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Quelato
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Quelato é um composto químico formado por um íon metálico ligado por
várias ligações covalentes dativas a um agente quelante, uma estrutura
heterocíclica de compostos orgânicos como aminoácidos, peptídeos ou
polissacarídeos.
O nome quelante provém da palavra grega chele, que significa garra ou
pinça, referindose à forma pela qual os íons metálicos são “aprisionados”
no composto.
Índice
1 História
2 Importância e usos
3 Exemplo: Formação de um complexo cisplatina (II) com
etilenodiamina
4 Referências
5 Ligações externas Complexo metalEDTA
6 Ver também
História
O termo quelato foi primeiramente usado em 1920 por Sir Gilbert T. Morgan e H. D. K. Drew, que escreveram:
“ Propomos o adjetivo "chelant", derivado do grego chele (grande garra da lagosta ou outros
crustáceos), para descrever os grupos em "braços de pinça" ("caliperlike") que funcionam como
”
duas unidades associadas entre si e se fixam ao átomo central de modo a produzirem anéis
heterocíclicos. [1]
Importância e usos
Alguns quelatos são compostos extremamente importantes para a vida na terra, como a hemoglobina, um quelato
de ferro responsável pelo transporte de oxigênio e gás carbônico no sangue, e a clorofila, quelato de magnésio
responsável pela absorção dos fótons da luz solar pelas plantas verdes.
Na medicina, os quelatos têm diversas aplicações ligadas à medicina moderna. No tratamento de envenenamentos
metálicos por chumbo, mercúrio ou outros elementos pesados, por exemplo, agentes quelantes são administrados
para “sequestrar” os íons metálicos, formando compostos quelatos que possibilitam sua eliminação pelo
organismo, num tratamento às vezes denominado quelação.[2] Já no processo exatamente oposto, elementos
metálicos quelatados (ou quelados) são administrados para corrigir deficiências minerais em seres humanos ou
animais, por possibilitar a melhor absorção dos íons metálicos no trato intestinal.[3] A quimioterapia contra o
câncer pode utilizar selênio quelatado, por exemplo.[4]
Na química, agentes quelantes podem ser utilizados para remover íons metálicos em soluções. O EDTA, ácido
etilenodiaminotetracético, coordenase através de até 6 pontos doadores de um metal, preferencialmente em
geometria octaédrica. Os sais de EDTA se empregam amplamente nos detergentes para formar complexos com o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quelato 1/3
25/04/2017 Quelato – Wikipédia, a enciclopédia livre
cálcio ou em medicina, em casos de intoxicação. A etilenodiamina, outro importante agente quelante, coordena
se a metais através dos pares de elétrons livres nos dois átomos de nitrogênio em sua estrutura, formando,
normalmente, compostos quirais de geometria octaédrica de fórmula geral M(en)3n+ , dos quais se podem separar
os enantiômeros.
O DPPE, também chamado 1,2bis(difenilfosfino)etileno, coordena através de pares livres de elétrons dos dois
átomos de fósforo, e derivados deste composto se empregam em alguns catalisadores.[5] O oxalato é outro
quelante muito usado, alvo de estudos em razão de grande parte dos cálculos renais serem formados por
estruturas que contém esse sal.[6] Em síntese orgânica, têm adquirido um interesse especial os ligantes quelatantes
quirais, já que se empregam diretamente nos catalisadores empregados para obter produtos quirais, como o
catalisador de Wilkinson.
Na atualidade, existem milhares de ligantes quelantes tanto sintéticos como naturais conhecidos.
Exemplo: Formação de um complexo cisplatina (II) com
etilenodiamina
Referências
1. Morgan, Gilbert T.; Drew, Harry Dugald Keith (1920). "CLXII.—Researches on residual affinity and co
ordination. Part II. Acetylacetones of selenium and tellurium". Journal of the Chemical Society,
Transactions. 117: 1456–65. doi:10.1039/ct9201701456
2. Florence, A. T. (2003). Princípios físicoquímicos em farmácia 3ª ed. ed. São Paulo: edUSP. pp. 602–606
Verifique data em: |acessodata= (ajuda);
3. Oliveira, Rafael Carvalho de (2008). «Morfometria computacional de órgãos de frangos de corte
submetidos a duas dietas distintas: suplementação mineral quelada versus suplementação mineral
tradicional» (http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/95/95131/tde06102009102826/ptbr.php).
doi:10.11606/T.95.2008.tde06102009102826 (https://dx.doi.org/10.11606%2FT.95.2008.tde061020091
02826). Consultado em 03 de dezembro de 2016 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
4. «Informativo técnico Metais Quelatos(Selênio)» (http://pharmakondf.com.br/Pharmakon/arquivos/INSU
MOS_FARMACEUTICOS/S/Selenio_Quelato__2_.pdf) (PDF). PharmaNostra. 9 de julho de 2012.
Consultado em 03 de dezembro de 2016 Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
5. «Estudo de monocamadas fosfolipidicas nanoestruturadas obtidas por LB para aplicações em biossensores»
(http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/MAPO7R5QQF).
www.bibliotecadigital.ufmg.br. Consultado em 3 de dezembro de 2016
6. N., COSTA, F. (30 de setembro de 2008). «Estudos sobre o oxalato de cálcio dihidratado encontrado em
pedras de rins» (http://repositorio.ufes.br/handle/10/4764)
Ligações externas
Quelatos em agricultura (em espanhol) (http://www.drcalderonlabs.com/Publicaciones/Cartilla_Quelatos.p
df)
Ver também
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quelato 2/3
25/04/2017 Quelato – Wikipédia, a enciclopédia livre
EDTA
Titulação de complexação
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Quelato 3/3