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PADI JOLIO MARIA Mislonirla de Nossa Senhora do SS. Sacramento LUZ NAS TREVAS RESPOSTAS IRREFUTAVEIS AS OBJECOES PROTESTANTES “ 1955 EDIORS VOzES tela, ERODES J: mando-he, com a licenca ecida, meus ‘sinceros. bins pela feliz idéia de reunir em voltime uma st postas séo, de fato, inrcfutévels, porque so todas | " radas da sagrada escritura; e negilas seria negar a pria Bibli oO dundo de sua argumentacio é Soutzinal, comunicativa. Tenho a cerleza que as suas polémicas continuaro a fazer o bem ais almas: aos catélicos, dan- do-thes armas sélidas para combaterem a impiedade 6 6 erfo} 208 protestantes, mostrando-thes ¢ sentido — exato da Biblia, os erros da interpretacdo individual ea seguranga da interpretagao eclesidstica. Pega ao bom Deus abengoar 9 seu zelo de apdstolo do bem ¢ da verdade. Sou com toda estima de V. Revma, humilde serve PROLOQUIO da iterceira edigio As duas primeitas edighes deste livro esgotaram-se ripidamente, apesar do niimero avultado dos exem- plares de cada edigéo. E’ sinal de que 9 livro responde a uma exigéncia da ‘epoca ¢ da disposicio dos espiritos, Os protestantes, de todos os lados, fazem uma propa- ganda frenética de seus erros, procurando arrastar pa- Tao mel e a perdicdo os eatdlicos fitis; é, pois, neces- Sario opor-thes uma refutacio clara, simples, doutrinal © popular de suas objeodes, mil vezes pulverizadas, mas sempre novas para eles, porque sfio o fruto da igno- incia ¢ do fanatismo. Nao quis fazer mudangas nesta terceira edicio, para ndo anmentar o volume, e evitar repctigdo de doutri- mas jd expostas em outros volumes. Peco a Deus servir-se deste livro pare orientar os cax télicos, firmé-los em sua 8 © darelhes uma resposta positiva ¢ clara, para responder aos que ataquem a sia religifo, a tiniea verdadcira, O presente livro tem sido um instrumento eficaz pa- fa a converstio de muitos, jA caidos nas garras do erro protestante, e a confirmacda de muitos vacilantes em ‘suas convicgdes religiosa 43. Possa ele continuar este mesmo apostolado, P, Jiilio Maria. INTRODUGAO NECESSARIA Durante as estas marianas de 1928, os protestantes Aistribuiram um desafio, eaigindo (note-se bern: nilo pe- dindo), um texto da biblia que provasse diversas ver- dades professadas pelos catélicos e megadas por cles. Respondi de chofre; porém, dispondo apenas das co- Tunas de um pequeno Semanitio, foi-me impossfvel” pu- blicar todas as respostas; e as que foram Publicadas, em consequéncia do pouco espago, foram de tal mode cortadas ie, muitas vezes, perderam a forga de uma argumentagio cerrada e irrefutivel, Eis a razio por que resolvi enfeixar em yolume as tais Fespostas, qe no receio intitular de irrefutiveis, pas Ta quem procitra sinceramente a luz ea verdade, Ha outra razio ainda, Uma das tais x EY utta ‘polémica documentada, uma atgumentagio Segura, mostrando © comparanda 0 erro ¢ a verdade — a para que do contraste saia a luz, que permite distin- guir aqueles que, fonentes tenebras Iucem, et Meee e- nebras (Is, 8, 20), “faze da escuridio tus, 0 da lus escuridéo”, como fazem os pobres protestantes, tinica- mente com o intuito de contradizer a Igreja Catélica. Possam estas respostas fazer conhecer e amar a re- ligito verdadeira, a nica religifo divina, que é a de Jesus Gristo, perpetuada e representada no mundo pela Tgreja eatélica, apostilica, romans, Possam estas respostas trazer ainda um pouco de [uz aos pobres protestantes, nossos irmfos separados da ver- dade, enganades ¢ seduridos por mercendrios e explora dores que se chamam pastores, mas que, na pelavra de Cristo, sao labos deworadores vestides como ovelhas (Mt 7, 15). Possam eles, a luz da verdade, distinguir as caliinias eo fanatismo, com que tais pastores procuram inspi- rarthes’ édio & Igreja verdadeira, afastando-os, deste modo, do caminho iinico da salvacio, Sao bem eles que tinha em vista o divino’ Mestre quando disse: di de vés: fariseus hipéoritas, que fe- chais o edu aos homens, porque nem uds entrais, nem deixais entrar os outros que querem entrar (Mt 13, 13). ee Pode thaver, sem diivida, protestantes sinceros, con- vencidos, pela ignoriincia em que vivem, dos prineipios da religiio, como pelas caliinias e acusagdes através das quais apreciam a Igreja catdlica. Siio ignorantes: e a ignordncia é a mae de todos os erros, Mas, se & perdodvel a ignorfincia num homem do povo, sem instrugo, ela ¢ inescusfyel em homens que pretemdem ser os gitias dos seus irmaos, os pas- tores do rebanho; neles a ignorancia € um crime, uma perfidia. 8 Se, pelo menos, estudassem e examinassem a ria, os falos @ as excrituras, para neles enxergarem o que brilta com tamanho fulgor: a verdade dniea anun- ciada e figurada mo antigo testamento, exposta e pro- vada pelos evangelhos « pelas epistolas.., Mas ni limitam-se em resumir toda a sua crenca em duias dti- zias de objecGes ridiculas ¢ mil veres pulverizadas, con- tra a Tgreja Catdlica, copiando dos outras uma lenga- lenga bolorenta de caltinias, e nfo se dando ao traba- Tho de examinar o valor, 0 fundado, a falsidade ou re diculo destas mentiras. Mtnear a erenca dps outros néo & provar a autentici- dacle da sua propria crenga, Por que os tais pastores, em vez de formularem obje- gGes, nfo provam a legitimidade do protestantismo? vex de alacarem a douteina catélica, que & a do gelho, por que eles nao demonstram e provam que © protestantismo é a religido verdadeira, — que Lute- vo fora enviado por Deus para reformar a religigo — que a biblia 6 0 Deus do mundo, que cada um pode interpretar como entender — que tais pastores sfo mi- nistros legitimos do Cristo — que as mil seitas pro- tostantes sfio todas religiées verdadeiras, etc.? Khis os fatos que eles deviam estabelecer, sobre a ites teses, nfio sémnente respanderei as obje- ‘aos catélicos, mas estabelecerei a verda- que, pelo confrento, brilhe a plena luz, luz yerdadeira, que deve iluminar todo mi que vem ¢ vive neste mundo (Jo 1, 9). iilwim 08 protestantes sinceros a coragem de Jer WilNk respostns @ eles serio obrigados a tirar uma eoneliiig que eu deixe ao alvitre deles, porque sera ditada pel a consciéncia, Quasto aos eatblicos, 5e3 a exposico sucints fempo uma arma para refutar atiradas © reeb0 jar os inimigos eles encontrarao nestas: discus- ‘e clara da sua [6 a0. mesmo as caltinias que thes $20 mer as objegies que costunat, form ‘da nossa santa religiao. CAPITULO 1 O QUE & UM PROTESTANTE A definigio ni & feil, porque o protestantismo, pe- Ia stia divisdio ¢ sua adaptacio a todos os erros; € uma heresia que muda de forma e de fundo, conforme a aitungiio ¢ os paises onde sé implanta. © sibio Webster define-o, dizendo que um protes- tante & um eristio que protesta contra as doutrings e prdticas da lgreja catdlicn Querendo definir a seita de latter, 0 grande dicionarista no encontrou uma de- finigio doutrinal positiva; earacteriza-a por thma aver- slo comum, i’ que, como salientou o P. Leonel Franea, os des- ntes de Lutera nfo so irmaos, sio conjurados. A sin unidade € o avesso da unidade catélica, € a uni- Wide catélica hostilizada. A religiio verdadeira € necessiriamente uma coisa positiva, tendo dogma, morale culto, determinados ¢ positives, It a nota distintiva da Igreja catélica o ter os seus ifogmas positivos e divinos, o ter o seu eulfo majestoso © expressivo, Ag oulras seitas religiosas, embora falsas ¢ de origem nd, posstiem entretanto certo niimero de ensina- abr quer outra seita e nfo poseui mada de positive: é uma Tegagio de fudo 0 que alirma @ Tpreja sathlics Quando « Igreja catélica diz: sim! @ proteatantisma diz: nfo, — Quando Eia diz: nfo, o protestantisme cla- ma: sim; de modo que 0 protestantismo & @ negagio da doutrina catélica, (© protestante, como bem diz © nome por que ¢ <0: nhecido, € um homem que protesta, =~ Nao ge deve mais dizer? € sm crisido; porque BA pro- testantes que nem acroditam no batisme ¢ nao siio batt: qados vakdamente, ficando simplesmente pagaos. TE! um homem que protesta conira a Tereja eatblica, cautraco ensino de Jesus Cristo, e; por cunilld, Drosess ta contra a palavra divina, servindo-se desta mesma palayra, ‘Nao acredite mais om Desi issn na_biblia que ou ad cont 08 le force, interpreta, THSka, ON EOE See ele a Biblia’ nfo & mai um livro divino, eujo conteiado € a expressdo da palavra divinaj = um idolo, que éle consulta como: os antigos agoureiros romanos, ‘consullavam o woo dos passatos para conhecer a voit tade divina, ou o5- astrologos consultayam os astros: para confiecerem © destino. © nome mudou; a coisa ficou. Em ver de consullarem as aves, como os romans, ft ed astron, como os @regot, 0 protestante, comatia a Biblia, dando ele mesmo, ao teto, 9 sentido de que isa € mais SC a set - Ol SU intere: "Fodo livro precisa de uma jnterpretagio auténtica, teks a poe ns ula a senfio € wma letra Torta e a letra morta s6 pode dar a morte, enquanto 0 fapisito da interprotagio auténtica dé vide. F’ 6 que clara ¢ entrgicamente exprime S. Paulo: 12 @ Ira mata ¢ o espivita vivifica (2 Cor 3, 6). B sine jai Para que siramos cm novidade de espirtio, 2 20 a welhice da letra (Rom 7, 9). Os judeus estavam ae da letra; Cristo trouxe a novidade de e:- me e a rejeitam este espirito. m0 08 protestantes nfo tém dogma, tornand. se deaticte ecl yas eeleurte seeds ces fide prin eee eee el contida na sa- oe a ¢ declarada auténtica pela autoridade © protestante tem a Biblia (embor; tc f iniads) geist oe geen ree perior, iddnea para declarar uma palavra ter tal sen Hig ie cece eee i a oro one giiserem, como diz Lutero, ett so ‘como diz Lutero, o que exclu Nig tem. lio, ull da_c a :eerieaat ae ie ga Fis'o protests Goleds, aeparado. de tudo, sets seni ioral, sem cult, sem autoridade, ‘sem Bes Fie, Noda de postive nde... tudo € nog é um estante: uin_tevoltoso, ith 2 tone tat RRR se TSE —————— negacso, Tada Toe eo eo eee ae em pé? Tem um du- ‘a zevoltp. Nos pastores tem S_gamincia, ft plo apoio: a ignorincia ¢ outro apoio: .@ interesse, ancia, da pastor & um aventureiro, um verdadeiro. explo- rudor, que procura viver ¢ enrique ceusta ignhorantes. 2 aa Ge \ 13 Ele mesmo nfo acredita naquilo que ensina, porém um meio Iucrative de cavar a yida, de garantir a futuro e deixar um pectilio aos filhos. Os protestantes dividem-se em duas ecategorias, Ir Os ignorantes, iludidos e enganados pelos find- tios que se intitulam pastores. 2? Os pastores, enganadores, por intercsse, verdadei- Tes mercendrios que enganam pata ganhar a vida, Os primeiros sfo vitimas, dignos de compaixio, Os segundos so uns tralantes sem consciéncia, que, para ganharem a vida, perdem as almas dos, incautos, Dos primeiros, Deus teri talvez miseriedrdia: para os segundos sO pode ter anitemas, como os qie ditigiu aos fariscus de seu tempo: 4i de vss; hipderitas, gue percorreis o mar ¢ a terra para fazer wn prosélito, .. e depois... 0, faseis filo do inferno, duas veses piais” do gue vés (Mt 12, 15). CAPITULO IT Por gue elés_protestans? Porque ¢ da esséncia_mesma dla_seita, No dia em’ i rotestar, deixarig_d te + deisando de behor. deixa de sor bébedo, como o brleg 20 deixar as gia de ser brigador, ou com drfo, deixando de tirar i i Proiesigr & a prdpri éncia_do nisto est a sti razao de ser, No dia em que os protestantes deixassem de refor- mar, de protestar, diz Sabatier, professor na facul rotestanticmo 14 dade protestante de Paris, no dia em que reconheces- sem 2 autotidade exterior, como régra © prova de fe, nese din deixariam de ser protestantes, nesse momen-_ to se suicidariam, Por isso que se diz hoje, nos cireulos adiantados da seit, que os protestantes que-ainda esto com Lue tere, no o compreendem, q Lutero conquistow-lhes o direito de protestar, Seus verdadeiros discipules, os herdeiros genuinos do esp{- ita de fal pai, serfio os que usarem de igual direito pae ta protestar contra ele, como eles protestam contra Roma. Os que yierem depois reivindicario, com igual cnergia, a prerrogativa de protestar contra a geragio presente,’ assim e s6 assim que se pode conservar © protestantismo: protestanda e protestando sempre, © célebre Maistre tem uma frase profunda neste mese mo sentido; 20 puotesiantismo, diz cle, conserva ape. Has _o_mesmo i ru pOrqUS seu_nome sendo. merament i cic acvedite, sues el es & sirelhioy protestante ele (Do Papa, 1 IV, &. 5). Para compreender o protestantisma é preciso ter diane te dos olhos este princfpia basics: que a sua esstn- sin dn negasdo, do protiso, é a serslarecnte Tear Divide-se o protestantismo em centenas, devia-se div zer milhares de seitas, em desacordo entre elas, comba- tendo-se mituamente... nenhtin ponto doutrinal thes é mum, @ tinico lago que os liga todos & a ddio 3 lere- tlica, € 0 protestg contr; we esta Tgreja Siste em fazer objecées contra a Tereia catdlicn, .. Objegies!... sempre ¢ 86 objegdes, sem quererem ¢3- flilar a resposta. 15 Um bispo protestante — pols, para melhor macas quear a Tgreja verdadeira, certas scitas tém ainda bis. Pos — 0 bispo de 8, David definiu a sua religito: o Eis o que @ um protestante, e cis a rao por que ele ‘protesta, I’ a sua esséncia, a sua razio de ser... Protesta Protestar..., € no dia em que nfo Protestar mais deixa de ser protestante para ser de novo catdlico, Para dar a este protesto uma capa ou aparéneia de tizHo, © protestante vem ¢om a bibliq, que o condena a cada passo, porém: ele nfo quer ver a condenacdo, quer profestar, ¢ ci-lo a formular as objegdes mais absurdas ¢ mais extravagantes, Pouco importa que a propria biblia refute as suas objecies; ele nfo quer ver, e nio vé, pela razio mui to simples que ndo dé pior cego que aguele que pGo quer wer, : Nia Drotesta nei contra o_espiritismo, fem contra | go budismo, mem contra itivisind, nein contya oO bole Gokee, Sop gee cars Sige aa : ‘Porque sb ela possut av e ‘ver 0 ale Yo do seu protesto © a mira das suas objecées, Protestam pois contra a Igveja, contra a_autoridade 4 eau arlatine ices ate 5 me € seus Sitcessorcs, — Guerra pois ao papa e a toda autoridade! A Tgreja possui dogmas revelados, que formam a | base do seu ensino, Guerra pois a estes dogmas! A Tgzeja possui uma moral pura, santa, um sacer ddécio virgen. Guerra pois ao celibato e a tudo 6 que & puro! 16 | 3 + A Tgreja posstti um culo majestosa, atraente, manix festagio da sua f& e de seu amor, Guerra pois ao cule to da Igreja! A Tgreja honra de um culto de adoragéo 4 pessoa de Cristo; de tm cullo de superveneragio a imaculada Mie de Detis, e de um culto de veneracio aos santos, Guerra pois a Cristo, guerra & Virgem santa, guerra 403 santos! © protestantismo nfo possi santo nenhuml.., a Tgreja cat6liea os conta por milhares... Entio gritas se! "So idolos.., adoram as imagens... io idé- Jatras |...” Coitaheaes ' Jos_dos_quajs o profeta dizin: Fam Shoe emis er Li Ai caidas 2 na auton; iém Unga es Es Salam, (Ez 12, 2). Tis por que o protestante protesta ¢ Bi elo _orgulho ; protesta, rgulho ; i lo no, ) “uma corservando 85 a®capa, sendo el meshio ‘9 texto da biblia, isso é, sua_prépria_vontade, Oh! eu sei, o povo ignorante em suia_simplicidada mem pensa isso; ele se deixa seduzir pelos mercend- tlos gananciosos, pelos tais pastores, que vivem A cus- ta da sua simplicidade. Os culpados so estes vendidos que, para ganharem dinheiro, yendem e perdem as al- ‘as dos outros, depois de terem yendido a propria alma, Pobres protestantes iludidos, eseutai este aviso do Espirito Santo, tirado de um dos fivros da bibliz, que ‘arrancaram Vvostos: Senhor Deus; Por gue hor, 9 que vos no seré de proveito, e por que aban- contra que cle Ba capa tus has Trevas — 2 U7, donastes vés 0 Senhor, para ele tanibém vos abandonar? (2 Par 24, 20). f cs : Deixai de protestar e voltai & religiio dos ae pals, A religifo de Jesus Cristo, ensinada pela sth catdlica, Ela & 2 tnica que posssi dogmas imittive's ¢ {oz praticar uma moral santa ¢ santifieante, @ dniea que possui tim culio interior, exterior, digno de fe dos homens, a tnica, enfim, que fof fumdada por Je- sus Cristo, © atravessou os séctilos, sempre a mesma, sempre idéntica, sempre divina, porque com cla sik ° Espirito de Deus, His que cw estarei conosco até ao fim dos séeulos (Mt 28, 20). CAPITULO IIT CONTRA QUE OS PROTESTANTES PROTESTAM Contra quem? Contra qué? Protesta-se contra aquilo que & injusto. ou mos ineomoda; ¢ nfo sendo assim, Hei nia. rotestasse por vicio ow por ma! : 4 (Os protestantes protestam contra a Tgreja catdlica e contra os ensinamentos da mesma. i woe Por qué? Teri a Igreja catélica cometido qualque injustiga contra cles? Nunea! A Igreja ae conte mie carinhosa ¢ como pai vigilante, ensina a doutrina recebida de Jesus Cristo... Exorta os homens a pre tiear a viriude, a afastar-se do mal, a respeitar as pes- sons que nfo partifham o seu credo, embora refutem os erros por elas ensinados. : : F’ a sua tarefa em tempo de paz, E em vee ss guerra, quando 6 atacada pelos inlinigos, del andes @ defende o seu chefe Cristo, como o soldado, ataca- 18 do pelos inimigos da pAtria, defende a sua honra, a sua bandeira @ 0 seu chefe, “ E o seu direito. To seu dever. Atacada, ela se de- fende; perseguida, ela reza e sofre; levada ao patibitlo — © eatélico morre; porém a Igreja nfo pode motrer; ~ cla se Jevanta mais radiante do melo do sangue dos seus filhos, para cantar o seu hino de triunfo em ch ma_do ttimulo dos seus perseguidores, Quanto 20s seus inimigos, ela perdoa, reza por cles © procuira converter seus prdprios algozes, Tudo isto nobre, & leal, € brioso, ¢ deve exeitar a admiracio © nin 0 édio, Nao podendo protestar contra qualqtier injustica da parte da Igreja catdlica, deve-se concluir que os pro- testantes protestam, porque tla os incomoda, Isso po- de ser. A pordade incomoda a mentira; a viride in- Somotda_o vieio} a Honestidade incomoda a paninein Deus income deménio. Estamos de acordo neste panto, A Igreja catélica, Delo seu ensino,. sempre idéntico ¢ sempre invaridvel pela sua organizacio admirdyel; pela stia autori- ale sempre respeitada e obedecida; pela santida- de que realiza na pessoa de scus filhos; pelas 5 intelectualidades que a professam, defendem ¢ exallam, forma com tudo isso um astro uminoso, que incomoda a retina visual da miopia protestante, Assi comeda go. Jihertino a purcza de uma donzela, como. comarla 20 ladrip a presenca da_policia, como. inco- moda ao_bébedo”a_temperanca dos_sensatas, Tate logico, A imag cota onde Haveacklra, diz o die tudo, Assim explicado, compreende-se a razéo intima lo protesto dos protestantes e a mira desse protesto Nilo protestam nem contra a barbaridade de um Cal- los, no México; nem contra a titania de tm Lenine, na Ris nem contra a perversidade do espiritismo, r 19 som contra a imoralidade dos costumes e das modas. Isto, para eles, mao merece protesto, mas merece-0 2 Tgreia_de Cristo, a Tereja do Papa, a Tereja de Roma, que atvavessa_o5 se Soe eaaehida or eT © da lama di i 2 emi Te majestosa ¢ fixing !... Al! isso é demais... E! preciso pratestar — © o protestante, escutando a ca- tinia dos scus pastores, em vez de escutar a yor do bom sensa, lest: 7 Cristo, o verdadeiro Deus, dirigindo-se a Pedro, dis-- se: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarci @ minha Igreja, e as portas da inferno no prevalecerfo contra ela (Mt 16, 18). Estarei convosco até o fim dos sé- culos (Mt 28, 20), Se alguém, ainda que fosse wt an- jo do céw, vor anunciasse outro cvangelho além do que vos tenko onunciado, seja audtema (GAL 1, 8). Pedro, renei por ti, pora que a tua fé nunca venha o _ desfalecer (Le 22, 32). Tudo isto é claro; € tal um sol refulgente! © protestante, entretanto, protesla, ¢ tapande os olhos. com os dois pushos, grita: — “Nfo! So Pedro nao é 0 chefe da Igrejal — Nao € ele o primeiro papal — Ele nunea esteve em Roma! — Nao tem nenhuma au- toridade! A Tereja romana esti crrada!... A religido yerdadeira € o protestantismo de Luterol! Cristo disse: Minha Igreja! E’ um erro! grita o pro- fostante, a igteja verdadeira & a de Lautero, Pobres protestantes! Protestam contra Deus, contra Cristo, filho de Deus, contra a Igreja fundada por Cris- to e contra a doutrina ensinada por Deus. Mas, entio, em que acreditais, pobres protestantes > Se fOsseis sinceros, devieis responder: S6_acreditamos no protesto, 20 Afirmamos tudo _aquil ‘eja_catélica nega, (ic cla afirma: eis a nossa religiag, Ni catélica eré que S. Pedro © seus gueesso- O8 Fopresentantes de Cristo na terra, Nés pro- A. Tgrejn catdlica eré ri pureza imactlada da Mae He Jews, hon lo-a © invocanda Nés protestamos! " Al rat ert na ho poder que o sacerdote Peele de Cristo, ¢ ir O8 pecados, Ne = teatamast : a ji crt no edu para os justos, no infemo para 8 0 na purgatérig para aqueles que tém de exe Par Hind& wmas faltas, Nds protestamos! A Tgreja cré na inte Hinados, na unio que e: ton Noe frotestamost A Iireja cr® nos sete sacramentos, no potler da orn ho valor das boas obras, nas indulgéncias concedi- ¢ pola Igreja. Nés protestamost Igreja cré na biblia, como um livro divino, exi- & interpretacio auténtica, feita por ‘uma au legitima, Nds profestamos! , A lirreja cré ma tradigfo, conforme as palavras de © Paulo: Conservat as tradigées que aprendestes, ou (or nossas patevras, ou nossa caria (2 Tess 2, 14) Nis protestamost * i Tis op io dos santos, no culto dos ste entre os vivos ¢ os mor- le testo, dos protestantes, Eis por que, como # contra que eles protestam.* quem quer refletir © € capaz de o fazer, a ese impée com todo © rigor e com todas as Ih Verda sine consequ ias, 1) Cf, © nosso livro: "O Anjo das Trevas", Polémicas de te citncia © de bom senso, Ca; ie —6)0 tap. V: O dutero de Satna Pel 21 © protestantisma ¢ tmia seita humana, de revoltosos ou de ignorantes, de orgulhosos ou de néscios. Numa palavra, é bem a seita anunciada por S. Paulo: ‘Muitas andan... que sio inimigos da cruz de Cris- ta, cujo fim a perdicio, cujo deus é 0 ventre, e cuja gSric & para confusiio deles, que sé pensam nas cote sas terrenas. (Filip 3, 18-19), Nao € isto o retrato perfeito de tais pastores, pro- testantes, exploradores, vendedores de biblias, de ser- mées e consciéneias, que sé pensaim em ganhar dinhei- ro © em passarem boa vidinha?y Reflitam sobre isto, pobres protestantes iludidos, en- ganados por estes falsarios que nada tém de pastores, mas que, como o disse Cristo, silo ladrdes ¢ salteadores Jo 10, 1). CAPITULO IV COMO OS PROTESTANTES PROTESTAM Hi diversos modes de protestar. Protesta-se contra a mentira, pela manifestagio da verdade. Protesta-se contra 2 injustica pela valorizagio dos scus direitos, Protesta-se contra a calunia pela cxibigio das provas contrarias. O protestantismo protesta contra a Igreja catélical J& expliquei a razio deste protesto; mas, co- mo € que ele protesta? Mostrando a verdade? Mostran- do seus direitos? Mostrando a sua inocéncia? Nada de tudo*isso. I’ 0 contririo: Ataca a yerdade, Nao res- Peita os direitos alhtios. Calunia a inocéncia de qu e de quem nfo conhece. Protesta dnicamente pela ea- Hinia, pelo. édio, pela hipocrisia e pelas objecdes, E? um protesto fora de todas as regras do bom-senso, da légica e da biblia, que se ufana de praticar. 22 © protesta verdadeiro, 1bgico, xacional ¢ convincente de mostrar, de provar a anentira, a injustica ou f ealinia, Por que o§ protestantes néio provam a mentira, a injusticn ou a ealtinia da Igreja Catélica contra eles? Vela vazio que a Igreja nfo mente, nem comete in- justigns, nem calfinias.., e que og ment ox fautores de injustigas sto eles; os cal les ainda, ‘A Igreja catélica teria direito de protestar; ela nao Protesta, mas, sim, mostra a verdade, prova esta ver- dade e pela verdade dissipa o erro. 3 Ric Mor que os protestantes nig seguem o mesmo cami- ho? Tim vez de limitar a sua agio em fabricar obje- ‘, por que niio provam eles a yerdade do protess lantismo? Se tal verdade existe, ela ha de dissipar ne- vcossiviamente o erro catdlico como a verdade catdlica © erro protestante, imeira_obra_qui ansino; ¢m outros termos; ¢ provar, os seus Hogmas., Por que nfio_o fazem os protestantes? Pela _rario pile simples de ndo terem dogmas. “A negacio ou o Ee Mo i Sellen oor studies onde, oslitir onde iii tima coisa positiva, que se possi negar, eee © protestantismo € um verdadciro parasite religioso, tiie 9) pode viver tas costas do catolieismo, procuran- lo chuparlhe a £& como os parasitas — animais ou ve~ Wetais —= que vivem de sangue ou do suco de outro, Tirai das costas do animal tal parasita-bicho © esté rancai tal outro parasita da easea do yegetal, ® Mmorto estard também. 23 Assim 0 protestantismo. Se o catolicismo pudesse morrer, — o que & impossivel — no mesmo dia ¢ na mesma hora esiaria morio @ protestantismo. Amcancaj- o das rf i le seré_um_cadav - trefaca BSiel Gulgdtsiieimi) Seeman tismo_é a i i i Sol Tumi; moso_¢ resplandecente do dia; o protestantismo ¢ as trevas da noite onde se tropeca_e perde. inhi Vase ponenies tenebras licem 4 3, 20) ‘A Igreja catélica é uma instituig%o modelar, harmo- niosa ¢ divina; © protestantismo € a anarquia, a de- sordem ¢ a reyolta que procura*aviltar esta instituigac. Super kone petram aedificabo ecclesiam mean (Mt 16, 18). ‘A Igreja catélica & um colosso de vida, de progresso, de expansfo e de forca; o protestantismo ¢ um anci- léstomo ott nechtor que procura fixar-se no organismo. para ai produzir a ofilagéo espiritual, o cansago de Deus e¢ amarelfo religioso, Jfe in mundum universunt, pracdicate evangelivn (Mc 16, 15). A Tproja catélica ¢ a dguia divina, num yoo direto, em demanda do céa; o protestantismo é a pulga que procura fixar-se nas asas do pissaro, para cansi-lo ¢ impedir se. yoo. Sicut aguila, provecans ad volandum pullos snos (Dt 32, 11). A Igreja catélica ¢ a frvore frondosa, em cujos ra mos as aves do céu, que siio o8 santos, se aninham; o protestantismo ¢ 0 parasita que procira envolver o troneo, chupar-Ihe a seiva, para esteriliza-lo, Fit arbor, ita ut volucres cacti... habitent tn amis ojus (Nt 13, 32). ‘A Igreja catéliea 6 0 farol Iuminoso, que Deus co- Jocou A beira da estrada humana, para indicar aos ho- mens a yerdade e a virtude; o protestantismo ¢ a noi- 24 le eseura, que cega o olliar do viandante e o faz pre- cipitarse no abismo, Posui te in tucem gentiom (At 13, 47). A Tarej ia eatdlica € a ponte que liga a terra ao eft, © onde os homens devem’ passar para, da terra, subie 9 cétt; o protestantismo é o abismo horrendo, passa por baixo da ponte, onde se precipitam aque- desprezam a ponte, Arcta via est, quae ducit am. (Mt 7, 14), A Tgreja catélica €a arca fora da qual ninguém se \lva, sendo todos — eomo no diliivio — arrastados pelis ondas em furor; o protestantismo € 0 lodo ter- Foutre, € 0 arrecife, formado pelas Arvores arrancadas, pelis casas destrufdas, que procura atalhar a navexa- glo da area, Tanguam mavis quae pertransit fluctuan- tem aguas (Sab 5, 10), A Igreja 6 a barquinha de S. Pedro que leva, atra- vis do oceano do mundo, os filhos de Deus, até apor- far no céu; o protestantismo @ o vento rigido que so- contra a barquinha procurando afog’-la. Navicu- f.:. in medio maris jactabatur fluctibus (Mt 14, 24). \ Tgreja catélica € a salvagao prometida pelo Sal- } € a porta do céu; o protestantismo é a perdi- a porta do inferno, Si ecclesiam non audierit, ut ethnicus (Mt 18, 17) ja catélica é€ 0 reino de Deus, reino ‘riunfan- ; reino padecente no purgatério; reino mili- na terra; o protestantismo, estando fora deste viplice reino, & necessariamente o tinico reino af nao inchiso:*o reino de Satands, ou o inferno, In hoc ma- wifestati sunt filti Dei, et filii diaboli (Jo 3, 10). I terminar resumamos tide em duas palayras: © Igreja catélica € a obra de Deus, fundada por Deus, ientada por Deus, inspirada por Deus, fazendo as olan de Deus; o protestantisma & obra dos homens 25: (de Lutero), fundada pelos homens, hoje sustentada pelo dolar americano, inspirada pelo édio, e fazendo as obras do ddio © da revolta. Bx fructibus corwn cognoscetis eos (Mt 7, 20). TE’ o bastante para os homens sinceros compreende- rem o que é o protestantismo e como & qtie ele pro- testa. Protesia pelo édio, pelos ataques, pelas objecdes, pe- las caliinias, pela hipocrisia, fazendo em tudo 9 con: trario do que manda a biblia ¢ o bom-senso, E tém a coragem de chamar isso religifo! I muita coragem! CAPITULO V Ce A CONTRADIGAO. DOS PROTESTANTES PROTESTANDO. Como provei nos capitulos precedentes, tm _protes- tante € tim homem que protesta. Oa, pelo propria principio de sua crenga, este ho- mem nao tem o direito de protestar; pelo seu protes, to_ele se _condena a si _préprio. Parece um paradoso, uma contradigio. nos termos eno fato. Assim € a realidade; porém o protestatte, sendo sempre um ignorante em materia religiosa, nio nota a contradigio ilagrante entre os principios ba- sicos de sua crenga o os protestos com que destréi estes principios, : Escutem bem isso, caros protestantes. Em que con- siste o principio fundamental do yosso protestantis- mo? Tal: aun am __nisso_ si ente. Pais ‘bem, eito: 0 ftonttsno consiste 21 lnitiy 36 as _verdades contidas na biblia. 26 I. Sé @ biblia A biblia, 96 a biblia,.. 6 0 grito dos filhos de Lu- loro Onde encontraram ¢ S 6 bibtia’ nem a oneontrarct Janals, porque 14 nia figura, W JA tina contradigho! / 7 claramente que Joie Cristo fundow Pedro (Mt 16, TAME ite wertarla com ete aié ao tim dao mundo (Me BAWMO), gue He dows as chaves do reine do céy (Mt 19), que esta Ty seria coluna e firmamento da Werdate (1 Tin 3, 18), que & pre escutar esta Tgre- J) 10h pena ile ser tratado como wm pagia (Mt 18, 17), Diy ain: Cristo mandou os apdstoloe pregarem 6 eunigelho, fala da biblia, nem de espalhar_bi- Wha. Me 16, 20), Tis 6 que encontro na biblia, mas em parte nenhuma fe me depara esin regra de Fé: “s6 a biblia’’, vibra esta passagem: Examinai as escrity- (Jo 5, 39}, a qual Cristo cita contra seus adversd- provar a divindade da sua missio, — porém m 6 um conselho, mas sim uma prova de ser cle ® predito ¢ anunciado. sto_anunciou de viva voz, nio_escreveu., Hi §6 Tinka, , A" Tgreja, depo em os protestantes, tudo deve apoiar- a biblia} Por qiie entio Cristo n§o deu esta biblin? por iiiie ele nfo disse aos apéstolos: Sentai-vos © escrevei, O01 Viajai c distribut biblias; em vex de; Ide e progat nN wos ouve, onve a mim (Le 10, 16), 27 ser biblias sem a minima explicagio, nem Yerbal, Nery eserita, senfo perturbais a inspiracho pes foal diving, TE os apéstolos foram fi¢is A sun missio; poucgs o _| ‘am, toveram, ¢_escreveram pouco; amas Smut. Eis como cai sto clio o primelro prine{pio protestante Do de s6 a biblia, Isso ¢ invencgio de Lutero; ¢ nffo figu-_ ot al na Biblia, #xplioaghen | § plo _protentanta da 11, Vosso @ nosso dircito 0 Tivie esame, Isto quer dizer ec ee Diblia, nfo precisa de explicacio de ninguém, HICH ft EMS a MRO ea ¢ tirar dela os artigos de £8 que bem the pareca. 7 Aqui a contradigio é fenomenal... ¢ chega as raias do absurdo, Escutem. Cada um deve interpretar a biblia... isso & esseneial, porgtie cada um ete Vik COHIPATIgfo Male flagran Aenea gual ypbind ele Lspirite Santo, como ¢ PO Uilenlantismoe sth divid Mira Me_oellas, due professam doutrinas Baus AG AMECTL sul uamente? © Tiptrito : i mo? Ou o Hestantes 0 (Ores mentom, Resotva Avera temoa uma conclusio muito importante, Vés Mires que cada um pode individualmente interpretar também temo-la, com a vantagem de que # Hosa & completa <4 vossa truncads, faltando-the wy lutcinos, e Interpretais a vossa biblia, dizendo que & @ vos- f iirelto, Nés interpretamos a nossa; & também nosso Vos escutais os vossos pastores ¢ as explicagSes ‘eseritag que cles dio da biblia. st protestantes, que vés Nilo podeis negar, Pols os nossos pades, bispos, ted- Tissot brezah, Calne, Gace Ieee a a Tiga © bem valein, pela virtude ¢ pela ciéncia, expressa do vosso fundador © pai? © que vos compete biblias. : Pils experitncia © pels 08 vossos pastores, € distribuir biblias... 3 MH provam ser hipseritas, exploradores, tratantes; sfio 29 pastores sé para melhorar e cayar a via e arrancar. dinheiro das pobres vitimas que se deixam iludir por sles, Mas nto dizei-me, por que o vosso fanatismo, @ vossa propaganda, vossas caltinias contra a Tpreja_ catélica?... Por que, 6 protestantes?, , 3 N6s interpretamos a biblia, E’ 0 nosso dircito. Nossa interpretagio ndo concorda com a Yossa, como a yvossa nfio eoneorda com a do protestante vizinho... E Qe tendes ¥és com isso? Cada um interpreta como entender! E’ o livre exame. Vés scguis os vossos pase tores bocais, interessados. 4 Nos seguimos a nossa Tgreja catdlica, infalivel, cons: trufda sobre o rochedo de S, Pedro, Creio que temos *este direito. Entfo, por Prote: Tude isso & contradig&o... sois divididos contra v6 mesmos... A verdade ¢ uma ¢ indivisivel. — Bstais, poi nO erro, € 9 Yosso protestantismo mio passa de ut mania de ignorante ou de perverso, A palayra do Mestre € clara: Todo 0 reino dividito contra si inesma serd devastado; e toda cidade, easa, dividida contra si mesma nao subsisting ¢ 12, 25). : Pobres protestantes, deponde os preconceitas ¢ refl ti um instante, A verdade vos condenn pelos vossos prés Prios labios: Coudeminabil to os tuwn et non ego (Tol 15, 6), Protestais, ¢ nfio tendes 0 direito de brotestar,; soi protestantes, ¢ nfo o podeis ser; 0 vosso vos Como € isso, entio? $8 Satanis chro num tal tinteiro! Contradigio!! $6 contradigdes 30 niio pode estar com a contra fo, que & t © que prava que Deus no esti convesco, meus: euros e infelizes protestant CAPITULO VI O8 PROTESTOS DOS PROTESTANT S TW toinpa do pasar a tais obj HhOk inn remposta perents wink Hi, Ses ot protestos ¢ dar- ue nfio possa refutar nen mw porfidia dos chefes protestantes, Polres protestantes, ws Basfomats o que ignorais (2 Veil a, 12), sedusis os coragBes das inocentes com falovras sues (Rom 16, 18), procurando — nfo a falvicho das ovelhas — mas, sim, vossos préprios in- Foss, conforme as palavras do Senhor aq profeta Mwaqiilel: ti dos posiores gue se epascentam as mes man Camels a carne das ovelhas ¢ wos vestis da sue Ma golais o cevados porém nio apascentais as ove- Was (Ex 34, 2-3), Yor de formulardes miseriveis abjegdes, que mos- Ituin vossa ignorincia ¢ a yossa mA 42, em vez de ex. eltardes 1 Imas o dio & Tgreja catdlica, © vosso de- vir seria de mostrar o camino do bem, de reprimir os Huis © de expor os dogmas da vossa’seita, Vara mais clareaa, eis aqui textualmente reproduzido desafio, com todas as objecdes, Daroi, em seguida, uma resposta clitra ¢ irrefutével as mownas obj apoiada sobre a sagrada eseritura, o hom Horna © 1 histéria, de modo a satisfazer a todas os gos. fos © A todas as exigéncias, no deixando ottira saida para a mi fé do protestante, sento a interpretacie erra- Wn dh sagradn escritura, Para esse mat nflo hd remédio © liomem falso, sem carter, mentiroso, caluniador, a tio & mais um homem, € um ionstro — e¢ unt monstro’ mao precisa de argumentagio, senéo de chicote, como o- aconsclha o Espirito Sento: © aceite para o cavala, 9 Zreid para o jumento © 0 pau para as costas dos 1dlos Se, porém, os protestantes sto sinceros c capazes de a verdade, apSs a leitura das Tespostas, aquie seguem, deem ficar conyencides da verdade cae t6lica, Tenham, pelo menos, a ‘coragem de ler... tenham a vontade de compreender,.. ¢ a humildade de abracar a verdade... © estard extinta a pobre é nefanda sella de Litiero, entre nds, Fis, pois, a folha espalhada em Manhumirim no fim do més imariano de 1928, Desafio ao Paire Filia Movin Exige-se da Reve. Padre 1, Umi texto da escritura provando que devemos orar & Virgem Maria, 2, Um texto da biblia que prove que Maria fol con cebida sem pecado, 3. Um texto da esctittira que prove que S. Pedro nao tinha esposa, 4, Um texto da escritura que prove que os minise tres de Deus no devem casarse, 5. Um texto da escrilura que prove que S, Pedro foi bispo em Roma. 6. U: 9, Um texto da eseritura que prove @ existéncia da missa Romana, 10. Um texto da escritura que prove que os padres tn 9 poder de mudar o pfio em corpo, stngue, alma © divindade de Jesus Cristo, MW. Vin texto da escritura que prove que ha sete sax ‘ctamentos, 12; Um texto da escritura que prove que o uso de imagens foi recomendado por Cristo ou SUS Apostolos, 13. Um texto da escritira que prove a existéncia do Purgatério, 14, Ui texto da eseritura que prove que hi mais de um mediador, 15. Um texto da escritura que prove que devemor ‘orar pelos mortos, 16. Um texto da cscrittira que prove que devemos Jejuar nas. sextas-feiras, 17. Um texto da escritura que prove que o batismo tava do peendo original, faz eristdos, filhos de Deus, herdeiros do teintio de Deus, 18. Un texto da eseritura que prove que a8 erfancas que Morrem sem o batismo yéo a um fugar chamado limbo © que prove que tal lugar existe, 19, Um texto da eseritura que apdie 0 batismo de sinos, 20, Umm texto da escritura que prove que um homem deve ser persegtiido ¢ amaldicoado, por liaver abando. ado eonscienciosamente a religifo em que naseeu aceitado a religito de Jesus Cristo, Se potventura S. Revma, nfo apresentar estes tex fica Perante o respeilayel povo manhumirense provado que S. Reyma. hao conhece a biblia sagrada, ou que & religio 20 ardorosamente pregada nfo € biblica, ou ‘Lue nay Travas — 3 33. Pois bem, provarei ao tal crenfe som crenca que o sx cerdote conhece a biblia, mil vezes melhor que os pro- testantes; que a religito catdlica é a tnica verdadeiea. Veremos depois sc tais dean ‘quid respondeam ad arguentem me. Aqui estou CAPITULO Vi DEVEMOS ORAR A VIRGEM MARTA. Como bom protestante, © tal crente comeca naturale mente pelo édio & SS, Virgem, - A Esta primeira objecio € uma prova da md fé ¢ erro ES earn ee el CGT) pois é como o ponte de das objecdes protestantes, Em Si tal objecio & simplesmenta riievla, HA eertas coisas que nfo se provam, porgie constitiem um pri epio de vida, de desenvolvimento ou de organizagio ‘natural, Os prinefpiois do bom-senso no precisam de provas, seniio a consciéncia individual e universal, E estamos aqui diante de um tal prineipio. 1, Prove do bow-senso © bom-senso nos diz, o coragio nos prova, ¢ a expe- riéneia universal confirma & UC tua ie tem cenbee, bert’ de seu filho wm erktito todo particulgr, Tu hon. Bt (Tob 4, 3), repetindo a lei divina da- por Dougal ie (Bx 20, 12), fi tum Jago sagrado, imortal, que liga o filho aos pais thurante a vida ¢ se perpetua durante a eternidade, pois no ef como na terra o filho serd sempre o filha de sis ste principio aplica-se & SS. Virgem, com mais ra- tn, por Seeaene agree toto eee ilela, por operagio do Espirito Santo, que o Filho de ous ‘recebeu a sua Rumanidade, Eece Virgo concipier (ls 7, 14), Ele nasceu de uma Virgem. ainda na gléria do de Deve-se concluir pois que hoje ‘ul, Maria, sendo a Mae do Filho de Deus, Maria quem nascen Jesus, que se chama Cristo (Mt 1, ‘fonserva com seu divine Filho as relagées de materni- lade, @ om consequéncia tem direito &s honras, ‘A que cla (nha ireito © reecbia aqui na terra, » exclamando admirada: Donde me vem w dita mea mile do meu Senha venia ter comigo? (Le 1, 11), Hoje o mundo deve continuar a mesma vencras ‘lo eo mesmo brado de amor, para henrar a Mae de Jonus, que continuarsempre a ser mde do Senior, ee Mor que cite rancor, esie ddio, contra a pura Mge Hf JORAP Send um meio de agradar ao Filho, insutiar won 2 whee pre foi 0 Jatulte mnigor m= wi a nie so insultassem a sua mie @ que responderia o Quem insulta a minha mie, honra, honra a mim! oo amigo muito bem; mostraria que é bom Hilo, © que, come tal, considera inseparivelmente uni- ” 35 des © respeito ao filho ¢ § infle — a honra da mks e do filho, Nas, entflo, Jesus nfo seré hom filho?... Ele nfo auirs dle, Devis, aquilo, que és, homens, exigimos to imperiosamente? EH? cle, Deus, que pds no fundo de nossa alma este Fespeito, este brio, este zelo pela honta de nosea mific, evele, vindo a este mundo, ele, o autor da Ici, nito a cumpriria,.. nfo daria o exemplo?.,. lle seria menos digno, menos brioso, do que nis? Néo ‘est vendo que & um absurdo! Neste caso, Jesus Cristo seria menos virtuoso, menos hemem, que o tltimo dos homens, que o mais cele- Tdo, o qual, apés ter perdido toda honra social, © todo brio, conserva ainda o respeito 4 sun mie! Que insul- to 20 préprio Deus! Bis aonde o leva o seu ddio d Igreja catélica, pobre Drotestanie! A Igreja catslica onra e invoca a sata, a pura Mie de Jesus, como sendo Mie do Redentor, @ como tal) sendo-lhe unida por inquebrantivels lacos de intimidade, de dignidade, de amor, due fazem dela a mais santa, a mais bela © a mais poderosa de todas as criatras, exalladas ¢ glorificadas por Deus, Nao € isto o que anuncia 0 anjo Gabriel, proclaman- doa eseolhida entre todas as criaturas, repleta de to- dis as gragas, @ unida,a Deus com uma intimidade tunica ? dive, cheia de gracal O Senior ¢ convosco! Dondita ois vs enire as mulheres (Le 1, 28), Medite bem isto, meu caro Profestante... Reflita sobre cada uma dessas expressoes divinas, © verd que, inieiando as suas caduens ¢ Sroteseas abjegdes com instultos 4 Mie de Jesus, esta refutando de antemiio a prépria 36 ‘loutrina protestante, que cai necessirianiente, perante © bomesenso, a légiea e a sagrada escritura, que nos cnsinam 9 contritrio. TT O que € orar emas oror & Virgen Maria, isto & bem provado grada escritura, como you mostrat-lhe aqui irre= futivelmente, porém, antes, € preciso bem determinar 6 que € orer, pois Os protestantes nao o entendem ow fingem nfio entendéto. -Gror, somo sendo a expressio do cullo, quer dizer far homenagen, lowvar etaltor, suplicar, ombora toda _homenagem _¢ toda at uma _oracie No triste af de fabricar objegdes, os Protestants etendem: que eran é una adoracio, porque, dizem cles, vom de adorar, E? ignorancia ou perversidade, ado; at i i nte_distintos. Po- em ter uma mesma terminagao, como tem as palayras michar e desmanchar, mas nao existe entre estes dois lermos nenktima relagio de significagto, \rloramos a Deus; © oramos a Deus ¢ aos santos, lora-los, © culto, que prestamos A Mae de Deus, € 0 culto de Nowra ¢ de incocacdo, que a teologia teadur por iifia, ou suma veneragée, completamente cillo de adoragao, prestado 36 a Deus, eo simples cul- to ile venerageo (dulia), prestade aos outros santos, Dirigindo-se a Deus, os catélicos dizem em suas pre- fen! Teide piedade de nds? Dirigi Deus, ‘cles dizem: Regai por 2d+/ Dirigindo-se aos san- toy, diem: Sitercedei por nds? as que exprimem a diferenga do culto stas trés categorias, Vréa pal 37 Diga, amigo protestanie, nfo & isto légico, razo4- vel, legitimo? Taca calar um instante o sci obcecado édio & Tgreja catélica e pondere o seguinte raciosinio; Hi, O que & honrar © invocar Como ja disse, o culto da SS. Virgem consta de dois atos: a fioure ¢ « invoencao, Ora, haverd coisa mais Justa que honrar aquela que foi honrada pelos pré= Prios anjos, pelo proprio Deus? Ela é a Mae de Deus, ¢ por este titulo ocupa lugar glorioso ¢ dnico na eria: so. Ela foi na terra a criattira mais sania e & no céit a mais poderosa de todos os cleito: Allém disso, ela é a wossa Mae, conforme a palavra do Apéstolo, que chama Crista o primogénito entre muitos irméos (Rom 7, 29), Somos irmAos espirituais de Jestis Cristo; Jesus é © tilho da SS, Virgem; somos, pois, filhos espirituais da SS. Virgem, que é verdadei- ramente 2 nossa Mie. 3 Ecce Mater tua: Bis a tua Mae (Jo 19, 26). Sen- do a nossa Mie, a SS, Virgem tem o diteito a uma honra ¢ a um culto acima das honras e do culto que tributamos as outras criaturas. Monramos ¢ exaltamos 03 grandes homens da terra, os herdis, os génins, os beneméritas da hurmanidade; ¢ ndo honrariamos, nem exaltariamos aquela a quem de- vemos 6 Redentor, o Filho de Deus, numa palavra; a salvagio! O bom-senso se revoltaria contra a assercio négativa! E n&o sémente honramos os benfeitores da humani- dade; nds fazemos os scus retiatos, erigimos-thes es tituns ¢ monumentos; ¢ nie o fariamos para @ mais bela, ‘a mais santa e mais benfazeja das criaturas, que € a Virgem Mée'de Deus? © coragiio humano se re- voliaria contra a assercéio negativa! 38 ito, € I6gico, & neces- Honré-la nfo & 0 bastante. E* preciso invecd-la, pois \ invocacio € uma parte constitution do culto, As hon- prestadas exaltam a grandeza ea virtude, A invo- alla_o poder e a bondade, Maria SS. € grande pela sua qualidade de Mae de Deus © pelas eximias yirtudes que a adornam, Ela ¢ polersa ¢ bondosa como a mie des homens; poderosa para poder ajuda-los; bondosa para querer fazé-lo. Ora, nés, aqui na terra, somos pobres pecadores, so- Milos necessitados © fracos; precisamos de auxilio, de forgas e¢ de generosidade. A qtiem pedi-los? Aos ho- ns? Os homens sabem apenas dar a esmola mate. sla): si c ificar a alma, Tide pois, qu vemos receber a esmola espiritual. I esta esmola é transmitida aos homens, pelas ma0s dh SS. Virgem, Bla ¢ cheia de grasa (Le 1, 28) pasa Jer _transmiti ens a gfaga, oro o canal lo_acsago. ‘Tal um canal repleto, qtte recebe as aguas ¢ as trans- inite aos campos, assim a Virgem Maria recebe de Neus as gragas divinas para comunicé-las aos homens. Maria, diz S. Bernardo, esté colocada entre Jesus Cristo e os homens pora ser o canal que esse divin Salvador derrama sobre a humanidade.., Deus ‘esco- thew Maria, diz dinda o mesmo doutor, para ser 0 ca nal das gragas, e cle quer que as alcancemos todas pe la sua intercessio (Sermo de Aqusductu), Maria SS, pode, pois, ajudar-nos, porque é Mie de Deus... Ela quer ajudar-nos, porque é nossa Mae. Ela nos ajuda, porque é 0 officio de que o proprio Deus a encarregou, 39, 1 logico licito invoeéela, Se o nig fosse, Deus nao deveria té-la feito tig grande, 10 po- derosa ¢ tio bondosa 5 endo estas Prerrogativas fica- Ham ‘como sepultadas ucla, sem ter por cea, © sobre ue exercer-se. E Deus nada faz initiimente, Dovemos, pois, concluir, pela aproximacéo da yonta- de de Deus, do poder e bondade de Maria SS, e de outro lado, das nossas necessidades, que deremos tie I* One podemas orar aos santos; 2 Oue devemos orar aos santos; 3 Que Dens escuta as oragées dos santos; x 4 Que Deus recomenda de recorrer as oragées. dos tos. is aiatro coisas formilavels, mem enr0 crente, que vio muito atém do seu pedido. Nao sdmente citarei sm texto da biblia, mas citarei dezenas de textos, para mos- i ara ia & Lom, & permit, & Roce inatde de Desi) do) mesmio\ odio laue 9 palira trar-the que orar & Maria it eid be Revessitado deve invocar a0 rico, para manifestar-lhe aconcel j xeconientedo por Deu: as Stlas reeieGes © obter dele 6 auxilio necessirin His 0 que o bom-senso © a rarko nos enainan acer- cade ‘ctlto de/ Mania SS, que nos mestram a liceidade Satan easidade de Honrar ede imvocar a santa e lina, culada Mae de Jesus, Restame provar que tal pritiea est4 em pleno acor- dovcoin'a biblia (Wo que farei icrefutaveracots com. 08 textos da Sagrada Eseritura, A eonclusfio de cada uma destas provas cert a See inte (convém indied-la logo, para.poupar-lhe racio- e delongas): Se Deus escuta as preces dos san- tos, € sinal de que tais preces lhe agradam; se ele ree comenda de recorret ds oragdes dos santos, & sinal de que ele gter que os homens orem aos santos, E se Deus escuita aos santos ¢ recomenda de recorrer a cles wr serem seis artigos, com mais razo cle escuta a Virgem ¢ recomenda de recorrer a ela, por ser Mae. Provar que se pode ¢ deve orar aos switos, 6 Prova vis, que se pore @ que se deve orar & Virgen: Maria, 4 mais santa dos “santos, a rainha dos santos, IV. Prova biblica Vamos agora 4 proya positive... 3s provas da biblia. © protestanie que sempre anda com a biblia, devia ter Taasriaade mtlites) e deeistvos passes. qt provant els, Tamente o que acabamos de dizer, V, Podemos oror aos santos Mio, como diz o evangelho, de olhos obeecatos ¢ co- tacio endurecido, de mado que mio enxergam com 08 thos © nao entenden. 0 coracad (Jo 12, 40), “Torte a sua biblia, caro Pfotestante, ¢ medite bem ca- da uma das provas que vou citar aqui. Para completa mpreensio, © para no deixar a tninina divide, nem & monor saida da verdade, vou provardhe quatro eoi- SAS pelos textos da biblia que resumem @ como que golam o assunto; * 40 i i i imas santas, Objetam 05 sibios protestantes que as aims , uma vez perto de Deus, no céu, nfo podem interceder Para os homens ‘por cause da mudanea de esfera espi- ritual, Ignorneia dos prineipios que regem a ordem sobre- . Tais principi. que hi tris ordens pa- Se Me ee naturern) aoe nih GcPirifual (da graga); a ordem da visio bealifica gloria). igiet waore ane ‘ * 4t Cada uma destas ordens, a comesar pela ordem na- ‘tural, aperfeigoa, mas nfo destréi a ordem precedente, A_graca aperfeigoa a naturera; a _gldria aporfeicoa a ea XN: , mas_apericicoado. Se o justo na terra pode intereeder junto de Deus, na ordem espiritual, ele o pode mais ainda na ordem da visio beatifica. Quor isto dizer que os santos da terra, sendo inter- eessores perto de Deus, 0 serfo muito mais quando estiverem no e¢u, . SAo trés ordens distintas, mas ligadas pelo mesmo, lago divine. le i Deus _erlou_o homem na _igtureza pura; clevou-o, por_privilégio gratuito, &4_ordem da _graca — para co- toa-lo “tim dia_na ordem da gloria. E’ sempre_o ho. sem_perder cnci: i i _ Provar pois que podemos orar aos santos da terra, € provar que podemos orar aos santos do céu. Com estes principios, ser-nos-4 fAcil compreender o valor das provas biblicas. Lé-se no Génesis que Deus “disse a Abimelec: Agora, pois, restitui a mulher ao seu marido (Abraiio) porque & profeta e rogard por ti, fara gue vives (Gn 20, 7). Mas, amigo protestante, $e ¢ proibido ovary aos santos, como & que Deus diz 4 Abimelec de recorrer a Abrado para que interceda, rogue por cle, e Ihe aleance a vida? Cré o Sr. na bi- blia, ott nfo cré? No livro dos reis lemos: O povo disse a Samuel: Ro- + ga ao Seuhor, tex Deus, pelos sens servos, pura que nfio morramas (1 Rs"12, 19), Outra prova de que os rofetas co} WO, ¢ que Deus aten- iia a tals preces, Cau SR tess preces, 42 me No terceiro livro dos reis lemos ainda: Fase oracao ao Senhor, teu Deus, raga por mim... ¢ 0 homem de “Deus fee ovactio oo Senhor ¢ foi atendido (3 Rs 13, 6). COutra prova de que podemos recorrer aos santos, pi- ra que cles intercedam por nés junto de Deus. No livro de Judite, encontramos tim passo Tuminoso que resolve a questio e dissipa todas as diividas. Es cute a stiplica de Qzias ¢ dos ancifios a Tudite: Agora, poi orgie: fw 68 wie mulher ieus (Jat 8, 29), Que quer dizer isso? Pro: te uma pessoa santa ¢ temente a Deus pode ser cada ¢ pode interceder por nos perto de Deus, Que a mais élara € aaa podia i Na muluiplicar tais passos, porém, para quem nfio cré ma biblia, parece- ime indtil, 4 palavra de Deus ndo muda (1 Ped 1, 25). Repita Deus cinquenta vezes a mesma yerdade ou diga uma sé vez, 0 seu valor fica 9 miesmo. Que provam, pois, este € muitos outros pasos da hiblia, sentio que & bom e permitido arar a9 santos, que os justos podem orar por seus irmaos Ors oss , senda rogados pelos scus prea =: io: tenham intercessig? Te! jmpossivel, pois inn perdido este oy fo ccu as almas justas esto con a yos_intimos. * Ee é penmitido orar_a sio_da_terra, Dara du jos aleance fayores de Deus, com eve. fer permitic gos justos do _céu, ermitido orar_aos_justes_da_terra ZO ermitido ofay A eriatura “iis imsin e mais_santa que hi no céu; a Vitgem Ma A conclusio & clata ¢ irrefutivel: A_biblia_mostra, que & permitide eray gos justos da terra; com! mais 43 send ermitido orar justos do céy, —_Op: HSS. ¢ 4 mais justa de taloo oF justos do_céu, Pols, permitid orar Viggen Maree PE Devemas ovay aS santos Vamos adiante, meu caro Protestante, A primeira Prova devia ser decisiva para qualquer homem sincero e de boa fé; continuemos, porém, @ depois de ter pros Wade que podenos, provemos que devemoe orar aos Santos, ¢ entre eles & Virgem Maria Abramos.o livre de Job, escutemos o que Deus disse aps amigos do santo homem: “Tomai sete fouros... @ ide a men servo Job... 0 seu sere Job... oraré por Vos e adinilirel prapicio @ sua face (Job 42, 8), Que bomba, amigo Protestante, j4 refletin sobre este passo? | Deus manda Escorter 20. seivo Job, ¢ Promcte escutar Apiece que Job ha de fazer tm favor dos seus Amigos, Nae sx ordena itty: re Terao santo homen E quantos passos deste género se Antigo Testamento: mas vamos as tivas ainda: as préprias palavras podiam citar do Provas mais post do Ctisto: Oral pes Tos que vos perseguen ¢ calunion (Mt 5, 44), S. Tiago, por sun vez, nos ensina; Hs peli Hos pare sentes salvos, porgue a ovacho Ge usl0, seit fo Lervorosa, pode mutt (Tgo 5, ¥ S. Paulo nao @ menos explicito: Nae cessamos de preonbe iit Ot Cle ede pedir gue sefais chains de retenhecimento da sua sania vontede (Col 1, 3.9) Eis passos muito clatos, gue provam gy devemos rar a0s_san| no sé i) LOrgue a Ord= GO dos justos ode sri fa Os outros. Fede havér divide sobre esta ordem do Deus? Pas Tece-me que nfo! ‘ 44 Como & pois, meu caro protestante, que aus 2 la de eit 8 TE eiat ie ndaNE ami yo est om plena contradigéo com a sua bibtia, coi palavra, com a ordem expressa de Deus ee De fato, Deus da ordem de cee le oa us rlos deli: nites. Jesu: r a ae acer: 4 Tiago nos ordena’ de oar Wwe belds dba edC Tact Senenes aragonite cre for eolossenses (Col l, 3). : ae Tudo isso prova que Deus aveita as oracdes dos jem jue vivem ainda neste mundo, e nao simente nue ace (i estas rages mas que quer estas oraghes de polos outros. TE! uma verdadira orden, ste Ly_se_objetassem que podemos até deventos ts_v 8 onir 03 iustos na terra, ¢ néo ans jtistos do céu, a res posta estaria_no_evangelho, a No evangelho de S. Mateus (20, 30), Jesus Cristo : £Omd Os anjos is ti 33, como vemos in- {y, Ora, 03 anjos intereedem por nds, c i rieideae Sagrada Escritura, E’ Zacarlas quem us lo. ema dizendo ge 4 wor dos exércitos (1, 12-13). os ris t0. lara que haverd jibilo entre a: < Pests acador que fas (Fe ‘ 10), o que prova que eles se interessam pelos era De novo, amigo protestante, que prova tudo isso? Prova evidentemente que 03 _justos, os santos _¢ os all. jos do _céu se interessam pelos homens, bas cedem pe- los homens, ¢ devem ser _invocados, louyados, oraday ensina a + é jos, com quanto ge isso é verdade dos santos ¢ anjos, i Sas Sere eee 05, Firgem Maria, VAT Deus escuta os santos Vamos mais adi nte, amigo Protestante, ¢ vejamog Gaire Como Deus cseula a prete dirigida ¢ox sot juss tos ou santos, Nao é€ menos interessante Tecolher uns paséos da Sagrada Bseritura a este respeito, Komecemos com Jeremias, onde Jemos este trecho Pieesive: Boo Senher disseme: diida que Moisds @ Samuel se pusessom diante de mint, a mitha aba No se inclinaria para este poro, Hra-os da minha faces 6 relirem-se (Jer 18, 1s), Tal texto. prova, Claramente, duas yerdades: 19 Que 03 justas e Santos, mesmo depois de qmgrtos, — come, , fo _teny ¢ Jeremias estavam Moisé: Samuel, — ee ier interceier pelos homens, peranta Deus, 2° Gu xo of : = ustante essa interces 10, & cual humana pode se: Rermgrr carer de sua alma, de modo que os patriarcas, no limbo, Do- dliam_intereeder pelos homens, como o dem no cet, como 9 podeij "as proprigs almas do ae oro, HA muitos outros trechos biblicos de igual valor ¢om- probatério. Fis um outto que, infeliamente, néo figura gaa_bic ‘ia protestanic. icuncads, (pois acharam bom cortar_os livros dos “Macabeus, Por soutetei iuitos passos que 65_condenain A‘ Yemes como Judas Macabeu viu em sonho o grio Sacerdote Onias, j4 morto, que orava por sta nacio, ¢ que, designando 0 profeta Jeremias, Ihe disse: Este ¢ o amador dos seus irmdos e do povo de Israel; este & feremias, profeta de Deus, gue ova muito pelo pove @ pela santa cidade (2 Mac 15, 12-14) Néo é bem concludente este passo, mostrande um sane E_s¢_03 santos 10 oranda pelos homeus da terra?... se oS santo oram_por h a Setia_proibido ns orarinns aos santos? Ge, [ga Gacee eer Se a esta! Eis, pols)_pi que podemos ¢ de. Eis, pois, provado mais uma vez que vemos _ ora) € come Dets escuta e atende a0. edido de seus servos. Eelet orando por nds, 15s temos @ dever de implo- riclos, de invect-los, para que cles nos ajudem e nos Amparem com, a sua valiosa_protegio, ese devemos orar aos santos, devemos orar, sobre: tudo; santa dos sonlos, 4 Virgem Mic de Deus —= Bi ee aMerON Leaps Tr Asda, ote Principio, senio do fato, Ja _Catdlica, pela comue nhio dos sanjo: a 0 6bu, i 3 um S. Bernardo, de um &. fou eu de um S, Lufs Maria Grieniou-de Monrose E a yor dest a es doutores ¢ a yor da igd ist dos primeiros séculos, como & Sanat @ vor da Igrej;: ji O-culte que nés professaiios hoje Beet: a Eegsavann_ oF 2d Concllio de = MIMEWOS Cristios antes do Concilio de HA outro meio, mais simples © mais conciso; de reeorrer 08 monumentos dos primeiros canta “uo fevelam, em todo o seu esplendor, 0 cilio anne Santa, elas imagens que nos legaram, nf Ss Peso documentos histéricos do cristiae smo dos primeiros séulos, Ora, 4 c 3 ‘Esitas—catacumbas encontram-se em toda parte imagens e estdtuas da Vire : rs i Ss. Parece ouvirem-se as acens que ja Virgem vem Maria; tlos_apostolos_e foi mitido A_posteridade, Citemos apenas o seguinte fato, que vale por todos os raciocinios. Os protestantes pretendem que o culto de Maria nfo existia no principio do cristianismo, “E” tim erro € uma invencio moderna”, dizem eles. Ora, as catacumbas de Roma foram visitadas ha poucos anos por um ilustre lente da universidade de Oxford. Che- gando a uma sala subterranea, o ilustrissimo arqueslogo Rossi, que fazia as vezes de cicerone, disse ao tal lente: — Porereis aproximadamente dar-me a data desta pintura? — Acabo de estudar as pinturas de Pompéla, disse o inglés, parece-me que esta & da mesma época. — Apoiado. As pinturas de Pompfia silo irmfis desta; por conseguinte, estamos em frente de um trabalho do primeiro século. Agora reparai bem, senhor. Dizendo isto, 0 s’bio Rossi colocou sua tocha acesa perta do mosaico, mostrou ao lente de Oxford uma belissima imagem da Virgem Maria, com o Menino Je« aus nos bragos, “De quem & esta imagem?” perguntou 0 Sr. Rossi, — E’ um retrato de Maria, responde o lente, — Pois bem, faz apenas trés meses que esta gale tava cheia de areia, porque o uso dos primeiros cris- fios era tapar as galerias A medida que se enchiam de (mulos. Eig entio tm monumento da Igreja_primitiva ‘ilestando a antiguidade do_culto da Santissimna Wirgem. © lente ficou calado por muito tempo; depois, er- guendo a cabeca, disse esta palavra, que resumia todas s peripécias de uma luta interior, sustentada no segre- do da alma: Antigua superstitionwn semina. Melhas. fementes de_supersticbe: 4 63 — Nio apoiado, dizei, antes, com S. Cipriano, — re darguiu 0 ilustre arquostogo, — dizei antes; Tenebrae ssole tweidiores, O' treyas das catacumbas, mais desluni: brantes do que o sol XV, A vos de Lutero Terminenios a resposta & primeira objecio, pela vor insuspeita de TLutero: A Santissima Virgem foi hone rada ¢ invocada desde o principio do cristianismo, co- mo provyam as numerosas imagens encontradas nas cata- cumbas © nos monumentos dos primeiros séculos, Os primeiros eseritores e santés falam dela com ve- nerag%o © amor, excitande © povo cristio a orer-lhe, a inyoca-la, como senda a Mae de Jesus Cristo e a Mie dos homens. 3 © préprio Lutero, antes da sua queda vergonhosa e sia vida ldbrica, honraya, amava, orava a pura Mie de Jesus, ¢ escreven sobre o seu culto piginas admirA- veis, que até hoje figuram como monumento de giéria em honra da Mfe de Deus, “A Virgem Maria, escreve 0 herege, dizendo que todas as geragdes haverao de chami-la bem-aventurada, quer dizer que o seq culto passarin de geragiio em geraciio, de tal modo que niin houvesse época nenhuma em que nfo ressoassem os lonvores. E’ o qite cla exprime dizendo que doravante tor das as geracGes hio de aclami-la, isso é: Desde esta hora comeca esta corrente de louvores que deve esten- der-se a todas as geracties ¢ a posteridade”’. Eis como o préprio Lutero confessa.que » culto da Virgem Santa comecou na hora mesma em que cla cantou o seu primeiro Magnificat... Até 1a era Vir- gem desconhecida, porém de ld em diante ela ha de ser _ a Virgem exaltada, louvada, orada, no universo inteiro, Néo 6, pois, uma invengio de Roma, a de orar ¢ lou- var a SS. Virgem; & uma invencio diving, colocada, ame irene es elas 64 é S nor Deus mesmo, no berco do cristianismo, gravado em le tras de fogo nos alicerces ¢ na abébada da Igreja verda- ‘deira, ¢ isto antes mesmo que Cristo aparecesse vi yelmente neste mundo, Ele esfé ainda eseondido no seio da Virgem Imacu- lada_e antes mesmo que ele exija a adoragto de sua pessoa _divina, i veneracio dati the serve de santuirio ¢ de Mic! : ele que inspiraya Maria SS, é cle que falaya pe- los seus labios; & que ordena, como se dissesse que 140 receberia a homenagem das criaturas, senfio depois de clas terem honrado aquela que ele escolheu como Mfc... ea primeira aplicagio do adigia, hoje eldssico: Te do por Jesus, nada_sem Mari Refleti sobre isso, pobres protestantes, ¢ s¢ nfo qui- serdes escutar a voz do sacerdote catélico, nem da Igre- ja, nem do Evangello, escutai, pelo menos, a voz do vosso proprio fundador, Lutero. Conclusiio Terminemos aqui a resposta da primeira objesto pro- testante, Pediram um texto: tenho citado mais de 50 textos probantes, e creio ter fechado todas as saidas do erro, de medo que um protestante sincero ¢ leal de- ve concluir necesstriamente: Sim, devemos orar A Virgem 2 irrefutavel, 6 provado. 1) Pelo bom-senso. — Porque as honras prestadas aos pais redundam sobre 0 filho, consoante a Biblia, Gloria filiorum patres eorum (Prov 18, 6). Os pais 500 aldric 7 s. A_glétia de Jesus ¢ a sib Tia de sua Mae, a Raa Maria; hontar_ym_¢ hon: far Our; w_@ recorrer a Ou que orar a Maria é ora ao proprio Kilho. © bom-senso los indica esta verdade, faria, isto € certo, & Lux nas Trevas — B 65 2) A prova biblica, que nos mostra claramente que podemos, que devemos orar aos santos, que Deus es- cua as preces dos santos, e recomenda recorrer a cles Hde a meu servo Job, diz Deus, e mew servo Job ora- 6 por vds, & admitirei proplcio a sua face (Job 42, 8), 3) Depois temos: 4 prova do Evangehio, que mos- tra em muitas passagens a necessidade de recorrer aos santos, ¢ de granjear-thes a amizade: Granjeat-vos ami- gos, para que quando venhais a preeisar, vos receban nos tabernculos eternos (Le 21, 9), 4) Vem ainda: O cxemplo do Bvangetho; na pessoa do areanjo Gabriel, de S, Isabel, assim como do pré- Salvador, o qual, ao pedido da sua Mée, operot i (Jo 2, 1). %) Temos ainda a proya da Anaguidedte do culto de Maria SS. que nos vem por caminho ininterrupto do tempo e do exemplo dos préprios apdstolos, como o pro- yam as numerosas imagens das catacumbas ¢ da antigui- dade. 6) Por fim temos: O testemuenho da préprio Lutero, ‘© grande inimigo do catolicismo ¢ da Virgem Maria, Depois destas provas, que pode responder um homem de bom-senso, ou tm protestante sincero?... Nada! hada! absolutamente nada! Se ele & sincero, deve ne- cessiriamente inclinar-se, bater no peito ¢ dizer: estou crrado.... fui iludido... © confesso que o culto dos santos, ¢ sobretido o culto da rainha dos santos... da mais santa de todos os santos, ¢ culto, nfo shmente i cifo e razodvel, mas imposto por Deus, findado por Deus, ¢ praticado por todos os séculos, Nio ‘tirando uma tal conclusio, deve entio, em face do sol refulgente da verdade, tapar ambos as olhos, € dizer: Viejo, porém nto quero veri Vejo, porém nao quero confessar que yejo. Neste caso € um cego volun- tario, ¢ contra tal mal nfio h4 nem remédios nem ldgica. 66. possivel. A conclusfio impde-se, pois, com todo rigor: Podenios ¢ devehios ovary & Visgem Maral... I? 0 que queria provar. CAPITULO VILE A IMACULADA CONCEIGAO Pede-se um texto da biblia que prove que Maria fot concebida sem pecada. FE’ a segunda objegio formidével, que prova a su- pina ignorancia de quem a fornvila. Falam da conceigaa, imaculada de Maria, sem saber de que se trata, em que iste ¢ qual a significagio das palayras. Eis por que vou citar, nao sémente um texto da bi- blia, sim diversos, ¢ explicar @ mais claro possi- vel o que € a imaculnda conceic%o, para que o meu ami go protestante entenda que ele pretende combater o que ignore. Escute bem, meu amigo. I. O que € 0 pecada original © peeado original & @ pecado cometido por Adio e Eva, desobedecendo a Deus, Este pecado, em Adio, cra alual, ¢ 0 afastou de Deus, como fim sobrenatu- ral, Em nés, & um pecado de raca. © género humano forma um corpo tnico, como en- sina S, Paulo; assim came 0 corpo é um, ¢ fem muiios membros... assim & também Cristo, porque mun Bs- pivito fomos betisados todos nds, para sermas wm sé corpo (1 Cor 12, 12). Para tudo o que diz respeito ao culto de Maria SS. pode © leitor consular © nosso livro! qf mulher endita, onde es 2 todos “os erfos proveitantes sobre” o 67, Cristo é a cabega sobrenatural deste corpo... sendo ‘Adfo a sta cabeca safteral e saral, A cabega moral pe- cando, todos os membros participam deste pecado. Quando Deus criou os nossos primeiros pais, estabele- ceuros no estado de inocéncia, de justica original e de santidade, outorgando-Ihes dons de trés qualidades: na- furais, sobrenaturais e preternaturais. Os dons natureis so as propriedades do corpo ¢ da alma, exigidos por sua natureza de homens, para afean- car o seu fim natural, Os dons sobrenattrais sho: a graga santifieante que faz deles filhos de Deus ¢ pre- destinados A visio beatifica. Os dons preternaturais con- sistem na imunidade do sofrimento, da morte, da igno- rancia ¢ da concupiscéncia. Adio e Eva, desobedecendo a Deus, cometeram um pecado mortal (Gn 2, 17) © perderam a graga divina, com todos os dons que excediam as exigéncias da natu- reza humana. Perderam todos o3 dons sobrenaturais e preternaturais, conservando apenas os dons naturais, po- yém muito enfraquecidos, Os dons naturais mio Thes foram retirados em stta constituicgo intrinseca, mas em seu exercicio; as paixées desnorteando 0 juizo e en- fraquecendo a vontade. Fste peeado, sendo um fecado de raga, transmite-se a todos os que pertencem 4 raga humana, © pecado enlrow no mundo por um homem 66, diz © Apéstolo (Rom 5, 22), E ainda; Se wm sé morrete fara todos & porque todas estavam mortos (2 Cor 5, 14), Todos estavam mortos em Adao, Todos! Logo tam- bém Maria SS. Tintende-se por morta em Adio o fato de Maria, em virlude da sua conceicio, estar sujeita ao pecado original por direito, porém no estaya sujelta a este pe- cado de fato, porque uma graca singular do Redentor 68 Dreservott-a, afastando dela a privagdo que constitui o pesado origina Maria, em virtude da sua descendéncia natural de Adao, estaria sujeita ao pecado, se nfo fosse, como pessoa, preservada dele.’ Como criatura, Maria devia herdar o peeado original; como Mae de Deus, devia ela ser preservada H. A objecio protestante A curta definigde supra, simples definigio do pe- cado original, & imediatamente impugnada pelos pro- testantes, que nao querem compreender a verdade, © mesmo pastor, j4 citado diversas vezes, que tem a reputagio de ser um farol da scita, para nao dizer wn lampio, comeca logo com suas inyencées, Maria imaculada — quer dizer que a bendita Vir- gem foi coneebida sen pecado, tal qual © seu Fitho, Nosso Senhor Jesus Cristo, Tgnorancia, sempre a mesma ignorfncia. Quem 6, en- tre os tedlogos catdlicos, que assevera fal absurdo? © amigo protestante inyenta um absurdo ¢ pretende refuta-lo, quando tal absurdo nunca figirou na doutri- na eatdlica, & por ela formalmente combatido. i Para combater a doutrina eatélica, caro protestante, € necessirio conheeer esta doutrina, ¢ nfo inventé-la de sua cabeca, Néo; absolttamente nfo, a Igreja nunea ensinou que Maria foi concebida sem pecado, tal quial Nosso Se- nhor Jesus Cristo... Tal assercio ridfeula nfo passa de uma grotesca caltinia. 1) Ver o nosso livro: “A Muther Bendita", Cap. II; wise , Cap. Tl; A SS. cee) onde este assunto & tratado em todos os seus por- 6 A imaculada concsicio ndo consiste em qualguer der- Fogagfio is leis da natureza, que presidem & proctiacso do homem. Naseer de uma Virgem milagrosamente feita mie pela exclusiva operacio do Espirito Santo, é um pri vilégio que Jesus Cristo reservou para si mesmo. Nao quis Partillilo ‘com ninguém, nem sequer com aquela que devia dar-lhe a vida, Maria SS. entrou neste mundo pelas vias comuns da miltureza, ela foi o fruto bendito de Sant’Ana ¢ de §, Joaquim, Com $, Boaventura ¢ o Papa Bento XIV, pode-se dis- finguir no homem uma dufla eoaceigio: uma ative, gue € a proctiagto do corpo, ¢ uma passiva, que é a unide da alma ao corpo gerado, A conceicio ativa de Matia SS, em nada difere da oncei¢io das outras criangas. A conceizao passive, ao contrario, & completamente diferente, alma, no momento de tinir-se ao corpo qu cla deve vivificar, é contami nada pelo Pecado original; engtianto a alma de Maria SS. foi milagiosamenle pre setvada_desta_mancha, © pecado Original & sssenciatmente wma privacde, EL a_privacd raga primordialmente cor is ‘- teza_humana, na pessoa de Adio, Na ordem intelectual @ moral, pode-se dizer que a erenga entre o primeira homem (Adio) e o homem decaido, o primeiro erindo na natureza pura, e o Seguin: do na natureza manchada, € 0 mesmo que aquela que existe na ordem fisica entre um homem Civilizado, des- pojado dos vestidos que devia trajar, ¢ um selvagem, que nunca usou roupagem, Nos designios de Deus, a graca sobrenatural devia encontrar-se em todos os homens que nascem, mas de- 70 pois do pecado original a alma, chegando 4 existtncia, & pobre, nua, miserayel, privada dos dons magniticos da_graca, Esta _nudez € paia_a alma uma manehn, como a atte streignegy ieee ap actan canine te ies eee eee Tiremos agora a conclusio desta douttina, O pecado original soude essenefalmente a privago da graga sai ti: i vers ir que a ante, que A alma nati aa eee zorehuir gue e imaculada conceigdo consiste em que Maria SS. nunca conheceu, rem um winico_insiante, esta. privagio, mas que desde 0 momento que foi criada a sua alma e uni- da ao corpo, preparado naturalmente para recebé-la, ols_achourse revestida da justica ¢ da_santidade, por dos méritos do Salvador, Este privilégio & sumamente glorioso para Maria SS., este até tmieo em seu género, porém nao pode, de nenhum modo ser assemelhado & concei¢io humana do Salvador. De fato, 0 corpo do Salvador foi formado no seio de uma Virgem, por uma operagia pura e divina do Espirito Santo, enguanto o corpo de Maria SS, teve a otigem comum dos outtos corpos hiimauos, A santidade original 6 em Jesus, uma condicio de sta jlatureza, um atributo essencial da sua pessoa, Em Maria a santidade original € um_privilégio, uma Sraga_gratuita, concedida em previsio dos méritos do “Salvador, © Redentor estava infinitamente acima da corrup¢io comum, Maria SS. estava sujeita a esta corrupgio, mas foi dela precervade, Assim entendido — no sentido da doutzina catdlica a prerrogativa da Mie nfo prejudiea a exceléncia do Filho. 71 » destis_¢ inocente por Jalivesa; Maria o & por graca. jess o ¢ por exceléncia; Maria SS. 9 & por privilégio. Jesus 6 € como Redentor; li como 4 pri- mieina Fesgarada pelo sangue_diviy 1, mas hum resgate antecipada. inosa doutrina da_ima- Pleto, e que pretendem combater, sem conhecé-la, HE, A tei geval A fei geral & © que o pecalo de Adio © Eva passa a todos os seus descendentes, por iss todos os homens nascem com a marcha do pecado original, Esta yerdade @ claramente ensinada pela Sagrada Escritura, ¢ espe- cidlmente por S, Paulo (Rom 5), © Coneilio Tridenting a Proclamott dogma eatélico ¢ a tradicio da Igreja, neste particular, 6 constante ¢ tniversal, © Crisder, pata lembrar aos nossos primeiros pais a sua dependléncia da criatura, proibiu-ihes que co: messem da frata da arvore do bem ¢ do mal (Gn on7y Adio ¢ Eva desobedeceram a Detis, e esta desobe- diéneia constitui o pecado original. Tudo isso figura na Biblia (Gn 3, 6), © ‘al pecado, sendo cometido pelo primeiro homem, Passa a toda a sua posteridade, Adao vives, diz a Dla, € gerou a sia semethanca e conforme a sua ide gen (Gn 5, 3), Adfo, pecador, geron outro. pecador, B ogico, Por um sé homem entrouo peeado no mundo, diz S. Paulo (Rom 5, 12), Toros nds, como filhos de Adio e Fva, nascemos com a alma’ manchada pelo pecado original, © testemunho de S. Paulo é explicito: Assim como 72 0 pecado entrou no munito por um sé homem ¢ pelo pecada a niorte, assim tambérn paso a snorle a todos 03 homens, porque todos pecaram num sd (Rom 5, 12). ‘Segundo 5. Paulo, hauve, pois, pecado num homem 6, @ este peeado, com as consequéncias, tornou-se unis versal, transmitido a todas as gerac6es. E’ o que fazia dizer ao santo rei David, Fu weit minha mde consebew-me no pecado (Sl $0, 7), Fas a lei geral: Todos os homens, como filhos de um pai decaide, como era Adio, naseem deealdos, do ies mo modo como de um rej deeaido nascem filhos de- caidos.. i ae IV. As excecées a esta lei © grande argumento dos pratestantes & que todos os homens pecaram, E eles concluem; Maria, a Mae de Jesus, era de raga humana — logo ela pecou, O racio- cinio € exato, parém o caso é de sepetir a palavra de Judite: Queni sois ads para tentar a Deus (Jdt 6, 2), pax ra por limites a seu poder? Tal & a let geval, porém o supremo legislador pode derrogar as leis por cle wsta- belecidas, A Biblia esté repleta destas derrogacdes, O movi- mento do sol e da lua esté matematicamente fixado pe- Ia Tei da natureza; enquanto Josué nia hesitou om fan zé-lo parar: Sol, detém-te em Gibaon, ¢ tu, Jua, toaige eaeaial jdlon, Eo sol se deteve e a lua parott (Jos 10, T213), tuma lei que as Aguas seguem a correnteza do sew curse, entretanto Moises e, eu Sua ido sobre o 2.0 war tornouse ene Gquas Foren: may... partidos... como mura 0 sua direita e sta esqicertia (ix 14, 2122). ©) uma lei que um morto fiea morto até Tessurrei- 73: 2 Onedilameite agusle gue % 4944). Ove ‘prove isco, imeu cate 89 prova cue; Nada ¢ imposstuel a Deng ~ Todos os homens pecay, | ¢ Eva ; Ik Pecaram em Adio « Eva, @ niceen 0.0 peeado original: 2 a let geral, De ae ra: i, 4 i phen absolitainénte necessdrio que ele. do roRas: Se esta lei em fayor dog Sprio. Fit 3 be ov seu pi et io: Filho, © Deus ame | ade 105 excl | Susi se Contamihasse pelo. u ens ti Esstite bem) caro protestante,. . doe Cristo, infinitamente pur {ele fomasse um corpo forme mado por uma carn fis | Sige macnlados pelo pecatlo 5 Sih © fitho. veceb sue : tho recebe 6 seu pibo, do: corpo € do sangue da sua mae.’ ‘filho & 7 a sontinuacio dos seus pyis eg sOfeanssGa % No! seria mais, 36 Carat Tho de Dens a F “sendoo corpo) de Jesus formado do sa TH) © devendo este corto. ser BEB /e ern desea Se diabolo ry ido tie ne. OU satigie da sig Sera) Sate eo sangie de Manos fe Tima piirers ae ita sen pesado “crgiagy = Havia dias” maneiras "de Ae) at Be aleancar esta ureza | ee Ou a tsensdo de pecado angen 3 i = iis i i tual destes dois modos hé de gen mats contenionte? (1, 38). gue de Mas una pureea infinita — dd iacals wvesse sido apenas feria sido escrava, pelo men nos dutaiite uns instantes, do deménio, ¢ mais tarde 0) demonic teria podido langar no tosto do Salvador este” insult: “Tua mie! ela fol ms : : possi Tiacilada!” Una tal suposigiio_@ horrivel! ‘Vai, Satanés, longe daqui, Nuncals, nunca, nem — inte um instante; tu dominanis a midher bendita entre totes as mulheres! O Sonhon estore com cla des. deo _prinefpin, ¢ onde esti 0” Sealin; tar Satants, 20a ard che purificada do pecado, cla E se ela se dominada pelo may se cla o fosse apenas um ins- tants, nic estaria mais cleta de graga; faltarin qu quer colsa a esta plenitude... faltaria a on Eis por que a Mic de Jesus néo podia ser simptes mente purificada do pecado... devia ser preservada. V, A Imaculada Conceigho Eis-nos, com! unia ldgica irrefutavel, em frente do tério da imaculada conceic3o... que nde @ otitra coisa ser ig _a_preservacdo do pecado original, em. previ fo dos merecimentos|futuros. do! Salvador, ~ —— SS —eSSEE——————SeSE—' Diga, amigo protestarite, nfo € logico isso?... nfo @ conyincente?... nao € necessirio?. bem) a cio Haamos: {niaculada. con pees ta vendo que tall priyilégio, outorgado & pura Mae ~ de Jesus, nfo & como nos protestantes se afigura: um bicho de sete cabegas, um espantalho misterioso!... 2 coisa mais Idgica do mundo, que eles negam por saber 9 que ¢ que seus pastores combatem, ini- camente para dar-se um jeitinho de biblico, para passat por homens inteligentes, entendidos, zelosos disefpulos da Biblia, que nem compreendem sare 75 A imeeulad® conce'gao abrange dois ol oe ae eee temao, as objecces protestantes, 4) © primero 6 ter sido a SS. Virgem prosruada | iimancha osiginnl) desde 0: prinaipio da bun) coscelgio; | 2) © segue 6 due fl euvilcy nf Ths wa det j direita, co] concedida previsao) J recimentos de Jesus Cristo, os cee Como tal) Maria SS; foi reseatada. i por Jess Cr eno unigies tm de nis; mas ennvém nts que hd ee eer eee ee precerca;do, ¢ depois da queda, | Tevanitariento dae Mais Sse 4 é Cristo morrel para todos, di Apéstolo i 5) 15) e ainda: Um A Roepe Manas ea q 14), Morrow de fato para e-em proviso dos ae « recin receryo O' que acabamos de dizer € l6gico, protes=) tate, ¢ se limpde al uma intcigéneia azo vicgdn alo Preconcelto, Tin sci que isso nzo ¢ ainda o bastante para wos) por isso apoiemos tal doutrina sobre a Biblia, Abrin- do/0) Génesis, encontramos no. capfiulo'3, 15, as sequin tes palavras que Deus dirigi ao deménio, depois) da queda dos nossos primeiros pais: Intmnicitias foram in fer tovet mullerem, et semen tuuin ct semen dlius: ipsa ute ane tee (on 99) ‘ q tradugao popular deste texto &: Poret inimis entre Hc a muller, eittre a tua posteridade Pease Tdate dela: ela ie’ pisard @ cabeza, ; 76 A teadugao literal seriat Poret) pinizade entre ft ca mullion, onire a ina semente ¢ a semente dela: cla te esmagara a cabeca, ‘A primeira teaduego esti mais ao alcance de todos; a segunda se aproxime maig do texto oficial! da Vule ‘gata. Tiste texto roferese a SS, Virgem) pois 6 impossivel resttingir a sua significa 4 pessoa de Eva... Assim Jimitado, este texto perderia tdda significagto. Esta mu- ther é a Wiszen Santissima, filha de Adio e Eva pela natureza, fitha € esposa dé Deus, pele graca, Sua pos: teridade, Sua semente € o set filho tinigénito Jesus Cris: to, e-em Jesus, so os Cristaos. A serpente 6 6 dem6- nio; ¢ os filos do -demOnio sdo os infigis e impios, diz Cornélio a Lanide, ‘A SS, ‘Vitgem, por si, por Jest ¢ pela Tereja, es Esmaga-a pela stay imacu- Jada coneeigio, pela perfeigio de sua santidede, pelo seu triunfo sobre o pecado ¢ sobre a morte. Esma- ‘gaca por Jesus, duc! 0 vencedon del Satands, do pecado ‘do mundo, Esmaga-a pela Igreja, isso ¢, pelos mem- ‘bros fiéis, pelos catblicos fervorosos que proctiram vi- ver para Deus, Diante deste texto luminoso, profético, que tanto exal- ta a grandeza eo poder da SS, Virgem, 05 ; protestantes procuram todos os meios de desviar o sen- tido, ¢ de excluin ‘dele a Virgem Santissima, A tradicio crista Sempre vill nesta passagem sim: bélica a figura do Cristo ¢ de sua SS. Mae; 56 a obee- cagdo protestante procura contestar esta figura... sem depois saber a quem aplicé-la. Destroem, mas sobre as ruinas actimuladas sto in: capazes de edificar) outro edificio... Prociram nos tex- tos antiges se nao houve qualquer divergéncial a res- peito, © encontram qualquer coisa, sem mudanga essen- 7 (0 texto oficial a tk Garbo cag pga NH A ON ona Me 4 versio hebraica diz: A ceniente do milhor te ese magard a cabeca (ipswyi), Tiodee ponte saldaten dizi: 0! Filkai (Cristo) ite etymanape G cabeca (ipse), so). he Aeuhalalvage se ge UE fv Ga Be de ea er ingen, dést3 primeifa pie E no meio da ‘Ora, esta oposigio nao seria complete, se — ainda’ ‘mesmo por um 6 instante —, a =z : “Depors ver a eontinuagho do primeiro, fato, No sb- 7 mente haverd énimicade entre 0 demonio © a SS. Vir- gem, mas esta tre aD inter semen He —_— TOgicamente que sao as mesmas ini- mrizades qué 48 existem entre o deménio ¢ a Virgem, ‘que devers continuar a existir entre a posteridade, oa semente de ambos. Ts cendo@ miesma inimizade que existe entre o demi nin © a mulher, deve-se concluir, de novo, que tal’ ini- mizade € absolute, radical, completa: numa palavea: tt tibi, Jesus? Que hd entre nibs c v4s, Jesus? De mato fada pods haver de comum entre o pecado © a Tihs, how, tornase uma’ questio de palayras, que Sipro .e-maoia ied) ulead deste moi 3 prineiplon fe lnsinumento: eat: ' Depots deste: principios, a mudanca de pronome: ifse,_ Mada muds a verdade eatéliea 4 ‘© texto contestado é pois o seguinte: Deve-se fer: Tpse ou ifsuni, conteret caput tur © sentido & 6 mesmo nos tts casos: ipte 6 Cristo; ipsa € a Virgem Santa) ipsum & a semente, ou Cristo: Ora, @ Igreja catélica nunca pretendeu outorgar diree ftamente ASS, Virgem) o privilégio de esmagaria cabera a da serPente, exclusivamente por si, mas unindo-se am sci Tilo, pela agto dé seu Filho, isso 6 como Mae” de Deus, % Adotando, pois, a versio: ipse, ott ipsum, dizendo ques @ Gristo atte esmaga a cabeca da serpente, & preciso admitir quc cle o faz como Deus-lomen; pois Cristo Plum Ders-homeni; como tal ele estd unido a sie Mit: Cristo o faz diretamente, a SS. Virgem o ia ndirelamente, mas éla fica inseparavelinente assogi da a este triunfo. Adoiando, como a Vulgata, a verstio de fpsa: dizen- do que é Maria SS, quc esmaga a scrpente; nfo é ela <6, mas unida'ao Filho; ela o far pelo poder dé seu Filho, de modo gue ela continua a ser associada de Jesus, a intermedifria entce Jess e o demonio, — KE’ a virtuale de Jesus que esmaga a cabega da serpente, pelo péi da Virgem Santa, Tsto & to simples © légico que, nas edigGes hebraitas, a mulher ¢ 0 filho sao unidos num nico pronome: Eles fe esmagardo a cabera; o que & ainda o tals o filhe His a tremenda discussao da pelos protestantes, no intuito de rebaixar a Mile’ de Jesus; porént tal dis- cussio em nadi prejuudica a gléria de Maria S5.; de modo que, etravés das discusses humanas, a palavra 80 ‘Pal/@ alias a opinito do proprio S. Jeronimo, que ¢s- collet) entre as tras diversas versdes; trés hebraices que trazem ifsa, senfio pela exntidfo gramatical, senao pelo. sentido espititial. Ble mesmo: di a razio desta preferéncias Nao pode ser Ontra @ A ag. auther, escreve ele, senda, agiie- fe que o Ape: ter sido feito da iullier. ist 6, Jesus Cristo... leiramente a seniene tend spiallior, havbndlo ele Senn gman Podia-se! citar ainda do Antigo Testamento este texto de Tsafas: O Senlior vos dard um sinals Fis que a Wir om conceberd e dard & Iie um filko, e chamarfolo sew nome Emanvel, isso é, Deus conoseo (Is 7, 14), Este olitto ds Jeremins! Deus chou wina hovidade Ha terre; unig mulher cercord sum omen: (Jer $1, 22) VIE Provas do evangelho Passemos ao Eyangelho, onde tal verdade nao 6 mais figurativamente antnciada, mas positiva @ implici+ faménte revélada, * © anjo, vindo participar 4 SS. Virgem que tinha si- do escolhida entre todas as para sér a Mae do, Fito dé Deus, cumprimentara, em nome de Deus, Gomi a scguinte saudagdo: duc, che de graga — 0 een rea nre cnk aia, SOs ence racemic ens (Le 1, 28). Laz nas Treva — 6 a 81 Que quer dizes isso? Deus proclama a Virgem chela Sade grasa Ora, nim vato cheio nao cabe mais nada... Dizendo que Maria SS. € cheia de graca, ¢ dizer que oss todas as gragas que pode conter uma criatura, OG Senkor Des ¢ com ela. Ora, onde esth Deus niio pode estar o pecado. A presenca ce Deus expele todd pecado. Quando nds nascemos, Deus no estd conosco, porque niascemos ci pecado... Ele estava com Marla, sempre, desde a sia entrada neste mtndo, porque era de ose ge nee pcos Prova decisiva as palavras inspira: das do Magnificat, onde a Wirgem exclama: Fez grav des coisas em mim aguele que & todo-poderoso (Le 1, 49). Te ee aerate neue tated pes os clhos em sua humilde escrava, Se houvesse tido © pecado original, deveria ter dito: Deus pas os ollios poet id dad Gay sa Cacreyayy COMO CIC HE Os ania ‘e como aconselha a Sagrada Escri! Justus prior est i Elgta vevslacko. iapttelta’ do granderdog= Ma da imaculada conceicdo. E/.o que fazia dizer aS, Cirllo, desde os primeiros steulos da Tgreja: “Qual € 0 homem de bom-senso, que pode acreditar que o Filho de Deus tenha constrifdo pa- Ta si mesmo um templo, um trono animado, cedendo o $2 i 4 primeiro diteito deste templo, ¢ 0 ela uso a0 denidnio, seu mortal inimigo? da creas ton” N&o havia protestante neste tempo... Que diria S, Cirilo, Se voltasse hoje e visse sustentarem tal absurdo? Eis, mett Caro protestante, nfio simente o texto pe- dido, mas diversos textos, uma explicagio destes tex- tos, para 0 Sr, poder compreendé-los, Esta yerdade 6 tio clara que © Seu préprio pai Lutero ndo teve a ou- sadia dé nega-la. Cito apenas tima passagem entre muitas, Escute bem: “Era justo © conveniente, — diz ele, — fosse a pessoa de Maria preservada do pecado original, visto o tilho de Deus tomar déla a carne que devia vencer todo pe- ead! (Lut. in postil, maj.) © seu pai Lutero era menos protestante que os neti- nhos' de hoje... sobretudo, era menos ignarante, e, ape- sar de Sua revolta, compreendia melhor a biblia que os nossos modernos biblistas © bibliciros, que sO sabem ler com.o5 dctilos dos outros, e interpretar através dos Gcu= tos de qualquer pastor, IX. Cheia de graca Nova" objecto protestante, Nao devia faltar. Eis, di- zem cles, como os padres racioc’nam, Dizem qtte Maria & chela de gracas.. € que ser chela de graga é ser ima- culaday Entfo $; Isabel “‘cheia do Espirito Santo!"; §, Joio Batista, também “cheio do Espirito’, e¢ outros, so E’ um arguinento de crianga. Examinem bem a di- ferenga dos termos, e portanto da significagio. De S. Joio, © evangelisia diz: Spiritn Soncto replies bitur (Le 1, 18). 0) 83 De Si Teabel, cle diz: Repleta est 5; sti Elisabeth (Lc 1, 41), ee Neen) ovarcanjo diz: ve; gratia plena (Lo Estes termos so muito diferentes. A Sagcada Ds: eritura emprega continiadamente 0 termo: Repletus... estar cheio, no “stntido: de “abtindancia uma ‘certa guantidade, ‘como Repletus concolatione @ Cor 7, 4), cheto de‘ consolachoy repledus 4 6, 12), cheio de iniquidade; replatus dilechione (Rom 15, 14), cheio dé anion, Sete. Falindo da SS. Virgen, o termo & diferente e signi- fics uma plenitude completa, O grego Kecharitonitig, ‘Participio, passado de charitds, de chars, € empregado ti) Sagrada Tiscritura para designar a praca, tomado Ho Sentido teolégico, isso ¢ por um dom divitto que adere A nossa alma, © sentido exato, dizem os oxege- a8 G: oninina gratioss reddita, que sé fornou plena- mente graciosa, cm outros termos: omnino lena cac- dest gratis: chisia de graca, 8 termios assim bem compreenilidos, pode-se for mar o silogismo: Maria SS. estava chela de graga, ao Ponto que nad’ mais podia eonter. se éla tivesse © pecado original, cla ndo estaria mais chela, pois po- grasa tem por propriedade de nunca ter faltado a Deus, Hy pols necessitio uc Maria SS. auncattentia sido pri. 84 ‘aila_dt gragn, 0 ale 86 pode ter) admitting a ine ‘cull “coneeiesa - Outro argument teolégico: O anjo sada a Marla como. sendo bendita entre, ou acimia de todas as mulie= res. Ora) em que Marla seria superior a todas as mu- Theres, gengo_ pela” imaculzta comesigio. X. Proclamagio deste dogma tantes. Ougo-o8 pritar... ie aasevccibee eal } ser_proclamado & outta cols, Bite RR ati nerami eReahmer ru SEAM) Att a pressio do vapors. ja nfo existia a tal pressio? Quando Ramsden em 1779. proclamou a existéncia ‘da eletricidade: j& pic existia ela?) Quando Franklin proclamou a atracdo do para-raio, om 1780.... nao existia ainda o taio, 0 troviio e o relimpago? A assergio ¢ ridfeula, A Tereja proclamou a conceiso imaculada em 1854, em defesa deste privilégio, ‘contra os ataques impios protestantes, bor tal privilisio “ssistiu compre na Biblia, na Tradiso ¢ na pessoa da/ Virgem Maria. 85 XT, Conelusito Tiremos a conclusao: Maria SS. & imaculada. certo. © fim da Encarnagao inclui_a_imaculada_conecicéio, Este fim @ resgatar-nos do pecado original; em con- sequéncia a Lncarnagée ¢ o pecada original _oxcluca- se_mittuamente, ois _fermos opostos, como S40, opostos os termos de luz ¢ trevas, de dia e noi Como € que a Virgem, pela qual deve vir a liberta- ef, possa ser a escrava de Satands? Como é que a Virgem, que deve.dar a Cristo um corpo ¢ titi sangue imaculados, pode estar manchada pela culpa original? Seria isso dizer que pode circular uma 4gua cristalina um canal imundo, Seria afirmar que uma mae preta pode gerar um filho branco. Isso € © contrério da Biblia que diz: Quem fode tirar ion frwto puro de uma semente impura? (Job 14, 36). Some salir uais-acd deria_expulser os aspirttos imundos (Lc 4, 36), se ele mesmo era o fm. to do pecado, pelo_nascimento de ima mac peeadora? Nio_esti vendo que isso ¢ _insensato, Fla nos traz a Juz... ¢ ela cstaria nas trevas! Ela nos traz o preco do nosso resgate ¢ ela seria devedora! Fla seria a mile da purezo infinita, c ela serla impura, Ela seria ¢ Maz de Deus e filha do pecado! Ela seria revestida do sol, da lua e de estrelas, como descre- ve S. Joao (Apoc 12, 1), e cla teria nascido nas trevas! Mio vé que isso é uma blasfémia,.. um insulto a Deus! Concluamos, pois, dizendo que Maria SS. devia set Y¥maculada, © que 0 foi, conforme 0 bom-senso ¢ a Sa- grada Escritura nos indicam, 86 CAPITULO IX QS SUPOSTOS IRMAOS DE JESUS Uma objegio quesos amigos protestantes fazem cons tra a vitgindade da Mae de Jesus € afirmar que ela {eve outros fithos, além de Jesus. Fstando este assunto intimamente figado & imacula- da conceigio, quero trati-lo aqui separadamente, em- hora nfo figure nos nimeros do desafio. Maria $8. teve cla outros fillhos, depois do nasci- monto de Jesus? Resolvamos a questo de um modo irrefutavel. Para dar a esta objegio uma apaténcia de verdade, escolhem no Evangelho umas passagens que falam de tals jomaos, sem compreenderem a significagto das (pa- laveas, e sem conhecerem os costumes dos judeus des: ses tempos remotes. Tim diversos lugares o Evangelho fala desses iruidos. Assim $. Mateus, S. Marcos ¢ S, Lucas reterem qué etando Jesus a falar, dissethe algutm: eis que esto 1é fora iva mie e tous irmifios que querem ver-te (Mt 12, 46-47; Me 3, 31-32; Le 8, 19-20). $, Jodo, por sua vez, fala de tals trmdes (Jo 7, 1-10). ‘Ao ler estes passos, os amigos biblistas, que s6 en= xergam palavras, ¢ sentidos, concluem imediata- inente: A Biblia fala de irmfas de Jesus, entfo Maria eve outeos filhos e¢ nao é pura, nem virgem, como lizem 08 eatélicos. Bela objecto, que mostra a supina ignorineia dos bi biistas, A invengin nao é nova, Foi o herege Elpidio qu Sculo IV, moveu tal objesio S. Jers: 1p que a refutou pel: primeira vez. 87 1. Exemplos de Biblia ‘Se os protestantes compreendessem tim pouco a lin- guagem hiblica, oti soubessem, pelo menos, confrontar certas expresses, veriam logo que entre os judeus, — como ainda hoje em certos paises ¢ lingtins, — se cha- mam com o nome de irmdos nfo sé os naseidos do mesmo pai ¢ da mesma mae, mas também os parentes proximos. As linguas hebraica ¢ aramaica no possuem pala- vra que traduza o nosso “primo ou prima”, e servem- se da palavra “irmfo-ou innit”, aw A palavra hebraica ko, ¢ a aramaiea aka, sio em- Pregadas para designar irmaos ou irmas do mesmo pai, nao da mesma mae (Gn 37, 16; 42, 15; 43, 5; 12, 8. 14; 39, 15), sobrinhos, primos irméos (1 Par 23, 21), & primos segundos (Iv 10, 4) — e até parentes em geral (Job 19, 13-14; 42, 11), Os passos acima provam que a palavra irm&o era tima expresso genérica, geral, Jesus, tendo pois primos, nfo havia outra palavra em aramaico senio “irmdo’ para exprimir o paren- tesco, H& muitos exemplos na biblia, Lésse no Génesis que Taré era pai de Abrato ¢ de Haro, © que Hardo ge- rou a Lot (Gn 11, 27), que, por conseguinte, vinha a ser sobrinko de Abrato. Contudo no mesmo Génesis, mais adiante, chama a Lot iro de Abrado (Gn 13, 3), Disse Abrato a Lot: -nds somos inmdos (Gn 14, 14). — Ouvindo pois Abrado que sexe irniGo (Lot) estava preso, armou os criadas, ete. Da mesma forma Jacob era sobrinko de Labio como se deduz também ne Genesis, que afinna ser Jacob filho da irm& de Labio: Owvindo Labdo as novas de siia irmé, correwlie go encontro, ete, (Gn 24, 13), 88 Pois bem, ainda uma vez o Gtnesis, dois versiculos is adiante, poe na boca de Labio estas palayras di- rigidas ag sobrinko Jacob: Enido porque iv és mew irmio, hds de sereir-me de gracaP (Gn 29, 18). ‘Tobias, 0 mogo, era prina de Sara; pois Tobias, o Jho, pai do mogo, ¢ Raguel, pai de Sara, eram ir- infos; Disse Raguel: conheceis Tobias, meu irmia? etc. (Tob 7, 4-5), — Ora, o javem Tobias dirigindo-se a Deus: Senhér, sabes que ado é por motivo de hetria que recebo por mulher esta sinha arma (Tob 7, 4- 6). Os protestantes rasgaram este livro de Tobias Eis diversos passos que provam que a palavra inno, nia Hinguagem da Biblia, significa, nfo. shmente drmdos, no sentido da nossa palavra, mas sim primas, sobri- whos, até ao terceiro grau, * vel I, Evangetho na mio Vamos examinar a questo de perto e ver, pelas pro- prias palavras do Evangelho, que tals irméos de Jesus. sio simplesmente seus primas. Estes supostos irmfos sao indicados por S. Marcos: Nao é este o carpinteiro, filho de Moria e irmao de Tiago, e de José, e de Judas e de Simio e nao estio agud couasca suas irmas? Jesus tem pois irmaos ¢ tnnds, Nao so irmfos con- sanguineos, mas sim irmdos prinios segundos, como o explien o proprio Evangelho. Vejamos: © tal Tiago ¢ Judas em ver de serem fi- Thos de Maria SS. sao filhos de Alfeu ou Cléofas. EB” S, Lucas que no-lo afirma: Chomou Tiago, filha de Ifeu... ¢ Judas, irméo de Tiago (Le 6, 15-16), — la: Chamou Judas, irmda de Tiago (Le 6, 16), Quanto a José, S. Mateus diz que irmilo de Tia- qo: Entre os quats estova... Maria, mae de Tiago ¢ de José (Mt 27, 56). 8S Ris agora Sim&o chamado irméio dos trés outros, Tia- go, José, Judas e Simao (Mc 6, 3), Estes quatro su- postos irmifos de Jesus sio, pois, verdadeiramente mos entre si, filhos do mesmo pai e da mesma mae, Talta agora ed descobrir @ nome dos seus pais, O Evangelho os indica: Chamou... Tiago, filo de Al- few (Le 6, 15). Alfeu ou Cléofas & pois, o pai de Tiago ¢, em consequéncia, dos irm&os de ‘Tiago, que sio os irés outros citados. Conhecemos o pai. Procuremos agora a mile deles. Conhecendo a mae de um, é conhecida a mie de todos, visto serem irmaos. Ora, o Evangetho é explicito: En- ire as quats esiavam Maria Madalena ¢ Maria, mie de Tiago (Mt 27, 56). Eis o mistério esclarecido: Tiago, José, Judas e Si- mio, tais pretensos irmaos de Jesse, sao simplesmen- te filhos de Alfex (Cléofns) e Maria (Cléofas), pri- mos de Jesus, como indica o quadro que segue. Os pobres protestantes confundem tudo... e nfo enxergam que tal Maria Cléofas & completamente di tinta de Maria Santissima, como faz notar o evange- lista: Junto 2 cruz de Jesus estava sua mde e @ rma cae) de sua Mac, Maria, mulher de Cléofas (Jo HE Um dilema sem saida Eis os pobres protestantes num dilema sem saida, e em flagrante contradigfo com o evangelho, Se tais 4rndios sio verdadeiramente irmfos consanguineos de Je- sus, é preciso coneluir que Jesus no é 0 filho de Maria SS., mas, sim, de Maria Cléofas e Alfea, Entéo Maria SS. nia ¢ mais Mae de Deus, mae de Jesus. Ora, o evangelho diz: Jacob gerou a José, es- foso de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama ~ 0 Cristo (Mt 1, 16). Jesus € filho de Maria SS. EB’ cla- ro e formal, Maria SS. era esposa de S. José: de no- vo € claro € positivo. Mas, entao, 6 protestantes, como combinar estes pas- sos do Evangelho? Um filho pode ter dois pais e duas. mies? Jesus ¢ filho de Maria SS., que era esposa de 5. José. Tiago, José, Judas e Simao sao filhos de Ma- ria Cléofas e de Alfeu. F tendes a coragem de dizer que estes diltimos sio de Jesus ¢ filhos de Maria Santissima!!! muita ignordncia, ou gntio muita _perfidia... Procurai sair deste dilema! Ou a Evangelho mente ou vés caluniais desearadamente. E como o Evangelho é a palavra de Deus, infalivel e certa, devemos con- cluir necessiriamente que vés mentis e caluniais... out que sois ignarantes obcecados, desconhecendo o que atacais e ignorando o que pretendels ensinar aos ou tros, O dilema é humilhante, irrefutavel. IV. Genealogia de Jesus Para poupar-vos, no futuro, crros tio grosséiros ¢ ajudar-vos a compreener ui pouco a Biblia, cuja le a_estidais sem penetrar até ao espirito que a anima, rago aqui a arvore gencalogiea de Jestis, aseada so- bre a Sagrada Hscritura, que vos mostraré clara e in- sofismavelmente toda a familia de Jesus Cristo Por esta arvore vereis que os tais irmdos de Jesus, por serem filhos de Cléofas, que € irmio de S. José, © por consequéncia seus sobrinios legitimos, so sim- plesmente primos segundos de Jests, no mesmo grau que 5. Tiago maior, S. Jo%o Evangelista e S. J Batista. ‘alande destes outros, o Evangelho nfo os chama pessoalmente érinfios de Jesus. A razdo € que os filhos 91 TEE 2 2HIORS ‘onus ‘sepn[ 2s0f out OSE]. “S 3 a aatere an sor °S _sfortg 3 a 02 sitneg hed . ELE gaye at opel a : bale esa die ete: & vasypaueag, oBof “Ss o1sg Sasol visatg o8of °S ‘soem O8eIT °S 3 3 3 Boe : 3 semaez 2p Sue Mepedaz, OP BYP Dunye wb Per Ss qos: Z 2 3 Z 2 3 oar 2405 PHOT ap ted Zi oT V Fesus, Fitho unigénito E! pois claro ¢ bem provado, pelo préprio evangelho, que Maria SS. nunca tee outros filhos além de Jo sus, Pura ¢ Tmaculada, a Mae de Jesus nunca coniie. cou varia (Le 1, 34) ¢ 0 filho de Deus que nasceu dela por obra do Espirito Santo (Le 1, 45) & 0 seu filho primogénito ¢ unigénito, com diz 0 evangelho, em alusio & lei judaica, Uma outra e decisiva Prova encontra-se nas witi- mas palavras de Jesus na cruz, remetendo a sua mie ao desvelo de S, Joao. Se Maria SS, tivesse tido ou- tros filhos, Jesus a teria recomendado a um destes fie Thos, em vez dé remeté-la nas méos de um primo. se. gundo. Jesus nio teve irmios, nem mais velhos nem mais novos, Toda a sua infancia, a ida a Jerusalém, na idade de 12 anos, a vida em Nazaré, mostram claramen- te que a sagrada familia nunea ultrapassou trés meme bros: Jestis, Maria © José © evangelista S. Marcos chama Jesus O filho de Maria (Me 6,3) e nfo yilhe de Marie; 0 que supde que Jestis fosse o filho finico da vidva, Tais apelacdes fle fato, diz 0 proprio Renan (Rvang., Paris, p. 542), naO se empregam seno quando o pai € falecido, © que a vitiva nZo tem outros filhos, Em parte nenhuma os tais supostos irmfos de Je sus partilham com ele este apelido de “fithos de Marin”, Maria SS. nfo teve, pois, nem mesino podia ter, ne. nhum outro filho, além de Jesus. Ela amava extremamente todas as virtudes, mas dum modo particular a rajwha das virtudes, que 6 a gir. gindad Quando todas as donzelas de Israel ardentemente de- Sejavam casar-se, na esperanga de {eram parte no nas. Cimento do Messias, cla prometeu a Deus guardar per- 2 petuiamente a sua virgindade, Ela sb accitou a vate nidade divina depois de ter-se certifieado de que tal égio nfio contrariava a sua virgindade, Ela casou-se com $. José, poraue sabia que ele era um hovtems justo, que tinha feito a Deus eta messa de perpétuamente guardar a sua yirgindade, © evangelista nos assevera que S. José nfo conhe- ceu Maria, durante todo o tempo em que ele ignorou © mistério da Enearnagio. Como poderia ele coreee tits, depois que o Verbo divino se encarnou ¢ se fez homem em seu purissimo seio? : *, pois, bem claro que Maria SS. nfo teve filhos com S. José. pri PI. Uma conchisio horrivel Mas entio quem & 0 pai desses seus outros filhos, além de Jesus? Ainda ninguém o disse, nem nunca se- ra capaz de dizé-lo. Mistério incompreensivel! Jesus espantou o By inteiro por sett saber, por seu poder, por Bee des; e tem irméos ¢ ningiiém sabe quem é 0 pai de s 3! Neria SS, & notdriamente reconbecida como verda- cleira mle deste homem extraordingrio, portentoso ¢ santo; ¢ cla comete um revoliante escindalo, e nin- guém sabe quem é& o etimplice deste horroroso crime. Pobres e infelizes protestantes, nfo compreendem que dlirer que Maria SS. teve outros filhos além de es 6 qualifi¢i-la de impura, cents les corzante seat era! 1 quanto esta injiiria, este insul sh as oe e ofender a Virgem Santa, téo Cue ae amante da pobreza! Como deve ofencer a Jesus, vel A honra de sua progenitora! Pobres protestantes, refleti um instante © compreen- 95 irn se del enfin 0 gite vos ila a conscitnels, o bom-sengo ¢ 4 prépria Biblia, que dizels ser a regra da vossa eren- ga, © deixai de fechar os olhos & luz tefilgente da doutring catdlica, CAPITULO X 5. PEDRO ERA CELIBATARIO A terceira objer%io 6 contra o celibate de S, Pedro, para demonstrar que os padtes deyem se casar. Q pastoy pete, pois: Lor texts da Sagrada Escritura que prove gue S. Pedro nao tinha ésposa, £, Arguaente wegative Provemes, em primeiro lugar, ser provavel que S, Pedro nilo tinha mulher, quando foi chamado por J. Sis Cristo, mas cra wie, EB’ o argumento negative. © met amigo crente quer um texto que prove que S. Pedro nfo tinka mather; por que nfo pede «im tex: To que prove que 3. Pedio tisava ealga, ttirbante, al- Percatas, manio, que coma, bebia e darmia? Na falia deste texto, seri precizo conolutr, entifo! que S, Pedro andava despido ¢ que nfo coria, nem dornia Que ingentidade! Pata qite serve um tal texto?... Entio & proihido casar.se? . TS se eu the pedisse um texto que provasse que 5. Pedro tinha auilier, onde ira bused-In? Conhecendo sé as palavras dz Biblia, sem pompre= ender a significagfo, hi de apresentar o texto de 5. Lucas (Le 4, 38): Boa sogra de Simao estova enferma, Isto prova que S. Pedro Unha sogra, Ee! JA yina eof sa; pordm hd tanta gente que tem sogta ¢ nio tem 96 is muther; pois uma pode so prova apenas que S, Pedro tinl tes de ser chamada por Nosso Se itv, Meu pobre ¢: a sido casado, ah hor, © que talver fe fitm pensara até al, @ no triste aff de fabricar objegtics vin sogeas e mulheres em tods parte. in S$. Pedra, por ter sora, tinka sido cagado, vitvo.., Mas di o vivo & ou Zo é gente? na Igrefa Bastantes padtes que j& foram casados @ » depois de envinvar, eulraram na milicia eclesits- . Ha muitos santos nestas condigses, { qualgiier mal nisso? A Igreja eatilica exige © celibato dos seus sacerdotes, para segui oO exem- a de Jesus Cristo ¢ dog apistoles, que evam celiba- ios. Jesus Cristo nao o exigin dos senz discipulos; aran- ihow-o; porém parece-me quc um consclha do Sal- vador nfo & cols, desprezivel e dove, ao contrdrio, ser de real utilidade, Hi, Argumento positive OO) aegumento negative € claro, embora nila resolva plelamente a questio. S. Pedro tinha sogra; & cor- Pedro teve mulher; é certo ainda, Na ocasiia de ser chamado por Nosso Senhor ao apostolada, S. Pedro nao tinha mais mulher, @ s¢ a ti- nha ainda, deixou-a de comum acorde, conforme o selho do Mestre; ele que tiver_deixady, rumor de vie, causa iemios fats, “on mde, os oi ther, ow filkos geceberd a sida eterna (Mt 19, 29), [is um consetho do divin Mestre, dirigida act apés- folos, 6, 1 pessoa deles, avg sfculos vindouros, Nos ua nny Treyaa — 7 7 so Senhor convida os apdstolos a deixarem fdo, por seu amor... ale @ propria mney, Os apdstolos compreenderam o convite de Cristo, € © compreenderam tio bem que ficaram admirados, e disseram: logo quem pode salvar-se? (Le 18, 26). $, Pedro, sem hesitagio, sem embarago, como quem fala com completa certeza, dirige-se ao divino Mestre, ¢ exclama: Fis que nds deixamos tudo © te seguimos (Le 18, 28). E o Senhor aprova e apdia esta exclamagio de Pe- dro, respondendo: Na verdade vos digo, que ndo hé quem deixe, pela reino de Deus, casa, pats, irmiios ou mulher que ndo receberd... o vida eterna (Le 18, 29-30). Que verdade podia ser articulada, confirmada mais positivamente do que aquela? O Salvador promete o céu a quem deixar tudo, inclusive a muther, por sew amor! S, Pedro exclama ter deixado tudo. O Mestre ‘© confirma, e promete-he @ céu em recompensa E’ pois claro ¢ irrefutdvel que S. Pedro, embora ti- vesse sogra, pois celihatdrio como 05 outros apéstolos, Se assim nao fosse, S. Pedro nao podia dizer ter deivado tudo, vis~ to nfo ter deixado a mulher, embora fosse incluida a mulher na enumeragio, feita pelo Mestre, daquilo que se pode deixar por seu amor, Reflitam sobre isto, caros protestantes, € vejan co- mo este esdriixulo desafio se desfia por completo, ¢ eneontra no Evangelho uma resposta clara e irrefui yel. © argumento positiua nfo deixard subsistir a mi- nima dtivida: S. Pedro era viriwa, on separado da mu- Ther, € como tal seguiu o divino Mestre, deixando fr do, pelo reino de Deus (Mt 19, 20). ES) io tinha, ou tinha deixado a mulher; era CAPITULO XI ™ POR QUE O PADRE N&O SE CASA Passemos A quarta objecéio, que nos atiram os mai nhos de Lutero, julgando eles ser uma pedra formidd- vel, capaz de esmagar um romano. Infelizmente a pe- dra nfo passa de uma formidayel peta, que mostra apenas a ignorancla e a falta de bomssenso do seu autor. © tal crente pede-me um texto que prove que os ministros da religido n&o devem se casar. O negécio & sério, Pareee que 0 crente quer servir (le padtinho ou de escrivde de casamento,.. queren- do casar até quem nem noiva conhece. Homem, € um perigo! O crente pede apenas “um tex- to", Vou servir-lhe uns yinte pelo menos: textos da Sagrada Eseritura, do bom-senso, da conyeniéncia, Se fiear eonvencido depois, nao serA falta de textos, mas falta de “cabeca!, I. Prova do bom-senso Comecemos pelo bom-senso, que é a grande biissola da humanidade, dos protestantes ¢ clos catdlicos, Pois bem, o bom-senso nos diz que o homem é livte de se casar ou ficar celibatério, E’ ou nao é verdade, amigo crente? isso depende da vontade de cada wn (1 Cor 7, 37). De sorte, continta S. Paulo, que quem dé a sua filha em casamento, fez bem; mias quem nio a dé faz me- thor {1 Cor 7, 38). Casa, pois, quem quer e quem pode, pois & preciso serem dois, Se pois existe. tal liberdade, por que os padres nfo gozariam dela? Quem disse ao amigo cren- P 99 te que os padres tinham fanta yontade de se casar? Eu, por mim, sei que nem tenho, nem nunca tive! © sacerdécio catélico nfo é obrigacko para ninguém, A lgreja nfo obriga ninguém a ser padre, ©. estado eclesidstico deve ser livremente eseolhido, Aqueles que © escothem, & pois, de espontanea vontade que o fazem, stijeitando-se aos sacrificios que cle exige. FE? somente depois de wns 12 anos de estudo que a Igreja exige o voto de castidade, podendo o candidato recuar ou continuar & yontade. Tudo isso ¢ simples como o dia, HA muitos homens © mogas que nao casam por interesse ou por medo ou falta de inclinagic,.. e esta liberdade seria recusada a0 erdote? : Esti, pois, claro, amigo ‘rente; o padre nfio casa porque prefere consagrar a Deus gua vida, seu cori: gio ¢ seu corpo. Ninguém pode contestar-the esta liberdade, nem di- zer que faz mal, pois segue o conselho de S. Paulo, que os protestantes nfo tém coragem de seguir Digo, pordm, aos solteiros e as vilieas que thes & bom f carem como eu (1 Cor 7, 8). Cada wm figue na voca- ¢iio a que foi chamado (1 Cor 7, 24). O salteiro cui- dg das coisas do Senhor, mas o que é casado, das coi- sas do muido (1 Cor 7, 32-33). Porém serd mais felix se ficar assim como eu; ¢ também en peaso ter o es- pirtto de Deug (1 Cor 7, 40). Eis 0 que diz o bom-senso, apoiado sobre a Sagra- da Escritura, Casar ¢ bom... no casar é suelhor, © padre catolico escolhe o que hi de melhor... © © pastor protestante o que hd de pior, come diz 5. Pat- Jo, Qual dos dois age melhor e mais acertadamente? Consulte 0 bom-senso © Sado Paulo no capitulo 7 da primeita epistola acs Corintios. Ele nfo era protes- 100 . tante, mas uma das colunas da Tgroja catélica, roma- , € como tal era cefibatdrio, como o sio ainda hoje todos os sacerdotes calélicas. Hl, O exemplo de Cristo Vamos, amigo protestante, temos de percorrer ain- da muitos textos, Citei apenas os textos do bom-senso, apoiades sobre os textos de S. Paulo. Vamos agora ver um pouco de perto o prdprio Evangelho e no * Evangelho 0 exemplo do grande modelo que & Cristo. Dize li, se ¢ bom on rvim seguir os exenaplos ¢ as pi- sadas de Cristo? Se ¢ ruim, ent&o o amigo lance a sua biblia ao fogol... Se & bom, 0 amigo verificard que teve a lingua compris e a inteligéncia por demais curta, ; Apenas uma pergunta: Jesus era casado ou niio? Nao » era. E’ pois, permitido ficar celibatario © (eastidade, Deve até ser muito melhor que o contra Vio, pois sendo Deus, Jesus deve ter escolhidoo que Navia_de_mais_perfeito, Testis era celibatério, era _virgem, era_a_pureza_per- icita, O sacerdote catblico, que € 0 seti_ministro, pro- cura,_o_melhor eee imitar_o@ seu_modelo 101 oa eas ant Te eran ket Pavieatssesitoll Weal tet tae) loheer cos enh para 7 daguele que disse; Eu vos doret 0 exenitlo que Facais como cu fis (Jo 13, 15). Esta bem longe do conselho de §, Paulo: Sede os fmitadores de Deis eojn0 filios queridos (Et 5) 1). Nota bem, querido crente: Jesus nfo tinha mélher, : : : cerdotes, 05 primeiros bispos, ou ministros do culty Havin entre eles vidvos, até talvez casados, que, de matto ‘congenso; deixaram a mulher paral seguir o dis vino Mestre, conforme o conselho deste wltimo: Se quiser vir apds mim, renuncie o sf aesin, 10.” wea sua cruz e me siga. (Mt 16, 24), e ainda: Se tk ferfeito, vai, vende 9 que tens, @ dd 9 assim, cle tem rato, © seque o Mes- ‘carregando a mulher ¢ os filhos nas costas. Que eruz, de fato, para um pastor protestante! S. Pedro nfo o entendia assim, © isso apesar de ‘er i102 E Cristo sespondew: Toda aguele que fiver detrado casa, irmdos Ou inmas, pai ow mae, mulher ou filkos, ‘ou ferras, por amor de mew nome, rédeberd a cont plo ¢ a vida eterna (Mt 19, 29), : = tre aconselha deixar tudo, até a mulher © illhos; por amor dele; eS) Pedro o az, énqianto os ministros protestantes proctiram antes de tudo a mulher. ©) sa cerdote catélico imita S, Pedro, enquanto o pastor bie ‘blico imita Lutero. i Abra os olfios, caro protestante, seja bastante fran- co para confessar que esté fora da verdade, longe da verdade, e completamente afastado da sua Biblia, ou 103 melhor, da nossa Biblia, pois a Biblia € da Igreja ca- tdlica ¢ nfo dos protestantes, que s6 deveriam ing Tar-se nog eseritos do seu pai Lutero, IV, O consellio de Cristo © amigo protestante quer mais textos ainda? Pode ler em inteiro o capitulo 7 da I epistola de S. Paulo aos Corintios, Também S. Mateus tem trechos admiravels e em nada protestantes (Mt 19, 10-20), E! o proprio Cristo que fala ¢ responde aos disef- pulos, e diz que “ndo convém casor”, -NGo siio todos “gue compreendem esta palavra, mas sOmente agqueles a quem é dado (Mt 19, 11). Pois bem, isso ¢ dado ao sacerdote catélico e nfo & dado ao pastor protestante; prova de que Jests Cristo da gragas ao sacerdote que tle nfio dé ao tal pastor. © padre catdlico ama _a Deus, sem dividir o seu co- ragao com a mulher; — o pastor ama a sud pastora € ‘QS Stas pastorinhas, de coracio dividido, onde Deus nada tem. O padre eathlico procura agradar a Deus © © pastor protestante procura agradar & sua pastora, Repito-o: como homem particular o amigo protestante tem este direito; porém como “pastor”, afasta-se do consclho do Mestre. Mas continuemos o nosso estudo, Até agore provei que 6 sacerdote pode ficar celibatdrio; que faz bem ficando assim, que segue os conselhos de Jesus Cristo e anda nas pisadas do Mestre divino.* Ser4 o bastante, entretanto quero dizer mais, para conyencer plenamente meu hom erente, caso cle bus- que sinceramente a luz ¢ a verdade, 1) Cf. 0, nosso. Celibato © Castidade, 104 ro: Q Anjo das Trevas: 16 Lampejo: © celibato é de consetho, nfo é de preceito, sento 0 matriménio seria um pecado, o que € falso; sendo cramento instituido por Jesus Cristo e por ele do ma ocasifio das nupcias de Cand. E’ o que ra S. Paulo: Este sacramento é grande en Jesus Cristo e na Igrefa (Ef 10, 32). Texto que de nove € a condenacte dos protestan- les que se contentam com © contrato civil, vivendo des- te modo amasiados. Para _o sacerdote, o celibato, ou castidade, nao & imples “conselho”, mas wm_preceito eclestdsticg. A Tgreja € ima sociedade de figis; em toda socie- dade deve haver um chefe, um governo que tenha au- toridade e poder para formular leis diretivas para essa sociedade, Aqui, de noyo, o protestantismo esta fora de toda lei; quer formar uma sociedade sem chefe, um corpo sem eabega. Pois bem, o papa, chefe da Igreja eatdlica, apoia~ ilo sobre os exemplas ¢ conselhos de Jesus Cristo e dos apéstolos, formulou a lei que os sacerdotes nie podem mais casar-se € se foram casados antes de re- ceber as ordens sacras, nf@ podem mais fazer uso do matrimdnio, . Bis a lei que vigora na Igreja catélica, Esta lei exis- te desde Jesus Crista ¢ a3 apdstolos © desde os primei- ros séculos se faz mencio dessa obrigacio. Tertuliano, que falecett pelo ano de 222, diz que or clérigos sito celibatdries voluutérios. Eis a lei do celibato, caro protestante. Se o amigo for sineero, deve confessar que & uma grande ¢ bela instituigge, derivada do exemplo do proprio Cristo ¢ soguida por totlos os sacerdotes, desde os apéstolos até nossos dias.. 105 V. Outra objecdo protestante ‘Para provar que o padre devia casar-se, 03 amigos protestantes encontraram em §, lo um texto que hes serve de cavalo de batalha. Com a liberdade da interpretagio individual, € claro que um texto pode ser interpretado diversamente, ¢ até As vyezes receber explicagdes diametralmente opostas, © tal texto-cavalo-de-batalha 6 6 seguinte conselho de §. Paulo a Timbteo: Se alguém deseja o episcopado, deseja uma boa obra, Importa que o bispo sefa irre preensivel, esposo de uma sé mulher, sdbrio, prudente, conciliador, modesto, hospitaleiro, capas de ensinay (1 Tim 3, 1-2), a prova protestante de que o’ padre, queira ou nfo queira, deve casar-se. Mas, diga-me, caro crente, eomo & que Cristo, que deixou a cada tm a liberdade ese ou de ficar celibalério, recusa este direito dre? E que prova tal texto? Prova que o celibato niio & de obrigacao divina, mas sim de conselho. O Apésto- lo nio ! preserilo que o bispo seja casado; mas diz: Sendo ele easado, deve s3-lo com uma mulher sd, excluindo deste modo a tal bigemia publica ou ocul- ta... E esta iiltima & infelizmente demais conhecida, Ora, nunca a Igreja ensinott que o celibato era de ordem ina, mas sim de ordem eclesiistica. © padre deve ser o pai espiritual de todos; © para isso, nfo deve ser o pai carnal de ninguém. © padre deve ocupar-se das criancas dos outros pa- a instrut-las, e para isso nfo deve ter filhos préprios. © padre deve ser o conselheiro e o confidente de todos, © para isso deve viver independente de todos ¢ de tudo. 106 Para tudo isso, o padre deve poder dispor do seu impo, o que nao poderia fazer, se tivesse mulher ou ilhos. © padre deve viver para a Igreja © para a teligiao, © nfo para a mulher e filhos. © famoso texto de $, Paulo, longe de contradizer, confirma a doutrina exposta ¢ mostra o que sempre te- mos repetido: que o celibato nao foi exigido por Cris- to; porém foi aconselhado, pela palayra ¢ pelo exem- plo, deixando Jesus Cristo 4 sua Igreja o cuidado de: regular estes pormenores, conforme os tempos ¢ os lu- pares, E! o bastante, pois a Igreja, assistida pelo Espirito Santo, faz 0 que Deus the inspira, pois é infalivel em suas decisdes dogmaticas ¢ morais: Quem vos escufa, escuta a mim e quem vos despreza, depresa a mim, disse Cristo (Le 10, 16). Vi. Catélicos e protestantes Como tudo isso esta infis mente acima dos exem- plos dos tibricos fundadores do protestantismo! Lutero com stias trés raparigas; Zwinglio com sua libertinagem; Calvino condenado por erime terpe, mar- ead nas costas com ferro em brasa,, sinal de extrema inffimia; Elenrique WIIT degolando as stias scis mu- Theres, mostram bastante o que € o protestantismo: ta vseola de devassidao ¢ de revolta. Pode haver protestantes bons; mas neste caso valem s do que a religiio que professam; enqtianto 0 ca- que praticasse completamente a religifo seria um t (lic santo, Ris confrontacos os dois mistérios: o catolicismo ¢ © protestantismo, O sacerdote catélica, seguindo os conselhos e os exem- 107 plos de Cristo ¢ dos apdstolos, renunciando 4 familia €_a0_conforto do lar, para consagrar-se ao servico Me Deus, ¢ 0 pastor protestante, easado, cercado de Ti Thos e procurando deixar uma pequena forttina para eles: ndo praticando nenhuma das grandes -virtudes, tin aconselhadas por Cristo a seus apéstolos, que so 03 Primeiros sacerdotes e cujos exemplos devem servir de norma a todos os sacerdotes. E os protestantes tém a ousadia de langar pedras ao sacerdécio eatblico, pedindo-Ihe textos que proven que nfio devem casar. Pobre crente!... Tanta ignorancia supina e tanto fanatismo cego!... Seria melhor bus« car textos que provem que Lutero, Zwinglio, Calvino e Henrique VII, os pais do protestantismo, nao sio sujeitos libertinos, sem compostura, ¢ sem moral. ‘Vais textos scrviriam, pelo menos, para lavar a mane cha negra que macula o berca da reforma e a aponta & todas as geracSes como uma obra imunda e revoltane te, Se um protestante conhecesse a stia seita, a suia origem, a sua histéria, gritaria como os réprobos do juizo final: Montanhas, cai sobre nds, ¢ outciras, en- cobri-nos (Le 19, 40). CAPITULO XII te S$. PEDRO EM ROMA © bom do crente pede em 5° lugar um texto que pro- ve que S. Pedro foi bispo em Roma. Muito bem! Em troca, eu peco a6 crente um texto que prove que S. Pedro nao foi bispo em Roma (gratis affirmatur; gra- fis negatir), porque o que afirma sem prova € req futado sem prova. 108 Além disso, peso também tm texto que prove que Lutero esteve na Alemanha — que foi padre, apdsta- tu, amasiado ¢ pai dos protestantes, Procure bem este lexto, siti? Respondera talvez o crente que tais fatos provam- © pela histéria, © nfo pela Biblia, e diria bem, apesar rolestante, Sim, as verdades hist6ricas devem ser monstradas pela histéria, Se met crente tivesse refletide um pouco, teria com- preendido logo que a presenca de uma pessoa num fu- jar, sua agfo, sta influéneia, é antes de tudo um fa- lo histérico que se deve provar pelos ‘historiadores © nfo pela Biblia, *u podia timitar-me a esta prova geral, entretanto quero no sémente responder ao seu ‘desafio", mas qucro ainda mostrar perante todos a ignorneia supina, 4 mi fé ¢ a falsidade dos protestants, Para isso pro- yarei a estadia de S, Pedro cm Roma, pela historia ¢ pela Sagrada Eseritura. : Peco ao amigo erente depor um instante seus precon- ccitos set 6dio sectério, para seguir a argumentacao, © depois criar coragem de reconhecer a verdade que brilhard a seus olhos, qual meio-dia, S. Pedro esteve evr Roma, foi o primeiro bisa em Roma — e morreu martirizado em Romo, Tis trés ver- les que vou provar, tante hisiériea como bibli ente. I, Prova hisiérica Um fato histérico prova-se pelo testemunho dos his- oriadores impareiais, ¢ 0 mais possivel proximos dos fatos que narram. Pois bem: existe uma série ininterrupta de testemu- nhos do século TIE até aos apéstolos ¢ isso sem uma yor discorde. 109 Em Cartago e em Corinto, em Alexandria e Roma, na GAlia como na Africa, no Oriente como no Ociden. te, a viagem de S, Pedro a Roma € afirmada unanime- mente, como fato sobre o qual nfo pairou nunca a minima divida, No século IIT temos, entre outros, S. Cipriano (+ 258) que diz: “Vagando a sede de Fabiano, isto 6 “a se- de de Pedro” c¢ da dignidade da catedra sacerdotal, foi Cornélio crindo bispo” (Ep. ad Antonium). Origenes (} 254) diz; “S. Pedro, ao ser martiri- zado em Roma, pedii e obteve fosse crucificado de cabega pata baixo” (Com. in Genes, t. 3). Clemente de Alexandria (+ 215) diz: “Marcos es- crevet © seu Evangelho a pedide dos Romanos que ouviram a pregagio de Pedro” (Hist. Eel. VI, 14). Tertuliand (+ ©. 222), por stia yee, diz: “Nero foi © primeiro a banhar no sangue o bergo da £6 Pedro entao, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na cruz” (Scorp. ¢. 15). No século II abundam igualmente provas. S. Irenew (4 202) esereve na sua grande obra “con- tra as heresias"; ‘Mateus, achando-se entre os hebreus, escreven 0 Evangelho na lingua deles, enquanto Pe- dro ¢ Patilo evangelizavam em Roma e af fundayam a Igreja”” (L. 3, ¢ 1, m. 1, v. 4). Dionisio (} 171) esereve ao papa Sotero: “S. Pee dro e S. Paulo foram & Tidlia, onde doutrinaram e so- freram o martitio no mesmo tempo” (Evas. Hist. Eccl. TE 25). Do século I conyém destacar. S. Indcio (+ 107), Bispo de Antioquia, que convi- yeu longos anos com os apéstolos. Condenado por Tra- jano, fez viagem para Roma, onde foi supliciado, ten- do escrito antes uma carta aos Romanos onde diz: “Tu- 110 0 elt nfo yas ordeno como Pedro ¢ Paulo; cles: tvam apdstolos, ¢ cu sou um condenado’ (Ad Rom, ©. IV). Clemente Romano ( 101), 3° successor de S. Pedro, conheceu-o pessoalmente em Roma, E’, por isso, ate toridade de valor exeepcional, His o que escreye: “Po- nhamos diante des olhos os bens apdstolos Pedro e Pedro que, pelo ddio iniquo, sofreu; ¢ depois do martirio, foi-se para a mansdo da gléria. A estes os vardes, que ensinavam a santidade, associou-se ile multidfio de cleitos, que, supliciados pelo ddio, m entre nés de 6timo exemplo’. ¢ s proves irrefutévels, histdricamente certas, “da permanénciai desS) Pedros em Reina’! Os historiadores e testemunhas citados: S. Cipria« no, Origenes, Clemente, Tertuliano, S, Ireneu, Dieni- 3, Inacio e Clemente Romana, silo reconhecidos, pe- Ja critica moderna, como autoridades dignas de f& Nenhum protestante imparcial teve a ousadia de con- testfrlos; s6 os nossos ignorantes, que entretanto se izem Juminares, tém o topete de impugnar tais teste munhos, Prova de que nao conhecem nem “hist6ria”, nem “exegese”, nem “religifio”. ‘tel sO testemunhos anteriores a Lutero, para. mos- trar a imparcialidade dos historiadores, que nfo ti nham de defender a religiio contra os protestantes ou hereges; mas apenas de expor um fato conhe- lo ¢ admitido por todos. ; natem que Inicio ¢ Clemente Romano nos sfo tes~ temunhos coevos, F, pois, um fato certo que §. Pedro esteve em Roma e foi ali martirizada sob o reinado de Nevo. Ne- nlm historiador, até aos protestantes, isto é, durante 1500 anos, contesta; ao contrério: para todos eles & um fato notério & pibtico. ou it Pobre édio protestante!... que cega 08 seus adeptos © leva-os a todos os absurdos: repetindo yelha tenga lenga, scm fundamento e sem exame. Estuda um pou- oO, amigo, ¢ havendo mais luz na inteligéncia, havers ‘menos fanatismo, menos petulincia no procedimento, Com Deys nfo se brinca! E nem se brinca com a histéria, desde que é certa ¢ ayeriguada por testemu- niko digno de 16, TE S. Pedro, 1° bispo de Roma ~ Continuemos o mesmo asstinto, dando-lhe agora a extensio necesstria, NS. Pedro esteve em Roma": é historicamente cer _ fo ¢ notério. “S. Pedro foi o primeira Bispo de Roma”: é 9 que vamos provar agora, fato da permanéneia de §, Pedro em Roma seria JA uma prova suficiente, pois, sendo apéstolo ¢ che- fe dos apéstolos, clara & que S. Pedro, desde que fun- dara, com S. Paulo, a Igreja de Roma, era o sou pri ‘itagbes: Gaio, falando de $. Vitor, Papa, diz: “Desde Pedro ele foi o décimo ‘erceiro Bispo de Roma” (ad Lu- seb. 128). S. Jerdnimo: “Simao Pedro foi a Roma e ai ocue pou a edtedra sacerdotal durante 25 anos” (De Viris ill, 1, 1) 112 S\ Agostino: “S, Lino sucedeu a $, Pedro (Epist. 4). cio Severo, falando do tempo de Nero, diz: “Neste tempo, Pedro exebeia em Roma a funcio de Hispo" (His. Sacr,, n, 28), 5. freneu: “Os apéstoles Pedro e Paulo fundaram ‘ Igreja, € 0 primeiro remeteu o episcopado a Lino, © quem sticedeu Anacleto e depois Clemente”. Lusébio, em sua historia, dizi “Linus primus post Vetrwn’, Lino foi o primeico aps Pedro, que exer ‘felt o episcopado na Igreja Romana (Hist. eccles. 104). dle novo citagdes pasitivas, claras, ¢ de autores los primeiros séculos, que merecem £2. Convém notar ainda que todos os catilogos dos Bis- pos de Roma, organizados segundo os documentos pri- Mitivos, pelos antigos escritores, colecam invariavelmen- te o nome de Pedro a frente de todos; com ele ubrem 4 list. nunea interrompida da sucesso episcopal de Roma (Ler sobre isso: P. Leonel Franca, Igrefa, Re- forma e Civilisagdo). Tis, pois, autro fato claramente provado; “S. Pedro. foi primeiro Bispo de Roma’. Para rejeitar este fato histrico € preciso rejeitar a autoridade de todos os historiaderes dos primeiros séeulos e 9 testemunho de ‘ase todos os santos Padres da Igreja, cujos escri- tos sfio admitidos pela mais Aspera critica. Negando este fato, pode-se, com mil vezes mais ras vio, nega a existéncia de César, de Napolefo, de Lu- tera, de Colombo @ de tantos outros vultos histéricos, IH. Prova bibtica Passemos agora & prova biblica da mesma verdade, 6 a0 testemunho do préprio S, Pedro, S$. Pedro. Femata a sua primeira epistola com estas palavras: Sat Live ney ‘Treva — & 13 da-vos a igreja eleiia que esti em Babiténta e Mar. eos meu filho (1 Ped 5, 13) Os protestantes de m& £4, que s6 precuram na Bi- blia o que thes di no-goto, nem procuram qual ¢ essa Babilénia de que se trata, e onde esti situada uma tal Babilénia. © exegeta consciencioso, a6 contririo, examina as palayras, 0 contexto, para yer em que sentido, ou na- tural ou metaférico, deyem ser tomadas, Pois bem, cares protestantes, aqui a palavra Babi- Ténia & tomada metafdricamente © significa Roma, co- mo vott prové-lo. 5, Pedro, como chefe dos cristios, que o governo perseguia em toda parte, era o objete de uma vigilin- cia continua, de modo que era obrigado a esconder-se ea mudar de vez em quando de residéncia. Escrevenda pois aos cristios ¢ podendo as cartas cair nas maos de traidores, nfo convinha assinalasse © nome da cidade onde residia; por isso adotou o no- me de Badilénia, em lembranca da antiga eapital dos sirias, ¢ também para exprimir a corrupefo da grande metrépole romana. Eis a assercéo: E? preciso agora prova-la: O tal texto exige pois uma dupla prova: 1 Que Bahilénia significa Roma. 2? Que Marcos acompanhou S, Pedro, que estava em Roma, Provadas estas duas assercbes, a citagio biblica tem toda a sua forca de argumento insofismAvel. ayia nesse tempo duas Babifénias: a Babilénia do: Hgito ¢ a Babildnia da Assiria, A primeira s6 existiu de nome, era um simples presidio militar, e nenhum apdstolo fundou 1 uma Igreja, Nfo pode, pois, tratar- se deste lugar. A segwtda nfo era mais senio uma simples ruina, sem habitantes, como afirmam historia- ores pagéos desse tempo, como Estrabio, Pili 114 outros — Magni deserium, diz Estrabao (Geog, s, 18, c 1). Nio pode, pois, tratar-se nem de wna nem de outra (estas Babilnias em ruinas, onde nunca pisow um spostolo, Fiea, pois, o sentido metaférico da palavra, signifiea a metrépole romana, ou cidade de Ro- Tal & © sentide que de todo tempo os sdbios, se- jam catélicas ou protestantes, tém atribuido a este tex- to de 5. Pedro, Vou prova-lo, de novo, para niio deixar a menor es eapatéria & m4 £6 dos biblistas, procurando dar-thes mas nocdes de exegese que nfo posstem, e mos. IrarIhes que a Biblia, para ser compreendida, precisa, de uma simples leitura, mas sim de um estudo Gro @ paciente, Procurem, pelo menos, aproveitar das investigacées © dos estudos dos catdleos, como nés aproveitamos dos esludos sérios dos protestantes sinceros. IVS. Pedro, 1° Papa em Roma Continuenos a explicagio do texto de S, Pedro, 4 citado: “Suida-vos a Igreja elcita que esté en Bas ja (Roma) e Marcos mew filo” (1 Ped 5, 13). Pabildnia aqui signifien Roma: todos os antigos in- ipretes o afirmam widnimes: Papias, Eusébio, Cle- mente, S. Jeronimo, ete, Niio pede ter outra significacio, tile com o nome de Babildnia, aonde foram os apés- , ¢ ainda, como vou mostri-lo logo, porte Mar- €08, companheiro de S, Pedro, estava em Roma, nes« fe tempo, Escutemos a esse respeito um sabio protestante, cuja 1 acabo de ler (Smith, Dictionary of the Bible). m apoio de que a Babil6nia significa trépicamente w 115 Roma,— diz ele, — cita-se uma tradigio narrada por Euséhio, com a autoridade de Papias ¢ Clemente de Alexandria, para mostrar que a epistola de S, Pe dro foi esorita em Roma figurada por Babilénia, Eeu- ménio ¢ S. Jerénimo afirmam a mesma coisa, “is. ta opiniao, — continua Smith, — é hoje geralmente adotada (is the opinion generally adopied now) & 6 su- fragada por Grotius, Lardner, Cave, Hales, etc” (to- das protestantes notéveis). © préprio Renan, apesar da sua impiedade, 6 obri- gado a adotar esta opiniao: “No fim de desnortear as suspeitas da policia de Roma, diz ele, Pedro, para designar Roma, escolhe o nome da antiga capital da impiedade asidtica: Babilénia” (Renan, Anticrista, p. 122), Allds era costume corrente, entre os judeus, apelidar de Babilénia a cidade dos Césares, © 0 mesmo cost me tinha-se transmitide entre os crist&os. A observa- al dos costumes hebraicos Judasis solenine erat Schoetgen, Hor, Hebr., gio € de um exegeta not %e da interpretagio do Talmud: Romam Babytonem vocare (Chi p, 1050), Este autor cila varios textos des rabinos em apoio desta assergio, pois, outro fato fora de divida para quem sabe reflelir ¢ estudar: 5, Pedro escreveu a sua eplsiola de Roma, Uma outra prova desta asserclo clara, positiva, ¢ sem escapatoria, € a segunda parte do texto citado ‘Sarida-ves (junto com a Igreja) Marcos meu filho (1 Ped §, 13), Ora, Marcos nessa época achaya-se em. Roma, ¢ nfo em Babildnia, 6 absolutamente certo, co- mo 0 diz abertamente S, Paulo, em suas epfstolas eseritas durante © seu primeiro eativelro nesta cidade; Saida- vos Aristorco e Marcos, prino de Barnabé (Col 4, 10), Suida-te Marcos (Filip 5, 24). Tis 0 que & claro ¢ positive, Marcos, estando em 116 Roma, em contacto com $, Paulo, e saudando os fitis junto com $. Pedro: Satda-zos Marcos, mou filho, inva elaramente que S. Pedro esereveu de Roma, por tropa ele chama de Babildnia. V. Prova evangélica F nem é tudo, O exame interne do nosso segundo Nvangelho, em admiravel consondncia com os mais an- figos testemunhes histéricos, atesta que Marcos escre- yeu. o seu Evangelho em Roma, sintetizando nele a rogagio de $, Pedro, principe dos apdstalos, s, Justine, Treneu, Origenes, Clemente, depdem fes om favor desta verdade. ' pois a tese claramente provada, S. Pedro esteve Roma, fei o primeira jo de Roma e escreveu Koma a sta primeira epistola as diversas igrejas Pouto, Galéeia, Capadécia, Asia « Bitinta, como o ige hoje a0 mundo catdlico suas enciclicas dou- gungem de §, Pedro é a de um principe dos upbstolos, de um chefe da Igreja, cm outros termos: do primeiro papa: Pedro, apdstalo de Jesus Cristo... yrua e pas vos seja multiplicada (1 Ped 1, 1-2), Terminemos, pois, repetindo bem alto que S. Pedro fol o primeito chefe, 0 primeiro papa, nomeado pelo proprio Jesus Cristo, residindo em Roma, onde até hoje ilem os scus sucessores. E’ a grande prova da ver- ila religiao catélica. A instrugio divina do episcopado € claramente afir- mada na Escritura: Offiai, pois, por vds e por todo o rehanlo, sobre que @ Espirito Santo vos constituiu Bis- fos, para apescentardes a Igreja de Dens a qual son- fificou pelo seu préprio sangue (At 20, 28). r No Apovalipse, S. Joo se dirige a sete bispos da Asin Menor, 117

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