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Pobreza, prosperidade e
o caminho do vencedor
Vivemos tempos difíceis. Você liga a TV e um pregador lhe diz que se você se tornar um
cristão e plantar uma semente financeira, você irá prosperar por causa da bênção de Deus.
Depois desse programa, outro pregador vem e diz que se você se tornar cristão, você precisa
renunciar a tudo o que tem para que Deus possa abençoá-lo. Um fala sobre prosperidade e
outro sobre pobreza e ambos usam as escrituras. Quem está certo? O que prega a
prosperidade ou o que prega o renunciar tudo e se tornar pobre?
Uma pergunta que as pessoas me fazem frequentemente é se cremos na teologia da
prosperidade. Na verdade, nós cremos em prosperidade, mas não na teologia da prosperidade.
Você pode achar que é a mesma coisa, mas há um mundo de diferenças.
a. Teologia da pobreza
A primeira posição é a que eu chamo de teologia da pobreza. Evidentemente, aqueles que
defendem essa posição, não a chamam dessa forma, mas a pessoa que tem essa convicção
desdenha das posses materiais. Eles não são materialistas. Eles consideram as posses como
um tipo de maldição. O seu texto favorito na Palavra de Deus é Lucas 18:22, onde o Senhor
mandou o jovem rico vender tudo o que tinha e dar aos pobres. Mas eles amam repetir o verso
que diz:
Porque é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino
de Deus (Lc. 18:25).
Eles dizem que suas necessidades serão supridas se tiverem uma atitude de despreocupação.
Eles não se preocupam em prosperar, porque buscam o reino de Deus em primeiro lugar. Eles
acreditam que a pobreza é a vontade de Deus para a igreja hoje. O reino é para os pobres e os
que se tornam pobres se apoderam dele.
b. Teologia da prosperidade
O ponto de vista dos teólogos da prosperidade é que, a prosperidade é uma recompensa para
os justos. Eles consideram as posses uma bênção de Deus. Sua escritura favorita é Lucas
6:38.
Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos
darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também (Lc. 6:38).
Basicamente, eles seguem o princípio da semeadura e da colheita. Ensinam que se temos uma
necessidade, devemos semear e Deus nos suprirá em abundância. Seu conceito de
prosperidade é que, eles são os donos daquilo que possuem. Para eles, a pobreza não é a
vontade de Deus, antes se trata de uma maldição. São preocupados com dinheiro e têm uma
vida direcionada para consegui-lo.
c. Teologia da mordomia
É um equilíbrio entre as duas visões, pegando o melhor de ambas. A perspectiva da mordomia,
é que a prosperidade é dada em variadas proporções. Eles vêm à prosperidade como um
privilégio. Provavelmente, a parábola dos talentos é a melhor base para aqueles que creem na
teologia da mordomia. Para eles, o ponto central não é o que renunciamos e nem “o que
receberemos”, mas “o que temos recebido”. Eles dão, na proporção do que têm recebido. Eles
se veem como mordomos de Deus e não se consideram donos daquilo que possuem. Eles
basicamente buscam, por sabedoria e procuram ser encontrados fiéis diante de Deus
Agora, qual das duas posições é a correta? Primeiro gostaria de mostrar quatro problemas,
tanto com a teologia da pobreza, quanto com a teologia da prosperidade.