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Pat Wlesalelal eee oelbyay ep a rea A Mc sajuo_] senq sv ‘AS DUAS FONTES DA MORAL E DA RELIGIAO A foots de Berpion no pode ser con- sidernd, sob. tenhumr poate de vst, mers ‘Somplagso dae descobenas intense su tempo. No etano, x especie de empiri gue The @ caractristico cvge dele a investiga, egundo seus proprio. prinpios, dn materia ‘de erie dicplinns cemfes.Suss rere ‘bess podem set consideradas estos de Pe oogin, Em a Eval Criadora, tabalho ‘Seat pablcndo também por esta Evra iBercson voltese para + Biologia. A sou Ul fw grande cra de 1932, Ax Duar Panter da Mort ed, Rel, levaneno pare 9 campo ‘4 Sociologia da Anteopaogia Cultra. Paz tudo lan viola chve da compeensto da Ioralsde,rlglso historia. Breconecide- mente um trabalho mals espcutativo, Jo ave te anteriores, Enguaato que em 4 volupto CGrindora, Bexeson fenton "manter-se © mals fron possivel dos fates, sa argumenagio Bescias’agora em "probabiidades,eeto de esa cert fonien smite gras", O autor Sonsderov este estudo ume valoss confirma (ho da tex presenta cm 4 Evolurdo Cra- res Outs virwm ele a abertura de novs Perspecivas para os estados sos Qusis so ws principals ilas aq ape sentadas? Diz Brason gue existe doa ses de movalidade: = compulsiva« a Weal Ege existem dua esses de religiioy 2 po. Pole a dinimica. A esas duns especies de Tora de religit corespondem dua formas fe sociedad, fechada © 4 abeta © "ous Species de ta: 2 esravizada ea live”. AS ‘ites tones de moraidase ¢ de teligio so {inecenidads pritias dos homens © soie- dex e-0 palo Ideals, (+ homens eevamse multo aca dos par roe ettcos &e moral compolsiva das fe AS DUAS FONTES DA MORAL E DA RELIGIAO ia [BIBLIOTECA DE FILOSOFIA | Henri Bergson As Duns Fontes da Moral e da Religiao © 675146 ZAMAR EDITORES LBN 959558 a | ai ‘Tal origi Beaty see remanne LE EES iy SSE CConiht © 1409 by Pree Uviveritaan de Frosee Dios sean. Pith a repre, «Ls n° 5.98) igi para Breit ‘Nae pds Cre om eno pee ate EAHAR EDITORES alsa Foal 87, 20-00, Bo INDICE A omoacto ons ‘nde sual nen ata — 0 Si ne sca “de Selita, — Seapets nes Copiats 1 De tes ena A ee an — A te at Aoi len it ee ele ee ete Eee ie Senseo nari Fe rite Boson beta Sige tha ate Binet cea Sera race § Sin end ote cairn =D tence, See Sek hae Se Sars eg ee Sle et cine Fong goa sil ain Cpitale 2 Dei tide dye liga. — Porque emprecr 4 oan ‘ier “1S tae gpa mien ental PG" ein," Msisiemo © sesoverdo 08 6 AS DUS Foxtis pt Mons. # ps Resitio ple Sah ae eat cepts 18 onsen Poss Dock x Dek eu» ra fadantial ~ Bvologte da tndincla ila oni aa Bett nmi cartruce 1 A OBRIGAGAO MORAL ‘A tombranga do fruto proibido € 0 que iii de mais remolo na moméria de ¢ada um de nés, como na de oda © humanidade, ‘Teriamas eonseléncia'dlss0 se essa recordagio no estivesse encoborta por outras coisas, a5 ‘gusis preferimos nos apegar. Que mao foria sido nossa {ntinoie se nos debmssem as soltas! ‘eriamos vagueudo ‘de prageres om praaores. Mas ois quo surgia, umn obs ‘eno, nem visivel nem tangivel: uma inforaigio, Por qUe ‘obedecemos? A questio nos Importavapouco; haviamos ‘Xaguirido o bibito de ‘acatar noseos pals © mostres. Bt ietauto, percebiamos bem que se neo prolbiam & porque fram nostos pals, porgue eram mossos mestres, Portane fo, a nosso ver, sia autoridade decorria menos dees mes ‘os que de sus situaglo em relagho a nés. Has oeupavam ferto. lugar; desse Iugar é que emanava o mandamento, ‘com uma fonga de ponetracto quo nlo possuiria se tives ‘Se vindo de ovtra parte, Em oUtras pulavras, pais © mes ‘res pereciam agit por delegecto. Neo tinkamos ‘nti ‘conseléncia disso, mas por tras de noseos pals © mesires| Ssdivinhvamos algo de Imenso, ou antes, de infinito, que faia sobre nos com todo 0 seu peso por intermedio dees Mais tarde diriamos tratarse do peso da sociodade. Pio Sofando entio sobre cl, nos © comparariamos a um of iganismo ciijs eéhulas, Unidas por vinculos invsivels, Sordinamse umes ke outras Ruma hicrarquia sabia, © Se dobram maturaimente a certa aiseiplina que poders 5 [As Duss Foxrss ot Monat £ 94 Rebatko fexigir 0 sacrificio da parte para o bem malor do todo. TBem se 6 que isso nto passe de comparagio, paras ‘uma coisa ¢-0 organismo submetido a lols necesséras, outta ® socledade constitalda por vontades livres. Mac 4 ‘parle do momento em que estio orpanlzadas, esas ‘onteres imitam um organismo; e esse onganismo mas fu menos artifical 0 habito desempentia o mesmo DaDel fie a necessidade nas Obras te nature, Dessa Primeira Derspective, a vida social nos aparece come um stoma fe habitoe’ mais ot menos fortemente enteieados ce correspondem as exigéncias da comunidade. alguns deles Sto Tndbtos de mandar, os densals, ema msiora, 500 he ‘tos de obedecer, e obedscemos ow pessoa qe manda fem vista de uma deleyacto socal, ou & propria sociedade, fn quel emana certa ordem lmpestoal eonfusamente Der fobida om sentiga. Carla tim deswos ilitae de obedeoer cexarce certa press sobre nossa vantade, Podemos ns =. ‘quivar dessa’ pressfo, mas somos entio arrastads 2 ela, lovades de novo # ia, como ‘0 péndulo afastado da vor’ teal. Cera ordem fol porturbade, ¢ tinha de ser restabe. Jeeida. Em Suma, sentimonos obrigados, como acontece om todo bait. “Tratase, porém, de obrigacio.tncomparavelmente ‘mais forte, Quando eerta grandes de tal modo supe lor a outra & panto de que esta seja desprezivel em re- ligio aula, oe matersiecs diem ser grandera deo Dreselo, comparada tom a dos damais habifos,€ tel que A diferenge do grau equivale a diferenca de natureza, ‘Com efeito, observames que todos 0s nébivos desse ‘ginero prostamso a um apolo mutub. De nada vale ‘Seiaarmos de eepecuiar sobre su exeéncla € origem; set limos que eles tem relacho entre si e qua sto exigidos ‘de nds pelo cireulo das nossas Telagdes prsimas, on Delo ‘trculo que envolve 0 nosso, ¢ assim por diante até 0 lk Imite extremo, que seria socledade. Cada um cesses cit- ‘cule corresponde, direta ‘ou indlretamente, a oerta ext igencia social, partir do momento em que todos se en- fomam, constituem um bloeo. MMuitos desses habitos no ypassariam de poquenas obrigicbes caso ve upresentasser. Eoladamente. Mas eles fazom parte iniogrante da ODF go em geral;e esse todo que deve ser o que 6 gragas as ‘A Om Socw & A Ono NeroRA. ° fas partes, confere cada um, em reeiproce, a autor fade global’ do conjunto. assim é que 0 coleivo vem Te forest o singular, 2 Z6rimula “6 0 dover” tiunfa sobre as hesitagdes que piaéscemos tor frente a um dever isolado. 1a verdad, nao nos oso expllctamente um volume do origeodes fareais, adicionadas, que constitulreas. umn Ghrigacso tote, No caso, taiver nem mesmo hija, verda. Getramarte conpocicao de partes. A forca que una obr foci exten! de todas as demais 6 antes comparivel a0 lento de vida que cada wma dus edlulas aspire, indiise. fete compietoy do fundo do oresnismo do aual © um ‘ros, tem exigencies que, grandes ou pequenss, nem por {iso dolsamn do exprimir cada qual 6 to de sua Walaa. de, Insistamos, porsm, em que, no caso ainds, 22 trata spenus de comparacio, Qualguer soeledade humana é um fonjunte de seres livres: AS Obrigagoes que ela imple, fe quo ihe permite subsist, sntroduzem nel cotta re faridade que tem simplesmente anslogie com a ordem = Slexivel dow fendmenos da vida. ativtanto, tudo concorre para nos fazer orer que essa rogulardade ¢ assimlavel fda naturect. No fal0 Spenas da uanifadade dos homens a 10uvar certos alos fa consurar outros, O que quero diet € que mestio onde fs. precalios morals implicados. nos. julzos de valor iio Sejem observades, as colses sto dispostas para que eles ‘@éem a impressao de 0 ser. Assim como ‘fo vemos @ poses aver ‘de Imoralidade por tris da Zachada que Fumanicte nos esibe. Levariamos muito tempo a nos tor ‘nar misantropes se nos ativestemos & observacto de Ot ‘fos, B abservando nossas proprias fraquezas que chee. tos @ lastimar oa despreear 0 homem. & hnumanidade da igual enti nos desviamos 6 aquela qua descobrimos no fntino dens. O mal se oct tio hem, 0 segredo 6 tio. universalmente conservado gue, cada "um, 10 caso, ‘enganado por todos: por mais severamente que preten. ‘dames fulgar os demais homens, no Tundo os aerodltamos thethores que nos. Nessa feliz ilueio repousa. hoa ‘parle fia vida coca, 'E natural que a sociedade tudo face para estimular essa llusto, As lis quo ela. promulga, e que mantem 10 As Duss Fontis pt Mota b nh Revetko ‘ordom socil, assomethamso, de resto, as leis da natu ean em certas aspectos. Beth sel que pera 0 ‘l0sof0 & ‘iferenga deva ser radical. Uina coisa, diz ele, a lel que ‘consigna, outza coisa ga let que ordena. Desta podemos hos esquivar, ela obriga, mas nfo coage, A outra, Delo ‘contririo, ¢ dnelutavel, porque se aigum fato dela se atas- far, seria! equivoeado que a tomdssemos por lel; heveria uta que fosse a verdadetra, que enunciaramos de mo 420 a exprimir tudo, o que observamos, a qual eno © fato rebelde so ajustaria como as demas. — Sem att ‘ida; moe impéese que a cistineao soja também nitida pats a maria cos fomens, Loca ley se fies, soci 8u moral, ¢ 40 ver deles um mandamento. HA oérta Or dom da natureza, quo se tradus por les: 08 fatos "seam. ‘bedientes” a estas leis para harmonizarse com essa or ‘dem. © proprio clentista mal pode escapar 2 crenga de ‘due a let "preside™ og {alos e, por conseguints, os pre ede, semeltante f Taeia platonica 4 qual as costs teria fdo modelarse. Quanto tas ele se uiga na escala das ge heralzagoes, mats elo So inclin, quelra ou nfo, a dolar seas les dése carster imperativ: 6 preciso vendadeir ‘mente luter contra si mosmo para imapiner es prinepios a Meciniea de outro modo qua nfo inseritos desco & fternidade nas tébuas tronscedentes que a clfncia moder ha sera Jevada @ procurar em outro monte Sinal, Mus se ‘para a nossa imaginacao a ll fisica tonde a revestir a for fn do um mandamento quando atinge cara generalidade, eciproraiment im Smprenuien sn an divge a ao 0 Th Go apresonte-senes aprozimadamente como. wna. tet a ‘Buitesa, Ao se encontrerem em nosto espirito, az din Dogbes tmufuamente so nutrem. A lol toma do manda. Ianto o quo elo tem de imperioso; mandamento ad ‘quire da lel o. quo ola tem do inclutivel. Uma infragio fda ordem ssi adguire assim um earlier antinatural: ‘mesmo que a intragio sele freqlentemente repetda, a Ya nos seria como a excegio que estaria para # soctedads como a monstruosidade esta para ® natutezs. "Que oontecers. se peresbermos por tris do. impe. xativo social un mandamento religiso! Pouco importa a relagio entre os dois termes. Interpretese a relgiio {do um modo ou do outro, seja cla social por esséncla ou Seidente, uina colsa @ eerie: ela tem desempentiado sem: ‘re um fungso social, Ademais, essa fungto 6 complex; © navivo NA Socio " “aia sgundo as épooas ¢ 0s lugares; mas, em sciedades ‘mo 1 toss, © teligito tem por primlroefeto sts fata‘ relorone ts exigencias da sodeande. ia pode fe ‘ulo mais ater, mas val pelo tones at ese ponto. A Soctdade institu’ peas que podem atnglr inscontes @ ‘oupir cupados; cla quae natin comptes, 9 Por a E'Pecntenaso com poueo: one ead. balanga Ine ‘ue pew como ae Gave ts recompansss eos Sagas? ‘stim como as tdeasplatonteas os rovelam portelia completa a relidade de aue apenas percobemos tseas Iintscoe, 0 reigto nos introds marke comunidad da Gin soar tatagoce, ota iit € noises ‘TSalm,no maximo, de ver em quando, 8 poatos nus ‘Slenies Neve mundo, a orem & simplesmente aptox Inativa © mais ou mens atiteimaente obtda elas no: ‘may no edu ola 6 perella,¢ 26 oonoreliea por st mas. ‘ha. Assim” ¢ que Tego acaba de preenor « nosis Sihss 0 itervalo, ja diminuldo pelos habit. do. senso Gees uh Madame dk sociedad‘ a maine. ‘essa anelra, somos sempre reconduzdos i mea coupuragso,detetuoea por mos aapectos, pore acer {fret quia ao que nos intressa Os temitios da com O habit, sorvido Fela tntligincia © pla lactams oy sido Bl i.e pela imaging, ie trots entre eles uma aisciplina que tata de longo a {hide det organs, de clas aastonosatany pe es tina ‘Tigo coneorre, ainda wma ves, para for da ord soci ne tntagao da ordem obeefvada nas coisa Ga" Git de nds, votanaose pare st mesmo, sutese evidetr {comnts hive para exooar seu gosto, set deseo Ou Sua {toa © pera to pena nos dems omens Mal, po ‘en, se esboca a lldade © uma forga atiagOni ‘rer, consitida’ de todas as Toreas soci’ scum. Gis dcrentemente dos movelsindiiaual, que pasar ‘sc qual yor seu indo ean forge confuiia nama orden {eto deta tor Anaiogla ‘comm os fenomenos am {tus Sea oslua que compos im organiamo se torasse ‘rit por tm instants mal teria eabogado a Satencao Siomnciyorso e seria conta pela necrandade, O td ‘lato gue far parte da sociedade pode burst © Iso 12 As Deas Foxrss pt Mona & 06 Rebosto romper uma necessidade que imita aquele, que de certo mo- {20 conteibulu para eriar, mas & qual sobretudo se sub. mete: o sentimento dessa necessidade, acompantiado a fonseiénein de poder dela se esquivan, nfo dela do ser ‘© quo clo chama de obrigagio. assim encarada, e tom. fda‘om sa soopedo mele eomum, @ obsigacio esté pare 8 ‘ecessdade como 0 habito esta para a naturesa ‘A obrigagio no vem pols vigorosamente de fora. Ca- ‘da um de nds pertence h sociedad tanto quanto a i mes mo. Se nossa” conselncia, laborando em profundidade hos revela, A medida que desce além, uma personalidad fda vee Tnais original, sogomensuravel com as cemsts © ‘de resto inexpsimive, pelo nosso aspecto.supesticial so ‘mos pareccos com as outras pessons, emalhantes a clas, tinidos a elas por uma discplina quo cria entre elas © n6s lima dependéncia Teeiproca, Pare o nosso eu, instalarse nessa parte socializada de si mesmo seri 9 Unico meio de Se iger a lgums oolsa de sslide? Sélo‘a, se nfo pudesse- ‘mos de outro mode nos subtrair a uma vida de impulsio, {do fantasia © de pesa. Mas no mals fundo de nés mesmos, fe soubermos procurar,talver descubramos tm equilfbio fe outro genero, mals desejével ainda que o equilfbrio Superficial. Plantas aquéticas, que sobem & superficle, so ‘gitadas sem cossar pela correntoza suas folhas, juntan ‘dose em cima da agus, Ines dio estabilidada, ‘no ato, por seu entrocruzamento. Mais estdvels, porém, sto. a Talses,solidamente plantadas a terra, que as sistentem Adebsiio. Iintretanto, no falaremos por ore. do cst0rG plo qual eavariamés até 0 fundo de nds mesmos. Caso Dossel, sera excepeional; €na superfici, em seu ponto de {nsergio no toeldo cerrado das outras personalidades ex: ‘erlorizadas, quo nosso eu em geral acha onde se agarrar: ‘sua solides'esta nests solidariedade, Mas, no” posto ea ‘que ele se agarra, ele por sua ver esté socaliado. A obri- {gagdo, que imaginamos como um vinculo entre os homens, fig primelzo cada um do nés a 81 mesmo, Seria pois errOneo censurar uma moral puramente social por dospreatt os deveres individuals, Mesmo que fossomos obrigados, teorieamente, sponas part com Ol {os homens, soloiamos, de fato, para com nos mesmos, ‘dado que a solldariedada social sd existe a partir do mo ‘mento em que Um eu soclal se aeresconta em eada um de © Iwaviovo XA Socmpine a née no out individual. Cultivar esse “eu socal” 6 0 esson- lal de rosea obrigagio para com a sociedsde. Sem algo ‘dessa sociedade em nds, cla nfo teria qualquer poder 0. tbre nds; e bastanos it alé ela para. bastarmos a nos ‘mckmos, se a encontramos presente em nés, Sua presen- ‘cr é mais ou menos astinalada conforme os homens; mes fhenhiim de nds poderia isolar-se dela de modo absolute. Ningueém pretenderia 0, porque sentinis bem que a maior ‘parte de sua forga prowéin dela, e que deve ts exigéncins Thcessantemente ‘renovadas la. vida social essa tensto Sninterrupta de sia enerzia, essa continuldads de sentido hho esforgo, que garante & sus atividade 0 mais alto ret ‘Gimento, Mfas ninguém poderia faver fss0, mesmo quo o ‘gulsese, porave sia memérie © sua imaginacio vivern do (Que a socledade sntrodusit nelas, pordue a alma da socic- ‘dade é imanento & lingua que a’ Deseo fala, © que, mes- ‘mo mio havendo ninguem, mesmo que apents pense, aln- fda agsmn falar consigo mesma. Debalde tense imaginar ‘um individvo apartado da toca vida social, At materia. Imente, Robinson em sh iba bermanece em contato com ‘os demas homens, porque os objetos manufaturados que fie salvou do naufragio, e sem os quals nfo teria eseapa- 4 Gos apuros, o mantama na efviliagto e, Por conseguinte, fa sociedade, Mas um comiato morel tho é mtis neces: Sinio ainda, porque logo perderia o animo se no pudesse fcontrapor fs efeuidades sompre Tenascentes sono una orga, indivedal cujos limites ele perecbe. le se mutre ‘do energia na sociodade qual continua idealmente Ligne fi; € int que nfo a veja eis que ela 0 contempla: so fea individual conserva to @ presente o eu social, ele far, solado, 0 que farin com o estimulo e mesmo 0 apoio de toda a cocledade. Aqueles quem as circunstancias feondenam por certo tempo ‘solide, e cue nao encom fram em si mesos 03 recursos da vida Interior profunda, Saber 0 que Ines custs "deiearse 28 sotas", isto 6, 0 mio fxarem o eu individual no nivel preserto pelo et social ‘Tero pols 0 euidado de manter esso eu social, para qe fle em nuda eamorera sua severidade para como outro. Em eso de neoeisidade, Ihe darso um ponto de apoio faterial © artificial, Todos se lombram do guarda flores fal de que isla Kipling, sosinho em sua casinhola no melo fe uma selva ‘da indie, Todas as noes elo se rostia em 14 As Duss Foxris ne Mota ® ak Rettig trajo de gale para Jontar, "para om seu isolamento Ao Dotter fespelt dest mesmo" ‘Nio iremos 00 ponto de diaer que eso eu socal seje 0, cespeotador imparcal” de Adams Smit, qua se deve {entific com 2 consténela moral, quo flguent so Sie ta sist ou desconente de sl confine eee bem ot ‘al impressonade, Desoobsremos fomes uals prosundas para os sentimentas morals, No caso «lingua Fedve. Sob SNtncomo rotulo cols bem ierentes; Havent algo a fomum enize 0 remorso de um eviminoso e uquele que Sopot sents, tonar e trturante, por se ter deride 6 Subrpropra, Gu por se fer ado ihusto pats sun we Srlanga? Hud confinga dem ‘alt inoceate ie doe Donte’ paraa vida 6 tim dow males males, ao fso de era conscéncin que pare mio foro senso Gas proper, Ses, justamente porque nao toma i sociedade 9 Seu pe. Aric, seus lstrumenton, seus mttodos ce medida Mas ‘ao & esse consciencla a quo so exe o tals da ‘vette de resto, ela 6 mais ou menos mull conforme as pos Em gel, verodicto ea consléncis 6 agucle gue @ social ati, ‘Em geral também, a angistia moral 6 uma perturba. 4 das elagbeseatzocase eu son © 0 eu inva ‘atisemos o sentimento do remorso na. sna do frends Grimines. Poderiamosprmetro eonfundtlo mn oF nedo dh castige, pore ele toma an precaugdes tis aco. $s spre complladas ou renovadas, para ocular‘ er ‘eu para fazer com ee no se encontre 0 eulpado; Hit a fodo'memento, Lia engustiante de qe Sit Por ‘menor fol equi, © quo a fuses Ind capa o indie fevelador. Ofpenes, yorem, mals de Peri: para tal he qm nfo so ta tanto do evllaro ensign unnto de des. Ianchar passsdo, © de agit coino oo 8 cine Ra No resco sido Drattoado, Quando ningusin sabe como uma isn €/-€ gave como fo a cols Bo exisst. pols © Proprio delito quo’ eriminoso pretend. anil, supe Inindo’ qualquer conhecimento que’ dal Dudeste tor tara Censceseia humana. has period ose concen dele, ‘ eotdo que cada vor mals ole langa fora dessa soced ds onde caperara manterse ao desir os tages Gs Sea rime. Porgue so atinala ind «mesa catina 9 omer A Socspine xo Isowiov0 15 ‘que ele era, a0 homem que no mais &; portantonéio é mals ele que # sociedade so crige; ela fala a outro. Bie, que Sabe o que 6, sentese mais isolado entre os homens do fue seria tama iiha deserta; porque cm sua. solidto ‘le earreyaria, envolvendoo e sustentando-o, « imagem da Sociedade, agora pore ele é retado da imagem como Ge colsa, ie se Tenograris na sociedade ao confessar set cme: fetsloum cdo Gome cle merce, mas ih 3 le precizamente que se dirgiriam. Ho reassumira sua olaboracio com os demais homens, Seria eastigado por is, tus, colacendose do seu lado, seria de corto mo- ote Sn pri oa i are de ak ‘pessoa, a melhor parte, eseaparia desse modo punk ‘Bssim € a forca que arvastara 0 criminoso a se denunelar. Sem ir até esse ponto, tae se eonfesse a um algo, ou ‘uma pessoa honesta qualquer, Reimtegrando se asi it ‘erdade, se nao & consideracdo de todos, pelo menos & fo alguém, cle retorne & sociedade mum onto, por um fo; se no #6 relnteyra a ela pelo manos esté a0 lado dela, proximo a ela} delxa do ser um estranho a ela; de ‘qualaler modo, 230 rompeu tio completamente com els, femvcom'o qv traz dea em si mesino. "impdese essa suptura ‘violenta para que se revele ramenta a adesio do individuo & Sociedade. Hm tem pos nomnais, ajustamonos ® noseas obrigagbes mais do ue pertsamde nels, Se em ean oportunidad tvessomos de evocar a idéia da obrigacdo, enunciar 2 formula, seria ‘muito mais faligante cumpris 0 dover. Mas basta’0 Ie ‘ilo ¢, no mals das vezes, baslanos iv a esmo para dar B sociedad 0 quo ela espera de nds. Ademals, ela facil tou singularmente as colsas 20 intercalar intetmedidrios entre nos e ela: temos fernfia, exereemos um oficio ou ttina profs; pertencemos & nossa Comunidade, & nosst ‘ising, 20 nosso bao; © onde & insergéo do grupo 1a toeiedade pete, bastands 0 gor capri nosis ‘brigagées para com 0 grupo para estarmos em ala com fa sociedade, Ela ocuba a pesiferia; 0 individuo std. no fantro. Do conto porierla eto alspostos os diversas fgrupamentos aos quals o sndivicuo pertence, como outros {Gmntos circulos conctntsioos cadaver mals amplos. Da Pe- ‘feria 0 cantro, a medida que o cireulo se encolbe, as ‘Obrignctes se acrescentam as obrigagies © 0 indiviguo fchaseatinal diane de seu conjunto, A obrlgagao aval 16 As Duss Foxrus ot Mons pi Renicio ‘mae sssim ao avangar; porém, mats complicada, ela 6 ‘menos abstrafa, ¢ por {sso mals bem sceita. Ao tornarse Dlenamente concreta, ela coinece com uma tendénela, (80 habitual que a consideramos nacaral, a desermpenhar na sociedade-0 papel que nosso lugar rela nos atzibul Ame ‘ida que nos detsamos levar por essa tendanla, al a sen {imos. Ha 56. so nos rovela imperioss, como todo habito Drofundo, so dela nos afastames. Ba sociedade que traga para o individu 0 programa de sua existéncia cotidiana. Neo se pode viver em familia, fxercer a profistan, ecrpaan de ihre ete dt ‘ida distay tezer compras, andar pela rn on mesmo fica? fem casa, sem obedecer a prescrigdes curvarse a ODM ‘magdes, Uma alternative impGese 2 todo momento: opts. ‘os naturalmente pela que se ajusta & norma. Mal femos onscléncta disso; nao fazemes estorgo sigum para isso ‘A sociedad tragou um itinerdrio; eneontramolo bert Giante de nds e 0 segulmos, ¢ preciso mais inieativa para ir além disso. Assim compreendid, 0 dever ¢ cumprido ‘quise sempre automaticamente; © @ obodiéncia 80 dever, ‘Se nos ativermos ao caso mais freqonto, se definira como tum ir a esmo ou um desletxo, Donde vom, pois, aie est ‘obediéncla aparege pelo contrivio como tm estado de ten so, © 0 proprio dever como algo Jo e duro? Ooorrem de {aio casos em que a obediéneia implica um esforgo sobre siincamo, Trata'se de easos extepetonais, mas os assinala: ‘mos, pordue tna constienciaIntensa os scompantin ccm ‘scontece om toda hesitagio, na verdade, a conscléncla 6 ‘essa propria hesilaio, o ato que se deseneadela sozinbo ‘pussundo quase despercebido, Bntio, em vista da soliaaric- ‘aide de nossas obrigagGes entze sie devido a que o todo da, ‘Obrigagao ¢ imanente a eada uma das partes, todos os deve 1es se maiz da cor que excepcionalmenie este ou aquele ‘dentro eles adquiria, Nao ha inconvenient algum do pont de vista pritico, 14 até oerta vanlagem em considerar as ‘coisas desso modo. Com efit, por mais naturaimente que Se cumpra o dever, podese encontrar em si a Teslsten. ia; ¢ bom atenter para isso, © no tomar por assent ‘90° que seja faell continuar sendo bom esposo, bom cida- ‘dio, rabalhador consclencioso, enfim, pessoa honest, Ha, fdo resto, grande pareela de vercade noswe modo de’ ver, porque se 6 Telaivamente facil manterse Go. quo £0: A Soceoabe No INoiv00 ” cial, fol ainda preciso inserirse mele, ¢ a inserplo exige lum’ estorgo. A Indiseplina natural da erianga, 8 nooessi- dade cin eikloagan ‘consutuer prove iss. ‘Nada mais Justo que levar 2 consideragto do individuo 0. conseatt mento virtuaumente cago ao conjunto de suis Obrigagocs, ‘mesmo qu ele nio mals ena de so consuller para cud lua dolis. O cavaleiro 50 tem do so delsar lover ainda ‘sum, tore de moutar na ela. © mesino acontoce com o in ‘divide om rolagio a sociedade. lim cert sentido sola also, © Sob todos os pontos do vista arriseado, zor que © cover pode sor cumpride automaticemente. Hstaboleca. ‘os pout somo masuma pratiea que & obediinola 0 dover ‘na rents mismo. i ‘Mas recomendacao @ un coisa, ¢ outra uma ex ‘oto, Quando, para explicar a obrigagio, sua esséncin © On {Bem, so estaboiece que a obecienela go dever ¢ antes de ude um esforgo sobre st mesmo, um estado de tensio ot a contain, comase ut ey plcldiee due pefud. ou multas tories morais. Surgiram por isso diticuldades. frtifeais, problomas quo dividem os flésofos ¢ que vere. ‘mos dissiparem-se quando Ines atalisarmos os termos. A ‘obrigagto no é de modo algum un fato singular, incoman Ssurdvel com os demais,erguondo-e acima doles Gomo uma aparigio misteviosn. So grande nimoro de fosotes, so: Dretado os que adarem a Kent, a encararam assim, € qUe ‘contundirsen © sentimento da’ obrigagio, estado. tang Io'e aparentado a inclinacao, com 0 abilo que A veaes er Eivomes pare romeo Gu fo contapa on o slr de uma crise reumatica, podese sont incomo- o, ou até sotrimento, ao mover os misculos © artieula. ‘goes, Ba sensagio.globel de’ uma resistencia anteposta ‘Polos drgios. O sofvimento diminsi sos poueos, © acaba ‘Dor perderse na consciencia que temos dos nostos movl fentos quando estamos bem do sside, Pode, ass, ad Imitir que ele ainda esteja presente, comegande x antes esapareoendo, e qc esprelta apenis @ cessifo de inten Siflear se; de fato, ¢ preeiso eaperar pelos erises quando fe € reumatico. Que se dirie no entanto daquele que 86 Siase em noseo sentiment haul ee mover bragos, © Demat o abrandamenta de uma dor, e que definisse ent ‘Rossa faculdade locomotora por um esforeo de resistin ‘is ao tormenta de reumatisme? Primeiro tenunctaria es ‘se modo e explicar os habitos motores; de {ato cada tin 18 AS Duss Fonrss nt Mou» ps Reutio estes implica certa combinscéo particular de movimen fs, e 30 se pode comprecnder mediante ein A faculdade feral de andie, de corer, de mover 0 corpo, 6 spenne & Soma esses hibitos elamentares, cada tim dos quis en. contra explicagao propria nos movimentos especiis qu fa abrango, Mas, tendo considerado essa factldade ape has de modo glozal, e ‘endow ademais erigido como. {orga oposta. a dada resistancla, necessariamente. oe. {a2 srgir ao lado dela @ reumatismo como Uma entidade Sn dependents. Parece que erro do mesmo ginoro tana sido ‘cometido Por multos daqueles que especularam sobre ‘prigagio. remos mule ume obrigegues especiais, cada luma das quals exge explicagio por si. natural, ou, ais FHgorosamento, habia, obedecer a todas, Por exoesko se ‘fasiant de urha dela, se resstrd; © resistindose nessa ‘esisténola, um estado’ do tensio ou do contract s¢ pro. ‘duzird. Fsta rigides € quo exeriorizamos quando atxibus ‘mos ao dever um aspecto tio sever, ‘pela também que pensam os filsofos quando acre- aitam transformar a obrigaguo em elementos Taclonais. Para resistir d resistencia, para nos conservarmos 20 o& minho oerte quando 0 daiejo, a pasta ou interesse ‘nos desvam dole, devemes necessariamente encontrar 20es para nds mesmnos. Meso que tenhamos eontraposto| ‘0 dese ifelto um outro dese}o, est, suseltado pela vom fade, s0 tera podido ‘surgir a0’ chatnado de tna idela. ‘Em 'suzma, um ser inteligente age sobre si mesmo. Por Intermédio da infeligénoia: Me, pelo fat0 do ser DOr Winn racionais que se chega b obrigagto, no Se seque que ® ‘brigagio tonna sido de ordem racial. Mais adlante noe Aeteremos nessa questio; por ora nfo queremos ainda ‘dscutir as feorias morals: apenas digamos que tima coisa 6 tendéncia, natural ou adguirida, ¢ outra 6 0 metodo hecessariamente raclonsl que tim ser sensato empregue, para ihe atzibuir sua forge © para comboter 0 quo se 0po. dha a ela, Neste ultima easo, a tendencia ealpsads pode ‘eapareoer; e entio tudo aeastece sem duvida como £0 te ‘este conseguido por esse metodo reconstitlr a tendéncia. Na reaidade, nada mais se fez sengo alastar 0. que ® Drejudicava ou detinha. Admita que o mesmo aconters na Driica: o fato Id est, conseguitise, seja como for que so ‘explique 0 fato. 1 para consegulr talver sae preforivel Jimapinar que as colsas se passaram do primelto modo. RustorESeus As RESSTENCS » ‘Mas estabelocer que de fato soja assim sera falsear a te ia da obrigagio, Nto fol isso. quo aconteoeu com a aioria doe filsotos? : ‘No haja equivoco sobre o nosso penssmento, Mesmo «quo noe alenbamos a certo aspecto da moral, como 0 fi ‘Enos até o momento, iremos Ferfiear multad autudes db {ferentes para com o dover. las balzam o intervalo entre ‘Quas aifudes, ou antes, dois hibitos exizemnos: trinsito {Wo natural nas vias tragadas pela sociedade gue mal 4 observamos,_hesitagho ¢- deliveragao, pela. contrat, aqvela. via aie tomarmos, sobre ate’ dua ponto ire. Ios, sobre os itinerrios dé ie volta ue serlo per corridos ap enveredarmos succssiyemente por vos dels, No segundo caso, sirgem problemas novos, mais ou me hos fteqlentes; e, mesmo Ro caso em que dover esteja {neiramente. determinado, infroauzensse menos ou mals Socinar em cada caso parletion, formulae a mixin, euniar @ principio, edie as conseqtncas: so 0 de. sojo'e panto asuinemn Vex, a tenlagto forte, se ‘clvnot en vig dr amen eieasion paseo, onde pois esteva o impulso?Afitmase uma for Gala qub chamaramos “0 todo da obrigaao™extato Con: ‘Sntrado, quinesséocin dos mil hibitos espectals que con {tales de obedeoer mil e ua exgincias da vida ocala ‘nao e st0 ner aio; 86 Dldesse Tale, 20 ‘sso que pietre ng dria’ “2 preciso poraue € pec. Zoo" partir di, 0 trabalho. que ve eplcasso a intel Stncia & ponders Teades, a compare mixima®, & 00". fer aos prinipos, sera ‘o' de ar mals comrécia glen ‘uma condita siimetia, por eefinigo, as exgéeelas Soctais; mas. obrigagdo telaclonavese cam ssa exit. Gin soot, Nos momentos de tentagao, ings jamais SSeriearia Seu intereste, sun paix, sa vaidade por Do neces de. coeenea liga Budo ue om Un Sor elon ras inberwémn de lato como Soguadors pars fret cam coenen entre a8 normnas ou tama ODT Estonia, a fosotia acabou por ver nola wm principio do Shrigagd, como aereatar que a manivla € que fan ge far @ maatina 20 AS Duss Fowmts os Monat m4 Rewaiko Ademals, as exigéncias sociais completa se umes as ‘tras, testo aquele cuja honestidade & a menos factonal f, 66 assim posso dizer, & mais rolineira, poe Orden Ta clonal em si condita ‘ao governarse cont base em ex lgéncias que io logicamente eoorentes entre si. Aamo que essa ldgica seja uma aquisicdo tardia das socledades, ‘A coordenagio logiea ¢ essencialmente eoosbmice; de cer to conjunto els separa, primetto, por alto, cents prine ‘Bios, e depois, exeul 0 conjunto tudo 6 que nko ead ‘de acordo com eles. A navureat, pelo contrétio, 6 supers Dundante. Quanto mals proxima da naturess estiver wna sociedaue, lor sera nels a parte do acaso do incoe onto. Enire os primitivos deparamos com mila inter: digves,¢ prescrigdes que se explicam por vagas associa (es de ideas, pela superstieao, pelo Aulomalisme, Has ‘lo so initeis, dado que a Obedienca de todos As Tegra, fembora absurdss, garante & sociodade Uma coesio maior, ‘Mas a uiilidade da norma Ie vem encio exelusivements, por ressonfincis, pelo Tato de que se submete @ ea. Pres’ ‘rigdes ou interdigbes que valnam por si mesmas S80 faquelas que tem em vista de modo positva a conservagao ‘ou o bemestar da sociedade. Com o carter do tempo, sem vida, 6 quo elas se destacaram das demais para ines so Dbreviver. As. exigéncias socials. estGo pols coordenadas fnlre si e subordinadas a principles, Mas pouco importa. ‘A logia introduzso nas socledades attais, © mesmo aque Je que néo questione sua condita viver’.sensatameat, ‘ast se Aino a cosas. peinelpion. ‘Mis a esséicia de Obrigacso 6 diferente de wna exk nea da rasio. © tudo o que tivemos em mente Suge. Fir até o momento, Acredilamos que nossa exposicdo Cor Fosponderia cada yer melhor & fealidade A medida. que trakissemos de sociedades manos evoluldas ¢ de conse fnoias mals rudimentares. Ponmanoce eaqemaica engquat {o-nos ativermos 4 conseigncla normal, tal como a en00n- tamos hoje num ‘homem honredo, 3a5, precisaments porque tratamos. entio de. uma. singular complicacto Se sentimentos, dias © tendéneias que se interpenetran, pio evilaremos as andlisos artificiis ¢ as sinfeses arbi trarias, a menos que disponhamas de um esqieme em que ‘igure 0 essencial. Tal € 0 esquema que vimos tentando ‘esbocar. Imaginal a cbrigacio como pesado sobre avon. {ade A manelra de um hibito, cada Obrigagio arrastando Do Ierzanvo Cxrzoonco 1 apds si 2 massa acumuleda das demais e utiisando assim, pela pressio que exerea, 0 peso do conjunto: tereis 0 todd Ga obrigagio para. uma conscitacla moral simples, ele: Imentar. © 0 eseencial; ¢ aguilo a que & obrigagéo poderia, a'rigor reduzirse, no proprio panto em quo atinge sun Inds aitacomplexdade, "Peroebese em que momento e em que sentido, bem. pouco fantiano, a obrigacao clementar assume a forma de lum “imperative eatagorico”. Fiosriamos embaraqadot Dir te descobrir exermples do tai imperativo a vida corrente. © comindo malts que & ums ordam ‘min mottvatn. a ‘sem replica, ilustra bem quo’ "6 prociso ‘Porque € prect 5p", Ms nti dar na mash wp ado; le ma Sinara ure. ‘Se quisermos lm eas0 d0 imperaivo cate {orico puro, taxemos de constatlo @ prior! ot elo mend feremos de’ cslliar a experienoin, Pansemos pots numa. formiga que tenha certo vislumbte de reflexio © quo Jul gue entio estar errada em trabalhar som descanso para fs demals, Suas veleldades do proguita nfo duraviam mals que alguns instante, o tempo que brilhasse s ontelha de Iteligneia. No Ultimo desees instants, no momento em {ue 0 instinto, reassumindo a vantagem, a. Teoondlisisse Dor viva forea' a sua tarefa, a tnteligéncia que va coer 6 lugar ao instinto divi, a tialo de adeus: ¢ preciso por fquo.e preciso, Ease “dever pelo dever" no sein mass que ‘2 constléncia momentaneamente torada de um plo s0- {do — de pussio que fizesse a0 esticar 0 f0 por tm fomeolo truusado. © mestao mindament ecoaria 20 ‘ouvido ‘do sontmbulo que se. preparasse, que comocasse mesmo a sair do sono quo dosfruta: so clo ealsse media: famente'do novo ‘em sonambulismo, um imperative gorleo exprimiria em palavras a inevtablidade co etor ‘ho, pela reflexio que teria deixado do surgir © que logo fesvanecesse, Em Tecumo, um imperative absohitemente ‘categérico ¢ de naturezaInstintiva ou sonambulea: desem ‘Penhado como tal ez estado normal, represaatado. como fal se a retiexio despartasse por tempo exalamente st. fciente e para que ele possa Zormularse e nao 0 bastante [para que encontre suas rizses. Mas entdo,acaso nfo ¢ evs ‘dente que num ser racional, um imperativo tenders tanto ‘mals a essumir a forma categoriea quanto mais a aividade frercida, einda cue intligente, tenda a assumir a forma Instintiva? Ms time alividade quo, a prinotpio inteigente, 22 As Doss Fowrrs mt Monat & at Reno ‘se enceminhe a uma imitagio do instinto ¢ precisamente faquiloa que no omen se da o nome de hibito, H 0 hab to mais poderoso, aquele eaja forea 8 sonstituida de todas as forgas acumuladas, de todos os biitos socinis eemen. tares, € necessariamente aquele que melhor smite © ins ‘unto, Surpreende entio que, no curto momento que Bebe va obrigicio puramente vivida da obrigagto plenemen. te represeninda e justfieada por todos os tipos de razces, 4 obrigacao assumia de fato a forma do imperative eat ‘origo: "é preciso porque 6 preciso"? ‘Consideremos duis linhes diverzentes do evolusto, sociedades na exiromiasde de uma 6 de outa. 0 tipo de Soeledado que parcearé 0 mals natural sera evidentemente ‘0 tipo insitivo: 6 vincula que une a8 abbas da colmela nize sl assomolhe'se ‘multo. mais qele que conserva juntas as oflulas de tm organismo, coordenadas e saber. ‘dinadas ummas 3 outres, Suponhamos por um momento ‘que a natureza tena prevondida, na extremidade da outta Tinba, obtersociedades om que fesse datzada carta margem Unio na outta extremidade, no que respolta a sua regula. idade; ela tera recorrido 40 ‘hibit. Cada um desses Ihabitos, © que se poder chamar “morals”, ser contingen ‘Mas seu conjunt, quero der, ohio de contrat esses Inibitos, sendo a propria base das sociedades e condiclo- pando sta existénciy terk uma forge compardrel do Instinto, tanto em intensdade como em regularidade. Tao pelssinenie 6 6 que cbamamos “0 todo da obrigagio" ‘Be resto, trtarsed penis do cociedades umanas tal duals sto ao sair das mos da natures. Tratarsea de *0- ledades primatias e elamentaves, Mas tm vio a sociedad hhumana progrediré, se requintard e so eepitualieara: 0 statute do sua fundacio permanccers, o¥ antes intench| ‘Sa natives ‘Ora, fol precisamente assim que as colsas se passaram. Sem aprotundar uma questao de que nos ecupamos alli: es, digamos. tosomente que inteligéneia ¢ instinto #80 {formas de conseiéncia que se devem ter interpenetrado 19 ‘estado rudimentar e que se distacierem ao svolumerse, ‘Esso dacenvolvimento efetiourse nas cane grandes ihas {do evolucio dz vida animal, com os artropodes e os vette ‘brados. Na extremidade da primeira eo intinto dos in ‘A Onutacio x 4 Vion a 3s, mais especisimente dos hmendpteros; no extreme 4a segunde estd a inteligéneia humana, Insti e intel ‘ela tim por objeto essencial ullizar tnstrumentos: no ‘so da ineligeneis, instrumantos inventados, por conse. Jguinto variivels e imprevistos; no easo co instinto, or {es proporeionados pela natureza, ¢ por conseguinte imi fiveia, Ademeis, 0 instrimento destinase «certo traba. Tho, e ease trabalho ¢ tanto mais efieas quanto mais espe. Cilieado, mals dlvidide portanto entre trebulhadores. a ‘yersamenve qualifleados quo se complotam mutuamente. A Yi social ¢ dasse modo manent, mse um rego ideal, 4 fastinto como a intelgéncla; esse ideal encontrs a sus ealzagio mals completa na colivela, Ou 10. formigueiro, Ge um lado, e do outro nus socledades humanas. Huma ‘a ou animal © sociedade @ uma orgunieagto; ela implica ‘oordenagio ¢ em geral também subordinacto de elemen fos tne nos Outros; ela Oferece pols, giaplesmenta viedo 4, além, represeniado, um eonjunio Ge normas 0 lls. iis, na Golmela ow no formigulro, @ indivduo esta cra: ‘vada sou omprego por sia estruturs, © organizagio @'relativamente invariivel, ao passo que a comunidade Jumana € de forma varlove, uberta a fodo Progresso. Te- Sulta disso que, nas peimeras, ead Tegra ¢ imposta pela nalureae, ln @'necessiria; a0 passo que nas demals Um ‘ost apenas € natural: a necessidade do uma Tegra. POT fanto, me sociedade Mumans, quanto mais se cave ato Fiz das obrigagdes diversas para chegar 2 obrigacio ‘cm geri, tanto fis ® obrignoto tendoré n tomar sa ne ‘cessidade, tanto mals se aprosimaré do Instn naqullo ‘Goo ela tem de imperioso. "no entanto, estariamos gram domente enganados +0 retendssemos relacionar ao Ins {into ima obrigagio particular, qualquer qua fosse. "O ‘que serd sempre Recessirio diser € que, neniuma. obz figio sendo do natures Instintiva, 0 todo da obrigacto {ori sido do. insti caso as, soeledades umanas ‘B80 {ossem de gum modo lastreadas om variabilidade © em {nteligéncla, Tratase de Um instinto virtue, como o quo jz por tris do hibito de falar. A moral de na sociodade Fpumana é, com efelto, compardvel & sua ngus. Cumpre bservar que so formigas troctm sinals entre ‘sl, como parece. provivel, 0 sinal.Ihes 6 fornecido pelo proprio {Mistinto quo as fae comunicar juntas. Pelo contrast, a tia gua 6 produto do uso. Node, nem no Yéxeo neq mesmo 24 As DuAs Forres ox Morar ¥ ot Ret ta sntaxe, vom denature. Mas 6 nara far, @ 0 sk ‘is invartiven, de organ naturel, qua serves booveel: ‘ontamume soiodae deinen, epresentan 6 fu ia Sido nese ina se «ature, so nos owongt tn theo ar no vese Jane ease fang fac. sm‘ utizsdora do ionamin, tventiva Pos eonsegt, Ghe oa tagsnen Refremononsompre to que fr si ‘TSbieaio se sociedad humana fons isn er fs sr ntligentes nto exponen asin qualquer ODF {eto em petcia, ® st mnmo daremon da obigngio Ee grt ft tn qu sre fine 20 os avermes © el onfatare ana essa Sociedade Tastes Somo sini a socleiade nvlgen se 0 aul Scrmosenveredar sem rams certo na busta dos, tana Thmtos ie mort ‘Des ponto de visa, « obrgngfo perde seu center expecta, Sando os Sram wma casiion ngorocasyouerse’ dae? que se Sentemcbrieos © qe ebedeeem am istnto socal? Nao, eidenioments; asso esse nga mal chegn 8 er nnn sion, casino 0 tormigia a0 wera Geiror orpusamos’ con lementon eat nent br voedos invsivels 6 isin soca Ga formiga — {ero ze, a fore em wre a goal a oper por Sxempio, exteta 0 tranatho no qual ata presexinada por Sen caritars ~ nap pods fdr Tastee ce cate, Soe gl on, ex no cs qual ots Coy ea tale um como vio nciona pare 6 bem alot do conn: to. be esto, num cso como no outro nao ha propia: trente dbrigaio: havera anes newesiaee. Ait ter Oshoro‘nos dest nowsidae protsxmente por tanspe ‘cin no rl smn Givi mat ri no tnd da ob {nso ‘moral Un sor a0 sons cbrphdo e Torte 6 faa obra, tomada & pars, imple bora, as necesrio eo aa origi: quanto mais descmos Aeans obrignoee pecan, que ees0 no cums, rm ‘uo b obigaio em geal ob como dimmon oy ve Go ao too tn brinto qe ta ne ase, arto mals & Stren mos apace eom® 8 propria forma que «notes ha reer rar aris iaigncn, a opmso © Dor consulta, iberdade, para ‘ear citos ns. {A Soctmpne Reena 2s Alegarsed de novo quo so trata entio de suciedades rumanas ‘mito. simples, primitivas ow pelo menos ele- Incotares. Sem divide algima, porém, eomo teremos em seo de dier mais diane, 0 civilzado difore do Dri- Imidvo sobretudo pela enorme massa de conbocimentos & Hubltos de. que ee nutri, desde 0 primelro despertar de lima eonseiéncia, no meio sotal era que ce conservavamn. Ovnatural em” grande pare secoberto pelo ade ‘Gurido; mas le porsste, quase imutével, através dos 36 ‘Rios; habitos e conhecimentos longe estéo do lmprogaar © onjanismo ¢ de se transmilir hereditariamente, como Smaginamos. © verdade que poderiamos tomar esse nara ral por insignifiante, em nossa andlise da obrigacio, Se edtvesse eamogado pelos habites adguiridos que se fcurlaram sobre clo durante séeulos de civiizagao, Mas fle se mantém em muito bom estado, muito vivo, na $0- ‘edade mais civlizada, 2 & ele que se impoe refer, nio para explicar tal ou qual obrigssi social, mas pars ex: Dilearaguilo a que ebamramos 0 todo de obrigacto. Nos- ns socledades civlizdas, por mals diferentes que seiam fe sociedad & qual estavamos imodiatamente destinados pela naturess, apreventam, de resto, com ela wna seme- Tanga fundamental “Com efein, las também sio socledades fechndas. De nada vale serem molto grandes om comparacio com pe- {Guenos grupementos os quais foraznes Tevados por ins Sito, e que o mesmo instinto tenderia provavelmente a sovontisuir hoje wo todas ae aqulsigbes materials expire ‘ihe da cllzagao desaparecessem do melo social em ‘up as achamos depesitadas, mesmo assim tem por esstn- Ga abranger a cada momento certo nmero de Indiiduos f eacluir outros, Dizismos mais acim que no funda da ‘Sorigagio moral ha exigdncla soelal. De que sociedade fe trata? Tratarsoia dessa sociedado aberta que seria a ‘numanidade inteira? Nao resolveriamos 2 questo, do mes: ‘mo mode quando comumente se fala do dover do homem pata com seus semelbantes, Please prudentemsente no Vago. Fsquivese de atinmar, mas ce pretenderia. dakar exer ‘Que a "socledade iumana” esta desde i¢ Toslizada. 6 ‘bom ‘que se deixe crer, porque temos scontestavelmente ‘overes para como homem enquanto homem (mesmo que tenham origem inteiramente aversa, como o veremos Dow ‘co mais adiante), ¢ correlamgs o "isco de os enfraque. 26 As Deas Forres na Mowat x nt RiutKo ‘cer ao distingubios radicaimente dos deveres para com ‘bossos concidadios. & apio tira partido dio, Mat sma {osofia'moral que nso do éniase a essa disiingso ests |& margem da verdado; suas undilses dela serio necesea- ‘iamenfa falseadas. De Tato, qUando ‘deelaramos que o ever de respuitar a vida e & propiedade de outer ¢ uma ‘exigéncia fundamental da vida soci, do que sociedade ‘esttmos falando? Para responder, basta consicarar 0 qUe ‘se pasta em tempo de guerra. O assassinato ¢ a Dilha. ‘gem, assim como a perfidia, & frauds 0 a mentite, no apenas ge tomar coisas licks; sto mevitérias, Os Bell ‘eramtee iro como as brusas Ge Macbeth: Fair ts fout, and fou is fair. Seria iso possival, o transtormacio se operatia tio fc ‘mente, gerale instantdnea, se fosse verdadelramente cor {a alitulte do homem para com o homer o que a sooleds do nos tivesse até entao recamendado? ‘Oh, el Sel 0 qUe 4 socienade diz (cle tem, Tepito, suas rasdes para 0 Sizer); mas para saber 0 quo ela pensa e 0 qu ela que, ‘nl é preciso escutar muito 0 que ela dis; ¢ precisa en ‘xergar 0 que ola fer Hia dia que os deveres por ela de {inldos ea, de fato, om principio, deveres pera com & i ‘manidads, mas. que em circunstaneias exeepeional, inte: lamente inevitives, & prea desces deveres aches sis. Pensa. Se la nfo st exprimisce assim, bloguearia © cami ‘hho Dara 9 progressn de ies moral, aie nia enn aie famente asi que ela tom todo o Tnteresce em Drepara®, Por outro lado, hurmoniztse com nassos habitos de eepit: 1 considerar Gomo anormal o que é reativamente Faro € ‘xeepcional, como a doenes, por exempo. Mas @ doenga & ‘Ho oral ‘quanto a sade a qual, encarada de certo pon: 10 do vist, surge como um esforgo eonstante para evar ‘ou afastara doengs, Do mesmo modo, a pez eth sido sein Dre até o presente uma preparagto para a defesa OW mes. Imo pars 6 staque; seja como for, sempre Para 2 guerra, ‘Nosios daveres socias visam A ooesi0 sola; quelramnos ‘ou nfo, eles nos deferminam uma nitude que é « da disc pina Derante 0 inimigo. Quer diver, por Mais que. 0 ho. ‘mem ¢hamado pela Sociedade para Ser diecipiinada te. aha sido enriquecido por els de tudo ‘0 que els sdquii ‘turante’séculos de cfviizagio, la, no entanio, tem ne {A Socenioe Facrns a ‘cessidae desse instinto primitivo que sevesto de umn verniz ‘ao eapesso, Ein sums, 0 dnstinvo social que apreendemos ‘no fundo da obrigagdo social visa sempre ~sendo, 0 insti: 1, relatiramente imuvavel a sina soetsdade fechada, por ‘mals ampla quo soft. Ble esta sem duvida reooberto de tutta moral que por fsso mesmo sustenta eh qual empres- { algo do sua fora, quero dizer, de seu carter imperioso. Mas ele Droprio nao visa’ humanidade. 8 que entre a ne 0, por malor que sela, e a humanidade, existe a mesma ‘istaneia que hd do filto a0 Snfaito, do féchado ao alberto. ‘Apraznos diver que o sprendizado das vircudes eivicas se {te no soto da tamale, © quo igutdmmente, ao amarmos. 8 Dtria, preparamosnos ira nay © gener bumano. NOs Fbudatiedade se amllaria assim por tim Drogresso con ‘nuade, sumenterla permaneeenda a mest, terminals ‘por abvanger toca humanldade, Teatase de wn recog Bio @ prior partido de ata concepedo Duramente infec. fuatste da alma. Verifease quo os trés grapor aos quais ‘hos porlomos gas abrangem um smero oresoene ‘dviduo, porque easés deveres sio prasicados comrentemen te, porque tm ume ormule niida e precisa o. porque ‘has’ Juell, 20 apreendélos por seu aspecto Plentmente ‘inert no’ deseer aid a rai, dascobrie a exigéncia socal ‘de onde se oripinaram, bias muitos hesitarao em adit ‘tuo o restanto da moral tradusa corto estado emociona, gus no so coda aqul a uma pressio, mas a um atralvo, ‘A raito no caso 6 que, no tals das vezes, nto se pode ent ontrar no fundo dost a emogio Origial, 1 formulas f@ue sio 0 reslduo ola, © gue So daposttaram no que se Dovieria.chamar de eonseleusia social & modida’ que so onsolidava uma Consepelo nova da vida imanente sesso ‘cmogio, ou melhor esta alice em relagho a ela. Pro: ‘camente porque nos encentramos dante das cinzas de ‘uma emogio exlines, e que a force propuisva dessa emo- ‘gio vinia do fogo ue elo tazia om sl, ns formults que ‘caram se‘iam em goral ineapazes do sacudir nossa van- fade so as (ormillag mais antgas, exprimindo exigencias fundamentals da vida social, nto thes comunicassem por ontdgio algo do seu cartier obriatrio. Wssas duas mo- Sis Jastapootas parvum uyora Coustculr upots Ul tr 0-8 primeira emprestado 8 sounda um poueo do” que {em de Imperative e tendo reeebido desta, am trot, uma Sigifieagio menos estitamente socal, mais amplamento Jnumana.Remexamos porn as clus e encontraremos partes ainda qUentes, © por fim saltard a centelha! © {ogo podera reacenderse, e, se 1580 acontecer, logo se ‘espaliors, O quo pretend dizer ¢ que a® misimas dessa Segunda moral no opartm isoladamente, com as da Pa fmelra: desde quo wma doles, dolzando de sor abstrata, se encha de slgnificacio e acquire e force de agit, as de” mais tondem a {esor 0 mesto; por ‘im, todas ‘se gr am mi eillda emocio que as deixou outrors, por tris fla © nos homens, que se tomaram de novo vives, que ‘Sexperimentaram, Fundadores e reformadores de reigies, Istioos © santas, herois obscuros da vida moral que 42 As Duss Fosns oh Monat 04 Retiako vemos ensejo de encontrar em nosso caminho © que 20 ‘hosso ver so igualam aos malores, todos la eto: arrasta fos por get exemplo, nos nos jusiamos a eles como @ um fexereito de congusstidores. So, conguistaaores, com eet to; eles quebraram a resistencia da natrens e.algaraim ‘A humanidade a novos dastines. Assim, quando dissipamos 4s aparéncias para atingir as realidades, quando fazemnos abstragio da forma comum que us duis morals, graces 4 trocas reciprocas, aduriram no penstmento concepltal ‘© na linguagem, encontramos nas dias extremidades des Se moral unica a pressio e a aspiragio: aquala, tanto fis perfelta quanto tauis impessoel, mals visiaha’dessas {orgas naturais @ quo chamamos habito © mesmo Instn: to; esta, tanto mals. poderosa quanto mais visivelmente Suscltada om nds por pessoas e que parece irunar me. Ihor sobre a natareaa. B verdade que so descéscomos ot ‘2 valz da propria natureza, tlves os apereebessemos de ‘que é a masma forga que s6 manifesta dretamente, volta findoSe sobre sl mesma, na especie. humana ima wea consituids, e que atua depois indlretamente, por inter. ‘médio de individuslidades privlegiadas, pars, impelir a ‘humanidade pare @ trent. ‘Mas niio6 absolutemente necessério recorrer uma ‘metafisiea para doterminar a relagbo desea pressdo cot set aspiragio. Ainda ‘una vez, bi cera aficuldade em ‘comparar as das morais entre shy porgue elas to mts se apresentam em estado puro. 3’ primeira comunicou & ‘Sutra algo de sun fore ae comsio} «segunda, derrammolt Sobre 2 primeira algo de seu perfume, Hstamos aiante de uma serie de gradagdes ou de dogradagoes, segtindo Dercorramos as preserigoes da moral eomegando Por ut xtromo ou por oulro; quanto aos dois lites extremos, © Interesse 6 ntes testo; no aoontece jamais que jam Fealmente atingidos. Consideremos entretanto, press & aspiragio em si mesmas, isoladamente, Imanonte 8 prt Imeira esta'a representagio de lima Sociedade que apenas visa a se conservar: movimento elreular com @” qual firasta consigo os iidFelduos, produsindose sem s0 des" loca, imita de tonge, por intarméalo do habjto, «mobi ade do into, © statment que creer» cons ciéncin desse conjanto de obrigugées pues, supastamente {ods cumpridas, seria um estado de bemestar individual social comparivel fquele que seompanna 0 funciona A Linnenigso s ‘mento normal da vida. Seria mals semelbante eo prozor ‘que @ alegria, Na moral da aspiracio, pelo contrério, esta mplietamenie eoatido 0 sentimento ‘de um progress. A ‘uiogan de que falavamnos 6 o entusiasmo da Marena pare ft frente ~—eniusaamo pelo qual essa moral se fez, toe tar por alguns e,que em seguida se propagou através de Jas polo mundo. "Progosso" v "marcha para a frente” eon funders se aqul com © proprio entuslasino, Para adquiir Conseiéneia dele no ¢ preciso imaginar uin termo a Gee Se vise ou uma perfelglo da qual nos aproximeios. Bas { que na alegria do entusiaamo haja mais quo no prazer Ub Gomestans preset que ni implica essa alegre ale- {fla que envolve ¢ mesmo abeorve ein si esse prac, ‘Sentunos isto; e a getteza assim obtida, bem longe’ ce ser ‘dependence ee uma metafsiea, @ esse Metalisioa 6 que ‘Sani sett mals solide apoio, ‘Mas antes cases metafisice, @ multo mais perio do smediatamente sentido, estao as representagbes simples que brotam aqui da emogéo & medida quo se insste nela. Pa lvemos dos findadores e reformadares do rollgibes, dos rmistieos © dos santos. Ougamos sua fala; ela apenns tra. ‘us em representagoes a emopio particular de uma alma. ‘Que se abre, sompendo com a natureza quo a confngva 20 mesmo fempo em si e na comunidade, ‘Dizem primeixo que © que sentem 6 um sentimento de iiberaedo. Homestar, prazeres, riquezs, tudo 0 qc otra comum dos homens os delsa indiferentes. AO ‘Sesembarager ce deoeas eoisee ees enter un aliio, de- ‘pois um contentamento, Nao quo a natureza esivesso er Fada ao nos liger por vineulos eélidos & vice quo quisera| para nde Tratese, poré, ce ir-mals alm, o-as comod! aces com as quais ge sen sulisflto convertor-seim em. femberapos, se transformeriam em begagem incdmoda, £6 {osse prociso levtin em vagem. Poderla causar espanto| ‘quo tims alma asim mobilzada seje mais ineinada a ‘Somungar com at demals almas, e iesmo com a nature ‘m intelre, sea moblidade reativa da alma, girando em froulo stima soeiodade fechida, nao atentacse Justamen- fe'a que @ nature dividi « humonidode em individual fades distintas pelo proprio ato que constitul a especie hhumans. Como fade ato constiuitivo de uma especie, esse fol uma pausa. Ao recomegar a marcha para fren, rom ese a decisto de romper. verdade que para obter um 44 As Duss Fownes os Monat om Reta feito completo seria preciso arrastar consigo o restante ‘dos homens. Mas so alguns acompanhiam, ese os demais se persuadein de quo o fariam oportunamente, ja ¢ uit Ihi'desde entao, como inielo’da execucao, 's espersngs de que o cireulo aeabaré por ser tompido. Seja como £0, Imugea seria damals 2epeitlo, nto 6 progendo © amor a6 ‘Prozimo que 0 oblemas. Nto 6 dilafsnd os sentimentos Ina esireiios que se abrangera umanidade. Nossa in {eligeneia so persuadira a si-meema que tel € a marcha ‘ndieada, pois as colsas se darto de modo cilerente, ‘due ¢ simples ao ver do nosso entendimento nao 0 6 ne SEssteiamente para a hossa vontade. Onde iogicn lea ‘que corto Lrajeto seria ‘9 mais cur, sobnevém a experi fla e acha que nessa dlregao no ha. trajeto. A verdade & ‘Que ge impoe no exgo pussar pelo heroismo para chegar ao Amor. De'resto, © herolsmo no se progay basta. que se ‘Mostre, ¢ sua precenge apenas Poder por outros homens fem movimento, Porque ele proprio ¢ retorno ao movimen fo e'emana de tua emogio —~ ‘cominiestiva ‘como toda emovio aparentaca ao ato enador. A religito expres verde a sau odo a0 dizer aie en Deus ue amamos os outros hamens. I of andes ‘istics Adeciaram possulr 0 sentimento de uma corrente que iia fe sua alma a Deus ¢ desceria de Deus eo geneto lumano, “Que no se wonia falar de abstactios materials eld, assim liberial Hla niio responder que o obstield devs ‘ontornado, nem que ele pode ser foreado: ela 0. de lararainewistnto. Te sua coneieeao moral ‘tore odie ‘Gizar que remova montanhas, ‘porgue ela no’ v8 mont ‘his a remover. Na modida em que raciocinardes sobre © obstéculo, ele continuara onde esta; a medida ein ale © considerardes, vis o decomporels em partes que ser Dreciso transpor umn a ‘uma; ® pormenor ea. devompost fo pode ser iimltado; nadia tstogura que © eagotareis 3s podets rejeitar o conjunto, em blocs, se 0 neyardes, ‘Assim procedia 0 ‘ildsofo que’ provava 6 movimento 0 andar; Seu aio era a negucto pura e simples uo esforoo, Sempre a recomecar e por consoguinte Impotente, que Ze: ‘ito Julgava necessério’ para veneer urn a um 98 Pontos fo intervalo. Ao aprofundar esse aspecto nove ea moral, ‘encontrarseianele 0 sontimento de una coincides, real ‘ou itus6ria, com 0 eslorso gerador da vida. Visto de fora, © trabalho’ da vida prestass, em ead ue de mies obras, 5 uma andkse quo se estenderia ao fnfinito; mals ve tend A Maxcus A Peers 6 da estnitura de um olbo como 0 ‘osso. as © que chamamos um conjunto de meios em Drogados ao Dassa em realidade de uma série de obs ‘hotos dermubados: 6 ato da naturezn @ simples, © com plexidade fnfinita do meeanismo que cla parece ter cans. Ersido pecs por peoe para cbter a visio no passa do entre- fruzamento sem fim dos antagonismos que se neutral: fsaram wins sos outros para permltir o exoreieio da fancio {naivisivel, ‘Tal qual a mio invisiel que se cnflasse a limalha de ferro\e eajo ato simples parecesse, tando-se cra conte 8d 0 que s ve, como Uma inesgotsvel série de aches ‘spésio humana quo so sente nutrirse da forca de smar f umanidade, seja qual fora beterogeneldado quo so pos- Sa achar primolro entre 0 efito ¢ a causa, e embora hala ‘mais do uma Toga de condula para a aftrmagao sobre 0 ftindo das coisas. Palo, evidantemento, de um amor que fbsorre © aqusce & nima inteira, Mas wm amor mais ‘more, atestado @ Informaltente, s6 pode ser n irradiagio, aquele, quando ao for a imagem, mais pilida e mais fn aida, que dele vestow nn inteligencia © qua So depo” fstou ne linguagem. A moral encersa assim das. partes ‘istinias, uma das uals tem sua Tazo de ser na stra ‘tim original da sociodade Intmana e # outra cuja expica ‘qo se acha no principio expleativo dessa estrutura. Na ‘Srimelsa, a obrigagto representa a pressio qe 08 elemen fos da stoledade exorcam uns sobre os outros para man ter @ forma do todo, presto cujo efeito este profigurady fm cada tm de nos por um sistema de habites que vo por assim dizer 20 eneontro dela; esse mecsnismo, cada Dega do qual é um habito mas exjo conjunto € compart ‘ela umm inslinto, fot preparado pela naturezs. NaS Junda, sind hi obrigngto, se assim o-qulsermos, mas a Sbrigigdo a fozea de uma aapiracio ou de um Impl, fo proprio impulse que culminow na espécte humana, 2 46 As DoAs Foxrts Dk Monat oa Retxaiio vida social, mum sistema do habites mais ou menos so- Imelhante ao instinto: o principio de propulsio intervem iretamente, @ mo mals por infermédio dos mecanismos ‘que ele montara @ aos quais so ativera provisoriamente, Numa palavra, para resumir cudo o que prevode, diremos ‘que’ aturena, criando a espéele humana no transourso dda evolugdo, quis que ela fosse soclavel, como assim quis fs sociedades de formigas e do ebelhas} mas dado GUC hnavia ‘inteligéncia na sociedade humana, ‘n manitengeo dda'viaa social deveria estar confiada a” um mecanismo ‘seml-nteligente; inelgente, naquilo em que cada boca po- liar remodelads pela inteligencia husassy, aot iv entretseto naqulle quo 0 omem ‘mio podia, vem deixar do ser homem, rejeltar 0 conjunto das pegas © mio mals fceitar tum metanismo consarvador. O instinto ees provi Ssorlamente o lugar a.um sistema de bites, cada tum dos ‘unis ge tomava contingents, endo heceseéria spenas a sta feonvergencia no sentiao da contervegso da sociedad, © fsa neoessidade condusindo com el instinto. A necee sidade do todo, sentida através da contingéncia das partes, 0 que chamamos de a obrigagio moral em geral; de resto, as partes 66 slo eontingentes aos olnos da soci de; ara o indivduo, em quem m sociedado inculca ‘hd. Ditos, a parte 6 necessiria como 0 todo. Ors, 0 meesnis- ‘mo pretendido pela natureza era simples, como as socie- fades originarigmente constiuldas por els. Teri ans tureza Brevisto 9 enorme desenvolvimento e a complex fade fofiita de’ Secledades cous sw tansas? Hneodeme hos primelro quanto ao sentido. da questio, Nao atime. ‘os que © naftresi tena propriamente querido ou pre- visto tela. 0 que for, Mas temos 0 alrelto de procsder’ co. mo 0 biGlogo, que fala de uma intengao da nabureza to- fas os veaes ‘quo atribul ta fungao a certo ergo: le ‘ezprime assim simplesmente ® adequacia do. Srgao a fan- fio. Por mals que a humanidade se senha civiiead, po ‘mais quo a socledade se tena transformado, pretenderos quo as tendéncias de alglim modo orginicas & vide social Dermanceeram @° ave cram nn orgem. Fodemos encom. as, obser resultado dessa observagao 6 claro: para sccledados simples ¢ fechadas que 6 fei a estate q'moral, original e fundamental do homem. Bssas ten: S@éncias orginicas nio aparecem claramente na nossa cons. A Manes A Poets a ‘léncia,insisto, Nem por isso deixam de constitulr o que 2k de inal colido na Oorigagdo, Por imals complexa quo se tena tamedo nossa moral, embora em se tenna revestio fe tendeneias que ndo so simples moaiicagdes das tan Séneiasnaturais nem seguem no sentido da natarezt, € nes- Sas tendéncias quo culminamos quando desejamos obter lum precipitado de tudo o quo essa masse fuida contém Se obrigacto pura, Tal ¢ pois a primeiza metade da moral, ‘S outrm nao eotrava no’ plano da natureza, Entendems fesse atsierse. de colher som renunclar ao ‘prazar ‘do Somear, em seniiao totalmente diverso que home fengana 9 natureza quando estende a solidariodade social fem fratornidads humana; mas a engana ainda, pois. as SSoeiedades cujo designio estave prévormado a estrutura friginel do alma ‘humans, e cwjo plano se. pode ainda ‘percebor nas tendénclas inatas @ fundamentais do omem hal exigiant quo 0 grupu esiivese eslealaunente ido, mas que de_gipo & grupo houvesce hosilidads virtual” Gevinse estar sempre. pronto para stacar ou defender. ‘Nao, sem civida, que @ natlrera quisasse a guarra, pala guerra. Os grandes lideres da humanidade, que forcaram, fs barreiras da Comunidade, com lss0 Daracem terse 00 Tocado de novo no sentido do impulso wis. Ms esto inh piso proprio da vida terminou cam ela. Ao longo de Lo {0.0 seu trajeto ele depara com obsticuis, e as espécies ‘Stoossivamente surgidas séo as resultantes desea forea fede foreas antaginicas; aquola impele Dara a frente; es ‘as obrigam que se volte atrs, O homem, ao stir das mos da natureza, era in ger inteligente e sociivel, sendo, sua Soolabilideds, eairuada para coliminar em poquents so ‘lodades, © sun inteligéneia destinada a favarover a vida 48 As Doas Forres mk Mowat m4 Renaiba individual e a vida do grupo, sas g inteligeneia, dilstan: ‘dose por seu estoreo propo, assum un desonvolvimen ‘oimesparsdo, la Isentou os homes de serviddes ts quals sstavamn condenados pelaslimitagoes do sua natarvza, Nes sas condiies, nao era impossivel para alguns doles, o= Peciaimente dolados, reabrir-o quo livia sido. feckado fazer pelo menos para si mesmos o que fora impose Vel A natureza laser para a humaniiado, Seu oxaplo {erminou por arrastar 0s eutros, pelo menos em imagina. ‘Go. A vontade tem seu genio, como 0 pensamento, 6-6 Sinio desatia tods.previsno, For intermeaio. dessus vor ated guadiin ca insta do vite cusietomems & aaeee ‘Obtam’ dost, para’ Tuluro da espécl, promeseas. das (unis nio pods sequer duvidar quasdo a espacio se cons: tui. Ao fr da soldariedade soeial & freternidade hua za, ompemos pois com certa natureza, mas no com (o- a natureaa. Podarseia dlazr, desviando de seu sen\ido fs expressocs spinoastes, quo’ para vollar & natra no. furante que nos separamos da natura naturata TEsue a primera moval e a soginds ha pots toda a distancia do Tepouso eo movimento. Aprimetta € supos: famente tmutivel. Se ela mudar, logo esquoce que mudou ‘Ou nio confesse & mudanga. A forma quo ela apresenta a ‘qualquer momento aspira a ser a forma definitiva. Mas & futra é uma impulsio, uma exigéncla de movimento; & mo. Bilidtde em principio. Com isso 4 que cla provaria —*6 zcemno com isso ela poder primero definir sua superic dade. ‘foal a primetra dela ngo conseguires faze salt Sseuuna, tusio quanto ‘do uma ou vats Posigbes lum movel no obterels movimento. Pelo contri, © ™o- ‘vimenio'envoive a imopilidade, sendo cada posiedo. stra ‘vecsada pelo moved, concobida’e mesmo pereebisa,coino lma parada virtual. Mas ndo € nbsolutamente necesstria uma emonstragio formal: n superioridade ¢ vivida an- ‘tes de ser ropresentada, © de reste no podaria set depo!" emonstrads se no fosso antes bentida. x na. deren: ‘de tOnus vital, Aquole quo praticaregiarmente a moral fa comunidade experimesia case sentimento Ge bemestr, teomum ap individuo e 2 soeledade, que manitesta 8 inter. foréncla das resisincias materials timas com ue oUtras, Mas gosa plontenonte a alma que te abre, ¢ aos olhos da ‘qual 08 obsticalos materials mem. Praser e bemester sto ‘gum ‘eoise; © goxo @ multo mals, Porgue nao estar ‘Mons. Pecan 2 Moss Aacxra ° contido neles, ao passo que eles se encontram virtualmen- feo gozo, Prager e bemstar slo, com efeit,parada ou ‘muree-pasio, enguanto que © gozo ¢ marcha para frente, ‘Disco decorre que a primeira moral ¢ relatvamente {6 ct de dormular, 0 quo nao aconioce cama sogunda. Nossa {nteligdncia ¢ ‘nossa fala aplicemse do flo © casas; las sio menos aptas para representar transigdes ou pro- ‘ress. A moral do Hvangelho 6 essonclalmante a da a ‘in aberia; nao se tove rasao de taser obsorvar que la Ga enfase ao paradoxo, © até contradieto, nas mal 1g ous das suas recoméndaotos? Sea riauera 6 um Mal, ‘Blo estaremas prejudicande os pobres ao ihes ar 0” guo ‘Possulmas? Se equelo quo rocobou una bofelada ofereco outa face, ex que se transtorma a justia, sn a qual fio ha, potdm, eatidade? Mas 0 parsdora tal, conra Aigio se Gestaa, se considerammos @ intengéo dessas mii ‘ts, qe € prodtia” um estado de alma. No € para os pobres, 6 para si que o rico deve renunelar & sua riquez: Demaveniurado o pobre "de espinto'l O que 6 belo no Go estar privado nem mesmo o privarse, mas © mio sen ir a privagio. O ato pelo qual a alma so toro tam por ‘feito ‘ampliar e elevar & pura espinitualidade uma moral faprisionada e materializada em formulas: eata se converte nto, em relacio & outra, em algo como a focografiains- {antitica tomada de um movimento. Tal ¢ o sentido pro- finda das oposiebes que se sucedara no Sermo da Mon tana: “Ouvistes 0 quo vos fo) dito... iu pordm vos lilo..." De um lado 9 fechado, do Gusto o aberto. A ‘moral ‘comum mio estd abolida, mas apresoutase como Jum momento no curso do um ‘progrosso. io renuncla- ‘mos 0 antigo método, mas 0 inlegramos num méiodo ‘mais geral, como acontece quando dinkmico absorve em Sho esttico, convertido em easo particular, Seria nececed Ho entko, tom todo o vigor, uma expressio diveta do Inovimento © da tandénela} mas se_quisermos ainda — ‘yom que € preciso — traduatlos na Hingua do esttico @ do imove, teremos formulas que tangenciario a contradl ‘eo, Tamber comparariamas 0 que ha de impratcavel em ferios precetos evangélioos com 0 que apresentaram de {iogico "as primetras expllcagbes a diferencia, Defi {to entre a moral antiga e o eristianismo encontrariamos Juma Telapio do mesmo género que a existente entre a ‘Matematies antiga e a nossa. 5 As DUsS Fontes pt Moeat & nt Reuetio ‘A goomotria dos intigos tove condigdes de oferecer solugéas particulares que eram como quo apllcagdes an {ecpadas de ‘nossos métodos geras. Es, pore, nko ex frau esses metodos; Tallowibe 9 impllso quo teria tet Sitar do estation 0 dinamico, Pelo menos se teria leva fp o mas Tonge possivel a imitagio do ainamico pelo es {iioo, Temos tia impretsio deste enero quando ‘om fontamos a doutrinn dos estoioos, por exemplo, cams ‘moral erst. Eles se proclamavam eidadsos do ‘mundo, ‘¢'ncrescentavam que todos os homens so immo, tendo aldo do mesmo Deus. ram quase as mesmas fates) mas ‘Bio enooniraram. o mesmo ceo, porque mio foram pre ‘Buncladas com 0 mesmo acento, Os estsicos deram belie Simos exemplos, Se nfo consogiiram arrastar & human ade com eles, ¢ que 0 estoieismo 6 essencialmente unt ‘Glosofia. 0 Hiésofo que se apaizona por uma filosofia to levada,'e quo so insore nola, sem duvida Ino dq vida 20 Dratcdia: ‘come o amor de Pigmaleto insuflow ‘vida a. fstdiua dopeis de ecculpida. Stas sso Longe esté do. en fuslasmo que se propaga de alma em alma, intinitamen- {e, como tum ineéndio, Tal emocio poderd evidentemente, explletarse em idéias consttutivas do uma doutrina, © ‘mesmo em varias doutrinas diferentes que terao do seme Tanto ene sf apenas uma eomunidade de espirito; ela po ‘im precede a ideia em ver de vir depois dela, Pata ac flguma coisa dela na antighidade classica, no serd. aos fsisices que precisaremos nos dingir, mas auele que fot © inspirador ge todas as grandes Mlostlas da Green, sea fer contribuido com doutring algum, sem nada ter esex wo; a Sierates. Sem duvide, Socrates coloce cima do {iido‘a atieidade Factonal, © ais especiaimento a funclo Tigiea ‘do eepirito. A ironia do quo se valo destinaso Te" era opines qua mio passa pela prova ca Tell desmoralizelas, po assim dizer, pando as em com ‘ndicdo entre st mesmas,O didiogo, tal omo 0 emprecn: dd, faz nascer a dlaltioa platOniea © em seguida o mictodo ‘ldsefico, essencialmente racional, que pratiesmos ainda, © objeto desse didlogo chegar a éonesitos que so encerre ‘oem definigoes; esses conceitos converter se-ao nas Tasias Dlatdoteas; o-a teoria das ideas, por sua vez, servird do ‘modelo ts construgoes, por sua ves Taclonals por east la, da meafisea tradicional. Sderates vai ainda mals além_ ‘De’ proprie vishide far uma elénels, ele identifea « Dr Em 0 Frcwpo # 0 Auto st flea do bem com o contecimente que se tem dele; pre Dara assim a doutrina que absorvord's vida moral no exer elo racional do penstmento, Jamis Tazo tend sido co foeada mais elto. Eis polo menos o” que impression em ‘primetro lugar. Mas olhemos mais ds perta, Socrates et fina porque’ ordculo de Delfos falou. Hle vesebeu uma flssio, pobre e deve continua pobre. B preciso que se Iisture so pore, que se faca povo, que sua fala v.30 en contro da fela popular. Ble nada estreverd, Para que set Peteament se comunigue win, 4 epitos que 0 tran ome, de modo neal ascela, mas iseuto da nocessdads @ ierto” de ‘seu corpo. Um "demonlo" o- acompanha, (quo fz ouvir ‘sua vor quando tuna adverténcia se torn Siecesarin, Elo ert tanto nessa “sinal demoniaco” que pte fore morter a mio Ine obedeosr: se reowsa defenderse Derante’o tribunal populae, s® val ao encontro de sua eondenagio, ¢ que © demdnio nada disse para” que ele se desviasse dela. xm sua, sus missio 6 de ordem ro- Iigiosa © mistica, no sentido em que tomamos hoje eseas palavras; sou ensino, Wo Perfltemente racional, depende fo alguna colse que pareco ultrapassar a pura Taso, ‘Mas nao porcobemos isso por seu proprio ensino? Se os ropésitos inspirados, mesino lireos, que ele conserva em ‘ries Togares' dos didlogos de Platto nto fossem de $6: rates, mas do proprio Patio, © so a fala’do mesize how ‘esse sido sempre a que 2enotonte tho stribul, eompreen Gorseiu v eulustisino com 0 qua! ole sniama’ seus aise ‘pulos ¢ quo ulravessou os séculos? Hstoioos, epieuristas, inleos, fodos os moralistas ca Grécia docorrem de $6 trates no somenie, como sompre se disse, porque de Senvolvem om diversas diregbes 4 Gotina do meste, a5 finda e sobretudo porque ine tomam por inspiracdo & ate {ude que ele criow e que era als tao poueo do scordo fom o temperamento grego, a aitude do SAbio, Quando © {dsofo, encerrandose em sua sabedoria, se destaca do ‘comum’ dos homens, seja para ines ensinat, seis para Ikes Servir de modelo, seja simplosmente para vaguear em seu {batho de aperfelgoamento interior, 6 Socrates vivo que este presente, Socrates atuante pelo sncompanivel bres io de sua pessoa. Sigamos mais além. Diem que cle ‘route a flosofia do céu Terra. Mas teriam compreen ‘ido sua vids, © sobretudo sua morte, a concepgio da 52 As Duss Foxras va Mona, x os Rewiio faima que Platio the atsibul no Fédon nfo tivesse sido a Sut? De modo mais geral, os mitos que encontramos ‘nos ditiogos de Plato ‘e que dizem respeito & alms, sua bongs ¢ insergdo no corpo, neaso laze mals que Hota? ‘nos termos do pensamento plaidnico uma emogio eriado- Pa, emogio imanente so ensino moral de Socrates? OS ‘miios,o estado de alms socratico em relagso ao qual ees Sho o que o programa expllcaivo ¢ para a sinfons, conser vvaramso ag lado da. datética platonica: eles. abravessamn fem sublerraneo a motdisica grega e Teaparecem a0 a Ire com o neoplatonisma alexindrino, com AmOnio tal ‘yer mas cereamente com Plotino, que so dociara cantina {dor de Serates. ies proporcionaram um corpo de dou fina para a alma soeritica, comparsvel 20. quo dou vida fo expinivo evangeico. As dis motafsicas, a dospeilo de ‘Sue semelhange ou laives por causa dala, travaram Dota Ihe, antes quo ma aasorvesce 0 que havia de melhor na outra, durante certo tempo o mlmndo tove do indagar Seunia fomarse eristio ou neoplatOnico. ot Sderates que esta a Jesus. Para nio ie além de’ Socrates, 0 qucs ‘Ho @ saber o que esse geno multo pratic teria feito now ‘a socleaade ‘o noutras clreunstincis, se nio houvesse Sungido ‘por cima tudo o que havia Ge Derigoso 0 ex ‘Brlamo moral do sou empo e nis invoerencias da demo- Eracla atenlense, se nig’ fivesso corrido em estabelecer ‘05 diteltos da Zazio, se nao tivesse assim relegado a in: fuigio ea inspiregio a plano secundario, © se 0 sTe4 ‘Gut ele eta in tivesee sufocado nele © oriental qua que. 4 ser. Distingulmos a salina fechads, ¢ a. sima aber: ‘quem quereria classitiear Soorates entre as almas fecha das? a ironia fluia através do ensino socratieo, © 0 Uni ‘mo rarumnente despontava nele; mas, na medida em. que ‘seas explosoes de irismo cera passagem @ Wm. eSptri9 ‘novo, foram deoisivas para o fuburo da inumanidads “intra a slma fechada ¢ a alma aberta ha a alma que 1 abre, Entre a imobilidade do homem sentado’©'0 ™o- Yimento do mesmo homem que corre, hi © seu opr no, a atitude que ele toma quando se levants. Em sums, fentre 0 esttico ¢ 0 dinimico observese em moral uma fransigio, Esse estado intermedidrio passaria dospercabt {do se toméssemos, n0 repouso, o impulso necessério ara ‘Star ‘de subiio 20 movimento. Mas chamaa_atengio ‘quando nos detemos nolo indiolo comtim de tna insu [Ems 0 F1cido & 0 Avra s Holéncia de impulso, Digamos a mesma coisa sob forma fiferenie. Vimos que © puro estiico, exh mora, seria o {hireineioetal, eo puro dinamico’ 0. suprainelectual ‘Um {01 Inteneionado pela natureza,o onto € cankribuieso fo geaio humano, Aquele caraceriaa wn eonjunto do fie ‘ies que corresponaem simetrcamente, no homem,o ce {os insuntos do animal; & menos quo iateigesca. Eto 6 Sspiragio, teva ¢ emogto; sora decorporivel en as (fue sorao nolagoes inteeatis dele © cujo pormenor se {4 procurar ao info; ele contém, Dots, como uma un dd que enfelveh @ ltraysctie ua mapa toapal ‘de lie cquirater, toda intelettalidace- qin at et nal Ge rai‘ on i te ‘ima ‘humana, Bethe tesse purtido de ut sm sn ate o outro, a teria ‘dominado & moro de alma feshada; nao teria ainda eine ffdo ou antes crindo a moral da alma bore, Sua atte Ger efoto dew aprimamento, ho tera foto atingir © ling ca isteteoualidade. bm Heegko ao. qe acaba da Scar eata ama prauicana @ illerenga ou a insoastbk ‘dade; estan na “alarexa® ou “apatia" dos epicuisas © fos. exticas, Em relagao ao que ach de postive nela, Se sou desligamento db antigo quer ser-una lgagio ao ovo, sus vide seria conterplagio; la se harmonigaria Como ideal do Platao 0 de Aritoiees. Sofa qial for © Sepecto por que consideremos, a aliudo sera reta, alti: alr, ‘verdadeiramente gna co hdtmiragio reserved, td roto, ua ata Psotias Sugidas do pelpelpios mi {o aieréntes poderso coineiar nels A resi dseo © qut {im camino apenas teva da agio continada num elrculo ko que se desenvolve no espaco lee, da replicho ‘ring, do infaintelectual ao suprednteectial. Quem se dt entro os dois ostaré nocosariamento na rogiao da Dura contemplasio, ede qualquer modo praicaré naft Falimente esta mel vistude que o'desprendimento, a0 bio se deter num e no tendo ido até-o outro. Fatamos da tnteligencie pura, ‘confinandose em si mesma e julgando que 9 objeto da vida 6 aquilo que as Snigos ‘hanavam de Scotia’ ou contemplago, Fale ‘oes em sum, do que carscteriaa Prnelpalmente t mora fos fidsofos gregos. Porén, ngo mats se trataria filo: Sofia grog ou orienlal ¢ teramos & ‘er com a moral fe todo 0 mhundo, s0 considerdasemos ® intaligéncla ma St As Doss Foxrus pi Monat x ms Reuoio ‘medida em que simplesmente elaboradora ou eoordens- ora de materials, ns infrantelectuais e outros suprain felectuais, que esiamos esaminando neste capitulo, Para Aterminar a. propria esséncia do dever, destacatios ‘as forgas que atuar sobre nds, imptlsio de um lado ftragio de Gutro. Fol necessdni, ¢'6 por nko o aver {eo por sere a intelestialtade que retaore baja 0 , que a flosotia quase nada conseguiay 20 que pare ce, no sentido de explicar como uma moral pode ter in ‘Musneia sobre as almas, Mas como pressentiramos, 10s, ‘exposigio se condenava assim & fear esquetstiea, © que é [Sepltagte londo a consolidar co aesumindo a forms de obi igio estrita. que ¢ obrigagéo estrta tendo a avolumar ‘See ampliarse englobando a aspiracto, Pressto © apie. ‘980 encontramse por isso na repiso do pensamento onde ‘S claboram os concertos. Resultam disso representagses, ‘multas das quais fo mistas, reunindo Juntos o que eats ‘de pressio e 0 que 6 objeto de aspiracio, Mas resulta disso tamisém que perdemos de iste a pressdo e a aspitagso ps zis, ealuaniesefetivamenta sobre nossa Yontade; nada mais Yetios senio 0 concelto em que se vieram funair os dols Cbjetos distintos aos quais estavam respectivamsente gi ‘das, Base concelto ¢ que exeroeria agso sobre nos Brr0 que ‘expiiea 0 fracasso das morals propriamenteinelectistas, ‘sto ¢,em suma, da maior parte das teorias tlosdticas do dover. No gem divida, que uma iin para delxe de exer ‘er infiuéneia sobre nova vonfade, Mas essa infudncla $6 Se cxeoeia om etic pudete ser dnc. Bla Tete com difeuldade influences antagonieas, ou, se tris fa sobre elas, 6 que rvaptrecem em sia individvalidade fe independéniia, exibindo entio & integrlidade de sua fone preelo © tepraco du hava renuncido o ‘una Asus alo propria 0 se fazerem representa? Junta por a aa » ia necessério tim longo parénteso se quiséssemos fesclarecer das foreas, uma social e-9 ottre suprasocii, tama de Impulsio e ouira de atragho, que alo efcioln aos ‘mveis_morais. Uma pesto ‘honesta ‘rd, por exemplo, {que age por respeito de si mesma, pelo sentimenta. da ignidade humana. Nao se exprimiria assim, evidestemen- te, so no camerasse. por indir em cuss personage. des: a que seria se agisse as soltes © aquela em que Sia Yyoniade'a eleva: 0 eu que nespelta mio ¢-0 mesmo et © Resrero es 5s respeitedo. Qual ¢ pois esto timo eu? Tim que consiste ‘2 sun dignigade? Donde vom 0 respelto que ele inspira? ‘Belsemos de lado @ andliso do respeto, em que encontrar amos sobretudo tuna neeessidade de’ epagarso, a ait fe do aprancia perante O mestre ou antes, para falar alin fguogem arstolaica, do acigente diante da essincia. Restt- fia entio a defiie 0 eu superior dlante do. qual a perso halidade mediana se inclina, Nao ‘é duvidos quo se tra- {e primelro co “et social", interior @ cada um, s0bre 0 ‘dual ja digsemos alguma coisa. Se admitirmos, mesmo {forint unm “mentalidade primi", veremos ne Iiuarieaade entze o individuo eo. grupo a posto que 0 ‘grupo permanoce presente no individuo isolado, vigla, ‘stimulzo ol © ameaca, exige enfim ser eonsultado © obo ‘Gecido: por trie da setae ex st he poderes sobre. ‘atursis de que o grupo depende, e que tornam a socie- ‘dade responstvel pelos utds do Individuo; a pressto doen Social se exorco com (odes estas eneryias wcurmuladas. ‘Ademais, 0" individuo nfo obedeee pens pelo bio 4a discipina ou pelo reosio do castigo: 0 grupo 8 die ‘ie pertence oolocase neeseariamente scima'dos demas, ‘mesmo que 26 ara exaltar sus corager na betalha, © @ fonscléne dessa superioridade do forra the garante ua {orga maior, com todos os prazores do onguln. Conven ‘cemonos disso considerando uma montalidade Ja mals Seyolulda”s Imegine'se o quo no continha. do allvez, a0 mesmo tempo que de energia mora, no Civis sum ro. ‘mnanus’* 0 respalto de si pare un eldado romano, devia ‘confuse com 0 que hoje charariamds de seu nal ‘pulsmo. Mas nao € abeolutamente neoessiio recorrer & Historia’ ou prenistorla para pereeber 0 respeito de st oineidir com 0 amor proprio da. grupo. Basta observa f© que so pasta sob os nosios alos nas poquenas socle- ades qua’ se constitvem no selo da grande, quando bo: ‘mens so acham aprorimades uns dos outros por algum ‘Sina? aistintiva quo subline uma superioridade real ox fparente, que 08 pe b parte. Ao espe de sl que toda ‘peseon deslara enquanto omem, jumtese ento um 705 ‘ilo adicional, © do eu que & shmplesmente pessoa por ‘im eu emincnie entre gs homens; todos os membros. do Bo ato mano” (Nao 7) 56 As Duss FoxTEs nk Monat» Retano ‘grupo “se entrosim” © impdemso assim uma “ordom”, ‘ese naseor umn *eeatimenta ce honra” que se dentifigue om espirito de grupo. Tals sio os primes ingrecientas {Go respalto de st Bncarado desse ponto de vista, ue 6 po demos isolar hoje por um esforeo de sbstragko, ele obi fm por tudo o que traz conslgo de pressio sdclal, Ort, SP impulsio se converteria manifectamente em stracio. 56 © respeito “do si" fosso 0 do uma personalidad admire fa ¢ vonerada ‘de quem so. trowxesse em sl a imagem com a qual so aspirasse a confundirse, como © oSpia fom 0 modelo. De fat0 assim nio aoontece, porque or mals que a expressto ovoque apenas idole Ge Sashes ‘amento, 0 Tespelto de si néo delza'de serum sents ‘mento social, anio no termo de sua evolugio camo, o {fora na origom. Mas 03 grandes vultos morals quest assinaltram na bistéria diose us mies palrando. sobre (os séculos, por eima do nossis comunidades ‘humans juntos els'nos constitvem uma eomunidade divina ta qual ‘convidam a entrar. Podo sor que nio eseutemos distin- {amente sun vor; ‘nem por isso 0 chamado delxa de set feito; alguma coisa Ihe responde no fundo de nossa al- ‘ma; da sociedade res! f qual pertencemos traneportanio- hos pelo pensamento & sociedad ideal; para. ela sobe Nosst honenagem quando nos inlinemos ‘dante da. dig nidade humana em nés, quando deciaramos agit” pelo respeito de nds mesmos. i verdado que a agio exereida sobre nds por pessoas tende assim a tomare impescoal, B esse vasdler hupessua weuatese ainda a noseos ones quando os moralistas nos explem que é a razlo, presen. fe em cada um de nds, o que constitul a dlgniaade do omem. Entretanto, sefin preciso estarmes ‘de acordo quanto a isso, Winguém contactors que a Tasso sje caract®. Tistca distintiva do omer. avert acordo tambem quanto que a cna um valor eminent, no seid em que wn ‘obra de arte tam velor. Mas impoemse explicar Dor ‘tue ei pode mandar de modo absolute, e coma entio ela se faz obedecer. A ravio s6 pode alogar rasbes, 8 quais [parece sempre ocioso contrapor outras raxbes. NAO digi fos, pois, somente que a Tealio, presente. em cada um ‘do nds, 86 impbe a Hossa respelio e obtem nosse obec Shela cm viride de sea velor eminente. Acrespentemos ‘que ha por tris dela os homens que tornaram a human ‘dade divina, e quo imprimiram assim um earéter divine A tose 7 2 rasto, atsibuto essencal da humanidade, So aqueles {ie not atraem a uma sociedade ideal, 20 mesmo tempo ie cedemon a pressdo da sociedad rel ‘Todas as nogdes morals se interprosam mubuamente ras netliuma dels € mals instrutiva que a de justice: Bo, pain i range 8 alr pare a ay Em soguida, porque se tredus por formulas mats simples, So obsianie sun maior Fue, enim, sobrotudo or {Te hela se peosoe encalarem imma na outra as dss Or fas do obrigagio. A justiga sempre evocou Noto. de letakisey propotee, ompensarta, Poaare, temo do do de esa, a fustca era representaca com ima balaaga. ‘Suuidadesigieaigualdade. Regra e regulamcolo, rea ¢ egularidade, sao expresses qu designim a ha Teta, ‘Smee releréncias & Avimética A Geometrin sfo carac: {eristicas da justige no curso de st historia. A Dogo eve terse esbogado ja com press nas troces. Por mais imeniar que ela. ums sodledade, hela se protien ‘ceambo, © no se pode praliio beth sem indagur 0 o8 Gola objetos troeados tém realmente © mesmo valor, sto Seyi arugres por wun meno ero. an ib de valor soja ergidn como teers, que a Tegra {nsira‘nos_usos do grupo, que 0. “touo’ da ‘obrgagio”, ‘como disiamon, vena assim so estabelecer sobte ea is 6 a Justiga Sob a forma rigorosa, com seu carder Imprioa 6a iis de ald 0 reiprociiad ue cia se ligim, — Tadevia, la nio 20 aplicara apenas, Ss ‘trocas do coisas, Paulatinamente cn se estendend & Tolagdes entre pessoas, som no entamo. poder, oF {o tempo, desizearse de. qualquer consideregio Ge cosas © do troca. Ela consid sobretado entao cm regula: Soar impuisdes naturals, introdusindo elas & ela de tina recprocidade mio. inenos, nate, por exemplo, & sperm de tm prejuan equtalente hquele aie se tend Dodido ausar. Nas soctedades primitivas, Os atentados ontra as pessoas a6 envotver a comunidad excepeinal- ‘mente, quando o ato featlzado pode preudicta, traindo Sobre cla eslera dos deuses, A peson 1sada, ou a famfi, tom pois epenas de seguir set instino, reagit Cenforne troy vga 6 a8 repress podria Ser fora de proporgéo com 0 dano so casa roca de mals Drocedimentos elo sufgisse como vegemente submmctida. 58 As Duss Fowts m Moma ¥ D4 Rentiko a regra geral das troeas. Certo é que a disputa corria 0 ergo de etemnizarse; a vendetta prossequiria scm fim entre a8 das familias, se uma, delas nio’ se decidsse 8 cellar uma indenizagio pacuniden’ entio se destacar’ claramente a idsia de compensagio, #4 implicada nas de toca e reoiprocidade, — Que a sociedade se encarregue agora ela mesma de dar castigos de reprimir os atos de Violénela sejam quais forem, dirso4 que ela 6 que exerve 4 justi, so Ja dessem esto nome & Tegra & qual se Te feriam os individuos ou a8 familia, pare por fim as gua aisputas. Ademais, ela waliard o eistigo ante a gravidace ‘a ofensi, visto io, com see, ho haverd invoreaee ugar fem parar quando s¢ comogar’a dlingUirs no se eorreria ‘mais o rico de ir ste os exiremos. OIRO por olno, dente por dente, 0 dano sofrido devers sempre. ser igual 10 Gano causado.— has um olno valeré sempre ult lho, lum dente sempre um dente? preciso considerar tanto 4 qualidade como a quantidade? a Lel @o Talito 36 se apllcaré no interior de ua classe; 0 Mesto dan sotrido, ‘mesma ofensa reeebida, exigir uma compensacto maior ‘ow pena mais pesada so a vitima perience a clasee mals flevada. Em summa, a igualdsde pode haverte com me elagio e converterse numa proporgio, Portiato, por mais (que'ajustiga engiobe grands varieaade de cosae, detinese fo mesmo modo, — la nip mudara mito dé formula ‘num estado de civilizagio mais avanead, quando se c= fender As relagdes entre governantes © governados ¢ clo ‘odo mais goa en caters soi numa stuacio fe rato ela wcrodtsira raxoes Ge igualdade OM de propor ‘elo que fardo dela algo do matematicamento datinido ¢, Dor isso mesmo, aparentemente definitivo, Nio & duvidoso, ‘com efeito, que a forea nto tena estado na origem da ‘visio da antigas sociedades em classes suboreinadas ‘umas is outres. Mas una subordinagao habitual seaba Dor parecer natural, © procura para si mesma ma expt ‘acdo! soa classe inferior aceltou sia situecio: durante ‘muito tempo, poderé consent nela quando vier a 20 tor nae virtuaimente a mais forte, porque atribuiré aos. dir. fgentes uma superioridade de’ valor. Essa siperioridade Sera real se fiverem oblide proveito dias fectidades que Teconheceram ter para se aperfeicoar intelectual emo. Talmente; mas poder ser neds mals que umn aparéncis| ‘cuidadosamente mantids, Real ou aparante, ela como for, A tos 2 ‘36 tor de durar para parecer congénita: bem quo deve Shaver superloridade inal, creed, pots que ht peiviegio hhereaitano. A natureza, que quis sosiedades diseipinadas, Dpredispés o homem e essa ilusdo, Platso portilhara, del, pelo menos para a sus republica ideal, Entendida assim 3 Dlerarquia das classes, encargos e vantagens sio tratados ‘como uma ‘especie de’ massa comum que seria repsrtida ‘em seguld entre os individuos segundo 0 seu valor, e DOr fonseguinte, de acordo com oe servigos que Prestem a Justiga conierve sua balanga; ela mede e divide propor ‘lonsimente. — Dessa justga que pode no se exprimir ‘gm terms ullttios, mus que hem por iso esta menos fie is" suas origens ‘ereanis, como pasear aqua que ‘lo implica nem trecas nam sewvieds, Sendo a aflemagio Dura e simples do direito inviolavel, da incomensurab- Tidade-da pessoa com todos os valores? Antes de respon ‘der a essa indagagto, admiemos a virtude tigica da i fgus, quero dizer, 0 poder que a palivra confore a iddia ‘ova, quando se estende a ela apos so ter aplicado a um ‘objeto procsistente, poder de moditiear caso Objeto ede Influendiar 0 passado retroatvamente, De algum modo gue ‘Se imugino a transieuo da justiga veltive justign absolat, Saja oss transiguo feita por diversas fases Ou subitamente, hhouve eriaclo. Alguma coisa sucedeu que poderia nko tet Sido, quo nio teria havido sem eerias cireanstincias, sem ‘certos homons, som determinado home faives, Mas em ver de pensar no nove, que se apodero do antigo para ‘cnglobélo um todo imprevisvel, prelerimos enearar © ‘auto como parte desse todo, © qual teria entio. vista. mente preexistido: as conceppdes da justiga. que se suce- ‘deram has sociedades antgas no teriam sido, pol, eno ‘isbes parciais, incompletas, de uma Justige integral que ‘erin jubtamonte a nosta,f baldado asaisar em pormenor fesse caso parlcalar de tina ikusto mato gral, poweo ob Servada pelos fdsofos, que viel grande iimero de dow {rinas motaisicas ¢ que aprecenta &tooris do canhecimen to problomas insotiveis. Digamos apenss que ela se prende 420 nosso" -ébito de considersr todo movimento park & frente como diminulcto progeessiva da distinc entre ‘© ponto de partida, (que ¢ efetivamente dado), e 0 ponte ‘de chogada, que 86 existe como ‘estagio quando o movel ‘optou por parar ele. Pelo foto de que pode eempre ser fenearado desse modo quando atingit seu termo, no se @ As Duss Fowres Dk Mowas me Retest seque que © movimento tenia consistido em se aproximmar fesse foreso! um inicrvalo ao qual ainda so existe um fexiremo no pode diminulr aos poeos, visto que mo finda atervalo; ele ford. dimimido os Dpouess quando ‘OvmOvel tiver erlado. por sim pout Teal_Ou virtual Um fulro extremo ‘eo eansideremos retrospeetivamente, it ‘mesino simplesmente quando acompantarmnes © movi fo em seu progresso ao reconstriblo de antemo. desse ‘odo, para tris. Mas disso no nes spercebemnds O mais das vones: introdusimos nas prdprins coses essa Drevisao ‘ettospenti, sb a forma de unm presistinla do pos ‘mas filos6tiees, dos quais a dicotomia de Zenio ofereceu © modelo. Tssa dicotomia 6 que deparsmos em moral, ‘quando as formas cada vez mais amplas da justiga relat ‘So detinidas como aproximacées oresoentes da justice bsoluta, Guendo muito doveriamos diser que. una ver esiabelecide essa Justica absoluta, aquelas formas aprox ‘mativas podem ser consideradss ‘como estagies 20 longo do uma estrada que, tracada retrospectiramente por nos, cconduziia a ela, Seria precisa ainda actesoenter due G0 hhouve camintamento peulatino, mas, em dado momento, salto brusco. —Serla interesiante determinar 0 Dotto preciso cm. quo esse saltus ee dou, E seria nio tpenoe Joerg procar como, ma ver eoncbid, sob forms ‘aaa, justia absolute permaneoes por tanto temo fm estado Ideal respeitado, que nem mesmo se tratow Ge ‘coneretizar. Digamos apants, no que se tefere & primeira AGuestto, que as antugas desigualdades, de clase, ‘primiti Vamente impostas sem divida pela forca, acetas’ depois como desigunidades de valor ¢ de eervicas prestados, sto ‘cada vez mais submoidas erica ca classe inferior, 0 dinigentes valom alas eada ver menos, ponque, mire Seguros do si mesmos, felaxam da tensto’ terior t dia ‘pedirum maior forca de ineligincia © vontade, © que ha ‘ia, eonsolidado ‘seu dominio. les no entanto. se. man {teriam se permanoassem unldos: mas, cm Tasso. mesmo dde sia ‘tendéocia a afirmar sua individsalidade, mais din ‘menos aia se acheréo entre oles individuos ambiciosos que tenctonsrdo ser os senhores que. proourario Apoi0 na asso terior, sobretudo se esin $4 iver sngeréneia ‘nos negocios: no! mals haverd.superioridade nativa, entio, ‘aquelo que perlencer i classe superior; quebrouse 0 en A Bosna cr canto, assim quo as aristoeracas tendem a perderse Sa" democtacia, sunplesmente porque a desigualdads po- Itica € coisa insavel, como o sera de resto a igualdado ‘pouica uma ves concratizada, se nio passat Ge 1310, ‘Ee acinitir, por conseguinte, cxcegbes, se, por, exempl0 to lerar a escrovidio na comunigade, — Mas né grange dls. tineia: desses eqiilibrios mecanicamente alingidos, sex- (pre provisorios como o da balanea nas mios da justia ntiga, 8 une sustiga tal coma & nossa, a dos "alreltos ao bomen", que no mais evora ideas do relugéo Ou de medida, mas pelo coutrdrio de Incomensurabiliaade e de ‘ooluto, Basa justia 80 comportaria una representacao ‘completa “ao infinite", oma dizem os matemstics; ela 50 ‘Se formula previa © calogoramants por interdigoes, num ‘momento determinada; mag no que ola tem de positivo Droceae por eriagoes suoessivas, cada tuna das Guals é Eine realizagio mais completa ‘a. personalidad, e, oF ‘onegulnte, da humanidade, Essa ndallzgho 0 ¢ posed por intermédio de lols; ela implica o consentimento da TPeiedace. kin vio ge pretenderia que ela se aga por st ‘means, sos Doloos, em virtude do estado de alma da Soviedade em conto ‘periodo ao sua histori, % um salto Wirente, quo eo se da se.a socicaado se decidiu a tenkar ‘ima experiencia; para isso.€ prociso que ela se delxe con- YYencer ou pelo menos sacudir, eo impulso sempre fol {ado por alguer Em vio se alogara que sso salto para a frente’ nio updo etras de ai qualquer eeforeo ofr, ‘due a0 haja no caso ume tnvenglo compartvel 0 do ar tise, ‘Seria exquooer quo a maior parte das grandes refor {nas veallzndas parecoram primoiro irvealizvels, equ elas ‘cram de foo, Blas 9 podiam ter coneretizidas mma Sociedade eijo estado de alma fosee j8 0 que elas deviam, Intute por sua realiagio; © havia la um cireulo do qual ‘mio se {evla saido se ima ow varias clmas privtegadas, {and cilstado em si alma socal, nao tivessem tompido citealo arrastando a soctedade airas do Si Ora, 60 D6 ‘rio milagre da eriagdo artition, Uma bra genial, que cO- fega por desconeertar, poders czar aos poucos apenas por Sua presenca wma coneepeto da orte © uma atmosfera frtstien que permilitio compreondéla; ela se tomar fentap retrompectivamente gonial: do contro, teria per Sanecido o que era de ine, simplosmente desconcertan- ‘te: Nume eapesulagio financeira, ¢ 0 sucesso que faz com, @ As Duss Fowmns ps Mona. os Reiko ‘que uma idéia tenha sido boa, 14 algo do mesmo género ia criacio artistica, com a diferenga de que 0 sucesso, se ‘cab por grou aoa gs a pisipo choot aver om uma transformagio do gosto eomum operado Dela Dropria obra; esta era, pois, fra ao mesmo tempo que atria; ela imprimiu’ um lmpulso que o artista ihe co ‘muniear, ou, antes, quo é 6 mesmo do sutist, ivisivel presente nea. O mesmo se diria da invengao’ moral @ ‘ais particularmente das criegbes sueesivas que enritic- fcem cada ver mals a ideia de justiga, Elas disem Pespesto sobrebado 3 matéria da justia, mas the modiicam tern ‘ei a forma. Pars edmegar’ por esta sina, digamnos que a justia sempre apareoeu como obrigatia, ints que ‘Guranée muito tempo fol uma Obrigegéo como a= demas. ia correspondia, como a oltris, uma neceesdade $0: cial; ¢ era'a pressio da sociedads Sobre o inaivigio que ' fornava obvigatoria, Nessas condigdes, una injustign nao ‘em nem mais nem menos chocante que outra-iniragay ogra, Nao Davia justign para og escraves, ou enldo ers ‘una justiga relative, quase facultative. A salvacto do po. ‘yo nio era apenas a lel supreima, como de resto permane- eu; ers além do mals proclamda tal, 80 passo que no mals ousariamos noje etigtr em principio quo ela justifies 4 injustiga, mesmo que aceltassemos tal ou qtal conse {Guénela desco principio, Consullemosnos sobre essa ques Sho estaeloamos 0 fama problema: “que trios soubssemos que pera a salvagéo do povo, bart a propria fxistincia da Iumanidasie, he enrta possea com algun kat ‘Er, Inocente, condanada’a‘padecer tortures. eternas?” ‘Tatves: consottissemos se ouvissemos que um filtro ma alco nos farie esquecer, © qe nines saberlamos una olsa mais sobre o sssintor mas se fosse preciso saber, pensar no assunto, dizernos quo essa pescoa esté subme: Hada suplicos attores para que possamos exist, que 20 tata de condicao fundamental da existencia em go", sh, ais exis Antes dleizar que 0 planeta se despedace! Que se passou entio? (Como tera surgido a Justica da vida social, b qual ela ert vagamente interior, para patrar aoima dela e mais ala que {tid categdrica e transcendente? Lembremonos do tom edo sotaque dos profetas de Israel, sua prdpria vou que ‘cuvimos quando Uma grande injustica fo corectida e A. milida. Do fundo dos’ séculos eles eleva seu protesto, A posmes « Sem divida, 9 justica ampliowse singularmente desde 0 tempo deles’ © que eles pregavamn dia respelio sobretudo feral; sia Indighegao contra aInjustiga era a propria © for do Jve cont eu ovo desoheiee ou conta os ink ‘migos desse povo clelto, So algum dente eles, como Tenia, ode pensar numa justia universal, © porque tsrael, dis: Enguide por Deus dos damais povos, lado Deus por lum contrat, elevavase to alto por emt. do restante da hhumanidade que oedo ou tarde serie tomado por modelo. ‘Pelo menos deram a justica 0 cardterviolentamente impe- oso. gue ela conservou, que ela imprimiu’ desde entso 2 tnntGln infintamente avolumeada. ~ Mas esses engrane fecimentos de modo algum se fizeram sorinhos. Sobre ci da um deleso historiader suficentemento informade colo- ‘cava ‘um sibstantivo proprio. Cada acréscimo foi uma ‘riagio, © a porta permanoosr sempre aberta pars crit ‘goes novas. O progreseo que fol decisivo para @ materia ‘ejustiga, como 0 profetismo 0 havia sido para a forma, ‘Contistia ie substitaigdo de uma tepablice que se confina- ‘va nas fronteiras da comunidade © que se Timitava aos ‘pomens Heres, por ume roptbllca universal, abrangendo {tos os oma Tudo o mais vio def porGue so porta Dermaneoet aberta a ctiagGes novas, talver, permanega, Fempre, era preciso que se abrisse mais. No os parece ‘Quvidaso que esse segundo progresso, a passagem do fe- tchado eo aberto, se}u devido ao eristanisno, como 0 pri ‘melro se devesse 0 profetiomo judeu. Teria podido ree Hrerce pole Hiocofia pura? Nada é mals Instration qu ‘yer como 0s {ldsofee rogaram, atingiram, e no entanto Tahharam, Deisemos de lado Piatto, que eertamente er lobe enire as fades supracensives & lla de home: ‘to se seguiria disso que todos os homels eram de mesma, fssencin? Dessa ogi idela de que todos possuam igual Salor na medida em que homens, e do que ® comunidade {Ge ecsencia hes confira og mesmos direitos fundamentals, ‘pavia apenas umn passo. Mas 0 passo milo fol dado. Teria Sido necessério condenar a escraviaio, Tenunciar & sla roga de que. o8 estrangotros, sendo hérbaros, no) po- Giam reivinticer direto algum. Mas seria esta tama sea Dropriamente gresa? Hncontramo la em estado implicito Por toda a parte onde o cristanismo néo penetrou, entre {Bs modernos como entre os antigos. Na China, por exemplo, ‘Surgiram dovtrinas morals muito elevadas, mas que nio 56 64 As Duss Fowmss pa Monat & m4 Reventon iroapeg ma lp ey uct Sap gs re stern Seo cense mereameoent Snore eae Seer fp Soest ute as io Spa aera a fea ae eae pea Bieri ce nee ae Hinds Seetis ien tees sate stir aut eee sees marge eee Ele AEE Sous crancs we ES Eak iat ae anmrranaa e Eocene utara iiccer cea eter iadine ate Aplin ican Dime pe Shee ae nee Se oe io aes eeeree eras ee ieee eae Se Pee oes Sone cee gee ee ee ae ee Ese ee teenteao as a eee a ees ee Sp eee ee ae eee Se eee ios cast ae mau oa Seeeecan ae ie ccnae’ Geeiarasyiee ae Pp a eed Bs ieee dhceneui tar eee Eaisiaaraaniscomen Pigunnsniihe emc pmeaes Eaiene seus arcs iets beeen Sema ge aes Come Sars ae ures iete ceereaed A tusncs 6 acreditousse firmemente que se tratasse da mesma coisa, Nunca € demals repetir: cragbes sucessivas, indviduais ¢ contigentes, serso em goralclassficadas sob a mosma Tue Driea, subswnidas na mesma nogio © chamdas pelo mes ‘mo nome, se cada Uma ocasionou a segtintee se eat spa Heoemn mila tarde como se continuando tks a= Out, Sigamos mais sem, O substantive nio se apliars apenas fos tarmos Ja existentes da série assim constitu, Antec Dandose oo futuro, ele designara a serie toda, sera colocad ba extremidadke, até mesmo no infinto; como it muito sid foto, suporses também falta a noglo que ele Te presenta, tamer hit muito tempo cate mesmo desde Stomidade nto obstante aberta de contesdo sndotermi ‘nado; cada tum dos progressos adquiridos seria entto parte Gxtraida dossa entidade preedstente, o real corrocrin o ‘deal, incorporando a si por _pedagos todo da justies tera, — isso verdado nao so quanto h idéla Ge js. ‘igs, mas quanto as nogbe# que Ihe estao coordenadas, CO. ‘mo igualdade e lberdade, por extmplo. Definese de bom frado 0 progresso da justiga por uma caminhada & ber dade e @ igualdade. A definigo 6 perfelta, mas que so ex trairia dola? Bla vale para o passado; ¢ diel que poses frientar nossa eseolha quanto ao futuro, ‘Tomemos alk ‘bardade, por exomplo. Costumase dizer que o indiviauo tem dirito a toda liberdade quo nso prejuaique & liber. dade de outrem. Mas a outorga de ume lberdade novs, qu tivesso por conseqiéneta uma iavasto de Todas a8 liber fdes umes dae ontras ni soriedade atu, poderia produ 4ir 0 Gleto contvdrio numa sociedade da’ el essa relor ‘ma teria modiloado of sentimentos eos costumes. De ‘modo que € no. raro impossivel dizer a prior! qual a ose ae liberdade que se pode conceder 20 individu sem Drejulzo para a liberdade de seus semelhantes: quando fquintidade mud, }é-nto é mais a mesma qualidade, Por Suto lado, a igualdade sd se obtém em dettimenta da ik Derdade, da'modo que seria preciso comecar por indaga ‘qual das duas seria preferivel & outra. Mas essa questho ‘Bio comporta resposta geral alguma: porqus o sacrificio esis ou dateln Liberdado, se lrrementa consentico peo fconjanto dos eidadios, € ainda da lberdade: e sobretudo 2 Uberdade que resta’ poder ser de. qualidade superior Se a reforma efetuada ho sentido da igualdade redtndou, ‘numa sosiedade em que se respite melhor, onde se sista © As Duss Foses os Mont oh Retmtio ‘mals contentamento em agit, Seja o que for que se tage send sempre necessério vollar & eonsepeio de criadores ‘morals, que copcobam mentalmente unis nova timostera Social, um ambiente no qual sera preferivel vier, ist0 @ Juma socledade tal que, so os homens & experimenassen, ‘no quereriam relornar ao estado antiga. $0 assim so de {niet 0 progresso moral: mas 36 0 podemos defini mals tarde, “quinoa "obizern oral priviegiada. iver fried um ‘sentimento novo, semolbante a ima nova ‘isica, ¢ que 0 tenha comnicado aos homens timprimin doihe ou propcio impala, Reltamos assn sabe to Serinae", sobre a “igualanas" sakes ase es a Xeitos le veremes quo no ha simples diterenca de frat ‘nas derenca radical do natures, ene a8 din ie a jistica que istinguimost uma fesiada'e cla aberse Forque tjusign rolatvamenteertave, tees, que ta itso equlfig automation ‘do uma Sociedade, Se sal {is mndos da ntarena, expeimess hos wos ao qu Se liga 40 todo dn eorgacio"e eae “too da Ootigncto® vem sigiobar, 8 mein que ces slo seas ela epinioy Dreseriges da ‘outa juste, nquoln qr sid abort a Ging sucessias, A memia forma ‘impose asim thas meéérias, wna fornelaa pela socidate, a ost sur Bits de inspiracdo do” homem. Na price, om ec, Shas deveram estar confundldas, Mae fgets stn. fri, aob penn, do se engtnar serinnente sobre ‘ce Hler'da evotugso sort to masino Tempo gus sobre 8 rigm do dover. A evolugho sotal nlo ¢ sain de ma Sertedade usw aesunvolvesse Prit0 Dor th elOde Gstinedo 2 ansformaia mate Garde: Hntre o desenvol- Imento ea transformasio no Bt no eno nem anslogl, im medida em commas, Forgue justige fechads © ft {2 hera se incrporan’ em ies iguamente pera, $= formula da Tonna forma ese sseemelinen exe Flormente, ni se Segue quo.ce deve expicar do tneamo ‘odo, Nenu exerplo mossrana melhor que este a cupla ‘rig da moral ¢ 08 ots componentes da obriges. ‘Mio ¢ duvioso que, n0 esiado sia as Coles, 6 4 ranto deva apareccr com imperaivn, que 0 inerése dia hnnanidads soja att soe coneeae mores uma ‘itordode propria‘ unt fore Inter, enfim, gue Atividade moral, ume socidade eivitaaday sea essen ‘ments racial. Como se sberla de out mod 0 ae se Passio » Asrmcio a deve tazer em cada caso particular? Forces profundas sto presonies, ma de impulsto e outra de atrador no fos pademor sierarciceamente acs cada ver que aja Xuma decisho a. tomar. Isso signfciaria o mals das vezes Yefazer inutiimente wn trabalho ue & socledade em ge: zal, do um lado, ¢ e outro a osta da imanidade, fea por nos, Esse trbaio euiminow a formulaedo Ge nor. as e na elaboragio de um ideal; viver moramente con- lstirdem obedecern eas normas,farmonizat-e com eso ideal 50 assim se estara cero de permaneeer plenamente de acordo consigo mesmo: 00 racinal € coerents. 86 as ‘Sin podrdo ser comparadae ent a as divers isthae do ‘ondutay #6 sesim poderd sr avallado 0 seu valor moe ‘icon 6 do tal modo evidente que apenas» meno- ‘amos; nos a femos guase sempre subentendida, Mas ‘sultow disso que nossa exposig flcow esquethitica e dou ‘impreseio de insutlelente. De fat, no plano intelectual, todas as exigencs da moral so Saterpenteamn erm conce: tos, cada urn dos quais, como a monada ielbniian, 6 ‘nis ou menos Tepreseniativa de todas as demnals. acting fu abaixo desee plano encontramos forces, cada uns Cas ‘Gais, tomada fsoladanmente, 88 corresponds «uma par feta do qu foi projtado nb plano inielectal. Como ease {oonventente. do mieiodo que adotamos € incontestave, como de resto 6 inevitéve, como vemos qe 0 método 3 {mpéee como senimos que ele nao pode dear do sus. lar objegues durante sun apleagt, devernos, ora con ‘lr, carmcterinio de novo e defintio ainda, mesmo Te Dota em aigumas questses, quase nos mesinos fert0s B'quo é tivemos ocssiio de dizer. Sais ‘eistin uma, socledads humana cajos men ‘bros eativessem lgados entre si como as células dom Organismo on, 0 que vem a ser quase a mesma coisa, co- tno as formas de wn formiguero: tas os erupamentes a humanidade primitva cerameate pareclam mais isso eo ‘ae 09 nossos, A natures, o fager do Home um anitaal Seite, quis essa solldetiodade sates, Tendo’ no fianto na medida em que fosse necessdro para que Oi. Glivuo empreeasce a ineligenela de que o havia dotedo, fo proprio inferesse da sottedade, Tal a constatato que ‘os limitamos a faves na primeira parte de nossa expose io. Bla seria de mediocre importhaca para ume foso. fia moral que acoltasse vem discussio « crengu na here: AS Doss Fowres m4 Monat 1m Retcito itariedade dos caracteres sdquirides; 0 homem podria, enlio nascer hoje com tendéncins mato diferentes Gague as dos seus antepassados mais longiquos. Mas nds hos atemos 8 experiéncis, que nos mostra, ua transimissio he odllério do:hibito adguirido, uma excegéo (a supor dus ‘lguma ver se prodiiza) © no um fato bastante. regular, bastante treqiente, ‘para: detemninar com o tempo" uns fransformagéo profunda ds disposigao natural. Por mais adical que seja entto a diferenge entre 0 civilizado ¢ 0 Drimilivo, ela consiste unteamente naquilo quo a erianga ‘armazenou desde o despertar de sua consciéncla todas a3 Auisgoes da hummanidade durante secs te civtizazes ‘silo presentes ela, 20 lado dla. Gepositadas ne ciétola ‘due se Tho ensing, nas trades, nas Insitulgbes, nos sos, ‘Ba sintaxe e 10 yorabulio da lingua que aprende ¢ {ilar © até na gesticulagio’ das pestoas que corcamn. ssa camade espessa de terra vegelal que recobre hoje & och da natureza original Bla nao chega & teptesentar 08 efeitos lentamente acumulados de casas infinitamente Triads nem mesmo teve condigdes de assunir com iguragao geal do solo sobre o qual se depositou, Im su ‘ma, 8 obrigacio que encontramos no finda de nosss Cons cifeeia e que de tato, como a palavra bem o indica Nos liga aos demais membros da socledade, ¢ tum vinewlo. Co ‘mesmo género que 0 llame que tne umas as outras as for ‘ges de um formigueiro ou as eis de win organismo, Ha forma que assumiria esse lago aos olhos de ta Tor. iit qu, tornace intigen como im, heme oa 4 ima e6lula organicn que Se torsawwe (ho Independent fem sets movimentos como uma formige inteligente, Fal, evidentemento, da obrigagga encarada como est, simples forma, sem matéria: ela é 0 que he. de istedutiel, 6 Ge sempre presente ainda, em nossa natirera moral. rant esto que a. matéria que se eoquadre nessa forme, Tm sor inteligente, ¢ cada ver mais inteligente e cocreate: & ‘medida que a’civiliesgio avanga, © que nova materia so bbrevem sem cessar, nfo necessarlamente 20 chammado reto dessa forma, mas. sob a pressao lgiee da matéria intlizents qo neia tse sort, vines também come uma matéria que 6 propeiamente felta para se escoat fms forma diferente, que noo mais tranida, mesino tullo Indiretamente, pela necessidade de conservicho soctal, ms por uma aspiracio da conseitncia indvidual, aceite’ essa Do ixrewervatowo ° forma ao se situar, como 0 restante da. moral, no plano intelectual. Mas todas as veaes quo vollamas a0 qe de propriamente imperative na obrigegio, e mesmo quai 4 encontrssemos hela tudo © que # inteligéneis nels in Sen para enriquecela tudo 0 que a razho pos em torn0 dein gre Josiiog i ¢ nessa estat fundamen que ‘nos eolocaios, Tss0, d0 que respelta 4 obrigagdo pura. ‘Agora, uma sociedade mistca, que englobasse hu- ‘manidado inteira © que marchasse, animada de uma von {ado comum, para a erlagio incessantemente renovada de uma humanidade mais completa, nto se rears evider> {emente-no futuro tanto quanto fag existiram no pasado Socledades humanas de Tunclonamento orginico, compa. Pivels & soolerades anais. a aspracao para é un Kane ‘eal, como & obrigagto nua, Nao manos verdado & quo Sto ts almas mistieas que arvastavam arrastam ainda em Seu movimento as soctodades elvzadas, A lemrangs ¢0 {ue cles fizeram e do que foram aninhouse'na memoria ch Eummanidade, Cada ums de nds pode revivfios a, sobtetdo | se a aproximarmos da imagem, que permanece viva em os, de uma pessoa que participou dessa mistildade e {er irradiance em torno dela, Mestto que tio eyoquerios fal ou qual vuto, sabomos que nos seria possivel evoet io; ‘sim 6 que essa personalidade exeree sobre nds time alt fo virtual. Mesmo que nos desinteressemos das pessoas, festa a formula geval da moralidade que a humnidads Ghillzada hoje acelia: essa formula abrange ans coleas, tim sistema do orden ditadas por cnigeneiae soci im Bessoais © wm conjunto de chamady feitos 8 conseiénela Ge cea tim de nos por pessoas que representa o que howe de melhor na humanidade. A obrigegio que sla. lona com a ordem ¢ infreintelectual, 0° que tem de Original e de fundamental, A efiegla do etamado decorre fe forea da emogao quo fol oulrorn provocada, que 0 6 finda ou quo poderia ser: esta emogao, no fosee 6 Por for Infinitammonts redatvel a idelas, < mais que idea, @ supranteleotual. AS. dias forgas, ‘exercendose. em To: ‘gdes diferentes da alma, projetam'ss no piano interme. fidrio, que 6.0 da inteiénci. Elas serio dat por dient substi por tas projets, Has por sia vers mee lam o se Inferpenetram, Resulta disso uma transposicao Ges orders e dos chamados em termos de rari pura, A Justiga aches asim inoessantementa ample pela Gar 70 As Duss Fowtss os Monat & ok Riako ade; cardade assume cada ves mais a forma da sim- les justice, os elomentos da moraidade fornamse homo. {tne0s, compardves © quae coments ete Sf 03 Drobleinas morals se etinciam com precio’ ¢ se TesOl ‘Fam com miedo, & humanidade ¢ conidada « colocar se ‘hum nivel determiado — mals elevado que uma sociedad ‘imal, em que a obrigacio no beri mais que’ forea 4o Snstinto, porém menas elovada que uma astembiia Ge ‘eases, oni tu seria impulso eniador, Considerando en tio as imanifestages da vida moral assim ongenizada, $e 1a ns pve Coren cole a canes Jr on ‘ida racional » "Todos concordario quanto a isso. Mas de que se to ‘hi verifcado’o cariter racional da conduta moral ni 42 seguir que & moral Lena sun origer ot mesmo set Fandamento'na pum aso, A grande questo @ saber pot ue scinos obrigados em aoe em aus aao basta bs famente deixarse ir csmo para cumprir set) dever ‘Admnito que stje eniao «Tasso que fale; mas se cla exprimises'"unicamiente em seu nome, se finesse outa coisa além de formular Tacionsimente a aglo de certes {orgas'que se conserram por tas dels, como tena la contra a paisa ou o interese? © filsafo que pense que ‘la se basta por sl mesma, « que pretenda demonstra 180, 56 tert Gxito em sun demonstragio so Telntrodusir esses Fores tetas elas se insinuam bua ev, sub ep iclaments. ssiinemom som efieo sta demonstra. la fssumo hig formas, segundo ele tome Tsao vasa ot Giz ela carta maiéria, segundo ele veie na. obrigacko ‘moral a necessidade pura’ simples de fear de scordo com ‘igo mesmo ou um convite a persepuir logicaments certo fi, ‘Gonsideremos cas. Guts. formas. siernadaments ‘Quando Kant nos dis que um depéeito deve ser resticuldo Porgue, se'0 depositao dele se apropenes, nio mals so ia tum depisit, jogn evidentemente’ com palsvras. Ou ‘bem ele etitende’ por depdsito © fato maleral do se DOr erta soa de dinero tas maOs de wm amigo, por exer: lo, avisando de ave se viré buseio mais tarde, mas 86 fato material apenas, com apenas exsa advertenca, te FH por consogincia deirminar so, deponcrio a entfega a ftuiia cain no preciso dea, © apropniarse daa pase ‘Smplesmonte se ter noceatdade Ge Giaelro;sibae os Do Irerperuauswo n ‘procadimantos sio igualmente cocrentes, dase 0 momento {gue © palavra “dgposito” so evoquo uma imagem material Som acompanhamento de ldsias morals. Ou endo a9 co: Siderapdes morais estardo presentes: idea do quo-o de. Dosio Tet, “contiado” ede que uma. contianga “nao se ove trait”; a ideia de que 0 depositésio “comprometeu- So", de quo “dou sua palavra”; a idais do que, mosmo que nada tent dito, est igado por, ura “contrato™ tito; a dela de que existe um “direito" de propriedade ete. 180, de fo, estariamos em eontradigio Com nos mesos se aveitassomaos uum depésito © nos ecusdssemos a devol ‘io; 0 deposivo nuo mais seria depdsito; 0 fldsoro pode. +Ha dizer no caso que 0 imoral € 0 iracional. Mas o Tato quo « palavra "depésifo” serla tomada com a scepgio quo fom ‘um grupamento Rumand onde existe dias ‘Proprlamante morals, coneengoes e Obrigagoes: & obrigie ‘Glo moral no mais ee redurina & ecesidnde pura de nko Sear em contradieao, dado quo a contradicao consistiia sSimplesmente no caso em rejeitar, depois de aceta, uma ‘obrigngio moral que so achava set, Por isso mest, Dre triste Mas deixemos do lado eseas sutlezs. & Dre tensio do findar & moral no rospeito da logica pode nas. ‘cer pasa fl6sofes e clentistas habituados a inclnarse dt fanto da lglea em matéria especulativa e levados assim 4 cror quo em qualquer materia, e para toda a humane Gade, @ logea se imponhst com fuloridade sobcrana. Mas ‘do fata de quo a cienela deva respottar a 1dglea das coisas ‘on login em geral so quiser ter tito om suns peequlen, Se due tal sea o ntaresse do ciontisia enquanto clentist bio se pode cotelile pela obrigaeao para nds de invocat f logic sempre para & nossa conduta, como so esse fesse 6 interesse do home em geral ow mesmo do cientista, ‘enqanta apenas homem. Nossa adalracao pola fungao es Deculativa do espirto pode ser grande; mas quando os 1 Fcofos declaram que cla bastarla para fhaor eal o egois- ‘mo ea aim, eles hos mostram -~e deveros felleltalos por iseo'— que jamais ouviram ressoar bem forte eles vor de wm on da outea. Tse0 0 tinhames s dlzer quanto fA moral que invaoasse sooorro da. Taio enearada, como pura forma, sem matéria, — Antes de considerar aquels ‘gue acresceita materia @ essa forme, observemos que mil 1 freqlntamonte se flea adsteto primeira quando 22 Beredita chegar & segunda. Assim fave 0s fdsotos que 72 As Doss Foxes 04 Monat ¥ vt Reo fexplicam @ obrigacto moral pela forga com a qual se im- Doris a Idea do'Bem. Se les tant eat din uma So. lodade onganizada, ein que as agoes humanas estejam ja Slassificadas segundo sua maior ou menor eapacidnde de Imanler @ coesio social e para fazer progreair @ hima fade, © Onde sobretudo eartas forgas dalinidas prodizamn ‘essa coast e asseguree esse progresso, poderio diner fem duvide que tna atfvidade soja tanto cis moral quan to estaja em hasmonia com o bem; e poderio screscontat tambem que 0 bem seja concsbido come obrigatdrio. alas o fato 6 que o bem seri simplesmente & rubrica SoD a ‘unl estaremos de ncorde para grupar to agoca quo apre ‘entem uma on outra eapacidads,w as quals nos sentinos ‘determinados elas forgas do impulsdo ¢ de atragao que fa ‘definimos. A representagéo do ume hierargula cessas a ‘versus condulas, de seus valores respectivos. por conse- uinte, ¢, por ouiro lado, « quase necessidade com a qual Se impem, terdo pols procxistide tidela do bem, que sc Surgira mais tarde pare fornecer um rotwio ow um nome. ste, detzado ast mesmo, nlo poderia ter servido para lastifedos, muito menos pars impO‘os, Poraue se, pelo fontraro, quisormos quo s laéia do Bom seja a fonte fe toda obrigasio © toda aspiragio, © que sitva também pare qualificar ns agdes humans, sera prociso que 0 figam sob que sinal se reconhegs ue uma condua esteja 42e acordo com ela; sera necessicio portanto que se nos fering © Bem; e no wernos como se poderia detinto sem Dostular ume Hierarguia de seres ou pelo means de acbes, ‘ma clevagio maior ou menor de Uns e do outzos: mas Se essa lorargula existe por st-mesma, ¢ int apelar Dara a idéla do Bem para a estabelecer; de resto, nio vemos. por que essa hlerarguia.devesse. ser conservada, por quo. serlamos obrigados a respeitile; s6 se podard {nvocsr a seu favor rasbes estéticas,alegar que time con fauta sofa “mais bela” que outra, qué ela nos cologus mals ‘ou menos alto na série dos seres: mas que se responderia Mpesson que dectarasco estar acima de tdo @ considers ‘edo de seu Interesse? Fxaminando a. questao mais eo per to, veriamos que essa moral jamais se bestow a s! mesma, ‘Bla velo sitplesmmente acrescentarse, como umn comple ‘monto artistico, « Obrigacdes que Ine preexistiam e que ‘omaram possivel. Quando os fildsotos geegos ‘alsibiem juma dignidade eminente & pura idéia do Bem e de modo Do Inrexecruatsuo a ‘mais geral & vide contemplativa, falam para uma naa, ‘gue ce constituirin no elo ct sociedad © que comecaria por fomar por consentida a vida social Jase disse que ioral nfo flava de dever, mio eonhecla a obrigagio tal como a compreendemos. 1 muito certo que ela aio 1a va disco; mas pretisamente porque ela 2 considerava, como evidente, Esta subentendido que 0 flésoto tives: Seiprimeiro cumprido, como todos os demas eidadios, 0 Sever que comunidade Ihe lmpusina. 86 entto sobre ‘the ums moral destinada a emnboleant sua ‘ida como 50 la fosse uma obra de arte, Em poucas palavras, © para euis luloy uo pode tatarse de funda = moral sobre © eullo da Teaio, — ‘Restaria entio, como © anunciamos, ‘examiner se ole poderiarepousar na razio ha medida em ‘Gus esta apresetasse & nowen alividade Ur) fim dotormt hago, em hirmonia com a raxio mas acrescentando-se a. fla fin que a Tazo nos ensinaase& buscar metodicamente, ‘Mis ¢ facil wer que nentiim Em em racsmo © cuplo ‘hm que indicamos, nem mesmo a dupls preocupaio de ‘muler a coesto scell e faaer progredir s inumanidade — ‘da impord de maneire obigatgria na medida que simples. mente proposto pela. rauio, Se cerias forcas realmente Miuante’ e pesando efetivamente sobre nossa vontade est verem em agio, a razio poderd © deverd intervir para oordenar Ines os efeitos, porém ela no poderia vivaizar fom essus forgas, dado que se pode sempre discutir com, sit opor bs me ane otras Fate, ou mesmo simp ‘mento recusar & dscussio e responder com um sic to Me juoeo", Na verdade, sma moral que acrediio funda? 2 obrigagio em consideragées puramente. racionals. rei frodus sempre A sua Tevelia, como 3¢-0 dissemas © como {fomos repetr, frgas de ordem eiterente. Bis por que ela Consegue com’ tal facade. A obrigagio verdadetra.jé Hla presente, c.0 que a rasto vier a estaveleces cobre ela {sstunira nabineimente um cardter obrigatério, A Sociedade ja 16 ests, com o que a mantem e impele para a frento, © por isso ravso Poder adotar como prigelplo da moral utiguer Gos fits'que 0 homem em soclecade demande; fo elaborar tim sistema bem cosrente de melos destinados f realizar esse fim, ela bem ou mal ind deparar com a ‘moral fal qual a concebe 0 senso comum, tal como a TGumuanidede em geval a pratiea ou provende protic. Tawi quem sin orden” (N. do) 14 As Duss Foxmis ms Monat & ps RessaKo {que cada um desses fins, sendo tomado por ela na socie- dite, 6 goctalizado e, por isso mesmo, prenhe de tadoe os Semis fins que a ela se possa propor. Asim, Mesto que ‘0 erija come principio da moral 0 inieresse’pessosl, 80 Stra dill claborar uma moral sensala, quo se aseerselbe Suliclentemente moral corriqueirs, como 0 prova 0 éx! {to relativo da moral uiiria. De fato, para o homer gus viva em sociedade, o egoismo abrange'o amorproprio, a hecessidade de ser 1ouvado cle, ao modo que 6 puro i tweresse pessoal tornowse quase indelinivl, tanto entra hele de Interesse geral tanto ¢ cific isolar um do outro Tuuglnese tudu v yue Int de coucessio a vulre 1 Ue se chama o amor de si, ¢ mesmo no cline e na iavejat ‘Quem pretendesse praticar 0 egoismo absoluto deveria ‘Shoerrarse em si mesmo, e mio mals se ocupar bastante {Go proximo para ter cltme dele ou invejelo, 1 tn qu de folldariedade nessus formas ‘de Odio, €' 08. prOprios ‘letos do homem que vive em socledade nto deteamn de Implicar cera virtue: todos estho saturados de vaidade valdade signif primetro soctabiidade. Com mais torte Tusto se poder dedusir aproximativaments moral de Sontimentes tais como o de honra, ou soideriodsds, ou ‘oda, Cada tina dessus tendencies, no homem que vive fem sociodade, esti earregada daquilo quo a moral socal ola dopositou, e seria prociso esvaaidla desse conteudo, 0b 0 sco do redusila a bem pouca cols, para no so ‘comeler wine pelicio de principio no expiee® mediante ela ‘moral, A fucllidade com a qual se elaboram teorias deste ‘enero everia despertar nossas suspotas: so 0s ins mais fiversos podem assim ser transmudades om fins morass Polos fldsotos, ¢ provavelmente — dado que ainda. no possuem a peda losofal —~ porque haviam comegado Dar colocar ure no fundo de Seu exdinno. Coma € ev! ‘Gente também que nenbuma dessas doutrinas explicara a ‘brigaio; paderemos ser levacos &adogio de cerras meios fe quisermos realizar fel ou qual fim; mas so nos aprow ‘yer renunelar 20 fim, como nos impor oe meios? Por cam Sequinte, ao adotar qualquer destes fins como. principio ‘da moral, os Mosotos terio extrafdo deles sistemas de ‘maximas que, sem ir até o ponto de assumir a forma de {mperativos, esiario bem perio desias formas para cus Se contoniom com seus sistemas, A razio diseo 6 bern si ples. Hles encararam a eonseeucto desses ins, ainda tia, Do tretservanss 6 ‘veo, numa sociedade em que hi presides decisivas © aspi- {ages complomentares que us prolongam. Pressio @ Gtr io, a0 se determinarem, chegariam a.um qualquer desses Sistemas de miximas, dedo que cada um deles visa & rea Izagio de um fim quo é ao mesmo tempo individual & Social, Cada "um" desses ‘tstemas ‘preaste, pois, 8 ‘tmostora soclal '& cheguda do flésafo; ele compreende Iximas qe se aprotimam sutiolatements Dor seu com {euido daqueias que 0 flgsoto formblaré e que sto. Obr falsrias. Enoontradas pela flesota, paném 80 mals sob 4 forma de mandamento, dado que no passam de reco- Iendagdes Com vistas. & consecugdo.inteligente de um fim quo 2 tnteligéncia ‘poderia também rojeias, clas ‘So Gapuuredas pola misima mals. vaga,” ou mesmo ‘Smplesmento virtual, quo 8 ola so assemelha, as ‘que este carrogada de obtigagio, Eas so. tornam ‘stim obrigatdnas; mas a obrigagdo no ascou, co. ‘mo se poderia crer, do alto, isig 6, da prineipio de onde {niadmnae foram reelonalmenee dedkcidas ela sbi pat Hr de buizo, quer caer, do fundo de pressGes, extensivel ‘em aspiracdes, bse 9 Qual a soctodade sepouss. Em To. Sumo, os to6ricos da moval postulam & sociedade ¢ por onseyuinte as duas forgas ts quals a sociedade deve ‘sua establidade e seu movimento. ‘Tirando vantagem do Tato ‘de. que todos 0s fins socials se interpenetram e de ‘que cada tn eles, eoloeado de algum modo nesse eu. ‘Brio e nesse movimento, parece revestirse deseas. dus {oreas, eles no tm dificuldade em reconstituir 0 cor {etco ‘da moral com qualquer dos fins tomado por prin plo, e-em mostrar entto que essa moral ¢ obrgatéria, 4 aio eles tomaram de antemio, com a socledade, a ma térin dessa. moral e sua forma, tudo 0 que ea conlém © toda a ebrigagéo de que ela so envotve ‘MBs indo. ao undo agora dessa Iso comum a to. as as morals tedrieas, ols 0 que se enontraria: a oDM {Gio ¢ uma necessidade com t qual se discute, © que se AAcompanka por conseguinte de ineligincia e do tiberdade. ‘A ocossidade, do resto, ¢ anloga no eas quo s0 7 fncfona com a producto dum efeifo tslologien on mes. ‘mo fisco: mum humanidade que a natureza nio tives {eto inteligente, © em que o individu no tivesse qual ‘quer poder de éscotha, @ acho destinada a manter a.com Sorvagao ¢ coesso do grupo se Feallzatia nooessariamente; 76 As Duss Foxrss nu Monat & os Reitio fla se reatizaria sob a infuénela de uma forge bem de {erminada, a mosma que faz com que cada Tormiga the bale para o frmigusro « cade ‘efi dom tao a 73 0 organismo. Mas a inteligineia intervém, com a fculdade de escolher: ¢ outra,forga, sempre. aiual, que ‘antém a precedente no estado do virlualidade ow aces de realidade mal perceptivel em sua atuagio, sensivel 20 ‘entanio em sua pressio; assim, as idas e vindae do pan. ‘dulo, nur reldpi, impedem a tensao da mola de s0 me nifestar por umna'parada. brusce © restltam no entanto ‘dessa mesma tensdo, send efeitos que exeroetm ago int ‘dora ou reguladora sobre sus catia Qu ary Pols inteligencia? ‘Tratase do Tacuidades. que @ indigo ex {ratio para a especie eae, se leva em consideragao 0 Indiviato, 6 faz:no intetesse da espéci. Bla ire diets e as solugoes egoistas. Mas sera apenas seu primeito Morimento. ia niio st podera paresber da foro clja Dpressio invisvel sofre. A sl mesma persuadiré de ae ‘um egoismo inteligento dove daizar sua parte a todos os lena egoamos. so for intligtnta do um foto, rar una moral tedrica em gle a interpenetrasts {do interesse pessoal e do interesse geral sere demonstra. dla, ¢ onde 1 obrigasio se Iimitard & necessidado, sonia or nos, do penser em outrem e@ nos quisermos tomar Intetigentemente dtets a nds mesmos. Mas podsremos sem pre responder que nto nos epraz conpreeiier assim nats Interest, © no so vo entéo por que nos sentiriamor sin da obrigados, ntretanto, somos" obrigados, a. intel- éncia sabe disso muito bam; por isso ela tentou ce. ‘monstraglo, Mas a verdade @ quo sua demonstragio £6 parece ter éxito porque abre passayem a nlguma coisa fe que milo fala, © quo € 0 esvencial: ume nocessidade Sotrida ¢ sentida, que 0 raciovinio havia repelido e que lin acloino anaginic Tstabelece, © ca de ro prlamente obrigstério na ‘obrigacto. no vem, pois, da Inteliginci. Ein 6 explica da obrignci 0 que se excon- tra dela ns hesttagio. No caso em que parece Tndar a obrigagio, ela se linlia a manter resistindo a uma Tes tincia, impedindoso do impedir. Veremos, ais, no PO ximo capitulo, a quo ausliares ela revorre, Por ore, fe {omemos uma comparagio que js nos servi, Uma’ fOr Do nretecrontsico n ‘miga que roaliza seu rude labor como se jamais ponsas: Se em si, como so 36 vivesse pelo formiguelro, esta: pro ‘Yavelmento om estado sonambulleo; ela obedece a. uma hecessidade nelutdvel. Suponde que ela se torne de si Dito inteligente: ela racioeinaré sobre o que faz, nda {2 Dor due o fas, dira que 6 bem tola por nto deseanstr Sgorar de laseres, Basta de steritcios! nora de pensar fem si” ‘is-¢ ordem nabural subvertida, Mas a natures festa alert, Hla dotou a formiga do instinio socal ela ven fo seu encontro,talver porque 0 instinto se achasse neces: Stado momentaneamente, como um visiumbre de inteligen- ‘ia, Caso a infolinela tombe perturbado”o setintoy do pronto. ser ‘recto que la. sb empregue em repor $= oleae no lugar & etn destazer 0 que Tee. Um ractocini® ‘stabelecer, pois, que a formigh tem todo o interes em ‘ubulhar pars o formiguelro,e assim, parecerd fundadi ‘Obrigagao. alas a vordado ¢ que tal finaamento sala bem pou sclido, © que a obrigagao presxistia em toda a su Dlenitude: a’ inioliginca apenas eriou obstdculo a carto ‘bsticulo que provinha dele. Nem 6 fldsofo do formiguat ro se reousaria a admitir Isso; ele persists sem cuvida fm atribuir um papel positive, © nao negative, 6 intliges fla, ‘assim o fivoram ‘no mais das veees os teorieos ca ‘moral, seja porque se tatasse de intelectual qu Yemossom ‘nig cOcedar i intelgénola umn higar destacado, sa antes ‘porque a Obrigucao Ines pparecesse omo cols simples, ndevomponivel: pelo contraro, se nels ir uma set hooossidace contrariada eventtaimente por wma Tsien ‘ia, concebese que m reaintencis vend ‘dn inteligenciy, ‘otisncia & resistencia também, ¢ que a necessiado, que ‘0 essoncldl, tena utra origem. Wa verdade, neni fi Tosofo pode ‘esquivarse de estabelecer primeizo essa ne cxssidade; o mals das vezes, porém, ela a estabelece mpl Silamenta, sem 9 diver. Nos 8 colosamos ao Giro, sls Slonamo. um principio que 6 impossivel nao admit. (Com efit, sala. qual for a filosofia 8 que adiramos, se Fomos forgados a reconheoer que 0 homem ¢ im sr ‘vivo, que a ovolugsa da vies, em suas das linia princi Dale; relivou so no sentido de vida social, que @ associ a forme mais geral da stvidade viva dado que a vida ¢ Srganieagio, e que a partir de entdo so passa por transi f0es insensivels das felaptes entre estulas mum organis- Sno as reiagdes entre tndlviduos na sosedade. Limitemosnos pols'a Observar 0 nlowontestado, o inoonestavel Mas, uma Te As Deas Fowris ws Monat» p¢ Reution ver edmitido isso, toda teoria da obrigagio toma se inti {ap mesmo tempo que inoperante: Inuit, porque @ ODER ‘Glo 6 uma necossidade da vida; inoperanto, porque a hips. {ee introdusida pode no meimo justitear nos olhos da Inteigoncia (e jestifioar ‘multe. inoompletamente) uma Gbrigaoto que Breexisia essa reeluboragio intelectual De resto, & vida poderia terse. limitado a. 1860, 6 nada mals fazer sondo consti sociedad fochadias exjos ‘membros fossem ligados uns aos outros por brigades festrtas, Hssus sociedades, compostas de feres inteligen- tes, teriam apresentado uma varialidade que nda £0 ve. ‘tion nae aneieine animate, agidas pelo inetinty mae 4 varlapto niio teria ido ao panto de estimiar @. sonho de uina transformagéo radical a humanidade 26 20 teria ‘modificado a0 ponto em que uma sociedade Unies, abr endo todos os omens, aparecesso como possivel. Por 50, esta nto existe ainda, e talver jamals exsta: eo. dar a0 homem a conformacto moral que The era necesséria para viver em grupo, # natureza talvez tenha felto para f espécie tudo o que podia, Mas assim como se encom taram homens de talento para ampliar os limites da in teligéncia, que. se conoedeu com isso a indivictios, vee or owir muito mais do que fora possivel dar & espé- le de uma $6 vez, assim surgiram almas privilegiadas que Se sentiam aparentadas a todas as slmes ¢ que, em tex do continuar nos limites do gro e de se ater & solid edade estabolecda pela. navurers, portavamse ein ge ‘al eva erm a humaaidads num impeto da or. © ois ‘ecimento de éada uma delas era como a criacio de tis fspécie nova compasta de um indlviduo Unico, conseguin. ‘do, o impulso vita, do lenge em longe, em determina Ihoimem, tm resultado que nao poderia ser obtido ined famenté para o conjunto da humanidage, Cau de- las assinalava. assim certo ponto stingido pela. evolito da vida; © cada uma delas manifestava sob uma forme friginal'umn amor quo. parece ser a prépria esséncia do fsforgo erlador. O'senthmento erlador que agitara.escne ‘imas ‘pritlleiadas, ¢ que era tim trenebordamento de vitalidade, irvadiou'se cm volta elas; enfusiastas, eas frradiavam um entusiasmo que jamais. se extinguin’ com- Pletamente e que pode sempre reacenderse. Hoje, quan. fig ressuscitamos pelo pensamento esses grandes homens 0 nereiso view, » e bem, quando os ouvimos falar e quando os contempla- fos agindo, sentimos quo eles nos comunicam seu ardor fe-noe arrectam om set movimento: nio mals. so trata fe uma eoergie mais 0% menos atecuada, mas wm. atrar tivo mais ou menos irresistivel, Mas essa” sogunda fora, fnto quanto @ pHimelta, nfo precisa de explleacto, Nao povlels deixar de sentir a semiocercio exoreida por habe {os que correspondem ‘simetricimente uo instinto; nio Doviels delzar de estabelocer esse agitar da alma que 6 & femogio: ‘mum eas0, tendes a obrigucto original, e, 0 ogo ae se ner ea seu prolonenment; as, ‘Texclusivamente mora, ¢ das quals mo cabo ao morals: {a fazer a. gineso. Por terem pretendido fexéia, os fl6- sofoe deseonheceram. o cardior misto da obrigicio sob Sus forma stual: tverum do, em seyulda ateibuir a tl fou qual Tepreseniagio da intaligencia o poder de arrastar ‘'yontade: como se uma idl Jamal pudesse exieireate- forleamente sun pedi 00D (Como se a ida fos. fe otra oolsa qi sono o exirato intelectual comum, ou ‘melhor, « projeqio fo plano intelectual de um eonjunko fds tendéncins ede aepiragBea, algumas das quats estio facima © as demais abatzo dn pura inteligencia! Testabele- {amos 2 duaildade de origem: as difictldades dissipam- Se. a propria duaiidade se reabsorve na unidade, por ‘que “preasto social” e "impulso ge amor” Sio diss ra. ‘testagbes complementares da. vida, normalmente api ‘cada a conservar por alto a forma Social que fol carac- ‘enieice ca eepeoie humana desde a origem, mas excep ‘lonalmente expe de a trnnsfiguras, gracas individu, ada um cos quals representa um’ esforco de evoluci triadora, como teria feito © sparecimento de uma nova ‘Nem todos os educadores tm talvez 2 visio com- peta dita dupa orig dn mom mas se apres de lgutan coisa dela desde que quetram realmente Inculear 3 moral a seus altnos, © nlo apenas thes falar dela, NAO fRegamos a utlidade, a necessidade mesmo de um ensino ‘moral que £0 dirija'a pra rasio, que defina os deveres Scale gum princilo a auai Seno porno ‘iversas aplioaeies. 2 no plano da inteligéncia, e nele so- mente, que a élseussig 6 poseival, e nao hit moraldade completa. sem Teflewio, andise, disoussa0 com 0s outros 80 As DuAs Foxs mt Mowat 1 m4 Reuciia ‘© consigo mesmo, Mas se um ensino que se ditie inte Iigencia Indispensdvel para dar a0 senso moral garastia fe sutlles; se ele 10s tors plenamente apios para roa lizar nossa ‘intengio quando nosea intengio for boa, se. a preciso. que howesse Primeiro intangao, a ute ‘fo assinala uma ciregao da vontade tanto ou mals que fda inteligéncia. Como se dominara a vontads? Duss vias se abrem wo educador. Uma 6 do adestramento, tomen- ‘dos0 a palavra no seu sentido mtis elovado; a outra 6 & ‘da misieidade, tendo. 0 termo no. caso sua signitieagto nat modes, Plo prmeiry matod ules 9. ‘émse a imitacho de uma pessoa, e mesmo ume unite spiritual, ‘uma colneidéncia mais ou menos completa om ela.‘ adestramento original, aquele que fo! preten. {ido Dela nstureza, consistia. na ‘adogio dos habitos do ‘grupo; era automdeo; fazinse por si mesmo quando. 0 Jndividuo se seatia mio confundido ‘com a coleivicade, A medida quo a sodiedade se diterenciava pelo efelto de tuma ‘visio do trabalho, delogava os gripementos. os sim constituidos no seu seio a tarefa de adestrar 0 indivi ‘vo, deo por em harmonia ¢om eles € por isso eam ela ‘mesina; mas sempre se tratava ce tm sistema de habitos ‘adguiridos em provelto apenas da sociedade, Nig & dvi fdoso que uma moral desse gexero haste rigor, 80 for ‘completa. Assim, o homem estrtamente inserido no ata. fro de seu oficlo © de sua profissto, que se dedigue por Inteiro a seu trabalho cotidiano, quo organize sta vida’ de iodo a fornecer a mafor quan{idnde es melnor qualia. 4 possivel do trabalbo, se desincumbiria em gerat 50 Icio de ruites outras sbrigoes. A diseptina feria feta elo um ‘homem honesto. Assim éo primelto. metodo: fle age no impessoal, © outro 0 complelars, caso neces Ho; poder ate substtutlo. Nio hesitamos em ehamélo 4e religioso, ¢ mesmo de mlstico: mas é precisa entrermos fem acordo’ cuanto a0. sentido das polavres, Apraz.dizer ‘que a religiio ¢ auxliar da. mora, no que ela tae tomer fou esperar castigos out recomipensts. "Talvez se tena. Tx ‘ho, mas deveria nereseentarse que, desso nepecto, a rel ‘io nada mais fax que promoter uma extensio um en firetamento da fustica humana. pela justin divine’: as Ssanodes estabelecldas ‘pela sociedad, ¢ exjo. Sogo ¢ tho Imperfett, ela tré superpor outras, infinitamente mals ele. Aorstmomro © Misnemor a vadas, que nos devem ser splicidas na cidade de Deus ‘quando tivermos detxado a dos homens; todavia, 6 no Dlano ca cidade dos homens quo nos mantomos assim; fnvemos intervir a religito, sear auvida, mas no nequlld quo ela tam do mais espetficamente rligiaso; por mals alto quo nos elevemos, encaramos ainda educsedo, mo al como um adestramento, @a movalidade como na dis pling; & a0 primelro dos dois métados que nos ligamos da noo tringportaion ao segundo, or outro Indo, 6 nos dogmas ruigiosos, a metatsica quo oles in plicain, que pensamos em geral desde que a palavra “re Tato’ ¢'pronunetada devmodo que, quando so das ‘eligiio por {undamenio da moral Tepresenta- a oon Junto de concepetes, relativas a Deus e ao mundo, euja Acottagto feria ‘por consequence a pritea do bam. Mas ‘claro que essas concepedes, omadas como tals influem fm nossa yontade et nossk condute como & podem finwer toorias, isto 6, sas: estamos agit no plano ine leetual, e, como vimos anteriormente, nem a" obrigagao SSpmaz acelin e pola em pratica, ‘Talves se tend razio finda, so aistinguir essa mtatisica de todas as demas, ‘izendo que precisamente ela se imp h nossa adesio; tas eno no 9 pry canted dt nem em a pura Tepresenlagso intelectual, que pensamos; introdua. {hos algo do diferente, que sustanta & represontagio, qu ihe comenies itdefintve! ‘eficisia, © que 6.0 elemento ex Decifcamente Teligioso: mas agora esse elemento, © ‘io. melanin & qui esta junto, que se torna 0 funds Ienio religloo da moral. 36 lidamos com 0 serundo me {orlo, mas € da experiéneta mistien que se rata. Queremos falar da experiénca mistca encerada ro que ela tem de ‘medio, isenta de qualquer interpretagio, Os wardadeires fisticos'simplesmente se abrem fh vaka quo os invade ‘Seguros de si mesos, poraue sentem em st algo de me Thor que eles, yovelamce grandes homens de aci0, para ‘Surpresa dagtsies para quem o mistieismo ‘iio passa de isto, transporte, éxtase, © que eles delraram escoar no Interior de st mésmos € um fluxo descendente que dose. sve atinte cs outros homens através deles: a novessida do do expat em volta eles o que receberam eles Sen: fem como tm tmpeto de amar, Amor no qual cad 82 As Dus Fowres m4 Monat 1 ms Reuciio eles imprime a marca do sus personalidade. Amor que é fentio em cada um doles um seatimento Intelramente novo, ‘cayas de transpor @ vida humana para outra tonaiidade ‘Amor que faz. com que cada tim deles soja amado assim Dor si mesmo, e que por ele, para ele, outros. homens ‘Geiario sua tima Se abrir ao amor da himanidade. Amor ‘que poder também transmitirse por interméalo de tims Pessoa quo estejaligada a eles ot lembrange quo esteja ‘iva dels, ¢ que tenha motdado sua vida nasse model. ‘amos mais além, Se a fala de um grande mistico, ou de Guilguer de sous imitadores, ancontra eco neste ol nase {ede nds, nio seré porque haja em nds um mistico ador ‘mecido e' que apenas espera ocasito. de: despertas? No Drimelro caso, a pessoa ligase ao impessoalo tema em vista Inserirse nele. Aqui, ela stende eo chamado Go uma per sonaldade, quo pode ser a do um sevelador da vida mo. al, ou do tum de seus imitedores, ou mesmo, em cortas ‘creunstaneise, «sun ‘Que se ralique um método ou outro, em ambos os casos nde teremos apereebido do funde. da natureza hu: ‘mana, tomada estaticamente om si mesma ou dinamica- ‘ments em suas origens. O erro seria crer quo pressto © pirsgio morais encontram explicagio definitive na vida s0- lal eonsidarada como um simples fato. Gosta se de dizet ‘Que socledade existe, que a partir disso ela exerce ne- fcecsariamente urna coergao sobre seus membros, e que fsa coergao é a obrigapio. Mas em primelro Tugar, para ‘gue a sociedade exists, @ preciso que o tnaiviauo contr ‘Dus com un eonjunto'de disposigoes tnatas; portanto, 8 Sociedade no se expica por si mesma; deve-se, por con Seguinto, procurar por belao das aquisigaes socinis, che ‘ar 8 vida, da qual as sociedades humans, como de resto 2 espécie "humana, sio apenas. manifestagbes. Mas, 180 hhio e tudo: seré neceeestio cavar mais findo winde. S| Quisermos compreender mio apenas como a. sociodade ‘Obriga os individuos, mas ainda como 0 individuo pode filo sooiedade © obler dela ima transformacio moral Sova socledade se bastar a st mesma, serd a autoridade Suprema. Mas se nfo for mais que wna dns determinagdes a. vida hé de conceberse que'a vida, que teve de situar ‘2 espécie humena em fal ot qual ponto de sua evolugio, ‘comunica tuna impulsio nova a individuaidades.privle fladas que serio Tetemperadas nola pera ajudar « s0cie. Avrstmoieero © Mesicmane & ade a ir mais além. # verdade que terd sido nocessério ‘Segui até 40 prOprio principio da vida. Tudo fica obscuro, ‘se nos alivermus a simples manifestagbes, quer as cha. amos todas juntas do socials ou as eansideremos mals ‘Barliealarmente, no homem social, a ineligenea. ‘ado 3 ‘solarece, pelo cantrarlo, se formos procira, para algm ‘dessas manifestagdes, a propria vida. Alribuamos, pois, & Dalavra biologia 0 sentido muito abrangente quo. ln overia ter, que um ale talver assume, e digemos, ‘pare ‘conclu, que toda moral, pressto ou aspiraclo, @ de east ‘a blots. capiruLo at A RELIGIAO ESTATICA 2 bem humilhante para a inoligéncis humana o ospe- ‘culo do que foram as religides, © do que sio ainda al- frumas delas, Que mostico de aberragies! = init! que a fxperitncia diga "é fal", © que 0 raclocinio diga "6 at Sudo", pois a fumanidade apenas se agarra cada, ver ils 20 absurdo e 20 erro. Se polo manos fleasse nis! Mas jé se viu a religiio prescrever a imoralidade, impor tximes. Quanto mais tosea, mals Ocupe materialmente tm Inger na vida de um povo. O quo ela devera partilhar mals ‘aide com a clénca, a arto, aflosaia, cla 0 pedo o obtem Drimelzo por sis0. de sirpreender, quando v= comegot or detinir o homem ‘como ser intligent! Nosso espanto sumanta, quando vemos que a supers ‘Helo mals grosselra fol por tanto tempo una Zato univer: Sil Do resto, ela subsiste ainda, Eneontra.se no passado, se encontrasiam até hoje sociedades humanss que nto ppossuem clencla, nom arte, nem flosofia. Ms nunca exis ‘it soetedade sem relgii. ‘Qual mio deveria Ser nossa confusio, agora, se nos compardsiemos ao animal quanto a isso! Muto provavel- ‘mente o animal iguora 2 superstigfo. Nada subemos do fue se passa em consciénelas que no sejam s nossa; mas como of estados roigiosos se traduzem via de Tegra por fates e atos, serfamos bem informados por algum s- hal se 0 animal fosse eapaz do religiosidade, Temos, pols, do tirar Partido disso. O Homo sapiens, unico see’ dota 86 As Dust Fowrts os Morar os Reteako do de ro, 6 0 inca tambéen que posta prender ua exis: in lo conta inaensatas YPainse muito de certa “mentalidade primitiva” que seria hoje a de ras inforiores, qu outtora sara sido a a itunanidade em geral, 4 conta do que deverta ari Due a superstedo, So née initarmes eosin a grupar cer {as mancras do pensar sob uma denominacko comm © ‘9 ntocar certs elagdes eote eas, faremes obra Sel © {ntact no sentido em que clreanscrevemos Un campo de estides eiologicos e plcldgioas que 6.0 ‘nis alto Sntoreaoe: Inatacel, dado qi apenas consi. Farenoe a existancia do conas erences ® oortan pratioas ‘uma humanigade menos eviisaia que. nossa. A iso ‘parece terse adstnico Lévy-Sruhl em sus obres notévis, obretuio nasties, ine Golzse ent sotata a ques to do saber como erengas ou pitas G0 ouco sense {Ss paderam 6 podem ainda sor acstas por seres intel fentes, Nao nos! podemos equivar'a encontrar uma. Tes osta a esse questio, Quel’ ou mio, 0 istor dos belos Livros de Lévy-brut ies iar doles @ conclisio de que a {ntaigncla humana erably 1c hatural no sea sid Scmpre 8 mesma, a smentaidade primitia” correspond. ‘n'a uma estruima fundamentalient eferens, © que © ‘oss teria suplantado o quo 6 se encontra hoje nos Bo" ‘os rlardatios, Mas samite-so entto que os hbitos do Sipimto adquinidos pelos indvidwos no trenscurso. dos ‘Sezulos puderam torbarae heredlarios, modifier a pat $e a nova tnenaldade a eepese. aaa de mals cu Ylanso. A supor que um hablo contralda por pals s0 Transit sempre #0 tte, fato nro, devigo & ao con fio’ Go creunstancias etidentamense Teunices: neni ‘na modiionoo aa espéte sala diss Mas enti, dad0 ‘due © estrutara do eaprto permancesse a mesma; 8 ex erkncinaaqulrida por geragbes, suossves, cepostoca To melo sociale restiic por exe moio ‘coda un do fue, deve bastar para explice por qve mo Denstmos Co Iio‘o stociimdo, por que o homem ce antigamento a Jeria do homer faa, © sepinito funciona gualmeste erm ‘inbos of casos, mas nfo se splice talvex a mesma mate rowaveimenie porque asociedade mao tem, nesse Gato como no outro, as mosmas necesidades. al. sor fe eoncusio de oseus pesusas, Sm {eoigar sobre ee, imitemonos a dizer quo’ observaGio Do Ansomio Xo Sex RACIONNL ” dos “primitives” suscita inevitevelmente & questo das Origens Poicologicas da superstiglo, © que a estrubura go- fal'do expirito humano —~ a observagao por eonseguinte 4p thomem atual e eviizado — nos parecera forneeer clo. ‘manlos suficientes para a solugéo da problema, ‘Yauos nos exprimair quase iguaimente sobre a men- tatidade “coletiva, © no mais “prumitia”, Segundo Emile ‘Durihcim, nao cabe procurar por que as colsas 88 quals fal ow qui religito peca para erer “tennam aspeeto to esconceriante para 7420s individuals. Trattso muito Simplesmente de que a representagio que ela. oferece ‘Gestas coisas mio @ obra dessa razbes, nas do espinito Soletivo. Ora, 6 natural quo esso espirito imagine a real: Gedo de modo diferente do nosso, pols que ae autra nae ‘tures. A soeiedado tom sua mnelra de ser que Ihe 6 prépria, e portanto sti minelea de pensar”. cAdmitice: ‘mos do bom grado, quanto a nds, existcla do represen. agoes coletivas, deposiadas nas instisugées, na. lingua gem ¢ nos costimes. Seu conjunto consial a inteligencia Sooial, complomonisr das inteligénolas incividuais. Alas ‘nao vemos como essas dias metialidades seriam dlscor antes, ¢ como uma das duas poderia “desconcertac” a foutra."4 experiéncia nda. dia do semelhante, © a socio logia nio nos parece ter qualquer razio de o supor. Se se julgasse. que a natureza $9 ateve ao indlviduo, que & s0- ‘edie nase de tim acaso ou de uma convencto, poder ‘Sola lovar a tose até 0 extremo o supor quo esse encontro 42¢ individu, comparvel no dos eorpos simpl que 2° Them numa combinage quimca, fez surgir uma intel Btncla colotiva da. qual certas ropresintagoes desencamnt Bhirdo a rasto individaal. Mas hoje minguém atroul & Sociedade tuma origem casual ou contratual, Se howvesse ‘uma consura a fazer & sociologia, seria antes a de apoiar- soem domasia noutro sentido: tuna de suas representa fee verie no individuo uma abstragao,¢ no corpo socal & tinlea realidade, Mas entio, como mentalidade coletiva ‘blo estar prefigurada na montalidade individual? Como a ‘baturezs, 20 fazer do homer um "animal poUtco”, teria ‘disposto as inteligéneias hnmanas de tal mancira qe ela Se tntam expatriadas quando penser “politicamente”? De ‘ossa parte, achamos que nio se obtera Jamas sufiiente FT aant otpive SR As DULS FoRIES D4 Monat £ Du RetaKo elucidacto de sua destinagso social quando se etudar 0 Indiviauo. por ter descuidado isso gue’ a Psicolo. la progredia tio ‘pouco em certos.sentidos. ‘Nao Talo fo interesse quo haveria em sprofundar carlos estados fmnormals ou morbides que implicam entre o® membros 420 uma soeiedade, como entre av abelnas da colmeis, ana Invisivet anastomése? form da colmeia a abella te esti fe more; isolad da soeiedade ou nao participando 0 sul Conte de Seu empenho, © homem soffe de um mal talves ‘andlogo, bem poloo esiudado até agors, que se cham de fntado; quando 9 isolamento so prolanga, como na recl- ‘to Deal. perturbacdes mentas caracteristias se apneser tam, Hssts fenomence Ja mereceriam quo a psicologia Ines abrisse uma conta especial; ela so stldaria por ouimos Iu ros, Mat isso nfo 6 fado, O futuro de uma elancla depen 4de-da maneira pela qual ela primeiro olreunsereveu set objeto. Se ela tave a sorte de cortar semnda as erticala: ‘bes maturais, como 0 bom cosinhairo de qua fala Plato, ppouco importa o nimero de pedagos que el ter feito; como o corte em partes tera preparado a anise em ele- ‘Mentos, ik possulrse finaimente uma representacho sir Dliffeada do eonjunto. Disso ¢ quo nossa pslcologin nao se ‘hou conta. quando secuou diane de certas subdivisoes. Por exemplo, cla estabelove fnculdades gerais de peroeben, de inferprelar, do compreender, som indager so nio se tra farla de mecanismos diferentes que entrariam ert Jogo Segundo essa Taculdades se apliquem 2 pessoas OU @ cot fas, segundo a inteligtnea eataje imersn ou nko no meio Social. No entanto, 0 camum dos homens j4 esboca essa fistingto e eheaou mesma a consigndia es sua fala: ao lado dos sentidos, que nos Informam sobre a8 colsas, le coloca © bom senso, que se refore is nossas Telagbes com ‘as pessoas. Como no observar que so possa Ser profundo mmatematico, so fico, psioslogo sill na. medida em ‘Que analisabdo-se a si mesmo, ¢-no entanto compreender Sbliquamente as agoes de ouizem, calcular mal as suas, Jamais adaptarse ao meio, enfim, faliar bom senso? & ououra das persequigoes, mais precisamente 0 delirio de Interpretecio af esté para mostrar que © bom serso pode Ser projudlcado, 20 passo que a faculdade de racioeinar Dermancce intaca. A gravidade dessa doents, sua resistén- in obetineda a qualgter tratamento, o fito de que se em fcontrem em geral prodromos no passedo mais longingo A Fuxglo Fasutaont » do doante, tudo isso parece indlear bem que se trata de lum insufleéncia,psiquica profunda, congenita ¢ clare ‘mente delimllada. O bom senso, quo se poderia chamar de Senso social, © pois into ao homem normaly como a fa: fculdade de falar, que implica iquaimente 2 cxistencia da Sociedade e qe também ests esbogeda nos organismos Individuais. 8, de resto, difiel do admitir que a natureza, quo instiruiu a vida soclal na extremidade dis eas gran es las de evolucto que tezminam respectivamenta no hhimenoptero eno homem, tenia rogulade de antomdo 10- ‘dos os pormenoves da atividade de’ cada formiga 0 {Or Inlguelro ¢ se esquectdo de dar ao homem diretrizes, pelo ‘menos gefais, para s coordanacao de sua conduta com a dp seus semelbantes, As sociedades humanas diferem sem ‘ivida das sociedades de Insetos nagullo que detxam inde. termitados os empenhos do individuo, como alits os da Coletividade. Mas isso equivalo a dizar quo as ages 6 que fstéo préformadas na nature do Inssto, © que a funglo fapenas 6 quo 6 préformada no homem. A funoio também Wests, organized no indivieuo. pars que els. te exerea ‘na Sociedade, Como enti haverla mma mentligade social {que sobroviesse por aerescimo, © capac de destonoettar a ‘enfalidade individual? Como’ seria a primetra ima ‘ente & segunda? O problema que haviamos apresentado, ‘quo consisto om saber como superstgbes absurdas pude fram ¢ podem ainda governsr @ vida de sores. sonsatos, Subsisi, pols, intogralmente, Disiamos que ¢ inl falar {de menialidade ‘paimitiva, pols 0 problema. die respelto| {amnbem & psteoiogia do bomem atual, Acresoentaremos que inutil falar de representagdes eotetivas, pols a questo ‘Spresenta se tambem a psleologla do oniem individual ‘Mas, precisamente, & dificuidade nio consistiria pri zmeiro em que nossa psicologia nfo se proocupa o bastante fem subdlvdir seu objeto de acordo com as Hnas assina- Tadas pela natureza? As representagées que engendram st ppersticdes tém por cardter comum o serem fantasmticas Rr pricologla as reizetona a tuna faculdade geral 4 imag fagio. Sob a mesma rubrica ela elassifiears ademals 0s ‘esonbrimentos e as tnvengdes da cldncla as realizes fda arte. Mas por que grupar juntas coisas tio diferentes, Sarihes o mesmo nome, © sgerir assim um parentesco entre elas? unloumente por comodidade de linguagem, f pela raxéo inteiramente eyativa de que essas diversas 90 AS Duss Fontes D4 Monat #94 Rotxako ‘operagdes nfo sio nem percepgio, nem meméri, nem tx: Dao logico do espiito. Concordemos entao em por & par te as representapoes fantasmaticas, ¢ cbamemos “bla. io" ow "Tiegio" uo ato qu as faz surgin, Sera ain rie {nelro passo para a solucdo do problema. Observemos ago "i que’ poitologia, quando decompoe a atividade do <= Dirito em operagies, nio so ccupe o sufciente de saber ‘ara que serve cada’ una delas; @ preeisamente porque SSubdivisio € no mais das veaes Insuflclente ou ariieta © homem pode sem duviaa sonhar ou flosofar, mas Pr ‘meiro deve viver: no hi divide slgima de cus’nossa ex: ‘rulura psicoldgica nfo tom a ver com a nevessidade do conservar e desenvolver s vide individnal e social. Sea Psicologia nia se roger por essa consideragio, deformard hnecessarlamante seu objeto. @ue se airia co cientista que finesse © enatomia dos oryios o a histologla dos tocldos, som se preocupar com sua finalidade? Ele correria 0 isto le dividir em falso, de grupar em falso. Se a fungio 66 se fcompreende pela fonscientemente, quo 0 papel da Asilogla & procurar 0 ‘quo ha de fsioo ¢ de quimico no ita, Ja que nO S® Do ‘dona atsibir de antemdo um tormo psira essa pesqulst, ‘e ue entdo ters preciso procedsr comp se @ pesquisa nid Gevesso tor fim: so astm se in para a frente. Ble es fabelees, pols, uma regra de metodo; aso enuneia um. ato. Limitemonos, pos, & experiénela: diremos — e mals fe um bidlogo reconece — ue a cicia est mats ong 420 que nunca de uma explicagio fisico-quimics da vida Fo! ‘o que verifieamos em primelro lugar quando Zalevamos eum impulso vital. Agors, uma vez estabelecida a vida, como representar @ su evuiiyio? Fudese sustentat qu ‘2 poseagem de Unsa espéeto 2 outra So fez por una série ‘de pequenas variagdes, intelramonto ao caso, conserva ‘das’ pela solegao fixadas pela hereditarioaade, Mas se finaginarmos 9 nsmero enorme de varlacoes, coordenadas fire se complemeriares uses ds outa qu dover ‘produninse para que 0 organismo tire provelto delas, ot {amo simplesmente para. que nfo se sinta prejudiesdo, fndagese como cada ima delas, tomada 8 pate, conser: varsed por selogdo e experart aquelas gue a complete Bonini, no mais das vezes ela para nada serve, pode até Drejudicar ou paralisar a fngSo. Tavocando, pois, uma Sompotiggo do acaso cam 0 scaso,o pio atribuindo a qu ‘quer eaten especial 9 sentido. tomado pela vida qua evo {uy aplcase a prior o prinolpio de economia que se re ‘comenda & oléaela positiva, mas nio se verifiea absolt D4 As Duss Fowrss mk Monat mm Retcizo tamente um fato, e vomse chocsr imediatamente contra dlificldades insupordvels. ssa insuiciéncia do dave ‘mo € 0 segundo topico que assinalamas quando falavemos de um impulso vital: & teoria contrapusemos um Lato, constataramos quo a evelugio ds vida Tealizase em dite: ‘Ges determinadas, ~~ Agora, serio eashs drogoes. impr ‘midas & vida pelas condiges am que ela evolu? Seria ne ‘essério admitir entao que as modifieagdes sofrides pelo fndividuo passim a seus desoendentes, pelo menos bestan, te rogularmente para garantir por excmplo & eompleagio ppaulatina do um draio que realize cada wer mais dela ‘mente a mesma Tunedo. has a heedierisdade dos caree tres adquiridos ¢ aiscutivel e, a supor que tim dia seja observa, seré excepeional; é ainda @ priori, © pelas re essidades da caus, quo se a fer funcionar tom essa Te: ularidade, Liguemos ao insto essa transmissibtigade fe. gular: ectaremos em harmonia com a experiencia, ¢ ite. ‘os gue nfo 4» aluagdo mectnica is couss externas, 4que se trata. de um impulso interno, que passa de germs 8 gorme através dos individuos, que leva a vida, emt dada regio, a uma complexidade eada ver mais elavada, fsa a feria il qe evonars ge do impalso vital ~'Sigamos mais alem, Quando se fala do progresso de ure frganismo ou de tun drgio adeptandose a candies mais ‘compleras, pretendese'o mais das veree que a Complex eds candlgbes pone sum forma 8 vida, como © ‘molde so "gess0: apenss sob essa condigao, dase, tor ted uma ctplicugto mecinica, «pus conseputite cent ‘a. Mas, apés terse dado a satsfasto de interpretar assim 4 adaptarto em gera, racloolnase no caso Particular co tno so a aaptasto ose cea ‘interamenie diversa —o que ¢ com eeito —, a solugdo original, encontraca pela ida, do problema quo as candiedes externas Ihe apresen tam: © esea faculdade de solueionsr problemas delsas ‘nexplicada. Ao Tazor intereir entfo uma “impulso", nao eu ‘mentavamos a explicagio; mas assinalavamos esse care ‘er misterioso da operscto da vide, em ver deo excluir sistematleamente em goral para admitlo e wisiio su epliclamente em cada caso particular. — Mas nada fazis- ‘mos para dissipar o mistérlo? Se a maruvlhosa.coorde- nnagio das partes com 0 todo nfo se pode explicar me canlcamente, muito menos exige, a nosso ver, que & tt temos como finalidade. Aquilo que, visto de" fora, 6 de. Surcagho no “beens0 Vira” 95 componivel numa infinidade de partes coordenadas umes SSroutras apareceria falves de dentro como sn Ao site pies: assim, un movimento de nossa mio, que seutimos Tavisive, ert peresbido exteriormente como tums curva Altinivel mediante uma equagio, isto 6, como uma Just osigao de pontos, em miimero infin, todos os quals ss "Stazem tesa lel Ao susctar ® imagem de un im: Dlso, querfames sugerir essa quint idea, © mesmo algo Intls! Monde nossa anise, que se faz por fora, revela ‘lementos” positives em imero cada ver maior que en ‘contramos, por isso mesmo, cada ver tals suzpreenden ‘emante ebordenadas uns a08 outros uma antugao que 66 transportasse para dentro aproendera, io mais ie0s ‘ombinados, mas obstdculos Femovidos, Gerta mao invist ‘Sel quo atrevessasse bruscamente limatbas de for, ae has Temoveria a resistencia, mas propria simpllidade fesse af, vista do aspocto Tesisténcia, spareceria como & Justaposicao, efetuada numa ondem determina, das par~ Hiculas de liana, — Agora, nada se poderd dar dese ato, eda zesistinela que ele encontra? Se a vida néo € re Gutivel a fates fiscos © quimieos, ela shun & maneira de ine causa especi, arescian ap que comumento chara- ‘moe de materia: essa materia € instrumento e é também ‘bstéctlo, te divide o que ela exclaece, 56 podemos con- Secturar que una divisio desse genero sola devida a mul- ‘plcidade das grandes lines de evolugio vitl, Mas por {suo nos @ sugerido ‘um melo de preparar ¢ de comprovar 2 intuigdo que queciamas ter da vida. Bo virmoe duns ou {rds grandes Inthas de evolucto coniinuarem livremente 5p lado de vias que terminam em impasse, e se, a0 1ongo desta nas se desevlve cata vex tai um carder ee Sencial, podemos eanjecturar que 0 impulso vital apre- Seniasse primero esses earacteres om estado de implia- io reciprocas instinto © ineligfnci, que atingem seu Sono euiminange nas extremidades das’ duss.principais {inhas da evoulgio animal, deverto assim ser tomndos uh ho outro, antes dese desdobramento, nao composts Jinios mas constfutivs. de uma Tealldade” simples. 20: te a gual infelgéncia e instinto seriam apenas pontos de ‘isla, dado que comegamos 2 enumerar, tals slo a sex {ay ssa volta repreentates que la, um Duis vital evoeers. Aas por enquanto.mencionamos 2pents' impllitamente o essencinls a Imprevistlidade 96 As Duis Fownss 9k Monat 04 Retciio as formas que a. vida cria com todas @s pects, por saltos ‘escontinuos, a0 longo de sua evelugio. Gur noe coloque. ‘mos na doutiine do puro Mecanismo ou na da fnalids- de pura, em ambos os casos as eriagbes dn vida Serto pre determinadas, podendose dedusir 0 futuro do presents ‘or um cates ot insintandose nelas sob forma Ge idea, Sendo o tempo por consegunte sem efieiia, A experiéncit Dura nada sugere do semelbante. Nem impuisto nen airs. {io, parece el der, Um fmpuiso pode justamente sugerit Sige desse género e fazer pensar também, pela indivisib Iidude do que ¢ sentido ineriormente ona's pola aii ‘ade 20 tntinito do ue 6 eateriormente pereebido, nessa ‘uragio real, efias, que ¢ predicado esseneal da vida, — ‘Tals eram as idcias que haviamos encerrado na imager do “impulso’ vital". Despresandoss, como se ez Da0 Dow cas vers, enooiramo.nes naturelmente dante de um eo: ‘eto vizio, como o puro “querer vive, e dante de uma ‘metatisiea ‘est. "Tomando-as em ‘consideragto, tense ‘wine idéia earregada de materia, empirieamente’ obtida, ‘apes de orieniar = pesquisa, que resunipor alto'0 qu Sabemos do processo vital ¢ que assinaara também © que dele ignoramos. ‘Assim encarada, a evolugto aparece como se realizan- 4o por salios bruscos,e a varinglo consitutiva da espécie nova como feta de diferentes miltiplos, complementares lins dos outres, que surgem globelmente no organismo sac {do do rerme. para retomar nossa ecmparacao, nm Moo ‘mento stbito da mio merguihads ma imalfa ¢ que’ Pro. ‘oce tuna retsposiggo tmediata de todas as partiulas de Torro. Se, ademais, a transformagio se opera em, Giver Sos representantes’ do tuma, mesma espécle, ela pode no ‘ber em todos © mesmo éxito, Nada eiz que o aparect. ‘mento da espécio humana no tet sido devido a varios altos de mesma diregio, Teallzandose agul e all nme ‘especie anterior e culminando assim em espécimens de Seres humanos bastante diferentes; ead um deles corres: Donderia a uma tentative que foi bem sueedlds, n0_ sen {ido do que a variagoes milliplas que earacteriam cae tum dees estdo perfetamento coordenadas umas as outrast ‘as nem fodos se equivalem, dado que os saltos ndo atin: tram em todos os easos a mestsa distinc em mesrao Sequiram na mesma direqao, Podersola. diver, evilando Siowrieagio no “Darutso Vist" 7 om Jsso alribuir & palavra um sentide antropomérficn, ‘Que cles correspondiom a uma mesma intencio da vida, ‘Pouco importa, aids, quo a especie humana ten sai do ou mio de uma estipe tnioa e que haja um ou varios tespicimens irredutives de seres humnds: o homem spre: Senta sempro dois tragos essencias: a imaligencia @ a Socinbilidade. 4s, do ponto de vista em quo nas coloca. ‘nos, esses ciructeres adquirem uma signlicagho especial ‘Nao’ interessum mais apenas 0 psicoiogo @ ao sociolo. go. Exigem primelramente wma interprecagio.bloldglon. {nioligncla ¢ sonabllidade devem ser recolseadas na tv Iigso geval da vida, ‘Comorando com a sociabilidade, ns a encontramos sou forma tata nos dle oot nines da ero Tugso® os insotos himendptsros tais como. formign 6 ‘abelhi, © no nomem, No estado de simpes tendency ela So acha’cm toda a parte na nature, FO possivel dizer {que o individuo era {4 uma sotiedade: protczodelos, cons fituidos de uma uniea eslla, teriam eonstinldo agro os, 08 quals, sprosimando-se por sua ve, ferlam cao i gta stamey do eaclen, Tevelase, pois, alé mesino no estrufura dos individuos, Mas, ainda uma ves, nfo passa de uma tendéncta: se ‘ratimos de. sociodades ‘acabadas, organleagiesntidas de indiviauatidades distinias, sera preciso tomar o8 dois fibes de associacto que time’ sociedade de insetos © wna Sociedade humana representam, sendo aquelafmutavel, © festa cambiante, uma instintive & 4 otta iteligente, a boy ‘mera comperael a um organism cujor elementos £6 exis {em em vista do todo, a segunda delxando tanta mage fos individuos que néo se sabe se ela feita para el ‘ou so cles sto felts para ela. Das ats condigdes estaber lecidas por Comte, *ordem” © "progresso", © Inselo 86 ‘itn ‘mpi, ow ada deftones Sa’ od se spent 98 As Duss Fowris mt Monat at Rutio ‘quis & ordem, ao passo que ¢ o proyresso, as veres exclu thao & Ordem e sempre wevico a iatalvas inaividuais, 4 ‘Gue vise ma paeela pelo menos ca humaniaade. Estes dots tipos acadados de vida soclal se fazer, pol, sme: fos e se completam. Outro tanto se diria do instnto eda Intligenei, quo. os earacterizam respectvamente. Teco Tocades na’ evolupio da vida, eles aparecem como das atividades averguates © complementares, "Nao nos’ deteremos sobre. o que. jé expusemos em trabalho anterior". Lembromos apenas due a vida 6 deter Iminddo estorco para obter certas coisas da materia Druta, que instinto-e Inceligencia, considerados no estado aeabs 4g, so dols maios de utilizar um instrument pera esse fim: no primelro caso, o instrumento faz parte do ser ‘vo; ho outro, 6 um Instrumento inorganic, que £01 pre- ‘cho nventar, fabricar, aprender a manga. Considorat & ‘iimgéo, com mals forte razio a fabricacio, © cam mais Torte razio ainda a invengio e deparareis urh por un to- dos 06 elementos da intaligéndla, porque sta tinalidade ‘explica Sun estrutura Mas nfo se dave’ esquacer que ges fume franje de instinto em tomo da ineligncta, © que lnmpefos ee inteigencis subsistem no {undo do Instinto Podese conjecturar que eles comegaram por estar itt ‘lleados um no outro, © quo, se Tecuissemds a0 mais re moto passado, encontreriamos instintos mats aproximados 4a inleligéncla do que os dos insotos atuns, umn inte ‘inci mas vicina do eatin do gue a dos atm verte Dring. tiveram de distociase “pare erescor, maw” fguma coist do ma -continuow ligada & gutra. Clsas se ‘melhantes se diriam de todas us grandes manifestagdes da vida. Cada uoaa delas apresenta © mals das veces, em es- {ado rudimentar, ow latent, ou virtual, 0s caracteres eS senciais da malor parte das demais manifestagoes Extudando entdo, no termo de tum dos grandes osfor- gos na naturera,extos grupamentos do sates eesencialmen fe inteligentoe © particularmente livres que sho a= socle- ddades humanas, nfo deveremos perder de vista o outro pponto culminante da evolucio, as sociedades repidas pe- {o'puro instinto, em. que o indiviaio serve cegamente 20 fnveresve da comunidades. Essa comparacio sao autorizara TA atte crake, pelo por eta edtora (do 7) A Foxgio Socal os Fanvtacio » jamais eonclusbes firmes; mas poder sugerir interpreta ‘Shes. Se soctedades se encontram nos dois termes princ. Dals do movimento evolutive, e so 0 orgunismo inevidual Estiver construido um piso que anncia © das soc Gedos, ¢ que a vide € coordenagio, o lerarguia de elomen: {os entze'os quals o trabalho so divide: 0” socal esta no fhndo do Vital Se, nessa sociedades que sGo 2 o: Orga. hismos individuals, © elemento dave estar pronto 450 Sieniticar palo todo, se 0 mosmo é assim nossa sociodados Ge sociedados que'constituom, no extramo do uma das fluas grandes linhas da evolugio, e colméia eo formigue so, d enti ease resultado so Obtem pelo snstant, qs © apenas 0 prolongamento do trabalho organizador ‘aa ns ‘reas, ¢ que a natureza ge preocupa com a sociedade ‘mals quo com o individuo, Se 6 mesmo no acontace com © homom, € quo 0 esforge do invengo quo so manife. {a em todo o dominio da vida pela eragao de especios nnovas encontrot! na inimanidade apenss 0 melo de ee con: ‘nuae por individuos aos quals ¢ gutorguda endo, com ‘intenencia, foculdade de inieiatva, independénci, 4 lerdade. Se'q inteligéncla ameacar agora romper et ortos pontos a eoesto soetl, © so a soniedade deve sub. Sistr, € preciso que, nesses ontos, hafe. um. ontrapeso 4 intligéncia. Se esse contrapeso mio pode ser 0 proprio Inghnto, dado que seu ugar esta precsamente tomaco Dela inteligéncia, implese que una virtualdade de ins to ou, se preférirmos, o resiauo de instinto que subsiste fms tama sneliganeta. prdien 6 mesmo elto~ ele na ‘Pode stuar diretament2, mas, dado que aiteligéneia opera Sobre representagdes, Suscilerd “Imagindrios" que Tesi Iirio a representacio’ do real © que conseurdo, por malo ‘da propria inteligenela, contraporse ao trabalho itslee fal Assim se expllearia a fungto fauladora. Se, ade- ‘ls, ela desempenha tm ‘papel socal, deve. servi tam- ‘bem ao indviduo, que & Sociedade tem 0 mats das vezes interesse em controlar. Podese, pols presumir que, sob ‘ua forma elementar e oPginal, eta raz 0 propHo tnd duo "umm sereseimo de forca, Mas antes de chepar a ‘esa segunda questi, consideremes’«primelra. Entre s6 observag6es feltas pela “oléncla psiqulea" 46 em outrs Seasito haviamos notado 0 {ato segue Gorta"senbora encontravate mo pavimento. superior de 100 As Duss FOR Bx MNLF ok Retixion tum hotel, Querendo descer, ela se dirigi ao patamar. A Dorta destinada @ fechar 9 pogo do elovadar estava aber {2 mnequole momento. Essa porta £0 se deverla. abet 5 (0 clovecor estivesse no andar; ela entio acrediion a. Talmente que o elevador estivesse no lugar, cOmeu ‘a apaniitlo. Bruseamente ela se sali pura paca tree © asoensorista acabava. de. aparecer, ea jogou sobre 0 ‘Putamar. Nesse momento ein sala Ge sua astragao, Ve Fifleou, estupefata, que aio havia.aem orsem nem ele ‘yador. Como 0 mecanisino estivesto enguigado, @ porta lbruso no andar em quo cla se uchava, eo Daiso Gue 0 ‘lovador ‘tinha permanceido ‘ombaixo. Era no vaso que ‘las fa precipitar: uma aluclnagio miraculosa salvou tne "vida, Haverd nevessidade de dizer que 0 milagre se fexplionfaciimente? A senhora raclosinara certo sobre um {iio real, porque a porta estava de fato aberta e por con gulnte o elevador doveria estar no pavimento. Saath, | poreepelo da cabino vasie a teria tirado do seu er70; zag essa pereopedo chogaria demasiedo tarde, dado que alo’ conseeutivo 0 raciocinio certo je comecara. Bato Surglra a pereonalidade instintiva, sonambultea, subj. fente haveln que raciocina ia se apereabera do por, ‘Em prectso ar modiatamente, Instantaneamente ela Jo ‘gou 0 corpo para this, fazendo brotar ao mesmo tomo 2 percepeio fictiia, alucinatdria, que podia melhor pro- ‘Year e explicar © movimento aparentemente injusificado. “{maginemos entlo tama tumanidade.primtiva © £0. ‘2 coesio pretendida, a ataresa disporia de um meio bem Shmpes: bastarineda-dotar 0 homem de instintos sore: ‘priados, Assim fez ela. pera a colmela © para o form fsiro, Sot Grito fol, de resto, completo! uo caso, 0s in- ‘Gyiduos vivem {50-86 para a comunidad. © eeu tearo {ol tall, dado que baston executar seu mgtodo abitual: © inating. € com efeito coextensivo A vids, © 0 istinto Social, at como encontrado no iasato, é apenas © e=pieito ‘Ge subordinacio e de coordenagio que anima ae eslulas, ‘evince © orgios de todos es compos vivos: Mas € a um florescimento da Inteligencia, © io, mais a um desen ‘olvimenta do instinto, que tende 0 impulso vital na sé Te dos vertebrados, Cuando o terme do movimento € ftingido ‘no. homem, 0 instinto ‘no. 6 suprimido, mas fclipando; 86 Testa dele um lampejo vago em torno do 675146 Lan 959588 A Foxgo Soci os Fanutacio 11 ricleo, plenamente fuminado ow antes tumindso, que é &ntelgencia. Dai por dlante a refleio. permitra eo ind ‘ido iaventir, e & sociedade progredir. Mus part. qua ‘A sociedade progrida ¢ preciso ammaa que subsist. inven. ao sigannca imeiatva, © um apo & inelauva indivi 8 ameaga.prejudicar’ a diseipting social. Quo coatocia So o individu desviasso @ relexao do objeto para o qual Getto, quero dizer, da tarefa a cumprr, para apertelgoar, onovae, para a dirigir sobre st mesmo, sobre 0 tormen {0 que a vida social The impoe, sobre o’sacrificto que ele {sum prol da comunidade? Detado. ao inatinty como 4 formiga Ou abel, teria fleado sdsirito 20 Him ex {emo a atingir teria tabalhado para a esbécle, automa ‘Heaments, sonambulicamente, Detado de ftelgénets, des perto para a refleio, ele se olla para si mesino © Fista como Stuare Mil, e Stuart Mill nao persusdia ‘ods os Tdsatas, muito menos o comm dos homens. Averdade ¢ que @ infeligénela aconsetharé em. primero Ingar o eyoiemo, # para esse lado quo 0 ser inteligente is ‘commento se node 0 detiver. Mas & netreza vigit, L0g0 ‘depois, diante do portal aberto, surgira um guardllo, quo ofits enradt e expurd 0 intator. No ts, srt ‘deus. protetor a comunidade, que proibir, mea. ‘GH, tepeinira A inteigencia Tegee Ue fat0 por pence” {Ges presentes ot por residuds mals ol menos carregados fio imagens de percepeses a que chamamos lembrangas, Dado quo 0 insiinto nao mais existe sengo om estado de yesquido ou de virtalldade, considerendo quo no. 6 Bastante forte para provocar atos gu para os impectr, clo deverd suscitar uma pereepeio ilusdria ou pelo menos Juma contrafapio de Tembranea bastante precisa, bastante Impressionante, era que a Inteligenela se deoida por ela, Encarada desse primelro ponto de vista, « retigido ¢ pois ‘ima rengdo defensioa da aturesa contra 0 poder asst. ‘ene at tntainencia. ‘has deste Todo s6 obtemos uma flguracio estilizeda do que se passa efetiramente, Com objetivo de mals ca era, supusemos ia sooledade tuma brisea revolta do tn. ‘ividuo, ena Smaginagio individual 9 Fepentino spared

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