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São Paulo, 8 de julho de 2010.

Edição n°2

Com cerimônia solene, é dado início ao SPMUN 2010


Com a presença de delegados, diretores, ministros e convidados no Palácio Nove de Julho,
os secretários declararam aberto o SPMUN 2010.

Na noite da última quarta-feira (7), realizou- Os discursos finais ficaram a cargo dos
se na Assembleia Legislativa do Estado de São secretários administrativo e acadêmico,
Paulo a cerimônia solene de abertura da primeira respectivamente, Sr. Diego Puchille e Sr. Vitor
edição do SPMUN – São Paulo Model United Hugo Dahlstrøm, que abordaram o quão
Nations 2010. A solenidade iniciada com 50 trabalhoso, porém prazeroso, é a gestão de um
minutos de atraso contou com falas acerca da modelo e a importância dos laços de amizades
importância do evento para a formação de uma fortificados na vida modeleira. Muito emocionados,
nova geração de diplomatas compromissados com os secretários são se esqueceram de nenhum
os direitos humanos, bem como da abertura da companheiro que os acompanhou nos 12 meses de
“Casa do Povo” para a juventude. preparação do SPMUN. Vitor Hugo, que quebrou o
O mestre de cerimônia, chefe dos staff’s clima formal da plateia arrancando dos estudantes
Jefferson Agrella, convidou o Deputado estadual gritos e elogios, iniciou seu discurso falando que
Major Olimpio (PDT-SP) para iniciar os trabalhos. O aquela seria a semana mais importante do seu ano.
excelentíssimo Sr. Deputado foi, ao contrário do Característica de um evento estudantil, a
que se esperava, um homem de poucas palavras, descontração permeou todos os discursos,
mas não pôde evitar o velho clichê de que os principalmente os dos secretários. Com a frase
jovens ali presentes são “o futuro político do país” e “Debatemos uma madrugada inteira” e chamando o
que “através de políticas públicas pode-se melhorar SPMUN de “nosso bebê”, Diego e Vitor arrancaram
a sociedade”. risos dos presentes apesar de toda a formalidade.
A mesa solene foi composta pelo diretor do
Centro Universitário Belas Artes, doutor em história Por Ana Beatriz Camargo e Isadora Mota
social pela Universidade de São Paulo Sidney
Ferreira Leite, que falou aos presentes do imediato
acolhimento da Belas Artes ao evento, “A partir de
amanhã, a Belas Artes será a casa de vocês”,
garantiu o diretor.
O professor convidado Maarten van
Munster da Universidade de Haia também integrou
a mesa de convidados e, apesar de descontrair a
plateia com brincadeiras sobre a desclassificação
do Brasil pela Holanda na Copa do Mundo,
discorreu por cerca de 15 minutos sobre a
importância dos direitos humanos no cenário das
políticas internacionais. Para melhor explicitar o
assunto, o professor apoiou as ideias apresentadas
em uma “onda dos direitos humanos”. 
Foto: Laís F. Ribeiro
De olho nos comitês
CSNU e a questão da Coreia do Norte
O Conselho de Segurança das Nações Unidas, reunido para discutir a questão nuclear da
Coréia do Norte, tem como pauta inicial as Conversações a Seis, reuniões iniciadas em 2003 entre
Japão, Estados Unidos, China, Rússia, Coreia do
Norte e Coréia do Sul para debater o mesmo tema.
Muitos países propõem como resolução a
reativação destas, embora outros, como França,
Reino Unido, Líbia e Costa Rica, considerem a
proposta ineficaz.
França sugere a instauração de uma
inspeção por parte de todas as nações presentes
no comitê ao material bélico e nuclear exportado
para a Coreia do Norte, com direito a bloqueio e
congelamento de produtos considerados nocivos à
segurança internacional.
China, inicialmente contra a proposta por
considerá-la uma violação à soberania estatal e ao Foto: Maiara Quintanilha
direito de ir e vir, se oferece para efetuar as
inspeções devido à proximidade geográfica com a mesma e as relações comerciais e diplomáticas já
travadas. Ela afirma que um país fechado como a Coreia do Norte estaria mais propenso a negociar
com ela do que com os demais presentes. Em entrevista exclusiva, o representante do Reino Unido
afirmou que uma posição mais enérgica da China seria mais eficaz na resolução do problema,
justamente por causa da facilidade que esta teria para negociar com o país.
China, Reino Unido e França começam a se articular para chegar a um consenso, e os
primeiros Documentos de Trabalho já estão sendo lançados para debate.

Terrorismo na LEA
A Liga dos Estados Árabes reúne-se hoje para debater sobre o terrorismo, sendo o primeiro
tópico da agenda, a criação de medidas públicas para combatê-lo.
Enquanto a maioria dos países se posiciona de
forma retraída, crendo que jamais chegarão a um acordo,
países como a Arábia Saudita se posicionam de forma
contundente: são contra medidas educacionais como
forma de combate ao terrorismo. O país considera que em
seu território, em que uma maioria populacional segue o
Alcorão, seria no mínimo contraditório assinar uma
resolução contendo tais medidas, visto que a própria
população acredita que se no Alcorão estiver escrito que
matar ou morrer em prol de uma causa é certo, esta é
uma verdade incontestável.
Foto: Maiara Quintanilha Outro assunto discutido pela Liga foi a questão
dos refugiados, bem como sua influência no crescimento
do terrorismo. Foi redigida uma Carta Recomendatória para o ACNUR (Alto Comissariado das
Nações Unidas Para Refugiados) em que Brasil, Venezuela, Eritréia e Índia recomendam a discussão
de alguns tópicos específicos. Enquanto aguarda por uma resposta do comitê, a Liga dos Estados
Árabes continua debatendo sobre o terrorismo, na ânsia de que os países que ainda não se
posicionaram o façam.

Por Fernanda R. da Silva


ACNUR desvia foco das discussões
As FARC é o assunto em debate em primeira sessão

O Comitê Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) contou, a priori,
com 17 delegados, do total de 22 inscritos. Dois
delegados chegaram atrasados na primeira sessão do
evento, dentre eles o senhor delegado dos Estados
Unidos da América.
O senhor delegado da Líbia iniciou as
discussões alfinetando a questão das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia - FARC. “Nós temos que
acabar com as FARC”, afirma. Outros delegados, como
a senhora delegada da França e a senhora delegada da
Índia, consideraram que o comitê fugia do foco. “Não
cabe a nós acabar ou não com as FARC. Nossa
preocupação são os refugiados”, refuta a senhora
delegada da Federação Russa.
O senhor delegado da Bolívia considerava a
discussão sobre as FARC importante, mas com outra
visão. “O que temos que discutir aqui é o que causa a
fuga desses refugiados, e neste caso da Colômbia é a
falta de segurança, causada muitas vezes pelas FARC”,
enfatiza. Foto: Laís F. Ribeiro
Devido à considerada fuga do tema e para
dinamizar as discussões, o senhor delegado da Venezuela propôs uma agenda. Os itens eram
divididos em: discutir o motivo da fuga dos cidadãos; como ajudar os atuais refugiados; e como ajudar
o realojamento dos cidadãos.
Logo no início da segunda sessão, os senhores delegados discutem uma proposta de
documento de trabalho visando o primeiro tópico da agenda.
Por Laís F. Ribeiro

OPEP em crise Discussões quentes em primeira sessão


Em que ponto religião e economia se Delegados ficam agitados com a
misturam nas decisões do comitê participação do Embaixador de Israel

O Comitê Human Rights Council (HRC)


Na manhã desta quinta-feira (8), frente à
começou as discussões com argumentações mais
beligerante situação da Organização dos Países
tranqüilas, comparada ao tema Religião e Violência.
Exportadores de Petróleo – OPEP – o “SPMUN em dia” Os delegados centraram-se em questões como “brain
pleiteou com a Sra. diretora Paula Sampaio uma entrevista
wash” (lavagem cerebral), questionando até que ponto
coletiva para, através dos próprios delegados, traçar um
um país é capaz de influenciar outro e sua própria
mapa do que levou o comitê a uma crise.
sociedade.
A brevidade da coletiva, contudo, não impediu que
Faltando menos de uma hora para o término
ficasse evidente quão inflexíveis estão os delegados no
da primeira sessão, o Comitê recebeu o senhor
âmbito das discussões do comitê. Tal fato demonstra
Embaixador de Israel, esquentando assim as
improdutividade nos debates, assim como um extremismo
discussões. A priori, o senhor Embaixador respondeu a
na aglomeração dos manifestantes em frente ao comitê da
perguntas realizadas pelos senhores delegados, num
OPEP.
clima relativamente calmo. Aos poucos, as perguntas
O que pôde ser percebido é que os países árabes
foram tomando tom ameaçador, assim como as
estão pretendendo usar o petróleo como uma arma de
respostas de Israel.
guerra. Os representantes afirmam que esta é uma forma
O senhor delegado da Turquia questionou
de proteger seus interesses perante as discussões políticas
inconformado o senhor Embaixador “o meu Deus não
com o Ocidente. Venezuela e Equador, apoiados no Artigo
existe? Como o senhor pode dizer algo como isso? Se
2 do Estatuto da OPEP, não concordam em tomar decisões
o senhor não acredita em meu Deus, guarde essa ideia
econômicas motivados por fatores étnicos.
em sua mente.”
Tendo em vista as motivações étnicas para discutir
O senhor Embaixador foi bombardeado por
tal assunto, questiona-se, por que, dias depois da resolução
perguntas e argumentos provindos dos senhores
da ONU que dividiu o Estado Palestino, Síria e Egito
delegados, os quais encontravam bem agitados e
atacaram o recém formado Estado de Israel antes de
nervosos com a discussão. “Senhores, temos que
qualquer manifestação palestina? Seguindo esse caminho,
utilizar o poder do argumento e não o argumento do
o debate parece estar andando em círculos sem resoluções
poder”, disse o senhor Embaixador tentando acalmar a
concretas.
situação.
O senhor delegado da Arábia Saudita achou a
Por Ana Beatriz, Maiara Quintanilha e Isadora
discussão desnecessária para o comitê. “Não é nosso
Mota
objetivo ficar questionando as ações de Israel”,
comenta o delegado no meio de debate não moderado.

Por Laís F. Ribeiro


Crise, Protecionismo e FMI
Começaram hoje (quinta-feira dia 8) as discussões do G-20 sobre a crise econômica do setor
imobiliário de 2008. No começo das discussões, o foco recaiu sobre quem seriam os responsáveis
pela crise, e no decorrer do debate a economia mundial centralizada nos EUA e o protecionismo
norte-americano foram duramente criticados. A delegação estadunidense foi o principal alvo das
acusações, uma vez que seu país é apontado como origem da crise.
A União Européia (UE), que propôs a
criação de um fundo monetário europeu
(proveniente dos países europeus e destinado
aos mesmos), foi duramente criticada por sua
proposta. Os críticos diziam que o fundo
pouco ajudaria os demais países do mundo a
saírem da crise. Em resposta, a UE disse que
seus países pouco poderiam fazer pelos
outros antes de resolver a sua própria crise e,
uma vez que a tenham superado, a economia
de seu bloco fortaleceria o comércio mundial.
Países como a Etiópia criticaram essa
posição dos países desenvolvidos de só
pensarem em tirar suas próprias economias Foto: Maiara Quintanilha
da crise, sem pensar na ajuda que países
pobres precisam para que também possam superar a crise. O Brasil propôs a injeção de capital na
economia dos países afetados pela crise, com a ajuda do FMI ou com a criação de algum fundo
econômico próprio. No final, os EUA também ajudaram na compilação destas propostas num
documento de trabalho a ser apresentado ao comitê.

Venezuela, Imprensa e Morte


A Organização dos Estados Americanos começou hoje (quinta-feira, dia 8) as suas
discussões sobre democracia na América Latina, com foco para a Venezuela. Órgãos internacionais
como o Human Rights Watch e a Anistia Internacional também estiveram presentes no comitê, tendo
participação marcante. Os países se dividiram entre aqueles que apóiam o governo venezuelano e
aqueles que o criticam.
Muito foi dito sobre a liberdade de imprensa, principal argumento daqueles que defendem que
o regime venezuelano não caracteriza uma democracia (já que muitos veículos de imprensa
oposicionistas foram fechados pelo governo chavista). Aqueles que defendem a legitimidade do
governo de Hugo Chávez dizem que, devido à tentativa de golpe que o presidente sofreu em abril de
2002, seu governo tem direito de preservar a democracia no país desarticulando os meios de
comunicação responsáveis em grande parte pelo golpe. Em entrevista, o senhor delegado da Bolívia
disse: “O governo da Bolívia reconhece que houve uma tentativa de golpe por parte de alguns
militares e cujo movimento foi patrocinado pela mídia oposicionista”. O senhor delegado da
Venezuela afirmou que qualquer tentativa de golpe contra um governo forte e com vasto apoio
popular como o de Chávez está fadado ao fracasso; e em resposta às acusações do senhor delegado
de Peru (que disse que a Venezuela está caminhando rumo ao fascismo, ao autoritarismo), disse que
o povo da Venezuela é protagonista de sua própria história, e que a democracia em seu país é
exemplo, longe de ser “autoritário”.
Além da Bolívia, o Brasil e a Argentina também demonstraram apoio à delegação
venezuelana. Os EUA tiveram papel de líder de oposição ao regime chavista, além de também ter
gerado discussões com a representante de cuba durante sua breve aparição em nosso comitê. Por
fim, notícias sobre protestos e violência na Venezuela (cuja represaria do governo culminou na morte
de uma gestante) colocaram o comitê em fortes discussões, com a delegação do México
questionando a legitimidade da delegação venezuelana no comitê.

Por Matheus S. Montandon


Ai, essa doeu!

“Precisamos de uma política que seje mais “Esses deslocados se deslocam.” –


forte.” – Delegada do ACNUR. Delegado do ACNUR.

“O batuque foi a primeira forma de “Se eles deixarem de exportar caviar para
comunicação desenvolvido pelos seu prato, a Sra. poderá comer Hommus.”
hominídeos.” – Ministra da OPEP. – Ministro do Kuwait para Ministra da
Venezuela (OPEP).
“Bomba atômica contra terremotos.” –
Delegado do CSNU “Proponha outras leis econômicas, todas
as que estudei na minha graduação, pós
“Na moral, você me f*de há 50 mil anos.” – e doutorado comprovam isso.” – Ministro
Delegada do Líbano para Delegado do do Kuwait (OPEP).
Iraque (LEA).
“Então devemos acreditar nas
“Se a Sra. Delegada do Líbano não sabe o universidades do Kuwait?” – Ministro do
que é terrorismo, vá estudar!” – Delegado Iraque (OPEP).
do Iraque (LEA).
“Precisamos tomar medidas energéticas.”
“Eu sei o que é terrorismo, Sr. Presidente (não seriam enérgicas?) – Delegada do
do Iraque, o seu país me ensinou ano após CSNU.
ano.” – Delegada do Líbano (LEA).
“Pelo amor de Deus senhores! Quer dizer,
“Ideal ideologista.” – Delegado da OEA. pelo amor de qualquer Deus...” –
Delegado do Brasil (G-20).

Separados na maternidade

+ =

Delegada do Reino Delegada do Chile Hayley Williams,


Unido (CSNU) (HRC) vocalista do
Paramore
Fotos das delegadas: Felipe R. de Castro // Foto Hayley Williams: Google
Equipe:

- Stephanie Hering, Editora Chefe


- Ana Beatriz Camargo, Jornalista
- Isadora Armani Soares, Jornalista
- Isadora Teixeira M. Mota, Jornalista
- Mariana M. Tessitore, Jornalista
- Laís F. Ribeiro, Jornalista (CI)
- Fernanda R. da Silva, Jornalista (CI)
- Matheus S. Montandon, Jornalista (CI)
- Maiara Q. Estefano, Editora do blog
- Felipe R. de Castro, Editor do blog

Não deixem de conferir o nosso blog:


http://spmunemdia.wordpress.com

Vídeos, entrevistas, curiosidades e muito mais!


SPMUN em dia, o seu canal direto com o SPMUN 2010.

Festa Heaven and Hell – AMANHÃ 09/07

R$ 30,00
Av. Lins de Vasconcelos, 3352. Vila Mariana.

Vendas durante o Coffe Break com


Bárbara, Eduardo ou Heitor.

Vestimenta:
Roupas nas cores azul, branco, vermelho ou preto,
ou ainda usar alguma fantasia se assim preferir
(sempre mantendo o limite da vestimenta)!

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