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Centro de Humanidades
Curso de Ciências Sociais
Disciplina: Semiótica
Profº.: Wellington Júnior
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Alterado, aqui, no sentido de diferente do senso comum. Não é minha intenção
fazer, assim, juízo de valor.
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Para pertencer a um determinado "grupo de afinidade" (político,
artístico, intelectual, militar...) é preciso dominar seus códigos e suas
regras internas, ou seja, possuir o habitus do campo social do qual se
faz parte. O habitus é definido por Bourdieu como o produto de uma
aprendizagem inconsciente, uma aparente aptidão natural que
possibilita ao sujeito circular livremente em um determinado meio
social. A existência dos habitus torna-se consciente no momento em
que o indivíduo é introduzido em um meio estranho ao seu cujas
regras do “jogo” ele desconhece.
Sendo assim, aqueles que ingressam no campo militar ainda
não dominam o habitus específico deste campo. Ao passo que em um
processo lento e gradual estes recém-chegados passam a conhecer e
dominar os códigos, regras, costumes, enfim, o habitus específico
deste campo.
O processo pelo qual esses cadetes passam é justamente o que
possibilitará o domínio por parte destes do habitus dos militares. Esse
habitus contem uma série de componentes possuidores de
significados, o que faz com que seja imprescindível levar-se em
consideração o que seus códigos, rituais, tradições etc.
significam/representam para aqueles que fazem parte da vida da
caserna para que possamos tentar entender como os militares vivem
e por quê vivem desse modo.
O modo como os indivíduos interpretam o mundo a sua volta é
de extrema importância pelo fato de ser a partir de sua “visão de
mundo” que os indivíduos orientam suas atitudes, desejos,
esperanças etc. Assim, fica claro como a semiótica é uma esfera do
conhecimento extremamente importante para entendermos nós
mesmos e a sociedade em que vivemos.
REFERÊNCIAS:
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BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Tradução Fernando Tomaz,
10. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.