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ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING  ESPM/RJ

MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO DA ECONOMIA CRIATIVA

HENRIQUE ALMEIDA SILVA JÚNIOR

O Processo de Regeneração Urbana a partir da implementação do VLT


no Porto Maravilha na cidade do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro
2019

Escola Superior de Propaganda e Marketing


Mestrado em Gestão da Economia Criativa – MPGEC
Linha de Pesquisa: Design de Experiências e estratégias de inovação
RESUMO

A partir dos estudos em Economia Criativa, Design, Cidades e Mobilidade, o objetivo


desse artigo é elucidar e retratar como o processo de regeneração urbana alinhado à
construção do VLT no entorno da região portuária do Rio de Janeiro se tornaram
potencializadoras de um novo design de cidades que tem como lógica central o
desenvolvimento e ressignificação dos espaços urbanos como instrumento de uma política
de mobilidade urbana sustentável que promova a democratização de áreas antes
abandonadas e degradadas. Amplificamos o debate a partir da compreensão que esses
novos modelos de transporte urbano estão inseridos em um novo paradigma para atender
um novo perfil de cidades gerando o conceito e a hipótese concreta que exista uma
ligação entre a implantação do veículo leve sobre trilhos e a referida renovação do tecido
urbano.

Palavras-chave: regeneração urbana; design; mobilidade urbana; cidades; economia


criativa

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INTRODUÇÃO

Desde que os bondes começaram a sair do cenário das cidades, até a primeira
metade do século XX, em contraposição à contínua ascensão dos automóveis,
(TAVARES, 2015) uma absoluta mudança significativa e visual foi se delineando no
tecido urbano. Considera-se que os transportes transmitem com muita força esses padrões
morfológicos que marcam a aparência das cidades. Muito além disso, as dinâmicas de
locomoção e a relação destes com os modais apresentados àquele período corroboram por
marcar esses tipos de cidades, com causas objetivas nas maneiras e estilos de vida e
urbanidades. A mudança forçosa pela dinâmica das rodovias, avenidas, ruas e estradas
possivelmente tenha sedimentado esse novo modelo na história das cidades, o que gerou
em construções lógicas de rua essencialmente consolidado no trânsito motorizado, e que
encontram ecos e respaldos em inúmeras cidades do mundo. Com o tempo se apresentou
ilimitados problemas assim como também reverberaram diversas experiências inovadoras
e de contestação desse modelo.
A ressignificação dos espaços públicos marca um novo momento no processo de
tornar a cidade o principal vetor de transformações nas últimas décadas. Em diversas
cidades do mundo o fomento ao desenvolvimento da economia criativa facilitou e
impulsionou o desenvolvimento e regeneração de regiões degradadas. É a partir desse
fenômeno que a regeneração urbana se coloca, como sugere (GEHL, 2014) em que se
considera um novo aspecto de intervenção, que busca dar dinamismo e força aos espaços
a partir de uma série de atividades se pautando a partir de questões econômicas, sociais,
competitivas, criativas e ambientais em um contexto urbano progressivamente mais
integrado.
A escolha da cidade do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016 ofertou
um pacote de dinamização e urgência de execução de inúmeros projetos de infraestrutura
de transportes. Uma das propostas contidas nesse serviço envolveu a revitalização da
zona portuária, conhecido como Projeto Porto Maravilha, e entre os avanços projetados
estava a implantação de um novo modal de transportes sobre trilhos, o VLT Carioca

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METODOLOGIA

Analisar o artefato do VLT como potencial vetor de requalificação urbana do


espaço a luz de possível solução para a melhoria do transporte público para que ele se
torne sustentável e igualmente integralizador.
A euforia e o imenso desejo de construir uma nova experiência de inovação em
mobilidade para a cidade do Rio de Janeiro se contrapõe a escassez de pesquisas e
políticas públicas que debatam um modelo de transporte público sustentável, moderno e
com um novo design de linhas e contornos mais convidativas aos padrões de consumo e
deslocamento por meio do automóvel. Apesar das grandes cidades brasileiras terem sido
guiadas e ocupadas com a lógica do automóvel se torna indispensável o direito a novos
protótipos de geração de energia limpa e políticas públicas que promovam a igualdade
social.
Dessa forma esse artigo se apresenta como sendo descritivo tal qual se justifica na
apresentação de informações sobre o processo de regeneração urbana por meio de
averiguação de fatos e materiais obtidos por meio online em páginas que citam a hipótese
de que a proliferação de cidades com este sistema modal implantado está relacionada com
a condição de ícone ao qual o VLT foi alçado diante dos processos de renovação urbana.
Esse estudo de caso será divido em cinco tópicos, partindo da introdução e discorrendo
sobre o alcance ao qual a requalificação do espaço urbano a partir de eixos norteadores
que envolvem mobilidade, design e perpassa pela lógica e o estímulo a inovações sociais
que por definição se consolidam no termo cidades criativas.

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DESENVOLVIMENTO

Segundo Castro (2007) o padrão de transporte público que tinha os trilhos como
sua plataforma esteve presente na maior parte do século XIX deixando suas marcas
registradas nas cidades, como uma ferramenta de extensão urbana. Já a partir da segunda
metade do século XX novos protótipos de planejamento urbano começaram a serem
realizados seguindo praticas urbanísticas e morfológicas que colaborassem na
revitalização e fortalecimento econômico social, cultural e urbano de áreas abandonadas
nas cidades. Esse novo arrajamento acontece concomitante e como resultado a uma série
de transformações que traz consigo o modelo de transporte que configura o ônibus e o
modelo rodoviário como principal protagonista nesse ecossistema, concebido em função
de maior versatilidade dentro de uma lógica de trajetos mais flexíveis como instrumento
de mobilidade.
Dentro desse paradigma afirma Castro 2007, a política rodoviarista começou,
devagar, a afastar os bondes do núcleo urbano das grandes cidades, consolidando assim o
modelo rodoviário que segue até os dias atuais:

Dificuldades encontradas pela primeira geração de bondes:] problemas técnicos,


financeiros, de organização, de inserção urbana, de concorrência com outros
modos de transporte. Mas o que selou o destino dos bondes, o que causou seu
desparecimento foram as orientações políticas adotadas em termos de
organização, regulamentação e definição de prioridades (CASTRO, 2007, p. 27).

Ficava claro que a implementação de uma política de transporte pautada pela


inserção de modelos de ônibus, construção e alargamento de grandes vias estava
liquidada ao fracasso. Mesmo com a chegada do metrô, vista como uma alternativa
‘inovadora’ para desafogar os problemas de congestão e imobilidade, os esforços não
foram suficientes uma vez que os centros das cidades fortemente industrializados atraiam
cada vez mais pessoas em busca de oportunidades.
O Ministério das Cidades de 2006, afirma que a mobilidade urbana é relacionada
“...à facilidade de deslocamento de pessoas e bens na área urbana [...] muito além de ser
uma questão apenas as condições de deslocamento e de uso de meios de transporte traduz

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também as relações com os indivíduos com o espaço – seu local de vida – com os objetos
e meios empregados para que o deslocamento aconteça, e com outros indivíduos. É
portanto, produto de processos históricos que refletem características culturais de uma
sociedade.”
Assim sendo algumas grandes cidades, conforme afirma Gehl 2014, passaram
com um declínio econômico que culminou para que empresas e industrias fechassem as
portas, e como consequência de tal fenômeno várias áreas começaram a serem esvaziadas
– nelas zonas portuárias e industriais – que precisaram se reconstruir para receber novas
atividades. Para Januzzi 2007 a solução para os problemas que emergiram com o
abandono de partes das cidades é que nasce o novo modelo de revitalização urbana 1. O
ato de revitalizar afirma GEHL 2017 envolve um conjunto de operações destinadas a
articular as intervenções urbanas pontuais de arquiteturas e estruturas em áreas
degradadas, com recuperação de sistemas sociais, econômicas tendo em vista à melhoria
da qualidade de vida em conjuntos urbanos e morfologias degradados.
À frente desse cenário a regeneração urbana, atrelada a economia com foco na
humanização e democratização dos espaços públicos em áreas centrais, possibilita que
novas formas de inovações sociais possam insurgir no território deflagrado a partir de
novos modelos econômicos pautados na geração de valor intangível fruto de um
reposicionamento social e cultural, conforme afirma Landry 2008, tendo em vista os
possíveis retornos econômicos, precisamente no sentido da promoção de diversidade a
partir de projetos estratégicos atende a um novo perfil de cidade, e alinha-se, portanto, à
nossa conjectura de que o VLT encaixa-se em um conceito de reorganização urbana, a
partir da sua capacidade de produzir externalidades para além da mobilidade.

1
Carta de Lisboa (1995). Revitalização Urbana – “Engloba operações destinadas a relançar a vida
econômica e social de uma parte da cidade em decadência. Esta noção, próxima de reabilitação urbana,
aplica-se a todas as zonas da cidade, sem ou com identidade e características marcadas”.

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3.1 Inovação, Design e Regeneração Urbana: as principais experiências
internacionais

O urbanista e autor do livro Jan Gehl “Cidades para pessoas” declara seu
entusiasmo quanto ao processo de remodelamento do espaço pela ótica humanista, tal
qual celebra:

Um número maior de vias convida ao tráfego de automóveis. Melhores


condições para os ciclistas convidam mais pessoas a pedalar. Mas ao melhorar as
condições para o pedestre não só reforçam a circulação a pé como também e
mais importante reforçamos a vida na cidade. É preciso conceber novos modelos
de cidades. GEHL, 2014, p. 19)

Outros autores como Piqué (2013) falam do case de sucesso de Barcelona afirma
que as cidades se tornaram nós de competitividade no plano internacional pois são nelas
que a inovação acontece e colabora para um melhor desempenho econômico e social
resultando numa melhor qualidade de vida das pessoas.
O ponto central desse artigo parte da hipótese que a implementação dos bondes
elétricos foi determinante para que o processo de requalificação urbana ocorresse. Dessa
maneira se faz necessário remeter a um recorte histórico que aborda a promoção do bonde
moderno como instrumento de modificação dos modelos de organização, design e
aspectos tangíveis e intangíveis das cidades. De acordo com Castro (2007, p. 59) surge na
França no final da década de 70 novas experiências e tentativas à construção de uma nova
rede de trilhos de superfície com o objetivo de “modificar o equilíbrio entre os meios de
transporte e promover o uso dos transportes coletivos”.
De acordo com Tavares 2016, a França foi percursora desse novo modelo de
transporte com propósito de reconfiguração dos espaços públicos a partir da lógica de
mobilidade:

A estratégia global de implantação desses bondes modernos franceses iniciou-se


em seus centros históricos e conformava dinâmicas espaciais inovadoras à urbe,
a partir da ressignificação dos seus espaços públicos. Tais inserções traziam

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alguns efeitos “além do previstos”, segundo Castro (2007), que iam desde a
recuperação das fachadas do casario imediato, passando pelo redesenho viário
das suas principais avenidas, até a valorização de áreas de até 300 ou 500 metros
das estações. (TAVARES 2016, p. 6)

Segundo Tavares (2016) essa é uma característica que se inseriu no modelo de


implementação dos bondes modernos nas cidades francesas tal qual se complementando a
outras configurações urbanas que se conectam as pessoas em áreas públicas fomentando a
democratização dos espaços urbanos e interligando outros modelos de deslocamento já
existentes como ciclistas, pedestres e demais modos ativos.
Barcelona na Espanha é considerada uma experiência com alto desempenho na
elaboração de estratégias e planejamentos para estimular a inovação, criatividade e
mobilidade no território. Grande parte do processo de requalificação dos espaços e áreas
comuns do centro e entorno esteve ligado à realização dos Jogos Olímpicos de 1992.
De acordo com Piqué (2013) o Plano Geral de Ordenação da Fachada do Mar se
desenvolveu com a confirmação de que os Jogos Olímpicos de 1992 seriam em Barcelona
“buscando-se melhorar a configuração marítima da cidade para firmar a vocação
mediterrânea”.
O governo da Espanha, a partir do evento das Olimpíadas em 1992 desenvolveu
uma estratégia de melhoria e regeneração urbana de Barcelona, convertendo-a em um
centro mais atrativo, agrupado com e espaços para lazer, investimentos na circulação e
com núcleos turísticos, tudo de acordo com o conceito do plano de revitalização em
alinhar a cidade e qualidade de vida com o desenvolvimento de espaços públicos como
vetor de reabilitação tornando-a uma cidade mais organizada.

3.2 Revitalização e Economia Criativa

Investigar e refletir acerta da regeneração urbana necessariamente sugere e a


correlaciona com o tema de economia criativa. Entende-se pelo termo economia criativa
como conjunto de atividades de ordem e valores intangíveis que tem como
potencializador a inovação e a diversidade criativa regidos pelo capital humano afirma

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Jesus (2017), urge que a promoção do desenvolvimento social e econômico favorecem a
dinâmica de criação de espaços que se pautem em inovação, criatividade e a um conjunto
de atividades geradoras de valor que se comunga com a questão da sustentabilidade e a
partir dela se pensem em modelos e estratégias de ampliação de nichos culturais
geradores de valor a partir desse espaço democratizado.
Na atualidade a urgência do protagonismo das grandes cidades está associado a
diversos processos de requalificação do espaço urbano em cocriação com a economia
criativa que permite o desenvolvimento de alternativas nos territórios urbanos de maneira
que tais mudanças possam ser integradas à cidade sobretudo no que tange a questão de
mobilidade atrelado à sustentabilidade.
É nesse conjunto segundo Florida (2002) que o modelo de regeneração urbana é
conduzido como proposito de promoção da economia criativa como plano de recuperação
de áreas deterioradas.

A escolha do VLT se apresenta como grande conector de todas essas novas


atividades criativas, sendo o sistema ideal para interligar todas essas novas obras,
pois tem traçado fixo, e permite confiabilidade na regularidade temporal, além
de toda a sua capacidade de dialogar bem com a paisagem e os modos ativos.
Essa escolha fica explícita em uma das diretrizes do traçado, que é “interligar os
principais eixos de transporte da área central, e seus pontos turísticos e/ou de
grande circulação, atuais e projetados para a região” (GRUPO CCR, 2011a,
p.50).

Landry (2008) reforça que as cidades são vetores de criação e inovação social
estimulados pela administração pública em setores estratégicos, tendo assim inúmeras
intervenções urbanas de requalificação do espaço urbano focados na geração de
criatividade e promoção da cultura, destacando-se áreas degradas e grandes centros
históricos.

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3.3 Inovação pela Renovação Urbana – Porto Maravilha

A cidade do Rio de Janeiro, escolhida como sede das Olimpíadas em 2016


colocou a mesa o desenvolvimento de inúmeros projetos de infraestrutura e morfológicas
ligados a cultura, criatividade, inovação e mobilidade. O principal projeto teve como
cerce a regeneração da zona portuária, chamado de Projeto Porto Maravilha dos quais
abarcou a concepção e implementação de um novo protótipo de transporte sobre trilhos
conhecido como VLT Carioca.
A realização desse tipo de evento no calendário nacional, legitima, de acordo com
Landry (2008) a consolidação de uma identidade criativa da cidade, que visa expor uma
imagem que se deseja evidenciar para o exterior. Dessa forma ainda evidenciando a
promoção da qualidade de vida, o destaque dado ao espaço urbano, a inovação social e os
potenciais de criatividade e entretenimento, se tornaram, traços grandes das estratégias de
renovação urbana.
Dentro desse contexto de regeneração e tendo o Rio de Janeiro como plataforma
de desenvolvimento econômico, social e inovador, o plano de promoção dos bondes
modernos se apresenta dentro das configurações alinhados, segundo Piqué (2013), a
lógica de reestruturação como acelerador da requalificação urbana capaz de potencializar
e valorizar áreas degradadas estimulando potencial valorização urbana.

As ações de regeneração da Zona Portuária do rio de Janeiro abarcam a


conservação e o reparo de iluminação pública e calçadas, a execução de serviços
de limpeza a manutenção da sinalização de trânsito e a conservação de
bicicletários (...) além da oferta de habitações de interesse social, da integração
entre os diversos modais de transporte público (...) além dos incentivos a
equipamentos culturais anteriormente escondidos sob o Elevado da Perimetral.
(JESUS, 2017 – Revista Grifos -N.43 p.147)

Dessa forma o VLT cai como uma luva nessa nova cidade atrelada a inovação e
criatividade que busca novos modelos e serviços urbanos voltados a um ambiente
inovador. Com base nessa permissa o VLT está obedecendo a uma lógica de humanização
dos espaços e áreas urbanas onde esse novo modelo de desenvolvimento do tecido urbano

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concede novas adequações interligados a um conceito social a partir da mobilidade
inovadora dessas áreas.

CONCLUSÃO

A partir dessa nova realidade tendo em vista que o processo de crescimento das
cidades capitaneia constantes transformações no espaço urbano, é valido destacar a
dimensão do processo de regeneração urbana permeia um conjunto de atividades
inovadoras, político-social com viés econômico com uma diversidade de fatores. A partir
desse artigo buscou-se comprovar que a implementação do Veículo Leve sobre Trilhos
VLT, como uma parte do pacote de ressignificação de grandes projetos urbanos.
Procurou-se relacionar os experimentos em diversos ambientes que ocorreram com a
requalificação dos espaços e suas relações com aspectos que permeiam a requalificação a
parti da lógica de novos modelos de transporte como vetor de inovação e promoção de
cultura e desenvolvimento econômico social.
No caso apresentado a hipótese não foi comprovada, fato que torna importante a
ampliação e o avanço dessa pesquisa no direcionamento de dados e materiais que possam
adjetivar o VLT como vetor de requalificação de áreas centrais degradas e instrumento de
inovação cultural e social. Não obstante é importante ressaltar as inúmeras vantagens
operacionais do bonde moderno em diversas interfaces necessário a compreensão desse
modelo de transporte como equalizador desse conjunto de atributos que redesenham a
cidade dentro dos critérios de escala humana e democratização dos espaços públicos.
Por fim esse estudo reforça os desafios acerca da mobilidade urbana e reconstitui debates
importantes na busca de melhoria pela qualidade de vida e ocupação de territórios
deflagrados de nossa cidade.

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REFERÊNCIAS

ANTP. Associação Nacional de Transporte Publicos. Relatório 2010.


CASTRO, M. B. O bonde na cidade: transportes públicos e desenvolvimento urbano.
São Paulo, 2017
FLORIDA, Richard. A Ascenção da Classe Criativa. 2001
GEHL, Jan. Cidades para Pessoas. São Paulo, 2014
GEHL, Jan. A Vida nas Cidades. Como Estudar. São Paulo, 2017
JANUZZI, Denise de Cassia Rossetto. Intervenções urbanas em áreas deterioradas.
Seminario Ciencias Sociais e Humanas, Londrina, v.28, n2, p. 147-154, jul/dez 2007
JESUS, Diego Santos Vieira de. Mar Próximo, Cidade Distante: Economia Criativa e
Regeneração Urbana em Lisboa e Rio de Janeiro. Revista Grifos -Nº43 p.125 – 156,
2017
LANDRY, Charles. The Creative City – A Toolkit for Urban Innovators. 2008
MINISTÉRIO DAS CIDADES. Gestão Integrada de Mobilidade Urbana, p. 164. Brasília
2006
PIQUÉ ET AL. Barcelona22@: a knowledge city beyond Science parks. Anais: IASP
Word Conference onScience and Technology Parks. N-26, p. 1-4. USA, 2008
SPECK, Jack. Cidade Caminhável. São Paulo, 2018
TAVARES, Brasileiro Flávio. Trilhos de uma nova imagem urbana – o papel do VLT
na renovação urbana do centro do Rio, XVII ENANPUR, São Paulo 2017

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