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A ORIGEM Do Proretismo EM IsRAEL “Nada sabemos sobre as origens da profecia em Israel.” — Johannes Lindblom, Prophecy in Ancient Israel “Ainda sao obscuras as origens da profecia israelita.” — Walther Zimmerli, The Law and the Prophets “{A Escritura] nao fornece a informacao necessaria para uma solugdo [com respeito a origem do profetismo em Israel].” — Brevard S. Childs, Biblical Theology of the Old and New Testaments “A profecia em Israel... comega com o inexplicavel surgimento de individuos que afirmam estar pronunciando a palavra revelada de Yahweh. ...O surgimento de [essa gente] ...6, de fato, um acontecimento estranho, inexplicavel, original ocorrido em Israel. ...Esses individuos sao estranhos endo hé como ertendé-los 4 luz de nenhum antecedente.” — Walter Brueggemann, Theology of the Old Testament Neste assunto, alguns dos principais criticos biblicos expressam de forma unanime seu ponto de vista de que nao é possivel conhe- Cer a origem do profetismo em Israel. Eles simplesmente nao sa- bem como surgiu o fendmeno. Para eles, sua origem é mistério nao fesolvido. Para eles, é um enigma sem solugao a maneira oon Surgiu esse grupo de individuos, por 200 longos anos, convictos 28 | O Cristo pos ProreTas de que Deus havia entrado em contato com ae ee iss fon. te Jentinuam sendo apontadas como a origem lo pl oem ara iho bil iderarmos o testemun! srael. Antes de consideran : respi aie do profetismo em Israel, precisamos ox minar as seguintes i fecia. explicagdes alternativas para a origem da pro! I. Explicagdes alternativas para a origem do profetismo em Tsrae] ito extatico oranda biblica indica que alguma forma de experiéncia extatica vez ou outra estava associada com 0 profetismo em Israel, Esse elemento na experiéncia profética se estende das primeiras manifestagées no comportamento de Saul (século XI a.C.) a as- sombrada resposta de Ezequiel 4 sua experiéncia de uma visio (século V1 a.C.). O Espirito de Deus veio sobre Saul, que se des- piu da sua hinica e “profetizou” na presenca de Samuel (1 Sm 19.2324). Depois de ter a visdo, Ezequiel sentou-se atdnito por sete dias (Ez 3.15). Séculos depois disso, lemos que veio ao proprio b Pedro (século I d.C.) um “éxtase” (ekstasi n com a visdo que abriu seu ministério ao vasto mundo das nacies gentias (At 10.10). A vista desta evidéncia, propde-se que 0 pro- fetismo em Israel seguiu um padrao de desenvolvimento sim 20 fenomeno entre os cananeus e em outras Fr es, evoluindo Ge forma natural de seus primitivos comesos extaticos as formas de expresso mais elaboradas dos profetas posteriores de Israel. E muito dificil conseguir evidéncia convincente de que ae periencia humana comum de éxtase seja resposta a questo da or gem da profecia biblica. A opiniao anteriormente sustentada de que 2 profeda istaclita se originou da fusdo de um B rete “€ mera hipdiese e cria uma série de problemas”? Serra se bawia en “hipstess evoluc stas nao comprovads CC —— ‘A Ontcnst Do Proversnioau Iseart 1 29 que nao se sustentam pela evidencia dos prépri re z eS de que no A como comelacionar terminologia ene profetismo] com 0 crescimento historiey’ > va crescente ica (para o sonhos proféticos e visées na Escritura, para a ideia de que o profeta b: da que pequena, da acuidade m contrario, 0 &xtase associado co enten mais elevado plano de relacionamento com Deus”! A evidencia da Escritura indica que, Es i assim que o profeta biblico saia da sua ex- periéncia de visio, ele lembrava plenamente aq to e ouvido. Mesmo tendo sido trans; cercado pelos serafins, 0 profeta Isaias permanece plenamente autoconsciente, ao ponto de se dar conta de sua pecaminosidade Pessoal (Is 6.5). Por isso, sugere-se de forma apropriada que 0 &- tase no sentido de um comportamento ma foi um elemento da genuina e origi € dificil encontrar base ‘blico tenha perdido parte, ain- ‘ental enquanto profetizava. Pelo que tinha vis- portado a presenca do Deus vo de um éxtase maquinal até um discurso racional, o que, entdo, fez surgir esse amplo e persistente fendmeno em Israel em Israel tenha su onadas ao cul B. Praticas relacionadas ao culto : Jé houve tempo em que foi seriamente sugerido que o pro- of the Old and New Testaments, 16. 30 1 O Cristo Dos PRoreras rm que os profeta critica 0 sistema sig entendidas 20 con de Israel sao, Se eta ‘a maneira exterior de adores 3 cond ee ycdo de que os profetas criticavam as OracSes q, Asinples Se aeenetcien como condenavam seus sacrificios gs nacdo de forma fo Gos Mas sera que 0 profeta, assim como o sy Fei se ee profisionalmente ligado aos centros de adoracay ed) sera possivel entender o culto como 0 gerador legitimo ‘ ? ha rita evidencla de que © movimento profético tenha come ssociag3o com as praticas referentes ao culto de Israel. Carente os pro ipavam das praticas de adoragioem Caramente, os profetas participa israel com parte normal da sua vida. Algumas Poucas Passages biizas dio entender a possilidade de um ambiente destinado 3 fung3o profética no templo relacionado a suas atividades cul- fusis” Mas, como observa Vawter, embora possa haver algum fun- As passagens biblicas e' querode de que o8 dexcendentes de uma figura profenca unham um lugar permanente A Onices 0 Prorerisuo ex Iseast | 31 damento para fazer associac3o co; implesmer “ iderar a evidéncia”® com respeito a fungao dos profetas cultuais em Israel continua sende ume pers- pectiva sensata sobre o assunto. A relagdo dos profetas em fo com 0 culto nao incentiva a ideia de que o profetismo tenha surri- do das praticas de adoragao das nagées.” C. Profecia do Antigo Oriente Préximo Existiu, com certeza, entre as diversas nagdes do Antigo ‘eno que talvez possa ser chamado de Teconhece a atividade de pi ias de Juda (Jr 272-4, 9, 10). Mui 05 quais podem ser chamados como especialmente 0 material do século XVIII a.C. no médio Eufrates, e do Império Neo-Assirio profecia." O p entre as nagdes v antigos tém surgi negar que os pro‘etas com frequéncia auavam em conexso io en Mas essa comp reendio ‘no determina que eles ocupavam a posicio de empregados cul - ya gue amas ds to Prop itatre, NSI7 ceria gu sma “rolnranembecodaroew thn "Oneoe rote cniorme deta ra = are como sing debatido, ha certas distinges que marcam de forma ci se sorligious Role ofthe Neo-Assyan Pro 12. De acordo com a anslise de Nissinem, “Sociorelisious| PRoreras. 30 | OCxIs10 OS ra, CO" fria e nao contra ama nagio de forma apoio a essa conclu cerdote, estava profissionalmente Sera possivel entender 0 cu do profetismo em Israel? . A resposta mais honesta a essa pergunta € ue 0 movimento pro hd pouca evidéncia de q gado em associagéo com as praticas refe 0 de Israel Ciaramente, os profetas participavam das pr: pragioem Israel como parte normal da sua vida. Algumas poucas passagens jade de 4 fungdo prof tuais.” Mas, como observa Vawter, embora possa haver algum fun- nr no nferir que a meno se reeves uma es Saber protein aa faz parte doconpodefucionarcs do emp fs ter vel, com certeza nao & imprescindivel, tendo em vista ¢ rottanessa pr na meramenie uma pessoa pon Nest C0 i roma gem cortraparids usa otermo proflsnumerosas vezes, U2 Perma aczbeatve pare teers a um upo de proetacultal em Israel st utero das Cr al une lgares em Crémacas, a profecia é mais bem entendid® £0 poor de Farle ave ek ape ‘de cantar e tocar em louvor a Deus, executados tom Can, nacer dts Boece ee 27 Wea 1 Ct 251,3;2 Cr 29.3; 35.15). Em tennant aan Deus para omuncaralguma mensasem™ Po nama ta 4 alguma situacio especitica (2 Cr 20.14; 24.20) perinum esses casos, 0 texto da eviseneia r evidéncia adequada para sustentar a ideia J 9m ea Isa ©M Uns poucos casos, de nenhi yi rmias reconhece a atividade de a nagies virinhas de Judé (Jr 2724, 9 Wy Mae one entre pe eo material do século XVI i 7 0 ac. m Mari no médio Eufrates, e do Império Neo-Assii alr de Deus em respsta 3 gum Jocupavam a posiglo ature”, 186,187, observa que a maioria das ma que a bs isolado no mundo tido, hé cortas distnges que marca bibtica, ‘ope 12. De acordo com a anslise de Nissinem, “Socioreligious Rote of the Neo-Asryrian Pro ‘do Antigo Oriente Frama”. Mas, como serd m de forma clara como singular © fenomeno 32 | OCazsro Dos PROFETAS 1. Mati culo XVIII de Mari do médio Eufrates oe materiais do S01 de a eden: is ma pro podem assemelhar-se co a oito mil cartas e cerca de doy. istragdo dentre um total de do, al ste eo referencias indiretas a Profeciae mil.” Esses texiom Prnente ao rei na forma de cartas vindas qe apresenta eos publicos, informando-lhe 0 contetido basi seen Creaealos ue tinham chegado ao conhecimento dees: Sctacieneens da parte dos deuses. Esse material tem certa se. Imelhanca 4 profecia do Antigo Testamento. Mas seu contetido ¢ totalmente diferente, como deixam evidentes as seguintes carac. teristi * Areas de interesse: Os profetas biblicos manifestam uma am- plitude de preocupaco com assuntos sociais, éticos e religio- 505, a0 passo que os textos de Mari estéio mais intimamente preocupados com os assuntos basicamente relacionados com Centralidade do ministério profético: Na profecia biblica, a sociedade israelita est4 em primeiro plano. Mas o ordculo ‘ocasional de algum profeta em Mari pouco contribui para a vida da comunidade."* phets, 69, foram identificados mais do que 130 textos antigos do Oriente Proxim, relativos a0 fenimeno profetico. Ele ressata que quase metade desses textos ver de ‘Mare pouco menos que a metade vein da Assiria. 18 Para uma completa descricio dos textos encontrados em Mati, veja Durand, Archiv ‘psoas de Mari, 37-852. Veja, também, Hufimon, “Company of Prophets”, 48,49. 14 Malamat, "Forerunner of Biblical Prophecy”, 37, 15 ‘Malamat, ibid. 36, dz. que as muitas referéncias aos assuntoss militares e a preoo!™ Pacio pelo hem estar do rei “si sigificativamente diferentes da profecia biblica, aq apresenta, lado a lado com a visio universal, uma plena ideologia religiosa, uma pre Siac éicosocal eum propésito nacional especfco”, Para uma perspectiva un an! seeing Pare, “Ofc Attudes toward Prophecy, 6768 J sq iimon, “Company of Prophets" 49, diz que “as mensagens proféticas [em Mat estio daramente wubordinadasa outos mais comuns expedited oeronaenn divina’ ‘A Onicest po ProrerisMo eM Isnatt 1 33 8 g a 3 a . 2 8 g g a 3 3 & 3 a F : . & g ém como propésito apoiar e en- corajar 0 rei, as declaragdes proféticas do ye igo Teturente mais condenam do que elogiam as mais altas autoridadies da sua sociedade, * Verificacao dos ordculos proféticos através de meios cultuais: Se a validade da mensagem profética em Mari fosse questionavel, 9 correspondente do rei recomendaria que se buscasse outro oriculo para confirmar a palavra profética, Em Israel, nenhum tipo de meio cultual desses era usado para verificar a mensa- gem profética, ndo importando se acreditassem nela ou nio.* A crueza da agao profética: Em Mari, um profeta devora um cordeiro cru e anuncia que a nag3o ser “devorada”. En- quanto esse incidente é descrito como 0 “texto mais ilumi- nado” dentre os ordculos proféticos de Mari, é preciso notar que “a crueza desse procedimento excede qualquer atribuida aos profetas israclitas”.* As acdes dos profetas bi- blicos podem até ser classificadas como incomuns, mas nao grosseiras. Sustento material por parte da corte do rei: De vez em quan- do, algum profeta de Mari recebia presentes e apoio financei- ro da corte real, tais como alguma roupa, um anel de um jumento. Outras vezes, o profeta chegava até a solicitar ones eee ree Ba aamaeaetar rt cane ef wanted arresi masses se ee cp parker, ical Atiudes toward Prophecy, pers que a ma Pee ee ree omat Pe Dacca ima Wap ser sone ne pono 19 Gordon, “From Mari to Moses”, 69. M1 O Carsro pos Proreras ciretamente um presente.* Com exceyo da anormal cobic, Ge Geazi, servo de Eliseu, os profetas de Israel nao procuy,, Xam nem recebiam apoio da corte do rei de Israel. Esse fato, indica que os profetas em Israel tinham uma fungio tofay mente diferente daquela dos profetas de Mari. «Os profetas falavam em nome de uma variedade de deuses. Em Israel, o verdadeiro profeta fala exclusivamente em nome do tinico Deus, 0 Criador de todas as coisas, 0 Sextior da ‘Alianca de Israel. Mas em Mari os profetas promovem os dj. ferentes interesses de diversos deuses.* Ent3o, como é que a profecia em Mari se relaciona com a ori. gem do profetismo em Israel? Nao podemos dizer que os dois mun. dos de profecia “de forma alguma possam ser comparados” ® Em um nivel bem basico, ambos os grupos de profetas tém a intengig de apresentar uma mensagem da parte de Deus (ou dos deuses). Mas as diferencas sao totalmente fundamentais, de forma que seria muito dificil apoiar a ideia de que a origem da profecia is- raelita pudesse ser encontrada na instituicao do profetismo mani- festado 1.000 anos antes em Mari. Apés um completo exame dos materiais, um critico moderno afirma: “Por isso, parece mais se- guro concluir que, em sua manifestac3o anterior, a profecia israe- lita foi um fendmeno essencialmente native com carter préprio imposto pela situacdo nica em que se encontravam os préprios israelitas” A luz da evidéncia disponivel, o minimo que se pode dizer é que é prematuro sugerir que Mari representa o “protstipo da profecia em Israel” 2. Neo-Assiria Os textos proféticos da Neo-Assiria do século VII sao chama- BH Hatmon “Company of Prophets, 4; Malamat, “Forerunner of Biblical Prophecy"? 21. Ness sentido uttmon, “Company of Prophets, 56, ca um exemple de Mat. 22. Conforme resatado poe Gordon, “From Mato Moses, 76 23. Blenkinsopp, Mistory of Prophecy in Israel, 48. 24 Malamat, "Forerunner of Bical Prophcey”, 36 ‘A Ouicen Do Paoreriswo em Fomaet {35 dos de “a mais proxi antiga profecia israel cimento do publ ‘a analogia histérica e fenomenokigica da vjudaica’ * Esses textos vieram ao conhe- 2 primeira vez em 1875 quando George Smith publicou uma tabuleta de Ninive que ele chamou de “Discursos de Encorajamento alo rei assirio] Esar-Hadom”, cujo reino é da. tado aproximadamente entre 680-669 a.C.* Aproximadamente em 1915, a maioria do acervo conhecido ja havia sido publicado em ingles, francés ou alemao. Depois da I Guerra Mundial, houve pouco interesse nos textos, estendendo-se esse desinteresse até 0 final do século XX. Embora estivessem disponiveis, aatengao que mereciam, nao receberam Mas, em 1997, foi publicado 0 texto completo das tabuletas, vas notas e traducao.” Esses textos do século VII foram escritos durante a mesma época de varios dos profetas escritores de Israel e num perfodo quando a Assiria teve amplo contato com seu estado vassalo Israel. Unicamente por essas razes, esse mate- rial profético extrabiblico se situa mais préximo do material bi co do que os textos de Mari, que datam de 1,000 anos antes. Essa colegao de textos assirios consiste em vinte e oito oraculos feitos por treze profetas, quatro homens e nove mulheres. Numa estimativa superficial, as palavras dos textos se igualam em cerca de um por cento com os textos proféticos biblicos. Em vez de serem relatos indiretos de profecias contidas em correspondéncia dirigida ao rei como se v8 em Mari, muitos desses textos assirios preservam a real obra das declaracées proféticas em “tabuletas de compilacdes” contendo de cinco a dez curtos ordculos em cada tabuleta. Unica- mente num sentido muito limitado se forece um contexto para as declaragies, e nao ha indicagao quanto a reagio a essas profecias. Com apenas umas poucas excesées, essas declaragées pro- féticas se concentram em uma palavra de confianca para o rei ou 25 Nissinen, 26 Parpola, Ass 2 Kobe M1 O Carsro pos Proreras ciretamente um presente.* Com exceyo da anormal cobic, Ge Geazi, servo de Eliseu, os profetas de Israel nao procuy,, Xam nem recebiam apoio da corte do rei de Israel. Esse fato, indica que os profetas em Israel tinham uma fungio tofay mente diferente daquela dos profetas de Mari. «Os profetas falavam em nome de uma variedade de deuses. Em Israel, o verdadeiro profeta fala exclusivamente em nome do tinico Deus, 0 Criador de todas as coisas, 0 Sextior da ‘Alianca de Israel. Mas em Mari os profetas promovem os dj. ferentes interesses de diversos deuses.* Ent3o, como é que a profecia em Mari se relaciona com a ori. gem do profetismo em Israel? Nao podemos dizer que os dois mun. dos de profecia “de forma alguma possam ser comparados” ® Em um nivel bem basico, ambos os grupos de profetas tém a intengig de apresentar uma mensagem da parte de Deus (ou dos deuses). Mas as diferencas sao totalmente fundamentais, de forma que seria muito dificil apoiar a ideia de que a origem da profecia is- raelita pudesse ser encontrada na instituicao do profetismo mani- festado 1.000 anos antes em Mari. Apés um completo exame dos materiais, um critico moderno afirma: “Por isso, parece mais se- guro concluir que, em sua manifestac3o anterior, a profecia israe- lita foi um fendmeno essencialmente native com carter préprio imposto pela situacdo nica em que se encontravam os préprios israelitas” A luz da evidéncia disponivel, o minimo que se pode dizer é que é prematuro sugerir que Mari representa o “protstipo da profecia em Israel” 2. Neo-Assiria Os textos proféticos da Neo-Assiria do século VII sao chama- BH Hatmon “Company of Prophets, 4; Malamat, “Forerunner of Biblical Prophecy"? 21. Ness sentido uttmon, “Company of Prophets, 56, ca um exemple de Mat. 22. Conforme resatado poe Gordon, “From Mato Moses, 76 23. Blenkinsopp, Mistory of Prophecy in Israel, 48. 24 Malamat, "Forerunner of Bical Prophcey”, 36 ‘A Ouicen Do Paoreriswo em Fomaet {35 dos de “a mais proxi antiga profecia israel cimento do publ ‘a analogia histérica e fenomenokigica da vjudaica’ * Esses textos vieram ao conhe- 2 primeira vez em 1875 quando George Smith publicou uma tabuleta de Ninive que ele chamou de “Discursos de Encorajamento alo rei assirio] Esar-Hadom”, cujo reino é da. tado aproximadamente entre 680-669 a.C.* Aproximadamente em 1915, a maioria do acervo conhecido ja havia sido publicado em ingles, francés ou alemao. Depois da I Guerra Mundial, houve pouco interesse nos textos, estendendo-se esse desinteresse até 0 final do século XX. Embora estivessem disponiveis, aatengao que mereciam, nao receberam Mas, em 1997, foi publicado 0 texto completo das tabuletas, vas notas e traducao.” Esses textos do século VII foram escritos durante a mesma época de varios dos profetas escritores de Israel e num perfodo quando a Assiria teve amplo contato com seu estado vassalo Israel. Unicamente por essas razes, esse mate- rial profético extrabiblico se situa mais préximo do material bi co do que os textos de Mari, que datam de 1,000 anos antes. Essa colegao de textos assirios consiste em vinte e oito oraculos feitos por treze profetas, quatro homens e nove mulheres. Numa estimativa superficial, as palavras dos textos se igualam em cerca de um por cento com os textos proféticos biblicos. Em vez de serem relatos indiretos de profecias contidas em correspondéncia dirigida ao rei como se v8 em Mari, muitos desses textos assirios preservam a real obra das declaracées proféticas em “tabuletas de compilacdes” contendo de cinco a dez curtos ordculos em cada tabuleta. Unica- mente num sentido muito limitado se forece um contexto para as declaragies, e nao ha indicagao quanto a reagio a essas profecias. Com apenas umas poucas excesées, essas declaragées pro- féticas se concentram em uma palavra de confianca para o rei ou 25 Nissinen, 26 Parpola, Ass 2 Kobe Be ( OCeisro gus Peoeer es om se atirma que ele veng a o rei Esur-Fiadom se al z i sua familia ea) A ee que seus Hilhes o sucederio® pet os interes pessoas do rei determin quer declarando expect do com certa anal a verdade cu 2 fe! deus Khtar “fol © ambiente princip, son dos prowtas assisies”. Como devotos g! uc. grande pase dos proetas, a maioria deles mulheres, “y. oa eaxpecee matme da divindade, manifestado com, prowxde dy nei ¢ iutunde pur ele”. Ae mesmo MPO, Ess pry sam proclamar palavras que vinhas 2 visto que bee pa! Gz np Dame remade de empe? se “a mus proms anwig hitorica e fenomenologica a ants foi praia Poomvoe awadlite fadzka” se ver ema ampia siz de na aiegagdo desses profess 2 uS contemponineos fcado por terem sido re crades em tabuicts presemvadas nos arquives reais fas de fowma mas epeaiica qual é a conexio que se pode i 02 da Assia ea de Israel? Serd possivel ques 0 como fonte do fendmeno simil: Ferpola prope que as semethangas entre a profecia ass ‘2 prociamacio da palavra de Deus, nao em termos de envolv ‘undo alguma predicio do futuro. Dadas certas circunstancias Peaficas 0 profeta haveria de predizer algum evento futuro. > seu respectiv ew aber a Sa cae pa stg pats ope do prfeta Nat an desjo de Davi de e8ti seared pepe Seton fe ees POF Uma palavta subsequente i 00 Pucnerisun em boeane (47 4 ocorrer por meio de Jas a essincia da profecia nao era determinada 0 da predicio, mas pela natureza da declarayao do elacao vinda de Deus. Essa perspectiva da esséncia da profecia é importante para avaliar a questa da continuidade da profecia hoje. Claramente, ninguém pode predizer de modo infalivel coisas especificas refe- rentes ao futuro, como era 0 caso da profecia biblica, a parte de uma revelac3o direta vinda do Deus soberano que controla o futu- ro, Mas é igualmente verdade que ninguém consegue “anunciar” a palavra de Deus no sentido profético sem experimentar uma revelacao de Deus. Quer seja como prenunciador quer scja como anunciador, 0 profeta comunicava a revelagao de Deus. Se alguma pessoa afirma que a profecia biblica continua hoje em suas duas formas basicas, deve ficar claro que ela eré que a revelagio con- tinua ocorrendo hoje. Mesmo que um pregador contemporaneo possa ser “profético” em seu ministério no pulpito, ele no esta profetizando no sentido biblico da palavra. Da mesma forma que um pregador hoje pode ser apostélico, mas nao ser um apéstolo, assim ele pode ser profético sem ser um profeta. Em quarto lugar, como consequéncia da singularidade do ministério profético, a nacao de Israel precisa ser vista como ten- do uma fungao distintiva entre os povos da terra.O tacando 0 fato que foram os unicos a receberem a revelacao da lei de Deus: “Ou, que grande nagao tem decretos e preceitos tio justos como esta lei que estou apresentando a vocés hoje?” (Dt 4.8 NVI). Israel se destacou dentre as nagées do mundo por causa da revelacao especial da vontade de Deus comunicada por meio de Moisés em sua funcao profética no Sinai. Essa singularidade de Israel nos planos e propdsitos de Deus indica, dentre outras coisas, que uma compreensao plena do profetismo em Israel nao Pode nunca ser alcangada por meio de comparagées com fené- menos similares entre outras nagdes do mundo. O agnosticismo 48 | OCarsro pos PaoretAas riormente mencionadd, COM resp, . nio deve surpreender, py dees entions mademos, anteriorms to a origem do prof jena em aoa sceeies 4, como receptor da rev ss de alo aoa oan ade acervo do material proterico salts ta Se ea do com o apostolo Paulo, Israel & Unico “ps, semen” ora -gos judeus foram confiadas as palavras 4. cipalmente” po J. 2NV). ; ; oe oa ml es ade de Isracl ndo se deve concluir que Dey, oe ocupass com as outras nacées do mundo, Pelo conirg, aoe eeeego foi explicado a Abraso que seus descendents, Fi, ee ai a nds 28 nagiws (Gn 123). Quando Deus Ha eo seus doschdarte, ef ixou claro que inicio separou Abraioe ” seus descend leno participante dat qualquer ite dee Fos. de Abraao, igualmente herdciro das Se ne (17.12,13). E interessante que 0 primeiro uso do termopr laa Esc se refere a intercessio de Abraao comoa thove para a béng3o para as nagdes do mundo a Saran Em quinto lugar, por maior que a fungao lo mead pro fético possa parecer no contexto da sua origem, ela no conse representar a mancira pela qual 0 propésito Ultimo da alianga de Deus haverd de se concretizar. A esséncia da alianga fala de uma uniio intima entre Deus e seu povo. "Eu serei vosso Deus e vés sereis meu povo” resume a intimidade do relacionamento esta- belecdo pels alianca. Mas foi por estarem aterrados na preseng do Sextor da Alianca que 0 povo pediu que alguém mediasse a Palavra de Deus para eles. Enquanto 0 povo sentia que precisava de um intermedidrio entre si e Deus, nao era possivel que se cum Prise 0 proposito ultimo da alianga. Esse ponto 6 destacado pela afirmacao de Paulo de que “o mediador nao é de um sé” (G13.20) A presenga de um mediador Sugere implicitamente a separass° das pessoas umas das outras. Por exemplo, se marido e mulher veg Bitem comunicar-se apenas por meio de um mediador, Viamente eles néo experimentaram a unidade pretendida no rel* Gonamento conjugal, A Omer 19M0 EM Io 149 Nos processos mente se © proprio Deu: vra divina & que pode nada pela Istria da redenga pma-se claro que so- que mediasse a pala- Ha cumprit-se a unidade de comunhao in- ‘anga. Uma vez que o propria Deus se torasse 0 ? trabalho intermediario da figura pro- mn: A nova alianga confirma essa perspectiva do do profetisma. O escritor de Hebreus fala da finalidade da revelagao profética conforme vista na pessoa de Jesus, Ante. Formente, Deus falou de varias e diferentes formas por meio de ose diferentes mediadores proféticas. Mas agora Ele faloe ox, cr final em seu Filho (Hb 1.1,2). Quando a revelacao profetica aac através de Jesus Cristo, o Filho de Deus, cumpre- povo de ila a Felicidade e despeaga da besa do mo a havido pro; tem apreciagio my Oe Seu tein do que Mois , a descrigho de Isaias do “serve softedor” qu Fido por nos- . perto da obra consumada do Cristo yento pro ie as transgressdes chega mai m do cordvite pase em principal da diz. a ideia de Alvi na ex 0 SEH OVO, 0. quE co cio naturalista do pre smo com re da verdade que ele 0.4 trama dos homens, MtAG ao ede Deus. € Ha duas passagens do Pentatouco que ressaltant a suprema- Gia de Moises na revelagio da antiga alianga: Numeros 12 ¢ Deu- terondmio 18. Essas duas passagens indicam a proemingneia de Moises quando mencionam a resposta de Deus 3 oposigio ale em. ia singularidade em relagao a todas as 06a pessoa de Moise anuncia é a revelagao dap sua fungio profetica e as Outras figuras prot ae FAYED cee igdo a Muisés Quem novela deopure a Moe, ¢ por que? Nao fo instrumento usado por Deus para tirar Israel do Egito? Nar, ele o mediador da lei de Deus no Sinai? Por que alguém s a cle? A centralidade do corag3o humano em si mesmo ex oposicao feita a Moises. Presungao e orgulho fizeram part. Pony Plica y te dessa Oposigao. | | a ssa oposigso veio da propria familia de Moisés. Mirig (sua ima) e Arao (seu irmao) contestaram a fungio de Moisés com, lider da nag3o (Nm 12.1), A Escritura deixa claro que Miria foj a, der dessa oposicio. Ela é mencionada antes de Ardo, eo verbo gue descreve a oposigio feta a Moisés esté no singular feminino: “Ora, Mirid e Ario, ela falou [wuttedabber] contra Moisés”. Essa Persp. tiva sobre o assunto é confirmada pelo fato de somente Miia te sido atacada pela lepra no final do episddio (12.10). Calvino sugere que a reclamagao de Miria e Arao contra sey Proprio irmio serve indiretamente a um bom proposito ao indi car que 0 nepotismo ndo tinha lugar na proeminéncia de Moist dentro da nacdo.? Sua fungao como mediador da Palavra de Deus Para seu povo era um assunto exclusivamente de indicagio diving, Mais significative ainda, esse incidente fornece uma oportunidade para deixar clara a singularidade de Moisés na historia do profe tismo em Israel. a A acusacao inicial dirigida contra Moisés é que ele havia s casado com uma mulher cuxita (Nm 12.1). Sera que essa acusagin significa que Moises é culpado de poligamia? Ou serd que a te clamagao contra ele se baseia em seu casamento com uma mulher estrangeira, de origem nao israelita? : Muito provavelmente, Moisés nao é culpado de poligamis, ia que o proprio Senhor o defende contra seus acusadores, Além disso, o fato dele ter se casado com Mesmo errado, di cido por si mesm uma estrangeira ndo era ems esde que a mulher nao israelita tivesse recone na 0 Deus de Israel. Possivelmente, esta mull = 2 Calvino, Four Last Rooks of Moses, 4, ASPECtOS Lurontascies Retactonauos a Ons CAM 0 Feortisue | 55 130 a mulher de Moises 7 2 Moises, Zipora, a midiani- SwdEnoas indicam que cus, tanita sao tes coincidentes.” Mas esse ita © mid casamento de ‘Om Zipora tinha Moises ocorrido tantos anos antes que nay Parece i vena que tina a ma re- clamagio fosse registrada neses No final, a objecao a0 cass pretexto. A verdadei a io: “Tem 0 Sexntor da Al Nao tem Ele falado també, Ario tém inveja da funca povo de Deus. Eles se o; pessoa, mesmo send, to, procuram humilh mento de ode poem a proeminéncia 0 ele seu irmao. Ao critica rem Seu casamen- ar Moisés de forma qui foma mais aparente quando se perecbe que a inv alma de Miria e Arao eminéncia. Desde a época do éxodo do f como a profetisa de Israe! vindo por meio dela. Ale dicado como sumo sacer 80 a0 Urim e Tamim na pro- sito, Miria era conhecida © palavra do Senhor tinha 'm disso, Ardo tinha sido divinamente in Tdote em Israel, Somente ele tinha acon I determinagio da vontade de Deus para o. povo (Ex 28.30; Lv 88; veja também Nm 27.21; Dt 33 8; Ed 2.63; Ne 7.65). Mais ainda, Moisés nao tinha speranga nenhuma de Aue seu oficio como mediador da alianga fosse passat sta Tink Bem familiar, Mas Deus tinha determinado que os flhos ae Ario Aaucedessem em seu oficio de sumo sacerdote. Nem Miia nom Ario tinham razdo de reclamar que Deus estivesse tal sposto a trabathar por meio deles. Na verdade, textos biblicos posteriores indicam que tanto Ario como Mirid foram de crucial i nportincia fa salvacio de Deus em favor de Israel. Eles foram enviados com Moisés para liderar a nagio (Mg 6.4). Atrio e Mi deveriam ter fe afiema: “Vi i" (He 37 NVD, aligio das tendas de Cuchi tree S61 OCHIe - » de serem 0s instrumento, Moisés manifesta 0 tipo ge humilhado por causa do pov! are de Deus. Mas soments Deu e id \ les deveriam ter mostrado. uumildade que er ; ‘ ando comenta “io do: i a a ceejo de governar se apossa do coracio dos homens, “Quando 0 dese justica, mas... a bondade nae abandonam 0 amor a justica, mas ... a bondade de, cles no apen™ mipieto dentro deles, pois irmaos contendem yng parece por complete ; : com os outros e se enfuurec i contra as su prissentranhas. A ambigio tem sido, eainda & a mie de todos og stiirbios e seitas”.* ros, de todos 0s d : ene eerste dizer que o pecado da inveja contra posigics de prog. minéncia no servico de Deus continua ocorrendo na era da nova alianga, No ministério do evangelho cristio, ha trabalho mais do {que suficiente para todos, e mesmo assim, membros, presbiteros e ministros da igreja de Cristo mordem-se e devoram-se uns aos outros por causa da inveja. Em lugar desse procedimento centrado ervos do Senhor Jesus devem regozijar-se nos s membros do seu em si mesmo, os 0 muitos dons que tém sido concedidos aos v corpo. A ¥ Nessa situago, Moisés nao podia falar em defesa prépria sem dar lugar a insinuaggo de que sua proeminéncia era fruto de sua propria autoafirmagao. Por mais estranho que pareca, a afirmacio de Moisés a respeito de si mesmo, de que ele era “o homem mais manso da face da terra”, deve ser considerada como uma represen- taco verdadcira da natureza dele (Nm 12.3). Sua natureza reserva- da confirma o fato que ele nao se colocou a si mesmo nessa funcio? Mas 0 Senhor nao deixaria que seu servo fosse maltratado pelos seus parentes insolentes. Ele “o ouviu" e “logo falou” em resposta a situacao (Nm 12.3,4). O Senhor convocou Miria, Ara0e 4 Caleino, Four Last Books of Moses, 482, 5 Contraniamente a opiniées criticas negativas essa afirmagSo no deve ser considerad cumo nde mesaich, uma afirmagio que nav podia ter sido feita pelo proprio Moises, o™ isso provanda que Moises nio podia ter excita Pentateuco, Em vee disso, ela apres? uma representas3o verdadcira do homem Moisés, contorme prova sua prévia hesita® om assumir a hung de lideranga para tirar Israel do Egito (Ee 8.10. Asreect0s IMporr, ANTES Ret aciow, 4008 A Onicest 00 Proreriswo | $7 ma sobe- que diriam os seus profetas m como instrumentos da sua B. A singularidade de Moisés Moisés no é a tinica pessoa q Jue serd e- nas, como erradomenteafirmaram Micke ney 1), D Senhor wespoinde hreclanadla deter deinen dlaro que surgitao outros profetas em Istacl deny é reve lard ae: sua autoria, mas viré por meio de sonhos e visdes (12.6) oposisao a essa dupla maneira de comunicaga , tros profetas, uma enfética negativa apresenta a man Deus fala com Moisés: “Nao assim” (locke) (12.7) Por meio dessa disting3o, Deus coloca Moisés numa catego inteiramente diferente de todos os outros profetas da histone de Isracl. Moisés figura sozinho em sua fungao distinta como reci- Piente da revelagio divina, A inveja de Miri e Ario tornouse 4 6 O texto ex > dessa importante frase em Niimeros 12.6 tem causado extensas dis: opinides basicas: (1) O texto hebraico est corrompido e precisa modificado (Geseniuis, Hebrew Grammar §12Kd; MeNile, Numbers, boy A Somum € 2 seguinte: “Se existe algum profeta entre voc {nab bakem|, Eu, yah, felony om ele”. 8 outros propiiem a omissao de yh; 2) A frase € um over Guiéncia de pensamento truncado: "Se hs entre voces um profeta de ihitery Poetry, and Prophecy, 237; Wenham, Numbers, 2} Ashley, Nember, 200 Giz que 0 Texto Massoretico “pode ser montido, uma ver que se reconhece due eats se ntusde é a chamada sequéncia de pensamento truncado, com um sufixo pronominal locado entre 1 seu genitive”; (3)O Texto Massorética deve ser entenctido em Seu sentido mais comum. Johnson, Cultic Prophet in A S¢ concorda, é claro, que v hebraico sé pode significar SEmenta: “Normalment, isso & classificado como algo sem sentido; mas sera que € a0 em sentido como parece?” Ble segue afiemando que o verdadeizo profeta, ao entrear ‘ia mensagem, podia ser considerado, assim como. “anjo de vi, como virtualmente ‘hth em pessoa. Ele também indica que 30 entre a primeira e a tercesta pessong ¢ sinal caracteristico das declaragoxs protéticas”. Veja Young, My Serownts the Prophets, 47-49, para uma proveitosa discussdo sobte essas opsoes. nh" (Freedman, $8 1 O Curso oot Peony culandade de Moisis, altar a singular’ Na ot idade para Deus WS) ¢ Moises ocupa ur oportunidad pa ie, Vous acham que MOSES OCUPA IMA py, venlad oma? Pos vou EXPUicAl PATA VOCS 6 gusto, sign elovada demats? Pe rie ie woees duis: a pass, Mad Ee estd mais acima nie apenas fe ORS CY & POsicig exaltado! Ele esta abeaiterente de tod0s 08 uth, guoria anteitame’ dele de uma categoria IE Ele € tinicn, Eig s sirdo na histone de Ist ec aubsequentes trabalbario & sombr, Teale a profesia posterior sera deter; « declaragdes proteticas de Moises", ss camo o mais importante profeta de recom ele “boca a boca" (Nm 128). Essa afirmagio nao tent a fn Mita di 7 par ar a ou a prov da evel eb ples outs Pras Ny Moir estara numa categoria inteitamente diferente de todo os ns profetas d Deus dis a cas’ (Nev 12 Moises ter-se mostrade di cocupa 0 lay Testamento. Teds os pro dle Morses. A validade de nada por comparagio com A distingao de Mi Deus e resaittada pelo o le & tiel em toda an mente se refere ao. tha, ato de anga como fiel portador d 1s 0 que é essa ” respeito de Moi mensagem q m com acontoce em parsagens subsequentes (Jz 18.31; 19 0 7, 24:2 Sin 12.20)? Essa interpretagao parece limitada de code Deus foi mu ais assoviadas com o tabe poisoserviga de Moises ev toakim das atividades cu veres, no Anti nto, o terme casa refere-se a UMa Ut Jim dis usado com frequéncia no Pentateuco para desiggnar 0 Povo de Israel (Gn 46.27; Bx 16.31; 19.3; 40.38; Lv 10.6; 17.3,8,10; 22.18 Nm 20.2), Neste contexto, parece que “casa” refere-se a0 po de [sravl, Fssa passagem & por reforir-se a Israel com? lt Mle Deus} casa”, A magi de Isracl serve como o lugar & Wada do priprio Deus, e a Moists foi confiada uma posigia dé ita responsabilidade nessa “casa” TMPORTAN TES RL Acton A ORIGIN 00 Paotensme 159. Alem disso, € dito a respeito de M nga fou forma] do Sexton da Akanga enitura diz que homem nenhum pode (EX 318.19), Mas M Essas atirmagses nao sio conta za essencial de Deus, M. turvza do De ele veri a seme- + Em outro lugar, a Es- vera Deus e continuar vivo nO profeta, vera a forma de Deus. 10 vera a natu a forma que manitestara a na- to do homem mortal, Essa e por Wpa uma posigao de proc 4 de ocupa nea passagem que declara sta sitygularidade, 8.9-22, Moises aparece ¢ neia que as de Estael et haverdo de ecu i, Moises, ¢ Moises so dor da reve os ao pe dom pove. Ater Ie Moises Sse pa le exerceu lodlos os profetas stub- Hes ent Istacl, Os profetas posteriores seriam. “como Mois Nem Ario ne Moisé's, ido, Moises foi Ningu mais tarde, indica: tou profeta como Mvisés, a quem jace a face, . Pois ninguém jamais mostrou tamanho poder como Moists nem executou os feitos temiveis que Moist realizou aos olhos de todo 0 Israel” (34.10, 12 NV. Em suma, Numeros 12 ¢ Deuteronémio 18 estabelecem a Proeminéncia de Moisés na linhagem profética, formecendo uma chave para toda a histiria subsequente do profetismo em Israel, como 0 4 teocracia, Mi a interes profetas subse Pcl por Moses hance. jodeve surpreet ‘i me que no conhece nad: n moderne consense cy, rdas origens da prof. ies ym deseny cia em Israel, pois nenhum desenvo lye iho biblico a nen ENP sua Ore de Moises na profecia israclita, perde-se to da fungdo sin; oP kata chave para a saa ee negativa d compunigio critica neg na estrutura que existe de forma inere jo pode ser reorganizado poste s1ico nio pode Ser reorg. eiormente na ajustar-se a. uma visio naturalista da religido de I rac sm ob fever a origem divina da revelagio biblica, Essa revelag3o alcanga um auge inicial no homem Moises e encontra sua consumagio no Cristo Jesus, 0 unico Mediador entre Deus e os homens. welagio na historia da redengio. A re Jo material mosaico destroi a coerente inte a Escritura. O material mo. riormente na historia para 1 sem obscu- homer IL. iniciativa de Deus em fazer surgir uma palavra profética Antes de Israel entrar na terra prometida, 0 Senhor os alertou que seriam bombardeados por varios artificios cananeus para de ‘erminer a vontade de Deus (Dt 18.9-11). A nagao seria continua mente tentada a voltar-se a esses outros métodos para determina! 9 futuro, Mes 0 povo do Senhor precisava reconhecer 0 caratet somiravel dessas priticas. O continuo ministério dos profetas "2 essencial para restringit 0 povo de apelar a esses metodes diss para conbecer a sua vontade. Uma resposta apropriad? 0 ser feita para as? Os oficios. tmalmen- .1-8). Esses oficios eram cio de profeta 1 uma tribo espe. Hhayyen e Juda a5 capacitados a transmitir ‘cionados? Ou deveria ser arreira” para capacitar os nte d no Levi fornecia os sacerdotes de Isra Seriam os vérios prof seus poderes proféticos a sucessores se m “centro de treinamento de c. is profetas em Israel? poten Desde o in cesse outro “profeta como Moisés » ficou claro que nao se esperava que apare- *. A constante presenga das op- ses canaanitas para determinar a vontade de Deus demandana uma presenga regular dos profetas em Israel. Mas nenhum de- ses métodos sugeridos para conservar o oficio profético poderia garantir a continuagdo de uma linhagem de verdadeiros profet: em Israel. Somente uma provisio é feita para essa necessidade de uma continua linhagem de profetas em Israel. O prdprio Deus toma ria a iniciativa. Somente Ele poderia “levantar” um profeta assim como Moisés em Israel. A frase Eu suscitarei um profeta (Dt 18.18) dé forte énfase & necessidade da iniciativa divina na manutencao do oficio profético. Qualquer revelacio posterior que suplemen- tasse as palavras comunicadas por Deus através de Moisés preci- Sava aguardar a iniciativa divina, Somente Deus podia determi- Par quando seu povo precisava de revelagGes adicionais da sua Fontade. Se Isracl quisesse revelacdo além das palavras encon- tradas na Iei de Moisés ou além do conhecimento que estivesse ee o2 | OCxIsTO DOs J a eles no Urim e Tumim, eles tinham de aguarday , Deus. A histéria subsequente do movimento projg. 0s séculos confirma esta compreensdo da fon, disponivel iniciativa de rico qu atravesa s eco diving do Provigo da necessidade da iniciativa divina de jg cantar um profeta pode ser vista na resposta do Senor 3 frust gio de Meike com repeitoa sua inabildade de governar a va populacio da nagio de Israel (Nm 11.11,12). © cabot, Por sua propria iniciativa, tomou do Espirito que estava sobre Moisés ¢ 9 Colocou sobre setenta anciaos, de forma que profetizaram (11.25), Por maior que fosse a sua posi¢ao na historia do profetismo, mes. imo Moises nio tinha a capacidade de investir outros com 0 dom proigtico, Somente Deus controlava as varias manifestagbes do seu rito entre o povo, Ninguém podia por si mesmo decidir que emitiria uma profecia quando e onde quisesse. Nem poderia al- guém Iegitimamente estabelecer outra pessoa no oficio profitico. Somente Deus, o soberano Sexiiox da Alianga, podia dar origem 3 verdadeira palavra profitica Um evento que ocorre exatamente nesse ponto ressalta 0 fato que somente Deus exercia 0 controle sobre 6 espitito profeli- co. Enquanto Moist’s ¢ os setenta ancidos estdo reunidos na tenda da congregagio, dois homens profetizam no acampamento (Nm 1.20), Movido pelo zelo por aquete a quem servia, Josue insiste com Moises que este os faga parar (11.28). Na opiniio de Josud, senhuma atividade profética deveria ocorrer fora da supervisio de Moises, Masa grandeza de Moises & vista na percepgio que ele tem do seu lugar de servo na casa de Deus, no como senhor sobre aca de Deus, Em vez de ceder ao pedido de Josue para fazet PIBT SS dois que estio profetizando, Moises exprossa 0 anelo que ha no seu coragio: que todo 0 povo fosse profeta e que Deus pu- enone Espirito em todos eles (Nm 11.29), Moises compreen™ oe — ue © capacitou a profetizar nao esta sob seu vas Neto ate ele como dom de Deus. Além disso, ele Asrectos IMPORTANTES RELACIONADOS A OniGeM D0 Pi ROFETISMO | 63 nao se preocupa em manter sua pripria proeminéncia. Em vez disso, ele deseja ver a mais ampla extensio possivel do Espirito de profecia. Esse Espirito nao era de origem humana e nao po- dia ser controlado nem mesmo pelo maior dos servos de Deus. Somente o préprio Senhor é capaz de dar origem a verdadeira palavra profética. E interessante que, hoje, em alguns circulos, existem aque- Jes que assumem para si mesmos o poder de comunicar os dons do Espirito aos outros. Por meio da aplicagao das dguas batis- mais, pela imposigio das maos, ou por meio de oragdes especifi- cas, algumas pessoas presumem poder fazer aquilo que Mois¢s prontamente reconheceu nao ter poder de realizar. Supde-se que 08 varios dons do Espirito, incluindo a habilidade de profetizar, sio colocados nas maos de alguns para serem distribuidos con forme quiserem. Mas 08 simbolos exteriores como o batismo & a imposicao das maos tém na Escritura o significado de sinais e selos das realidades do Espirito, no o de originadores dos dons do Espirito. O sincero desejo de Moisés de que 0 Espirito de Deus viesse sobre todo 0 povo de Deus tem seu cumprimento cerca de 1.400 anos depois, quando 0 Espirito é derramado sobre toda a came no dia de Pentecostes (At 2.17). Naquele momento, a distribuigéo do dom profético antecipou a distribuigio do evangelho a todas as nagdes conforme a multido ouvia os apéstolos falar em varias linguas sob a influéncia do Espirito Santo, Nesse caso culminant como nos dias de Moisés, 0 Espirito de profecia foi originado uni- camente por Deus. E evidente que nenhum ser humane poderia ctiar as experiéncias do dia de Pentecostes. IIL. As palavras do profeta como a propria palavra de Deus Desde 0 inicio, a Escritura enfatiza que 0 profeta em Israel haveria de ministrar uma palavra de revelagio da parte de Deus ‘64 | O.Ca1610.005 PROPETAS sprias observagoes Pessoais. As fray. Eu falo com ele” caracterizam a exp. Sua mensagem nao era algo criag. de suas compreensbes Pessoais, fin lee revelava sua Vontage e no meramente suas ‘Eu me fago conhecer” € ancia do profeta (Nm 12 ts en enna ‘ele mesmo. E see eee disso, era Deus quem se revelava 2 ¢ o profeta. a eapesagee frequentemente mal interpretada reforca o f ayes prt vinha da parte do Senhor. No relate da wind do Espirito sobre os setenta ancidos, € afirmado que eles profetizaran spas eles nada acrescentaram!” (Nm 11.25c). Alguns essa ressalva significa que os setenta ancidos nunca mais iaram. Eles 0 fizeram uma vez por ocasido da d inicial do Espirito, mas nunca tornaram a fazé-lo.’ Uma anilis convincente entende que a frase significa que os setenta anciaos nip ‘acrescentaram nada que fosse deles mesmos as suas declaragies proféticas que tinham sido inspiradas pelo Espirito Sai 1u-se com eles e através deles ao colocar palavras na sua gerem que boca, ¢ eles ndo se pudesse ser confu Essa compreensio da declaragao que os anciai ‘entaram” recebe apoio na tripla aparicao da frase iden! vro de Deuteronémio, Em cada caso, a afirmacio a respeito de “n5o acrescentar” indica a finalidade da palavra da revelagio de Deus. Depois de reiterar os Dez Mandamentos (Dt 5.6-21), Moisés registra que 0 proprio Deus “néo acrescentou” nenhuma outra palavra a0 Decalogo (5.22). Em vez disso, os Dez Mandamentos foram grava- dos em duas tabuas de pedra como registro permanente da vontade do Senhor para seu povo. Na segunda ocorténcia dessa frase, Moi 5 admoesta 0 povo com respeito as leis de Deus conforme tinham sido reveladas a ele: “Ninguém acrescente nada a palavra que estou a no li- essa interpreta 4 Otestada septs, incentivam a seguirem tados de que nao os que pro a palavra de Deus que thes ti- da palavra profética eram ferenca entre a revelagao di- ido e suas proprias reflexes pessoais. Na experiéncia deles, a profecia claramente situava-se na cal de o direta da parte de Deus, que precisava ser diferenciada das declaragées meramente humanas, Maior confirmagio do caréter revelacional da palavra proféti- ca pode ser vi onsciéncia do profeta de que ele de fato havia recebido uma palavra de revelagio da parte do Senhor, Isso eredito da penalidade de morte para a falsa pro- fecia (Dt 13.5). Nao seri uma pessoa por declarar uma palavra que nao tivesse de fato vindo de Deus se o prd nao tivesse a capacidade de ir entre uma palavra a ele pelo Senhor e seus préprios impulsos interiores, Esse carater revi ‘al da palavra do profeta é reforado pela tanto do modo de receber como do modo de entregar a (ecipando 0 ministério dos profetas de Israel, o Senior da Alianga afirma que Ele comunicard sua palavra de duas formas: €m visdes e em sonhos (Nm 12.6). Essas formas de comunicagio rizarao a experiencia dos profes de todos 08 tem dla- divina caracter os. Receber a mensagem por meio de visdes e sonhos indica cl Tamente que a mensagem do profeta se origina com a revelagio da parte de Deus, no com a percepga0 do homem. Embora o Se- 66 F OCnisr0 Dos PROFETAS sn Moisés de forma distinta (12.7), nig i soa reco fato que todos 05 Profetas Teceberdg 5. possivel desareg de expericncias de revelagio. mensagem Por me mensagem profética veio por meio de sonhy. Aideia de que nspirados € subsequentemente confirmag, ¢ visdes divin rno 2 profecia escrita no Antigo Testament ¢ pelo fato que Teoma coisa que € vista. OS “esctitos” do py. a cameritos como uma “visa0” que ele “viu" (ls 1) " fas “viu” descreve uma mensagem especific, pee al eee 13.1). Amés e Miqueias também, que cle reco ra do Senhor (Am 1.1; Mq 1.1). Habacuque fala Sitesi Poe ‘como um “fardo” que ele “viu” (Hc 1.1). Em ver, do Se re enecsas experiéncias protéticas tiveram sua origem de ig rH i sonhos foram comunicacoes de revelacdo da verdade que tiveram sua origern unicamente em Deus. hor va comunicar-se CO representa v feta Isaias sao descritos B. O modo de entregé-la pained O relacionamento entre Arao e Moisés na época em que fo- ram enviados em missao ao faraé do Egito é um exemplo perfeto da ideia basica do profeta em Israel. Deus, de forma graciosa, code diante da fraqueza de Moisés. Devido & sua timidez, Arao, seu it mio, falard por ele: “Vocé falar [com Ardo] e colocaré as palavzas em sua boca. Eu mesmo serei com sua boca e com a boca de Ario. Eu ensinarei a vocés dois 0 que devem fazer. Ele falaré por vot 0 povo. Dessa forma, ele, ele mesmo, servird de boca para voce, € voc8 seré para ele como Deus” (Ex 4.15,16). : ‘Como porta-voz profético de Moisés, Aro nao devia inovar Ele n3o devia tentar comunicar suas préprias ideias. As palavras exatas que ele deveria falar a faraé seriam colocadas em sua boc S6 devem ser faladas as palavras diretamente dadas a ele pe! originador da palavra profética, As frases descritivas usadas po! Deus reforgam a proximidade do relacionamento entre a palav® de Deus e a palavra profética, A revelagio divina vai diretamen™™ Asrectos Importantis Retactonapos A Onicen Do Proretiso | 67 sao ao profeta “de pensamento para pensamento” ou “de mente para mente”, mas “boca a boca’. Por essa énfase, toma-se claro que a profecia diz respeito nao apenas a recepcao da palavra de Deus por parte do profeta, mas também a sua en trega ao povo.’ Em certo sentido, o recebimento @a entrega da palavra profética nao podem ser facilmente separa- dos um do outro. A experiencia profética toda 6 apresentada como um evento tinico. A fungio do profeta era jamais acrescentar algu- ma coisa 4 mensagem; ele tinha de entregar exatamente aquilo que tinha recebido. Essa antiga descricao do modo de comunicacao da palavra profética reforca a absoluta perfeicao da fala do profeta em sua re- presentacao da palavra de Deus. Pelo fato do Senhor colocar suas palavras na boca do profeta, a integridade da revelacdo divina tem a garantia de ser preservada a medida que passa pelo instrumento, 0 profeta, em direcao ao povo, C. Consequéncias da qualidade de revelagio da palavra profética De imediato, podem-se notar duas consequéncias da qualida- de de revelacao da palavra profética. Tanto a autoridade quanto a unidade da mensagem dos profetas podem ser consideradas como resultados inevitaveis das suas palavras vindo como revelagées li- terais da parte de Deus. 9) Aideia de que a patavra profiética da nova prac ins 17 dls, precise pergunta: Qual sea e props de Deus ap comuricr ao prota cde Sf ae n ot essa revelaydo perde: 68 | OCa1sr0 Dos PROFETAS. ST caer referindo-se s fungio do profstismg em Israel enfatiza que a autoridade da palavra de Deus mio & ge diminuida ao passar pelo profeta do Senhor. Em apa me Moisés, 0 Senhor afirma: “Veja, Eu tomei voce ae ocr para farad, e Atio, seu irmao, sera seu Profeta, Voce dela mes que Eu the ordenar, e Ardo, seu irméo, dird a fa. a rrieplia «9s filhos de Israel sairem da sua terra” (Ex 7.1,2). : N

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