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O funcionário especializado constitui a base do Estado moderno.

O funcionário
é uma figura muito antiga em várias culturas. A organização estamental de
associações era muito conhecida, mas o termo Estado estamental só foi
conhecido pelo ocidente. Parlamento de representantes do povo só foi
estabelecido pelo Ocidente, mas sempre houveram partidos no sentido de
organizações de orientação do poder político. O Estado como entidade política,
constituição e etc só é conhecido no ocidente.

Algumas características que são normalmente atribuídas ao capitalismo como


o impulso para o ganho e a ânsia do lucro não tem nada a ver em si com o
capitalismo.
O capitalismo equivale à procura do lucro, de um lucro sempre renovado, de
rentabilidade. Dentro de uma ordem capitalista, a empresa que não atendesse
a esses princípios tenderia a desaparecer. A ação econômica capitalista se
baseia em expectativa de lucro através da utilização das oportunidades de
trocas.
A apropriação capitalista se adapta a utilização planejada de recursos materiais
como meio de aquisição de forma que o balanço monetário de uma empresa
exceda o capital.
Tudo é feito em termos de balanço, há uma previsão inicial e depois é feito um
balanço final para descobrir o lucro obtido.
As operações são racionais, toda ação individual é feita por cálculos.
É extremamente necessário uma orientação para ajustar os lucros ao
investimento.

Nesse modo, o capitalismo e as empresas capitalistas existiram em diversos


países mundo afora antes mesmo de existir o conceito de “Capitalismo”.
O Ocidente desenvolveu vários significados ao capitalismo que nunca existiram
em parte alguma. A figura do empreendedor existiu em todo o mundo.
O ocidente conheceu um tipo diferente de capitalismo na era moderna a
organização baseada no trabalho livre. Apenas casos isolados de trabalho livre
foram encontrados fora do ocidente.
A organização industrial racional, orientada por um mercado real não é a única
criação do capitalismo.
A moderna estruturação da empresa capitalista foi acompanhada de 2 fatores a
separação da empresa da economia domestica e a criação de uma
contabilidade racional.
Depois começou a haver uma separação jurídica dos bens da empresa e do
indivíduo. Sem a organização do trabalho no molde capitalista nada teria o seu
atual significado. Principalmente em termos de estrutura social e problemas
atuais ocidentais que derivam dela. O calculo exato só é possível no plano do
trabalho livre.
Como o mundo ainda não conheceu uma organização racional de trabalho fora
do modelo ocidental, não existiu antes nenhum socialismo racional. O mundo
conheceu varias economia e espécies de organizações comunistas e
socialistas. O conceito de cidadão e burguesia não existiriam senão o ocidente.
Também não existiria o proletariado uma vez que não existiria o trabalho livre
institucionalizado.
Inexistiam as lutas de classes entre o empresário industrial e o operário livre.
Os burgueses já existiam antes do desenvolvimento do capitalismo ocidental,
só que estes existiam apenas no ocidente.

A forma peculiar do moderno capitalismo ocidental foi influenciada pelo


desenvolvimento das possibilidades técnicas. Sua racionalidade decorre da
calculabilidade precisa de seus fatores técnicos mais importantes.
Interesses capitalistas abriram caminho para a predominância do direito e a
administração de uma classe treinada na legislação racional. A cultura
ocidental apresenta um específico racionalismo específico e peculiar.
Racionalizações existem em muitas culturas. Para caracterizar a diferença de
ponto de vista da história da cultura, deve-se saber em que esfera e direção
elas ocorreram.

O racionalismo econômico depende da técnica e do direito racional, e é


também determinado pela capacidade do homem de adotar condutas racionais.
O desenvolvimento de uma conduta econômica tem encontrado uma
resistência interna.
As forças religiosas e seus ideais éticos sempre estiveram no passado entre os
importantes formadores da conduta.

As forças religiosas tiveram influencia na formação do caráter nacional. É o


puritanismo inglês, vindo do calvinismo, que dá a fundamentação da idéia de
vocação. A riqueza em si constitui perigo. A ascese parece se voltar contra a
procura de riqueza em bens temporais.
A objeção moral refere-se ao descanso sobre a posse, ao gozo da riqueza e a
desistência da procura da vida santa. É condenável, pois a riqueza traz o
perigo do relaxamento.
A perda de tempo é o principal pecado. Toda hora que é perdida no trabalho
resulta na perda de trabalho para a glorificação de Deus. Tanto que se
prescreve “Trabalha energeticamente em tua vocação”.
O trabalho constitui a própria finalidade da vida.
Todos recebem a vocação da providencia divina. Essa vocação não é um
destino ao qual cada um deve se submeter, mas um mandamento de Deus
para que todos trabalhem na glorificação.

Na concepção puritana da vocação, a ênfase é composta no caráter metódico


da ascese vocacional e não na aceitação do destino escrito por Deus.
O cristão autentica deve atender ao chamado de Deus e aproveitar a
oportunidade apresentada a ele.
A riqueza é recomendada assim como o empreendimento de um dever
vocacional.
A ênfase do significado ascético de uma vocação fixa proporciona uma
justificação para a divisão do trabalho.

Os judeus participavam do capita limo aventureiro enquanto o puritanismo se


baseava na organização racional do capital e do trabalho e adaptou da ética
judaica o que se aplicasse ao seu propósito.
A sociedade monárquica feudal defendia os que queriam se divertir contra a
moral da burguesia ascendente e as convenções ascéticas não submissas à
autoridade da mesma forma que a sociedade capitalista protege quem trabalha
contra a moral do proletariado e do anti-autoritario sindicado.

O teatro era reprovável para os puritanos. A tendência para a uniformidade da


vida, que hoje contribui para o padrão socialista de produção tinha o seu
fundamento ideal no repudio a idolatraria a carne.
Os puritanos acreditam que o homem é o guardião dos bens que lhe foram
confiados pela graça de Deus.
O ascetismo secular do protestantismo restringia o consumo do luxo e o uso
irracional da riqueza.
A avaliação religiosa do labor vocacional secular deve ter sido a alavanca da
expressão da concepção de vida que é o espírito do capitalismo.
O poder da ascese religiosa dispunha trabalhadores sóbrios, e dava a garantia
que a desigual distribuição da riqueza mundial era obra de Deus.
Calvino dizia que somente quando o povo continuava pobre é que continuaria
obediente a Deus.
A ascese legalizou a exploração da vontade de trabalhar.
Os puritanos condenavam relações com os cortesões e empresários de cunho
capitalista, que se orgulhavam da ética burguesa que constitui a razão das
perseguições a que foram submetidos.
Quando o acetismo foi levado para fora dos mosteiros para a vida profissional
influenciando a moralidade de séculos, contribuiu para a formação da ordem
econômica ligada a produção em série através da máquina.
Desde que o ascetismo começou a mudar o mundo e se desenvolver os bens
materiais foi assumindo uma força sobre os homens.

Não se sabe ainda a quem caberá no futuro viver sobre a prisão de ferro ou se
ao fim do desenvolvimento não surgirão profetas novos ou renascimento de
antigas idéias e pensamentos.

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