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CAMPINAS
CAMPINAS
2009
FABIANO DOS SANTOS GONZALEZ
Orientadora:
Docente Juliana Barbosa Palhares Vivaldi, Msc
PUC-CAMPINAS
2009
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias
Graduação em Engenharia Ambiental
BANCA EXAMINADORA
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À professora Mirian Mello, que me orientou na primeira etapa da elaboração deste trabalho de
uma maneira muito otimista e prática, discutindo com propriedade certas escolhas quando ainda
na decisão do tema e ampliando as possibilidades ao sugerir novas idéias e alternativas durante a
elaboração da estratégia de trabalho.
À professora Juliana Palhares Vivaldi, que foi minha orientadora na segunda parte do trabalho e,
com seu profissionalismo, disposição e compreensão, me ajudou de maneira efetiva a concluir o
trabalho.
Ao supervisor da CONTROLAR Alex Pereira Gonçalves (posto Barra Funda) que me acompanhou
e me orientou durante a visita realizada à oficina de inspeção.
Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo abordar as causas do aumento
da frota de motocicletas nas grandes cidades brasileiras e suas conseqüências
ambientais voltadas à poluição atmosférica. Além disso, visa avaliar a qualidade de
implementação do “Programa de controle da poluição do ar por motociclos e veículos
similares” por meio de estudo dos resultados obtidos nas inspeções veiculares da cidade
de São Paulo.
O trabalho conta ainda com a abordagem dos principais poluentes destes veículos, seus
padrões de emissão e as inspeções veiculares.
Após o levantamento e análise dos dados, pode-se perceber uma melhora na redução
dos poluentes emitidos pelas motocicletas após o início da entrada em vigor do
programa, embora ainda haja oportunidades para melhorias.
Do ponto de vista do autor, o programa do governo voltado para a redução da poluição
de motociclos e similares é satisfatório, ao estabelecer prazos e metas passíveis de
serem cumpridas e, embora as motocicletas novas continuem poluindo mais que os
automóveis (levando-se em consideração a poluição por número de passageiros
transportados), o programa tem conquistado avanços importantes.
Vale ressaltar que embora seja fato recente, há uma preocupação das montadoras e
especialmente do poder público a respeito deste assunto e ações estão sendo tomadas
no intuito de minimizar a poluição atmosférica oriunda dos escapamentos das
motocicletas que circulam pelo país.
TABELA 1: PARTICIPAÇÃO DAS FONTES FIXAS E MÓVEIS NA POLUIÇÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO
PAULO ............................................................................................................................. 16
TABELA 5: LIMITES PARA MOTOCICLOS DE TRÊS RODAS (TRICICLOS) E OS DE QUATRO RODAS (QUADRICICLOS)
(CONFORME RESOLUÇÃO CONAMA Nº 342/03. MEDIÇÕES CONFORME A DIRETIVA DA COMUNIDADE
EUROPÉIA Nº 97/24/EC) ................................................................................................... 35
TABELA 6: LIMITES PARA TODOS OS MODELOS (CONFORME RESOLUÇÃO CONAMA Nº 342/03. MEDIÇÕES
CONFORME A DIRETIVA DA COMUNIDADE EUROPÉIA Nº 97/24/EC) ........................................... 35
FIGURA 1: FATORES MÉDIOS DE EMISSÃO DE VEÍCULOS LEVES NOVOS MOVIDOS A GASOLINA .................... 14
FIGURA 3: ASSALTO COM USO DE MOTO EM PLENA LUZ DO DIA EM CAMPINAS ...................................... 17
FIGURA 15: FROTA NACIONAL DE VEÍCULOS ENTRE 1999 E 2009 (MI) E A PARTICIPAÇÃO DAS MOTOS (%) . 27
FIGURA 16: FROTA DE VEÍCULOS NAS CIDADES MAIS POPULOSAS DO BRASIL ENTRE 2001 E 2009 (MI) E A
PARTICIPAÇÃO DAS MOTOS (%) ............................................................................................ 27
FIGURA 17: FROTA DE VEÍCULOS EXCLUINDO-SE AS CIDADES MAIS POPULOSAS ENTRE 2001 E 2009 (MI) E A
PARTICIPAÇÃO DAS MOTOS (%) ............................................................................................ 28
FIGURA 18: PARTICIPAÇÃO DAS MOTOCICLETAS E SIMILARES, NAS CIDADES MAIS POPULOSAS E NAS DEMAIS
CIDADES (%) ..................................................................................................................... 28
FIGURA 19: ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PROGRAMA I/M NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ....................... 37
FIGURA 20: FOTO DE ESTAÇÃO DE ITV PARA MOTOS EM BEISSBARTH (ALEMANHA) ............................... 38
FIGURA 21: MOTOCICLETA DURANTE A AMOSTRAGEM DE GASES NO SALÃO DUAS RODAS EM SÃO PAULO .. 41
FIGURA 23: FATORES QUE INFLUENCIAM NO PADRÃO DE CONDUÇÃO E NAS EMISSÕES ............................ 45
FIGURA 24: ANUNCIO DO JORNAL PRIMEIRAMÃO DIVULGANDO UMA MOTO CHINESA DE BAIXO CUSTO ...... 46
FIGURA 25: FATORES MÉDIOS DE EMISSÃO DE MOTOCICLETAS NOVAS NACIONAIS <= 150CC ................... 50
FIGURA 26: FATORES MÉDIOS DE EMISSÃO DE MOTOCICLETAS NOVAS NACIONAIS DE 151CC A 500CC ....... 51
FIGURA 27: FATORES MÉDIOS DE EMISSÃO DE MOTOCICLETAS NOVAS NACIONAIS >= 501CC ................... 51
FIGURA 30: MOTOS REPROVADAS E OS LIMITES DE EMISSÃO PARA O POLUENTE CO (PADRÃO SVMA) ...... 54
FIGURA 31: MOTOS REPROVADAS E OS LIMITES PARA O POLUENTE CO (PADRÃO PROMOT) .................. 55
FIGURA 32: CO – EVOLUÇÃO DAS CONCENTRAÇÕES MÉDIAS ANUAIS DAS MÁXIMAS DIÁRIAS – MÉDIA DE 8
HORAS ............................................................................................................................. 56
DEFINIÇÕES
Poluente: qualquer substância que, pela sua concentração, possa tornar o ar impróprio,
nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à
fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e ao gozo da propriedade, bem como
às atividades normais da comunidade;
Ciclomotor: Veiculo de duas rodas e seus similares de três rodas (triciclo) ou quatro
rodas (quadriciclo), provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não
exceda a cinqüenta centímetros cúbicos e cuja velocidade máxima de fabricação não
exceda a cinqüenta quilômetros por hora;
Motociclo: veículo automotor de duas rodas e seus similares de três rodas (triciclo) ou
quatro rodas (quadriciclo), dotado de motor de combustão interna com cilindrada superior
a cinqüenta centímetros cúbicos e cuja velocidade máxima ultrapasse cinqüenta
quilômetros por hora;
HC: hidrocarbonetos;
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 13
1.1 O aumento da frota de motocicletas e a poluição atmosférica............................................. 13
2. CAUSAS DO AUMENTO DA FROTA DE MOTOCICLETAS NO BRASIL ............................................. 18
3. A POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E SUAS CONSEQUENCIAS ................................................................ 29
3.1 O monóxido de carbono (CO) ................................................................................................ 30
3.2 Os hidrocarbonetos (HC) ........................................................................................................ 31
3.3 Os óxidos de nitrogênio (NOx) ................................................................................................ 31
4. PADRÕES DE EMISSÃO ................................................................................................................. 33
5. INSPEÇÕES VEICULARES ............................................................................................................... 38
5 .1 A Inspeção Técnica Veicular (ITV) ......................................................................................... 38
5.2 A Inspeção Ambiental Veicular .............................................................................................. 39
5.3 A Inspeção Ambiental Veicular em São Paulo ....................................................................... 41
5.4 Os fatores de emissão ............................................................................................................ 44
5.4.1 Fatores tecnológicos ....................................................................................................... 44
5.4.2 Fatores de desgaste e manutenção ................................................................................ 44
5.4.3 Fatores operacionais e ambientais ................................................................................. 45
5.5 A situação em 2009 ................................................................................................................ 46
6. METODOLOGIA ............................................................................................................................ 49
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................................... 50
8. CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 58
9. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 59
13
1. INTRODUÇÃO
As motocicletas têm uma participação considerável neste problema por parte das
fontes móveis, já que apenas há alguns anos iniciou-se um maior controle da poluição
gerada pelos seus motores (através do Programa de controle da poluição do ar por
motociclos e veículos similares - PROMOT), sendo que sua frota ainda está sendo
substituída de forma gradual por modelos menos poluentes.
Este tipo de transporte existe em mais da metade dos municípios do Brasil e vem
crescendo nos últimos anos: em 2005, 47,1% das cidades contavam com os mototáxis,
enquanto em 2008 este número saltou para 52,7%, com maior crescimento na região
sudeste. Apesar disso, técnicos vêem com preocupação a possibilidade de proliferação
do mototáxi em grandes metrópoles como São Paulo, principalmente devido aos
acidentes: em dez anos a frota de motos no país quadruplicou, e as mortes de
motociclistas aumentaram significativamente (figura 6) (Izidoro, 2009).
No Rio de Janeiro o transporte via mototáxi se disseminou nas estreitas vias das
favelas. Em comunidades como Rocinha e Vidigal, na zona sul da cidade, os pontos de
mototáxi funcionavam sem constrangimento ao lado de carros da Polícia Militar (ainda no
período que a profissão não era reconhecida pelo governo). Na Rocinha, cerca de mil
motoqueiros transportam em torno de 3000 passageiros diariamente. Os preços dos
trajetos vão de R$ 2 (dentro da comunidade) até R$ 60 (para a zona oeste) (Izidoro,
2009).
Em julho de 2009 foi sancionada, pelo então presidente Lula, a lei que
regulamenta as profissões de mototaxistas e motofretistas no país, apesar do alerta do
Ministério da Saúde que teme um incremento no número dos acidentes envolvendo
motociclistas. Esta preocupação existe pois espera-se que o número destes profissionais
aumente significativamente após a entrada da lei em vigor. Entretanto, com a
regulamentação, algumas exigências foram criadas exatamente no sentido de aumentar
a segurança destes profissionais. Entre elas destacam-se: a idade mínima (21 anos) para
exercer a profissão, a obrigatoriedade de realização e aprovação em um curso
especializado sob os termos do CONTRAN (Conselho Nacional de Transito), a
experiência mínima (2 anos) com carteira de habilitação de motocicleta (categoria A) e o
uso de colete de segurança com dispositivo refletivo. Além disso, a lei exige também o
uso de protetor de perna (mata cachorro) e a antena contra linhas de pipa.
Outro fator importante para o crescimento nas vendas de motocicletas é seu custo
acessível aos consumidores de baixa renda (Pasqualeto & Cavalcante, 2006). Devido aos
preços altos dos carros populares zero quilometro, muitas vezes estas pessoas optam
pela motocicleta por questão essencialmente financeira. Enquanto as motos de baixa
cilindrada são comercializadas a partir de aproximadamente três mil reais (Sundown
Hunter 100cc por R$ 3089,00 e Dafra Super 100 por R$ 2990,00 (Datafolha, 2009)), os
automóveis populares não saem por menos de vinte e um mil reais (Fiat Mille Economy
22
por R$ 21960,00 (Datafolha, 2009)), ou seja, sete vezes mais caro que as motos mais
baratas.
preocupação com a segurança, pelo fato de alguns não abrirem mão de escolher a hora
que querem sair de casa ou mesmo por não quererem ir para o trabalho conversando
com quem não conhece (Sangiovanni & Izidoro, 2009).
Estudando-se a frota nacional e a frota nas grandes cidades, pode-se observar que,
embora seja grande o volume de motocicletas e similares nas cidades mais populosas, a
participação percentual destas (em relação ao total de veículos) não é tão grande se
comparada às demais cidades do país: a frota nacional de motocicletas (média) está na
casa dos 24% (janeiro de 2009), enquanto a participação nas grandes cidades está na
faixa dos 14% e nas demais cidades a participação ultrapassa os 28% para o mesmo
período (figuras 15, 16, 17 e 18):
27
Figura 15: Frota nacional de veículos entre 1999 e 2009 (mi) e a participação das
motos (%)
Fonte: (DENATRAN, 2009)
Figura 16: Frota de veículos nas cidades mais populosas do Brasil entre 2001 e
2009 (mi) e a participação das motos (%)
Fonte: (DENATRAN, 2009)
28
Figura 17: Frota de veículos excluindo-se as cidades mais populosas entre 2001 e
2009 (mi) e a participação das motos (%)
Fonte: (DENATRAN, 2009)
Figura 18: Participação das motocicletas e similares, nas cidades mais populosas
e nas demais cidades (%)
Fonte: (DENATRAN, 2009)
Como a troca da frota antiga por modelos novos e menos poluentes ocorrerá de
forma gradual, espera-se que as motocicletas antigas continuem poluindo a atmosfera
por onde trafegam, afinal a vida útil das mesmas pode ser prorrogada consideravelmente
com manutenções preventivas e corretivas, que podem ser consideradas de baixo custo
e acessíveis até para motociclistas com menores condições financeiras.
4. PADRÕES DE EMISSÃO
HC + NOx
Ano CO (g/km)
(g/km)
Jan/03 6,0 3,0
(1)
Jan/05 1,0 1,2
Notas:
(1) Para lançamentos de modelos novos;
(2) Para todos os modelos.
A próxima etapa do trabalho foi então abordar sobre os tipos de inspeção veicular
existentes no mundo e quais modelos são utilizados no Brasil.
38
5. INSPEÇÕES VEICULARES
A Inspeção Técnica Veicular (ITV) tem sido um dos principais meios para
fiscalizar e incentivar a manutenção preventiva e corretiva dos veículos, tanto
na segurança como na emissão de poluentes.
Em 2001, por meio da lei número 10.203, o governo federal ratificou a disposição
da Resolução 256/99 do CONAMA e autorizou os estados e municípios a estabelecer
normas e medidas de controle da poluição do ar para veículos automotores em
circulação. Desta forma, os planos deveriam ser mais restritivos com o passar do tempo
de modo a minimizar gradativamente as emissões, sendo que os municípios com mais de
três milhões de veículos teriam a competência para implantação de programas de
inspeção e manutenção (I/M). No Rio de Janeiro as inspeções ocorrem desde 1998,
sendo o estado pioneiro a implementar este tipo de Programa Ambiental.
Como ocorre com qualquer outra máquina, o uso do veículo ocasiona uma
degradação contínua de suas características técnicas além de possíveis
adulterações dos sistemas de controle de emissões. Após a aquisição do
veículo, sua manutenção é de responsabilidade do proprietário.
Percebe-se que em São Paulo e no Rio de Janeiro optou-se pelos testes básicos
de inspeção.
atender aos padrões de emissão estabelecidos, o motor deve ser acelerado rapidamente
por três vezes consecutivas e retornar para o regime de marcha lenta.
- Na eventualidade de o novo valor medido de CO também não atender aos padrões, o
veículo será considerado Reprovado (CONTROLAR, 2009).
Figura 24: Anuncio do jornal Primeiramão divulgando uma moto chinesa de baixo
custo
47
Com relação às emissões, o nível atingido no início de 2009 das motos novas
(fase três do PROMOT) equiparou-se ao patamar dos carros. Vale lembrar que até
recentemente as motos poluíam até seis vezes mais que os automóveis. Segundo a
CETESB, as motos atuais emitem 85% menos CO2, na comparação com as motos
produzidas até 2002 (quando não existiam limites). Na emissão de hidrocarbonetos, a
redução foi de 75%. Homero Carvalho diz que os principais fabricantes já se adaptaram,
com a adoção da injeção eletrônica ou de catalisadores mais eficientes e acrescenta que
há motos reprovadas na homologação por emitirem mais poluentes que o permitido. As
motos Twister e Tornado, ambas da Honda, saíram de linha pois não atendiam aos
limites do PROMOT 3 e foram substituídas pela CB 300R e XRE 300 respectivamente,
ambas com injeção eletrônica (Ribeiro, 2009). Somando-se aos catalisadores e à injeção
eletrônica, houve também uma diminuição significativa na fabricação de motos 2 tempos
que, via de regra se comparadas às motos 4 tempos, poluem mais.
Outro item importante a ser observado é o fato de cada cinco motos vistoriadas,
uma é reprovada (índice muito maior do que o de carros que tem critérios mais rígidos de
emissões). O agravante é que em vez de investir em manutenção para minimizar as
emissões, alguns motociclistas burlam a vistoria pagando R$ 40 para um mecânico
diminuir o fluxo de gasolina do carburador e enquadrar as emissões dentro dos padrões
aceitáveis (Ribeiro, 2009).
6. METODOLOGIA
Em seguida, foi realizado contato com a prefeitura de São Paulo, a qual enviou os
dados das inspeções realizadas em 2009 por meio de sua assessoria de imprensa
(relacionados à rejeição e reprovação das motos no período entre Fevereiro e Agosto de
2009).
7. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 25: Fatores médios de emissão de motocicletas novas nacionais <= 150cc
Fonte: CETESB, 2007
51
Figura 27: Fatores médios de emissão de motocicletas novas nacionais >= 501cc
Fonte: CETESB, 2007
Analisando-se estes gráficos dos fatores médios de emissão (figuras 25, 26 e 27)
no período entre 2003 e 2007 (obtidos das homologações realizadas pela CETESB nas
motos novas junto aos fabricantes e importadores), percebe-se uma redução geral
considerável de todos os poluentes (CO, HC e NOx). Entretanto, apesar de ser um bom
indicativo de melhora na redução das emissões, esta amostragem tem a limitação de
estar restrita apenas a uma parcela pequena das motos novas.
Figura 32: CO – Evolução das concentrações médias anuais das máximas diárias
– média de 8 horas
Fonte: (CETESB, Relatório da qualidade do ar no estado de São Paulo, 2008)
Nas três regiões há uma tendência de queda deste poluente, sendo este fato,
segundo a própria CETESB, decorrente de medidas do PROCONVE e também do
PROMOT, afinal embora a quantidade de veículos que circulam nestas regiões tenha
aumentado nestas áreas, há ainda assim uma redução nos níveis de poluição.
- Uso de motocicletas elétricas ou híbridas. Vale lembrar que no caso da substituição das
motocicletas à explosão por elétricas se faz necessário um estudo prévio minucioso do
sistema de energia elétrica da região, visto que um incremento muito grande deste tipo
de veículo (principalmente pelo seu baixo custo) pode sobrecarregar a rede e provocar
problemas tais como o “apagão” ocorrido em 2001. Visando-se demonstrar o baixo custo
deste tipo de veículo, pode-se citar a scooter elétrica da marca Kin Motorcycle (EL 350-
ST), que está à venda no Brasil pelo valor de R$ 2.550,00 (Setembro de 2009).
- Inspeção remota nas ruas (assim como é feito com os radares móveis para verificar
excesso de velocidade);
8. CONCLUSÃO
9. REFERÊNCIAS
Brasil. (26 de Fevereiro de 2002). Resolução CONAMA nº 297. Estabelece os limites para emissões
de gases poluentes por ciclomotores, motociclos e veículos similares novos.
Brasil. (25 de Setembro de 2003). Resolução CONAMA nº 342. Estabelece novos limites para
emissões de gases poluentes por ciclomotores, motociclos e veículos similares novos.
Curcio, M. (13 de Março de 2007). Faltará rua até para as motos. Acesso em 14 de Setembro de
2009, disponível em
http://blog.estadao.com.br/blog/jc/?title=faltara_rua_ate_para_as_motos&more=1&c=1&tb=1&
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Dias, J. S., Ferreira, E. C., Dias, P. C., Jr., L. J., Francisco, E. R., Oliveira, V., et al. (15 de Novembro de
2007). Veículos elétricos de duas rodas no mercado brasileiro: benefícios e riscos.
60
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Grajew, O. (20 de Setembro de 2009). Folha de São Paulo. Dia mundial sem carro .
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Engenharia Sanitária e Ambiental, 2006, Punta del Leste. Anais do XXX Congreso Interamericano
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Sangiovanni, R. (24 de Maio de 2009). Folha de São Paulo. Técnicos divergem sobre carona
solidária - Caderno Cotidiano .
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