Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sa com uma amiga. Estava trmula, as mos frias e um tanto plida. Na rua,
no queria soltar meu brao e no me olhava no rosto, encarava o cho.
Odiava aquele tipo de cara, j no era uma falta de respeito sem tamanho
no podermos comer uma banana ou chupar um pirulito em pblico sem
recebermos esse tipo de ateno, agora, tomar um sorvete num dia quente
era o que bastava para excitar dois adolescentes mal educados.
Ela parou assustada e olhou para todos os lados antes de ver o dono da
gracinha. Estavamos perto da obra do trem, lotado de homens que riam. O
sinal ficou verde. Minha amiga olhava eles rindo e me olhava, ela no saia do
lugar.
Um segurana alto e forte se aproximou e falou algo para eles. O pai tirou os
olhos do livro e incarou o segurana com, o que parecia ser, raiva. O
segurana cruzou os braos e falou outra coisa. O pai ficou de p e apontou
para a me e o beb e depois para o segurana.
Passamos por um metr e ela estremeceu. Lembrei da lei que dizia que agora
homens e mulheres agora tinham cabines separadas. Lembrei do quanto era
um absurdo. Lembrei que no mnimo 87% do que o governo estabelece para
ns, um absurdo.
Ela me disse, depois de uns cinco minutos, andando comigo para longe dali: