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Introduo a filosofia
Salvador
2017
Ser que os seres humanos temos realmente liberdade de escolha? Ser que tudo o que
fazemos est determinado, como personagens de uma grande apresentao teatral, ou
seriamos ns atores, diretores e roteiristas do nosso prprio espetculo? Esses so alguns
questionamentos intrnsecas ao problema do livre arbtrio, os quais a filosofia se
debrua desde os seus primrdios, formulando diversas teorias para (tentar) elucidar a
questo. O tema do livre arbtrio ser o objeto principal da minha analise do ser
humano, entender se somos senhores de si um dos pontos mais importantes do nosso
entendimento como animal distinto dos outros. Se o aumento do nosso telencfalo foi o
que possibilitou a nossa sada do estado de natureza, se caso no tenhamos escolha esse
processo no passa de uma mudana orquestrada pela prpria natureza sobre ns.
Diversos filsofos ao longo do tempo propuseram a tentar explicar a natureza das aes
humanas, como, por exemplo, Plato e sua viso dualista. Para os dualistas, acredita-se
que h uma separao entre a mente e o crebro, colocando a psique como o elemento
que motiva as condutas e aes de cada indivduo. A partir desse ponto de vista, entende-
se o ser como responsvel e dono de suas escolhas, uma vez que o corpo funcionaria
como maquinaria para uma entidade externa (comumente denominada alma) o que
que, produzindo-se num corpo, ir torn-lo vivo? - O que o tornar vivo a alma.
(Fdon p.)
Em contraposio a teoria dualista existe a teoria monista que no entende a mente como
exterior, mas como produto da atividade cerebral, indo contra a ideia de corpo como
hospedeiro da mente. De acordo com esta perspectiva, as motivaes e aes de cada
indivduo so fruto de complexas relaes neuronais, de maneira que mesmo a percepo
do sujeito como agente definidor de condutas fantasiosa.