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– Fomentar uma amizade cordial e optimista com as pessoas com quem nos relacionamos.
Apostolado de amizade.
“Jesus é teu amigo. – O Amigo. – Com coração de carne como o teu. – Com
olhos de olhar amabilíssimo, que choraram por Lázaro...
São Tomás afirma14 que nem todo o amor indica amizade, mas apenas o
amor que implica benevolência, quer dizer, que se manifesta em desejar o bem
para o outro. Por isso, as possibilidades de amizade crescem quando é maior a
ocasião de difundir o bem que se possui: “Só são verdadeiros amigos aqueles
que têm alguma coisa a dar e, ao mesmo tempo, a humildade suficiente para
receber. Por isso, a amizade é mais própria dos homens virtuosos. O vício
compartilhado não produz amizade mas cumplicidade, o que não é o mesmo.
Nunca se pode legitimar um mal com uma pretensa amizade” 15; o mal, o
pecado, jamais une na amizade e no amor.
Nós, cristãos, podemos dar aos nossos amigos compreensão, tempo, ânimo
e alento nas dificuldades, optimismo e alegria, mas, sobretudo, podemos e
devemos dar-lhes o maior bem que possuímos: o próprio Cristo, o Amigo por
excelência. Por isso a amizade verdadeira conduz ao apostolado, que é o meio
de comunicarmos aos outros os imensos bens da fé.
A um amigo pede-se que seja fiel, que se mantenha firme nas dificuldades,
que resista à prova do tempo e das contradições, que saia em defesa do amigo
em qualquer situação que se apresente: “Devemos ser fiéis à amizade
verdadeira – aconselhava Santo Ambrósio –, porque não há nada mais belo
nas relações humanas. Consola muito nesta vida ter um amigo a quem abrir o
coração, a quem descobrir a própria intimidade e manifestar as penas da alma;
alivia muito ter um amigo fiel que se alegre contigo na prosperidade,
compartilhe a tua dor nas adversidades e te sustente nos momentos difíceis”18.
(1) Ex 33, 11; Primeira leitura da Missa da terça-feira da décima sétima semana do TC, ano I;
(2) cfr. Is 41, 8; (3) Conc. Vat. II, Const. Dei Verbum, 2; (4) cfr. São Tomás, Suma Teológica,
II-II, q. 23, a. 1; (5) ib.; (6) cfr. Rom 5, 5; (7) Jo 15, 9; (8) Jo 17, 26; (9) Jo 15, 13-14; (10) Mt 13,
36-43; (11) São Josemaría Escrivá, Caminho, n. 422; (12) Santo Ambrósio, Sobre o ofício dos
ministros, 3, 135; (13) São Josemaría Escrivá, Caminho, n. 91; (14) São Tomás, op. cit.; (15) J.
Abad, Fidelidad, Palabra, Madrid, 1987, pág. 110; (16) Ecl 6, 14-17; (17) cfr. São
Basílio, Homilia sobre a inveja; (18) Santo Ambrósio, op. cit., 3, 134; (19) São Josemaría
Escrivá, Amigos de Deus, n. 315; (20) cfr. A. Vasquez de Prada, Estudio sobre la amistad,
Rialp, Madrid, 1956, pág. 259; (21) cfr. São Josemaría Escrivá,Caminho, n. 88; (22) R. A.
Knox, Sermões Pastorais, Rialp, Madrid, 1963, pág. 473.
(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)