdes e seguros,
introduzindo todos os aspectos para lidar com a eficiência energética e de
materiais, reduzindo o desperdício e a poluição.

RoHS [4]
Diretiva (Restrição de Substâncias Perigosas) em vigor desde julho de 2006 e
revisada em 2012. Tem como objetivo eliminar seis substâncias perigosas dos
produtos: chumbo, mercúrio, cádmio, cromo hexavalente, bifenís polibromados
(PBB) ou éteres difenílicos polibromados (PBDE) da maioria dos produtos elétricos
para usuários finais.
Embora as instalações elétricas que são “instalações fixas de grande escala”
não estejam no escopo, o requisito de conformidade da RoHS pode ser uma
recomendação para uma instalação sustentável.

WEEE2 [5]
O objetivo da Directiva WEEE é contribuir para a produção e o consumo
sustentáveis através, como primeira prioridade, da prevenção da WEEE e, além
disso, da reutilização, reciclagem e outras formas de valorização desses resíduos,
de modo a reduzir a eliminação de resíduos e contribuir para a utilização eficiente
dos recursos e a recuperação de matérias-primas secundárias valiosas. Ela
procura também melhorar o desempenho ambiental de todos os operadores
envolvidos no ciclo de vida dos EEE, por exemplo, produtores, distribuidores e
consumidores e, em particular, aqueles operadores diretamente envolvidos na
coleta e tratamento de WEEE.
A Diretiva WEEE é aplicável a todos os Estados Membros da União Europeia.
Quanto à RoHS, as instalações elétricas não estão no âmbito desta diretiva.
Entretanto, as informações do produto em fim de vida útil são recomendadas para
otimizar o processo de reciclagem e o custo.

Marcação
Em casos excepcionais, quando isso for necessário devido ao tamanho ou à
função do produto, o símbolo deverá estar impresso na embalagem, nas instruções
de uso e na garantia do EEE.
Componentes de média tensão não estão no escopo de abrangência da EEE de
acordo com a definição do artigo 3.1.(a) da Diretiva WEEE, mas deve ser dada
atenção aos dispositivos eletrônicos incorporados para monitoramento.

38 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Ambiente
Marco regulatório

Diretiva do Quadro de Resíduos [6]


A Diretiva-Quadro de Resíduos estabelece os conceitos básicos e as definições
relacionadas com a gestão de resíduos, incluindo definições de resíduos,
reciclagem e recuperação.

Diretiva Ecodesign [7]


Com exceção de alguns equipamentos, como iluminação ou motores, para
os quais são obrigatórias medidas de implementação, não existem requisitos
legais que se apliquem diretamente à instalação de MT. Entretanto, a tendência
é fornecer aos equipamentos elétricos a sua Declaração Ambiental de Produto,
como acontece com os Produtos de Construção, para antecipar os próximos
requisitos vindos do mercado de construção.

Diretiva relativa aos gases fluorados [8]


Para controlar as emissões de gases fluorados com efeito de estufa (gases
fluorados), incluindo hidrofluorocarbonetos (HFC), a União Europeia adotou dois
atos legislativos: o Regulamento relativo aos gases fluorados e a Diretiva relativa
aos sistemas de ar condicionado móveis (MAC). Uma proposta de atualização
impactando SF6 e gases alternativos é proposta para fins final de 2021.

REACH [9] (Autorização de Avaliação de Registro de Produtos


Químicos)
Em vigor desde 2007, visa controlar o uso de produtos químicos e restringir
a aplicação quando necessário para reduzir os riscos às pessoas e ao meio-
ambiente. No que diz respeito à EE e às instalações, exige que qualquer
fornecedor, mediante solicitação, comunique ao seu cliente o conteúdo de
substâncias perigosas em seu produto (denominadas de SVHC). Assim, um
instalador deve garantir que os seus fornecedores tenham disponível a informação
adequada. Em outras partes do mundo, novas legislações seguirão os mesmos
objetivos.
Alguns prestadores ou fornecedores podem ajudar a cumprir os objetivos
ou requisitos destas diretivas e normas, além do âmbito das suas próprias
obrigações.

Links úteis:
[4] https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/?uri=CELEX:32011L0065
[5] https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/?uri=CELEX:02012L0019-
20180704e https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/
TXT/?uri=celex%3A32018L0849
[6] https://ec.europa.eu/environment/topics/waste-and-recycling/
waste-framework-directive_en
[7] https://eur-lex.europa.eu/legal-content/FR/ALL/?uri=celex%3A32009L0125
[8] https://ec.europa.eu/clima/policies/f-gas/legislation_en
[9] https://echa.europa.eu/regulations/reach/understanding-reach

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 39


Apresentação Conjuntos de manobra pré-
fabricados em invólucro metálico
Introdução

Todos os projetistas de instalações de média tensão que usam cubículos de MT


Para começar, aqui estão algumas
precisam conhecer as seguintes grandezas básicas:
informações importantes sobre conjuntos de • Tensão;
manobra e controle de MT! É feita referência • Corrente;
à Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC) • Frequência
• Potência de curto-circuito;
e ANSI/IEEE.
• Condições de serviço;
• Acessibilidade ou Categorias;
• Grau de proteção;
• Classificação de Arco Interno, se aplicável.

A tensão, a corrente nominal e a frequência nominal são frequentemente


conhecidas ou podem ser facilmente definidas, mas como a potência de curto-
circuito ou a corrente de curto-circuito pode ser calculada em um determinado
ponto de uma instalação?

Conhecer a potência de curto-circuito da rede permite ao projetista escolher


as diversas partes de um conjunto de manobra e controle que devem suportar
aumentos significativos de temperatura e restrições eletrodinâmicas. Conhecer a
tensão de serviço (kV) permitirá que o projetista verifique, através da coordenação
do isolamento, qual resistência dielétrica é apropriado aos componentes.
Por exemplo: disjuntores, isoladores, TCs.

A desconexão, o controle e a proteção de redes elétricas são obtidos por meio de


conjuntos de manobra e controle.

A classificação de um conjunto de manobra e controle em invólucro metálico é


definida pela norma IEC 62271-200 globalmente e pela norma ANSI/IEEE C37.20.3
e IEEE C37.20.2 para EUA para mercados sob influência norte-americana, com
uma abordagem funcional, utilizando diversos critérios.
• Acessibilidade aos compartimentos por pessoas;
• Nível de Perda de Continuidade de Serviço quando um compartimento do circuito
principal é aberto;
• Tipo de barreiras metálicas ou isoladas, entre partes vivas e compartimentos
acessíveis abertos;
• Nível de resistência ao arco interno em condições normais de operação.

40 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Conjuntos de manobra pré-
fabricados em invólucro metálico
Tensão

Tensão de operação U (kV) da rede elétrica


Por exemplo:
É aplicada nos terminais do equipamento.
• Tensão de operação de 20 kV;
É a tensão de serviço ou da rede onde o equipamento está instalado. Ela está
• Tensão nominal de 24 kV; sujeita a flutuações relacionadas à operação, nível de carga da rede, etc.
• Tensão suportável na frequência da potência a 50 Hz por 1
min, 50 kV rms; Tensão nominal Ur (kV) do conjunto de manobra e controle
• Tensão suportável de impulso 1,2/50 μs: Pico de 125 kV. Este é o valor rms máximo (raiz quadrada média) da tensão que o equipamento
pode suportar em condições normais de operação.
A tensão nominal deve ser selecionada acima do valor mais alto da tensão de
operação e está associada a um nível de isolamento.

Nível de isolamento nominal Ud (kV, valor rms) e Up (kV, valor de


pico)
O nível de isolamento é definido como um conjunto de valores de tensão suportável
e para conjuntos de manobra e controle de média tensão são especificadas duas
tensões suportáveis.

• Ud: tensão suportável de frequência da potência; essa tensão suportável é


considerada como cobrindo todos os eventos em frequência bastante baixa,
normalmente sobretensões de origem interna, acompanham todas as mudanças
no circuito, como abertura ou fechamento de um circuito, ruptura ou curto-circuito
em um isolador, etc. O ensaio tipo associado é especificado como um ensaio de
resistência à frequência industrial no valor nominal com duração de um minuto.

• U
 p: tensão suportável a impulso atmosférico; esta tensão suportável é
considerada como cobrindo todos os eventos em alta frequência, normalmente
sobretensões de origem externa ou atmosférica ocorrem quando um raio cai
sobre ou perto de uma linha. O ensaio de tipo associado é especificado como um
ensaio de resistência ao impulso com formato de onda convencional (conhecido
como 1,2/50 µs). Este desempenho também é conhecido como 'BIL' sigla para
'Basic Impulse Level'.

OBSERVAÇÃO: a norma IEC 62271-1:2017/A1:2021, artigo 5 define os vários valores de tensão


juntos, no artigo 7º, as condições de ensaio dielétrico. A norma IEEE C37.100.1 mostra os
níveis nominais de isolamento usados na América do Norte que foram considerados pela IEC
62271-1:2017.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 41


Apresentação Conjuntos de manobra pré-
fabricados em invólucro metálico
Tensão

Normas
A tabela abaixo mostra a tensão nominal conforme definida pela norma IEC 62271-
1:2017 - Especificações em comum para conjuntos de manobra e controle de alta
tensão para corrente alternada.

Faixa I, Série I
Tensão nominal Tensão nominal Tensão suportável Tensão de
kV rms suportável na frequência operação normal
a impulso industrial nominal kV rms
atmosférico 1,2/50 por 1 min kV rms
µs 50 Hz kV pico
Lista 1 Lista 2
7,2 40 60 20 3,3 a 6,6
12 60 75 28 10 a 11
17,5 75 95 38 13,8 a 15
24 95 125 50 20 a 22
36 145 170 70 25,8 a 36

Faixa I, Série II
Tensão máxima Tensão suportável nominal Tensão nominal suportável a
nominal kV rms na frequência industrial por impulso atmosférico 1,2/50
1 min kV rms (Ud) µs pico de 50 Hz kV (Up)
Comum Isolado Comum Isolado
4,76 19 21 60 66
8,25 28 32 95 105
15,5 36 40 95 105
50 55 110 121
25,8 60 66 125 138
150 165
27 60 66 125 138
70 77 150 165
38 70 77 150 165
80 88 170 187
95 105 200 220

Exemplo de ilustração para Faixa I de tensões nominais, Série I


Tensões nominais
DM105214

DM105213

20 7,2 60

28 12 75
Tensão suportável nominal Tensão suportável
na frequência industrial de nominal contra descarga
50 Hz 1 min 38 17,5 95 atmosférica

50 24 125

70 36 170

Ud Ur Up (Lista 2)

42 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Conjuntos de manobra pré-
fabricados em invólucro metálico
Tensão

Os valores de tensões suportáveis nas tabelas são definidos em condições


normais de serviço, em altitudes inferiores a 1.000 metros, 20 °C, 11 g/m3 de
umidade e uma pressão de 101,3 kPa.

Para as demais condições são aplicados fatores de correção para os ensaios.


No caso de utilização sob condições diferentes, a redução da capacidade deve
ser considerada.

Para instalações elétricas, a norma IEC 61936-1:2021 relevante fornece em sua


Tabela 2 a faixa de tensão I e a Tabela 3 para a faixa de tensão II, folgas no ar
as quais são consideradas como fornecendo a tensão suportável necessária.
Instalações que utilizam tais folgas não necessitam de ensaios dielétricos.

Faixa de tensão I
Tensão nominal Tensão nominal Distâncias à terra em áreas internas
kV rms suportável e externas e distâncias fase a fase no
a impulso ar, em cm
atmosférico 1,2/50
µs
Área interna Área externa
3,6 20 6
40 6
7,2 40 6
60 9 12
12 60 9 15
75 12 15
95 16
17,5 75 12 16
95 16
24 95 16
125 22
145 27
36 145 27
170 32

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 43


Apresentação Conjuntos de manobra pré-
fabricados em invólucro metálico
Tensão

Faixa de tensão II
Tensão nominal Tensão nominal Distâncias à terra em áreas internas
kV eficaz suportável e externas e distâncias fase a fase no
a impulso ar, em cm
atmosférico 1,2/50
µs
Área interna Área externa
4,76 60 9 12
5,5 45 7 12
60 9 12
75 12 12
8,25 60 9 12
75 12 15
95 16
15 95 16
110 18
17,5 110 18
125 22
24 150 28
25,8 125 22
150 28
27 95 16
125 22
150 28
30 160 20
36 200 38
38 125 22
150 28
200 36
38,5 155 27 40
180 32 -

44 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Conjuntos de manobra pré-
fabricados em invólucro metálico
Corrente

Corrente nominal em regime contínuo: Ir (A)


É o valor rms da corrente que o equipamento pode suportar quando
permanentemente fechado, sem ultrapassar o aumento de temperatura permitido
pelas normas. A tabela abaixo apresenta os limites de elevação de temperatura
autorizados pela norma IEC 62271-1:2017/A1:2021 de acordo com o tipo de
contatos.

Elevação da temperatura
Retirado da tabela 14 das especificações em comum da norma IEC 62271-1:2017/
A1:2021.
Em comparação com as versões anteriores, o SF6, gases alternativos ou ar foram
substituídos respectivamente por gases oxidantes (OG) ou gases não oxidantes
(NOG).
Todo gás ou mistura de gases contendo oxigênio é considerado gás oxidante (OG).
O SF puro6 é considerado gás não oxidante (NOG)

Natureza da parte do material e do dielétrico Temperatura (θ - θn) com θn


(Consulte os pontos 1, 2 e 3)(Consultar a (°C) = 40°(K)
observação)
1 Contato (Consultar o ponto 4)
Cobre nu ou liga de cobre nu
Em OG (consultar o ponto 5) 75 35
Em NOG (ver ponto 5) 115 75
Em óleo 80 40
Revestido de prata ou niquelado (consultar o ponto 6)
Em OG (consultar o ponto 5) 115 75
Em NOG (ver ponto 5) 115 75
Em óleo 90 50
Revestido de estanho (consultar o ponto 6)
Em OG (consultar o ponto 5) 90 50
Em NOG (ver ponto 5) 90 50
Em óleo 90 50
Conexões aparafusadas ou dispositivos equivalentes (consultar o ponto 2)
Cobre nu ou liga de cobre nu ou liga de alumínio nu
Em OG (consultar o ponto 5) 100 60
Em NOG (ver ponto 5) 115 75
Em óleo 100 60
Revestido de prata ou niquelado (consultar o ponto 6)
Em OG (consultar o ponto 5) 115 75
Em NOG (ver ponto 5) 115 75
Em óleo 100 60
Revestido de estanho
Em OG (consultar o ponto 5) 105 65
Em NOG (ver ponto 5) 105 65
Em óleo 100 60

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 45


Apresentação Conjuntos de manobra pré-
fabricados em invólucro metálico
Corrente

Ponto 1
• D e acordo com a sua função, a mesma peça pode pertencer a diversas
categorias listadas na tabela acima
• Neste caso, os valores máximos permitidos de temperatura e aumento de
temperatura a serem considerados são os mais baixos nas categorias relevantes
Ponto 2
Para dispositivos de comutação a vácuo, os valores de temperatura e limites de
aumento de temperatura não se aplicam a peças em vácuo. As demais partes não
devem ultrapassar os valores de temperatura e aumento de temperatura indicados
na tabela acima
Ponto 3
Deve-se tomar cuidado para garantir que nenhum dano seja causado aos materiais
isolantes circundantes
Ponto 4
Quando as peças de encaixe tiverem revestimentos diferentes ou uma peça for de
material nú, as temperaturas e os aumentos de temperatura admissíveis deverão ser:
• para contatos, aqueles do material da superfície com menor valor permitido no
item 1 da tabela acima
• para conexões, aquelas do material de superfície com maior valor permitido no
item 2 da tabela acima
Ponto 5
• N OG (Gases Não Oxidantes), para efeitos deste documento, são gases não
reativos que são considerados como não aceleradores do envelhecimento dos
contatos por corrosão ou oxidação, devido às suas características químicas e
registros operacionais demonstrados
• NOG reconhecidos são SF6, N2, CO2, CF4. Eles podem ser usados puros ou
como uma mistura de vários NOGs
• OG (Gases Oxidantes), para efeitos deste documento, são gases reativos que
podem acelerar o envelhecimento dos contatos quer por fenômenos de corrosão
(presença de umidade) quer por fenômenos de oxidação (principalmente devido
ao meio de ar ambiente como o oxigênio). Os gases classificados como OG são o
ar ambiente, o ar “seco”, qualquer gás não classificado como NOG e qualquer
mistura incluindo parte de OG

OBSERVAÇÃO: Alguns gases considerados como OG na classificação acima poderão ser


reclassificados como NOG na futura revisão da norma IEC 62271-1.

• P ara descrições desses fenômenos de corrosão e oxidação, consultar a norma


IEC TR 60943
• Devido à ausência de corrosão e oxidação em NOG, uma harmonização dos
limites de temperatura para diferentes partes de contato e conexão no caso de
conjuntos de manobra e controle isolados a gás parece apropriada
• Os limites de temperatura permitidos para peças de cobre nu e ligas de cobre nu
são iguais aos valores para peças revestidas de prata ou níquel no caso de
atmosferas com NOG
• No caso particular de peças revestidas de estanho, devido aos efeitos da
corrosão por atrito, um aumento das temperaturas permitidas não é aplicável,
mesmo sob condições livres de corrosão e oxidação do NOG. Portanto, os valores
para peças estanhadas são inferiores
Ponto 6
A qualidade dos contatos revestidos deverá ser tal que uma camada contínua de
material de revestimento permaneça na área de contato:
• após o ensaio de fechamento e interrupção (se houver)
• após o ensaio de corrente suportável de curta duração
• após o ensaio de resistência mecânica
De acordo com as especificações pertinentes a cada equipamento. De outra
forma, os contatos devem ser considerados 'nus'
OBSERVAÇÃO: as correntes nominais mais comuns para conjuntos de manobra e controle de
média tensão são: 400, 630, 1250, 2500 e 3150 A.

46 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Conjuntos de manobra pré-
fabricados em invólucro metálico
Corrente

Os limites de temperatura e de elevação de temperatura dos barramentos e


conexões não devem ultrapassar os valores listados na norma IEEE C37.20.2 para
partições metálicas, conforme resumido na hora de tabela abaixo.

Tipo de barramento ou Limite de elevação de Limite de elevação de


conexão b,c,d(2)(3)(4) temperatura temperatura
do ponto mais quente do ponto mais quente
(°C) (°C)
Barramentos e conexões com 30 70
juntas de conexão cobre-cobre
não revestidas
Barramentos e conexões com 65 105
superfície prateada ou juntas de
conexão equivalentes
Barramentos e conexões com 65 105
superfície de estanho ou juntas
de conexão equivalentes
Conexão a cabos isolados não 30 70
revestidos de cobre a cobre(1)
Conexão a cabos isolados 45 85
com superfície prateada ou
equivalente(1)
Conexões a cabos isolados 45 85
com superfície de estanho ou
equivalente(1)
(1) Com base em cabo isolado de 90 °C. A temperatura do ar ao redor dos cabos isolados
dentro de qualquer compartimento de um conjunto fechado não deverá ultrapassar 65 °C
quando o conjunto estiver:
1. Equipado com dispositivos com corrente máxima nominal para a qual o conjunto foi
projetado.
2. Conduzindo corrente contínua nominal na tensão nominal e na frequência nominal da
potência.
3. Em uma temperatura do ar ambiente a 40 °C.
Essa limitação de temperatura baseia-se na utilização de cabos de alimentação isolados a
90 °C. O uso de cabos com classificação de temperatura mais baixa requer consideração
especial.
(2) Todos os barramentos de alumínio deverão ter juntas de conexão com superfície prateada
ou equivalente, ou com superfície de estanho ou equivalente.
(3) Conexões de barramento soldadas não são consideradas juntas de conexão.
(4) Quando os barramentos ou conexões tiverem materiais ou revestimentos diferentes, os
valores de elevação da temperatura final admissíveis deverão ser aqueles do condutor ou
revestimento com o menor valor permitido na tabela.

Os limites de temperatura e o aumento de temperatura das conexões não devem


ultrapassar os valores listados na norma IEEE C37.20.3 para fechamento em metal,
conforme resumido na tabela abaixo.
Natureza da parte do material e do dielétrico Temperatura (θ - θn) com θn
(consultar o ponto 1) (°C) = 40 °CK
(Consultar a observação)
Conexões aparafusadas ou dispositivos equivalentes (consultar o ponto 1)
Cobre nu ou liga de cobre nu ou liga de alumínio nu
Em ar 70 30
Revestido com prata ou revestido com níquel
Em ar 105 65
Superfície de estanho
Em ar 105 65

Ponto 1 Quando as peças de encaixe tiverem revestimentos diferentes ou uma peça for de
material nú, as temperaturas e os aumentos de temperatura admissíveis deverão ser:
para conexões, aqueles do material de superfície com maior valor permitido nesta
tabela.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 47


Apresentação Conjuntos de manobra pré-
fabricados em invólucro metálico
Corrente

Corrente suportável nominal de curta duração: Ik (A)


Exemplos:
O valor eficaz (rms) da corrente que o conjunto de manobra e controle pode
Para um painel com alimentador de motor de 630 kW e
conduzir na posição fechada durante um período de curta duração especificado
alimentador de transformador de 1250 kVA com tensão nas condições prescritas de uso e comportamento. Curta duração é geralmente de
de operação de 5,5 kV. 1 s, 2 s e às vezes 3 s.
• Cálculo da corrente de operação do alimentador do
transformador; potência aparente: Corrente suportável de pico nominal: Ip (A)
S 1250 A corrente de pico associada ao primeiro circuito principal da corrente suportável
I= = = 130 A nominal de curta duração que o conjunto de manobra e controle pode conduzir na
U×√3 5,5×√3
posição fechada sob as condições prescritas de uso e comportamento.

• Cálculo da corrente de operação do alimentador do


Corrente de operação: I (A)
motor:cosφ = fator de potência = 0,9; η = eficiência do
É calculada a partir do consumo dos dispositivos conectados ao circuito
motor = 0,9
considerado. É a corrente que realmente flui pelo equipamento. Caso a informação
S 630 seja desconhecida, o cliente deverá fornecer essa informação para calculá-la.
I= = = 82 A
U×√3×cosφ×η 5,5×√3×0,9×0,9 A corrente de operação pode ser calculada quando a potência dos consumidores
atuais é conhecida.

Corrente mínima de curto-circuito


Isc min (valor em kA rms) de uma instalação elétrica (consultar a explicação no
capítulo "Correntes de curto-circuito".)

Corrente máxima de curto-circuito


Ith (valor em kA rms 1 s, 2 s ou 3 s) de uma instalação elétrica (ver explicação no
capítulo 'Correntes de curto-circuito'.)

Valor de pico do curto-circuito máximo


Valor para uma instalação elétrica: (valor do pico inicial no período transitório)
(ver explicação no capítulo 'Correntes de curto-circuito').

48 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Conjuntos de manobra pré-
fabricados em invólucro metálicos
Frequência e funções dos conjuntos

Frequência
Normalmente são usadas duas frequências em todo o mundo:
Uma pequena lista poderia ser resumida da forma a seguir, sabendo que alguns
países utilizam ambas as frequências em redes diferentes:
• 50 Hz na Europa – África – Ásia – Oceania – Sul da América do Sul, exceto países
mencionados para 60 Hz;
• 60 Hz na América do Norte – Norte da América do Sul – Arábia Saudita – Filipinas
– Taiwan – Coreia do Sul – Sul do Japão.

Funções do conjunto de manobra e controle


A tabela a seguir descreve as diferentes funções de comutação e proteção
atendidas em redes de MT e seu esquema associado.

Designação e símbolo Função Comutação de corrente


Corrente de Corrente de falta
operação
Seccionador Isolar

Chave de aterramento Conectar à terra (capacidade de


fechamento de
curto-circuito)

Chave seccionadora em Alternar cargas ● (capacidade de


carga fechamento de
curto-circuito)

Chave seccionadora Isolar (capacidade de


chaves fechamento de

curto-circuito)

Disjuntor Proteção
de chaves
● ●

Contator Alternar cargas

Contator extraível Comutar Isolar se


retirado

Fusível Proteger Não ● (uma vez)


isola

Dispositivos extraíveis Ver função Ver função Ver função


associada associada associada

● = Sim

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 49


Apresentação Conjuntos de manobra pré-
fabricados em invólucro metálico
Acessibilidade e continuidade de serviço

Algumas partes do conjunto de manobra e controle podem ser acessíveis ao


usuário, por vários motivos, como operação e manutenção, e tal acesso pode
prejudicar a operação geral dos equipamentos de manobra e, assim, reduzir a
disponibilidade.

A norma IEC 62271-200 propõe definições e classificações orientadas ao usuário


e destinadas a descrever como um determinado conjunto de manobra e controle
pode ser acessado e quais serão as as consequências para a instalação. Consultar
a norma IEEE C37.20.2 e C37.20.3 para categorias de painéis para EUA.

O fabricante deve indicar quais são as partes do conjunto de manobra e controle


que podem ser acessadas, se houver, e como a segurança é garantida. Assim, os
compartimentos precisam ser definidos, e alguns deles serão qualificados como
acessíveis.

São propostas três categorias de compartimentos acessíveis:


• Acesso controlado por intertravamentos: as características de intertravamento
do painel garantem que a abertura só seja possível em condições seguras;
• Acesso baseado em procedimento: o acesso é protegido, por exemplo, por meio
de um cadeado e o operador deve aplicar procedimentos adequados para
garantir um acesso seguro;
• Acesso baseado em ferramenta: se for necessária qualquer ferramenta para
abrir um compartimento, o operador deverá estar ciente de que nenhuma provisão
é feita para garantir uma abertura segura e que procedimentos adequados
deverão ser aplicados. Esta categoria é restrita a compartimentos onde não são
especificadas operação normal nem manutenção.

Quando a acessibilidade dos vários compartimentos for conhecida, então


as consequências da abertura de um compartimento podem ser avaliadas
no funcionamento da instalação; é o conceito da perda de continuidade de
serviço que leva à classificação LSC proposta pela IEC: "categoria que define
a possibilidade de manter energizados outros compartimentos e/ou unidades
funcionais de alta tensão ao abrir um compartimento acessível de alta tensão".

Se nenhum compartimento acessível for fornecido, então a classificação LSC não


não se aplica.

Várias categorias são definidas, de acordo com "a extenção na qual o conjunto de
manobra e controle deve permanecer operacional no caso de acesso concedido a
um compartimento de alta tensão":
• Se for necessário desligar qualquer outra unidade funcional que não a que esteja
sob intervenção, o serviço é parcial somente: LSC1;
• Se pelo menos um conjunto de barramentos puder permanecer energizado e
todas as outras unidades funcionais puderem permanecer em serviço, então o
serviço é ideal: LSC2;
• Se dentro de uma única unidade funcional forem acessíveis outros
compartimentos além do compartimento de conexão, então o sufixo A ou B pode
ser usado com a classificação LSC2 para distinguir se os cabos devem estar
desenergizados ou não ao acessar este outro compartimento.

Mas existe um bom motivo para solicitar acesso a uma determinada função?
Esse é um ponto importante.

50 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Conjuntos de manobra pré-
fabricados em invólucro metálico
Exemplos

Exemplo 1
O Schneider Electric WI é um conjunto de manobra e controle isolado a gás (GIS)
com disjuntor a vácuo (VCB) isento de manutenção de primeira geração, lançado
PM102834

em 1982, para até 52 kV em cubículos de 600 mm de largura.


O projeto do tubo normalmente vem de conjuntos de manobra e controle de alta
tensão, mas aqui com 3 fases por tubo.
Os conjuntos de manobra e controle neste segmento superior de MT estão
disponíveis como solução de barramento simples (SBB) e de barramento duplo
(DBB).
O disjuntor e o compartimento do barramento são tanques separados fabricados
em aço inoxidável, preenchidos com gás SF6 apenas para isolamento.
O acesso é dado apenas à área de conexão dos cabos, aqui pela parte traseira do
WI
painel. Tanques hermeticamente fechados e aterrados evitam o acesso a partes
energizadas,
entretanto são considerados como compartimentos não acessíveis. A Perda de
Continuidade de Serviço (LSC) é LSC2 e é definida pela norma IEC 62271-200.
PM103008

Exemplo 2
Mais cubículos projetados como GIS (Schneider Electric GHA até 40,5 kV) com
interruptores a vácuo foram projetados para ser preenchidos com gás SF6 na área
de fabricação, para que não haja manuseio de gás no local de instalação.
Toda a montagem é feita na fábrica em condições controladas e os cubículos serão
entregues ao local de instalação 'prontos para conectar'.
O equipamento no tanque de gás não necessita de manutenção durante sua
vida útil operacional. Componentes como transformadores de instrumentos
ou mecanismos de acionamento estão localizados de forma acessível fora do
compartimento de gás.
GHA
O GHA está disponível como solução SBB e DBB. O projeto é fechado com
invólucro de metal e com divisória metálica (PM) entre os compartimentos com
LSC2.
PE90697

Exemplo 3
Este conjunto de manobra e controle SBB isolado a gás (Schneider Electric
CBGS-0 até 36 kV/38 kV) contém SF6 ou disjuntor a vácuo e seccionadora de 3
posições em um tanque de gás SF6. O barramento localizado na parte superior
é um sistema totalmente isolado, blindado e conectável. O barramento e a
blindagem são aterrados e tornam o barramento seguro ao toque. Opcionalmente,
CBGS-0 transformadores de instrumentos podem ser instalados no compartimento de
barramentos e cabos, acessíveis e fora do compartimento de gás. Toda a operação
pode ser feita pela frente para permitir uma instalação na parede traseira com
economia de espaço. Barramentos e cabos de alta tensão podem ser conectados
a uma bucha de cone externo padrão. A Perda de Continuidade de Serviço (LSC)
PE90208

é definida pela norma IEC 62271-200 como LSC2.

Exemplo 4
Uma tecnologia mista (Schneider Electric GenieEvo) com um compartimento de
conexão isolado a ar e um dispositivo de comutação principal isolado a ar que
pode ser extraído com o barramento energizado, graças ao seccionador.
Seu diagrama unifilar é semelhante ao exemplo 2.
Se tanto o compartimento de conexão como o compartimento do disjuntor forem
acessíveis, o acesso a qualquer um deles significa que os cabos são primeiro
GenieEvo desligados e conectados à terra.
A categoria é LSC2A-PM.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 51


Apresentação Conjuntos de manobra pré-
fabricados em invólucro metálico
Exemplos

Exemplo 5
Os disjuntores MCSet são disjuntores isolados a ar (AIS) com vácuo, isentos de
PE57466

manutenção ou sem SF6 para conjuntos de manobra e controle projetados para


vários requisitos operacionais em sistemas de distribuição de média tensão
públicos e industriais até 24 kV e com correntes nominais de 630 A a 3150 A.
Instalação back-to-back, conexões pela parte inferior ou superior: O MCSet oferece
uma ampla variedade de arranjos com arco interno classificado conforme AFLR
até 50 kA/1 s. O controle remoto total das operações do disjuntor e da chave de
aterramento aumenta a segurança do operador. O disjuntor, o compartimento
do barramento e o compartimento dos cabos são separados, definindo a classe
MCset
PM. O MCSet é categorizado como 'LSC2B' na categoria de Perda de Serviço,
definida pela norma IEC 62271-200: divisórias metálicas segmentam os vários
compartimentos do cubículo permitindo uma intervenção segura em um deles
mesmo que os outros permaneçam energizados.
PE90700

Exemplo 6
Um conjunto de manobra e controle típico com seccionador-desconector de
distribuição secundária, com apenas um compartimento acessível, protegido por
intertravamento para a conexão (Schneider Electric SM6).
Ao acessar um compartimento dentro do conjunto de manobra e controle, todas
outras unidades funcionais permanecem em operação. A categoria é LSC2.
SM6
Situação semelhante ocorre com a maioria das soluções Ring Main Units.
PE57770

Exemplo 7
Uma unidade funcional incomum, disponível em algumas linhas: a unidade de
medição que fornece TPs e TCs no barramento de um conjunto (aqui um Schneider
Electric RM6).
Esta unidade possui apenas um compartimento, acessível, por exemplo, para
trocar os transformadores ou sua razão. Ao acessar tal compartimento, o
RM6 barramento do conjunto estará morto, impedindo assim qualquer continuidade de
serviço do conjunto Esta unidade funcional é LSC1.
PE90845

Exemplo 8
A nova geração de conjuntos de manobra e controle de média tensão incorpora
uma grande variedade de inovações.
O Sistema de Isolamento Sólido Blindado (SSIS) reduz drasticamente o risco de
faltas de arco interno e o torna insensível a ambientes agressivos.
Um conjunto de comutação a vácuo modular compacto (Schneider Electric
PREMSET), com uma ampla variedade de funções, projetado para atender todas
as aplicações.
Premset
Esta unidade funcional é LSC2A-PM.
PM109452

Exemplo 9
A nova geração de conjuntos de manobra e controle GIS primários sem SF6
(GM AirSeT e GM AirSeT Performance, com valores nominais de até 40,5 kV
2500 A 40 kA da Schneider Electric) usa interruptores a vácuo para interrupção
e é preenchida com ar puro no local de fabricação. É de fácil instalação, não
necessitando de manuseio de gás para conexão do barramento no local. Os
componentes selados no tanque de gás não necessitam de manutenção durante
sua vida útil operacional. Componentes como transformadores de instrumentos
ou mecanismos de acionamento estão localizados de forma acessível fora do
compartimento de gás. Recursos digitais como monitoramento do gás, térmico,
GM AirSeT mecanismo e de descarga parcial permitem a otimização da rede e facilitam
a manutenção. Este produto sem SF6 com ar puro é tão compacto quanto os
existentes usando SF6. A linha GM AirSeT está disponível com um barramento
único, enquanto a linha GM AirSeT Performance está disponível com barramento
único ou solução de barramento duplo. O projeto é encapsulado em metal e a
categoria da divisória metálica (PM) entre os compartimentos é LSC2.

52 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Apresentação Conjuntos de manobra pré-
fabricados em invólucro metálico
Exemplos

Exemplo 10
PM109042

A nova geração de conjuntos de manobra e controle AIS secundários sem SF6


(SM AirSeT até 24 kV 1250 A e 25 kA da Schneider Electric) foi projetada com uma
chave tradicional de 3 posições com o Sistema inovador de Interrupção a Vácuo
com Shunt em paralelo ao seccionador. O tanque está cheio de ar puro. Estão
disponíveis unidades funcionais de chave seccionadora de interrupção de carga,
seccionador por chave-fusível e seccionador de disjuntor. Recursos digitais como
monitoramento térmico, ambiental e de descargas parciais permitem avaliação da
condição e manutenção preditiva.
Este produto sem SF6 com ar puro ocupa o mesmo espaço que os produtos SF6 e
é totalmente intercambiável com a versão existente com SF6, mantendo os mesmos
SM AirSeT modos de operação. Ao acessar um compartimento dentro do conjunto de
manobra e controle, todas as outras unidades funcionais são mantidas em serviço.
A categoria é LSC2A-PI.
PM109430

Exemplo 11
A nova geração de unidade principal em anel, sem SF6 (RM AirSeT até 24 kV
1250 A e 25 kA da Schneider Electric) foi projetada com uma chave tradicional
de 3 posições com o Sistema inovador de Interrupção a Vácuo por Shunt em
paralelo com o seccionador, mantendo os mesmos modos de operação. O tanque
está cheio de ar puro. Unidades funcionais de seccionador de interrupção de
carga, seccionador de chave-fusível e seccionador de disjuntor estão disponíveis
e podem ser combinados dentro de um tanque. Recursos digitais como
monitoramento térmico e de descargas parciais permitem avaliação da condição
RM AirSeT e manutenção preditiva. Este produto sem SF6 e com ar puro ocupa um espaço
semelhante ao da Unidade Principal SF6 em Anel. Ao acessar um compartimento
dentro do conjunto de manobra e controle, todas as outras unidades funcionais
são mantidas em serviço. A categoria é LSC2.
PM109365

Exemplo 12
O SureSeT está transformando o cenário dos conjuntos de manobra e controle
revestidos de metal de média tensão. Com a crescente demanda por otimização
de espaço e eficiência operacional, o projeto compacto, automação integrada e
monitoramento do SureSeT permitem que nossos clientes façam mais com menos.
O tempo de atividade das instalações aumenta à medida que o monitoramento de
condições integrado e nativo permite que os operadores gerenciem, priorizem e
SureSeT façam a triagem de problemas iminentes de equipamentos.
Os técnicos conseguem permanecer a uma distância segura de trabalho por meio
de comunicações sem fio nativas para operar equipamentos e coletar dados.
Destaque:
• Monitoramento digital da condição;
• Controles remotos digitais;
• Projeto compartimentado;
• Resistência aprimorada;
• Pegada menor;
• Portas modulares e painéis em BT.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 53


Regras de projeto

54 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Condições de operação 56
Condições normais de operação para equipamentos de MT abrigados 56

Como especificar condições de operação reais 58

Potência de curto-circuito 65
Introdução 65

Correntes de curto-circuito 66
Geral 66

Transformador 67

Geradores síncronos - Motor assíncrono 68


Lembrete sobre o cálculo de correntes de curto-circuito trifásicas 70

Exemplo de cálculo trifásico 73

Cálculo de barramento de conjunto de manobra e


controle 76
Introdução 76
Resistência térmica 77
Resistência eletrodinâmica 81
Frequência ressonante intrínseca 84
Exemplo de cálculo de barramento 85

Resistência dielétrica 92
Geral - a resistência dielétrica do meio 92
Ensaios dielétricos 93
O formato das peças - Distância entre peças 97
Distância entre peças 98

Índice de proteção 99
Grau de proteção IP de acordo com a norma IEC 60529 99
Código IK 100
Classificação NEMA 101
Classificação NEMA 102

Corrosão 103
Atmosférica 103
Atmosférica - Galvânica 105
Galvânica 108

Atmosférica e Galvânica combinadas 109

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 55


Regras de projeto Condições de serviço
Condições normais de operação para
equipamentos de MT abrigados

Antes de qualquer descrição das regras de projeto para conjuntos de manobra e


Dominar as condições de serviço em área controle, é necessário lembrar onde esses conjuntos devem ser instalados.
abrigada contribui para dominar a vida útil Os conjuntos de manobra e controle de média tensão são instalados em várias
salas com projetos diferentes, o que pode afetar o envelhecimento ou a vida útil
dos componentes eletrotécnicos.
esperada, em maior ou menor grau.
Por esta razão, será destacado abaixo o impacto das condições de serviço
associadas ao projeto de uma instalação de MT/BT.
Deve-se prestar atenção às diferenças de padronização existentes dentro da
norma IEC para as condições de serviço entre o painel de MT e o painel de BT,
como a altitude e os níveis de poluição como itens principais.

Condições de serviço
O objetivo deste capítulo é fornecer diretrizes gerais a serem levadas em
consideração durante as fases de projeto das condições dos serviços.
O desafio de uma sala de operação, pré-fabricada ou não, é transformar
as condições de serviço externas para às condições de serviço internas, para as
quais os painéis de manobra e controle são projetados.
Este capítulo fornece também diretrizes sobre como evitar ou reduzir
significativamente a degradação de equipamentos de MT em locais expostos à
umidade, poluição e superaquecimento
quando instalado em sala de transformadores com sistema de resfriamento não
adaptado.
PM108481

Condições normais de serviço para equipamentos de MT


montados em área abrigada
Todos os equipamentos de MT devem atender suas normas específicas.
A norma IEC 62271-1 "Especificações em comum para conjuntos de manobra
e controle de alta tensão" e a norma C37.100.1 para EUA definem as condições
normais de serviço para a instalação e uso de tais equipamentos.
A temperatura do ar ambiente não deve ultrapassar 40 °C e o seu valor médio,
medido em um período de 24 horas, não deve ultrapassar 35 °C.
Os valores preferidos de temperatura ambiente mínima do ar são - 5 °C, - 15 °C e
- 25 °C. Por exemplo, em relação à poluição e humidade associada à condensação,
a norma afirma:

• Poluição: o ar ambiente não deve estar significativamente poluído por poeira,


fumaça, gases corrosivos e/ou inflamáveis, vapores ou sais. O fabricante assumirá
que, na ausência de requisitos específicos por parte do utilizador, tais poluições
não existem.

• U
 midade: as condições de umidade são as seguintes:
-- O valor médio da humidade relativa, medido durante um período de 24 horas,
não deve ultrapassar 95%,
-- O valor médio da pressão de vapor de água, durante um período de 24 horas,
não deve ultrapassar 2,2 kPa,
-- O valor médio da humidade relativa, durante o período de um mês, não deve
ultrapassar 90%,
-- O valor médio da pressão de vapor de água, no período de um mês, não deve
ultrapassar 1,8 kPa.

Nessas condições, pode ocorrer condensação ocasionalmente.

OBSERVAÇÃO 1: Condensação pode ser esperada onde ocorrem mudanças repentinas de


temperatura, em períodos de alta umidade.

OBSERVAÇÃO 2: Para suportar os efeitos de alta umidade e condensação, como quebra


do isolamento ou corrosão de peças metálicas, devem ser usados conjuntos de manobra e
controle projetados para tais condições.

A condensação pode ser evitada através do projeto adequado do edifício ou


habitação, através de ventilação e aquecimento adequados da estação ou pelo uso
de equipamento desumidificador. A norma IEC/TS 62271-304:2019 traz no Anexo
C precauções para mitigar o risco de envelhecimento precoce quando exposto a
altos níveis de temperatura, umidade e poluição.

56 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Condições de serviço
Condições de serviço especiais para
equipamentos de MT abrigados

Para instalação em um local onde a temperatura ambiente possa estar fora da faixa
normal de condições de serviço declaradas, as faixas preferidas de temperatura
mínima e máxima a serem especificadas devem ser:
(a) - 50 °C e +40 °C para climas muito frios;
(b) - 5 °C e +55 °C para climas muito quentes.

Por exemplo, em relação à poluição, humidade associada à condensação, a norma


indica:

Poluição
Para instalação abrigada, pode-se fazer referência à norma IEC/TS 62271-304
que define classes de projeto para conjuntos de manobra e controle destinados
a serem usados em condições climáticas severas. IEC 60721-3-3: 1996 para
substâncias químicas ativas e depósitos.

P0: Poluição muito leve (conforme indicado em 4.1.2, item d), da norma IEC
62271-1:2017/A1:2021)
• Salas em áreas sem poluição significativa;
• Salas em áreas com poluição (ver Anexo B da norma IEC TS 62271:2019) com
precauções para poluição (ver Anexo C da norma IEC TS 62271-304) para
recuperação das condições normais de serviço em condição abrigada;
• Salas com precauções contra poluição (ver Anexo C). O edifício ou outra
construção oferece proteção adaptada contra poluição externa. O controle das
condições do ar pode ser desligado por determinados períodos.
PL: Poluição leve é considerada como classe de severidade de poluição do
local (SPS) 'leve' de acordo com a norma IEC TS 60815-1
• Salas sem precauções contra poluição. O edifício ou outra construção está
exposto ao ar ambiente em áreas rurais e algumas áreas urbanas com atividades
industriais ou com tráfego moderado.
PH: Poluição severa (qualquer nível de poluição superior a PL)
• Salas sem precauções contra poluição. O edifício ou outra construção está
exposto ao ar ambiente em áreas urbanas com atividades industriais ou com
tráfego intenso.

IEC TS 62271-304: 2019


Classe Condutividade da água 20 100-150 A definir
NaCl (µS/cm) P0 PL PH
Condensação C0 0 Não retido devido a depósitos secos não
condutores
CL 1 3 Nenhum limite superior
CH 2 4 definido

Umidade
A umidade revela as condições em atmosferas poluídas
Em determinadas regiões com ocorrência frequente de ventos quentes e úmidos,
podem ocorrer mudanças repentinas de temperatura, resultando em condensação,
mesmo em ambientes abrigados.
Em condições abrigadas tropicais, o valor médio da humidade relativa medido
durante um período de 24 horas pode chegar a 98%.

C0: Normalmente não ocorre condensação (não mais que duas vezes por ano)
• Ambientes com controle contínuo de umidade e/ou temperatura para evitar
condensação. O edifício ou outra construção proporciona proteção contra
variações diárias no clima exterior;
• Salas sem controle de umidade ou temperatura. Entretanto, o edifício ou outra
construção proporciona proteção contra variações diárias do clima exterior e a
condensação não ocorre mais do que duas vezes por ano.
CL: Condensação não frequente (não mais que duas vezes por mês)
• Salas sem controle de umidade ou temperatura. O edifício ou outra construção
proporciona proteção contra variações diárias do clima exterior, mas a
condensação não pode ser excluída.
CH: Condensação frequente (mais de duas vezes por mês)
• Salas sem controle de umidade ou temperatura. O edifício ou outra construção
proporciona apenas uma proteção mínima contra as variações diárias do clima
exterior, de modo que pode ocorrer condensação frequente.

Outros
• Q
 uando condições ambientais especiais prevalecerem no local onde o conjunto
de manobra e controle será colocado em serviço, elas deverão ser especificadas
pelo usuário por referência à norma IEC 60721.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 57


Regras de projeto Condições de serviço
Como especificar condições de serviço
reais

As diversas condições de serviço estão relacionadas ao projeto da instalação,


ao projeto da sala de operação, ao local e à aplicação envolvendo a instalação, e
finalmente, as estações do ano.
A combinação desses parâmetros gera uma matriz que pode impactar a vida útil
dos produtos. Além da corrosão atmosférica, certos ambientes podem se tornar
mais severos para componentes elétricos de MT, e mesmo em BT, se tiverem uma
definição de nível de poluição diferente em comparação com MT. A tabela abaixo
explica como as normas ou especificações técnicas aplicáveis podem interagir,
através de critérios de instalação facilmente identificáveis.

Conforme indicado na norma IEC 62271-1, pode ocorrer condensação


ocasionalmente mesmo em condições normais. A norma continua indicando
medidas especiais relativas às instalações da subestação que podem ser
implementadas para evitar condensação.

Entretanto, ao selecionar fatores ambientais para uma determinada aplicação


de produto no local, recomenda-se verificar estas condições e influências para
fatores ambientais únicos, combinados e sequenciais à medida que ocorrem. Esta
análise deve ser cruzada com as condições ambientais para as quais o produto foi
projetado, conforme sua norma respectiva.

Uso em condições severas


Sob certas condições severas de umidade e poluição, muito além das condições
normais de uso mencionadas acima, equipamentos elétricos projetados
corretamente podem estar sujeitos a danos por corrosão rápida de peças
metálicas e degradação superficial de peças isolantes.

Climas da norma IEC 60721-2-1 aplicados ao Caso de uso


caso de uso: Uma das melhores maneiras de identificar possíveis lacunas quando condições
médias são especificadas é ilustrar um caso de uso.
Tropical Não 25,00 % Uma seleção aleatória destaca que os valores padronizados de umidade relativa
não são alcançados enquanto os valores padronizados de pressão de vapor de
Árido Sim 75,00 %
água são excedidos, mesmo para um clima árido, conforme definido pela norma
Temperado Não 0,00 % IEC 60721‑2‑1.
Frio Não 0,00 % A figura a seguir mostra a curva dos parâmetros atmosféricos para o mês de
agosto nesta área; a tabela abaixo apresenta os valores anuais assumidos para
Polar Não 0,00 % 2040 e os valores definidos. Esta base de dados climática utilizada, e o cenário
médio é baseado no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC),
implementado em software.

Medidas corretivas para problemas de condensação


• Projetar ou adaptar cuidadosamente a ventilação da subestação;
• Evitar variações de temperatura;
• Eliminar fontes de umidade no ambiente da subestação;
• Instalar unidade de aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC);
• Certificar-se de que o cabeamento esteja de acordo com as regras aplicáveis.

Medidas corretivas para problemas de poluição


Equipe as aberturas de ventilação da subestação com defletores do tipo aletado
(chevron) para reduzir a entrada de poeira e poluição, especialmente quando o
transformador for instalado na mesma sala com o conjunto de manobra ou painel
de controle.
Instale o transformador em uma sala diferente para usar grades de ventilação mais
eficientes caso existam.
Mantenha a ventilação da subestação no mínimo necessário para a retirada do
calor do transformador, para reduzir a entrada de poluição e poeira.
Utilize cubículos de MT com grau de proteção (IP) suficientemente elevado.
Use sistemas de ar condicionado ou resfriamento forçado com filtros instalados na
entrada de ar para restringir a entrada de poluição e poeira.
Limpe regularmente todos os vestígios de poluição de peças metálicas e isolantes.

58 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Condições de serviço
Como especificar condições de serviço
reais

Condições atmosféricas do caso de uso


120 6000
Exemplo de parâmetros ambientais Valores Unidades
DM107923

100 5000
Valores anuais (seleção para projeto em relação à vida útil de 2040) IPCC

Vapour pressure Pa
Rh %

80 4000

60 3000
Temperatura média (1) 25,31 °C
40 2000 Umidade relativa média 76,95 %
Temp °C

20
Watt/m2
1000
Pressão de vapor média 2,53 kPa
0 0
7/28/2040 8/2/2040 8/7/2040 8/12/2040 8/17/2040 8/22/2040 8/27/2040 9/1/2040 Temperatura mínima 16,6 °C
Temperature Relative humidity Dew point Avg 20.73 °C Umidade relativa mínima 37 %
Global radiation tilted plane Vapour pressure Pressão de vapor mínima 1,08 kPa
Temperatura máxima 37,3 °C
Umidade relativa máxima 100 %
Pressão de vapor máxima 4,28 kPa
Tempo de umidade TOW (2) 3763 h/y
Valores para agosto
Temperatura média 28,21 °C
Umidade relativa média 83,68 %
Pressão de vapor média 3,2 kPa
Temperatura mínima 24,2 °C
Umidade relativa mínima 55 %
Pressão de vapor mínima 2,63 kPa
Temperatura máxima 34 °C
Umidade relativa máxima 100 %
Pressão de vapor máxima 3,98 kPa
(1) Média: Média.
(2) TOW: Tempo de umidade, de acordo com a norma ISO 9223.

A especificação dos equipamentos de MT deve definir a duração das principais


propriedades que serão retidas para realizar as avaliações de confiabilidade dos
equipamentos de MT.

As condições dos locais abrigados podem ser mais fortes do que para àreas
internas.
Consultar as normas IEC 60721‑3‑3 e IEC 60721‑3‑4 que tratam de parâmetros
ambientais.
É por isso que são necessárias precauções conforme lembrete especificado aqui
na norma IEC TS 62271-304:
Precauções para a sala de operação Reduzir
Poluição Condensação Variação de temperaturaUmidade
Adaptar a área de abertura para a aplicação
Adapte a área de abertura às perdas de potência
Ar condicionado (umidade e temperatura)
Filtragem de ar
Evitar o fluxo de ar através dos conjuntos de manobra e
controle
Cobertura ou telhado duplo (teto + telhado)
Distância entre o painel e as paredes
Aquecimento para manter uma temperatura estável
Melhora o grau de proteção > IP34
Para manter um fluxo de ar mínimo
Sem ventiladores
Vedação das entradas (porão, cofre de cabos, etc.)
Isolamento térmico
Transformador em um compartimento dedicado
Ventilação voltada para a fonte de poluição

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 59


Regras de projeto Condições de serviço
Como especificar condições de serviço
reais

Medidas corretivas para problemas de condensação


• Projetar ou adaptar cuidadosamente a ventilação da subestação;
• Evitar variações de temperatura;
• Eliminar fontes de umidade no ambiente da subestação;
• Instalar unidade de aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC);
• Certificar-se de que o cabeamento esteja de acordo com as regras aplicáveis.

Medidas corretivas para problemas de poluição


Equipe as aberturas de ventilação da subestação com defletores do tipo aletado
(chevron) para reduzir a entrada de poeira e poluição, especialmente quando o
transformador for instalado na mesma sala com o conjunto de manobra ou painel
de controle.
Instale o transformador em uma sala diferente para usar grades de ventilação mais
eficientes, se houver.
Mantenha a ventilação da subestação no mínimo necessário para a retirada do
calor do transformador, para reduzir a entrada de poluição e poeira.
Utilize cubículos de MT com grau de proteção (IP) suficientemente elevado.
Use sistemas de ar condicionado ou resfriamento forçado com filtros instalados na
entrada de ar para restringir a entrada de poluição e poeira.
Limpe regularmente todos os vestígios de poluição de peças metálicas e isolantes.

60 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Condições de serviço
Como especificar condições de serviço
reaisl

Ventilação
Geral
DM105224

S’
A ventilação da subestação geralmente é necessária para dissipar o calor
2 produzido por transformadores e outros equipamentos, e para permitir a secagem
200 mm
mini após períodos particularmente úmidos.
Entretanto, vários estudos demonstraram que a ventilação excessiva pode
H aumentar drasticamente a condensação.

1
Subestação pré-fabricada para AT/BT
S
Qualquer instalação de qualquer transformador na mesma sala com
compartimentos de conjuntos de manobra e controle de alta e baixa tensão terá
Figura A Ventilação natural impacto na vida útil dos produtos, pelos seguintes motivos:
• Qualquer mudança de ar gerada pelo aquecimento do transformador reduz o
impacto de irradiância. Esta mudança no fluxo de ar é chamada de convecção
natural;
• Qualquer separação do transformador por uma parede divisória com o
compartimento do painel de alta e baixa tensão melhorará as condições de
serviço do painel em climas moderados;
DM105225

• Qualquer instalação de painel sem transformador na sala, resultando em


nenhuma troca de ar, deve ser instalada em um invólucro com isolamento térmico,
protegendo-o das condições de serviço externas (poeira, umidade, radiação
 solar, etc.). especialmente para climas muito quentes e frios.

A ventilação deve, portanto, ser mantida no nível mínimo exigido.


Lâmina tipo chevron IP23 (ξ = 33 se α = 60°, e ξ = 12 se Além disso, a ventilação nunca deve gerar variações bruscas de temperatura que
α = 90°) possam fazer com que o ponto de orvalho seja atingido.
O espaço entre as lâminas é estendido ao máximo
Por esta razão, a ventilação natural deve ser utilizada sempre que possível. Se for
permitido pelo grau de proteção IP2x abaixo 12,5 mm.
necessária ventilação forçada, os ventiladores devem funcionar continuamente
para evitar flutuações de temperatura. Quando a ventilação forçada não for
Outras aberturas: suficiente para garantir a condição de serviço interno do painel ou quando o
IP43 Malha de arame adicional, à prova de insetos, com entorno da instalação for uma área perigosa, serão necessárias unidades HVAC
aberturas de 1 mm² usando um arame de espessura de para separar completamente as condições de serviço internas das condições de
0,6 mm, com cobertura completa da grade de ventilação serviço externas.
≥ξ+5
A ventilação natural, Figura A, sendo a mais utilizada para instalações de MT, a
IP23 somente aberturas de 38 mm x 10 mm: ξ = 9
seguir é apresentada uma diretriz para dimensionamento das aberturas de entrada
e saída de ar das subestações de AT/BT.

Figura B Coeficiente de perdas de pressão definidas por Métodos de cálculo


ensaios de fluxo de ar O escopo é para edifícios e invólucros pré-fabricados que utilizam as mesmas
grades de ventilação para entrada e saída de ar. Vários métodos de cálculo estão
disponíveis para estimar o tamanho necessário das aberturas de ventilação das
subestações, seja para o projeto de novas subestações ou para a adaptação de
subestações existentes nas quais ocorreram problemas de condensação.
DM105226

0.14 O método básico é baseado na dissipação do calor do transformador por


0.12
K
convecção natural.
0.1
As áreas de superfície de abertura de ventilação necessárias S e S’ podem
0.08
0.06 ser estimadas utilizando as fórmulas a seguir, com ou sem conhecimento do
0.04 coeficiente de resistência ao fluxo de ar das grelhas de ventilação. Ver Figura B. As
0.02 definições dos termos estão na próxima página.
0

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
(1) Qnac=P-Qcw-Qaf é a dissipação por circulação natural de ar [kW]
Figura C Impacto das grelhas de ventilação (2)
-- S = 1,8 x 10-1 Qnac/√H se a resistência ao fluxo de ar for desconhecidaS’= 1,1 x
S - S e S’ são a área líquida eficiente.
-- Lâminas inclinadas (tipo chevron)S=Qnac/(K x H x (θ2-θ1)3 ) com K=0,222(1/ξ)
ver Figura C
S’= 1,1 * S - S e S’ são a área bruta.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 61


Regras de projeto Condições de serviço
Como especificar condições de serviço reais

Onde:
DM105227

t1 Qnac é a dissipação por circulação natural de ar [kW]


1W 1V 1U P é a soma da potência dissipada [KW] pelo:
• transformador (dissipação sem carga e sob carga);
• conjunto de manobra e controle de BT;
• conjunto de manobra e controle de MT.
Qcw é a dissipação de calor por condução através das paredes e do teto [kW]
(premissa Qcw = 0 no exemplo). Perdas por condução pelas paredes, teto (Qcw) e
2W 2V 2U 2N
laje podem ser esperadas de 200 W para um alojamento com isolamento térmico, até 4
KW para uma subestação pré-fabricada de 10 m² usando material de concreto.
Δθ t1 = tt1 –ta1 onde tt1 é a temperatura 1 do transformador na
Qaf é a dissipação de calor por circulação forçada de ar [kW] (premissa Qaf = 0 no
potência nominal (IEC 60076-2:2011 e IEC 60076-11:2004) e ta1 exemplo) θ1 e θ2 são, respectivamente, temperaturas do ar de entrada e de saída [°C]
é a temperatura ambiente 1 da sala . ξ é o coeficiente de resistência das perdas de pressão associadas ao projeto da grade
t2 de ventilação.
DM105228

S é a área de abertura de ventilação inferior (entrada de ar) [m²], conforme


mencionado nas fórmulas 2.1 e 2.2
S' é a área de abertura de ventilação superior (saída de ar) [m²] conforme mencionado
nas fórmulas 2.1 e 2.2
H = Diferença em altura entre a metade da superfície de saída e metade da altura do
transformador [m]
(θ2 – θ1) é o aumento da temperatura do ar que reflete o dobro do superaquecimento
RMU LV
do transformador para um transformador imerso em óleo (Guia de carregamento da
norma IEC 60076-7) e o superaquecimento de transformador único para transformador
do tipo seco (Guia de carregamento IEC 60076-11).
O superaquecimento do transformador é um aumento extra da temperatura.
Δθ t2 = tt2 –ta2 onde tt2 é a temperatura 2 do
É o limite máximo de elevação da temperatura do óleo na parte superior (ver Figura
transformador na potência nominal (IEC 60076-2:2011 e E1) para transformadores cheios de líquido ou o aumento médio da temperatura do
IEC 60076-11:2004 e ta2 é a temperatura ambiente 2 (fora enrolamento (ver Figura E2) para transformadores do tipo seco devido à instalação
do invólucro) dentro de um invólucro. Por exemplo: 60K para o aumento da temperatura do óleo de
um transformador cheio de líquido se tornará 70K se o superaquecimento dentro de
Figura D Δθt2−Δθt1 é o superaquecimento do transformador um invólucro for esperado em 10K.
devido ao uso dentro do alojamento
A fórmula 2.2 é próxima da fórmula 2.1 se Δθ = (θ2 – θ1) = 15K, e se ξ=5, então K= f
Oil and widing temperature rise (ξ) = 0,1. Isto equivale a uma abertura livre, sem grelha de ventilação.
DM107924

30-35K O/W

40-45K O/W

50-55K O/W

60-65K O/W

Quando K = 0,1 a fórmula 2.2 é a fórmula usada na norma IEC 60076-16 para
Mineral-oil-immersed power transformer
overheating (K) transformadores para aplicações em turbinas eólicas.
No Enclosure Class 5 Class 10 Class 15 Quando estes superaquecimentos do transformador são avaliados por um tipo de
Ambient air temperature °C Class 20 Class 25 Class 30
70 ensaio de acordo com a norma IEC 62271-202 (subestações pré-fabricadas de AT/
70 60
70 60 50 BT), esse superaquecimento é a classe nominal do invólucro. Este sobreaquecimento,
70
60
60
50
50 40 combinado com a temperatura média, fornece o fator limite de carga para manter a
40 30
50 40 30 20 vida útil esperada do transformador, de acordo com os guias de carga da IEC para
40 30 20 10
30 20 10 0
transformadores.
20 10 0 -10
10 0 -10 -20
0 -10 -20 -30 O aumento da temperatura do óleo e dos enrolamentos do transformador para
-10 -20
1,2
1.2 1,1
1,2
1.2
-30
1,2
1,0
1,1
1.2
-40
1,1 1.2 0,9
0,9
1,0 1,0 1.1 0,8
0,8 0,9 1.0 0,7
0,7 0,8 0.9 0,6
0,6 0,7 0.8 0,5
0,5 0,6 0.7 0,5 0.6 0.5
transformadores imersos em óleo e a classe de temperatura dos materiais isolantes
Load factor
Load Load factor
Factor
Load factor para transformadores do tipo seco estão relacionados à temperatura ambiente
Figura E1 Fator de carga de transformador cheio de líquido conforme definido pela série de normas IEC 60076. Normalmente, em condições
normais de serviço, um transformador é definido para ser usado em 20 °C em média
anual, 30 °C mensalmente e 40 °C no máximo.
Para uma subestação de alvenaria, o superaquecimento do transformador é
DM105230

Transformer 155 °C insulation class


Overheating due to the enclosure (K) considerado desconhecido, pois o cálculo deverá definir as áreas de ventilação
No enclosure 5 10 15 20 25 30 S e S’. Portanto, apenas a temperatura ambiente e o fator de carga podem ser
70
conhecidos. Os exemplos a seguir explicam como avaliar o superaquecimento de
Ambient Temperature °C

60
50
40 um transformador, em seguida, o aumento da temperatura do ar (θ2 – θ1) usando as
30
20
10
fórmulas 2.2.1 e 2.2.2.
0
- 10 Como usar os gráficos da Figura E
- 20
- 30 (a) Selecione no eixo vertical a temperatura ambiente média em um determinado
- 40
- 50 período de tempo para o local da subestação;
- 60
- 70
- 80
(b) Selecione o fator de carga do transformador;
- 90
1.2 1.1 1 0.9 0.8
(c) A interseção fornece um superaquecimento esperado do transformador
Load Factor correspondente ao limite máximo do aumento da temperatura do óleo na parte
Figura E2 Fator de carga de transformador do tipo seco (classe superior para transformadores cheios de líquido (ver Figura E1) ou ao aumento
de isolamento 155 °C) médio da temperatura do enrolamento para transformadores do tipo seco (ver
Figura E Limites do fator de carga Figura E2) (ver 1.2.3 para um gráfico mais amplo).

62 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Condições de serviço
Como especificar condições de serviço reais

Exemplos:
Exemplo para subestação de AT/BT: • Clima moderado: 10 °C como média anual usando 60-65K respectivamente para o
Transformador imerso em óleo de 1.250 kVA aumento da temperatura do óleo e do enrolamento do transformador, pode ser
Ao (950 W sem perdas de carga) Bk (11.000 W com
usado em plena carga. O superaquecimento esperado é de 10K quando o
aumento da temperatura do ar (θ2 – θ1) for esperada como 20K.
perdas de carga)
• Clima quente: 30 °C como média de verão usando 50-55K respectivamente para
Dissipação do transformador = 11.950 W
elevação da temperatura do óleo e do enrolamento. O transformador pode ser
Dissipação do painel de baixa tensão = 750 W usado com um fator de carga de 0,9. O superaquecimento esperado é de 10K
Dissipação do conjunto de manobra e controle de MT = quando o aumento da temperatura do ar (θ2 – θ1) for esperada como 20K.
300 W • Clima frio: 20 °C como média de inverno usando 60-55K respectivamente para
H - a altura entre os pontos médios da abertura de elevação da temperatura do óleo e do enrolamento. O transformador pode ser
ventilação é de 1,5 m.
usado com um fator de carga de 1,2. O superaquecimento esperado é de 20K
quando o aumento da temperatura do ar (θ2 – θ1) for esperada como 40K.
ξ é 12 para venezianas tipo chevron se α = 90° então K=
• Clima quente: 30 °C como média de verão usando um transformador do tipo seco,
0,064
a 155 °C, a classe térmica de isolamento pode ser usada com um fator de carga
(θ2 – θ1) elevação da temperatura do ar considerado 20K de 0,9. O superaquecimento esperado é de 10K quando o aumento da
para superaquecimento esperado do transformador em temperatura do ar (θ2 – θ1) for esperada como 10K.
10K
Para subestações pré-fabricadas, o superaquecimento do transformador em
Cálculo:
plena carga é conhecido devido à classe de elevação de temperatura do
invólucro definida pelo ensaio de tipo. Qualquer utilização com uma classe de
Potência Dissipada P = 11,950 + 0,750 + 0,300 = 13.000
proteção definida, limitada pelas perdas máximas, adaptará o fator de carga do
kW
transformador à temperatura ambiente para garantir a vida útil do transformador.
Fórmula 2.1:
Qnac Os métodos de cálculo utilizam fórmulas que refletem casos específicos de uma
S = 1,8×10-1 fórmula geral baseada na equação de Bernouilli e no efeito de chamine devido
H
ao aquecimento do transformador, garantindo a convecção natural dentro do
S= 1,91 m² e S' 1,1 x 1,91 = 2,1 m² (área líquida)
compartimento do transformador, conforme exigido pela norma IEC 62271-202.
Fórmula 2.2: Lâminas inclinadas (tipo chevron)
Qnac Na verdade, o fluxo de ar real depende fortemente:
S=
K ×√(H×(θ2 - θ1)3 • do formato das aberturas e nas soluções adotadas para garantir o grau de
S= 1,85 m² e S' 1,1 x S = 2,04 m² (área bruta) proteção do cubículo (IP): grade de metal, furos estampados, persianas
inclinadas, etc. Figura B;
• da elevação da temperatura do transformador e superaquecimento em °K (classe)
Três ventilações com as seguintes dimensões.
devido ao uso em um envelope conforme mencionado na Figura E;
Ver Figura F: 1,2 m x 0,6 m, 1,4 m x 0,6 m, 0,8 m x 0,6 dão • do tamanho dos componentes internos e em todo o layout, da seguinte forma:
uma área bruta S’ de 2,04 m² -- posição do transformador e/ou caixa de óleo de retenção,
-- distância do transformador até as aberturas,
Conclusão: O conhecimento preciso do coeficiente de -- transformador em uma sala separada usando parede divisória.
resistência ao fluxo de ar otimizará o dimensionamento da • e em alguns parâmetros físicos e ambientais como segue:
-- temperatura ambiente externa θ1 usada na equação 2.2),
ventilação se ξ < 13 e se as grades de ventilação forem
-- altitude,
iguais para entrada e saída de ar. Um exemplo é mostrado
-- radiação solar.
na Figura G.
A compreensão e a otimização dos fenômenos físicos anexos são objeto de
estudos precisos de escoamento, baseados nas leis da dinâmica dos fluidos, e
realizados com software analítico específico. Eles podem ser separados em duas
categorias, a saber:
• Software utilizado para estudos de dinâmica térmica do edifício especialmente
utilizado para gestão energética, para eficiência predial;
• Software utilizado para estudo do fluxo de ar, especialmente quando um
componente incorpora seu próprio sistema de resfriamento a ar (inversor,
conversor de frequência de rede, data centers, etc.).

O cálculo normativo é definido pela IEC 60076-11:2018 no Anexo C.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 63


Regras de projeto Condições de serviço
Como especificar condições de serviço reais

Locais das aberturas de ventilação


Para favorecer a dissipação de calor produzido pelo transformador por convecção
natural, as aberturas de ventilação devem estar localizadas na parte superior e inferior
da parede perto do transformador. O calor emitido pelo conjunto de manobra e controle
de MT pode ser insignificante. Para evitar problemas de condensação, as aberturas de
ventilação da subestação devem estar localizadas o mais longe possível dos painéis
DM105231

(ver Figura H).


RMU
Tipo de aberturas de ventilação
Para reduzir a entrada de poeira, poluição, névoa, etc., as aberturas de ventilação
LV da subestação deverão ser equipadas com defletores tipo chevron quando o
transformador for instalado na mesma sala dos painéis, caso contrário é permitida a
utilização de grades de ventilação de maior eficiência e, principalmente, recomendado
quando as perdas totais forem superiores a 15 kW. Certifique-se sempre de que os
defletores estejam orientados na direção correta (ver Figura B).

Figura F - Exemplo de layout para 13 kW de perdas Variações de temperatura dentro dos cubículos
totais Δθ2−Δθ1 = Elevação da temperatura do ar = 20K,
correspondente ao superaquecimento do transformador em Para reduzir as variações de temperatura, instale sempre aquecedores
10K anticondensação no interior Cubículos de MT se a umidade relativa média permanecer
alta por um longo período de tempo.
Os aquecedores devem funcionar continuamente, 24 horas por dia, durante todo o
ano. Nunca os conecte a um sistema de controle ou regulação de temperatura, pois
isso pode causar variações de temperatura e condensação, bem como uma vida útil
mais curta para os elementos de aquecimento. Certifique-se de que os aquecedores
oferecem uma vida útil adequada (as versões padrão geralmente são suficientes).

Variações de temperatura dentro da subestação


Medidas tomadas para reduzir variações de temperatura no interior da subestação:
• Melhorar o isolamento térmico da subestação para reduzir os efeitos das variações da
temperatura externa na temperatura interna da subestação;
• Evitar o aquecimento da subestação, se possível. Se for necessário aquecimento,
certificar-se de que o sistema de regulação e/ou termostato sejam suficientemente
PM105934

precisos e projetados para evitar oscilações excessivas de temperatura (por exemplo,


não superiores a 1 °C). Se não houver disponível um sistema de regulação de
temperatura suficientemente preciso, deixe o aquecimento ligado continuamente, 24
horas por dia durante todo o ano;
• Elimine correntes de ar frio de valas de cabos sob cubículos ou de aberturas na
subestação (sob portas, juntas de telhado, etc.).

Figura G - Exemplo de subestação pré-fabricada de AT/BT Ambiente e umidade da subestação


com transformador de 1250 kVA cheio de líquido, 19 kW de Vários fatores externos à subestação podem afetar a umidade interna.
perdas antes da mudança na regulamentação da UE • Plantas: Evitar o crescimento excessivo de plantas no entorno da subestação e em
qualquer fechamento ou abertura;
• Impermeabilização de subestações: O teto da subestação não deve vazar. Evite
telhados planos onde a impermeabilização seja difícil de implementar e manter;
• Umidade em valas de cabos: Certificar-se de que as valas de cabos sob qualquer
painel estejam secas. Uma penetração estanque dos cabos pode ser usada, se
houver. Uma solução parcial é adicionar areia no fundo da vala de cabos evitando
LV Case qualquer evaporação dentro do painel.
DM105232

HIGH and/or LOW


Ventilations
Proteção contra poluição e limpeza
Uma poluição excessiva favorece a fuga de corrente, o rastreamento e a queima dos
MV isoladores. Para evitar a degradação dos equipamentos de MT pela poluição, proteja o
Switchboard equipamento contra a poluição ou limpe regularmente a contaminação resultante.

Proteção contra ambientes agressivos com um invólucro


LV Case Conjuntos de manobra e controle de MT em áreas abrigadas podem ser protegidos por
HIGH and/or LOW invólucros que fornecem grau de proteção (IP) suficientemente alto.
Ventilations
Limpeza
MV Se não estiverem totalmente protegidos, os equipamentos de MT devem ser limpos
Switchboard regularmente para evitar a degradação por contaminação causada pela poluição.
A limpeza é um processo crítico. A utilização de produtos inadequados pode danificar
irreversivelmente o equipamento. Para procedimentos de limpeza, devem ser aplicadas
Figura H - Locais das aberturas de ventilação as instruções de operação do painel.

64 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Potência de curto-circuito
Introdução

A potência de curto-circuito depende diretamente da configuração da rede elétrica


Exemplo 1: e da impedância dos seus componentes: linhas, cabos, transformadores, motores,
25 kA a uma tensão de operação de 11 kV etc. através dos quais flui a corrente de curto-circuito.

Z SC
É a potência máxima que a rede elétrica pode fornecer a uma instalação durante
DM105233

R L A
uma falta, expressa em MVA ou em valor de kA rms, para uma determinada tensão
E I SC U ZS de operação.
U: Tensão de operação (kV)
B Isc: Corrente de curto-circuito (kA valor eficaz (rms) Ref: páginas seguintes
S = 3 U ISC A potência de curto-circuito pode ser equiparada a uma potência aparente.
Ssc = 3 × U × ISC
sc

O cliente geralmente precisa ser informado do valor da potência de curto-circuito


Exemplo para subestação de AT/BT
porque normalmente a informação necessária para calculá-la é desconhecida. A
determinação da potência de curto-circuito requer a análise dos fluxos de potência
Exemplo 2
que alimentam o curto-circuito no pior caso possível.
A retroalimentação via BT Isc5 só é possível se o
transformador (T4) for alimentado por outra fonte e o As fontes possíveis são:
interruptor de conexão de BT estiver fechado. • Entrada da rede via transformadores de potência;
Três fontes estão fluindo no conjunto de manobra e • Entrada do gerador;
controle (T1-A-T2) com uma possível contribuição para • Retroalimentação de energia devido a conjuntos rotativos (motores, etc); ou
uma falta de T3 e M:
através de transformadores de MT/BT.
• Disjuntor a montante D1 (s/c em A)Isc2 + Isc3 + Isc4 +
Isc5
• Disjuntor a montante D2 (c/c em B)Isc1 + Isc3 + Isc4 +
DM105234

Isc5 63 kV 63 kV
• Disjuntor a montante D3 (c/c em C)Isc1 + Isc2 + Isc4 +
Isc5 T1 T2
A
Isc1 Isc2 Isc3

A B C

D1 D2 D3

10 kV

D6 D4 D5 D7

MV

T3
M
Isc5 Isc4

LV
T4
LV MV

Temos que calcular cada uma das correntes Isc.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 65


Regras de projeto Correntes de curto-circuito
Geral

Para escolher o painel correto (disjuntores ou fusíveis) e definir as funções de


Todas as instalações eléctricas devem ser protegidas proteção, três valores de curto-circuito devem ser conhecidos:
contra curtos-circuitos, sem exceção, sempre que haja
uma descontinuidade elétrica; o que corresponde mais Corrente de curto-circuito
geralmente a uma mudança na seção transversal do Isc = (kA rms) (exemplo 25 kA rms)
condutor. Isto corresponde a um curto-circuito em uma extremidade do link protegido (falha
A corrente de curto-circuito deve ser calculada em cada na extremidade de um alimentador (ver Figura 1) e não apenas atrás do dispositivo
estágio da instalação para as diversas configurações de interrupção. Seu valor permite escolher o ajuste dos limites dos relés e fusíveis
de proteção de sobrecorrente; especialmente quando o comprimento dos cabos é
possíveis dentro da rede, a fim de determinar as
elevado e/ou quando a fonte é relativamente impedante (gerador, no-break).
características do equipamento que deve suportar ou
interromper esta corrente de falta
valor rms da corrente máxima de tempo curto
Iº = (kA rms 1 s ou 3 s) (exemplo 25 kA rms 1s)
Isto corresponde a um curto-circuito nas imediações dos terminais a jusante
do dispositivo de comutação (ver Figura 1). É definido em kA para 1, 2 ou 3
segundo(s) e é utilizado para definir a resistência suportável do equipamento ao
calor.

Valor de pico da corrente máxima de curto-circuito:


(valor do pico inicial no período transitório)
Idyn = (kA)
(exemplo: 2,5 • 25 kA = pico de 62,5 kA para uma constante de tempo CC de 45
ms e uma frequência de 50 Hz (IEC 62271-1)

Idyn é igual a:
2,5 x Isc para 50 Hz, para uma constante de tempo CC de 45 ms.
2,6 x Isc para 60 Hz, para uma constante de tempo CC de 45 ms.
2,7 x Isc para constantes de tempo especiais maiores que 45 ms (aplicações com
geradores).
Determina a capacidade de fechamento de disjuntores e chaves, bem como a
resistência suportável eletrodinâmica de barramentos e conjuntos de manobra e
controle.

Os valores usuais na IEC são os seguintes:


8 - 12,5 - 16 - 20 - 25 - 31,5 - 40 - 50 kA rms.

A norma ANSI/IEEE usa os seguintes valores:


16 - 20 - 25 - 40 - 50 - 63 kA rms.
Estes geralmente são usados nas especificações.
DM105235

Current
Direct composant OBSERVAÇÃO:
I peak = Idyn

Uma especificação pode fornecer um valor rms em kA e um valor em MVA


2 2Isc

conforme abaixo: Isc = 19 kA ou 350 MVA em 10 kV


• se calcularmos a corrente equivalente em 350 MVA encontramos:
2 2Isc
Time 350
Isc = = 20,2 kA
3 ×10
A diferença depende de como arredondamos o valor e dos usos locais. O valor de
19 kA é provavelmente o mais realista.
• Outra explicação é possível: em média e alta tensão, a norma IEC 60909-0 aplica
um coeficiente de 1,1 ao calcular o Isc máximo.
U E
Isc = 1,1 × =
3 ×Zsc Zsc

66 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Correntes de curto-circuito
Transformador

Para determinar a corrente de curto-circuito nos terminais


A corrente de curto-circuito depende do tipo de um transformador, precisamos saber a tensão de curto-circuito (Usc%).
dosequipamentos instalados na rede (transformadores,
geradores, motores, linhas, etc). u % é definido da seguinte forma:

DM105236
Potentiometer U: 0 to Usc

Primary

Secondary

A
I: 0 to Ir

(1) O transformador de potencial não está alimentado: U = 0


Por exemplo: (2) Coloque o secundário em curto-circuito
• Transformador de 20 MVA; (3) Aumente gradualmente a tensão U no primário até a corrente nominal Ir no
• Tensão de 10 kV; circuito secundário do transformador.
• Usc = 10%; O valor U lido no primário é então igual a Usc.
• Potência a montante: infinita. Assim,
Sr 20000 Usc
Ir = = √3×10 = 1150 A Usc (%) =
√3×U sem Ur primário
carga

Ir 1150 A corrente de curto-circuito, expressa em kA, é dada pela seguinte equação:


Isc = = = 11,5 kA
Usc 10 / 100 Ir (kA) × 100
Isc (kA) =
Usc (%)

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Regras de projeto Correntes de curto-circuito
Geradores síncronos -Motor assíncrono

Geradores síncronos (alternadores e


motores)
Calcular a corrente de curto-circuito nos terminais de um gerador síncrono é muito
complicado porque a impedância interna deste último varia com o tempo.

Quando a potência aumenta gradualmente, a corrente diminui passando por três


períodos característicos:
• subtransitório (permitindo determinar a capacidade de fechamento de disjuntores
e restrições eletrodinâmicas), duração média, 10 ms;
• transitório (define as restrições térmicas dos equipamentos), duração média de
250 ms;
• permanente (este é o valor da corrente de curto-circuito em estado estacionário).

A corrente de curto-circuito é calculada da mesma forma que a usada para os


transformadores, entretanto devem ser levados em conta os diferentes estados.

Por exemplo: Current


DM107933

Método de cálculo para um alternador ou um motor


síncrono
• Alternador de 15 MVA;
Ir Isc
• Tensão U=10 kV;
Fault appears Time
• X'd = 20 %.
Sr 15
Ir = = = 870 A Healthy Subtransient Transient Permanent
√3×U √3×10000 state state state state

Ir 870
Isc = = = 4350 A = 4,35 kA
Xsc trans 20 / 100 Short-circuit

A corrente de curto-circuito é dada pela seguinte equação:


Ir
Isc =
Xsc

Xsc Reatância de curto-circuito instantâneo c/c

Os valores mais comuns para um gerador síncrono são:

Estado Xsc Subtransitório X"d Transiente X'd Permanente Xd


Turbo 10-20 % 15-25 % 200-350 %
Polo exposto 10 % a 20 % 25 a 35 70 a 120

O alto valor da impedância de curto-circuito permanente significa que a corrente


de curto-circuito estabelecida é inferior à corrente nominal.

Motor assíncrono
Para motores assíncronos
A corrente de curto-circuito nos terminais é igual à corrente de partida
Isc ≈ 5 em 8 Ir

A contribuição de motores (corrente de retroalimentação) para a corrente de curto-


circuito é igual a: I ≈ 4 a 5 Ir ou I ≈ 3 Σ Ir
O coeficiente 3 leva em conta os motores quando eles estão parados.

68 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Correntes de curto-circuito
Geradores síncronos -Motor assíncrono

Quando um motor assíncrono é desligado da rede, ele mantém uma tensão em


seus terminais que desaparece em poucos centésimos de segundo.
Quando ocorre um curto-circuito nos terminais, o motor fornece uma corrente que
desaparece ainda mais rapidamente, de acordo com constantes de tempo na
ordem de:
• 0,02 segundos para motores de gaiola única até 100 kW;
• 0,03 segundos para motores de gaiola dupla e motores acima de 100 kW;
• 0,03 a 0,1 segundos para motores de anéis coletores de alta tensão muito
grandes (1000 kW).

Em caso de curto-circuito, um motor assíncrono é, portanto, um gerador ao qual é


atribuída uma impedância (apenas subtransitória) de 20% a 25%.

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Regras de projeto Correntes de curto-circuito
Lembrete sobre o cálculo das correntes
de curto-circuito trifásicas

Alguns valores são assumidos como premissas e da forma usual.


Aconselha-se utilizar os valores corretos para instalação de acordo com a ficha
técnica do componente fornecida pelo fabricante.

Curto-circuito trifásico
U2
Ssc = 1,1 × U × Isc × 3 =
Zsc

1,1 × U
Isc = com Zsc = √(R2 + X2)
Zsc × 3

Rede a montante
U2
Z =
Ssc

R 0,3 a 6 kV
= 0,2 a 20 kV
X 0,1 a 150 kV

Linhas aéreas
L
R = ρ×
S

X = 0,4 Ω/km AT AT
X = 0,3 Ω/km MT/BT
ρ = 1,8 • 10-6 Ω cm Cobre
ρ = 2,8 • 10-6 Ω cm Alumínio
ρ = 3,3 • 10-6 Ω cm Almelec

Gerador síncrono
U2 Xsc (%)
Z (Ω) = X (Ω) = ×
Sr 100

Xsc Subtransitório Transitório Permanente


Turbo 10 % a 20 % 15 a 25 200 a 350
Polo exposto 10 % a 20 % 25 a 35 70 a 120

Transformadores
(Ordem de grandeza: para valores reais, consulte os dados fornecidos pelo
fabricante)

Por exemplo:

20 kV/410 V; Sr = 630 kVA; Usc = 4 %


63kV/11kV; Sr = 10 MVA; Usc = 9 %
Usc (%) Usc (%)
Z (Ω) = ×
Sr 100

MT/BT AT/MT
Sr (kVA) 100 a 3150 5000 a 50000
Usc (%) 4 a 7,5 8 a 12

70 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Correntes de curto-circuito
Lembrete sobre o cálculo das correntes
de curto-circuito trifásicas
Relação entre a densidade de resistência à corrente
nominal suportável de curto-circuito (Tkr = 1 s) e a Cabos e condutores
temperatura do condutor
• E levação da temperaturaTodos os cabos e condutores são definidos pela sua
Linhas sólidas, cobre; linhas pontilhadas, aço de baixa ampacidade, que é a classificação principal para controlar a elevação de
liga temperatura em operação normal ou em uso temporário ao lidar com uma
corrente de falta. O aumento da temperatura pode ser causado por sobrecarga
normal ou anormal, qualquer conexão que possa se tornar menos eficiente devido
200
à vibração ao refor. Como a corrente de falta é extinta pelo relé de proteção, a
DM105238

200
A
mmA2
mm2 frequência de emissão devido ao aumento da temperatura é reduzida em
160
160 
ee ==
140
comparação com as condições normais, que se tornam anormais devido aos
140 300 °C
300 °C
120 250 °C fenômenos de envelhecimento. Por este motivo é recomendado monitorar os
SS thr 120 250 °C
condutores utilizando sensores térmicos.
thr 100
100 200 °C
200 °C
80
80 180 °C
180 °C
• ReatânciaX = 0,10 a 0,15 Ω/kmNúcleo concêntrico, trifásico ou monofásico
60 160 °C • Cálculo do aumento de temperatura e da densidade suportável da corrente
60 160 °C
40
40  = 300 °C 250 °C 200 °C 140 °C
140 °C nominal de curta duração para condutores O aumento de temperatura de um
20 ee = 300 °C 250 °C 200 °C
20 100 °C 120 °C
100 °C 120 °C
condutor causado por um curto-circuito é uma função da duração da corrente de
0
020 30 40 50 60 70 80 90 100 110 °C 130
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 °C 130 curto-circuito, da corrente de curto-circuito equivalente térmica e do material do
b
 condutor. Usando os gráficos, é possível calcular o aumento da temperatura de
b

Alumínio, Liga de alumínio, Condutor de Alumínio um condutor quando a densidade de corrente nominal suportável de curta
duração é conhecida, ou vice-versa. As temperaturas mais altas recomendadas
Reforçado com alma de Aço (ACSR)
durante um curto-circuito para diferentes condutores são fornecidas na tabela a
200
seguir emitida pela norma IEC 60865-1:2011. Se forem atingidas, pode ocorrer
DM105238

200
A
A2
mm
mm2
160
uma diminuição insignificante da intensidade, o que não compromete
160
140 empiricamente a segurança na operação. Deverá ser considerada a temperatura
140
120 máxima permitida do suporte.
120 
100 ee ==
100 300 °C
SS thr 80 300 °C
250 °C
Tipo de condutor Temperatura mais alta do condutor
thr 80 250 °C
60 200 °C recomendada durante um curto-
60 200 °C
40
180 °C
180
160 °C°C
circuito °C
40 160 °C
140 °C
20
20 100 °C 120 °C
140 °C Condutores nus, sólidos ou trançados: 200
0 100 °C 120 °C
0
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 °C 130
Cu, Al ou liga de Al
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 °C 130

bb Condutores nus, sólidos ou trançados: 300
aço
Condutores nus têm resistência térmica de curta duração
suficiente, desde que a seguinte relação seja válida Quando as seguintes constantes de material são usadas para 20 °C como
para a densidade térmica de corrente de curto-circuito temperatura base, a seguinte fórmula é aplicável:
equivalente Sth para todos os valores de Tk.
Dados em c ρ k20 α20 θe
Sth ≤ Sthr×√(Tkr/Tk) 20 °C
O núcleo de aço do condutor de alumínio reforçado com Alumínio 910 2700 34800000 0,004 200
aço (ACSR) não deve ser levado em consideração no
Cobre 390 8900 56000000 0,0039 200
cálculo da área da seção transversal para a estimativa da
densidade de corrente.
Aço 480 7850 7250000 0,0045 300
Quando ocorrem vários curtos-circuitos com um intervalo
de tempo reduzido entre eles, a duração do curto-circuito
resultante é:
1
Sthr =
Tkr
×
k20×c×ρ
α20
× ln 
1+α20×(θe-20)
1+α20×(θb-20)

n
Tk = ∑ Tki Sthr Densidade de corrente nominal suportável em curto-circuito A/mm²
i=1
(Ampacidade)
Tkr Tempo de duração s
c Capacidade térmica específica J/(kg K)
ρ Massa específica kg/m3
k20 Condutividade específica a 20 °C 1/(Ωm)
α20 Coeficiente de temperatura 1/K
θb Temperatura do condutor no início de um curto-circuito °C
θe Temperatura do condutor no final de um curto-circuito °C

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 71


Regras de projeto Correntes de curto-circuito
Lembrete sobre o cálculo das correntes
de curto-circuito trifásicas

Barramentos
X = 0,15 Ω/km

Motores síncronos e compensadores


Xsc Subtransitório Transitório Permanente
Motores de alta 15 % 25 % 80 %
velocidade
Motores de baixa 35 % 50 % 100 %
velocidade
Compensadores 25 % 40 % 160 %

Motores assíncronos (somente subtransiente)


Ir U2
Z (Ω) = ×
Isc Sr
Ir corrente nominal do motor
Isc corrente de partida do motor; aproximadamente na faixa de 3 a 14
Sr capacidade nominal do motor

Falta com abertura de arco


Isc
Id =
1,3 a 2

Impedância equivalente de um componente através de um


transformador
DM107935

A
n Por exemplo, para uma falta de baixa tensão, a contribuição de um cabo de alta
Power source HV cable R1, X1 LV cable R2, X2
tensão a montante de um transformador de AT/BT será:
Ra, Xa
Transformer RT, XT U22 U22 U22
(impedance at primary) R2 = R1 × e X2 = X1 × assim Z2 = Z1 ×
U1 2
U1 2
U12
Esta equação é válida para todos os níveis de tensão no cabo, mesmo para vários
transformadores montados em série.

Impedância vista do local da falta A


RT R1 Ra XT X1 Xa
∑R = R2 + + + ∑X = X2 + + +
n2 n2 n2 n2 n2 n2
DM105240

Z
X
Triângulo de impedâncias
 Z = (R2 + X2)

72 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Correntes de curto-circuito
Exemplo de cálculo trifásico

A complexidade no cálculo da corrente de Método de impedância


curto-circuito trifásica reside basicamente Todos os componentes de uma rede (rede de alimentação, transformador,
alternador, motores, cabos, barras, etc.) são caracterizados por uma impedância
na determinação do valor da impedância na (Z) compreendendo um componente resistivo (R) e um componente indutivo (X) ou
rede elétrica a montante do local da falta. a chamada reatância. X, R e Z são indicados em Ohms.

A relação entre esses diferentes valores é dada por:


Z = √(R2+x2)
(Conf. exemplo 1 ao lado)

O método envolve:
Exemplo 1 • dividir a rede em seções;
Layout da • calcular os valores de R e X para cada componente;
rede • calcular para a rede:
DM107942

Tr1 Tr2
-- o valor equivalente de R ou X,
-- o valor equivalente da impedância,
A
-- a corrente de curto-circuito.
Layouts equivalentes
A corrente de curto-circuito trifásica é:
DM107943

Zr
Zt1 Zt2 U
Isc =
Za Zsc × √3

Z = Zr + Zt1 // Zt2 Isc Corrente de curto-circuito kA
Zt1 × Zt2 U Tensão fase-fase no ponto em questão antes do aparecimento kV
Z = Zr + da falta
Zt1 + Zt2
Zsc Impedância de curto-circuito Ω
DM107944

Za

Zsc = Z // Za
Z × Za
Zsc =
Z + Za
DM105244

Exemplo 2
• Zsc = 0,27 Ω
• U = 10 kV
10
Isc = = 21,38 kA
√3 × 0,27

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 73


Regras de projeto Correntes de curto-circuito
Exemplo de cálculo trifásico

Exemplo de problema Dados do exercício


Alimentação em 63 kV
63 kV 63 kV
DM105245

Alternator Potência de curto-circuito da fonte: 2000 MVA


15 MVA
X'd = 20 %
X''d = 15 % Transformer Transformer
T1 T2 Configuração da rede:
G1 15 MVA 20 MVA
usc = 10 % Usc = 10 % Dois transformadores montados em paralelo e um alternador

Características dos equipamentos:


D3 D1 D2
• Transformadores:
10 kV Busbars
-- tensão de 63 kV / 10 kV,
-- Potência aparente: 1 a 15 MVA, 1 a 20 MVA,
D4 D5 D6 D7
-- tensão de curto-circuito: usc = 10 %.
• Alternador:
-- tensão: 10 kV,
Diagrama unifilar
-- Potência aparente: 15 MVA,
-- X'd transiente: 20 %,
-- X'd subtransiente: 15 %.

Pergunta:
• determinar o valor da corrente de curto-circuito nos barramentos;
• as capacidades de interrupção e fechamento dos disjuntores D1 a D7.

Solução do problema usando o método de Resolvendo o exercício

cálculo • Determinar as diversas correntes de curto-circuito:As três fontes que poderiam


fornecer energia ao curto-circuito são os dois transformadores e o alternador.Estamos
assumindo que não pode haver retroalimentação de energia através de D4, D5, D6 e
DM107936

D7.No caso de curto-circuito a jusante de um disjuntor (D4, D5, D6, D7), a corrente de
Zr = network impedance curto-circuito que flui através dele é fornecida por T1, T2 e G1.
Za = alternator impedance different
according to state
(transient or subtransient)
• Diagrama equivalente:Cada componente é composto de uma resistência e uma
indução. Temos que calcular os valores de cada componente.A rede elétrica pode ser
Z15 = tranformer Z20 = tranformer mostrada da seguinte forma:
impedance impedance
15 MVA 20 MVA
A experiência mostra que a resistência é geralmente baixa em comparação com
a reatância (0,15 Ω/km), portanto podemos considerar que a reatância é igual à
Busbars
impedância (X = Z).

• Para determinar a potência de curto-circuito, temos que calcular os vários valores de


resistências e induções e, em seguida, calcular separadamente a soma aritmética:Rt =
RXt = X
• Conhecendo Rt e Xt, podemos deduzir o valor de Zt aplicando a equação:Z = √( ∑R2 +
∑X2)OBSERVAÇÃO: como R é insignificante comparado com X, podemos dizer que Z =
X.

74 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Correntes de curto-circuito
Exemplo de cálculo trifásico

E agora aqui estão os Componente Cálculo Z= X (ohms)

resultados! Rede elétrica


Sc = 2.000 MVA U2 102
Zr = = 0,05
Uop = 10 kV Ssc 2000
Transformador T1 de 15 MVA
(Usc = 10 %) U2 102 10
ZT1 = Z15 = × Usc = × 0,67
Uop = 10 kV Sr 15 100
Transformador T2 de 20 MVA
(Usc = 10 %) U2 102 10
ZT2 = Z20 = × Usc = × 0,5
Uop = 10 kV Sr 20 100
Alternador de 15 MVA
U2
Uop = 10 kV Za = × Xsc
Sr
Estado subtransitório 102 15
Zat = × Zas ≈ 1
(Xsc = 15 %) 15 100
Estado transitório 102 20
Zas = × Zat ≈ 1.33
(Xsc = 20 %) 15 100
Barramentos
Montado em Z15 × Z20 0,67 × 0,5
paralelo com os ZT1//ZT2 = Z15//Z20 = = Zet ≈ 0.29
transformadores Z15 + Z20 0,67 + 0,5
Montado em série
com a rede e a
Zer = Zr + Zet = 0,05+ 0.29 Zet ≈ 0.34
impedância do
transformador
Montagem paralela do grupo gerador
Zer × Zat 0,34 × 1,33
Estado transitório Zer//Zat = = ≈ 0,27
Zer + Zat 0,34 + 1,33
Zer × Zas 0,34 × 1
Estado subtransitório Zer//Zas = = ≈ 0,25
Zer + Zas 0,34 + 1

Disjuntor Circuito equivalente Capacidade Capacidade


de ruptura de
DM107945

DM107946

Zr
Zr fechamento
Z15 Z20 Z15 Z20
Za ZT1 ZT2
Z (Ω) In (kA rms)* 2,5 Isc
ZT1 ZT2
(em kA
D4 a D7 Alternador D3 pico)
D4 a D7 Estado transitório Z=0,27 21,5 53,9
Estado subtransitório Z=0,25
DM107947

DM107948

Zr Zr

Z20
Alternador D3 Z=0,34 17,2 43
Z15 Za
Za ZT1 ZT2 Transformador D1 Estado transitório Z=0,51 11,4 28,5
15 MVA T1 Estado subtransitório Z=0,46
Transformador D1 15 MVA T1 Transformador D2 20 MVA T2
Transformador D2 Estado transitório Z=0,39 14,8 37
20 MVA T2 Estado subtransitório Z=0,35
U 10 1
*Isc = = ×
√3 × Zsc √3 Zsc

OBSERVAÇÃO: um disjuntor é definido para uma determinada capacidade de interrupção de


um valor rms em estado estacionário e como uma porcentagem da componente aperiódica
que depende do tempo de abertura do disjuntor e do R/X da rede (cerca de 30%).
Para alternadores, o componente aperiódico é muito elevado; os cálculos devem ser validados
por ensaios em laboratório.
A capacidade de interrupção é definida no estado transitório. O período subtransitório é muito
curto (10 ms) e é aproximadamente a duração necessária para o relé de proteção analisar a
falta e dar a ordem de disparo.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 75


Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Introdução

As dimensões do barramento são determinadas levando em consideração as


Na prática, o cálculo de um barramento
condições normais de operação. O nível de isolamento nominal para tensões
envolve a verificação de que há resistência nominais (kV) determina a distância fase-fase e fase-terra e também determina a
térmica e eletrodinâmica suficiente e não há altura e o formato dos suportes. A corrente nominal que flui através dos barramentos
ressonância. é usada para determinar a seção transversal e o tipo de condutores. Vários tópicos
devem ser verificados da seguinte forma:
• Os suportes (isoladores) deverão suportar os efeitos mecânicos e as barras
deverão suportar os efeitos mecânicos e térmicos devidos às correntes de
Exemplos
curto-circuito;
• Montado
• O período natural de vibração das próprias barras não deve ser igual ao período
horizontalmente atual;
• Montado verticalmente • Para realizar um cálculo de barramento, temos que utilizar as seguintes premissas
de características físicas e elétricas:
Características elétricas do barramento
Ssc Potência de curto-circuito na rede(1) MVA
Ur Tensão nominal 43
U Tensão de operação 28,5
Ir Corrente nominal 37
(1) Geralmente é fornecida pelo cliente neste formulário ou podemos calculá-la tendo a
corrente de curto-circuito lsc e a tensão de operação U: (Ssc = √3 • Isc • U; Ver capítulo sobre
'correntes de curto-circuito')

Características físicas do barramento


S Seção transversal da barra cm2
d Distância fase a fase cm
l Distância entre isoladores da mesma cm
fase
θn Temperatura ambiente (θ2 – θ1) °C
θ - θn Aumento admissível da temperatura K
(1)

Perfil Horizontalmente
Material Cobre Alumínio
Arranjo Montado Montado verticalmente
horizontalmente
Nº de barra(s) por fase
(1) Ver tabela 3 da norma IEC 62271-1:2011 - especificações em comum

Resumindo
barra(s) de x cm por fase

76 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Resistência térmica

Vamos verificar se a seção escolhida foi: Para corrente nominal contínua (Ir)
... barra(s) de ... x ... cm por fase satisfaz os Esta seção destacará vários parâmetros que influenciam a ampacidade que é a
capacidade de condução de corrente de condutores nus.
aumentos de temperatura produzidos pela
O cálculo da ampacidade pode ser resumido pela fórmula 2.7.2.1.
corrente nominal e pela corrente de curto-
circuito que passa por eles durante 1 a 3 The MELSOM & BOOTH, equação publicada na análise da 'Copper Development
segundo(s) Association', nos permite definir a corrente admissível em um condutor:
24,9 × (θ - θn)0,61 × S0,5 × p0,39
I = K ×
(ρ20[1+α x (θ-20)])
com
Perímetro da barra (p) I Corrente admissível expressa em Amperes (A)
A redução em termos de corrente deve ser considerada:
• para uma temperatura ambiente superior a 40 °C
• para um índice de proteção superior a IP5
θn Temperatura ambiente (θn ≤ 40 °C) °C
(θ - θn) Aumento admissível da temperatura (1) K
S Seção transversal da barra cm2
p Perímetro da barra (Ver diagrama oposto) cm
ρ20 Resistividade do condutor a 20 °C (IEC 60943):
• Cobre 1,7241 µΩcm
• Alumínio 2,8364 µΩ cm
α Coeficiente de temperatura da resistividade 0,00393
• Cobre 0,00393
• Alumínio 0,0036
K Coeficiente das condições: (produto de 6 coeficientes: k1, k2, k3, k4, k5,
k6 descritas na página a seguir)
(1) Consulte a seção 'Corrente' deste documento informando os limites de aumento de
temperatura conforme destacado na norma IEC 62271-1.

Usando o sistema SI, a fórmula é introduzida pelo valor médio da dissipação de


calor em unidades de:
W = r ×I2 fórmula 2.7.2.2. para o comprimento do condutor (m)
r Resistência r = ρ * L / S = ρ /S por unidade de comprimento (L = 1 m)
E onde ρ = ρ20 [1+α × (θ - θn )] onde θn = 20 °C

W é a quantidade total de calor gerada pela corrente


I2 × ρ20 [1 + α × (θ - 20)] × 10-6
W= Fórmula 2.7.2.3
S

W r × I2
h = =
P p
valor médio da dissipação de calor por unidade de área, fórmula 2.7.2.4.
r × I2
h =
p (θ - θn)
valor médio de dissipação de calor por grau, fórmula 2.7.2.5

Entretanto a dissipação de calor se deve principalmente à convecção, sendo


proporcional θ5/4, (MELSOM & BOOTH), revisto em θ1,22 e o valor médio da
dissipação de calor por unidades de grau por convecção torna-se:
r × I2
h =
p (θ - θn)1.22
valor médio da dissipação de calor por grau, pela fórmula de convecção 2.7.2.6.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 77


Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Resistência térmica

Vários estudos experimentais confirmaram que o efeito da variação do perímetro


da barra para a maioria dos valores tanto para barras redondas quanto para
barras planas, sejam elas de cobre ou de alumínio, são mais lineares. Seguindo a
isto há uma relação aproximada entre h e p, e esta relação foi melhorada.

Melsom & Booth: emissão de calor em Watts/cm² por grau


0,000732 Borda, plana, barra
Fórmula 2.7.2.7: h =
P0,140 redonda
0,00062 Barra plana, montada
Fórmula 2.7.2.8: h =
P0,22 verticalmente
0,00067
Fórmula 2.7.2.9: h = Barra redonda
P0,140

Usando uma barra plana, a fórmula 2.7.2.8 é aplicável para h, que é substituída na
fórmula 2.7.2.6.
A quantidade total de calor emitido por cm de comprimento e ainda pela fórmula
2.7.2.6.
0,00062 × p × (θ - θn)1.22
W = r × I2 = Fórmula 2.7.2.10
P0,22

Fórmula 2.7.2.3 e 2.7.2.10


I2 × ρ20 [1 + α × (θ - 20)] × 10-6 0,00062 × p × (θ - θn)1.22
=
S P0,22

103 ×0,00062 × S0,5 × p0,39 × (θ - θn)0,61


I =
(ρ20 [1 + α × (θ - 20)])

Fórmula 2.7.2.1:
24,9 ×(θ - θn)0,61 × S0,5 × p0.39
I = K( )
(ρ20 [1 + α × (θ - 20)])

Definição dos coeficientes k1, 2, 3, 4, 5, 6


• O coeficiente k1 é função do número de faixas de barras por fase para:
-- 1 bar (k1 = 1)
-- 2 ou 3 barras, veja a tabela abaixo:
e/a
0,05 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18 0,20

e Nº de barras k1
DE59018

por fase
2 1,63 1,73 1,76 1,80 1,83 1,85 1,87 1,89 1,91
3 2,40 2,45 2,50 2,55 2,60 2,63 2,65 2,68 2,70
a
Em nosso
caso:
e/a =
e
O número de barras por fase =
Dando k1 =

78 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Resistência térmica

• O coeficiente k2 é uma função da condição da superfície das barras:


-- nu: k2 = 1,
-- pintado: k2 = 1,15.

• O coeficiente k3 é uma função da posição das barras:


-- barras montadas verticalmente: k3 = 1,
-- 1 barra montada na base: k3 = 0,95,
-- várias barras montadas na base: k3 = 0,75.

• O coeficiente k4 é função do local onde as barras estão instaladas:


-- atmosfera interior calma: k4 = 1,
-- atmosfera calma na área externa: k4 = 1,2,
-- barras em dutos não ventilados: k4 = 0,80.

• O coeficiente k5 é função da ventilação artificial:


-- sem ventilação forçada: k5 = 1,
-- a ventilação deve ser tratada caso a caso e depoisvalidada por ensaio.

• O coeficiente k6 é função do tipo de corrente:


-- para uma corrente alternada de frequência ≤ 60 Hz, k6 é função da quantidade
de barras n por fase e do seu espaçamento,
-- o valor de k6 para um espaçamento igual à espessura das barras:
n 1 2 3
k6 1 1 0,98
Em nosso
caso:
n=
dando k6 =

Na verdade teremos:

K= x x x x x =

24,9 ×( - )0,61 × 0,5


× 0,39
I = x
( [1 + 0.004 × ( - 20)])

24,9 ×(θ - θn)0,61 × S0,5 × p0,39


I = K( )
(ρ20 [1 + α × (θ - 20)])

I = A

A solução escolhida barra(s) x cm por fase


de

É apropriado se Ir dos barramentos requeridos ≤ I.

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Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Resistência térmica

Para a corrente suportável de curta duração (lth)


Por exemplo:
Assumimos que para a duração inteira (1 ou 3 segundos):
Como podemos achar o valor de Ith para uma duração
• todo o calor liberado é utilizado para aumentar a temperatura do condutor;
diferente? • os efeitos da radiação são desprezíveis.
Sabendo: (Ith)2 x t = constante
• Se Ith2 = 26,16 kA rms 2 s, a que Ith1 corresponde parat = 1 A equação abaixo pode ser usada para calcular o aumento da temperatura de
s?(Ith2)2 x t = constante(26,16 x 103)2 x 2 = 137 x 107portanto curto-circuito:
Ith1 = (constante / t) = (137 x 107/1)Ith1 = 37 kA rms para 1 s 0,24 × ρ20 × Ith2 × tk
Δθsc =
• Resumindo: (n × S)2 × c × δ
-- em 26,16 kA rms 2 s, isto corresponde a 37 kA rms 1 s, com
-- em 37 kA rms 1 s, isto corresponde a 26,16 kA rms 2 s. Δθsc Aumento na temperatura de curto-circuito
c Calor específico do metal:
• cobre 0,091 kcal/kg °C
• Alumínio 0,23 kcal/kg °C
S Seção transversal da barra cm2
n Número de barra(s) por fase
Ith Corrente suportável de curta duração: A rms
(corrente máxima de curto-circuito, valor
eficaz (rms))
tk Duração da corrente suportável de curta s
duração (1 a 3 s)
δ Densidade do metal:
• cobre 8,9 g/cm3
• Alumínio 2,70 g/cm3
ρ20 Resistividade do condutor a 20 °C:
• cobre 1,83 µΩcm
• Alumínio 2,90 µΩ cm
(θ - θn) Aumento de temperatura admissível K

0,24 × 10-6 × ( )2 ×
Δθsc =
( ) ×2
×

Δθsc = K

A temperatura, θt do condutor após o curto-circuito será:


θt = θn + (θ – θn) + ΔθSC
θt = K

Verificar:
θt ≤ maximum admissible temperature by the parts in contact with the busbars.
Verificar se esta temperatura θt é compatível com a temperatura máxima das partes
em contato com os barramentos (especialmente o isolador).

80 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Resistência eletrodinâmica

Forças entre condutores montados em paralelo


Temos que verificar se as barras escolhidas
As forças eletrodinâmicas durante uma corrente de curto-circuito são dadas pela
suportam as forças eletrodinâmicas
equação:
l
F1 = 2 x x Idyn2 x 10-8
d
com
DM107949

F1 Força expressa em daN


F1 Idyn O valor de pico de curto-circuito expresso em A, deve ser calculado
Idyn usando a equação abaixo:
F1
Idyn Ssc
Idyn = k x = k x Ith
U√3
l Ssc Potência de curto-circuito da rede kVA
d Ith Corrente suportável de curta duração A rms
U Tensão de operação kV
l Distância entre isoladores da mesma fase cm
d Distância fase a fase cm
k 2,5 para 50 Hz; 2,6 para 60 Hz e 2,7 para constantes de tempo especiais
maiores que 45 ms
d
Dando:
Idyn = A e F1 = daN

Forças na cabeceira dos suportes ou dutos de barramentos


h = e/2
F1 Equação para calcular as forças em um suporte:
DE59020

H+h
F F = F1 x
H
H Support com
F Força daN
H Altura do isolador cm
h Distância da cabeça do isolador cm
ao centro de gravidade da barra

Cálculo de forças se houver N suportes


A força F absorvida por cada suporte é no máximo igual à força calculada
força F1 (ver capítulo anterior) multiplicada por um coeficiente kn que varia
de acordo com o número total N de suportes equidistantes instalados.
número de suportes = N

• Conhecemos N, vamos definir kn com a ajuda da tabela abaixo:

N 2 3 4 ≥5
Kn 0,5 1,25 1,10 1,14

Dando:
F = (F1) x (Kn) x daN

A força encontrada após a aplicação de um coeficiente k deve ser comparada


com a resistência mecânica do suporte ao qual aplicaremos um coeficiente de
segurança:
• os suportes utilizados têm uma resistência à flexão
F' = daN
Verificar se F' > F
• temos um coeficiente de segurança de
F'/F =

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 81


Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Resistência eletrodinâmica

Resistência mecânica do barramento


Ao assumir que as extremidades das barras estão seladas, elas estão sujeitas a
um momento fletor cuja tensão mecânica resultante é:
F1 x l v
η= x
12 I
com
DM107937

Phase 1 x Phase 2 η É a tensão resultante, deve ser menor que a tensão admissível para as
barras, isso é:
b • cobre 1/4 duro 1200 daN/cm2
v • cobre 1/2 duro 2300 daN/cm2
h • cobre 4/4 duro 3000 daN/cm2
x' • cobre 1/2 duro 1200 daN/cm2
F1 Força entre condutores daN
l Distância entre isoladores da mesma fase cm
l/v É o módulo de inércia entre uma barra cm3
ou um conjunto de barras (escolha o valor
Phase 1 Phase 2 na tabela abaixo)
v x v Distância entre a fibra que é neutra e a fibra com maior tensão (a mais
distante)

b • Uma barra por fase:


b x h3
d’ l=
h 12
• Barra horizontal: se v = h/2 e n = número de barras horizontais
x' nxI b x h2
=
xx': perpendicular to the plane of vibration v 6
• 2
 barras verticais: v = 1,5 * h e d’ = 2 x espessura da barra = 2 x h
b x h3
l = 2x( + S x d'2)
12

b x h3
2x( + S x d'2)
l 12
=
v 1,5 x h
• 3 barras verticais: v = 2,5 * h e d’ = 2 x espessura da barra = 2 x h
b x h3
l = 3x( ) + 2 x (S x d'2)
12

b x h3
l= + 8 x S x h2)
4

b x h3
( + 8 x S x h2)
l 4
=
v 2,5 x h

l (b x h2 + 32 x s x h)
=
v 10

Verificar
< η Barras de
η (em daN/cm2)
cobre ou alumínio

82 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Resistência eletrodinâmica

Escolha sua seção transversal S, massa linear m, módulo de inércia I/v, momento
de inércia I para as barras definidas abaixo:
Arranjo* Dimensões da barra (mm)
100 x 10 80 x 10 80 x 6 80 x 5 80 x 3 50 x 10 50 x 8 50 x 6 50 x 5
S cm2 10 8 4,8 4 2,4 5 4 3 2,5
m Cu daN/cm 0,089 0,071 0,043 0,036 0,021 0,044 0,036 0,027 0,022
A5/L daN/cm 0,027 0,022 0,013 0,011 0,006 0,014 0,011 0,008 0,007
x
I cm4 0,83 0,66 0,144 0,083 0,018 0,416 0,213 0,09 0,05
x' I/v cm3 1,66 1,33 0,48 0,33 0,12 0,83 0,53 0,3 0,2
x
I cm4 83,33 42,66 25,6 21,33 12,8 10,41 8,33 6,25 5,2
x' I/v cm3 16,66 10,66 6,4 5,33 3,2 4,16 3,33 2,5 2,08
x
I cm4 21,66 17,33 3,74 2,16 0,47 10,83 5,54 2,34 1,35
x' I/v cm3 14,45 11,55 4,16 2,88 1,04 7,22 4,62 2,6 1,8
x
I cm4 166,66 85,33 51,2 42,66 25,6 20,83 16,66 12,5 10,41
x' I/v cm3 33,33 21,33 12,8 10,66 6,4 8,33 6,66 5 4,16
x
I cm4 82,5 66 14,25 8,25 1,78 41,25 21,12 8,91 5,16
x' I/v cm3 33 26,4 9,5 6,6 2,38 16,5 10,56 5,94 4,13
x
I cm4 250 128 76,8 64 38,4 31,25 25 18,75 15,62
x' I/v cm3 50 32 19,2 16 9,6 12,5 10 7,5 6,25
* Arranjo: seção transversal em um plano perpendicular aos barramentos (2 fases são mostradas)

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Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Frequência ressonante intrínseca

As frequências intrínsecas a serem evitadas para os barramentos submetidos a


Verificar se as barras escolhidas não
uma corrente de 50 Hz são frequências em torno de 50 e 100 Hz.
produzem ressonância. Esta frequência intrínseca é dada pela equação:

f = 112 x  Exl
mxl4
com
f Frequência ressonante em Hz
E Módulo de elasticidade:
• para cobre 1,3 106 daN/cm2
• para alumínio A5/L 0,67 106 daN/cm2
m Massa linear da barra daN/cm
(escolha o valor na tabela da página a
seguir)
l Comprimento entre 2 suportes ou dutos de cm
barramentos
l Momento de inércia da seção transversal da cm4
barra
em relação ao eixo x'x, perpendicular
ao plano de vibração (ver fórmula explicada
anteriormente ou escolher o valor na tabela
acima)

Dando:
f = Hz
Devemos verificar se esta frequência está fora dos valores que devem ser evitados,
ou seja, entre 42-58 Hz e entre 80-115 Hz.

84 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Exemplo de cálculo de barramento

Vista do topo Dados do exercício


• Considere um conjunto de manobra e controle composto por pelo menos 5 cubículos
DE59024EN

Cubicle 1 Cubicle 2 Cubicle 3 Cubicle 4 Cubicle 5 de MT. Cada cubículo possui 3 isoladores (1 por fase).Barramentos compostos por 2
barras por fase, interligam eletricamente os cubículos.
Características do barramento a verificar:
S Seção transversal da barra (10 x 1) 10 cm2
d Distância fase a fase 18 cm
I Distância entre isoladores da mesma fase 70 cm
d
θn Temperatura ambiente 40 °C
d
(θ - θn) Aumento de temperatura permitido 50 K
(90-40-50)
Perfil Horizontalmente
Material Barras em cobre com dureza 1/4, com tensão admissível η = 1200 daN/cm2
Arranjo Montado verticalmente
Vista lateral
Número de barra(s) por fase: 2

1 cm 1 cm
DE59025EN

• Os barramentos devem ser capazes de suportar uma corrente nominal Ir = 2500 A de
forma permanente e uma corrente suportável de curta duração Ith = 31500 A rms por
10 cm
5 cm um tempo tk = 3 segundos.
• Frequência nominal fr = 50 Hz.
• Outras características:
12 cm -- partes em contato com os barramentos podem suportar uma temperatura máxima
de θmáxima = 100 °C,
-- os suportes utilizados têm uma resistência à flexão de F' = 1000 daN.
d d

Desenho 1

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 85


Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Exemplo de cálculo de barramento

e Para a corrente nominal (Ir)


DE59018

The MELSOM & BOOTH, equação publicada na análise da 'Copper Development


Association', nos permite definir a corrente admissível em um condutor:
24,9 × (θ - θn)0,61 × S0,5 × p0,39
I = K ×
a √(ρ20[1+α x (θ-20)])
com
I Corrente admissível expressa em amperes (A)
θn Temperatura ambiente 40 °C
e
(θ - θn) Aumento admissível da temperatura (1) 50 K
S Seção transversal da barra 10 cm2
p Perímetro da barra 22 cm
ρ20 Resistência do condutor a 20 °C (IEC 60943): Cobre 1,83 µΩcm
α Coeficiente de temperatura da resistividade 0,004
K Coeficiente das condições: (produto de 6 coeficientes: k1, k2, k3, k4, k5, k6
descrito abaixo)
(1) Ver tabela 3 da norma IEC 62271-1 - especificações em comum

Definição dos coeficientes k1, k2, k3, k4, k5, k6


• O coeficiente k1 é função do número de faixas de barras por fase para:
-- 1 bar (k1 = 1),
-- 2 ou 3 barras, veja a tabela abaixo:
e/a
0,05 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18 0,20

Nº de barras k1
por fase
2 1,63 1,73 1,76 1,80 1,83 1,85 1,87 1,89 1,91
3 2,40 2,45 2,50 2,55 2,60 2,63 2,65 2,68 2,70
Em nosso caso:
e/a = 0,10
O número de barras por fase = 2
Dando k1 = 1,80

86 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Exemplo de cálculo de barramento

• O coeficiente k2 é uma função da condição da superfície das barras:


-- nu: k2 = 1,
-- pintado: k2 = 1,15.

• O coeficiente k3 é uma função da posição das barras:


-- barras montadas verticalmente: k3 = 1,
-- 1 barra montada na base: k3 = 0,95,
-- várias barras montadas na base: k3 = 0,75.

• O coeficiente k4 é função do local onde as barras estão instaladas:


-- atmosfera interior calma: k4 = 1,
-- atmosfera calma na área externa: k4 = 1,2,
-- barras em dutos não ventilados: k4 = 0,80.

• O coeficiente k5 é função da ventilação artificial:


-- sem ventilação forçada: k5 = 1,
-- a ventilação deve ser tratada caso a caso e depois validada por ensaios.

• O coeficiente k6 é função do tipo de corrente:


-- para uma corrente alternada de frequência ≤ 60 Hz, k6 é função da quantidadede
barras n por fase e do seu espaçamento,
-- o valor de k6 para um espaçamento igual à espessura das barras:
n 1 2 3
k6 1 1 0,98
Em nosso caso:

n= 2
dando k6 = 1

Na verdade teremos:

K= 1,80 x 1 x 1 x 1 x 1 x 1 = 1,44

24,9 ×( 90 - 40 )0,61 × 10 0,5


× 22 0,39
I = 1,44 x
( 1,83 [1 + 0.004 × ( 90 - 20)])

24,9 ×(θ - θn)0,61 × S0,5 × p0,39


I = K( )
(ρ20 [1 + α × (θ - 20)])

I = 2689 A

A solução escolhida 2 barra(s) 10 x 1 cm por fase


de

é apropriado: Ir < I ou 2500 A < 2689 A

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Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Exemplo de cálculo de barramento

O cálculo de θt deve ser analisado com Para a corrente suportável de curta duração (lth)
mais detalhes porque os barramentos Assumimos que para a duração inteira (1 ou 3 segundos):
necessários devem suportar Ir = 2500 A no • todo o calor liberado é utilizado para aumentar a temperatura do condutor;

máximo e não 2689 A. • os efeitos da radiação são desprezíveis.


A equação abaixo pode ser usada para calcular o aumento da temperatura de
curto-circuito:
0,24 × ρ20 × Ith2 × tk
Δθsc =
(n × S)2 × c × δ
com
c Calor específico do metal: Cobre 0,091 kcal/kg °C
S Seção transversal da barra 10 cm2
n Número de barra(s) por fase 2
Ith Corrente suportável de curta duração: 31500 A rms
(corrente máxima de curto-circuito, valor eficaz
(rms))
tk Duração da corrente suportável de curta duração 3 s
(1 a 3 s)
δ Densidade do metal: Cobre 8,9 g/cm3
ρ20 Resistividade do condutor a 20 °C: Cobre 1,83 µΩcm
(θ - θn) Aumento de temperatura admissível 50 K

• O aumento de temperatura devido ao curto-circuito é:


0,24 × 1,83 10-6 × ( 31500 )2 × 3
Δθsc =
( 2 x 10 ) × 2
0,091 × 8,9

Δθsc = 4 K
• A temperatura, θ t do condutor após o curto-circuito será:θt = θn + (θ – θn) + ΔθSC
θt = 40 + 50 + 4 = 94 °C

Para
= 2689 A (veja cálculo nas páginas anteriores).
I

Vamos ajustar o cálculo para θt para Ir = 2.500 A (corrente nominal para os


barramentos)
• A equação MELSOM & BOOTH permite-nos deduzir o seguinte:I = constante x (θ
- θn)0,61 e Ir = constante x (Δθ)0,61Portanto
I θ - θn 2689 50 50 2689
( ) ( Δθ ) ( 2500 )
0.61 0.61 1/0.61
= ó = ó =
Ir Δθ 2500 Δθ

50
ó = 1,126 ó Δθ = 44,3 °C
Δθ
• A temperatura θt do condutor após curto-circuito, para uma corrente nominal Ir = 2500
A é:θt = θn +Δθ + ΔθSC
θt = 40 + 44,3 + 4 = 88,3 °C para Ir = 2500 A.
Os barramentos escolhidos são adequados porque θt = 88,3 °C é menor que θmax = 100
°C (θmax = temperatura máxima que pode ser suportada pelas peças em contato com
os barramentos).

88 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Exemplo de cálculo de barramento

Forças entre condutores montados em paralelo


As forças eletrodinâmicas durante uma corrente de curto-circuito são dadas pela
equação:
l
F1 = 2 x x Idyn2 x 10-8
d
(ver desenho 1 no início do exemplo do cálculo)
com
l Distância entre isoladores da mesma fase 70 cm
d Distância fase a fase 18 cm
k Para 50 Hz, de acordo com a IEC 2,5
Idyn Valor de pico da corrente de curto-circuito
= k x lº = 2,5 x 31.500 = 78750 A

70
F1 = 2 x x (78750)2 x 10-8 = 482,3 daN
18
Forças na cabeceira dos suportes ou dutos de barramentos
Equação para calcular as forças em um suporte:
H+h
F = F1 x
H
com
F Força expressa em daN
H Altura do isolador 12 cm
h Distância da cabeça do isoladorao centro de 5 cm
gravidade do barramento

Calcular uma força se houver N suportes


A força F absorvida por cada suporte é no máximo igual à força calculada
força F1 (ver capítulo anterior) multiplicada por um coeficiente kn que varia
de acordo com o número total N de suportes equidistantes instalados.
• Número de suportes N ≥ 5.
• Conhecemos N, vamos definir kn com a ajuda da tabela abaixo:

N 2 3 4 ≥5
Kn 0,5 1,25 1,10 1,14

Dando:
F = 683 (F1) x 1,14 (Kn) x 778 daN

Os suportes utilizados possuem uma resistência à flexão F' = 1000 daN; força calculada
F = 778 daN. A solução está OK.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 89


Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Exemplo de cálculo de barramento

Resistência mecânica do barramento


Ao assumir que as extremidades das barras estão seladas, elas estão sujeitas a um
momento fletor cuja tensão mecânica resultante é:
F1 x l v
η= x
12 I
com
η Is a tensão mecânica resultante em daN/cm2
l Distância entre isoladores da mesma fase 70 cm
l/v Is o módulo de inércia entre uma barra ou um 14,45 cm3
conjunto de barras (valor escolhido na tabela
abaixo)

482,3 x 70 1
η= x ó η = 195 daN/cm2
12 14,45

A tensão resultante calculada (η = 195 daN/cm2) é menor que a tensão mecânica


admissível para os barramentos de cobre 1/4 duro (1200 daN/cm2). A solução está OK.

Arranjo Dimensões da barra (mm)


100 x 10
S cm2 10
m Cu daN/cm 0,089
x
A5/L daN/cm 0,027
x'
I cm4 0,83
x I/v cm3 1,66

x'
I cm4 83,33
x I/v cm3 16,66
x'
I cm4 21,66
x I/v cm3 14,45

x'
I cm4 166,66
x I/v cm3 33,33

x'
I cm4 82,5
x I/v cm3 33

x'
I cm4 250
I/v cm3 50

90 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Cálculo de barramento em
conjunto de manobra e controle
Exemplo de cálculo de barramento

Frequência ressonante inerente


As frequências ressonantes inerentes a serem evitadas para barras submetidas a uma
corrente de 50 Hz são frequências em torno de 50 e 100 Hz.
Esta frequência ressonante inerente é dada pela equação:

f = 112 x  Exl
mxl4
com
f Frequência ressonante em Hz
E Módulo de elasticidade:
• para cobre 1,3 106 daN/cm2
• para alumínio A5/L 0,67 106 daN/cm2
m Massa linear da barra 0,089 daN/cm
(escolha o valor na tabela acima)
l Comprimento entre 2 suportes ou dutos de 70 cm
barramentos
l Momento de inércia da seção da barra em relação 21,66 cm4
ao eixo x'x, perpendicular ao plano de vibração

f = 112 x  1,3 106 x 21.66


0.089 x 704
ó f = 406 Hz

f está fora dos valores que devem ser evitados, ou seja, 42 a 58 Hz e 80 a 115 Hz. A
solução está OK.

Para concluir
Os barramentos barras
2 10,1 cm por fase,
escolhidos, ou seja, de
são adequados para um Ir = 2500 A e Ith = 31,5 kA 3 s

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 91


Regras de projeto Resistência dielétrica
Geral - A rigidez dielétrica do meio

Algumas ordens de grandeza Geral


• Rigidez dielétrica(20 °C, 1 bar absoluto): A resistência dielétrica depende dos três parâmetros principais a seguir:
2,9 a 3 kV/mm • a rigidez dielétrica do meio. Esta é uma característica do fluido (gás ou líquido)
• Limite de ionização (20 °C, 1 bar absoluto): que constitui o meio. Para o ar ambiente, esta característica depende das
condições atmosféricas e da poluição;
2,6 kV/mm
• o formato das peças;
• a distância:
-- o ar ambiente entre as partes vivas,
-- interface do ar isolante entre as partes vivas.

A resistência dielétrica necessária para o painel é determinada através do nível de


isolamento, um conjunto de valores de tensões nominais suportáveis:
• a tensão suportável à frequência nominal da energia;
• a tensão nominal suportável a impulso atmosférico.

Ensaios de tipo dielétrico (IEC 60060-1 e IEEE Std4)


Os tipos de ensaio dielétrico são definidos para verificar as tensões nominais
suportáveis. A tensão a aplicar depende das condições atmosféricas, em
comparação com a atmosfera de referência padrão.
U = Uo × Kt (0,95 ≤ Kt ≤ 1,05)
U é a tensão a ser aplicada durante um ensaio em condições externas
Uo é a tensão suportável nominal (a impulso atmosférico ou na frequência
industrial)
Kt = 1 para a atmosfera de referência padrão
Atmosfera de referência padrão:
• temperatura to = 20 °C
• pressão bo = 101,3 kPa (1013 mbar)
• umidade absoluta ho = 11 g/m3

Descarga parcial
A medição de descargas parciais é um meio adequado para detectar certas
fraquezas da montagem do painel.
Entretanto, não é possível estabelecer uma relação confiável entre os resultados
da medição de descarga parcial e o desempenho do serviço ou a expectativa
de vida. Portanto, não é possível fornecer critérios de aceitação para ensaios de
descarga parcial realizados em um produto completo.

A rigidez dielétrica do meio


Condições atmosféricas
As condições atmosféricas influenciam a rigidez dielétrica no local e durante o
período de ensaio. Alguns deles são levados em consideração para avaliar o
desempenho do isolamento em laboratórios antes dos ensaios.
As condições atmosféricas influenciam mais os conjuntos de manobra e controle
isolados a ar (AIS) do que Conjuntos de manobra e controle Isolados a Gás (GIS) e
Conjuntos de manobra e controle com Isolamento Sólido Blindado (SSIS).

Pressão
O nível de desempenho do isolamento a gás está relacionado à pressão.
Uma queda na pressão causa uma queda no desempenho do isolamento.

Umidade (IEC 60060-1 e 62271-1)


Em fluidos dielétricos como gases e líquidos, a presença de umidade pode causar
uma mudança no desempenho do isolamento. No caso de líquidos, sempre pode
ocorrer uma queda no desempenho. No caso de gases, isso geralmente pode
causar fuga de (SF6, N2 etc.) com exceção do ar, onde uma baixa concentração
(umidade < 70%) proporciona uma ligeira melhoria no nível de desempenho global,
ou o chamado "desempenho total do gás".

92 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Resistência dielétrica
Ensaios dielétricos

Temperatura
Os níveis de desempenho do isolamento gasoso, líquido ou sólido diminuem à medida
que a temperatura aumenta. Para isoladores sólidos, os choques térmicos podem ser
a causa de microfissuras que podem levar muito rapidamente à quebra do isolador.
Grande atenção também deve ser dada aos fenômenos de expansão: um material de
isolamento sólido se expande entre 5 e 15 vezes mais que um condutor.

Ensaios dielétricos
Ensaios de resistência a impulso atmosférico (Nível de Impulso
Básico)
Um ensaio é obrigatório e deve ser realizado em qualquer produto novo durante o
processo de projeto e certificação para demonstrar a tensão suportável nominal.
Distâncias (fase-fase e fase-terra), geometria dos barramentos, terminações dos
barramentos, terminação dos cabos e propriedades de isolamento são fatores-chave
para atingir com sucesso a resistência dielétrica.

Como as resistências dielétricas são influenciadas pelas condições ambientais


tais como temperatura, pressão atmosférica, umidade, imersão em líquido, etc.,
um fator de correção atmosférica é necessário quando um dispositivo é testado em
condições diferentes da condição padrão.
A tensão suportável nominal do equipamento também deve ser determinada de
acordo com a localização final do produto, tendo em conta a possível influência das
condições ambientais que podem diferir das condições de serviço normalizadas.

Ensaios de tensão suportável em frequência industrial de curta


duração
Os conjuntos de manobra e controle de manobra e controle devem ser submetidos a
ensaios de resistência à tensão na frequência industrial de curta duração, de acordo
com a norma IEC 60060-1.
A tensão do ensaio deve ser elevada para cada condição de ensaio até o valor de
ensaio e mantida por 1 min. Os ensaios devem ser realizados em condições secas e
também em condições úmidas para paineis de manobra e controle externos.
A distância de isolamento pode ser testada da seguinte forma:
• método preferido: Duas fontes de tensão são conectadas aos dois terminais, para
evitar que a tensão de ensaio no dispositivo de comutação aberto seja superior à
tensão suportável fase-terra;
• método alternativo: Para um dispositivo de manobra isolado a gás em invólucro
metálico com uma tensão nominal inferior a 72,5 kV e para um dispositivo de manobra
convencional de qualquer tensão nominal, a tensão para a terra da estrutura Uf não
precisa ser fixada com tanta precisão e a estrutura pode até ser isolada. Uma fonte de
tensão é usada para energizar um terminal, sendo o segundo aterrado. A estrutura é
isolada da terra, seu potencial Uf é definido em um nível intermediário ou não é fixado:
por exemplo, em potencial flutuante.

Se um obturador metálico aterrado for interposto entre os contatos desacoplados


e fornecer uma segregação, o que é o caso na maioria dos conjuntos de manobra
e controle AIS, nenhum ensaio da distância de isolamento é necessário, apenas a
resistência suportável entre fase e terra é necessária.

OBSERVAÇÃO: não aplicável a média tensão: Devido à ampla distribuição dos resultados dos
ensaios úmidos de tensão em frequência industrial para conjuntos de manobra e controle com
tensão nominal igual a 170 kV e 245 kV, é consenso substituir esses ensaios por um ensaio úmido
de tensão de impulso de 250/2.500 µs, com um valor de pico igual a 1,55 vezes o valor rms da
tensão do ensaio de frequência industrial especificada.

Os ensaios dielétricos requerem um fator de correção para avaliar a tensão aplicada.


Dois métodos são destacados a seguir onde o Método 1, baseado na norma IEC é
mais aplicado em comparação com o Método 2, que é usado em países que utilizam
as normas ANSI.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 93


Regras de projeto Resistência dielétrica
Ensaios dielétricos

Por exemplo:
Fator de correção atmosférica para Ensaios dielétricos conf.
Ensaio de tensão de impulso de um dispositivo de 72,5 kV
Norma IEEE 4-2013 Método 1/ IEC 60060-1 2010
com U0= 325 kV BIL.
• Fator de correção de densidade do ar k1= δm onde δ é a densidade do ar:
Condições atmosféricas:
p 273 + t0
• Pressão p = 997 mbar; δ = ×
• Temperatura t = 31,7 °C; P0 273 + t
• Umidade Relativa H = 71,5%; t0 Temperatura t0 = 20 °C, referência
• L = 0,630 m. P0 Pressão bo = 101,3 kPa (1013 mbar), referência
t Temperatura no local ou dentro do laboratório
• Cálculo da densidade do ar δ: p Pressão no local ou dentro do laboratório
p 273 + t0 997 273 + 20
δ = × = × = 0,9464 • Fator de correção de umidade k2 = kw
P0 273 + t 1013 273 + 31,7
-- Umidade absoluta h:
• Cálculo da umidade absoluta g/m3 17,6 × t
( )
17,6 × 31,7
(
243 + 31,7
) 6,11 × H + e 243 + t

6,11 × 71,5 + e h =
h = = 23,68 g/m3 0,4615 × (273 + t)
0,4615 × (273 + 31,7)
• Fator de correção da umidade para impulso k h0 Umidade absoluta h0 = 11 g/m3, referência
h H Umidade relativa em %
k = 1 + 0,010 × ( - 11) = 1,140
δ
-- K é uma variável que depende do tipo de ensaioCC
• Cálculo de g
h h
1,1 × 325 k = 1 + 0,014 ×( - h0) - 0,00022 × ( - h0)2
g = = 1,05 δ δ
500 × 0,630×0,964×1,168 AC
h
k = 1 + 0,012 × ( - h0)
δ
Impulso
h
k = 1 + 0,010 × ( - h0)
δ
• Expoentes m e w vinculados a g = f (descarga) como um parâmetro
U50
g =
500 × L × δ × k

m=1 U50 É a tensão de descarga destrutiva de 50% nas condições atmosféricas


1,1
reais, em kilovolts.
OBSERVAÇÃO: No caso de um ensaio de resistência suportável no qual uma
DM105251

1,0
0,9 estimativa da tensão de descarga destrutiva de 50% não estar disponível, U50 pode
0,8 ser assumido com o valor igual a 1. 1 vez a tensão do ensaio, U0.
0,7
L é o caminho de descarga mínimo, em m
0,6
m

0,5 k é uma variável que depende do tipo de ensaio


0,4
0,3
0,2
g m w
0,1
0 < 0,2 0 0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
g 0,2 a 1,0 g (g-0,2) / 0,8 g (g-0,2) / 0,8
w=1
1,0 a 1,2 1,0 1,0
1,1
1,2 a 2,0 1,0 (2,2 g) (2,0 g) / 0,8
DM105252

1,0
0,9
> 2,0 1,0 0
0,8
0,7
0,6 • Fator de correção Kt = k1 * k2.
m

0,5
• Ensaio de tensão U = Uo * Kt.
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
g

k1 = δ m = 0,946 e k2 = Kw = 1,14
Kt = k1 × k2 = 1,079
U = U0 × Kt = 325 × 1,079 = 350 kV

94 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Resistência dielétrica
Ensaios dielétricos

Fator de correção para ensaios dielétricos conf. norma IEEE


Por exemplo:
Método 2.
Ensaio de tensão de impulso de um equipamento de 72,5 kV
• Fator de correção da densidade do ar kd = δm onde δ é a densidade do ar:
com U 0 = 325 kV BIL.
Condições atmosféricas:
p 273 + t0
kd = ( )m × ( )n
• Pressão p = 997 mbar; P0 273 + t
• Temperatura t = 31,7 °C;
Tipo da tensão Forma do Polaridade Expoentes de Correção de umidade
• Umidade Relativa H = 71,5%; de repouso eletrodo correção de
• L = 0,630 m. densidade do Fator k Expoente w
ar m e n
• m = 1 e n = 1 para tensão de impulso de iluminação.
(Ver Nota 2)
distâncias entre barras Ver Figuras 1 e 2.
Tensão contínua + 0
997 273 + 20
kd = ( ) 1
×( ) = 0,9464
1
- 0
1013 273 + 31,7
+ Ver Figura 1 1,0
• 3 Umidade
g/m absoluta
Absolute air humidity = 23,68
Relative Veja
humidityabaixo
= ou método IEC. 1,0 (curva b)
DM105253

40 100 % - 1,0
34
90 %
35 32 + 1,0
30 80 %
30
28 70 %
- 0
25 26
60 % Tensão 1,0 0
24 alternada Ver Figura 1
re

20 Ver Figura 2 Ver Figura 2


atu

22 50 %
p 20 (curva a)
er

tem 18 40 %
15 ulb 16
t-b
We 14
Ver Figura 2 Ver Figura 2
12 30 %
10
6
8
10
20 %
Tensão de + 0
2 4 impulso
5 10 % atmosférico - 0
0
0 5 10 15 20 25 30 35 °C + Ver Figura 1 1,0
Ambient (dry-bulb) temperature 1,0 (curva b)
Figura 1 - Fator de correção de umidade kh = kw - 0,8
= 0,905
k + 1,0
DM105254

1.15
- 0
Curve a: alternating voltage
1.10 Tensão de + 1,0 0
Curve b: direct voltage, impulses impulso de
1.05 comutação - 1,0 0

1.00
Humidity [g/m3] + Ver Figura 2 Ver Figura 1 Ver Figura 2
0 5 10 15 20 25 30
- 0 (ver Nota 1) (curva b) 0 (ver Nota 1)
.95
+ Ver Figura 2 Ver Figura 2
.90
- 0 (Ver Nota 1) 0 (ver Nota 1)
.85

Figura 2 -Valor dos expoentes m e n para correção da Lacunas dando um campo uniforme essencialmente
densidade do ar e w para correções de umidade, em
função da distância de centelhamento d, em metros  istâncias entre barras e entre objetos do ensaio com eletrodos
D
m, n, w proporcionando um campo não uniforme, entretanto com distribuição de
DM105255

1.0
tensão essencialmente simétrica
Distâncias entre barras e entre os objetos do ensaio com características
0.5
semelhantes, como isoladores de suporte; ou seja, eletrodos fornecendo
um campo não uniforme com uma distribuição de tensão assimétrica
d [m]
pronunciada
0 5 10

Polaridade +w = 1,0 e Polaridade -w = 0,8


Para qualquer arranjo de eletrodos que não se enquadre em nenhuma das classes
+kh = k+w = 0,9051 = 0,9050 anteriores, apenas o fator de correção da densidade do ar, usando expoentes
+kh = k+w = 0,9050,8 = 0,9232 m = n = 1, e nenhuma correção de umidade deve ser aplicada. Para ensaios úmidos, o
kd 0,9464
fator de correção da densidade do ar deve ser aplicado, porém não o fator de correção
+K = = = 1,0457 da umidade. Para ensaios de contaminação artificial nenhum fator de correção deve ser
+kh 0,9050 utilizado.
kd 0,9464
-K = = = 1,0251 OBSERVAÇÃO 1: Há pouca informação disponível. Atualmente nenhuma correção é recomendada.
+kh 0,9232 OBSERVAÇÃO 2: Na Figura 1 e na Figura 2 é apresentada uma simplificação das informações
existentes.Os dados experimentais disponíveis de diferentes fontes mostram sempre grandes
+U = U0 × +K = 325 kV × 1,0457 = 339,8 kV dispersões e são frequentemente contraditórios; além disso, informações relevantes para tensões
-U = U0 × -K = 325 kV × 1,0251 = 333,1 kV contínuas e para impulsos de comutação são escassas. A adequação de usar expoentes iguais m e
n, e dos seus valores numéricos como dados, é, portanto, incerta.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 95


Regras de projeto Resistência dielétrica
Ensaios dielétricos

No local, outros fatores podem influenciar o desempenho do


isolamento
Condensação
Fenômeno que envolve o depósito de gotículas de água na superfície dos
isoladores que têm o efeito de reduzir localmente o desempenho do isolamento por
um fator de 3.

Poluição
Poeira condutora pode estar presente em um gás, em um líquido ou pode ser
depositada na superfície de um isolador. Seu efeito é sempre o mesmo: reduzindo
o desempenho do isolamento por um fator de até 10.
A poluição pode originar: de meio gasoso externo (poeira), falta inicial de limpeza,
possivelmente ruptura de uma superfície interna.
Poluição combinada com umidade provoca condução eletroquímica que pode
aumentar o fenômeno de descargas parciais.
O nível de poluição também está ligado à possível utilização em área externa.

Altitude
A norma IEC 60071-2:2018 fornece, entre outras, regras gerais a serem aplicadas
Por exemplo: para o cálculo das tensões suportáveis de coordenação dependendo das
• IEC 62271-1:2017 standardA seguir, o gráfico a seguir condições ambientais atmosféricas e de fatores de segurança. Em particular, o
se H = 2.000 metros e m = 1:Ka = 1,13 fator da correção de altitude a ser aplicado a partir do nível do mar é:

H
Ka = e m × ( 8150
)

Ka: correction factor


DM107925

m=1 m=0.9 m=0.75 Esta fórmula está baseada na dependência da pressão/densidade do ar e da


1.50 altitude.
1.45 A subseção 5.3 da norma IEC 62271-1:2017/A1:2021 estabelece o nível de
1.40 isolamento nominal necessário para conjuntos de manobra e controle de AT e
1.35 MT para condições normais de serviço (temperatura, umidade, altitude, etc.).
1.30 Isso significa que nestes níveis nominais de isolamento o fator de correção já foi
1.25
calculado para altitudes de até 1000 m.
1.20
Assim, nenhum fator adicional de correção de altitude é necessário até 1000 m.
1.15
Com base nisso, e para conjuntos de manobra e controle de AT e MT, para
1.10
1.05
altitudes superiores a 1.000 m, a seguinte equação deverá ser usada:
1.00
1000 2000 3000 4000 H - 1000
Ka = e m × ( 8150
)
Altitude (m)
Ambas as equações seguem o mesmo princípio físico (relação entre pressão/
Cálculo
2000 - 1000 1000
densidade do ar e altitude), entretanto o segundo é corrigido para levar em conta
Ka = e (
8150
)
= e
(
8150
)
= 1,13 os níveis nominais de isolamento, para conjuntos de manobra e controle de acordo
com a norma IEC 62271-1:2017/A1:2021, já são calculados para altitudes de até
1000 m.
Orientações adicionais sobre este aspecto também estão incluídas na norma IEC
TR 62271-306.

OBSERVAÇÃO: Para equipamentos auxiliares e de controle de baixa tensão, não é necessário


tomar precauções especiais se a altitude for inferior a 2.000 m. Para altitudes mais elevadas,
consulte a norma IEC 60664-1.

m é considerado como um valor fixo em cada caso para simplificação, da


seguinte forma:
• m = 1 para tensões na frequência industrial, impulso atmosférico e impulso de
comutação fase a fase;
• m = 0,9 para tensão de impulso de comutação longitudinal;
• m = 0,75 para tensão de impulso de comutação fase-terra.

Para isoladores poluídos, o valor do expoente m é uma tentativa.


Para efeitos do ensaio de longa duração e, se necessário, da tensão suportável à
frequência industrial de curta duração de isoladores poluídos, o valor de m pode
ser tão baixo quanto 0,5 para isoladores normais e tão alto quanto 0,8 para projeto
anti embaçamento.

96 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Resistência dielétrica
Formato das peças - Distância entre elas

O formato das peças


Isto desempenha um papel importante na resistência dielétrica do conjunto de
manobra e controle. É essencial eliminar qualquer efeito de “pico” começando por
qualquer aresta afiada, que teria um efeito desastroso na resistência suportável da
onda de impulso em particular, e no envelhecimento da superfície dos isoladores:

Ionização do ar ► Produção de zona ► Ruptura da superfície isolante moldada

Exemplo de condutores de MT com formatos diferentes refletindo sua resistência


DM105254

> > > dielétrica a um invólucro metálico aterrado, comparados entre si, e onde o melhor
formato de condutor está na posição esquerda.

Distância entre peças


Ar ambiente entre partes energizadas
Para instalações nas quais, por diversas razões, não podemos testar em condições
de impulso, a tabela da publicação IEC 60071-2 Tabela A1 fornece, de acordo com
V O a tensão suportável ao impulso atmosférico necessário, as distâncias mínimas a
DM105266

serem atendidas para fase a terra ou fase a fase.


d
Estas distâncias fornecem resistência dielétrica adequada quando a altitude for
inferior a 1000 m.
U
Distâncias no ar(1) entre partes energizadas e estruturas metálicas aterradas versus
tensão suportável a impulso atmosférico em condições secas:
Tensão suportável Distância mínima no ar fase a terra e fase a fase
a impulso atmosférico
(BIL)
Up (kV) d (mm) d (pol.)
20 60 2,37
40 60 2,37
60 90 3,55
75 120 4,73
95 160 6,30
125 220 8,67
145 270 10,63
170 320 12,60
250 480 18,90

Os valores para distâncias em ar indicados na tabela acima são valores mínimos


determinados considerando somente as propriedades dielétricas. Eles não incluem
qualquer aumento que possa precisar ser considerado nas tolerâncias do projeto,
efeitos de curto-circuito, efeitos do vento, segurança do operador, etc.

(1) Essas indicações são relativas a uma distância através de um único espaço em ar, sem
levar em conta a tensão de ruptura por rastreamento através das superfícies, relacionada a
problemas de poluição.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 97


Regras de projeto Resistência dielétrica
Distância entre peças

U O Análise digital dielétrica


DM105267

Lf
Graças a software de simulação numérica, é possível projetar produtos mais
compactos se o campo elétrico máximo for menor que os critérios determinados.

Caso particular de isolador


Lf: caminho de Às vezes, isoladores são usados entre partes energizadas ou entre partes vivas
rastreamento
e estruturas metálicas aterradas. A escolha de um isolador deve levar em conta o
nível de poluição.
Esses níveis de poluição estão descritos na Especificação Técnica IEC TS 60815-1.
Seleção e dimensionamento de isoladores de alta tensão destinados ao uso em
condições poluídas - Parte 1 - definições, informações e princípios gerais.

Folga para instalação


Além da resistência dielétrica e do grau de proteção dos produtos, precauções
adicionais devem ser tomadas nas instalações. As regras de instalação elétrica
são definidas pela regulamentação local. A norma IEC IEC 61936-1 destaca alguns
cuidados e alguns desvios nacionais para instalações de MT.

Na América do Norte, a National Fire Protection Association (NFPA) especifica a


separação mínima de espaço no documento NFPA 70.

Em instalações fabricadas em campo, a separação mínima de ar entre condutores


energizados nus e entre tais condutores e superfícies aterradas adjacentes não
deve ser inferior aos valores indicados na tabela a seguir.
Estes valores não se aplicam a partes internas ou terminais externos de
equipamentos projetados, fabricados e testados de acordo com normas nacionais
aceitas.

Classificação Impulso suportável Folga mínima entre peças energizadas(1)


da tensão BIL (kV)
nominal (kV) Fase a fase Fase a terra
Interno Áreas Interno Áreas
externas externas
Interno Áreas mm pol mm pol mm pol mm pol
externas
2.4-4.16 60 95 115 4,5 180 7 80 3,0 155 6
7,2 75 95 140 5,5 180 7 105 4,0 155 6
13,8 95 110 195 7,5 305 12 130 5,0 180 7
14,4 110 110 230 9,0 305 12 170 6,5 180 7
23 125 150 270 10,5 385 15 190 7,5 255 10
34,5 150 150 320 12,5 385 15 245 9,5 255 10
200 200 460 18,0 460 18 335 13,0 335 13
46 200 460 18 335 13
(1) Os valores indicados são folgas mínimas para peças rígidas e condutores nús sob
condições de serviço favoráveis. Eles deverão ser aumentados para movimentação de
condutor ou sob condições desfavoráveis de serviço ou sempre que as limitações de espaço
permitirem. As seleções da tensão suportável de impulso associada para uma tensão de
sistema em particular são determinadas pelas características do equipamento de proteção
contra surtos.

98 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Índice de proteção
Grau de proteção IP de acordo com a
norma IEC 60529

Introdução
A proteção de pessoas contra contato direto e a proteção dos equipamentos
contra determinadas influências externas são exigidas pelas normas internacionais
para instalações e produtos elétricos. Conhecer o índice de proteção é essencial
para a especificação, instalação, operação e controle de qualidade dos
equipamentos.

Definições
O código IP ou índice de proteção é um sistema de codificação para indicar os
graus de proteção fornecidos por um invólucro contra acesso a partes perigosas,
a entrada de objetos estranhos sólidos, entrada de água e fornecer informações
adicionais relacionadas a tal proteção.

Escopo
A norma IEC 60529 se aplica a painéis para equipamentos elétricos com tensão
nominal menor ou igual a 72,5 kV. Entretanto, o grau IP é usado em um escopo
maior, por exemplo, também para equipamentos de transmissão. Ele não se
preocupa com um dispositivo de manobra, como um disjuntor, por si só, entretanto
o painel frontal deve ser adaptado quando este último é instalado dentro de um
cubículo (por exemplo, grelhas de ventilação mais finas).

Os diversos Graus de Proteção IP e seu significado


Uma breve descrição dos itens do código IP é fornecida na tabela abaixo.
IP 2 3 D H Item Numerais ou letras Significado para Significado para a
a proteção de proteção de pessoas
Letras do código(Proteção Interna) equipamentos
Letras IP Contra entrada de Contra acesso a peças
Primeiro numeral característico do objetos estranhos perigosas
(Numerais 0 a 6 ou letra x)
código sólidos
Primeiro numeral característico
0 (não protegido) (não protegido)
Numeral da segunda característica
1 Diâmetro ≥ 50 mm Torso das mãos
(Numerais 0 a 9 ou letra x)
2 Diâmetro ≥ 12,5 mm Dedo
3 Diâmetro ≥ 2,5 mm Ferramenta
Letra adicional (opcional) 4 Diâmetro ≥ 1,0 mm Fio
(letras A, B, C, D) 5 Protegido contra pó Fio
6 Estanque a poeira Fio
Letra complementar (opcional) Numeral da segunda característica
(letras H, M, S, W) 0 (não protegido) (não protegido)
1 Gotejamento vertical
Onde um numeral característico não é necessário a ser 2 Gotejamento (15 °
especificado, será substituído pela letra "X" ('XX' se os
inclinado)
3 Pulverização
dois numerais forem omitidos).
4 Salpicos
Letras adicionais e/ou letras suplementares pode ser
5 Jato
omitido sem substituição.
6 Jato forte
7 Imersão temporária
Arranjo do código IP 8 Imersão contínua
9 Jato de água de alta pressão e alta temperatura
Letra adicional (opcional)
A Torso das mãos
B Dedo
C Ferramenta
D Fio
Letra complementar (opcional) Informações complementares específicas para:
H Aparelho de alta tensão
M Movimento durante o
ensaio de água
S Estacionário durante o ensaio de água
W Condições do clima

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 99


Regras de projeto Índice de proteção
Código IK

Introdução
DM105268

Pendulum pivot
Os graus de proteção fornecidos pelos invólucros para equipamentos elétricos
Frame contra impactos externos são definidos na norma IEC 62262.
Hammer head Latching mechanism A classificação dos graus de proteção nos códigos IK aplica-se apenas a
invólucros de equipamentos elétricos de tensão nominal até e inclusive 72,5 kV.
Entretanto, o código IP é usado em um escopo maior, por exemplo, também para
equipamentos de transmissão.
Release cone Arming button Height of fall
Mounting De acordo com a norma IEC 62262, o grau de proteção aplica-se ao invólucro
fixture Specimen
completo. Se partes do invólucro tiverem diferentes graus de proteção, eles
deverão ser especificados separadamente.
Martelo de mola Martelo de pêndulo

Definições
O índice de proteção corresponde aos níveis de energia de impacto expressos em
Joules
• Golpe de martelo aplicado diretamente no equipamento;
• Impacto transmitido pelos suportes, expresso em termos de vibrações, portanto
em termos de frequência e aceleração.

O índice de proteção contra impactos mecânicos pode ser verificado por


diferentes tipos de martelo; martelo de pêndulo, martelo de mola ou martelo
vertical.
Os dispositivos de ensaio e os métodos são descritos na norma IEC 60068-2-75
'Ensaios ambientais, Ensaio Eh: ensaios de martelo'.

Os vários códigos IK e seu significado


Código IK IK00 IK01 IK02 IK03 IK04 IK05 IK06 IK07 IK08 IK09 IK10
Energias em Joules (1)
0,14 0,2 0,35 0,5 0,7 1 2 5 10 20
Raio do martelo, mm 10 10 10 10 10 10 25 25 50 50
Massa equivalente, 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,25 0,5 1,7 5 5
(kg)
Altura da queda, (mm) 56 80 140 200 280 400 400 300 200 400
Material do martelo
Aço = A ● ● ● ●
Poliamida = P ● ● ● ● ● ●
Martelo
Pêndulo (Eha) ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Carregada a mola ● ● ● ● ● ● ●
(Ehb)
Vertical (Ehc) ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
● = Sim
(1) Não protegido de acordo com esta norma

100 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Índice de proteção
Classificação NEMA

Uma amostra das definições de classificação NEMA [Fonte: NEMA 250-2003] a ser
usado em conjuntos de manobra e controle ou subestações de MT para instalação
abrigada está descrita abaixo. Em locais não perigosos, alguns tipos específicos
de invólucros, suas aplicações, e as condições ambientais contra as quais foram
projetados para proteger, quando completa e corretamente instalados, são
resumidos parcialmente da seguinte forma:

• T ipo 1: Invólucros construídos para uso abrigado para fornecer um grau de


proteção a pessoas contra o acesso a peças perigosas e para fornecer um grau
de proteção do equipamento dentro do invólucro contra a entrada de objetos
estranhos sólidos (queda de sujeira);
• Tipo 2: Invólucros construídos para uso abrigado para fornecer um grau de
proteção a pessoas contra o acesso a peças perigosas; fornecer um grau de
proteção do equipamento dentro do invólucro contra a entrada de objetos
estranhos sólidos (queda de sujeira); e fornecer um grau de proteção contra
efeitos nocivos ao equipamento devido à entrada de água (gotejamentos e
respingos leves);
• Tipo 3: Invólucros construídos para uso abrigado ou externo para fornecer um
grau de proteção a pessoas contra o acesso a peças perigosas; para fornecer um
grau de proteção do equipamento dentro do gabinete contra entrada de objetos
estranhos sólidos (queda de sujeira e poeira levada pelo vento); para fornecer um
grau de proteção com relação a efeitos prejudiciais ao equipamento devido à
entrada de água (chuva, granizo, neve); e que não será danificado pela formação
externa de gelo no invólucro;
• Tipo 3R: Invólucros construídos para uso abrigado ou externo para fornecer um
grau de proteção a pessoas contra o acesso a peças perigosas; para fornecer um
grau de proteção do equipamento dentro do gabinete contra a entrada de objetos
estranhos sólidos (queda de sujeira); para fornecer um grau de proteção em
relação aos efeitos nocivos ao equipamento devido à entrada de água (chuva,
granizo, neve); e que não será danificado pela formação externa de gelo no
invólucro;

Fornece um Grau de Proteção contra as seguintes condições Tipo de invólucro (Locais abrigados não
perigosos)
1(1) 2(1) 4 4X 5 6 6P 12 12K 13
Acesso a peças perigosas ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Entrada de objetos estranhos sólidos (queda de sujeira) ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Entrada de água (gotejamento e respingos leves) ● ● ● ● ● ● ● ●
Entrada de objetos estranhos sólidos (Circulação de poeira,
● ● ● ● ● ● ●
fiapos, fibras e materiais em suspensão(2))
Entrada de objetos estranhos sólidos (Assentamento de poeira
● ● ● ● ● ● ● ●
carregada pelo ar, fiapos, fibras e materiais em suspensão(2))
Entrada de água (aplicação com mangueira e respingos de
● ● ● ●
água)
Vazamento de óleo e líquido refrigerante ● ● ●
Pulverização e respingos de óleo ou líquido refrigerante ●
Agentes corrosivos ● ●
Entrada de água (submersão temporária ocasional) ● ●
Entrada de água (submersão prolongada ocasional) ●
(1) Esses invólucros podem ser ventilados.
(2) Essas fibras e materiais em suspensão são materiais não perigosos e não são considerados fibras inflamáveis do tipo
Classe III ou materiais combustíveis em suspensão. Para fibras inflamáveis da Classe III ou materiais combustíveis em
suspensão, consulte o Código Elétrico Nacional, Artigo 500.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 101


Regras de projeto Índice de proteção
Classificação NEMA

Fornece um Grau de Proteção contra as seguintes condições Tipo de invólucro (Áreas externas não
classificadas)
3 3X 3R 3RX(1) 3S 3SX 4 4X 6 6P
Acesso a peças perigosas ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Entrada de água (chuva, neve e granizo(2)) ● ● ● ● ● ● ● ● ● ●
Granizo(3) ● ●
Entrada de objetos estranhos sólidos (Poeira levada pelo vento,
● ● ● ● ● ● ● ●
fiapos, fibras e materiais em suspensão)
Entrada de água (aplicação com mangueira) ● ● ●
Agentes corrosivos ● ● ● ● ●
Entrada de água (submersão temporária ocasional) ● ●
Entrada de água (submersão prolongada ocasional) ●
(1) Esses invólucros podem ser ventilados.
(2) Não é necessário que mecanismos operacionais externos funcionem quando o invólucro estiver coberto de gelo.
(3) Os mecanismos operacionais externos funcionam quando o invólucro estiver coberto por gelo.

Em locais perigosos, quando completa e adequadamente instalados e mantidos,


os invólucros Tipo 7 e 10 são projetados para conter uma explosão interna sem
causar perigo externo.
Os involucros Tipo 8 são projetados para evitar combustão através do uso de
equipamentos imersos em óleo. Os involucros Tipo 9 são projetados para evitar a
ignição de poeira combustível.
Consultar o site da NEMA para a respectiva definição.

102 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Corrosão
Atmosférica

A instalação de equipamentos elétricos de Média Tensão (MT) conjuntos de


comando e controle em ambientes adversos contendo gases, líquidos ou pós
corrosivos pode causar deterioração severa e rápida dos equipamentos.
A corrosão é definida como a deterioração de um metal base resultante de uma
reação com o seu ambiente. Os componentes elétricos mais afetados são aqueles
fabricados em cobre e alumínio; aço, tanto carbono quanto aço inoxidável. A
condição atmosférica onde o painel está instalado é realmente crítica para os
aspectos considerados durante o projeto do painel e seus componentes, como
contatos, invólucros, barramentos e outros componentes críticos fabricados com
metais e ligas.

Atmosférica
A corrosividade da atmosfera é classificada pela ISO norma 9223 em seis
categorias. A proteção por sistemas de pintura é coberta pela série de normas ISO
12944 que foram atualizadas entre 2017 e 2018. Para instações offshore a norma
ISO 20340 foi substituída pela norma ISO 12944-9.
Durabilidade
• Baixa (L) até 7 anos;
• Média (M) de 7 a 15 anos;
• Alta (H) 15 a 25 anos;
• Muito alta (VH) mais de 25 anos.

• A norma ISO 12944-2 descreve os estresses de corrosão produzidos pela


atmosfera, por diferentes tipos de água e de contaminantes.
• A norma ISO 12944-3 fornece informações sobre critérios básicos de projeto para
estruturas de aço com o objetivo de melhorar sua resistência à corrosão.
• A ISO 12944-4 descreve diferentes tipos de superfícies a serem protegidas e
fornece informações sobre métodos mecânicos, químicos e térmicos de
preparação de superfícies.
• A norma ISO 12944-5 descreve diferentes tipos genéricos de tintas com base na
sua composição química e no tipo de processo de formação do filme. Entretanto,
exclui materiais de pintura em pó. Portanto, é importante montar uma tabela para
sistemas de pintura a pó que sejam adequados para diversas categorias de
corrosividade.
• A norma ISO 12944-6 especifica métodos de ensaios laboratoriais que devem ser
usados quando o desempenho dos sistemas de pintura protetora forem avaliados.
• A norma ISO 12944-7 descreve como o trabalho de pintura deve ser realizado na
oficina ou no local.
• A norma ISO 12944-8 fornece orientações para o desenvolvimento de
especificações para trabalhos de proteção contra corrosão, descrevendo tudo o
que deve ser levado em consideração quando uma estrutura de aço precisa ser
protegida contra corrosão.
• A ISO 12944-9 descreve requisitos, métodos de ensaio e critérios de avaliação
para sistemas de proteção em condições offshore e relacionadas, classificados
como categorias CX e Im4.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 103


Regras de projeto Corrosão
Atmosférica

Cada categoria pode ser especificada pela letra adicional associada à


durabilidade (por exemplo: C2H poderia ser especificado para equipamento
abrigado).

Além dos 15 anos, aconselha-se a inspeção durante a vida útil do produto, pois a
durabilidade estendida até 25 anos foi introduzida em 2018.

A norma ISO 9223 descreve ambientes atmosféricos típicos relacionados à


estimativa de categorias de corrosividade e estão resumidos na tabela a seguir.

Categoria Corrosividade Abrigadob Exteriorb


C1 Muito baixo Espaços aquecidos com baixa umidade Zona seca ou fria, ambiente atmosférico
relativa e poluição insignificante, por com poluição muito baixa e períodos de
exemplo, escritórios, escolas, museus umidade, por exemplo, certos desertos,
Ártico Central/Antártica
C2 Baixo Espaços não aquecidos com temperatura Zona temperada, ambiente atmosférico
e umidade relativa variáveis. com baixa poluição (SO2 5 µg/m3), por
Baixa frequência de condensação e exemplo, áreas rurais, pequenas cidades
baixa poluição, por exemplo, área de em zonas secas ou frias, ambiente
armazenamento, pavilhões desportivos atmosférico com curtos períodos de
humidade, por exemplo, desertos, áreas
subárticas
C3 Médio Espaços com frequência moderada • Zona temperada, ambiente atmosférico
de condensação e poluição moderada com poluição média (SO2: 5 µg/m3 a 30
advinda do processo de produção, por µg/m3) ou algum efeito de cloretos, por
exemplo, fábricas de processamento exemplo, áreas urbanas, áreas costeiras
de alimentos, lavanderias, cervejarias, com baixa deposição de cloretos
laticínios • Zona subtropical e tropical, atmosfera
com baixa poluição
C4 Alto Espaços com elevada frequência • Zona temperada, ambiente atmosférico
de condensação e elevada poluição com alta poluição (SO2: 30 µg/m3 a 90 µg/
proveniente de processos de produção, m3) ou efeito substancial de cloretos, por
por exemplo, plantas de processamento exemplo, áreas urbanas poluídas, áreas
industrial, piscinas industriais, áreas costeiras sem
pulverização de água salgada ou,
exposição a forte efeito de sais
descongelantes de zonas subtropical e
tropical, atmosfera com poluição média.
C5 Muito alta Espaços com frequência muito elevada de Zona temperada e subtropical, ambiente
condensação e/ou com elevada poluição atmosférico com poluição muito elevada
proveniente de processos de produção, (SO2: 90 µg/m3 a 250 µg/m3) e/ou efeito
por exemplo, minas, cavernas para fins significativo de cloretos, por exemplo,
industriais, galpões não ventilados em áreas industriais, zonas costeiras, posições
zonas subtropicais e tropicais protegidas na costa
CX Extrema Espaços com condensação quase Zona subtropical e tropical (período
permanente ou longos períodos de de umidade muito elevado), ambiente
exposição a efeitos de humidade extrema atmosférico com poluição muito alta de
e/ou com elevada poluição proveniente SO2 (superior a 250 µg/m3) incluindo
de processos de produção, por exemplo, fatores acompanhantes e de produção e/
galpões não ventilados em zonas tropicais ou forte efeito de cloretos, por exemplo,
úmidas com penetração de poluição áreas industriais extremas, áreas costeiras
externa, incluindo cloretos transportados e offshore, contato ocasional com névoa
pelo ar e partículas que estimulam a salina
corrosão

104 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Corrosão
Atmosférica -Galvânica

OBSERVAÇÃO 1: A deposição de cloretos em zonas costeiras depende fortemente das


variáveis que influenciam o transporte do sal marinho para o interior, tais como a direção do
vento, a velocidade dos ventos, a topografia local, as ilhas que abrigam o vento fora da costa, a
distância do local até o mar, etc.

OBSERVAÇÃO 2: O efeito extremo de cloretos, típico de respingos marinhos ou névoa salina


intensa, está fora do escopo da norma ISO 9223.

OBSERVAÇÃO 3: Classificação de corrosividade de atmosferas de serviço específicas, por


exemplo, em indústrias químicas, está fora do escopo da norma ISO 9223.

OBSERVAÇÃO 4: Superfícies que são protegidas e não são lavadas pela chuva em ambientes
atmosféricos marinhos onde os cloretos são depositados e acumulados podem sofrer uma
categoria de corrosividade mais elevada devido à presença de sais higroscópicos.

OBSERVAÇÃO 5: Uma descrição detalhada dos tipos de ambientes internos dentro


das categorias de corrosividade C1 e C2 é fornecida na ISO 11844-1. As categorias de
corrosividade para áreas abrigadas IC1 a IC5 são definidas e classificadas.

(a) E m ambientes com 'categoria CX' esperada, recomenda-se que seja


determinada a classificação da corrosividade atmosférica a partir das perdas
por corrosão de um ano.
(b) A concentração de dióxido de enxofre (SO2) deve ser determinada durante pelo
menos um ano e é expressa como a média anual.

A variação da corrosividade por tipo de material ao longo da vida útil e relacionada


à exposição é dada na norma ISO 9224 e é resumida da seguinte forma:
Corrosividade conf. ISO 9224 (µm) Ano(s)/
1 2 5 10 15 20 Classes
Aço-carbono
1,3 1,9 3 4,3 5,4 6,2 C1
25 36 58 83 103 120 C2
50 72 116 167 206 240 C3
80 115 186 267 330 383 C4
200 287 464 667 824 958 C5
700 1006 1624 2334 2885 3354 Cx
Zinco
0,1 0,2 0,4 0,6 0,9 1,1 C1
0,7 1,2 2,6 4,5 6,3 8 C2
2,1 3,7 7,8 13,6 19 24 C3
4,2 7,4 15,5 27,3 38 48 C4
8,4 14,3 31,1 54,6 75,9 95,9 C5
25 44 93 162 226 286 Cx
Cobre
0,1 0,2 0,3 0,5 0,6 0,7 C1
0,6 1 1,8 2,8 3,6 4,4 C2
1,3 2,1 3,8 6 7,9 9,6 C3
2,8 4,4 8,2 13 17 20,6 C4
5,6 8,9 16,4 26 34,1 41,3 C5
10 16 29 46 61 74 Cx
Alumínio
Insignificante C1
0,6 1,0 1,9 3,2 4,4 5,3 C2
2 3 6 11 14 18 C3
5 8 16 28 36 44 C4
10 17 32 54 72 88 C5
Dados relativos à corrosão geral podem ser enganosos Cx

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 105


Regras de projeto Corrosão
Atmosférica

A tabela a seguir fornece vários exemplos de revestimentos usuais na indústria de


transformação de chapas metálicas, para os quais os produtos foram testados de
acordo com a norma EN 12944-6.

Categoria Corrosividade/ Proteção Espessura do N° de ISO 62701 ISO 9227 (spray Ensaio de
Durabilidade revestimento, revestimentos (condensação de salino neutro) envelhecimento
em µm água) cíclico
C1, C2 Baixo/Alto Aço-carbono 60-80 1 120 - -
C3 Médio/Alto Aço-carbono 120-160 2 240 480 -
Pré-galvanizado 60-80 1 240 480 -
C4 Alto/Alto Pré-galvanizado 140-180 2 ou 3 480 720 -
C5 Alto/Alto Pré-galvanizado 200-260 3 720 1440 1680

Distância do equipamento de MT até a


área poluída
A corrosividade da atmosfera é revelada se a umidade for combinada com
depósitos poluentes. Uma das condições mais graves é encontrada em áreas
costeiras ou de degelo que combinam sal e umidade ou em áreas industriais
circundantes. A dificuldade é determinar um modelo representativo sabendo que
a porcentagem do teor de sal varia de acordo com a região. Um exemplo é dado
na norma IEC 60721-2-5. Entretanto, deve ser feito um aumento exponencial da
corrosão enquanto a distância da área salgada diminui.
As figuras a seguir mostram três normas de referência com três classificações
diferentes, onde as classificações das normas IEC 62271-1 e IEC TS 60815-1 são
para isolamento elétrico exposto a condições atmosféricas, as classificações IEC
TS 62271-304 são para comutadores de MT expostos à condensação e poluição
e a ISO Série 922x para metais e ligas. Cada série de classificação foi situada em
relação à distância costeira para avaliar a sua respectiva gravidade.
O eixo vertical mostra a taxa de corrosividade assumida.
Além das condições atmosféricas, vários parâmetros influenciadores devem ser
considerados como a distância da(s) fonte(s) poluída(s), exposição (abrigada ou
limpa pela chuva), orientação da superfície (vertical ou horizontal), rugosidade dos
metais e ligas, periodicidade de manutenção ou se a manutenção preditiva estiver
em operação.
Todos estes últimos parâmetros de influência são considerados pelas
especificações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), códigos de
construção e associações profissionais quando a durabilidade dos metais e ligas
devem ser consideradas utilizando fluxogramas de tomada de decisão.

As figuras a seguir mostram as diversas exposições para as três classificações.


DM107926

IEC 62271-1
Outdoor Indoor

normal service conditions


special service conditions
Corrosion rate (µm/y) = f (coastal distance (km))

500

450 Site Pollution Severity


IEC TS 60815-1.
400
Electrical insulation exposed
350 to atmospheric conditions
Very light

300
Medium
Heavy

Light

250

200

150

100

50

0
0,01 0,1 1 10 100

Coastal distance (km)

106 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Corrosão
Atmosférica

DM107927
Classification of switchgear with respect to condensation

Corrosion rate (µm/y) = f (coastal distance (km))


and pollution. IEC TS 62271-304
500

450

400

350

300

250
PH
200

150

100 C0 P0
PL CL P0
50 CH P0
0
0,01 0,1 1 10

Coastal distance (km) 100


DM107928

Corrosivity rate for carbon steel -


Corrosion rate (µm/y) = f (coastal distance (km))

ISO 9223 or IS0 9224 (1st year)


500

450
CX
400

350

300

250

200
C5
150

100
C4
50
C3 C2
0
0,01 0,1 1 10 100

Coastal distance (km)

Todos os números para todas as classificações podem ser


resumidos em uma figura:
DM107929

IEC 62271-1
Outdoor Indoor

normal service conditions


special service conditions
Corrosion rate (µm/y) = f (coastal distance (km))

500
Very light

Site Pollution Severity


Medium

450
Heavy

Light

IEC TS 60815-1.
400 Electrical insulation exposed
350
to atmospheric conditions

300 Classification of switchgear


C0 P0 with respect to condensation
250 PH PL CL P0 and pollution.
CH P0 IEC TS 62271-304
200

150
CX C4 C3 C2 Corrosivity rate for carbon
100 C5 steel - ISO 9223 or IS0 9224
50 (1st year)
0
0,01 0,1 1 10 100

Coastal distance (km)

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 107


Regras de projeto Corrosão
Galvânica

Galvânica
DM105258

Rivet
Copper
Galvanic
corrosion Engenharia e projeto de qualidade requerem uma compreensão da
compatibilidade dos materiais. A corrosão galvânica ocorre quando um metal ou
liga é eletricamente acoplado a outro metal ou condutor não metálico no mesmo
Aluminum
eletrólito.

Tensão galvânica do exemplo 580 mV Os três componentes essenciais são:


• materiais que possuem diferentes potenciais de superfície: Metais
eletroquimicamente diferentes;
• um eletrólito comum, por exemplo, água salgada;
• um caminho elétrico comum - Caminho condutor dos íons de metal se movem do
metal mais anódico para o metal mais catódico.

Quando metais ou ligas diferentes em um eletrólito comum são eletricamente


isolados uns dos outros, eles não sofrem corrosão galvânica, independentemente
da proximidade dos metais ou do seu potencial ou tamanho relativo.
Caso seja necessário proteger apenas um metal, o revestimento deverá ser feito
naquele que estiver mais próximo do cátodo.

108 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Regras de projeto Corrosão
Atmosférica e galvânica combinadas

Muitas vezes, quando o projeto exige que metais diferentes entrem em contato, a
compatibilidade galvânica é gerenciada por acabamentos e revestimentos.
O acabamento e o revestimento selecionados facilitam o contato de materiais
diferentes e protegem os materiais de base contra corrosão.
Qualquer projeto deve avaliar um 'Índice Anódico' de 0 para a classe de
corrosividade em C5, sem ensaios de verificação dedicados. Como exemplo, 50
mV é considerado o limite superior para produtos instalados em áreas externas
expostos a ambientes agressivos que normalmente requerem a classe C5.

Para ambientes especiais, como um produto para área externa sob alta umidade,
e ambientes salinos. Normalmente, não deve haver mais de 0,15 V de diferença no
'Índice Anódico'.
Por exemplo; ouro e prata teriam uma diferença de 0,15 V, o que é aceitável. (Uma
classe de corrosão atmosférica equivalente seria C4).

Para ambientes normais, como um produto para área abrigada, armazenado em


armazéns sob condições sem temperatura e umidade controladas.
Normalmente não deve haver mais de 0,25 V de diferença no 'Índice Anódico'.
(Uma classe de corrosão atmosférica equivalente seria C3)

Para ambientes controlados, com temperatura e umidade controladas, 0,50 V pode


ser tolerado.
Deve-se ter cuidado ao decidir sobre esta aplicação, pois a umidade e a
temperatura variam conforme as condições de serviço (uma classe de corrosão
atmosférica equivalente seria C2 até 0,30 V e C1 até 0,50 V).
A título informativo, o relatório técnico IEC/TR 60943 V2009 menciona 0,35 V.
PM105928

C4
C3
C2
C1
Não aceitável

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 109


Definição de conjunto de
manobra e controle

110 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definições da IEC 112
Definições da IEEE/ANSI 113
Disjuntor de média tensão 114
Introdução - Características 114

Disjuntor de mecanismo de vácuo 126


Introdução 126

Princípios de operação mecânica 127


Introdução - Características 129

Chaves seccionadoras e de aterramento 134


Introdução - Características 134

Fusíveis limitadores de corrente 138


Introdução - Características 138

Transformadores de instrumento 146


Introdução 146

Transformador de corrente 147


Características do circuito primário de acordo com as normas IEC 147

Características do circuito secundário de acordo com as normas IEC 150


Proteção diferencial 152

LPCT: Transformadores de corrente eletrônicos 153


Transformador de potencial 154
Características 154

LPVT: Transformadores de potencial eletrônicos 158


Redução de capacidade 159
Redução da capacidade do isolamento de acordo com a altitude -
Redução da capacidade da corrente nominal de acordo com a
temperatura 159

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 111


Definição de conjunto de Definições da norma IEC
manobra e controle

Todas as definições IEC de comutadores são do vocabulário eletrotécnico


internacional (IEV).

Conjuntos de manobra e controle


Um termo geral que abrange dispositivos de comutação e sua combinação com
equipamentos de controle, medição, proteção e regulação associados, bem como
conjuntos de tais dispositivos e equipamentos com interconexões, acessórios,
invólucros e estruturas de suporte associados.

Conjuntos de manobra e controle em invólucro metálico


Conjuntos de manobra e controle em invólucro metálico externo destinado a ser
aterrado e completo, exceto quanto as conexões externas.

OBSERVAÇÃO: Este termo geralmente se aplica a conjuntos de manobra e controle de alta


tensão.

Conjuntos de manobra e controle em invólucro metálico isolado


a gás
Conjuntos de manobra e controle em invólucro metálico em que o isolamento é
obtido, pelo menos parcialmente, por um gás isolante diferente do ar à pressão
atmosférica.

OBSERVAÇÃO: Este termo geralmente se aplica a conjuntos de manobra e controle de alta


tensão.

Conjunto de manobra e controle isolado


Conjuntos de manobra e controle com invólucro de isolamento externo e
completos, exceto quanto às conexões externas.

OBSERVAÇÃO: Este termo geralmente se aplica a conjuntos de manobra e controle de alta


tensão.

112 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definições da norma IEEE/ANSI

Todas as definições de comutadores IEEE/ANSI foram revisadas e extraídas de


normas aplicáveis existentes e podem não ser idênticas aos termos e definições
publicados em outros lugares. Todo este material é fornecido apenas para fins
informativos. Se um termo não estiver definido neste material, aplicam-se as
definições em C.37.100 Definições das normas IEEE para equipamentos de
distribuição de energia e NFPA-70.

Conjuntos de manobra e controle


Um termo geral que abrange dispositivos de manobra e interrupção e sua
combinação com dispositivos associados de controle, medição, proteção e
regulação; também conjuntos desses dispositivos com interconexões, acessórios,
invólucros e estruturas de suporte associados, usados principalmente em conexão
com a geração, transmissão, distribuição e conversão de energia elétrica.

Montagem dos conjuntos de manobra e controle


Um equipamento montado (para área abrigada ou externa) incluindo, mas não se
limitando a, um ou mais dos seguintes itens: dispositivos de manobra, interrupção,
controle, medição, proteção e regulação; juntamente com suas estruturas de
suporte, invólucros, condutores, interconexões elétricas e acessórios.

Invólucro metálico (conforme aplicado a um conjunto de


manobra e controle ou componentes do mesmo)
Cercado por uma caixa ou alojamento metálico, geralmente aterrado.

Conjunto de manobra e controle de energia revestido de metal


Um conjunto de manobra e controle completamente fechado em todos os lados
e na parte superior com chapa metálica (exceto aberturas de ventilação e janelas
de inspeção) contendo dispositivos de manobra ou interrupção do circuito
de potência primário, ou ambos, com barramentos e conexões, e pode incluir
dispositivos auxiliares e de controle. O acesso ao interior do gabinete é feito por
portas ou tampas removíveis.

Conjuntos de manobra e controle revestidos de metal


Conjunto de manobra e controle de energia em invólucro metálico caracterizado
pelas seguintes características necessárias:
• o dispositivo principal de comutação e interrupção é do tipo removível (extraível).
• a maior parte do circuito primário está completamente fechada por barreiras
metálicas aterradas;
• todas as partes energizadas são encerradas em compartimentos metálicos
aterrados;
• persianas automáticas que cobrem elementos do circuito primário;
• os condutores e conexões do barramento primário são totalmente cobertos com
material isolante;
• são fornecidos intertravamentos mecânicos;
• instrumentos, medidores, relés, dispositivos de controle secundário e sua fiação
são isolados por barreiras metálicas aterradas;
• a porta através da qual é inserido o dispositivo de interrupção do circuito pode
servir como painel de instrumentos.

OBSERVAÇÃO: Os conjuntos de manobra e controle revestidos de metal estão em invólucros


de metal, mas nem todos os conjuntos de manobra e controle em invólucros de metal podem
ser corretamente designados como de partições metálicas.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 113


Definição de conjunto de Disjuntor de média tensão
manobra e controle
Introdução - Características

As normas IEC 62271-100 e ANSI/IEEE C37-04, C37-09 Introdução


definem por um lado as condições de operação, as O disjuntor é um dispositivo que garante o controle e a proteção de uma rede
características nominais, o projeto e a fabricação; e por elética. Ele é capaz de fechar, suportar e interromper correntes de operação, bem
como correntes de curto-circuito.
outro lado o ensaio, a seleçãode controles e a instalação.
O circuito principal deve ser capaz de suportar sem danos:
• o estresse térmico causado por uma corrente de curto-circuito durante 1, 2 ou 3 s;
• o estresse eletrodinâmico causado pelo pico da corrente de curto-circuito:
-- 2,5 • Isc para 50 Hz (constante de tempo padrão de 45 ms),
-- 2,6 • Isc para 60 Hz (constante de tempo padrão de 45 ms),
-- 2,74 • Isc para 60 Hz para constantes de tempo especiais maiores que 45 ms
(Aplicações com geradores). X/R = 50 e a constante de tempo é de 132 ms.
• a corrente de carga constante.

Como um disjuntor está principalmente na posição “fechada”, a corrente de carga


deve passar por ele sem que a temperatura diminua durante toda a vida útil do
equipamento.

Características
Características nominais obrigatórias (conf. § 5 da norma IEC
62271-100:2021). Ver norma ANSI/ IEEE C37.09 para EUA.
(a) Tensão nominal (Ur);
(b) nível de isolamento nominal (Up, Ud e Us quando aplicável);
(c) frequência nominal (fr);
(d) corrente nominal em regime contínuo (Ir);
(e) corrente suportável nominal de curta duração (Ik);
(f) corrente nominal suportável de pico (Ip);
(g) duração nominal de curto-circuito (tk);
(h) tensão de alimentação nominal dos dispositivos de fechamento e abertura e dos
circuitos auxiliares (Ua);
(i) frequência nominal de alimentação dos dispositivos de fechamento e abertura e
dos circuitos auxiliares;
(j) pressão nominal do suprimento de gás comprimido para sistema de pressão
controlada;
(k) corrente nominal de interrupção de curto-circuito;
(l) fator nominal de primeiro pólo a liberar;
(m) corrente nominal de fechamento de curto-circuito;
(n) sequência operacional nominal.
Características nominais opcionais
Características nominais a serem dadas nos casos específicos indicados abaixo
(o) corrente nominal de fechamento e deinterrupção fora de fase;
(p) corrente nominal de interrupção de carregamento de linha;
(q) corrente nominal de interrupção de carregamento de cabo;
(r) corrente nominal de interrupção de banco único de capacitores;
(s) corrente nominal de interrupção de banco de capacitores back-to-back;
(t) corrente nominal de partida de banco de capacitores back-to-back.

114 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Disjuntor de média tensão
manobra e controle
Características

Tensão nominal (Ur) (conf. § 5.2 da norma IEC 62271-1:2017/


A1:2021), Ver norma ANSI/ IEEE C37.100.1 para EUA.
A tensão nominal é o valor rms máximo para o qual o equipamento foi projetado. Indica
o valor máximo da 'tensão mais alta do sistema' de redes elétricas para as quais o
equipamento pode ser utilizado (ver 3.7.3, tensão mais alta para equipamentos Um).
Os valores padrão de 245 kV e abaixo são fornecidos abaixo.

OBSERVAÇÃO: O termo 'tensão nominal máxima' usado na maioria das normas IEEE para conjuntos
de manobra e controle tem o mesmo significado que o termo 'tensão nominal' usado neste
documento.
• S érie I: 3,6 kV - 7,2 kV - 12 kV - 17,5 kV - 24 kV - 36 kV - 52 kV - 72,5 kV - 100 kV - 123 kV
- 145 kV - 170 kV - 245 kV.
• Série II (áreas, como América do Norte): 4,76 kV - 8,25 kV - 15 kV (1) - 15,5 kV - 25,8 kV
(2)
- 27 kV - 38 kV - 48,3 kV - 72,5 kV - 123 kV - 145 kV - 170 kV - 245 kV.
U
DM105259

1.0
0.9 B (1) A classificação de 15 kV é usada nos EUA e em alguns países. Historicamente, ela tem
sido associada a conjuntos revestidos de metal e invólucros metálicos usados para aplicações
0.5 principalmente internas e/ou externas, onde o nível de isolamento é menor do que o necessário
0.3 A
para aplicações aéreas externas. Para aplicações que não sejam conjuntos de manobra e controle
t revestidos de metal ou com invólucros metálicos, a classificação de 15,5 kV é preferida.
0
01 (2) A classificação de 25,8 kV, ainda usada na norma IEEE C37.04 como classificação de
T' um disjuntor e em alguns países, foi substituída pela classificação de 27 kV nas normas para
T
T1 equipamentos mais relevantes. Para novas aplicações e projetos, a classificação de 27 kV é
T2
T1 = 1.67 T preferida.
T' = 0.3 T1 = 0.5 T

Figura 6: Impulso atmosférico Nível de isolamento nominal (Ud, Up, Us) (conf. § 5,3 IEC 62271-
completo
1:2017/A1:2021), Ver ANSI/ IEEE C37.100.1 para EUA.
O nível de isolamento é caracterizado por dois valores:
• a tensão suportável a onda de impulso atmosférico (1,2/50 µs);
• a tensão suportável na frequência industrial por 1 minuto. Faixa I, Série I
Tensão nominal kV rms Impulso atmosférico Potência e frequência
nominal nominais
tensão suportável tensão suportável 1 min
1,2/50 µs 50 Hz kV de pico kV rms
(Ur em kV) (Up em kV) (Ud in kV)
7,2 60 20
12 75 28
17,5 95 38
24 125 50
36 170 70
40,5 185 80
52 250 95
Faixa I, Série II
Tensão nominal kV rms Impulso atmosférico Potência e frequência
nominal nominais
tensão suportável tensão suportável 1 min
1,2/50 µs 50 Hz kV de pico kV rms
(Ur em kV) (Up em kV) (Ud in kV)
4,76 60 19
8,25 95 36
15,5 110 50
27 150 70
38 200 95

Frequência nom. (fr) (§ 5.4 da norma IEC 62271-1:2017/A1:2021)


Os valores preferidos de frequência nominal são 16,7 Hz, 25 Hz, 50 Hz e 60 Hz.

Corrente nominal contínua (Ir) (conf. § 5.5 IEC 62271-1:2017/A1:2021)


Com o disjuntor sempre fechado, a corrente de carga deve passar por ele
obedecendo a um valor máximo de temperatura em função dos materiais e do tipo de
conexões. A norma IEC define o aumento máximo de temperatura permitido de vários
materiais usados para uma temperatura do ar ambiente não superior a 40 °C (conf.
tabela 14 da norma IEC 62271-1:2017/A1:2021).

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 115


Definição de conjunto de Disjuntor de média tensão
manobra e controle
Características

Corrente suportável nominal de curta duração (Ik); (conf.


§ 5,6 da norma IEC 62271-1:2017/A1:2021 e da norma
IEC 62271‑100:2021), Ver norma ANSI/ IEEE C37.09 para EUA.
Ssc Potência de curto-circuito em MVA
U Tensão de operação em kV
Ik = Isc Corrente suportável de curta duração e corrente de interrupção de curto-
circuito em kA

Este é o valor rms padronizado da corrente de curto-circuito máxima permitida em


uma rede elétrica com a durante nominal do curto-circuito.
Valores da corrente nominal de interrupção em curto-circuito máximo (kA):
6,3 - 8 - 10 - 12,5 - 16 - 20 - 25 - 31,5 - 40 - 50 - 63 kA.
Frequência nominal Constante de tempo CC (ms)
(Hz) Corrente nominal suportável de pico (Ip) (conf. § 5.7 da norma
45 60 75 120 IEC 62271-1:2017/A1:2021) e corrente de fechamento (conf. §
16,7 2,1 2,3 2,4 2,5 5.103 da norma IEC 62271-100:2021), Ver norma ANSI/ IEEE
25 2,3 2,4 2,5 2,6 C37.09 para EUA.
50 2,5 2,6 2,7 2,7 A corrente de fechamento é o valor máximo que um disjuntor é capaz de fechar e
60 2,6 2,7 2,7 2,7 de manter em uma instalação em curto-circuito.
50 ou 60 - 2,7 2,7 2,7 Deve ser maior ou igual à corrente nominal de pico suportável de curta duração.
Ik é o valor máximo da corrente nominal de curto-circuito para a tensão nominal de
disjuntores. O valor de pico da corrente suportável de curta duração é igual a:
fator de pico x Ik de acordo com a tabela a seguir (Tabela 5 da norma IEC 62271-
1:2017 e Tabela 37 da norma IEC 62271‑100:2021)

Duração nominal de curto-circuito (tk) (conf. § 5.8 da norma IEC


62271-1:2017/A1:2021)
O valor padrão da duração nominal do curto-circuito é de 1 s.
Outros valores recomendados são 0,5 s, 2 s e 3 s.

Tensão de alimentação nominal para dispositivos de fechamento


e abertura e circuitos auxiliares (Ua) (conf. § 5.9 da norma IEC
62271-1:2017/A1:2021), Ver norma ANSI/ IEEE C37.04 para EUA.
Valores da tensão de alimentação para circuitos auxiliares:
• para corrente contínua (CC): 24 - 48 - 60 - 110 ou 125 - 220 ou 250 volts;
• para corrente alternada (CA): 120 - 230 volts.

As tensões de operação devem estar dentro das seguintes faixas (conf. § 6.6 e 6.9
da norma IEC 62271-1:2017/A1:2021):
• motor e unidades de liberação do fechamento: 85% a 110% da Ur em CC e CA;
• unidades de liberação da abertura:
-- 70% a 110% de Ur em CC,
-- 85% a 110% da Ur em CA.
• unidade de liberação de abertura sob tensão:
A unidade de liberação A unidade de
fornece o comando e liberação não deve ter
impede o fechamento uma ação U

0% 35 % 70 % 100 %
(a 85 %, a unidade de liberação deve
habilitar o dispositivo para fechar)

116 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Disjuntor de média tensão
manobra e controle
Características

Sequência operacional nominal (conf. § 5.104 da norma IEC


62271-100), Ver norma ANSI/ IEEE C37.09 para EUA.
DM105269

t t'
Isc Sequência de comutação nominal de acordo com a norma IEC, O - t - CO - t' - CO.
(conf. diagrama ao lado)
Ir O Representa a operação de abertura
Time
CO Representa a operação de fechamento seguida imediatamente por uma
O C O C O operação de abertura

Religamento O t CO t'' CO
automático
Lento O 3 min CO 3 min CO
O 3 min CO 1 min CO
O 3 min CO 15 s CO
O 1 min CO 1 min CO
O 1 min CO 15 s CO
O 15 s CO 15 s CO
Rápido O 0,3 s CO 3 min CO
O 0,3 s CO 1 min CO
Ciclo Fechar/
O 0,3 s CO 15 s CO
Abrir
DM105270

Closed position
Contact movement
Open position

Current flow Time

Close-open time

Make-break time

Contact touch in the first


closing pole Final arc extinction
Contact touch in all poles
in all poles
Energizing of Separation arcing contacts
closing circuit Start of current flow in first pole
in all poles

Ciclo de religamento automático


Premissa: ordem C assim que o disjuntor estiver aberto, (com retardo para atingir
0,3 s ou 15 s ou 3 min).
DM105271

Closed position
Contact movement
Open position

Current flow Current flow


Dead time Time
Open-close time
Remake time
Reclosing time
Final arc extinction Energizing Contact touch
in all poles of closing in all poles
circuit
Separation arcing contacts Contact touch
in all poles in the first pole
Energizing of Start of current
opening release in the first pole

A sequência deve ser escolhida com precisão porque estará associada à


capacidade do ensaio de resistência e também à vida útil dos componentes com
ou sem ação de manutenção em peças interruptoras.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 117


Definição de conjunto de Disjuntor de média tensão
manobra e controle
Características

Classificação do fator de liberação do primeiro pólo (kpp) (conf. §


5.102 da norma IEC 62271-100)
O fator de primeiro polo a liberar é a capacidade do disjuntor de operar em redes
elétricas com diferentes condições de aterramento.
Ao interromper qualquer corrente trifásica simétrica, o fator do primeiro pólo a
liberar é a razão entre a tensão na frequência industrial através do primeiro pólo
de interrupção antes da interrupção da corrente nos outros pólos, e a tensão
na frequência industrial que ocorre através do pólo ou dos pólos depois de
interromper os três postes.
Os valores nominais para redes de MT são:
• 1,3 para disjuntores com tensões nominais até 800 kV inclusive, em sistemas de
neutro aterrado efetivamente;
• 1,5 para disjuntores com tensões nominais até 170 kV inclusive, em sistemas de
neutro não efetivamente aterrados;

A classificação kpp é usada para definir parâmetros TRV. TRV é a tensão que
DM107930

U (kV)
aparece nos terminais de um pólo de disjuntor após a interrupção da corrente. A
Uc forma de onda da tensão de recuperação varia de acordo com a configuração do
circuito real.
Um disjuntor deve ser capaz de interromper uma determinada corrente para todas
as tensões de recuperação transitórias cujos valores permanecem abaixo do TRV.

Os parâmetros da TRV são definidos em função da tensão nominal (Ur), do fator


nominal do primeiro pólo a liberar (kpp) e do fator de amplitude (kaf). kpp é função do
aterramento do neutro do sistema.
0
td Uma representação por dois parâmetros da TRV prospectiva é usada para todas
t (s)
t3 as ações de ensaios (ver figura).

Valor de pico da √2
= Kpp x Kaf x x Ur
TRV Uc √3
DM107931

U (kV)
Uc • Para disjuntores classe S1 (sistemas de cabos). kaf é igual a 1,4 para ação de
ensaio T100, 1,5 para ação de ensaio T60, 1,6 para ação de ensaio T30 e 1,7 para
ação de ensaio T10, 1,25 para interrupção fora de fase.
• Para disjuntores classe S2 (sistemas de linha).kaf é igual a 1,54 para ação de
ensaio T100 e o circuito do lado da alimentação para falta de linha curta, 1,65 para
u’ ação de ensaio T60, 1,74 para ação de ensaio T30 e 1,8 para ação de ensaio T10,
1,25 para interrupção fora de fase.
• O tempo t3 é mencionado nas tabelas a seguir.
0 • O tempo td é mencionado nas tabelas a seguir.
td t’ t3 t (s) • Tensão u' = uc/3.
• O tempo t ' é derivado de u', t3 e td de acordo com a Figura, t ' = td + t3/3.

Valor da TRV do disjuntor


S1, S2 Classe do disjuntor relacionada ao comprimento do cabo (o comprimento
S1 é de pelo menos 100 m, comprimento S2 < 100 m)
Kpp Fator nominal do primeiro pólo a liberar (kpp) para falta de terminal (1,5 ou
1,3)
Txxx Ação de ensaio (T10, T30, T60, T100)
Ur Tensão nominal em kV
t' td + t3/3
Uc Valor de pico da TRV
t3 Tempo
td Retardo
Uc/t3 Taxa de aumento da TRV
u' uc/3

118 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Disjuntor de média tensão
manobra e controle
Características

As tabelas a seguir descrevem o valor de TRV para S1 (rede a cabo) e kpp = 1,5
(sistemas não aterrados efetivamente) disjuntores. Os valores de TRV para redes
de linha (S2) ou para kpp = 1,3 (sistemas de rede elétrica efetivamente aterrados)
podem ser encontrados na norma IEC 62271-100.

Classe S1 e faixa de tensão nominal I, série I, kpp = 1,5


T10 T30
Ur t' Uc t3 td Uc/t3 t' Uc t3 td Uc/t3
kV µs kV µs µs kV/µs µs kV µs µs kV/µs
3,6 4,32 7,5 8,95 1,34 0,84 4,32 7,05 8,95 1,34 0,79
7,2 5,3 15 11 1,64 1,37 5,3 14,1 11 1,64 1,29
12 6,51 25 13,5 2,02 1,86 6,51 23,5 13,5 2,02 1,75
17,5 7,78 36,4 16,1 2,41 2,26 7,78 34,3 16,1 2,41 2,13
24 9,15 50 18,9 2,84 2,64 9,15 47 18,9 2,84 2,48
36 11,4 75 23,6 3,53 3,18 11,4 70,5 23,6 3,53 3,00
40,5 12,1 84,3 25,1 3,77 3,36 12,1 79,4 25,1 3,77 3,16
52 14 108 29 4,35 3,73 14 102 29 4,35 3,51
T60 T100
Ur t' Uc t3 td Uc/t3 t' Uc t3 td Uc/t3
kV µs kV µs µs kV/µs µs kV µs µs kV/µs
3,6 8,65 6,61 17,9 2,68 0,37 19,1 6,17 40,7 6,1 0,15
7,2 10,6 13,2 21,9 3,29 0,60 24,1 12,3 49,8 7,48 0,25
12 13 22,1 26,9 4,04 0,82 29,6 20,6 61,2 9,18 0,34
17,5 15,6 32,1 32,2 4,83 1,00 35,4 30 73,2 11 0,41
24 18,3 44,1 37,9 5,68 1,16 41,6 41,2 86 12,8 0,48
36 22,8 66,1 47,1 7,06 1,40 51,7 61,7 107 16,1 0,58
40,5 24,3 74,4 50,3 7,54 1,48 55,2 69,4 114 17,1 0,61
52 28,1 95,5 58,1 8,71 1,65 63,8 89,2 132 19,8 0,68

Classe S1 e Faixa de tensão nominal I, série II (América do Norte), kpp = 1,3


T10 T30
√2
UC = 1,4 x 1,5 x x Ur = 1,715 x Ur Ur t' Uc t3 td Uc/t3 t' Uc t3 td Uc/t3
√3
kV µs kV µs µs kV/µs µs kV µs µs kV/µs
4,76 4,65 9,91 9,61 1,44 1,03 4,03 8,08 8,33 1,25 0,97
8,25 5,57 17,2 11,5 1,73 1,49 4,83 14 9,99 1,5 1,40
15 7,22 31,2 14,9 2,24 2,09 6,25 25,5 12,9 1,94 1,97
15,5 7,33 32,3 15,2 2,27 2,13 6,35 26,3 13,1 1,97 2,00
25,8 9,5 53,7 19,7 2,95 2,73 8,24 43,8 17 2,56 2,57
27 9,74 56,2 20,1 3,02 2,79 8,44 45,9 17,5 2,62 2,63
38 11,7 79,1 24,3 3,64 3,26 10,2 64,5 21 3,15 3,07
48,3 13,4 101 27,8 4,17 3,62 11,6 82 24,1 3,61 3,41
T60 T100
Ur t' Uc t3 td Uc/t3 t' Uc t3 td Uc/t3
kV µs kV µs µs kV/µs µs kV µs µs kV/µs
4,76 8,05 7,58 16,7 2,5 0,46 18,3 7,07 37,9 5,68 0,19
8,25 9,66 13,1 20 3 0,66 22,2 12,3 45,4 6,81 0,27
15 12,5 23,9 25,9 3,88 0,92 28,4 22,3 57,9 8,82 0,38
15,5 12,7 24,7 26,3 3,94 0,94 28,9 23 59,7 8,96 0,39
25,8 16,5 41,1 34,1 5,11 1,21 37,4 38,3 77,5 11,6 0,50
27 16,9 43 34,9 5,24 1,23 38,4 40,1 79,4 11,9 0,51
38 20,3 60,5 42,1 6,31 1,44 46,2 56,5 95,6 14,3 0,59
48,3 23,3 76,9 48,2 7,23 1,60 52,9 71,8 109 16,4 0,66

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 119


Definição de conjunto de Disjuntor de média tensão
manobra e controle
Características

Corrente nominal de interrupção de curto-circuito (Isc) (conf. § 5.101


Porcentagem do componente aperiódico (% da CC) em da norma IEC 62271-100)
função do intervalo de tempo (t)
A corrente nominal de interrupção de curto-circuito é o maior valor de corrente que
o disjuntor deve ser capaz de interromper em sua tensão nominal ou inferior e nas
DM105272

% DC
100
condições de uso.
90
80 Ela é caracterizada por dois valores:
70 4 = 120 ms • o valor rms da sua componente periódica, dado pelo termo: "corrente nominal de
60
(Special case time constant) interrupção de curto-circuito";
50
40 • o percentual da componente aperiódica correspondente ao tempo de abertura do
30
20
1 = 45 ms disjuntor, ao qual acrescentamos meio período da frequência nominal.O meio
10 período corresponde ao tempo mínimo de acionamento de um dispositivo de
(Standartized time constant)
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 t (ms) proteção contra sobrecorrente, sendo este de 10 ms a 50 Hz.

t: duração da abertura do disjuntor (Top), acrescida de meio De acordo com a norma IEC, o disjuntor deve interromper o valor eficaz da
período na frequência industrial (Tr).
componente periódica do curto-circuito (= sua corrente nominal de interrupção)
Exemplo 1: com o percentual de assimetria definido no gráfico ao lado.
Para um disjuntor com tempo de abertura mínimo de 45
Como padrão a IEC define equipamentos de MT para uma constante de tempo de
ms (Top) aos quais adicionamos 10 ms (Tr) devido à ação 45 ms, para um valor de pico de corrente máxima igual a 2,5 x Isc a 50 Hz ou 2,6 x
do rele, Isc a 60 Hz. Neste caso, usar a curva t1.
o gráfico mostra uma porcentagem do componente
aperiódico de cerca de 30% para uma constante de Para circuitos de baixa resistividade, como alimentadores de gerador, t pode ser
maior, com um valor de pico de corrente máxima igual a 2,7 x Isc. Neste caso, usar
tempo t1 = 45 ms:
a curva t4.
-(45 + 10)
% de ( )
Para todas as constantes de tempo t entre t1 e t4, usar a equação:
= e 45 = 29,5 % -(Top+Tr)
CC
% de
= 100 × e ( t1...4
)
Exemplo 2: CC
Supondo que a % da CC de um disjuntor MT seja igual
Valores da corrente nominal de interrupção de curto-circuito:
a 65% e que a corrente simétrica de curto-circuito
6,3 - 8 - 10 - 12,5 - 16 - 20 - 25 - 31,5 - 40 - 50 - 63 kA.
calculada (Isym) seja igual a 27 kA. Os ensaios de interrupção de curto-circuito devem atender às cinco sequências
A Iassim é igual a? de ensaio a seguir:
Iasym = Isym × (1+2×(% CC/100)2 ) } [A] Ação de Sequência % Isim % do componente aperiódico
ensaio % de CC
Iassim = 27 kA × (1+2×(0,65)2 ) = 36 kA T10 1 10 ≤ 20
T30 2 30 ≤ 20
Usando a equação [A], isso é equivalente a uma corrente
T60 3 60 ≤ 20
de curto-circuito simétrica com uma classificação de: T100s 4 100 ≤ 20
36,7 33,8 kA para uma % de CC de T100s(a) 5* 100 C-t’-C de acordo com a equação
Iasym = = 30%
1,086 T100s(b) 6* 100 O-t-CO-t’-CO De acordo com a
A classificação do disjuntor é superior a 33,8 kA. De equação
(*) Para disjuntores com abertura inferior a 80 ms.
acordo com a norma IEC, a classificação padrão mais
próxima é 40 kA. IMC Corrente de fechamento
IAC Valor de pico do componente periódico (Isc de pico)
IDC Valor do componente aperiódico
DM105273

I (A) CC % da assimetria ou do componente aperiódico


-(Top+Tr)
IDC (
t1...4
)
= 100 × e
IAC IAC
IMC t (s) Corrente de curto-circuito simétrica (em kA):

IDC
IAC
I sym =
√2
Corrente de curto-circuito assimétrica (em kA):
Iassim = √Isim² + IDC2


Iasym = Isym × 1+2×(%
IDC
100
)2

120 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Disjuntor de média tensão
manobra e controle
Características

Corrente nominal de fechamento e interrupção fora de fase


(conf. § 5.105 da norma IEC 62271-100), Consulte ANSI/IEEE
DM105275

X1 X2
A B C37.09 para EUA.
A especificação de uma corrente de fechamento e interrupção fora de fase não é
obrigatória.
Quando um disjuntor está aberto e os condutores não são síncronos, a tensão nos
G U1 U2 G terminais pode aumentar até a soma das tensões nos condutores (oposição de
fase). Este valor nominal é opcional.
Na prática, as normas exigem que o disjuntor interrompa uma corrente igual a 25%
da corrente de falta nos terminais, em uma tensão igual ao dobro da tensão relativa
à terra.
UA - UB = U1 - (- U2) = U1 + U2 Se Ur for a tensão nominal do disjuntor, a tensão de recuperação na frequência
Se U1 = U2 então UA - UB = 2U industrial será igual a:
• 2 / √3 Ur para redes elétricas com um sistema de neutro efetivamente aterrado;
• 2,5 / √3 Ur para outras redes.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 121


Definição de conjunto de Disjuntor de média tensão
manobra e controle
Características

Correntes nominais capacitivas (conf. § 5.106 da norma IEC


62271-100), Ver norma ANSI/ IEEE C37.09 para EUA.
A classificação de um disjuntor para correntes capacitivas deve incluir, onde
aplicável:
• corrente nominal de interrupção de carregamento de linha;
• corrente nominal de interrupção de carregamento de cabo;
• corrente nominal de interrupção de banco único de capacitores;
• corrente nominal de interrupção de banco de capacitores back-to-back;
• corrente nominal de partida de banco de capacitores back-to-back.
Os valores preferidos das correntes nominais capacitivas são fornecidos na tabela
a seguir:
Tensão nominal Faixa I, Série I
Linha Cabo Banco Banco de capacitores do tipo back-to-back
único de
capacitores
Tensão Corrente Corrente Corrente Corrente de Corrente
nominal nominal de nominal de nominal de interrupção nominal de
(Ur) interrupção interrupção interrupção nominal fechamento
de carga de de cara de de banco de consecutiva de partida
linha (Il) cabo (Ic) capacitores de banco de de banco de
único (Isb) capacitores (Ibb) capacitores (Ibi)
kV kA kA A A kA
3,6 10 10 400 400 20
7,2 10 10 400 400 20
12 10 25 400 400 20
17,5 10 31,5 400 400 20
24 10 31,5 400 400 20
36 10 50 400 400 20
52 10 80 400 400 20

Tensão nominal Faixa I, Série II (América do Norte)


Linha Cabo Banco Banco de capacitores do tipo back-to-back
único de
capacitores
Tensão Corrente Corrente Corrente Corrente de Corrente
nominal nominal de nominal de nominal de interrupção nominal de
(Ur) interrupção interrupção interrupção nominal fechamento
de carga de de carga de de banco de consecutiva de partida
linha (Il) cabo (Ic) capacitores de banco de de banco de
único (Isb) capacitores capacitores
(Ibb) (Ibi)
kV kA kA A A kA
4,76 10 10 400 400 20
8,25 10 10 400 400 20
15 10 25 400 400 20
25,8 10 31,5 400 400 20
38 10 50 400 400 20
48,3 10 80 400 400 20

Duas classes de disjuntores são definidas de acordo com seu desempenho de


restabelecimento de corrente:
• Classe C1: baixa probabilidade de restabelecimento de corrente durante a
interrupção de corrente capacitiva;
• Classe c2: probabilidade muito baixa de restabelecimento da corrente durante a
interrupção de corrente capacitiva.

122 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Disjuntor de média tensão
manobra e controle
Características

Corrente nominal de interrupção de carregamento de linha (conf.


§ 5.106.2 da norma IEC 62271-100), Consultar ANSI/IEEE C37.09
para EUA.
A especificação de uma corrente nominal de interrupção para um disjuntor
destinado a manobrar linhas aéreas sem carga não é obrigatória para disjuntores
de tensão nominal ≥ 72,5 kV.
Se especificada, uma classe de restabelecimento de corrente associada (C1 ou
C2) deverá ser atribuída.

Corrente nominal de interrupção de carga de cabo (conf. § 5.106.3


da norma IEC 62271-100), Consultar ANSI/IEEE C37.09 para EUA.
A especificação de uma corrente nominal de interrupção para um disjuntor que
manobra cabos sem carga não é obrigatória para disjuntores com tensão nominal
inferior a 52 kV. Se especificada, uma classe de restabelecimento de corrente
associada (C1 ou C2) deverá ser atribuída.
Os valores nominais da corrente de interrupção para um disjuntor que manobra
cabos sem carga estão resumidos na tabela geral de correntes capacitivas
nominais.

Corrente nominal de interrupção de banco único de capacitores


(conf. § 5.106.4 da norma IEC 62271-100), Consultar ANSI/IEEE
C37.09 para EUA.
A especificação de uma corrente de interrupção de banco único de capacitores
não é obrigatória.
Se especificada, uma classe de restabelecimento de corrente associada (C1 ou
C2) deverá ser atribuída.

Devido à presença de harmônicas, a corrente de interrupção dos capacitores é


menor ou igual a 0,7 vezes a corrente nominal do dispositivo.
Corrente nominal Corrente de interrupção de capacitor (máx.)
(A) (A)
400 280
630 440
1250 875
2500 1750
3150 2200

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 123


Definição de conjunto de Disjuntor de média tensão
manobra e controle
Características

X1 Corrente nominal de interrupção de banco de capacitores back-


DM105260

to-back (conf. § 5.106.5 da norma IEC 62271-100), Consulte ANSI/


IEEE C37.09 para EUA.
A especificação de uma corrente de interrupção para bancos de capacitores
multiestágios não é obrigatória.
G U
Corrente nominal de fechamento de partida de banco de
capacitores back-to-back (conf. § 5.106.6 da norma IEC 62271-
C1 C2 C3
100), Consultar ANSI/IEEE C37.09 para EUA.
A especificação de uma corrente de interrupção para bancos de capacitores
multiestágios não é obrigatória. A corrente nominal de fechamento para bancos de
capacitores é o valor da corrente de pico que o disjuntor deve ser capaz de fechar
nas condições de uso especificadas. O valor da corrente nominal de fechamento
do disjuntor deve ser maior que a corrente de partida do banco de capacitores.
Fórmulas para cálculo de correntes de partida para bancos de capacitores simples
e back-to-back podem ser encontradas na cláusula 9 da norma IEC/TR 62271-
306. Normalmente, os valores de corrente de partida e frequência para correntes
de partida são da ordem de alguns kA e cerca de 100 Hz para banco único de
capacitores, e da ordem de 10 kA e cerca de 100 kHz para bancos de capacitores
back-to-back.

Comutação de corrente indutiva pequena (conf. § 4 da IEC


62271-110)
Os disjuntores de acordo com a norma IEC 62271-100 não possuem valores
nominais de comutação indutiva dedicadas. Entretanto, a comutação de cargas
indutivas (correntes de magnetização de transformadores, motores de alta tensão
e reatores de derivação) é especificada na norma IEC 62271-110.
A interrupção de correntes indutivas baixas (vários Amperes a centenas de
Amperes) pode causar sobretensões.
A proteção contra surtos deve ser aplicada em alguns casos de acordo com o tipo
de disjuntor, para garantir que as sobretensões não danifiquem o isolamento das
cargas indutivas (transformadores sem carga, motores).

A figura ao lado mostra as diversas tensões no lado da carga.


Uo Valor de pico da tensão na frequência industrial em relação à terra
u Ux Mudança da tensão do neutro na interrupção do primeiro polo
DM105276

Ua Queda de tensão de arco no disjuntor


Uin = Uo + Ua + Uc Tensão inicial no momento do corte da corrente
Uma Tensão de pico de supressão à terra
ua Supply side voltage
Umr Pico de tensão no lado da carga à terra
up Uw Tensão através do disjuntor na reignição
uma
uo
Up Sobretensão máxima à terra (pode ser igual a Uma ou Umr se não ocorrer
us reignições)
Load side voltage
uin
t
Us Excursão máxima de sobretensão pico a pico na reignição
uk uw
Nível de isolamento de motores
A norma IEC 60034 estipula o nível de isolamento de motores.
Os ensaios de frequência e impulso suportável são fornecidos na tabela abaixo
umr (níveis nominais de isolamento para conjuntos rotativos).
Neutral point
average voltage
Isolamento Ensaio no valor rms de 50 Ensaio de impulso
(60) Hz
Entre espiras (4 Ur + 5) kV
4,9 pu + 5 = 31 kV em 6,6 kV
(50% na amostra)
Tempo inicial 0,5 µs
Em relação à terra (2 Ur + 1) kV (4 Ur + 5) kV
2 Ur + 1 ► 2(2 Ur + 1) ► 0 4,9 pu + 5 = 31 kV em 6,6 kV
14 kV ► 28 kV ► 0 tempo inicial 1,2 µs
1 kV/s
t

0 1 min

124 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Disjuntor de média tensão
manobra e controle
Características

Condições normais de operação (conf. § 4.1 da norma IEC


62271-1:2017/A1:2021)
(nenhuma classificação atribuída, conf. § 4.108 da norma IEC 62271-100 e IEC
62271-110)
Para todos os equipamentos que funcionam sob condições mais severas do que
as descritas abaixo, a redução de capacidade deve ser aplicada (consulte o
capítulo de redução de capacidade).

O equipamento foi projetado para operação normal nas seguintes condições:


Temperatura
°C Instalação
Ambiente instantâneo Área interna Área externa
Mínimo -5 °C -25 °C
Máximo +40 °C +40 °C
Média em 24 horas Área interna Área externa
Máximo +35 °C +35 °C
Umidade
Umidade média interna Umidade relativa Pressão de vapor de água
por um período (valor (kPa)
máximo)
24 h 95 % 2,2
1 mês 90 % 1,8

Altitude
A altitude não ultrapassa 1000 metros.

Resistência mecânica (conf. § 6.107.2 IEC 62271-100:2021)


Duas classes são definidas:
• classe M1 com resistência mecânica normal (2.000 ciclos de operação);
• classe M2 com resistência mecânica estendida (10.000 ciclos de operação).
Os disjuntores da Schneider Electric são geralmente testados de acordo com a
classe M2, exceto os disjuntores dedicados à proteção de transformadores (por
exemplo, segmento de energias renováveis), onde a classe M1 é geralmente
considerada suficiente.

Conexão à rede (conf. § 6.107.3 da norma IEC 62271-100:2021)


Duas classes são definidas para tensões nominais inferiores a 100 kV:
• classe S1 com comprimento de cabo do lado da alimentação acima de 100 m;
• classe S2 com comprimento de cabo do lado da alimentação abaixo de 100 m.
OBSERVAÇÃO 1: Os disjuntores de subestações internas com conexão por cabo são geralmente da
classe S1.
OBSERVAÇÃO 2: Aplicações onde um disjuntor é conectado a uma linha aérea através de um
barramento (sem conexões de cabos intervenientes) são exemplos típicos de disjuntores classe S2.

Corrente capacitiva (conf. § 6.107.4 IEC 62271-100:2021)


Duas classes são definidas:
• classe C1 com baixa probabilidade de restabelecimento da corrente durante a
interrupção de corrente capacitiva;
• classe C1 com baixíssima probabilidade de restabelecimento de corrente durante a
interrupção de corrente capacitiva.
OBSERVAÇÃO 1: Um disjuntor pode ser da classe C2 para um tipo de aplicação e da
classe C1 para outro tipo de aplicação onde o estresse da tensão de recuperação é
mais severo.

Resistência elétrica (conf. § 6.107.2 IEC 62271-100:2021)


Duas classes são definidas (conf. § 6.107.5 da norma IEC 62271-100):
• classe E1 com resistência elétrica básica;
• classe E2 com resistência elétrica estendida, para disjuntores que não necessitam
de manutenção das partes interruptoras do circuito principal durante sua vida útil
esperada. Os disjuntores Schneider Electric são geralmente testados de acordo
com a classe E2.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 125


Definição de conjunto de Mecanismo do disjuntor a vácuo
manobra e controle
Introdução

O disjuntor é o dispositivo de segurança elétrica definitivo; a interrupção confiável


da corrente de curto-circuito em caso de falta na rede é fundamental.

O mecanismo de operação é um subconjunto importante que tem impacto direto


na confiabilidade do disjuntor, bem como em seu custo e tamanho.

Esta seção descreve o princípio de operação dos mecanismos de MT VCB,


especialmente os solenóides, atuadores por mola e de ímã permanente.

Normas
Dois órgãos de padronização importantes são atendidos: International
Electrotechnical Commission (IEC) e American National Standards Institute (ANSI).

Existem diferenças significativas nas classificações e desempenhos exigidos pelas


normas de disjuntores IEC e ANSI/IEEE.
Como resultado, os fabricantes globais geralmente têm dois produtos diferentes.
Nos últimos anos, os comitês de padronização da IEC e IEEE fizeram progressos
em direção à convergência nos requisitos de ensaio de tipo para normas de
disjuntores de MT.

Todas as normas aplicáveis a disjuntores de MT consideram o mecanismo de


operação como um subconjunto.
Elas especificam valores nominais e requisitos para funcionalidades mecânicas,
bem como procedimentos de ensaio para verificar o desempenho mecânico e
elétrico.
Os valores nominais são definidos para atender às necessidades operacionais
reais em termos de sequências de comutação típicas e quantidade de ciclos de
fechamento-abertura (CO) a serem experimentados pelos
disjuntores durante sua vida útil.

As normas também definem sequências operacionais nominais, que são expressas


como operações mecânicas de fechar (C) e abrir (O) seguidas de um intervalo de
tempo (t) expresso em segundos ou minutos.
Os requisitos definidos nas normas IEC ou ANSI/IEEE para operações mecânicas,
em termos de quantidade de operações e sequências operacionais refletem a
maioria
das necessidades encontradas em aplicações de disjuntores.

126 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Mecanismo de disjuntor a vácuo
manobra e controle
Princípios da operação mecânica

Princípios da operação do mecanismo


Três tipos de mecanismos operacionais podem ser encontrados em disjuntores de e religadores
automáticos de MT disponíveis hoje no mercado global.
Estes são classificados pelo tipo de tecnologia usada para armazenar a energia necessária para
fechar e abrir os interruptores a vácuo.
Mecanismo com solenóide
Os mecanismos com solenóides utilizam uma mola comprimida para abrir o interruptor e um
solenoide para fechá-lo e também para carregar a mola de abertura. A energia necessária para
operar o solenoide é fornecida pela alimentação auxiliar CC ou CA. Os solenóides sofrem um alto
pico de corrente quando são energizados, o que requer uma fonte de alimentação auxiliar (bateria
CC ou CA de baixa tensão) ou a descarga de um capacitor grande, e contatos auxiliares de alto
valor nominal. Eles também são mais volumosos e mais pesados que os mecanismos operados por
mola. Por esta razão, raramente são usados na prática.
Mecanismo com mola
Os mecanismos com mola utilizam molas carregadas separadas para armazenar energia para abrir
e fechar os interruptores. A mola de fechamento possui energia suficiente para carregar a mola
de abertura e é recarregada manualmente ou por um pequeno motor alimentado pela alimentação
auxiliar. Existem dois tipos básicos de mecanismos de mola para VCBs:
• mecanismos para VCBs que não exigem ação de religamento rápido (por exemplo: Sequência
operacional nominal de O – 3 min – CO);
• mecanismos para VCBs capazes de realizar ações de religamento rápido (por exemplo: Sequência
operacional nominal igual a O – 0,3s – CO – 15 s – CO).
Mecanismo de atuador com ímã permanente (PMA)
Os mecanismos de atuador por ímã permanente (PMA) usam energia armazenada no capacitor
eletrolítico para a operação de fechamento e ímãs permanentes para travar na posição fechada.
Os mecanismos PMA foram desenvolvidos especificamente para serem usados com VCBs de MT.
Existem duas famílias de mecanismos PMA: monoestável (trava magnética única) e biestável (trava
magnética dupla).O princípio do mecanismo PMA monoestável é semelhante ao do solenoide,
exceto que na posição fechada a trava mecânica é substituída por uma trava de ímã permanente.
A força de fechamento é projetada para manter o interruptor a vácuo fechado com a pressão de
contato correta enquanto carrega a mola de abertura.Nos mecanismos PMA biestáveis, os ímãs
permanentes travam a armadura tanto na posição fechada quanto na posição aberta. Para mover
a armadura de uma posição para outra um alto fluxo magnético é criado por uma corrente CC na
bobina de abertura ou fechamento. Isto reduz a força da trava magnética e gera uma força oposta
no outro espaço de ar. A energia para as operações de abertura e fechamento é derivada de dois
capacitores eletrolíticos separados que são descarregados nas bobinas de abertura e fechamento.
O disparo manual em caso de perda de alimentação CC é complexo porque requer a aplicação de
uma força elevada usando uma alavanca para 'descolar' a armadura da trava de ímã permanente
e para fornecer a energia de abertura.O PMA monoestável é frequentemente preferido ao biestável
pelos seguintes motivos:
• elimina o risco de abertura incompleta (a energia de disparo é armazenada carregando a mola de
abertura);
• disparo manual e elétrico mais simples (requer apenas o cancelamento do fluxo do ímã permanente
para abrir o VCB).
Sistema de controle eletrônico
Os mecanismos PMA requerem um sistema de controle eletrônico que recebe alimentação auxiliar
CC ou AC, fornece energia CC para carregar os capacitores eletrolíticos, descarrega a energia
armazenada nas bobinas de abertura ou fechamento e desconecta a fonte de energia assim que o
VCB atingir a posição aberta ou fechada. Na maioria dos projetos, o sistema de controle eletrônico
é usado para monitorar a condição dos capacitores e bobinas de operação, emitindo alarmes em
caso de anomalias.O capacitor eletrolítico é um componente chave, pois armazena a energia elétrica
necessária que irá gerar o pulso de corrente necessário para operar o PMA.
A capacitância típica de 100.000 µF carregada a 80 VCC fornece uma energia armazenada de 320
Joules, suficiente para realizar uma sequência de religamento rápido do VCB, incluindo intervalos
curtos entre as operações de CO.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 127


Definição de conjunto de Mecanismo do disjuntor a vácuo
manobra e controle
Princípios da operação mecânica

Aplicações
Tipo de Aplicação Operação Sequência operacional Resistência Tempo de vida Mecanismo de
VCB esperada nominal mecânica esperado VCB melhor
por ano nominal adaptado
Propósito Cabo /transformador / < 30 O - 3 min - CO M1 2000 ops Mola
geral alimentador /entrada
Comutação Motores capacitores < 300 O - 0,3 s - CO -15 s - CO M2 10.000 ops 30 anos - Mola (preferencial)
frequente Geradores DRUPS manutenção de ou PMA
Alimentador aéreo rotina a cada 3 anos
Religador montado O - 0,3 s - CO -2 s - CO - 5 s - CO PMA
em poste
Trabalho Forno de arco < 3000 O - 0,3 s - CO -15 s - CO Especial 10 anos.Manutenção PMA
pesado 30.000 completa todos os
operações anos

Confiabilidade
Embora os mecanismos de mola e PMA sejam baseados em tecnologias
diferentes, ambos são adequados para a maioria das aplicações de VCBs de MT.
A confiabilidade do Disjuntor a Vácuo não está ligada ao número máximo de
operações que um novo dispositivo pode realizar em laboratório. O verdadeiro
parâmetro a considerar é o MTBF operacional (Tempo Médio Entre Falhas).
A confiabilidade do mecanismo de mola é determinada pelas taxas de falta do
sistema mecânico somente enquanto a confiabilidade do mecanismo PMA for
determinada pela combinação das taxas de faltas mecânicas e eletrônicas.
Embora os mecanismos de mola apresentem o risco de realizar uma operação de
“abertura lenta” após longos períodos de inatividade, o risco pode ser reduzido
realizando-se testes periódicos de operação do VCB.

Em resumo, os argumentos lógicos do autor desafiam a ideia de que VCBs com


mecanismo PMA com maior resistência mecânica são mais confiáveis que VCBs
com operação motorizada por mola.

Esta análise qualitativa destaca apenas alguns aspectos do impacto do


mecanismo operacional na confiabilidade do VCB, abrindo assim o debate entre
os especialistas em conjuntos de manobra e controle de MT. É necessário trabalho
adicional para obter modelos precisos de confiabilidade do VCB.

128 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Comutação
manobra e controle
Introdução - Características

Introdução
Os interruptores de corrente alternada e as chaves seccionadoras para a sua
função de comutação, possuem valores nominais de fechamento e interrupção de
corrente, para instalações em áreas internas e externas,
para tensões nominais acima de 1 kV até 52 kV inclusive e para frequências
nominais de 162/3 Hz até 60 Hz inclusive, devem seguir a norma IEC 62271-103.
Esta norma também é aplicável a interruptores unipolares usados em sistemas
trifásicos.

Supõe-se que as operações de abertura e fechamento sejam realizadas de acordo


com
as instruções do fabricante. Uma operação de fechamento pode seguir
imediatamente
uma operação de interrupção, mas uma operação de interrupção não deve seguir
imediatamente uma operação de fechamento, uma vez que a corrente a ser
interrompida pode então ultrapassar a corrente nominal de interrupção da chave.

Características
Em comum com a norma IEC 62271-1:2017/A1:2021
(a) Tensão nominal (Ur);
(b) nível de isolamento nominal (Up, Ud e Us quando aplicável);
(c) frequência nominal (fr);
(d) corrente nominal em regime contínuo (Ir);
(e) corrente suportável nominal de curta duração (Ik);
(f) corrente nominal suportável de pico (Ip);
(g) duração nominal de curto-circuito (tk);
(h) tensão de alimentação nominal dos dispositivos de fechamento e abertura e dos
circuitos auxiliares (Ua);
(i) frequência nominal de alimentação dos dispositivos de fechamento e abertura e
dos circuitos auxiliares;

Específico para interruptores IEC 62271-103:2021


(j) corrente nominal de interrupção de carga principalmente ativa (Iload);
(k) corrente nominal de interrupção de circuito fechado (Iloop);
(l) corrente nominal de interrupção de transformador de potência em paralelo (Ipptr);
(m) corrente nominal de interrupção de carregamento de cabo (Icc);
(n) corrente nominal de interrupção de carregamento de linha (Ilc);
(o) corrente nominal de interrupção de banco único de capacitores (Isb);
(p) corrente nominal de interrupção de banco de capacitores back-to-back (Ibb);
(q) corrente nominal de fechamento de partida de banco de capacitores back-to-
back (Iin);
(r) corrente nominal de interrupção de falta à terra (Ief1);
(s) corrente nominal de interrupção de carga de cabo e de linha sob condições de
falta à terra (Ief2);
(t) corrente nominal de interrupção de motor (Imot);
(u) corrente nominal de fechamento em curto-circuito (Ima);
(v) classe de resistência mecânica dos interruptores (M1 ou M2);
(w) classe de resistência elétrica dos interruptores de uso geral (E1, E2 ou E3);
(x) classe de capacidade de interrupção capacitiva de interruptores (C1 ou C2).

As condições de aplicabilidade das classificações adicionais dependem do tipo de


interruptor e/ou aplicação.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 129


Definição de conjunto de Comutação
manobra e controle
Características

Corrente nominal de interrupção de carga principalmente ativa


(Iload); (conf. § 5.101 da norma IEC 62271-103)
A corrente nominal de interrupção de carga principalmente ativa é a corrente
máxima de carga principalmente ativa que a chave deve ser capaz de interromper
em sua tensão nominal. Seu valor deverá ser igual à corrente nominal normal se
nenhum outro valor estiver indicado na placa de identificação.

corrente nominal de interrupção de circuito fechado (Iloop) (conf.


§ 5.102 da norma IEC 62271‑103)
A corrente nominal de interrupção em malha fechada é a corrente máxima em
malha fechada que a chave deve ser capaz de interromper. Podem ser atribuídas
classificações separadas para corrente de interrupção de circuito de linha de
distribuição e corrente de interrupção de transformador de potência em paralelo.

Corrente nominal de interrupção de transformador de potência


em paralelo (Ipptr); (conf. § 5.103 da norma IEC 62271-103)
A corrente nominal de interrupção de transformador de potência em paralelo é a
corrente máxima do transformador de potência paralelo de malha fechada que
uma chave para fins especiais deve ser capaz de interromper.

Corrente nominal de interrupção de carregamento de cabo (Icc);


(conf. § 5.104 da norma IEC 62271-103)
A corrente nominal de interrupção de carregamento de cabo é a corrente máxima
de carregamento de cabo que a chave deve ser capaz de interromper em sua
tensão nominal.

Corrente nominal de interrupção de carregamento de linha (Ilc)


(conf. § 5.105 da norma IEC 62271-103)
A corrente nominal de interrupção de carregamento de linha é a corrente máxima
de carregamento de linha que a chave deve ser capaz de interromper em sua
tensão nominal.

Corrente nominal de interrupção de banco único de capacitores


para chaves de uso especial (Isb) (conf. § 5.106 da norma IEC
62271-103)
A corrente nominal de interrupção de banco único de capacitores é a corrente
máxima do banco de capacitores que uma chave para fins especiais deve ser
capaz de interromper em sua tensão nominal, sem nenhum banco de capacitores
conectado no lado de alimentação da chave adjacente ao banco que está sendo
comutado.

Corrente nominal de interrupção de banco de capacitores


back-to-back para chaves de uso especial (Ibb) (conf. § 5.107 da
norma IEC 62271-103)
A corrente nominal de interrupção de banco de capacitores back-to-back é a
corrente máxima do banco de capacitores que uma chave para fins especiais
deve ser capaz de interromper em sua tensão nominal com um ou mais bancos
de capacitores conectados no lado da alimentação da chave adjacente ao banco
sendo comutado.
A corrente de interrupção nominal preferida de banco de capacitores back-to-back
é de 400 A.

130 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Comutação
manobra e controle
Características

Corrente nominal de fechamento de partida de banco de


capacitores back-to-back para chaves de uso especial (Ibb)
(conf. § 5.108 da norma IEC 62271-103)
A corrente nominal de fechamento de corrente de partida de banco de capacitores
back-to-back é o valor de pico da corrente que uma chave para fins especiais deve
ser capaz de fechar em sua tensão nominal e com uma frequência de corrente de
partida apropriada às condições de serviço. A atribuição de uma corrente nominal
de fechamento de corrente de partida de banco de capacitores back-to-back é
obrigatória para chaves que possuem uma corrente nominal de interrupção de
banco de capacitores back-to-back.

A corrente nominal de fechamento de partida preferida para banco de capacitores


é de 20 kA, com uma frequência da corrente de irrupção de 4.250 Hz.

OBSERVAÇÃO: A frequência e a magnitude da corrente de corrente de partida dependem


do tamanho e da configuração do banco de capacitores que está sendo comutado, do banco
de capacitores já conectado no lado de alimentação da chave e da inclusão de impedâncias
limitantes, se houver.

Corrente nominal de interrupção de falta à terra (Ief1) (conf. §5.109


da norma IEC 62271-103)
A corrente nominal de interrupção de falta à terra é a corrente capacitiva máxima
de falta à terra na fase em falta que a chave deve ser capaz de interromper em sua
tensão nominal, quando usada em um sistema neutro não aterrado efetivamente.

OBSERVAÇÃO: O valor máximo da corrente de falta capacitiva à terra que ocorre em um


sistema de aterramento neutro isolado pode atingir até três vezes a corrente de carga de
cabos e linhas da rede. Orientações adicionais são fornecidas no Anexo B da norma IEC
62271-103.

Corrente nominal de interrupção de carga de cabo e linha sob


condições de falta à terra (Ief2) (conf. § 5.110 da norma IEC
62271-103)
A corrente nominal de interrupção de carregamento de cabo e de linha sob
condições de falta à terra é a corrente capacitiva máxima nas fases sem falta que
a chave deve ser capaz de interromper em sua tensão nominal, quando usada em
um sistema de neutro não aterrado efetivamente.

OBSERVAÇÃO: O valor máximo da corrente capacitiva em fases sem falta sob condições de
falta à terra que ocorrem em um sistema de aterramento de neutro isolado pode atingir até
√3 vezes a corrente de carregamento de cabo e de linha da rede. Orientações adicionais são
fornecidas no Anexo B da norma IEC 62271-103.

Corrente nominal de interrupção de motor para chaves de uso


especial (Imot) (conf. § 5.111 da norma IEC 62271-103)
A corrente nominal de interrupção de motor é a corrente máxima de motor em
estado estacionário que a chave deve ser capaz de abrir em sua tensão nominal.
Consultar a norma IEC 62271-110 sobre comutação de carga indutiva.

OBSERVAÇÃO: Normalmente, a corrente de interrupção para a condição de motor bloqueado


é da ordem de oito vezes a corrente nominal do motor em regime normal.

Corrente nominal de fechamento de curto-circuito (Ima) (conf. §


5.112 da norma IEC 62271-103)
A corrente nominal de fechamento de curto-circuito é a corrente de pico máxima
que a chave deve ser capaz de fechar em sua tensão nominal.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 131


Definição de conjunto de Comutação
manobra e controle
Características

Correntes nominais de interrupção e fechamento para chaves de uso


geral (conf. § 5.113.2 da norma IEC 62271-103)
Uma chave de uso geral deve ter classificações específicas para cada
serviço de comutação do seguinte modo:
• corrente nominal de interrupção de carga principalmente ativa igual à
corrente nominal contínua;
• corrente nominal de interrupção de linha de distribuição igual à corrente
nominal em regime contínuo;
• corrente nominal de interrupção de carregamento de cabo conforme
mostrado abaixo;
• corrente nominal de fechamento de curto-circuito igual à corrente
nominal suportável de pico.
E, adicionalmente, para interruptores destinados ao uso em sistemas com
neutro não aterrado efetivamente:
• corrente nominal de interrupção de falta à terra;
• corrente nominal de interrupção de carregamento de cabo e de linha
sob condições de falta à terra.

Faixa I, Série I
Tensão nominal Carga de cabo nominal Carga de linha nominal
Ur (kV) Icc (A) Ilc (A)
7,2 6 0,5
12 10 1
17,5 10 1
24 16 1,5
36 20 2
40,5 20 2
52 24 2,5
Faixa I, Série II
Tensão nominal Carga de cabo nominal Carga de linha nominal
Ur (kV) Icc (A) Ilc (A)
4,76 4 0,3
8,25 6 0,5
15 10 1
25,8 16 1,5
38 20 2
48,3 24 2,5

Correntes nominais de interrupção e fechamento para chaves com


finalidade limitada (conf. § 5.113.3 IEC 62271-103)
Uma chave de uso limitado deve ter uma corrente nominal em regime
contínuo, uma corrente nominal suportável de curta duração e uma ou
mais, mas não todas, capacidades de chaveamento de uma chave de
uso geral. Se outras classificações forem especificadas, deverão ser
selecionados valores da série R10 especificados na norma IEC 60059.

Correntes nominais de fechamento e interrupção de chaves para fins


especiais (conf. § 5.113.4 da norma IEC 62271-103)
Uma chave de uso especial pode ter uma ou mais capacidades
de comutação de uma chave de uso geral e deve ter capacidades
de comutação apropriadas para a aplicação de serviço especial
específica para a qual a chave foi projetada. Uma ou mais das seguintes
classificações serão atribuídas:
• corrente nominal de interrupção de transformador de potência em
paralelo;
• corrente nominal de interrupção de banco único de capacitores;
• corrente nominal de partida de banco de capacitores back-to-back.
• corrente nominal de interrupção de motor. Os valores nominais devem
ser selecionados da série R10 especificada na norma IEC 60059.

132 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Comutação
manobra e controle
Características

Valores nominais para interruptores protegidos por fusíveis (conf.


§ 5.113.5 da norma IEC 62271-103)
Chaves de uso geral, de propósito limitado e de propósito especial podem ser
protegidas por fusíveis.

Se este for o caso, os valores nominais de curto-circuito, as correntes suportáveis


de curta duração e as correntes de fechamento das chaves podem ser
selecionados considerando o efeito limitante na duração e valor da corrente de
curto-circuito por fusíveis.

A norma IEC 62271-105 sobre combinações de chave-fusível de corrente alternada


pode ser usada para essa finalidade.

Tipo e classes para interruptores de uso geral, de uso limitado


e de uso especial (conf. § 5.114, § 5.115, § 5.116 da norma IEC
62271-103)
Cada chave que atender essa norma deverá ser projetada pelo tipo como de uso
geral, propósito limitado ou propósito especial.
Além disso, uma chave também deve ser projetada por sua classe de:
• resistência mecânica (M1 (1000 CO + ensaios) ou M2 (5000 CO + ensaios));
• resistência elétrica (E1 (básica), E2 (média) ou E3 (alta)) para chave de uso geral;
• comutação capacitiva (C1 ou C2 (baixa probabilidade de restabelecimento da
corrente durante a interrupção de corrente)).

Todas essas classificações de robustez estão descritas na norma IEC 62271-103.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 133


Definição de conjunto de Chaves seccionadoras e de
manobra e controle
aterramento
Introdução - Características

A norma IEC 62271-102 define por um lado as


Introdução
Nas aplicações de MT, as chaves seccionadoras são utilizadas para criar
condições de operação, as características nominais, uma separação de um circuito que poderia estar energizado, com melhores
o projeto e a fabricação; e, por outro lado o ensaio, a desempenhos que os fornecidos por outros dispositivos de comutação. O
seleção dos controles e a instalação. desempenho da resistência dielétrica entre contatos abertos é expresso
através de dois valores, para tensão e frequência industrial e tensão de impulso
atmosférico, e verificado com critérios de aceitação usuais, significando que uma
ocorrência aceitável de descarga elétrica de 2/15 em ensaio (para isolamento
auto-restaurador). Uma chave seccionadora não é um dispositivo de segurança. O
mal-entendido mais perigoso seria considerar que um seccionador sozinho é, por si
só é capaz de garantir a segurança de pessoas a jusante.

Características
Em comum com a norma IEC 62271-1:2017/A1:2021
(a) tensão nominal (Ur);
(b) nível de isolamento nominal (Up, Ud e Us quando aplicável);
(c) frequência nominal (fr);
(d) corrente nominal em regime contínuo (Ir);
(e) corrente nominal suportável de curta duração (Ik);
(f) corrente nominal suportável de pico (Ip);
(g) duração nominal de curto-circuito (tk);
(h) tensão de alimentação nominal dos dispositivos de fechamento e abertura e dos
circuitos auxiliares (Ua);
(i) frequência nominal de alimentação dos dispositivos de fechamento e abertura e
dos circuitos auxiliares;
Específico para seccionadores e chaves de aterramento IEC 62271-102:2018
(j) corrente nominal de curto-circuito (somente para chaves de aterramento);
(k) zona de contato nominal;
(l) carga nominal no terminal mecânico;
(m) revestimento nominal com gelo;
(n) valores nominais da capacidade de comutação de corrente em transferência de
barramento (somente para seccionadoras);
(o) valores nominais da capacidade de comutação de corrente induzida (somente
para chaves de aterramento);
(p) valores nominais da capacidade de comutação da corrente de carregamento de
barramento (somente para seccionadoras). Além dos valores nominais acima
indicados, poderão ser atribuídas as seguintes classificações:
(q) classe de fechamento de curto-circuito (somente para chaves de aterramento);
(r) aula de robustez mecânica;
(s) classe de comutação de corrente induzida (somente para chaves de
aterramento);
(t) classe de comutação de corrente de carregamento de barramento (somente
para seccionadoras).

Corrente nominal suportável de curta duração (Ik) (conf. § 5.6 da


norma IEC 62271-1 e IEC 62271‑102)
Esta classificação define o valor RMS da corrente de curto-circuito que o conjunto
de manobra e controle pode conduzir na posição fechada durante sua duração
nominal nas condições de serviço. Uma chave de aterramento pode receber
uma classificação diferente da classificação do circuito principal relacionado (se
aplicável). Uma chave de aterramento que faça parte integrante de uma chave de
aterramento de função combinada pode receber uma classificação diferente da
classificação do seu circuito principal.

Corrente nominal suportável de pico (Ip) (conf. § 5.7 da norma


IEC 62271-1 e 5.7 da norma IEC 62271‑102)
A subcláusula 5.7 da norma IEC 62271-1:2017/A1:2021 é aplicável com o seguinte
acréscimo. Uma chave de aterramento pode receber uma classificação diferente
da classificação do circuito principal relacionado (se aplicável). Uma chave de
aterramento que faça parte integrante de uma chave de aterramento de função
combinada pode receber uma classificação diferente da classificação do seu
circuito principal.

134 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Chaves seccionadoras e de
manobra e controle
aterramento
Características

Duração nominal de curto-circuito (tk) (conf. § 5.8 da norma IEC


62271-1 e 5.8 da norma IEC 62271‑102)
Esta classificação define o intervalo de tempo durante o qual o conjunto de
manobra e controle pode conduzir, na posição fechada, uma corrente igual à
sua corrente suportável nominal de curta duração. O valor preferido da duração
nominal do curto-circuito é de 1 s. Um valor alternativo inferior ou superior a 1 s
pode ser escolhido, por exemplo 0,5 s, 2 s, 3 s.
Uma chave de aterramento pode receber uma classificação diferente da
classificação do circuito principal relacionado (se aplicável). Uma chave de
aterramento que faça parte integrante de uma chave de aterramento de função
combinada pode receber uma classificação diferente da classificação do seu
circuito principal.

Corrente nominal de fechamento de curto-circuito (I ma ) (conf. §


5.101 da norma IEC 62271-102)
A corrente nominal de curto-circuito é aplicável somente às chaves de aterramento
das classe E1 e E2. Isto deve ser igual à corrente suportável de pico nominal.

Classificação dos seccionadores de aterramento para corrente


de curto-circuito (conf. § 5.102 da norma IEC 62271‑102)
A capacidade de curto-circuito dos seccionadores de aterramento para realizar um
número definido de operações de curto-circuito, sem grandes manutenções, deve
corresponder a uma das classes indicadas na tabela a seguir.
Esta classificação substitui a robustez elétrica anterior.

OBSERVAÇÃO: O aumento do número de operações de fechamento da Classe E2 está


normalmente relacionado a tensões de até 52 kV inclusive, dependendo das condições de
operação e dos sistemas de proteção de tais redes.

Classe Tipo de chave de aterramento


E0 Chave de aterramento sem capacidade de
curto-circuito
E1 Chave de aterramento com capacidade para realizar
duas operações de curto-circuito
E2 Chave de aterramento com capacidade para realizar
cinco operações de curto-circuito

Zona de contato nominal (conf. § 4.102 da norma IEC 62271-102)


No caso de seccionadoras de suporte dividido e chaves de aterramento de
suporte dividido, o fabricante deverá indicar os valores nominais da zona de
contato (indicados por xr, yr e zr). Os valores preferidos são indicados na tabela
para contato fixo e, respectivamente, para condutores flexíveis e rígidos.

Zonas de contacto preferidas Tensão nominal x mm y mm z1 mm z2 mm


para contatos ‘fixos’ (Ur)
suportados por
Condutores flexíveis 52 - 72,5 – 100 100 300 200 300
Condutores rígidos 52 - 72,5 – 100 100 100 100

x = amplitude total do movimento longitudinal de condutor apoiado (temperatura).


y = deflexão horizontal total (perpendicular ao condutor apoiado) (vento).
Z = deflexão vertical (gelo) z1: vão curto e vão longo z2 dos condutores flexíveis.
Os valores nominais devem ser especificados pelo fabricante.
Isto também se refere a um deslocamento angular tolerável do contato fixo.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 135


Definição de conjunto de Chaves seccionadoras e de
manobra e controle
aterramento
Características

Carga estática nominal no terminal mecânico (conf. § 5.104 da


norma IEC 62271-102)
As cargas nos terminais mecânicos são aplicáveis às seccionadoras mesmo para
tensões nominais inferiores a 52 kV e os valores recomendados podem ser usados.
É aconselhável uma verificação adicional de acordo com os estresses provenientes
das condições de serviço locais.

Chaves seccionadoras e de aterramento devem ser capazes de fechar e abrir


enquanto estiverem sujeitas às cargas estáticas nominais nos terminais mecânicos.
As chaves seccionadoras e de aterramento devem ser capaz de suportar sua
carga dinâmica nominal no terminal mecânico em condição de curto-circuito.

As tensões mecânicas nos isoladores para garantir toda a função devem ser
levadas em conta durante a fase de projeto.
Cargas estáticas recomendadas nos terminais mecânicos.
Tensão Corrente Seccionadoras de duas e três Suporte dividido Vertical
nominal nominal colunas seccionadoras Força Fc(a) N
(Ur) kV em regime Carga direta Carga cruzada Carga direta Carga cruzada
contínuo (Ir) Fa1 e Fa2 Fb1 e Fb2 Fa1 e Fa2 Fb1 e Fb2
A
Fc
DM105277

DM105262
Fb1 Fb1 Fa2
Fc
Fa2
Fa1 Fb2
Fa1
Fb2

N N N N
52 - 72,5 ≤ 1600 400 130 800 200 500
≤ 1600 500 170 800 200
(a) Fc simula as forças descendentes causadas pelo peso dos condutores de conexão. Fc não se aplica a condutores flexíveis.

OBSERVAÇÃO: A carga terminal mecânica estática inclui forças resultantes de gelo, vento e dos condutores conectados.

Valores nominais da capacidade de comutação de corrente de


transferência de barramento de seccionadoras (conf. § 5.108.1
da norma IEC 62271-102)

Valores nominais da capacidade de comutação de corrente


induzida de chaves de aterramento (conf. § 5.109 EC 62271-102)

Valores nominais da capacidade de comutação de corrente de


carga de barramento (conf. § 5.110 da norma IEC 62271-102)

Valores nominais da robustez mecânica de seccionadoras (conf.


§ 5.105 da norma IEC 62271-102)
Um seccionador deverá ser capaz de realizar o seguinte número de operações,
levando em consideração o programa de manutenção especificado pelo
fabricante:
ClasseTipo de seccionador Quantidade de ciclos
operacionais
MO Chave seccionadora de aterramento padrão 1000
(resistência mecânica normal)
M1 Seccionador destinado ao uso com um disjuntor da 2000
mesma classe (resistência mecânica estendida)
M2 Seccionador destinado ao uso com um disjuntor da 10000
mesma classe (resistência mecânica estendida)

136 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Chaves seccionadoras e de
manobra e controle
aterramento
Características

Valores nominais da resistência mecânica para chaves de


aterramento (conf. § 5.106 da norma IEC 62271-102)
A resistência mecânica dos seccionadores de aterramento deve corresponder a
uma das classes indicadas na tabela a seguir. O desempenho está associado ao
programa de manutenção definido pelo fabricante:
ClasseTipo de seccionador Número de ciclos de
operação
M0 Seccionador padrão (resistência mecânica normal) 1000
M1 Seccionador destinado ao uso com um disjuntor de 2000
mesma classe (resistência mecânica estendida)
M2 Seccionador destinado ao uso com um disjuntor da 10000
mesma classe (resistência mecânica estendida)

Revestimento nominal com gelo (conf. § 5.107 das norma IEC


62271-102)
Para seccionadoras e chaves de aterramento capazes de operar sob condições de
gelo, um revestimento de gelo nominal deverá ser atribuído pelo fabricante.

Os valores nominais preferenciais de revestimento por gelo são: 1 mm, 10 mm e


20 mm.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 137


Definição de conjunto de Fusíveis limitadores de corrente
manobra e controle
Introdução - Características

Introdução
DM105261

Os fusíveis limitadores de corrente de MT são usados principalmente para proteger


6
transformadores e também motores, capacitores e outras cargas. A norma de
referência é a IEC 60282‑1:2020.
5

4
Características
Valores nominais da do fusível base
3 • Tensão nominal.
• Corrente nominal.
• Nível de isolamento nominal (na frequência industrial, tensões suportáveis secas,
2
úmidas e de impulso).
Valores nominais do elo fusível
• Tensão nominal.
• Corrente nominal.
1 - Contacts
2 - Case • Corrente de interrupção máxima nominal.
3 - Core • Corrente de interrupção mínima nominal para fusíveis de proteção.
4 - Fuse elements • Frequência nominal.
5 - Extinguishing agent
6 - Strike
Características do fusível
• Limites da elevação de temperatura
Características do elo fusível
• Classe
• Tensões de comutação.
• Características tempo-corrente.
1
• Características de corte.
• Característica I²t.
2
• Dissipação de energia.
3
Classificações e características dos tipos e aplicações específicas de elos
4
fusíveis
5 • Características mecânicas do percursor.
• Fator K (para elos fusíveis para aplicações em circuitos de motores).
• Temperatura máxima de aplicação.
• Corrente permitida em regime contínuo
• Corrente máxima do gabinete.

Tensão nominal (Ur) (conf. § 5.2.1 da norma IEC 60282-1)


Tensão usada na designação de um fusível base ou elo fusível, a partir da qual as
condições de ensaio são determinadas.

OBSERVAÇÃO: A cláusula da condição padrão de uso detalha a relação entre a tensão


nominal de um fusível e a tensão do sistema no qual ele pode ser usado, com base nas
premissas do sistema e nas especificações usadas para os ensaios de ruptura do elo fusível.

A tensão nominal de um fusível deve ser selecionada a partir das tensões fornecidas na tabela
a seguir.

Série I (kV) Série II (kV)


3,6 2,8
7,2 5,5
12 8,3
17,5 15,5
24 17,2
36 23
40,5 27
52 38
72,5 48,3
72,5
OBSERVAÇÃO 1: Esta tensão nominal representa a tensão mais alta para o equipamento (ver
norma IEC 60038).
OBSERVAÇÃO 2: Em sistemas trifásicos solidamente aterrados, os fusíveis só podem ser
utilizados desde que a tensão mais alta do sistema seja menor ou igual à sua tensão nominal.
Em sistemas monofásicos ou não solidamente aterrados, os fusíveis somente podem ser
usados desde que a tensão mais alta do sistema seja menor ou igual a 87% da sua tensão
nominal, a menos que ensaios específicos tenham sido realizados (ver norma IEC/TR
62655:2013, 5.1.3).

138 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Fusíveis limitadores de corrente
manobra e controle
Características

Nível nominal de isolamento (fusível base) (conf. § 5.2.4 da


norma IEC 60282-1)
Tensão através do
fusível
Tensão de comutação
Níveis de isolamento nominais do fusível base – Série I
do fusível Isto é baseado na prática da Europa, e as condições de referência padrão de
Tensão de
arco
temperatura, pressão e umidade são 20 °C, 101,3 kPa e 11 g/m3, respectivamente,
de água.
TRV

Tensão Tensão nominal suportável a impulso atmosférico Tensão suportável na


nominal de (polaridade negativa e positiva) frequência industrial
fusível em kV Lista 1 kV (pico) Lista 2 kV (pico) nominal, durante 1 min (seca
e úmida) kV (r.m.s.)
À terra e entre Através da À terra e entre Através da À terra e entre Através da
Corrente através do polos distância de polos distância de polos distância de
fusível
isolamento isolamento da isolamento da
Corrente
prospectiva dafusível base fusível base fusível base
(ver nota) (ver nota) (ver nota)
Fusível
funde 3,6 20 23 40 46 10 12
7,2 40 46 60 70 20 23
12 60 70 75 85 28 32
17,5 75 85 95 110 38 45
Interrupção de alta corrente
para fusível limitador de
24 95 110 125 145 50 60
corrente 36 145 165 170 195 70 80
40,5 180 200 190 220 80 95
52 250 290 250 290 95 110
72,5 325 375 325 375 140 160
OBSERVAÇÃO: Um nível de isolamento deve ser especificado apenas para as bases de fusíveis às quais são atribuídas
propriedades de isolamento.

Níveis de isolamento nominais do fusível base – Série II


Baseia-se na prática dos EUA e Canadá, onde as condições de referência
padrão de temperatura, pressão e umidade são 25 °C, 101,3 kPa e 15 g/m3,
respectivamente, para a água.

Tensão Tensão suportável nominal a Tensão suportável nominal na frequência industrial, em


nominal impulso atmosférico (polaridade kV (r.m.s.)
de fusível negativa e positiva) kV (pico)
em kV
À terra e entre Através da distância À terra e entre polos Através da distância de
polos de isolamento do isolamento da base do
fusível base (ver fusível (ver nota)
nota)
Área Área Área Área Área Área externa Área Área externa
interna externa interna externa interna interna
1 min 1 min 10 s wet 1 min 1 min 10 s wet
seco seco seco seco
2,8 45 – 50 – 15 – – 17 – –
5,5 60 – 66 – 19 – – 21 – –
8,3 75 95 83 105 26 35 30 29 39 33
15 a 17,2 95 – 105 – 36 – – 40 – –
15 a 17,2 110 110 121 121 50 50 45 55 55 50
23 a 27 125 150 138 165 60 – – 66 – –
23 a 27 150 – 165 – 60 – – 66 – –
38 150 200 165 220 70 95 80 77 105 88
48,3 – 250 – 275 – 120 100 – 132 110
72,5 – 350 – 385 – 175 145 – 193 160
OBSERVAÇÃO: Um nível de isolamento deve ser especificado apenas para as bases de fusíveis às quais são atribuídas
propriedades de isolamento.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 139


Definição de conjunto de Fusíveis limitadores de corrente
manobra e controle
Características

U Corrente nominal do fusível base (conf. § 5.2.2 da EC 60282-1)


DM105278

L
I A corrente nominal do fusível base deve ser selecionada entre os seguintes
u valores:
G
10 A, 25 A, 63 A, 100 A, 200 A, 400 A, 630 A, 1000 A. É a corrente em regime
contínuo sem ultrapassar os limites de aumento de temperatura sob as condições
prescritas, onde a temperatura do ar ambiente não é superior a 40 °C.

U Corrente nominal do elo fusível (Ir) (conf. § 5.2.3 da IEC 60282-1)


DM107938

A corrente nominal em Amperes do elo fusível deve ser selecionada a partir da


Série R10. Para casos especiais, valores adicionais para a corrente nominal do elo
fusível podem ser selecionados na série R20.

u OBSERVAÇÃO: A série R10 é composta dos números 1; 1,25; 1,6; 2; 2,5; 3,15; 4; 5; 6,3; 8 e
seus múltiplos de 10. A série R20 é composta dos números 1; 1,12; 1,25; 1,40; 1,6; 1,8; 2; 2,24;
2,5; 2,8; 3,15; 3,55; 4; 4,5; 5; 5,6; 6,3; 7,1; 8; 9 e seus múltiplos de 10.

Up Capacidade de interrupção nominal (§ 5.2.5 da IEC 60282-1 e


I IEC/TR 62655)
Corrente nominal de interrupção máxima (I1) (§ 5.2.5 da norma
Ip IEC 60282-1)
A corrente nominal de interrupção máxima em kA do elo fusível deve ser
selecionada na série R10.
Desconexão em I1, Capacidade máxima de
interrupção
OBSERVAÇÃO: A série R10 é composta dos números 1; 1,25; 1,6; 2; 2,5; 3,15; 4; 5; 6,3; 8 e
seus múltiplos de 10.

Corrente nominal de interrupção mínima e classe (conf. § 5.2.5.2


da norma IEC 60282-1)
O fabricante deve indicar a classe da seguinte forma:
• Fusíveis de proteção e corrente nominal de interrupção mínima (I3)Fusíveis
capazes de interromper todas as correntes desde sua corrente nominal de
interrupção mínima até sua corrente nominal de interrupção máxima;
• Fusíveis de uso geral e, se houver, a corrente mínima de interrupçãoFusíveis
capazes de interromper todas as correntes desde um valor igual a uma corrente
que causa a fusão do fusível em uma hora, até a corrente nominal máxima de
interrupção do fusível;
• Fusíveis de gama completaFusíveis capazes de interromper todas as correntes
que causam a fusão do fusível, até a corrente nominal máxima de interrupção do
fusível.

Frequência nominal (conf. § 5.2.6 da norma IEC 60282-1)


Os valores padrão na frequência nominal são 50 Hz e 60 Hz. Deve-se observar que
os fusíveis são normalmente testados em 50 Hz ou 60 Hz. Entretanto, a experiência
mostrou que, embora o mesmo projeto de fusível testado em ambas as frequências
em uma corrente que produz uma ação limitadora de corrente geralmente exibe
correntes de pico ligeiramente mais altas em 60 Hz e valores operacionais I2t
ligeiramente mais altos em 50 Hz, os fusíveis que passam com êxito em todos os
ensaios em uma frequência são adequados para uso na outra frequência.

Temperatura e limites de elevação de temperatura (conf. § 5.2.7


da norma IEC 60282-1)
Temperatura ambiente de 40 °C ou menos
Um elo fusível e um fusível base devem ser capazes de conduzir sua corrente
nominal continuamente sem ultrapassar os limites de aumento de temperatura
(acima da temperatura ambiente) indicados na tabela a seguir e sem deterioração.
Quando as superfícies de contato tiverem revestimentos diferentes, as
temperaturas e os aumentos de temperatura permitidos serão os seguintes:
(a) para contatos e terminais parafusados, aqueles do componente com os maiores
valores permitidos na tabela a seguir;
(b) para contatos acionados por mola, aqueles do componente com os menores
valores permitidos na tabela a seguir.

140 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Fusíveis limitadores de corrente
manobra e controle
Características

Limites de elevação de temperatura (conf. § 5.2.7 da Tabela 6


IEC 60282-1)
Componente ou material Máximo valor de
Temperatura θ (°C) Elevação da
temperatura K
Contatos no ar
Contatos com mola (cobre ou liga de cobre)
nu 75 35
revestido de prata ou níquel 105 65
revestido de estanho 95 55
outros revestimentos metálicos(1)
Contatos aparafusados ou equivalentes (cobre, liga de cobre e liga de alumínio)
nu 90 50
revestido de prata ou níquel 105 65
revestido de estanho 115 75
outros revestimentos metálicos(1)
Contatos em líquido isolante (cobre ou liga de cobre)
Contatos com mola (cobre ou liga de cobre)
nu 80 40
estanho e prata ou revestido de níquel 90 50
outros revestimentos metálicos(1)
Contatos aparafusados
nu 100 60
estanho e prata ou revestido de níquel 100 60
outros revestimentos metálicos(1)
Terminais aparafusados em ar
nu 90 50
estanho e prata ou revestido de níquel 105 65
outros revestimentos metálicos(1)
Peças metálicas atuando como molas(2)
Materiais usados como isolamento e peças metálicas em contato com isolamento das ,
(1) Caso o fabricante utilize revestimentos diferentes dos
classes(3)
indicados nesta tabela, as propriedades destes materiais
deverão ser levadas em conta. classe Y (para materiais não 90 50
(2) A temperatura ou o aumento da temperatura não deve impregnados)
atingir tal valor que a elasticidade do metal seja prejudicada. Classe A (materiais imersos em óleo) 100 60
(3) Classes conforme IEC 60085.
(4) Limitado apenas pela exigência de não causar qualquer classe E 120 80
dano para as partes vizinhas. Classe B 130 90
(5) Na parte superior do óleo.
classe F 155 115
(6) Deverá ser dada especial atenção à vaporização e à
oxidação quando for utilizado óleo com baixo ponto de fulgor. esmalte: à base de óleo / sintético 100 / 120 60 / 80
O valor de temperatura fornecido pode ser ultrapassado para classe H 180 140
aplicações do tipo transformador e/ou se forem utilizados
líquidos isolantes sintéticos ou outros líquidos isolantes outras classes(4)
adequados (ver 8.3.2 e a norma IEC 60076-7). óleo(5)(6) 90 50
qualquer parte de metal ou material 100 60
isolante em contato com óleo, exceto
contatos e molas

(a) Caso o fabricante utilize revestimentos diferentes dos indicados nesta tabela, as
propriedades desses materiais devem ser levadas em conta.
(b) A temperatura ou o aumento da temperatura não devem atingir um valor tal que a
elasticidade do metal seja prejudicada.
(c) Classes de acordo com a norma IEC 60085.
(d) Limitado apenas pelo requisito de não causar quaisquer danos às peças
circundantes.
(e) Na parte superior do líquido.
(f) Consideração especial deve ser dada em relação à vaporização e oxidação
quando é utilizado líquido isolante de baixo ponto de fulgor. Os valores citados
são para óleo; os valores de temperatura fornecidos podem ser ultrapassados
para aplicações do tipo transformador e/ou se forem usados líquidos isolantes
sintéticos ou outros líquidos adequados (ver ensaio de estanqueidade a líquidos
e guia de carga para transformadores de potência em óleo IEC 60076-7).

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 141


Definição de conjunto de Fusíveis limitadores de corrente
manobra e controle
Características

Limites de tensão de comutação (conf. § 5.2.8 da norma IEC


60282-1)
A importância de qualquer projeto de fusível ultrapassando os limites prescritos
seria em termos de possível ruptura do isolamento externo ou mesmo queima
durante a operação do fusível e falha do pára-raios.
O valor das tensões de comutação durante a operação em todas as tarefas de
ensaio não deve ultrapassar aqueles mencionados na tabela a seguir. Outros
valores máximos de tensão de comutação para tensões nominais mais altas para
certos fusíveis de pequenas correntes nominais são detalhados na IEC 60282-1.
Série I Série II
Tensão nominal kV Máxima tensão de Tensão nominal kV Máxima tensão de
comutação kV comutação kV
3,6 12 2,8 9
7,2 23 5,5 18
12 38 8,3 26
17,5 55 15,5 a 17,2 49
24 75 23 72
36 112 38 119
40,5 126 48,3 150

Tensão nominal de recuperação transitória (TRV) (conf. § 4.10 da


norma IEC 60282-1)
A tensão nominal de recuperação transitória é a tensão de referência que constitui
o limite superior da tensão de recuperação transitória prospectiva dos circuitos que
o fusível deve ser capaz de interromper em caso de um curto-circuito. A norma IEC
60282-1 estabelece valores apropriados de TRV para cada função de corrente de
ensaio em níveis de curto-circuito.
Entretanto, como o zero da corrente forçada ocorre próximo ao zero da tensão do
circuito, os fusíveis limitadores de corrente são muito menos sensíveis ao TRV do
que outros dispositivos de comutação não limitantes.

Anexo E (normativo) Requisitos para certos tipos de fusíveis


destinados ao uso em temperaturas ambientes acima de 40 °C
Quando um elo fusível estiver em um invólucro (FEP), ou em temperatura ambiente
elevada, e a temperatura ambiente do elo fusível ou recipiente estiver acima de 40
°C, uma temperatura máxima de aplicação deverá ser atribuída.
O fusível pode receber uma corrente em regime contínuo, permitida em uma
temperatura ambiente especificada. Um elo fusível e um fusível base devem ser
capazes de conduzir uma corrente em regime contínuo admissível atribuída, em
uma temperatura ambiente especificada, continuamente, sem ultrapassar os limites
de temperatura máxima apresentados na tabela 6 da norma IEC 60282-1:2020 (Ver
tabela de elevação de temperatura deste documento página 45).
Quando não for possível atribuir uma corrente admissível em regime contínuo
(em altas temperaturas ambientes e com o elo fusível em líquido), uma corrente
máxima do gabinete (Ifep) poderá ser especificada. Neste caso, os valores máximos
de temperatura indicados na tabela 6 da norma IEC 60282-1:2020 (Ver tabela de
elevação de temperatura deste documento página 45 podem ser ultrapassados
por acordo entre o fabricante e o usuário.

142 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Fusíveis limitadores de corrente
manobra e controle
Características

Características tempo-corrente (conf. § 5.2.9 da norma IEC


60282-1)
Para cada tipo de elo fusível existe uma duração de fusível ou de pré-arco que
corresponde a um valor de corrente eficaz (rms).
A duração do pré-arco para cada valor de corrente pode ser determinada
traçando-se uma curva numa escala logarítmica padronizada (ver figura abaixo).
Esta curva refere-se apenas ao pré-arco.
Também pode ser feita menção neste ponto às durações do pré-arco para
valores de corrente inferiores a I3. Neste caso, a curva é traçada como uma linha
pontilhada.Também é possível determinar o valor de I3 (limite da linha sólida) neste
diagrama.
Esta curva se estende até atingir uma duração de pré-arco >600 s (dependendoda
classe do fusível.)
A característica tempo-corrente é dada sempre com uma tolerância (os valores de
corrente são +20 %, +10 % ou +5 %) em relação a corrente.

Tempo
Características tempo-corrente da linha Schneider Electric
DM105280

(s)

10 A (36KV)

16 A (36KV)
Fusarc
1000
9

31.5 A

100 A
125 A
6.3 A

20 A
25 A
10 A

16 A

43 A
50 A
63 A
80 A
8
7
6
5
4

100
9
8
7
6
5
4

10
9
8
7
6
5
4

1
9
8
7
6
5
4

0.1
9
8
7
6
5
4

0.01
2 3 4
10 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2 3 4 5 6 7 8 910
Corrente (A)

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 143


Definição de conjunto de Fusíveis limitadores de corrente
manobra e controle
Características

Classe do elo fusível (conf. § 3.3.2 da norma IEC 60282-1)


Definições de fusíveis limitadores de corrente de acordo com a faixa em que podem
ser utilizados, divididos da seguinte forma:
• Fusíveis de proteção: fusível limitador de corrente capaz de interromper, sob
condições específicas de uso e comportamento, todas as correntes desde a corrente
de interrupção máxima nominal até a corrente de interrupção mínima nominal;
• Fusíveis de uso geral: fusível limitador de corrente capaz de interromper, sob
condições específicas de uso e comportamento, todas as correntes desde a corrente
nominal máxima de interrupção até um valor baixo igual à corrente que provoca a
fusão do elemento fusível em 1 h;
• Fusíveis de gama completa: fusível limitador de corrente capaz de interromper, sob
condições específicas de uso e comportamento, todas as correntes que provoquem
a fusão do(s) elemento(s) fusível(s), até sua corrente de interrupção máxima nominal.

Limites de tensão de comutação (conf. § 5.2.8 da norma IEC


60282-1)
A importância de qualquer projeto de fusível ultrapassando os limites prescritos
seria em termos de possível ruptura do isolamento externo ou mesmo queima
durante a operação do fusível e falha do pára-raios.

O valor das tensões de comutação durante a operação em todas as tarefas de


ensaio não deve ultrapassar aqueles mencionados na tabela a seguir. Outros
valores máximos de tensão de comutação para tensões nominais mais altas para
certos fusíveis de pequenas correntes nominais são detalhados na IEC 60282-1.

Série I Série II
Tensão nominal kV Máxima tensão de Tensão nominal kV Máxima tensão de
comutação kV comutação kV
3,6 12 2,8 9
7,2 23 5,5 18
12 38 8,3 26
17,5 55 15,5 a 17,2 49
24 75 23 72
36 112 38 119
40,5 126 48,3 150

144 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Fusíveis limitadores de corrente
manobra e controle
Características

Curvas de limitação de corrente (linha Schneider Electric


Fusarc)
O diagrama mostra o valor máximo da corrente de interrupção limitada em função
do valor da corrente eficaz que poderia ter ocorrido na ausência de um fusível.

Para outras gamas de fusíveis consulte as características técnicas nos catálogos

DE58242
de fusíveis dos fabricantes.

100
8
2
6
Ik 2
1.8 Ik 250 A
4 = =
Ia Is 200 A
160 A
125 A
2
100 A
80 A
63 A
10 50 A
8 40 A
6 31.5 A
25 A
20 A
4 16 A
10 A
6.3 A
2

1
8 4A

0.1
6 8 2 4 6 8 2 4 6 8 2 4 6 8
0.1 1 10 100

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 145


Definição de conjunto de Transformadores de instrumentos
manobra e controle
Introdução

Normas IEC
Familia de produto Norma de Produtos Norma IEC
Normas - IEC produto IEC antiga
61869-1 61869-2 Requisitos adicionais 60044-1
Requisitos gerais para para transformadores de 60044-6
transformadores de corrente
instrumentos 61869-3 Requisitos adicionais 60044-2
para transformadores de
potencial indutivos
61869-4 Requisitos adicionais 60044-3
para transformadores
combinados
61869-5 Requisitos adicionais 60044-5
para transformadores de
potencial capacitivos
61869-6 61869-7 Requisitos adicionais 60044-7
Requisitos gerais para transformadores de
adicionais para potencial eletrônicos
transformadores 61869-8 Requisitos adicionais 60044-8
de instrumentos para transformadores de
de baixa potência corrente eletrônicos
61869-9 Interface digital para
transformadores de
instrumentos
61869-10 Requisitos adicionais
para transformadores de
corrente passivos de baixa
potência
61869-11 Requisitos adicionais para 60044-7
transformadores de baixa
tensão
61869-12 Requisitos adicionais
para transformadores
de instrumentos
eletrônicos combinados
e transformadores de
instrumentos autônomos
combinados
61869-13 Unidade combinada
independente
61869-14 Requisitos adicionais
para transformadores de
corrente CC
61869-15 Requisitos adicionais
para transformadores
de potencial CC para
aplicações em CC

146 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Transformador de corrente
manobra e controle
Características do circuito primário de
acordo com normas IEC

O objetivo é fornecer uma corrente proporcional à corrente primária a um circuito


Favor observar:
secundário.
Nunca deixe um TC em um circuito aberto.
Razão de transformação nominal (Kr)
Ipr N2
Kr = =
Isr N1

OBSERVAÇÃO: os transformadores de corrente devem estar em conformidade com a norma


IEC 61869-2, mas também podem ser definidos por outras normas (ANSI, GB, etc.).

Eles são compostos de um ou vários enrolamentos primários e um ou vários


enrolamentos secundários, cada um com seu próprio circuito magnético, e todos
encapsulados em uma resina isolante.
É perigoso deixar um TC em circuito aberto porque tensões perigosas para
pessoas e equipamentos podem aparecer em seus terminais.

Características do circuito primário de


acordo com as normas IEC
Frequência nominal (fr)
Um TC definido para 50 Hz pode ser instalado em uma rede de 60 Hz. Sua
precisão é mantida. O oposto não é garantido.

Tensão nominal do circuito primário (Upr)


Caso geral:
Tensão nominal do TC ≥ a tensão nominal da instalação
A tensão nominal define o nível de isolamento do equipamento (ver capítulo
'Introdução' deste guia). Em geral, escolheríamos a tensão nominal do TC com
base na tensão de operação da instalação U, de acordo com a tabela:
U 3,3 5 5,5 6 6,6 10 11 13,8 15 20 22 30 33

Upr 7,2 kV
12 kV
17,5 kV
24 kV
36 kV

Caso especial:
Se o TC for um TC de anel instalado em uma bucha ou em um cabo, o isolamento
dielétrico é fornecido pelo isolamento do cabo ou da bucha.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 147


Definição de conjunto de Transformador de corrente
manobra e controle
Características do circuito primário de
acordo com normas IEC

Corrente de operação do primário (Ips)


A corrente de operação do primário I (A) de uma instalação (para um alimentador
de transformador, por exemplo) é igual à corrente de operação primária do TC (Ips),
levando em conta qualquer possível redução da capacidade.
Se:
S Potência aparente em kVA
U Tensão de operação no primário, em kV
P Potência ativa do motor em kW
Q Potência reativa dos capacitores em kvar
Ips Corrente de operação no primário, em A

Teremos:
• cubículo de entrada, alimentador do grupo gerador e alimentador do
transformador
S
Ips =
√3×U
• alimentador do motor
P
Ips =
√3×U×cosφ×η

η Eficiência do motor

Se você não souber os valores exatos de ϕ e η, poderá tomar como aproximação


inicial: cos ϕ = 0,8; η = 0,8.
• Alimentador de capacitores 1.3 é um coeficiente de redução da capacidade em
30% para levar em conta o aumento da temperatura devido às harmônicas do
capacitor.
Exemplo 1:
1,3 × Q
Um dispositivo de proteção térmica para um motor Ips =
√3×U
tem uma faixa de configuração entre 0,3 e 1,2 × IrTC.
• S
 eccionamento de barramentoA corrente Ips do TC é o maior valor de corrente que
Para proteger este motor, o ajuste necessário deve pode fluir no seccionamento de barramento de forma permanente.
corresponder à corrente nominal do motor.
Corrente nominal no primário (Ipr)
Se supormos que Ir para o motor = 25 A, a configuração A corrente nominal (Ipr) será sempre maior ou igual à corrente de operação (I) da
necessária é, portanto, 25 A; instalação.
• se usarmos um TC 100/5, o relé nunca verá 25 A porque: Valores padronizados: 10 - 12,5 - 15 - 20 - 25 - 30 - 40 - 50 - 60 - 75 A e seus
100 × 0,3 = 30 > 25 A. múltiplos ou frações decimais.
• se, por outro lado, escolhermos um TC 50/5, teremos:0,3 Para dispositivos de medição e proteção baseados em corrente usuais, a corrente
primária nominal normalmente não ultrapassa 1,5 vezes a corrente de operação.
< Ir < 1,2 e, portanto, poderemos definir nosso relé. Este
No caso de proteção, devemos verificar se a corrente nominal escolhida permite
TC é, portanto, adequado.
atingir o limite de configuração do relé em caso de falta.

OBSERVAÇÃO: os transformadores de corrente devem ser capazes de suportar 1,2 vezes a


corrente nominal de forma constante para evitar um aumento muito alto de temperatura na
instalação do conjunto de manobra e controle.

No caso de temperatura ambiente superior a 40 °C para o TC, a corrente


nominal do TC (Ipr) deve ser maior que Ips multiplicada pelo fator de redução
correspondente ao cubículo.
A tabela 5 da norma IEC 61869-1 fornece os limites do aumento de temperatura.
Como regra geral, a redução pode ser de 1% Ipn por grau acima de 40 °C.
(Consulte o capítulo 'Redução da capacidade' neste guia).

148 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Transformador de corrente
manobra e controle
Características do circuito primário de
acordo com normas IEC

Corrente nominal de curto-circuito térmico (Ith)


A corrente nominal de curto-circuito térmico é geralmente o valor eficaz da
corrente máxima de curto-circuito da instalação e a duração desta é geralmente
considerada igual a 1 s.

Cada TC deve ser capaz de suportar a corrente de curto-circuito que pode fluir
através do seu circuito primário tanto térmica quanto dinamicamente até que a falta
seja efetivamente interrompida.

Se Ssc for a potência de curto-circuito da rede expressa em MVA, então:


Ssc
Ips =
√3×U

Quando o TC é instalado em um cubículo protegido por fusível, o Ith a ser usado é


igual a 80 Ir.

Se 80 Ir > Ith 1 s para o dispositivo de desconexão, então Ith 1 s para o TC = Ith 1 s


para o dispositivo.

Coeficiente de sobrecorrente (Ksi)


Conhecer este valor nos permite saber se um TC será fácil de fabricar ou não.
Ith 1 s
Ksi =
Ipr

Quanto menor for o Ksi, mais fácil será a fabricação do TC.


Um alto Ksi leva ao superdimensionamento da seção do enrolamento primário.
O número de voltas no primário será, portanto, limitado juntamente com a força
eletromotriz induzida; o TC será ainda mais difícil de produzir.
Ordem de grandeza Fabricação
Ksi
Ksi < 100 Padrão
100 < Ksi < 300 Às vezes é difícil para algumas características do
secundário
100 < Ksi < 400 Difícil
400 < Ksi < 500 Limitado a determinadas características do secundário
K > 500 Muitas vezes impossível

O circuito secundário de um TC deve ser adaptado às restrições relacionadas ao


seu uso, seja em medição ou em aplicações de proteção.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 149


Definição de conjunto de Transformador de corrente
manobra e controle
Características do circuito secundário de
acordo com normas da IEC

Corrente nominal no secundário (Isr) 5 ou 1 A?


Caso geral:
• para uso local Isr = 5 A;
• para uso remoto Isr = 1 A.
Caso especial: para uso local Isr = 1 A.

OBSERVAÇÃO: usar 5 A para uma aplicação remota não é proibido, entretanto leva a um
aumento
nas dimensões do transformador e na seção do cabo, (perda da linha: P = R I²).

Classe de precisão
• Medição: classe 0,1 - 0,5.
• Medição em conjunto de manobra e controle: classe 0,5 - 1.
• Proteção contra sobrecorrente: classe 5P.
• Proteção diferencial: classe PX.
• Proteção de sequência zero: classe 5P.

Por exemplo:
Potência real que o TC deve fornecer em VA
• Seção do cabo: 2,5 mm2.
É a soma do consumo do cabeamento e de cada dispositivo conectado ao circuito
• Comprimento do cabo de alimentação/retorno): 5,8 m.
secundário do TC.
• Potência consumida pelos cabos: 1 VA.
Consumo dos cabos de cobre (perdas de linha dos cabos), sabendo que:
L L
P = R ×I2 e R = ρ × >> (VA) = k ×
S S

K = 0,44 se Isr = 5 A
K = 0,0176 se Isr = 1 A
L Comprimento em metros dos condutores de conexão (alimentação/
retorno)
S Seção dos cabos em mm2

Consumo indicativo dos cabos do secundário


Cabos (mm2) Consumo (VA/m)
1A 5A
2,5 0,008 0,2
4 0,005 0,13
6 0,003 0,09
10 0,002 0,05

Consumo dos dispositivos de medição ou proteção


Os consumos dos vários dispositivos são indicados na ficha técnica do fabricante.
Consumos de medição indicativos
Dispositivo Consumo máximo
em VA (por circuito)
Amperímetro Eletromagnético 3
Eletrônico 1
Transdutor Autoalimentado 3
Alimentação externa 1
Metro Indução 2
Eletrônico 1
Wattímetro, varímetro 1

Consumos indicativos da proteção


Dispositivo Consumo máximo em VA (por
circuito)
Relé de sobrecorrente estático 0,2 a 1
Relé de sobrecorrente eletromagnético 1a8

150 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Transformador de corrente
manobra e controle
Características do circuito secundário de
acordo com normas da IEC

Saída nominal
Tome o valor padronizado imediatamente acima da potência real que o TC deve
fornecer. Os valores padronizados da potência nominal são: 2,5 - 5 - 10 - 15 VA.

Fator de segurança do instrumento (FS)


A proteção dos dispositivos de medição em caso de falta é definida pelo fator de
segurança do instrumento FS. O valor de FS será escolhido de acordo com a corrente
suportável de curta duração do consumidor: 5 ≤ FS ≤ 10.
FS é a razão entre o limite da corrente nominal no primário (Ipl) e a corrente nominal no
primário (Ipr).
Ipl
FS =
Ipr
IpI é o valor da corrente no primário para o qual o erro na corrente do secundária = 10%.
Um transdutor geralmente é projetado para suportar uma corrente de curta duração de
50 Ir, ou seja, 250 A para um dispositivo de 5 A. Para ter certeza de que este dispositivo
não será destruído no caso de uma falta no primário, o transformador de corrente
deve estar saturado antes de 50 Ir no secundário. Um fator de segurança de 10 é
adequado. De acordo com as normas, os TCs da Schneider Electric possuem um fator
de segurança igual a 10. Entretanto, de acordo com a característica do consumidor de
corrente poderá ser solicitado um fator de segurança menor.

Precisão do fator limite (ALF)


Nas aplicações de proteção, temos duas restrições: ter um fator limite de precisão
e uma classe de precisão adequada à aplicação.
Determinaremos o ALF necessário da seguinte forma:
• Proteção de sobrecorrente com tempo definido;O relé funcionará perfeitamente
se:
Ire
ALF real do TC > 2 ×
Isr

Ire Configuração do limite do relé


Isr Corrente secundária nominal do TC

Para um relé com dois limites de ajuste, usaremos o limite mais alto
-- para um alimentador de transformador, geralmente teremos um limite alto
instantâneo definido em 14 Ir máx., dando o ALF real necessário > 28,
-- para um alimentador de motor, geralmente teremos um limite alto definido para
8 Ir máx., dando um ALF real necessário > 16.
• Proteção de sobrecorrente de tempo definido inverso.Em todos os casos
consultar a ficha técnica do fabricante do relé. Para estes dispositivos de
proteção, o TC deve garantir precisão em toda a curva de disparo do relé até 10
vezes a corrente de ajuste.
ALF real > 20×Ire Casos especiais:
-- se a corrente máxima de curto-circuito for maior ou igual a 10 Ire:
Ire
ALF real > 2 ×
Isr
-- se a corrente máxima de curto-circuito for inferior a 10 Ire:
Isc do
ALF real > 2 × secundário
Isr
-- s e o dispositivo de proteção tiver um limite alto instantâneo que é usado, (não
verdadeiro para alimentadores de outros painéis ou para alimentadores de
entrada):
Ir2
ALF real > 2 ×
Isr

Ir2 limite de configuração alta instantânea para o módulo

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 151


Definição de conjunto de Transformador de corrente
manobra e controle
Proteção diferencial

Muitos fabricantes de relés de proteção diferencial recomendam TCs da classe PX.


A classe PX é frequentemente solicitada na forma de:
Ek ≤ a • If (Rct + Rb + Rr)
A equação exata é fornecida pelo fabricante do relé.

Valores que caracterizam o TC


Ek Tensão de ponto de joelho, em volts
a Coeficiente de assimetria
Rct Máxima resistência no enrolamento do secundário, em Ohms
Rb Resistência de malha (linha de alimentação/retorno), em Ohms
Rr Resistência de relés não localizados na parte diferencial do circuito em
Ohms
If Corrente máxima de falta vista pelo TC no circuito secundário para uma
falta fora da zona a ser protegida
Isc
If =
Kn
Isc Corrente de curto-circuito no primário
Kn Razão de transformação de TC

Quais valores de If devem ser fornecidos para determinar Ek?


A corrente de curto-circuito é escolhida em função da aplicação:
• diferencial do grupo gerador;
• diferencial do motor;
• diferencial do transformador;
• diferencial da barra.

• P
 ara um diferencial de grupo gerador:se lsc for conhecido: Isc é corrente de
Relé curto-circuito do grupo gerador sozinho
Isc
If =
TC G TC Kn
se a Ir do gerador for conhecido: tomaremos
7×Ir do
If = gerador
Kn
se a Ir do gerador for desconhecido: tomaremos
If = 7×Isr (TC) Isr (TC) = 1 ou 5 A

Relé • Para um diferencial de motor:se a corrente de partida for conhecida: tomaremos


Isc
If = Isc de partida If =
TC M TC Kn
se o Ir do motor for conhecido: tomaremos
7×Ir
If =
Kn
se o Ir do motor não for conhecido: tomaremos
If = 7×Isr (TC) Isr (TC) = 1 ou 5 A

152 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de LPCT: Transformadores de
manobra e controle
corrente eletrônicos
LPCTs (transformadores de corrente de
baixa potência) atendem a norma IEC IEC
61869-10.
São sensores de corrente com saída de Transformadores de corrente de baixa potência LPCT
tensão contínua que têm a vantagem O LPCT é um sensor magnético com shunt integrado que fornece uma saída de
tensão (mV) que representa a corrente primária (A).
de possuir uma gama muito ampla de O LPCT está em conformidade com a norma IEC 61869-10. Os LPCTs fornecem
aplicações, simplificando a seleção. funções de medição e proteção.
Eles são definidos pela:
• corrente primária nominal;
• tensão secundária (Usr);
• corrente primária estendida;
P1 Ip
DM105281

• a corrente primária limite de precisão ou o fator limite de precisão.


Eles têm uma resposta linear em uma ampla faixa de corrente e não começam
S1 a saturar até além das correntes a serem interrompidas.
Vs
S2 Exemplos de classificações LPCT de acordo com a norma IEC
P2 IEC 61869-10
Essas características estão resumidas nas curvas abaixo.
Elas mostram os limites máximos de erro (como valor absoluto) na corrente
e a fase correspondente à classe de precisão para os exemplos dados.

Exemplo para classe de medição 0,5


Os relés de proteção LPCT e Sepam e • Corrente nominal no primário Ipr = 100 A.
Easergy P3 e P5 garantem uma cobertura • Corrente nominal estendida no primário Iepr = 1250 A.
muito elevada e flexibilidade de utilização. • Tensão secundária Vsn = 22,5 mV (para 100 A no secundário).
Por exemplo: sistema de proteção com relés • Classe de precisão da medição 0,5:
-- erro de razão a 0,2 Ipr erro de fase de 0,75% em 45 min a 20 A,
TLP130 LPCT e Sepam garantindo uma faixa
-- erro de razão a 0,5 Ipr erro de fase de 1,5% em 90 min a 5 A,
de utilização de 5 A a 1250 A. Quais são os dois pontos de medição especificados pela norma?

Exemplo para a classe de proteção 5P


• Corrente primária Ipr = 100 A.
• Tensão secundária Vsn = 22,5 mV.
• Classe de precisão da proteção 5P: erro de razão a 1% em Ipr e erro de fase em 60
min.

Module
DM107950

(%)
5%

1.5 %
0.75 %
Module
0.5 %
Ip

Phase
(min)
90'

60'
Características de precisão de um LPCT (exemplo do TLP130 45'
da Schneider Electric): Phase
30'
as classes de precisão são fornecidas para faixas de corrente
estendidas (aqui classe 0,5 para medição de 100 a 1250 A e Ip
classe de proteção 5P de 1,25 a 40 kA).
5 A 20 A 100 A 1 kA 1.25 kA 10 kA 40 kA

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 153


Definição de conjunto de Transformador de potencial
manobra e controle
Características

O transformador de potencial destina-se a fornecer ao circuito secundário uma


Podemos deixar um transformador de tensão secundária proporcional àquela aplicada ao circuito primário.
potencial em circuito aberto sem qualquer
OBSERVAÇÃO: A norma IEC 61869-3 define as condições que os transformadores de
perigo, entretanto ele nunca deve entrar em potencial devem atender.
curto-circuito.
É composto de um enrolamento primário, um núcleo magnético, um ou vários
enrolamentos secundários, todos encapsulados em uma resina isolante.

Características
O fator de tensão nominal (VF)
O fator de tensão nominal é o fator pelo qual a tensão nominal no primário deve
ser multiplicada para determinar a tensão máxima para a qual o transformador
deve atender ao aumento de temperatura especificado e às recomendações de
precisão.

De acordo com o arranjo de aterramento da rede, o transformador de potencial


deve ser capaz de suportar esta tensão máxima durante o tempo necessário para
eliminar a falta.

Valores normais do fator de tensão nominal


Fator de tensão Duração nominal Modo de conexão do enrolamento primário e
nominal arranjo de aterramento da rede
1,2 Contínuo Fase a fase em qualquer rede, ponto neutro
à terra para transformadores conectados em
estrela em qualquer rede
1,2 Contínuo Fase-terra em uma rede com neutro aterrado
1,5 30 s
1,2 Contínuo Fase-terra em rede sem neutro aterrado
1,9 30 s com eliminação automática de faltas de
aterramento
1,2 Contínuo Fase-terra em rede com neutro isolado
1,9 8h sem eliminação automática das faltas de
aterramento, ou em rede compensada com
bobina de extinção sem eliminação automática
da falta de aterramento
OBSERVAÇÃO: durações nominais mais baixas são possíveis quando acordadas entre o
fabricante e o usuário.

Geralmente, os fabricantes de transformadores de potencial atendem os seguintes


valores:
TP fase/terra 1,9 por 8 h e TP fase/fase 1,2 contínuo.

Tensão nominal no primário (Upr)


De acordo com seu projeto, os transformadores de potencial serão conectados:
• qualquer fase para terra
3000 V 100 V U
/ Upr =
√3 √3 √3
• ou fase a fase

3000 V / 100 V Upr = U

154 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Transformador de potencial
manobra e controle
Características

Tensão nominal no secundário (Usr)


• Para TP fase a fase, a tensão nominal no secundária é de 100 ou 110 V (UE).
• Para transformadores monofásicos destinados a serem conectados em um
arranjo fase-terra, a tensão nominal no secundário deve ser dividida por √( 3).
100
E;g; :
√3

Valores padrão para transformadores monofásicos em sistemas


monofásicos ou conectados linha a linha em sistemas trifásicos e para
transformadores trifásicos
Aplicação Europa Usr (V) Estados Unidos e
Canadá. Usr (V)
Sistemas de distribuição 100 & 110 120
Sistemas de transmissão 100 & 110 115
Circuitos secundários 200 230
estendidos

Saída nominal
Expressa em VA, esta é a potência aparente que um transformador de potencial
pode fornecer ao circuito secundário quando conectado em sua tensão nominal
no primário e conectado à carga nominal. Não deve introduzir nenhum erro que
exceda os valores garantidos pela classe de precisão (S = √3 x U x I em circuitos
trifásicos).
Os valores padronizados são: 10 - 15 - 25 - 30 - 50 - 75 - 100 VA.

Classe de precisão
Define os limites de erros garantidos em termos de razão de transformação e fase
nas condições especificadas de potência e tensão.
Medição de acordo com a norma IEC 61869-3
As classes 0,5 e 1 são adequadas para a maioria dos casos, a classe 3 é muito
pouco utilizada.
Aplicação Classe de Deslocamento de fase
precisão em min
Não usado industrialmente 0,1 5
Medição precisa 0,2 10
Medição diária 0,5 20
Medição estatística e/ou de 1 40
instrumento
Medição que não requer grade 3 Não especificado
precisão

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 155


Definição de conjunto de Transformador de potencial
manobra e controle
Características

Proteção de acordo com a norma IEC 61869-3


As classes 3P e 6P existem, mas na prática apenas a classe 3P é usada.

A classe de precisão é garantida para valores:


• de tensão entre 5% da tensão no primário e o valor máximo desta tensão, que é o
produto entre a tensão no primário e o fator de tensão nominal (kT x Upr);
• para uma carga no secundário entre 25% e 100% da potência nominal com fator
de potência indutivo de 0,8.

Classe de Erro de tensão em ±% Deslocamento de fase em


precisão minutos
Entre 5% Upr e Entre 2% e 5% Entre 5% Upr e Entre 2% e 5%
kT • Up Upr kT • Up Upr
3P 3 6 120 240
6P 6 12 240 480
Deslocamento de fase = veja explicação na próxima página
Upr tensão nominal no primário
kT fator de tensão

Razão de transformação nominal (kr)


Upr N1 para um
kr = =
Usr N2 TP

Erro na razão de tensão (ε)


kr×Us-Up
ε = × 100
Up

kr é a razão de transformação nominal


Up é a tensão real no primário
Us é a tensão real no secundário quando Up é aplicado sob as condições de
medição

Deslocamento de fase ou erro de fase (ε)


Para tensões senoidais, esta é a diferença de fase entre os fasores da tensão no
primário (Upr) e da tensão no secundário (Usr), a direção dos fasores são escolhidos
de forma que o ângulo seja zero para um transformador ideal.
É expresso em minutos ou centiradianos de ângulo.

156 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Transformador de potencial
manobra e controle
Características

Saída de limitação térmica nominal


Este é o valor da potência aparente à tensão nominal que pode ser obtida de um
enrolamento secundário sem ultrapassar os limites de aumento de temperatura
estabelecidos pelas normas.
A saída nominal de limitação térmica deve ser especificada em volt-amperes; os
valores padrão são: 25 - 50 - 100 VA e seus múltiplos decimais, relacionados à
tensão nominal no secundário com fator de potência unitário.

Parte de transformadores de Temperatura θ (°C) (θ - θn) com θn = 40


instrumento °C (K)
Contatos (Consultar o ponto 4)
Transformadores de instrumentos imersos em óleo
óleo na parte superior 90 50
óleo na parte superior, hermeticamente 95 55
selado
média do enrolamento 100 60
média do enrolamento, hermeticamente 105 65
selado
outras peças metálicas em contato com Quanto ao Quanto ao
óleo enrolamento enrolamento
Transformadores de instrumento sólidos ou isolados a gás
enrolamento (médio) em contato com materiais isolantes das seguintes classes(1):
Y 85 45
A 100 60
E 115 75
B 125 85
F 150 110
H 175 135
Outras peças metálicas em contato comQuanto ao Quanto ao
as classes de materiais isolantes acima enrolamento enrolamento
Conexão aparafusada ou equivalente
Cobre nu ou liga de cobre nu ou liga de alumínio nu
em ar 90 50
em SF6 115 75
em óleo 100 60
Revestido com prata ou revestido com
níquel
em ar 115 75
em SF6 115 75
em óleo 100 60
Revestido de estanho
em ar 105 65
em SF6 105 65
em óleo 100 60
(1) Definições de classes de isolamento conforme norma IEC 60085.

O aumento de temperatura de um transformador de potencial na tensão especificada,


na frequência nominal e na carga nominal, ou na carga nominal mais alta se houver
várias cargas nominais, em qualquer fator de potência entre 0,8 atrasado e o valor
unitário, não deve ultrapassar o valor apropriado dado na Tabela IEC 61869-1:2007
anterior.
Quando o transformador estiver equipado com um tanque conservador ou tiver um gás
inerte acima do óleo, ou estiver hermeticamente selado, o aumento da temperatura do
óleo no topo do tanque ou do alojamento não deverá ultrapassar 55 K.
Quando o transformador não estiver montado ou disposto dessa forma, o aumento da
temperatura do óleo
no topo do tanque ou do alojamento não deve ultrapassar 50 K.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 157


Definição de conjunto de LPVT: Transformadores de
manobra e controle
potencial eletrônicos

Transformadores de potencial de baixa potência LPVT


Os LPVTs (transformadores de baixa tensão
Os LPVT são sensores de tensão específicos com saída em tensão direta do tipo
de potência) atendem a norma IEC IEC 'Transformadores de Baixa Tensão', em conformidade com a norma IEC 61869-11.
61869-11. O LPVT fornece funções de medição e proteção.
São sensores de tensão com saída direta de
baixa tensão. Os LPVT são menores e mais Eles são definidos pela:
• tensão nominal no primário;
fáceis de integrar em cubículos de média
• tensão nominal no secundário.
tensão do que os TPs padrão.
Exemplos de classificações LPVT de acordo com a norma IEC
IEC 61869-11
As características fornecidas abaixo são um exemplo de um LPVT que se aplica a
uma ampla faixa de tensão no primário.

Exemplo para classe de medição 0,5


• Tensão nominal no primário (Upr): 20/√3 kV.
R1 • Faixa de tensão no primário (Upmin – Upmáx): de 3/√3 kV a 22/√3 kV.
• Tensão nominal no secundário (Usr): 3,25/√3 V em 20/√3 kV. precisão no:
-- módulo de tensão no primário 0,5% (erro ± 0,5%),
Up -- a fase de tensão no primário 20 min (erro ± 20 minutos) em uma faixa de 80%
Upmin a 120% de Upmáximo (de 0,8*3/√ 3 kV a 1,2*22/√3 kV)

Exemplo para a classe de proteção 3P


• Tensão nominal no primário Upr: 20/√3 kV.
R2 Us • Faixa de tensão no primário (Upmin – Upmáx): de 3/√3 kV a 22/√3 kV.
• Classe 3P:precisão no:
-- módulo de tensão no primário 3% (erro ± 3%),
-- a fase de tensão no primário 120 min (erro ± 120 minutos) em uma faixa de 5%
Upmin a 190% da Upmáxima (de 0,05*3/√ 3 kV a 1,9*22/√3 kV).

Divisor resistivo

158 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Definição de conjunto de Redução do valor nominal
manobra e controle
Redução do isolamento com a altitude -
Redução da corrente com a temperatura

As diversas normas ou recomendações impõem limites de validade às


Exemplo de aplicações características do produto. As condições normais de utilização estão descritas no
Os equipamentos com tensão nominal de 24 kV podem capítulo “Disjuntor de média tensão”.
ser instalados em altitude de 2.500 metros? Para ir além destes limites, é necessário reduzir alguns valores, ou seja, reduzir a
A tensão suportável de impulso necessária no local é de capacidade do dispositivo. A redução de potência deve ser considerada:
125 kV. A frequência industrial suportada de 50 Hz é de
• em termos do nível de isolamento, para altitudes superiores a 1000 metros;
• em termos da corrente nominal, quando a temperatura ambiente ultrapassar
50 kV 1 min.
40 °C e para um grau de proteção acima de IP3X, (ver capítulo 'Índice de
Fator m = 1 (ver cláusula sobre o dielétrico)
proteção').
Esses diferentes tipos de redução de capacidade podem ser cumulativos, se
Para 2500 m necessário.
• K é igual a 0,83
OBSERVAÇÃO: não existem normas que tratem especificamente da redução de capacidade
• a resistência ao impulso deve ser: 125/0,83 = 150,6 kV Entretanto, a tabela 3 da norma IEC 62271-1 trata dos aumentos de temperatura e fornece
• a frequência suportada de 50 Hz deve ser: 50/0,83 = valores limites de temperatura que não devem ser ultrapassados de acordo com o tipo de
dispositivo, dos materiais e do dielétrico utilizado.
60,2 kV

Não, não pode. O equipamento de 24 kV não pode ser Redução do isolamento de acordo com a
instalado a 2.500 m quando projetado para altitude
máxima de 1.000 m.
altitude
Os valores nominais do equipamento instalado devem As normas fornecem uma redução de capacidade para todos os equipamentos
instalados em uma altitude acima de 1.000 metros.
ser:
Como regra geral, temos que reduzir a capacidade em 1,22% (98,8%) do pico
• Tensão nominal = 36 kV
U a cada 100 metros acima de 1.000 metros. Isto se aplica à tensão suportável
• resistência nominal ao impulso = 170 kV a impulso atmosférico e à tensão suportável na frequência industrial de 50 Hz - 1
• tensão suportável nominal na frequência industrial a 50 min. A altitude não tem efeito na resistência dielétrica das câmaras de interrupção
Hz = 70 kV de disjuntores dentro de um invólucro selado. A redução de potência, entretanto,
deve ser considerada quando o disjuntor for instalado em cubículos. Neste caso, o
OBSERVAÇÃO: Em alguns casos, equipamentos de isolamento externo está no ar.
24 kV podem ser usados se houver relatórios de ensaio
apropriados que comprovem a conformidade com a
solicitação. A Schneider Electric usa coeficientes de correção:
• para disjuntores fora de um cubículo, utilizar a tabela abaixo;
• para disjuntores em cubículo, consultar o guia de seleção de cubículo (a redução
de capacidade depende do projeto do cubículo).
Há exceção em alguns mercados onde a redução de capacidade começa em zero
metros, onde a norma define fatores como a IEEE C37.20.9 (conf. tabela a seguir).
Altitude (m) Fator de tensão Fator de corrente
1000 m (3300 pés) e abaixo 1,00 1,00
1500 m (5000 pés) 0,95 0,99
3000 m (10.000 pés) 0,80 0,96

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 159


Definição de conjunto de Redução do valor nominal
manobra e controle
Redução do isolamento com a altitude -
Redução da corrente com a temperatura

Redução da corrente em regime acima


de 1000 m de altitude
A norma IEC 62271-1:2017/A1:2021 fornece fatores de redução da corrente
em regime contínuo para considerar a menor capacidade de resfriamento por
convecção do ar atmosférico, a fim de evitar ultrapassar a temperatura máxima do
condutor Ø máx.
Esses valores são da norma IEC/TR 60943: Relatório de 2009. O efeito da altitude
na corrente em regime contínuo é diferente em comparação com a tensão nominal.
A redução da corrente em regime contínuo depende do impacto na convecção
onde a norma IEC 60943-1 assume que não há impacto para uso abaixo de
2.000 m como altitude, enquanto entre 2.000 m e 4.000 m precauções devem ser

Altitude (m) Temperatura máxima ao ar ambiente


(°C)
0-2000 40
2000-3000 30
K Current 3000-4000 25
DM107932

1 1.00
0.95 0.98
0.96
0.9
0.94 consideradas da seguinte forma:
0.85 0.92
0.8 0.90
0.88
(a) O ar ambiente máximo não deve ultrapassar os seguintes valores:
0.75
0.86 (b) Se uma unidade resfriada ar for usada em uma altitude entre 2.000 m e 4.000 m,
0.7
0.84 os aumentos de temperatura medidos durante um ensaio normal a uma altitude
0.65 0.82 abaixo de 2.000 m não devem ultrapassar aqueles na tabela 14 da norma IEC
0.6 0.80
1000 2000 3000 4000 5000 6000
62271-1 (Tabela 6 IEC TR 60943:2008) reduzido em 1% para cada 100 m acima
de 2.000 m de altitude do local de instalação.
(c) Se as condições de serviço da norma IEC 62271-1:2017, especificando uma
temperatura ambiente máxima de 40 °C, forem mantidas, os aumentos máximos
de temperatura permitidos da norma IEC 62271-1:2017 reduzidos em 1% a cada
100 m serão aplicáveis e a redução para o aumento de temperatura e corrente
associada são mencionados no gráfico a seguir.
(d) Entretanto, se a temperatura ambiente máxima não ultrapassar os valores
mencionados em a) a correção do aumento de temperatura mencionada acima,
é geralmente desnecessária porque o maior aumento de temperatura em
altitude devido ao efeito reduzido de resfriamento do ar é compensado pela
redução da temperatura ambiente máxima, na altitude. Consequentemente, a
temperatura final permanece relativamente inalterada em uma determinada
corrente.

Na verdade, este aumento de temperatura depende de três parâmetros:


• a corrente nominal;
• a temperatura ambiente;
• o tipo de cubículo e seu IP (grau de proteção).
A redução será realizada de acordo com as tabelas de seleção de cubículos, pois
os condutores externos aos disjuntores atuam para irradiar e dissipar calorias.

160 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


schneider-electric.com Guia técnico de MT I 161
Unidades de medida

162 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Nomes e símbolos de unidades de medida SI 164
Unidades básicas 164
Magnitudes e unidades comuns 165
Correspondência entre unidades de medida dos sistemas imperiais e (SI) 167

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 163


Unidades de medida Nomes e símbolos das unidades
de medida do sistema SI
Unidades básicas

Amplitude Símbolo da Unidade Símbolo da Dimensão


magnitude(1) unidade
Unidades básicas
Comprimento l, (L) Metro m L
Massa m Quilograma kg M
Tempo t Segundo s T
Corrente elétrica I Ampère A I
Temperatura T Kelvin K Q
termodinâmica(2)
Quantidade de n Mole mol N
material
Intensidade da luz I, (Iv) Candela cd J
Unidades adicionais
Ângulo (ângulo plano)α, β, γ, etc. Radiano rad A
Angulo solido Ω, (ω) Esterradiano sr W
(1) O símbolo entre parênteses também pode ser usado
(2) A temperatura Celsius t está relacionada com a temperatura termodinâmica T pela relação:
t = T - 273,15

164 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Unidades de medida Nomes e símbolos das unidades
de medida do sistema SI
Magnitudes e unidades comuns

Nome Símbolo Dimensão Unidade SI: nome (símbolo) Comentários e outras unidades
Amplitude: espaço e tempo
Comprimento l, (L) L Metro (m) Centímetro (cm): 1 cm = 10–2 m (mícron não devem
mais ser usados, em vez disso, o micrômetro (μm)
Área A, (S) L2 Metro quadrado (m2) Acre (a): 1a = 102 m2
Hectare (ha): 1 ha = 104 m2 (medida agrícola)
Volume V L3 Metro cúbico (m3)
Ângulo plano α, β, γ, N/D Radiano (rad) Gradiano (gr): 1 gr = 2π rad/400
etc. Revolução (rev): 1tr = 2πrad
Grau (°): 1° = 2π rad/360 = 0,017 453 3 rad
Minuto ('): 1' = 2π rad/21600 = 2.908 882 • 10-4 rad
Segundo ("): 1" = 2π rad/1296 000 = 4.848 137 • 10-6
rad
Angulo solido Ω, (ω) N/D Esterradiano (sr)
Tempo t T Segundo (s) Minuto (min)
Hora (h)
Dia (d)
Velocidade v L T-1 Metro por segundo (m/s) Revoluções por segundo (rev/s): 1 tr/s = 2π rad/s
Aceleração a L T-2 Metro por segundo ao quadrado (m/ Aceleração devido à gravidade: g = 9,80665 m/s2
s2)
Velocidade angular ω T-1 Radiano por segundo (rad/s)
Aceleração angular α T-2 Radiano por segundo ao quadrado
(rad/s2)
Amplitude: massa
Massa m M Quilograma (kg) Grama (g): 1 g = 10-3 kg
Tonelada (t): 1 t = 103 kg
Massa linear ρ1 L-1 m Quilograma por metro (kg/m)
Massa por área de ρA' (ρs) L-2 m Quilograma por metro quadrado (kg/m2)
superfície
Massa por volume ρ L-3 m Quilograma por metro cúbico (kg/m3)
Volume por massa v L3 M-1 Metro cúbico por kilograma (m3/kg)
Concentração ρB M L-3 Quilograma por metro cúbico (kg/m3) Concentração em massa do componente B (conforme
NF X 02-208)
Densidade d N/D N/D d = ρ/ρ da água
Amplitude: fenômenos periódicos
Período T T Segundo (s)
Frequência f T-1 Hertz (Hz) 1Hz = 1s-1, f = 1/T
Mudança de fase ϕ N/D Radiano (rad)
Comprimento de onda λ L Metro (m) É proibido o uso do angström (10-10 m).
É recomendado o uso de um fator de nanômetro (10- 9
m) λ = c/f = cT (c = velocidade da luz)
Nível de potência Lp N/D Decibéis (dB)

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 165


Unidades de medida Nomes e símbolos das unidades
de medida do sistema SI
Magnitudes e unidades comuns

Nome Símbolo Dimensão Unidade SI: nome (símbolo) Comentários e outras unidades
Amplitude: mecânica
Força F L M T-2 Newton 1 n = 1 m x kg/s2
Peso G, (P, W)
Momento de uma força M, T L2 M T-2 Newton-metro (N.m) N.m e não m.N para evitar qualquer confusão
Tensão superficial γ, σ M T-2 Newton por metro (N/m) 1 N/m = 1 J/m2
Trabalho W L2 M T-2 Joule (J) 1 J: 1 N m = 1 Ws
Energia E L2 M T-2 Joule (J) Watthora (Wh): 1Wh = 3,6 x 103J (usado na determinação
do consumo elétrico)
Potência P L2 M T-3 Watt (W) 1 W = 1 J/s
Pressão σ, τ p L-1 M T-2 Pascal (Pa) 1 P = 10-1 Pa.s (P = poise, unidade CGS)
Viscosidade dinâmica η, µ L-1 M T-1 Pascal-segundo (Pa.s) 1 P = 10-1 Pa.s (P = poise, unidade CGS)
Viscosidade cinética ν L2 T-1 Metro quadrado por segundo (m /s) 1 St = 10-4 m2/s (St = stokes, unidade CGS)
2

Quantidade de p L M T-1 Quilograma-metro por segundo p = mv


movimento (kg x m/s)
Amplitude: eletricidade
Corrente I I Ampère (A)
Carga elétrica Q TI Coulomb (C) 1 C = 1 A.s
Potencial elétrico V L2 M T-3 I-1 Volt (V) 1 V = 1 W/A
Campo elétrico E L M T-3 I-1 Volt por metro (V/m)
Resistência elétrica R L2 M T-3 I-2 Ohm (Ω) 1 Ω = 1 V/A
Condutividade elétrica G L-2 M-1 T3 I2 Siemens (S) 1 S = 1 A/V = 1Ω-1
Capacitância elétrica C L-2 M-1 T4 I2 Farad (F) 1 F = 1 C/V
Indutância elétrica L L2 MT-2 I-2 Henry (H) 1 H = 1 Wb/A
Amplitude: eletricidade, magnetismo
Indução magnética B M T-2 I-1 Tesla (T) 1 T = 1 Wb/m2
Fluxo de indução Φ L2 M T-2 I-1 Weber (Wb) 1 Wb = 1 V.s
magnética
Magnetização Hi, M L-1 I Ampère por metros (A/m)
Campo magnético H L-1 I Ampère por metros (A/m)
Força magneto-motriz F, Fm I Ampère (A)
Resistividade ρ L3 M T-3 I-2 Ohm-metro (Ω.m) 1 µΩ.cm2/cm = 10-8 Ω.m
Condutividade γ L-3 M-1 T3 I2 Siemens por metro (S/m)
Permissividade ε L-3 M-1 T4 I2 Farad por metro (F/m)
Ativo P L2 M T-3 Watt (W) 1 W = 1 J/s
Potência aparente S L2 M T-3 Volt-Ampere (VA)
Potência reativa Q L2 M T-3 var (var)
Amplitude: eletricidade, magnetismo
Temperatura T θ Kelvin (K) Kelvin e não grau Kelvin ou °Kelvin
termodinâmica
Temperatura Celsius t, θ θ Graus Celsius (°C) t = T - 273.15
Energia E L2 M T-2 Joule (J)
Capacidade térmica C L2 M T-2 θ-1 Joule por Kelvin (J/K)
Entropia S L2 M T-2 θ-1 Joule por Kelvin (J/K)
Capacidade térmica c L2 T-2 θ-1 Watt por Kilogram-Kelvin (J/(kg.K))
específica
Condutividade térmica λ L M T-3 θ-1 Watt por metro-Kelvin (W/(m.K))
Quantidade de calor Q L2 M T-2 Joule (J)
Fluxo térmico Φ L2 M T-3 Watt (W) 1 W = 1 J/s
Poder Térmico P L2 M T-3 Watt (W)
Coeficiente de radiação hr M T-3 θ-1 Watt por metro quadrado-Kelvin (W/(m2  x K))
térmica

166 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Unidades de medida Nomes e símbolos de unidades de
medida do sistema SI
Correspondência entre unidades do sistema
imperial e unidades do sistema internacional (SI)

Nome Unidade SI: nome (símbolo) Unidade SI: nome Unidade SI: nome (símbolo)
(símbolo)
Aceleração Pé por segundo ao quadrado pés/s2 1 pé/s2 = 0,304 8 m/s2
Capacidade calórica BTU por libra (unidade inglesa) Btu/Ib 1 Btu/Ib = 2,326 x 103 J/kg
Capacidade térmica Unidade térmica britânica por pé cúbico.grau Fahrenheit Btu/pé3.°F 1 Btu/pé3.°F = 67,066 1 x 103 J/
m3.°C
Unidade térmica britânica por (libra.grau Fahrenheit) Btu/Ib°F 1 Btu/Ib.°F = 4,186 8 x 103 J(kg.°C)
Campo magnético Oersted Oe 1Oe = 79,577 47A/m
Condutividade BTU por pé quadrado (unidade inglesa).hora.grau Btu/pé2.h.°F 1 Btu/ft2.h.°F = 5,678 26 W/(m2.°C)
térmica Fahrenheit
Energia Unidade Térmica Britânica Btu 1 Btu = 1,055 056 x 103 J
Energia (couple) Libra força-pé lbf/pé 1 lbf.ft = 1,355 818 J
Libra força-polegada lbf.pol. 1 lbf.pol. = 0,112 985 J
Fluxo térmico BTU por pé quadrado (unidade inglesa).hora Btu/pé2.h 1 Btu/pé2.h = 3,154 6 W/m2
BTU por segundo (unidade inglesa) Btu/s 1 Btu/s = 1,055 06 x 103 W
Força Libra-força lbf 1 lbf = 4,448 222 N
Comprimento Pé pé, ' 1 pé = 0,304 8 m
Polegada(1) pol., " 1 pol. = 25,4 mm
Milha (Reino Unido) milha 1 milha = 1,609 344 km
Nó - 1 852 m
Jarda(2) yd 1 yd = 0,914 4 m
Massa Onça oz 1 onça = 28,349 5 g
Libra Ib 1 Ib = 0,453 592 37 kg
Massa linear Libra por pé Ib/pé 1 Ib/pé = 1,488 16 kg/m
Libra por polegada Ib/pol. 1 Ib/in = 17,858 kg/m
Massa por área de Libra por pé quadrado Ib/pé2 1 Ib/pé2 = 4,882 43 kg/m2
superfície Libra por polegada quadrada Ib/pol.2 1 Ib/pol.2 = 703,069 6 kg/m2
Massa por volume Libra por pé cúbico Ib/pé3 1 Ib/pé3 = 16,018 46 kg/m3
Libra por polegada cúbica Ib/pol.3 1 Ib/pol.3 = 27,679 9 x 103 kg/m3
Momento de inércia Libra pé quadrado Ib.ft2 1 Ib.ft2 = 42,140 gm2
Pressão Pé de água pé de H2O 1 pé H2O = 2,989 07 x 103 Pa
Polegada de água em H2O 1 em H2O = 2,490 89 x 102 Pa
Pressão - estresse Libra força por pé quadrado lbf/pé2 1 lbf//pé2 = 47,880 26 Pa
Libra força por polegada quadrada(3) lbf/pol.2 (psi) 1 lbf/pol.2 = 6,894 76 • 103 Pa
Poder calorífico BTU por hora (unidade inglesa) Btu/h 1 Btu/h = 0,293 071 W
Área de superfície Pé quadrado pé quadrado, pé2 1 pé2 = 9,290 3 x 10-2 m2
Polegada quadrada pol. quadrada, pol.2 1 pol. quadrada = 6,451 6 x 10-4 m2
temperatura Graus Fahrenheit(4) °F TK = 5/9 (q °F + 459,67)
Grau Rankine(5) °R TK = 5/9 q °R
Viscosidade Libra força-segundo por pé quadrado lbf.s/pé2 1 lbf.s/pé2 = 47,880 26 Pa.s
Libra por pé-segundo Ib/pé.s 1 Ib/pé.s = 1,488 164 Pa.s
Volume Pé cúbico Pé cúbico 1 Pé cúbico = 1 ft3 = 28,316 dm3
Polegada cúbica Pé cúbico, em3 1 em3 = 1,638 71 x 10-5m3
Onça fluido (Reino Unido) fl oz (Reino Unido) fl oz (Reino Unido) = 28,413 0 cm3
Onça fluido (EUA) fl oz (EUA) fl oz (EUA) = 29,573 5 cm3
Galão (Reino Unido) gal (UK) 1 gás (Reino Unido) = 4,546 09
dm3
Força Galão (EUA) gal (EUA) 1 gal (EUA) = 3,785 41 dm3
(1) 12 pol. = 1 pé
(2) 1 yd = 36 pol. = 3 pé
(3) Ou psi: libra força por polegada quadrada
(4) TK = temperatura Kelvin com q°C = 5/9 (q°F - 32)
(5) °R = 5/9 °K

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 167


Normas

168 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Normas mencionadas neste documento 170
Comparação entre normas IEC - ANSI/IEEE 172
Processo de harmonização entre IEC - ANSI/IEEE 172
Principais discrepâncias entre IEC - ANSI 174

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 169


Normas Normas mencionadas neste
documento
Onde se pode solicitar publicações da
norma IEC?
No escritório central da IEC
Transformador de corrente eletrônico LPCT IEC 61869-10
3, rue de Varembé Transformador de potencial eletrônico LPVT IEC 61869-11
CH - 1211 Genebra 20 Suíça Técnicas de ensaio de alta tensão IEC 60060-1
www.iec.ch Definições gerais e requisitos de ensaio
Coordenação de isolamento: Guia de aplicação IEC 60071-2
Transformadores de potência - Parte 11: transformadores IEC 60076-11
do tipo seco
Transformadores de potência - Parte 12: guia de IEC 60076-12
carregamento para transformadores de potência tipo seco
PM107719

Transformadores de potência - Parte 13: transformadores IEC 60076-13


autoprotegidos cheios de líquido
Transformadores de potência - Parte 15: transformadores IEC 60076-15
de potência a gás
Transformadores de potência - Parte 16: transformadores IEC 60076-16
para aplicação em turbinas eólicas
Transformadores de potência - Parte 6: reatores IEC 60076-6
Transformadores de potência - Parte 7: guia de IEC 60076-7
carregamento para transformadores de potência imersos
Bem-vindo à loja virtual da IEC em óleo mineral
Fusíveis de alta tensão - Parte 1: Fusíveis limitadores de IEC 60282-1
A Comissão Eletrotécnica Internacional é o corrente
órgão internacional de avaliação de normas Aplicações ferroviárias - Transformadores e indutores de IEC 60310
tração a bordo do material rodante
e conformidade para todos os campos da
Graus de proteção fornecidos pelos gabinetes IEC 60529
eletrotecnologia. Classificação das condições do ambiente - Parte 3-3: IEC 60721-3-3
classificação de grupos de parâmetros ambientais e suas
gravidades - Uso estacionário em locais protegidos contra
intempéries
Classificação das condições do ambiente Parte 3: IEC 60721-3-4
classificação de grupos de parâmetros ambientais e
suas gravidades. Seção 4: uso estacionário em locais não
protegidos contra intempéries
Correntes de curto-circuito em sistemas CA trifásicos, IEC 60909-0
cálculo de correntes
Transformadores conversores - Parte 1: transformadores IEC 61378-1
para aplicações industriais
Transformadores convectores - Parte 2: transformadores IEC 61378-2
para aplicações HVDC
Transformadores de instrumentos - Parte 1: requisitos gerais IEC 61869-1
Transformadores de corrente IEC 61869-2
Transformadores de potencial indutiva IEC 61869-3
Instalações de energia superiores a 1 kV c.a. - Parte 1: IEC 61936-1
regras comuns
Graus de proteção fornecidos por invólucros para IEC 62262
equipamentos elétricos contra impactos mecânicos
externos (código IK)
Conjuntos de manobra e controle de alta tensão - Parte 1: IEC 62271-1
Especificações em comum
Conjuntos de manobra e controle de alta tensão - Parte 100: IEC 62271-100
Disjuntores de corrente alternada
Conjuntos de manobra e controle de alta tensão - Parte IEC 62271-102
102: seccionadoras de corrente alternada e chaves de
aterramento
Conjuntos de manobra e controle de alta tensão - Parte 103: IEC 62271-103
interruptores para tensões nominais acima de 1 kV até 52
kV inclusive
Conjuntos de manobra e controle de alta tensão - Parte 105: IEC 62271-105
Combinações de chave-fusível de corrente alternada para
tensões nominais acima de 1 kV até 52 kV inclusive
Comutação de carga indutiva IEC 62271-110

170 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Normas Normas mencionadas neste
documento

Projeto ambientalmente consciente para produtos IEC 62430


elétricos e eletrônicos
Declaração de materiais para produtos de e para a IEC 62474
indústria eletrotécnica
Conjunto de manobra e controle em invólucro metálico IEC 62271-200
CA para tensões nominais acima de 1 kV e até 52 kV
inclusive
Conjuntos de manobra e controle de alta tensão - Parte IEC 62271-202
202: subestação pré-fabricada de alta/baixa tensão
Conjuntos de manobra e controle de alta tensão - Parte IEC/TR 62271-306
306: guia para as normas IEC 62271-100, IEC 62271-1 e
outras normas IEC relacionadas a disjuntores de corrente
alternada
Orientação para avaliação de produtos com relação às IEC/TR 62476
restrições ao uso de substâncias em produtos elétricos e
eletrônicos
Diretrizes para informações de fim de vida fornecidas IEC/TR 62635
pelos fabricantes e recicladores e para cálculo da
taxa de reciclabilidade de equipamentos elétricos e
eletrônicos
Guia orientativo e de aplicação para fusíveis de alta IEC/TR 62655
tensão
Conjuntos de manobra e controle de alta tensão - Parte IEC/TS 62271-304
304: Classificação de conjuntos de manobra e controle
fechados para área interna, para tensões nominais
acima de 1 kV até 52 kV inclusive, relacionadas ao
uso em condições de serviço especiais com relação à
condensação e poluição
Seleção e dimensionamento de isoladores de alta tensão IEC/TS 60815-1
destinados ao uso em condições poluídas - Parte 1 -
definições, informações e princípios gerais.
Procedimento de ensaio padrão IEEE para alta tensão IEEE C37.09
CA Disjuntores classificados com base em uma corrente
simétrica
Norma IEEE de requisitos em comum para conjuntos IEEE C37.100.1
de manobra e controle de energia em alta tensão com
classificação acima de 1000 V
Norma IEEE para conjuntos de manobra e controle IEEE C37.20.2
revestidos de metal
Norma IEEE para conjuntos de manobra e controle IEEE C37.20.3
interruptores em invólucro metálico (1 kV–38 kV)
Rótulos e declarações ambientais - Declarações ISO 14025
ambientais do Tipo III - Princípios e procedimentos
Corrosão de metais e ligas - Corrosividade das ISO 9223
atmosferas - Classificação, determinação e estimativa
Gabinetes para equipamentos elétricos (Máximo de 1000 NEMA 250
Volts)
Norma para segurança elétrica no local de trabalho® NFPA 70E

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 171


Normas Comparação entre IEC - ANSI/IEEE
Processo de harmonização entre normas
IEC - ANSI/IEEE

Basicamente, as diferenças entre as normas IEC e ANSI/IEEE vêm de


suas respectivas filosofias.
As normas IEC são baseadas em uma abordagem funcional. Os dispositivos são definidos
pelo seu desempenho e isso permite diversas soluções tecnológicas.
As normas ANSI/IEEE são baseados na descrição das soluções tecnológicas. Estas
soluções são utilizadas pelo sistema jurídico como “requisitos mínimos funcionais e de
segurança”.
Durante anos, as organizações IEC e ANSI/IEEE iniciaram um processo de harmonização
em alguns tópicos. Isto é apoiado agora por um acordo sobre um projeto conjunto de
desenvolvimento IEC – IEEE, estabelecido em 2008. Devido ao processo de harmonização,
as normas estão hoje em uma fase de transição.
Esta harmonização permite simplificar a norma em locais onde existem diferenças
“mínimas”. Isto é especificamente verdadeiro para as definições de corrente de curto-
circuito e tensões de recuperação de transitórios.

A ANSI/IEEE desenvolveu normas para aplicações especiais, como por exemplo


'Religadores automáticos' e 'Disjuntores para geradores'. Esses documentos foram
transformados em normas IEC equivalentes após harmonização das definições e
classificações. A Harmonização não deve ser entendida como Unificação. IEC e IEEE são
organizações muito diferentes por natureza. A estrutura da primeira é baseada em Comitês
Nacionais, enquanto a segunda é baseada em Pessoas. Portanto, a IEC e a ANSI/IEEE vão
manter também suas próprias normas harmonizadas revisadas, no futuro.
Características de redes fisicamente diferentes (linhas aéreas ou redes de cabos, ou
aplicação em área externa) e hábitos locais (taxas de tensão e frequências) continuarão a
impor suas restrições aos equipamentos de conjuntos de manobra e controle.

Tensões nominais
Ver capítulo relacionado.

Harmonização TRV
DM105264

Envelope da linha-sistema TRV Envelope do cabo-sistema TRV Um dos principais objetivos era definir ensaios comuns de comutação e interrupção nas
normas IEC e ANSI/IEEE.
Desde 1995, foram empreendidas três ações principais:
• Harmonização de TRVs para ensaios de interrupção de disjuntores de 100 kV e superiores;
• Harmonização de TRVs para ensaios de interrupção de disjuntores com classificação inferior
a 100 kV;
• Harmonização de classificações e requisitos de ensaio para comutação de corrente
capacitiva.
A norma IEC introduziu 2 classes de disjuntores, definidas por 2 características TRV
na IEC 62271-100 (2021) e na ANSI/IEEE ver C37.04
• S1 para sistemas de cabos.
• S2 para sistemas de linha.
Como alguns disjuntores S2 de tensões abaixo de 52 kV podem ser conectados
diretamente a uma linha aérea, eles têm que passar por um ensaio de interrupção de falta
de linha curta.

Classes de disjuntores
Classe S1 SLF?
Sistema de Não
cabos

Classe S2 Conexão direta


para a linha OH
Sistema de Sim
linha

Classe Conexão direta


S2 para a linha OH
Sistema de Sim
cabos

172 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Normas Comparação entre IEC - ANSI/IEEE
Processo de harmonização entre
normas IEC - ANSI/IEEE

Comutação capacitiva
Os ensaios de comutação capacitiva também são harmonizados.
Foram introduzidas a classe C1 de disjuntores com baixa probabilidade de
restabelecimento da corrente e uma nova classe C2 de disjuntores com baixíssima
probabilidade de restabelecimento de corrente. Os valores nominais e critérios de
aceitação ainda permanecem diferentes para as duas normas
A IEEE terá uma classificação C0.

Produto montado
Não há harmonização para produtos montados. Os produtos montados incluem
conjuntos de manobra e controle de média tensão com invólucro metálico ou
isolamento ou conjuntos de manobra e controle isolados a gás. Hoje, não existe
nenhuma ação coordenada para harmonizar as normas de montagem na IEC e

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 173


Normas Comparação entre IEC - ANSI/IEEE
Principais discrepâncias entre IEC - ANSI

IEEE/ANSI. Portanto, muitas diferenças importantes ainda persistem. Isso é causado


por hábitos locais e de rede, conforme declarado anteriormente.
Diferenças identificadas
São listadas duas categorias principais, de acordo com as influências no projeto ou
nos ensaios de qualificação. Em cada caso de diferença no projeto, deve ficar claro
se a questão é um requisito que existe em um sistema e não no outro, ou se um
requisito é expresso de maneira conflitante entre os dois sistemas.

Para diferenças nos procedimentos de ensaio, a questão diz respeito à possibilidade


de cobrir os requisitos de um sistema através da qualificação de acordo com o outro
sistema. Uma grande diferença entre os dois sistemas, especialmente para a faixa
MT, é a necessidade de certificação do testemunho por empresa terceirizada. Isto
também inclui serviços de “acompanhamento”.
Este programa é chamado de rotulagem.

Classificação
A ANSI/IEEE possui duas características na estrutura de classificação; requisitos e
valores preferenciais.
Os requisitos não são negociáveis e as classificações preferenciais são valores
alcançados quando o requisito é atendido.
C37.20.2, que cobre conjuntos de manobra e controle revestidos de metal,
considera uma classificação mínima de barramento de 1200 A para esse tipo de
conjuntos (extraíveis).
A resistência ao curto-circuito é expressa de duas maneiras diferentes:
• A norma IEC define o valor rms da componente alternativa (duração a atribuir) e o
valor de pico (2,5);
• A ANSI define o valor rms para o componente alternativo por 2 segundos, e a
'corrente momentânea' que significa o valor rms, incluindo o componente CC,
durante o primeiro pico principal (2,6 ou 2,7).
a C37.20.3, que abrange interruptores em invólucro metálico, considera que
a duração da corrente suportável 'normal' de curta duração é de 2 s (o valor
preferido para o IEC é 1 s).

Projeto
• A s temperaturas máximas admissíveis diferem; a referência para a IEC é fornecida
pela norma IEC 62271-1; a referência para a ANSI é fornecida pela IEEE C37.100.1,
bem como C37.20.2, C37.20.3, C37.20.4.
-- os aumentos de temperatura aceitáveis são bem mais baixos na ANSI do que na
IEC. Por exemplo, para juntas de cobre-cobre nu, a C37.20.3 (e C37.20.4)
especifica uma temperatura máxima para revisão de 70 °C, enquanto a IEC
aceita até 90 °C. Além disso, a ANSI considera todos os materiais de revestimento
como equivalentes (estanho, prata, níquel), enquanto a norma IEC especifica
diferentes valores aceitáveis. a ANSI/IEEE exige que o limite inferior de
temperatura seja usado quando duas superfícies de contato diferentes são
combinadas. Valores especiais são fornecidos pela ANSI ao conectar um cabo
isolado (valor inferior à junta equivalente entre duas barras nuas),
-- temperaturas aceitáveis para peças acessíveis também são mais baixas para a
ANSI (50 °C versus 70 °C, quando tocadas durante a operação normal, e 70 °C
versus 80 °C, quando não tocadas durante a operação normal). Nas partes
externas acessíveis também há uma temperatura máxima permitida na ANSI: 110
°C.
• A resistência mecânica para operações de extração é declarada como 500
operações para a ANSI C37.20.2, e 50 para a ANSI C37.20.3. É o mesmo para a
norma IEC 62271-200, exceto se a capacidade de extração se destinar a ser usada
como função de desconexão (a ser declarado pelo fabricante), então no mínimo
1000 operações como para seccionadoras.
• Outras discrepâncias de projeto
-- os materiais isolantes têm desempenho mínimo contra incêndio declarado na
ANSI, não atualmente na IEC,
-- a ANSI C37.20.2 e C37.20.3 requerem barramento de aterramento com
capacidade de corrente momentânea e de curta duração.

174 I Guia técnico de MT schneider-electric.com


Normas Comparação entre IEC - ANSI/IEEE
Principais discrepâncias entre IEC - ANSI

-- A IEC aceita corrente fluindo através do gabinete e o ensaio de desempenho é realizado como um ensaio funcional
(se o barramento for fabricado em cobre, a seção transversal mínima é expressa),
-- A norma ANSI C37.20.2 requer que os TPs sejam equipados com fusíveis limitadores de corrente no lado de AT. A
norma ANSI C37.20.2 e 3 exige que os TCs sejam classificados em 55 °C.
-- A norma ANSI C37.20.2 e C37.20.3 especificam espessura mínima para chapas metálicas(equivalente em aço:
1,9 mm em todos os locais e 3 mm entre seções verticais e entre 'partes principais' de um circuito primário; valores
mais elevados aplicam-se a grandes painéis). A norma IEC 62271-200 não especifica nenhum material ou
espessura para o invólucro e divisórias, mas sim propriedades funcionais (continuidade elétrica, por meio de
ensaio em CC com queda máxima de tensão),
-- A norma ANSI C37.20.2 especifica o número mínimo de dobradiças e de pontos de travamento de acordo com as
dimensões,
-- As partições metálicas ANSI devem ter condutores isolados no primário (suportar no mínimo = a tensão fase a
fase),
-- As partições metálicas ANSI devem ter barreiras entre as seções de cada circuito. Isto se aplica ao barramento,
cujo compartimento deve ser dividido em 'seções' ao longo do conjunto de manobra e controle,
-- para a ANSI, os disjuntores extraíveis devem ser impedidos da remoção completa por intertravamento até que o
seu mecanismo seja descarregado,
-- A ANSI informa requisitos dimensionais para pontos de conexão dos interruptores (NEMA CC1-1993),
-- os indicadores de posição diferem por cor e marcações,
-- as alimentações de energia elétrica auxiliar deverão ter proteção contra curto-circuito dentro do painel conf. ANSI
C37.20.2 e 3,
-- ANSI: as conexões primárias dos TPs deverão incorporar fusíveis. Conexões secundárias de acordo com a
aplicação.

Procedimentos básicos de ensaio


• P ara cubículos extraíveis, os ensaios dielétricos na frequência industrial entre os condutores a montante e a jusante
na posição extraída são especificados como 110% do valor fase-terra na ANSI, em todos os casos. Para a norma IEC,
um ensaio no valor de folga aberta das seccionadoras é necessário somente se a capacidade de extração for usada
como função de desconexão (a ser declarada pelo fabricante).
• O ensaio de corrente momentânea deve ter pelo menos 10 ciclos de duração para a ANSI, o ensaio de resistência na
corrente de pico deve ter pelo menos 300 ms de duração para a IEC (e os ensaios de fechamento devem ter pelo
menos 200 ms de corrente depois).
• Para a ANSI, todos os materiais isolantes, a granel ou aplicados, precisam demonstrar resistência mínima à chama
(C37.20.2 § 5.2.6 e 5.2.7). O tema ainda não é abordado pela norma IEC, mas está em discussão para a revisão da
norma de 'especificações comuns'.
• Para ANSI, a pintura em peças ferrosas externas precisa demonstrar proteção contra ferrugem por meio de um
ensaio de névoa salgada.
• As chaves de acordo com ANSI C37.20.3 e C37.20.4 devem suportar tensões de ensaio dielétrico de 'gap aberto'
(frequência de energia e impulso) 10% maiores que o valor fase-terra; na IEC, requisitos semelhantes são expressos
apenas para seccionadoras.
• Os ensaios BIL têm sequências e critérios diferentes entre IEC e ANSI (2/15 na IEC, 3 por 9 na ANSI). A equivalência
entre as duas abordagens é uma questão controversa e não pode ser considerada válida.
• Ensaios de aumento de temperatura na ANSI/IEEE: as seções transversais das conexões de alimentação e curto-
circuito são definidas pelas normas, sem tolerâncias, etc. Portanto, elas não podem atender as duas normas ao
mesmo tempo.
• Para ensaios de rotina, os circuitos auxiliares são verificados a 1.500 V x 1 min na ANSI (C37.20.3) em vez de 2 kV x 1
min pela norma IEC.
• Os interruptores ANSI, de acordo com a norma C37.20.4, devem realizar ensaios de interrupção de carga antes de
qualquer um dos ensaios de classificação opcionais (falta no fechamento para interruptor-fusível integral, corrente de
comutação de carregamento de cabo, corrente de comutação de transformador sem carga).
• O ensaio dielétrico como verificação de condição após ensaios de potência ou ensaios de resistência mecânica é
especificado em 80% da tensão suportável na frequência industrial nominal pela norma IEC (cláusulas em comum) e
apenas em 75% pela ANSI (C37.20.4).
• O fusível para a corrente verificada para a terra durante os ensaios de potência dos interruptores é especificado de
forma diferente na IEC e na ANSI (100 mm de comprimento e 0,1 mm de diâmetro para a norma IEC, 3 A nominal ou 2
polegadas (50 mm) de comprimento e fio 38 AWG para a ANSI).
• Os disjuntores requerem ensaios monofásicos de acordo com a norma C37.09 Tabela 1, linhas 6 e 7.
• Os disjuntores exigem o acúmulo de 800% do Ksi nasequência de ensaio de tipo.
• A classificação da resistência a faltas de arco é uma capacidade demonstrada e padronizada para proteger o
operador do conjunto de manobra e controle de média tensão.

schneider-electric.com Guia técnico de MT I 175


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Outras leituras adicionais

Literaturas técnicas para aprofundar ou ampliar seu


conhecimento
Acesso ao guia de instalação elétrica WIKI
E-book do Guia de proteção e automação de rede (NPAG)
Guia de projeto de aplicações digitais do EcoStruxure Power
Guia para transformar a distribuição elétrica com dados
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arco elétrico em equipamentos de média tensão

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Referências de normas IEC neste guia

IEC 61869-10 ed 1.0 "Copyright © 2017 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"


IEC 61869-11 ed 1.0 "Copyright © 2017 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 60060-1 ed 3.0 "Copyright © 2010 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 60071-2 ed 4.0 "Copyright © 2018 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 60076-11 ed 2.0 "Copyright © 2018 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 60076-12 ed 1.0 "Copyright © 2008 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 60282-1 ed 8.0 "Copyright © 2020 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 60529 ed 2.0 " Copyright © 1989 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 60909-0 ed 2.0 "Copyright © 2016 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 61869-1 ed 1.0 "Copyright © 2007 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 61869-3 ed 1.0 "Copyright © 2011 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 61936-1 ed 3.0 "Copyright © 2021 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 62262 ed 1.0 " Copyright © 2002 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 62271-1 ed 2.0 "Copyright © 2017 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 62271-100 ed 3.0 "Copyright © 2021 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 62271-102 ed 2.0 "Copyright © 2018 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 62271-103 ed 2.0 "Copyright © 2021 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 62271-110 ed 4.0 "Copyright © 2017 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC 62271-202 ed 2.0 "Copyright © 2014 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC TR 62271-306 ed 1.0 "Copyright © 2012 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC TR 62655 ed 1.0 "Copyright © 2013 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
IEC TS 62271-304 ed 2.0 "Copyright © 2019 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"
GUIA IEC 109 ed 3.0 "Copyright © 2012 IEC Genebra, Suíça. www.iec.ch"

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23 de, março de 2022

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