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Seminário 8 - A cidade dos monumentos

O texto aborda o movimento City Beautiful que surgiu na Europa em 1890 e se


espalhou para as grandes cidades da América do Norte, como Chicago, Washington,
Cleveland e São Francisco. O objetivo desse movimento era revitalizar o meio urbano por
meio de uma reforma arquitetônica, criando virtude moral e cívica nas populações urbanas
e a grandeza monumental das cidades. O principal arquiteto e mente por trás do movimento
foi Daniel Hudson Burnham, que buscou eliminar focos geradores de doenças, depravação,
descontentamento e socialismo, além de criar ordem social por meio do embelezamento
das cidades.
Burnham propôs projetos grandiosos, como a construção de novos centros cívicos,
instalações para estações ferroviárias e a demolição de cortiços densos e zonas de bordéis.
No entanto, o movimento recebeu críticas por ignorar habitações, escolas e saneamento
básico, e por depender da circulação de dinheiro pelas pessoas abastadas. O texto também
destaca a adoção do movimento City Beautiful em outros países, como em colônias
britânicas e em ditaduras totalitárias na Europa. Apesar das diferenças de contexto, os
resultados dessas iniciativas apresentam similaridades inquietantes. O autor do texto
explica que o termo City Beautiful poderia ser traduzido como "Cidade-Monumento" ou
"Cidade Monumental", mas ele prefere mantê-lo em inglês por considerá-lo mais
expressivo.
O City Beautiful, era um movimento urbanístico que buscava transformar as cidades
em lugares mais bonitos e agradáveis para se viver. No entanto, não considerava aspectos
essenciais para a qualidade de vida dos cidadãos, como habitação, escolas e saneamento
básico. Além disso, o movimento dependia da circulação de dinheiro por pessoas
abastadas, o que gerou desigualdades sociais e econômicas em muitas cidades. Apesar
disso, é inegável que o movimento City Beautiful teve um impacto significativo na
arquitetura e urbanismo, influenciando a maneira como as cidades eram planejadas e
construídas. O objetivo de criar cidades monumentais e belas para inspirar virtude moral e
cívica nas populações urbanas, ainda é uma ideia relevante nos dias de hoje.
Atualmente, há uma crescente preocupação com a qualidade de vida nas cidades, e
muitas cidades estão adotando políticas que visam criar ambientes mais saudáveis e
sustentáveis. Além disso, a tecnologia tem permitido a criação de novas soluções para
problemas urbanos, como o transporte público e a eficiência energética. Além disso, é
importante lembrar que a beleza não é o único objetivo do planejamento urbano. As cidades
devem ser funcionais e eficientes, garantindo que as pessoas possam ter acesso a serviços
essenciais, como saúde, educação e transporte público.
Em resumo, o movimento City Beautiful teve um impacto significativo na arquitetura
e urbanismo, mas também gerou críticas por não levar em consideração aspectos
essenciais para a qualidade de vida dos cidadãos. Atualmente, há uma crescente
preocupação com a qualidade de vida nas cidades, e é importante que o planejamento
urbano leve em conta a diversidade e as necessidades de diferentes grupos de pessoas,
criando cidades justas, inclusivas e funcionais.

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