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Paris tinha que seguir-lhe no exemplo. Foi assim que o baro de Haussmann
recebeu carta branca do imperador para travar sua guerra contra o passado e
implantar a metrpole iluminista s margens do rio Sena.
O artista da destruio
Com brigadas de operrios treinados em demolio, com muita plvora
disposio e coragem para fazer as incontveis desapropriaes, tendo o
poder do imperador s suas costas, o destemido prefeito rasgou o ventre da
antiga capital em todas as direes. O antigo casario foi posto abaixo e, em
seu lugar, surgiram os amplos bulevares todos com novas construes
padronizadas, apoiadas por servios de esgoto, gs encanado e abastecimento
de gua tratada fornecida por 600 quilmetros de aquedutos.
No lugar das cento e vinte mil habitaes destrudas por Haussmann surgiram
outras 320 mil modernas, em 300 quilmetros de novas vias que foram sendo
construdas nos vinte anos seguintes, cuja altura padro no ultrapassava os
seis andares.
Por vezes a cidade parecia ter sido acometida por um terremoto, como se
verifica nas vrias fotografias tiradas por Charles Marville, contratado pela
Comisso histrica de Paris, em 1860, especialmente para documentar as
obras e que as imortalizou.
Toda a Paris aos poucos foi se tornando uma obra de arte, uma autentica
cidade- luz, sendo que o morango da torta foi a construo da nova pera por
Charles Garnier, inaugurada em 1875.