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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA

CIVEL DA COMARCA DE FORTALEZA, ESTADO DO CEARÁ

CARLOS, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da


carteira de identidade nº XXX, expedida pelo XXX, inscrito no CPF/MF sob o nº XXX,
residente e domiciliado na rua XXX, nº XXX, bairro XXX, CEP XXX, na cidade
Fortaleza, no Estado do Ceará, com endereço eletrônico XXX; e GUSTAVO,
nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº XXX,
expedida pelo XXX, inscrito no CPF/MF sob o nº XXX, residente e domiciliado na rua
XXX, nº XXX, bairro XXX, CEP XXX, na cidade Fortaleza, no Estado do Ceará, com
endereço eletrônico XXX, por seu advogado que a esta subscreve (doc. 01), com
endereço profissional na rua XXX, nº XXX, bairro XXX, CEP XXX, cidade, estado,
com endereço eletrônico XXX, onde recebe intimações, com fulcro nos artigos 771 e
784 do Código de Processo Civil, vem à presença de Vossa Excelência propor a
presente

AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DE TÍTULO EXECUTIVO


EXTRAJUDICIAL

pelo procedimento especial, conforme previsto no artigo 318 do Código de Processo


Civil, em face de PEDRO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de
identidade nº XXX, expedida pelo XXX, inscrito no CPF/MF sob o nº XXX, residente e
domiciliado na rua XXX, nº XXX, bairro XXX, CEP XXX, na cidade de Fortaleza, no
Estado do Ceará, com endereço eletrônico XXX, pelos fatos e fundamentos a seguir
expostos:

I. DOS FATOS

A PARTE AUTORA e a PARTE RÉ vivem em união estável desde o ano de


2001 e possuem três filhos menores de idade, com 3, 6 e 8 anos. O casal, juntamente
com os filhos, reside em imóvel pertencente à mãe da AUTORA.
Em razão do contexto de pandemia ocasionado pela doença COVID-19, todos
foram submetidos a uma série de restrições econômicas e sociais, o que acarretou um
agravamento das crises entre o casal, extrapolando, assim, o que poderia ser classificado
como normal em uma relação dessa natureza.
Tal condição culminou em tr6es situações nas quais a AUTORA registrou
Boletins de Ocorrências por conta de agressões de natureza física e verbal, praticadas
pela RÉ, expondo assim toda a família a situações de risco e com possíveis
consequências traumáticas aos envolvidos, em especial os menores envolvidos.
A AUTORA, portanto, diante da situação em que se encontrava e sem observar
quaisquer perspectivas de melhora ou mudança nas condutas da RÉ, a comunicou que
optara pelo fim da relação. Tal fato ocorrera no final do mês de julho de 2020.
Diante dos fatos, a RÉ resiste à vontade da AUTORA, praticando ameaças à
mesma. Além de não aceitar o fim do relacionamento, se nega a deixar o imóvel no qual
residem, expondo todos à situação insustentável e insalubre.
Portanto, em face do exposto, é imperativo que a RÉ deixe o imóvel e respeite a
decisão da AUTORA, em seu direito potestativo, e que a situação de violência cesse
imediatamente, visando a segurança da AUTORA e dos menores envolvidos no caso
concreto.

II. DO DIREITO

1. DA SEPARAÇÃO DE CORPOS
Diante do caso concreto em tela, fica evidente que é imperativo a adoção de
medidas adequadas para imediata proteção da AUTORA, bem como dos menores
envolvidos.
Assim, conforme assevera o artigo 1.562 do Código Civil, é possível que a
separação de corpos seja determinada antes mesmo da dissolução da união estável.
Aqui, a medida visa assegurar a segurança da AUTORA, vítima de constantes
agressões e violências. Tem por objetivo afastar o agressor das vítimas e assegurar que a
vontade da AUTORA seja respeitada, tendo em vista se tratar de um direito potestativo
da AUTORA não permanecer na relação com a RÉ.

2. DA PROTEÇAO A MENORES

O caso concreto nos apresenta situação na qual menores de 12 anos, portanto


crianças, estão expostas à situação de violência doméstica. Assim, conforme determina
a Lei 8.069/1990, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, em seu
artigo 4º, é dever de todos assegurar com prioridade a efetivação dos direitos daqueles
protegidos pelo regramento em referência. Dentre os direitos elencados, é possível citar
alguns dos quais podemos, facilmente, observar em risco no caso concreto: direito à
saúde, dignidade, respeito, dentre outros.
O mesmo Estatuto, em seu artigo 5º, também ressalta que crianças e
adolescentes não podem ser objetos de violência, crueldade, ou atentado aos seus
direitos fundamentais. Assim como o artigo 7º garante condições dignas de existência,
com desenvolvimento sadio e harmonioso.
Portanto, em conformidade com o artigo 70 do ECA, é dever de todos prevenir
quaiquer ameaças ou evetivas violações aos direitos das crianças e adolencentes. O caso
em tela, apresenta contexto claro no qual há completo desrespeito ao regramento citado.
Sendo, desse modo, a concessão do pedido de separação de copos parte fundamental
para garantia de direitos dos menores envolvidos.

3. TUTELA DE URGÊNCIA

Diante dos fatos narrados e fundamentos jurídicos elencados, pode-se inferir que
o descumprimento de deveres previstos em lei, bem como a persistência na conduta do
RÉU têm causado transtornos à AUTORA e sua família, além de mantê-los em risco.
Assim, é possível observar que os requisitos previstos no artigo 300 do Código
de Processo Civil estão presentes no caso concreto. Há, de fato, urgência na resolução
do problema e a demora pode sim acarretar em danos irreparáveis. Ademais, os
fundamentos jurídicos apresentados demonstram elementos que evidenciam a
probabilidade do direito.
Portanto, resta requerer a TUTUELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA
CAUTELAR determinando que o RÉU mantenha distanciamento físico da AUTORA e
do imóvel no qual reside.

III. DOS PEDIDOS

Diante do exposto e com base na legislação vigente, requer de Vossa Excelência:

1. Seja CONCEDIDA LIMINAR, inaudita altera pars,


expedindo-se o ALVARÁ DE SEPARAÇÃO DE CORPOS
para proteger a integridade física e moral da AUTORA e seus
filhos menores, determinando a IMEDIATA RETIRADA
DA RÉ DO IMÓVEL de residência da família;
2. A CITAÇÂO da PARTE RÉ para integrar a relação
processual e, querendo, apresentar contestação no prazo de 5
dias, sob pena de se reputarem verdadeiros os fatos narrados
na petição inicial;
3. A CONDENAÇÃO da parte ré no pagamento do ônus da
sucumbência e dos honorários advocatícios de 20% sobre o
valor da causa.

DAS PROVAS

Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do


artigo 369 do Código de Processo Civil, especialmente documental, pericial,
testemunhal e depoimento pessoal da ré, sob pena de confissão, caso não compareça ou
se recuse a depor.

DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$270.000,00 (Duzentos e setenta mil reais).

Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, (Dia), (Mês) de (Ano).

Advogado
OAB/UF nºXXX

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