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Sérgio Campinho fone Dirty Conral da Unidas do ded i de 1 et Ei ‘Drowinads Campi Advpais cobras da ‘Cnlesoutao Na eI CRE FALENCIA E. RECUPERAGAO DE EMPRESA O Novo Regime da Insolvéncia Empresarial 2 EDICAO fio de Jano Sao Peo + ace 2006 Livatta'E EDITORA RENOVAR LA, MENT Raa Amb e421 = Coy = Gee rt et el ah Seas aw ai) 21-208 RUUAL Ry Tes 228013500486 ae (20) 25890 SHUALSe Tet (hy sous “ba Gy aioran LAL PE Tat (i) 2294965" Fee 1) 320176 LUVRARA CENTRO ds Tt 21) 298116159998 EVRARIATPANENA (WD) Te i 2874060 =e 22 renovmSestorareovarcombe ‘SAC 0500227860, (© 2005 Lata Esra Rane Lt Ain ops Siskind Ps tas Ego ah Ro natal Gammon) Revado Toric: as Ferns Ost. tora erie Tp Tes Eis Cini 1063 sina Caneiowsine ‘Compa Seo ‘eal / Spo Genpak Reva. 2008 Wipinen san as-71475857 1 Diet enpenil— Ba Thao, PREFACIO. Sérgio Campinho, com a seriedade que marca a sua trajetiria destacadae esponsivel no seio da advocacia eda academia, ofere- {e-nos a sua mals recente coleboragio a0 mundo jurdico "Falencia te Recuperacio de Empresa ~ O Novo Regime de Insolvéncia Ern- presse Depreende-se do escrito que 0 processo de faléncia com 0 Incidente eventual da eecuperacio judicial da empress, inspirado 1a legislagio francesa, restou regulado até a presente pelo cogno- ‘miado Decreto-Lei 7661 de 21 de Junho de 1945. Tnsprado na ideologie processualste-luminista da época de sua edifcagio, atravessou meio século,o que por si denota de ‘Sua vetusten posto radicalmente alkerados 0s paradigmasjuridicos do nove malenio, 0 que implicos na defasagem da lei sate a n0¥= ‘order ecoadmica ea realiaade brasileira. [AS severastransformacbes s6cio-econdmicas, acrescidas da n0- vel percepgio axiolégica do direto, fundado na liv concorréncia humana, condurirn olegisladorarepen- mais volteda par asalvacio das empresas ido que paras punigio das mesmae com decretagio da quebra, ‘que cons, a um 36 tempo, devedorese credores paras ‘everae desvantajosas.Eatlm 0 dieito concursil nao ate a agruras da cree d= empresa, impondo-se um marco separatsrio ‘entre o pasado «© presente; entre 9 proceso liquidatério de ‘outros eo secuperatéri, [esse afi fo constituide uma comissio com a finalidade de laborar um novel projeto de lei de falénciss e concordatas, sub: ratio 0 Guana mais forte a erpeesa, ras forte o empreg, conspranco pelo ideal de progeess ede lnre concorrénca ‘Destac-s,soberteenfoque,o mais exressvo dispositive da le vale dizer, o artigo 47 a0 depor ques vecaperasi judi or objetivo vila a superagho da stage de enseecommico- Zz financeira do devedor, a fim de permitir a manutengio da Fonte produtora, do emprego dos trabaadores © dos Infereses dos Eredores, provendo, sean, a prservagio da empress, sua FungSo foelal eo extimulodatividide econdmis” Best revel nrg de recuperate tend super quantitativamente a correncis das flencase que ato {tend dale, por 5, explicit 9 rato da manuteng80 do pr gio dos créditos trabalhistas. DDestaca Campino que» celeridade& responsivel pels sums sagan formal dos incidents srgds quer na falenc, Quer na fecuperagio ds empress, sendo certo que, sob o enoque emprest- fal a fala adguiiauna figs continoativa doe negéion, com tcininistrado prafssional, de sore que a ucla do eredores ext jst propocio da rentable dos bens de asa pa dav espectosintericiplinnes 3 obea de Serpo Camps no aborda a noel lena sua vido de Conjunto; a saber os 8 {aptuloe,sendo o capitulo I elatvo 3s Wisposiespreliminares” errs do aeance dle eceus sues, o capitulo Tt dedieado Bs *dhopsigbes comune 4secperagio judicial falas" ocaptulo, Iexpesfice quanto recupersg judi’; captulo IV dest taco a ceglars “convoagio da recuperaiojudcal em als capitulo V expecfice da "Falenci" o capitulo VI retratando 20 Inovadone“recuperagso extrajudicial o eaptulo VI "ot spon es perais"cocapiulo Vill "ax dponighes aie transits” “Nettura dese volume, ndispeesvel ela su inguagem c- nica edhtice, lo €serv'spenas aos profisionais do det mas {anibem a tants quantos se dedicam 8 atvidade nego nf € motivo de efit sudo osurgmento de mais um trabalho cisborado pela acuidnde intelectual de Serge Campinho, fue desde muito jovem destacou se neste campo srido do dieto Comercial, fazendo-arespetado com singsardade entre ox profi sionals da advocacia of ntegrantes do mundo academico. Honre-me prefaces ro, asim como gerou em mim sig- nifcativo desvanecimentoproceder 3 Ieture de obra devras mi Insdentee const, deal roe que hs de decors na iblio- tera dos comercalistasrespetivels do ness Baal Ministo Laie Fes SUMARIO IPRPFACIO cnn cue 1 pisposiGts cenats CAPITULO | -NOGOES GERAIS... ne) ‘CAPITULO 2 -SUIEITO PASSIVO DA FALENCIA, DA TRECUPERAGAO JUDICIALE DA EXTRAJUDIGIAL 15 caPiTULO3 -1Ui20 COMPETENTE. 31 1 ‘ORGAOS DA RECUPERAGAO JUDICIAL E.DA FALENCIA E ACERTAMENTO DO PASSIVO DO DEVEDOR CAPITULO 4 -0 JUIZEO MINISTERIO PUBLICO nd CAPITULOS -O ADMINISTRADOR JUDICIAL «coe 5S (CAPITULO 6 - ASSEMBLEIA-GERAL DE CREDORES .s.?5 CAPITULO 7 - COMITE DE CREDORES vsooononennnennnn Bh CAPITULO S VERINCACKO E HABILITACKO DE CREDITS, 9 Seséo tt ECUPERAE AO TUDICIAL CAPITULO 9 - FUNDAMENTOS DO INSTITUTO. ns CAPITULO 10 INSTAURACAO DO PROCESO DE RECUPERAGAO JUDICIAL. CAPITULO 11 -EFEITOS EM RELAGAO AOS CREDORES CAPITULO 12 -EFEITOS EM RELAGAQ AOS BENS E PESSOA DO DEVEDOR CAPITULO 13 - A REORGANIZAGAO DA EMPRESA, CAPITULO 14 - CONVOLACAO DA RECUPERACAO SUDICIAL EM FALENCIA wv FATHNCIA CAPITULO 15- ESTADO DE FALENCIA CAPITULO 16- DEVEDOR EMPRESARIO CAPITULO 17 -INSOLVENCIA DO DEVEDOR EMPRESARIO. CAPITULO 18- DECRETAGAO JUDICIAL DA FALENCIA. CAPITULO 19 EFEITOS DA SENTENCA EM RELAGAO A PESSOA DO FALIDO. CAPITULO 20. EFEITOS DA SENTENGA EM RELACAO ‘AOS BENS DO FALIDO. CAPITULO 21 -EFEITOS DA SENTENCA EM RELACAO, "AOS CREDORES, CAPITULO22 BFEITOS DA SENTENGA EM RELACAO ‘AOS CONTRATOS DO FALIDO CAPITULO 23- ACHO REVOCATORIA, co CAPITULO 24 -PEDIDO DE RESTITUIGAO CAPITULO 25 - CLASSIFICAGAO DOS CREDITOS, CAPITULO 26 - REALIZACAO DO ATIVO E PAGAMENTO. DO PASSIVO, CCAPITULO27- EXTINGAO DAS OBRIGAGOES DO FALIDO. SegioV RECUPERAGAO EXTRAJUDICIAL. CAPITULO 28 - RECUPERAGAO EXTRAJUDICIAL, [HIBLIOGRAFIA. INDICE... ~ Ls M41 as 153 181 87 197 22k 27 309 317 329 341 363 379 397 ais 433 4a 457 SecaoT DISPOSICOES GERAIS Capitulo 1 NOGOES GERAIS —ETIMOLOGIA (© vocsbulofaléncia derivado verbo fair, do ltt flere, que ‘exprime a idéia de fultar com 0 prometido,identificando-se, ou- trossim, como verbo enganar.Sigoifica pols falha,omissio, radu ‘indo falta do cumprimento daquile que fo assumido. ‘A palavra fléncia, sob 0 ponto de vista técnico-jurizico, passou ‘A exprimira irmpossibildade de o devedor arcar com asatsfactode tes debitos, dado a impotéaci de seu patviménio pasa a geracis os recucsos e meios necessrins aos pagarsentos devices. [Nas Ordenacdes do Reino usava-se a palavra “quebra” para Identificaro instituto, inspirada na tradi de os credores promo: vverem a guebra da banca do comerciante que nio houvesse honra do seus compromissos,impossibiltando-o, assim, de comerciar.A ‘denominacio lui apropriada pelo Cédigo Comercial, em sua ten ra parte, intitulads "Das Quebras" (setigos 797 a 913, jf revoga- dos) Si, portinto, as palavras sindnimas, empregando-s inst tamente faldncia e quebrs, coma js se via no texto do outros gente srtigo 798 do Cédigo Comercial ao estabelecet que “a que- brs ou faléncia pode ser casual, com culpa ou faucilenta’, raf ‘mando a sinonimia das duas designagéesjuricicas, ‘A denomiracio ‘bancarrota" no ganhots eco no Dito Co- mercial Braileo, embora seja sus utilzacda identifcads no Céch 3 g0 Criminal de 1830, consoante anotava Carvalho de Mendonca’, endo al empregads Para desgnar a falncia fraudulent, Contud, fi banida pelo Cédigo Comercial de 1850. 2—CONCEITO DE FALENCIA. A filérciarevelase como o conjuntode ates ou fatos que exte- fapzam, ornament, um deseauiinie no petro do de- ‘© institut da felencia faz emergir um complexo de regras, es- tabelecidas com 0 escopo de disiplinare oferecer um solugio 3 ‘esse desequilfovia vesficao, evelador de um estado de insolven- «a do devedar, que nfo poss patriménio caper de atender 40 ‘camprimento de suas divas, Fiodiernamente, como jé esclarecia Carvalho de Mendoncs?, a falencia no mais se presta servi de nstrumento de “ignordncia€ de desonra, nas mos de credores para a vngange pessoal contra 0 hl ern (Or), Restaura, Saneran, noe, 2c Mane Bek 2000 eget ener 0 nes (ef. artigo 47}. Nesta perspectiva, € um instituto de Di- sonbinica, _ Sob a dtice processual, a medida se implements por meio de ‘abo judicial, de iniciatvs do devedor, cum escope de via~ superagio de sus scuagio de crise, Mas dita pretensSo so ve pode serexercida até a declaragio de sua falenca origo 48, NATUREZA JURIDICA DA RECUPERACAO CIAL ‘ concordats, na esteia do Deereto-Lei n° 7.661/45, lo ex- fect contatual Sus natureza era de um fever. Os ere Mees ents Seto, os auerfance, ni eam chanados festrem sos wontades. Preenchendo devedor os requisitos Ie impostes, passa cles fazer jus» ese favor, digindo 30 nso pretensio, gue, por sentenga, a defen Diversrente oe spresentva, como se presents aconcordta ‘tu isciplinada no artigo 783 do Cédigo de Processo Ci ex iprssar: "O devecorinsolvente poders, depos da aprovacio do {indro qur se relereo art. 769, acordar com os seus credores, roponde ess Ferma de pgamento. Ouvides os credores, sn er opossie,9 ur aproverd»proposa por sentenga™. Teme, configura a contedata cntratua, gua, mele, ta ass oe caractriavaa.conctdata comercial 0 dete ante= flor a0 Decreto-Lein 7661/45, reveland formagio de um com rato processes 'Nzrecuperago judi pretalece a atonomiaprivad da Yon tac dis parts interestads para alcanca finalidade recuperat- ts, © fato de o plana de esuperagéo acontrr-e submetido 2 tua vaiagiojudiil io Te retia esa idle contratal. A con- tesi¥o, por sentenss, da ecuperagio ic, no tem qualquer = sobre o conteado do plano estabelcigo entre as partes Ipteressadas (devedore evs credors), porquanco adectso encom 11, Baio excepconelnente,leitimads a requerls ctaige okie, Ahherces do leica ous iventannte, sper so deveder mares, Mhosocrromneseate (prea nis dosigo 48) Maree seaapoess0 ‘i Seqi efrestaiasendequacomerteoclreads ergundads tase vinculadaa esse conteiido, Com efeito, ocontrole judicial do plano de recuperacio possiblita excluir eventuais objegdes em face de sua validade, O procedimento de concessS judicial cont boul paca a redugio das fontes de erros durante a sun celebragao™, bbe como permite as credores a oportunidade de verificar se Seas interesses nao foram prejudieados",além de dots-lo de forga exe seutiva”, a processa de recuperacHo judicial visa, no eau image, 2 uma ‘nica fnalidede. a aprovacio por parte do devedore seus credores cde uma proposta destinada 3 vabilizar empresa por aque até cent realizado. O estado de crise econbmico-inanceira va se re- velar, assim, transitrio e superdvel pela vontade dos credores, a ‘ual conduzirs 2 objetivo do procedimento, qual sea, a cecupers- (io da empresa. A atuacio do jut cars restrta a veifcacio das Aisposigdes legis apicsveis ao plano. Em guardiso de Sus legal dade, Ficathe abstado, pos interferirno seu coatedd, de domi ‘ia exclusive des partes, A exigéncia da chancela do scordo por sutoridade judicial representa uma medida de politica judicseia, Por isso, em nosss visio, 0 insttuto da zecuperti judicial deve ser visto com a natureza de um gontrato judicial, com fe xs imprecise uric Qunto bs orm de ncrprsg fist soci ‘tes quan rem a oprtsbe let como fom de renperse 12 "Ets eatamente crs cece ede dh de ot howe ht dooplnode copia 4 2douignSt-—e nc stendent de cedior ‘svar da lesan abt cu detec de sone de aie vere ‘oct s dnd pda de recaps, no pave dcum norte 50 epee 89-9 18a decal ue concede seupera adc ens ub excuso tins eros Gow $84 tc do apt Tatar bo, oe ae co de 1979 — Coa Serene Cn 1 pe menace rd egy ence ina deeper, mplemered por melo das de na’ se {ovenretno, tes do conto (Versapteon) anna Ladi sneer suc er Plano de sence om contna esate prac, Fiobocouc panes intreaader cedorese dered, cocreeer amie ‘oor cl snd, ands, psiads rccpuae de terter aan coe taso Shen sdb, que es proces para ssimpemertl lo Theo cnt 10, hohe tam fs arene pr © sre ‘folode exp, ign nord contratn de ates pada qe deve adem sr elcid pincipimente com o im de confer ior fogs de ‘iciaa perme ra repro pls oy eam proceeimento foe, amo to oes dn tutta do pope wel (ong 9 925 n “powativa, realizével através de um plano de recuperagin, abedeci- tis, por parte do devedor, determinadas condigbes de ordens ob etivnc sbjetva para sus implementacio. A pertectiblidade do do no exge 8 manifestacbo undid vontades dos credo- Sead suftiene su formagio entre o deyedor € uma mali estabelecida de credores; cai de obigs a minora. A ie ccedores € quem declar 4 sa vontade, através do gi ante: 3 asembléiangeral te ceedores. Esso se jusifca por ‘fim do proceiso de recuperacio judicial deve ser nico pate odes, pois elas processual que se estabelece nice memo (131090, occa pe (ch Nath setae t y Reawng Ser farsa, wn tee, rsp es ae St pra tm ena eo, eee ih ste) Bry Ports oc ek lan pce Nee ener Duane pees se) ss pc ne mao oe nC che nce dre aco es we nn sb tepattce ncaa pve Tae ites wh anc ena? Conse ves inn, Se a Capitulo 2 - SUSEITO PASSIVO DA FALENCIA, DA RECUPERACAO JUDICIAL EDA EXTRAJUDICIAL )—0 EMPRESARIO (SISTEMA RESTRITIVO) "Tradicionalmeate, o sistema adotado pelo Diteito brasileiro, sto A sujeiedo a0 procedimentofalimentar, 60 restitivo.Frevia| artigo I°, do Decreso-Lei n® 7.661/45 que considerava-se "flido comerciante”.Reafirmava assim, a natureza mercantil do institu presente desde o Céigo Comercial de 1850. ‘Com 0 advente do Cédigo Civil de 2002, impssse uma rlei- ra do prefalado artigo 1° do diploma de 1945, afim de adapti-lo nova ordem juridica pelo hodierno Cédigo inituida que, de for- japeral e definite, sncorporau a teoria da empresa a qual, cign-se sm, jé se desenhava em algumas fis esparses, como as jn? 8.245/91 (Lei de Locagnes), na parte relativa 3 renovacio “egmpulséria da locacio,en® 8.934/94 (Lei de Registro Public de Empresas Mercants e Atwidades Aft). ‘© artigo 2.037, situado nas disgosigses fnas« transitorias do (Gédigo Civil de 2002, manda aplcar 20s empresirios indiviuaise Is sociedades empresirias as disposes revogadas pelo Cdigo, ree ‘omercais, bem com a atvidades mercantis Dentro desse cenérc, conciuia-se que o sujito passivo da fa fenca eda extnca concordata em nosso Direito era o empresiro, {tanto o singular ov individual, quanto as sociedades empresiras s Idéntico sistema vem consagrado pela Lei n° 11,101/2005, 2 gual, em seu artigo 1°, esttui “Esta lei discipline a recuperagso judicial, faléncia ea recuperagso extrajudicial do empresiriae da sociedade empresiria, dravante eferidossimplesmente como de- vedor”. Vé-se, assim, total sintonia entre a Le Fllmentar e 0 prin- pio estabelecido no artigo 2,037 do Céadigo Civil de 2002. ‘O empresirio, nos termos da lei brasileira, € pessoa fica juridica que exerce profissionalmente, ou set, com habitualidade «fim lucrativo,atividade econémica organizada para a produséo.ou a circulagio de bens ou de sersizos no mercado (Cédige Civil de 2002, artigos 966 e 982} ercebe-se, peio conceito, que a qualificagéo juridica do em- presirio rt além da clissiea definigaa de comerciante elaboreds ‘ela doutrina luz dos principios emergentes dos artigos I" e 4° do Antigo e evogado Cédigo Comercial edo artigo 19 de seu Regule- idade empresarial, rato do exercicio profissional da em- press, resultado da ordenacio econémica do trabalho, tem seu ‘campo de incidéncia amplado, viado tocar aqueles que executam atividades de intermediacio ou citeulasio, producae de bens & restapio de seviges em ger: 8 —APROFISSAO INTELECTUAL, DE NATUREZA CIENTIFICA, LITERARIA OU ARTISTICA Na caracterizasio do empresiro, a lei, contude, expressamen- te exclui dessa condicéo certas pessoas, em funcio da natureza das atividades que deserpenham. Assim dispie o pardgrafo Gnico do artigo 966 do Codigo Civil de 2002: "Nio se considera empresirio -quem exerce profisdo intelectual, de natureza cents, litersia ‘ou artistes, ainda com o concurso de auxiliares ou colshorador ‘salvo se oexercicio dz profisso consttui elemento de empress Nol dng sends pense nites ethene ear parca par concer gua decree.) Si “cde sto de once (enero ds mercanc)s 6)» pofsnonaiade dese ric, ened pel abu cpl escape de fcc) caacdne edb pene 6 “Ax pessaas enquedradas na disposigéo, embora realizem urna le de carter econémico, ndo #80, visio legal, juridica- Weerspresiras,devendo, destate,cbservaro regime do Dice ‘, vonseqientemente, encontram-seimunes 20s procedl- falimentare de recuperagio 19 «a%0, por excmplo, de exerccio lbersl dat profises de do, engenhoiro, arquteto, snédic, farmacéutica e dentista np intelectual de natureza cientfica); ou, ainda, de escrtor 40 intelectual de natures literéria), de misico e de dese Ipeofssioinclecrual de natureza artista). Ao se pode olvidar da ressalva prevsta no texto reprodu- alvo se o exercicio da profissio constituir elemento de em- 7, Nesses termas, no hi a subtragdo da condisio de empre- 1 ficando © sujeto sob 0 pio da legislag2o especial (© EMPRESARIO RURAL Oempresicio ara, etendido como tal aqucle cuja atividade I consttua sua principal profissio, fica submetido, em print tao regime do Direito Civil, no extando, desse modo, suet 3 inca ou 3 recuperasio. Nao €, portanto, considerado junidics te empressrio. ‘No catanto, permite o Codigo Civi'de 2002 que ele requeira a Inverigdo no Registro Publica de Empresas Mercantis da sua pectiva sede e, eleriado 0 registra, fcaré equiparado, pra to- Wo» eletos, 20 empresiri individual ou sociedade empresria, orn ocaso (artigos 971 ¢ 984 da citsdo Cédigo).A partie de ldo, psssard 2 ser sujeto pasivo da fléncia ou da recuperacio, 10 —O EMPRESARIO INDIVIDUAL © emmpresirio individual é 2 pessoa fsica ou natural que exerce sob uma firma, constituida a partir de seu nome, {0 Acar consti un anda opal sated ders denen: tra exci da proto neta poset ser un dene clement re sre oc eres sda "O io de ope done ean: Reva, 2008), com flags de xe empresa damains Capo, tem 3 utilizado de forma completa ou abreviada, podendo-Ihe aditar de- ‘signagio mals precisa de sua pessoa ou género de ativdade, ‘Sujeitam-se a falénciao empresirio individual regular, entendh- ddo como aquele que nio esta legalmente impedido de exercer 4 atividade e se encontra devidamsente incrito no Registro Pablice de Empresas Mercantis da respectva sede, a cargo das Juntas Co Imercals, bem como o irregular ov de faa, ou tea, aquele que cexerce a atividade 8 margem das exigincias legals para 0 seu exer- iio regular. Entretante, © empresa regular nao poder fazer uso dos institates de recuperacto judicial ob da extrajudicial, re servados somente para aqueles que exersim regulamente a8 suas stividades hi mais de dois anos (artigos 48 ¢ 161), NO FsP6L1I0 © empresrio individual pode falecer em estado deinsolvnci, ox, até mesmo, pode ea aflrar pss «sua morte Como a exsténca da pesos natural termina com 2 morte, n30 se concebe poss ser declrads a flencia do de cus, Df ts Let de Flénciae Recuperazie encontrado a salu de sje a0 920 cedimente faimentaroespio do devedor empress, tll fai le revogada de 1948. Encontrama eltimados a requeré-la 0 conjagesobevivente, qualquer herdeito do devedor falecdo, 0 iventriante ou gual {quer credo (artigo 97, incios Il IV). Os mesmos legitasdos podem requever a recuperaio judval ow extrait do expo {psrigrafo nico do artigo 48 e atigo 161), 3 excesso do credor, 18 Cansone eerevematem nas ive, "O drt de prea Sigel empress didea, par seta ead de en ‘do a gz de desermiador rules gus deve obeece os e960 lo et igen impeded exert vids tence reyes fo Regio Pubice de Empress Mescant de sn sed, desempeinge rele, Jas Comers akando qualquer dees elements, esr quad ons ‘pees sega deft asc ope cadena eres, na ‘ia em gue or apareexeer tia propa de empresiny En concer $e, pademossstemataas or resroonon prt htengio do qualade de eh eo eaueles qu outopam a condi de empresri rear. No pees (pepo, cacontram es eapaidae co nei prteaonl Se aloes prs ‘de empress; no segundo rei inestencn de veg eal pars {ue agete exis nan caonbss props de empresa (et. Fy B29) 8 labors ao inventariante a representacio do espélio, devendo, ecto pra reapectiva a0, Apes e compet 3 n= ate aepresentaci do esp ili no proven de fl entamor que, quanao do vequeriment, devem ot here> ‘lo inventriantey er pesoalmentectadoy, dado oro tron de que deafitarn®™, Se verdad que nor prime, m0 ain, no menos Mle & ques port des bens componenes do expat entre tad Fustids, em vite daarrecadagto que sr elas iss coacslos 3 daposiio dos crederes Dats Le de Recsperesodetermingrasurpensio do proces de ven ptr Ga dcclaraco da ilencin do esp, abendo v0 8 rir jail eliza de tos pendenes em cloiasos ome obiagdes a macs falc [aago 125) Por outro ad, 9 gh os fri devet sempre po aan» ca erie for do inverserante, pos tenant, no & Pls deconfaaode atten Up ils do esplio, pte © § 1°, do artigo 96 ds Lei ne 1101/2005, nso ser deretads Sepo's de un ano de more do jor. Contr, scagsoderetacs ec inerpretagio ioral ob pe, esta ane cnde rd conclsto ‘exeese que defendemos pare preceto 3 de que o pico de um ano deve ser pra que legitimaco pss requrer > Mbncs. A dela, emai nao deperie exlosvamente de 0 ita, mas soda obervincia deem devidoprocesolec qu, al debardscorgodo Estos proferracecdo, Acvestial ern prolag da entenga nso deve, de certo, obstar ates ional pretendia pel equerente, qe exetetos tempest ene seu dre subetivo® Nese eto, tem-se doit do Supreme Tribunal Federal: cf Rev. Fo: rare TEmtatnde 0 arndo, age 1.791, cap area nin do Caga 2000 "A175. A erage deere como un td to, ee ‘soiree herders, Fatigrsta Secs, Ae» parts, 0 et coho lren gett popr=dide epee du aces sed inde e rego ora lta 0 condomins™ Tm cmpeenentgio 20 que aq fl abordao, feos remit a0 item Sina al tment derenvlid 0 ngulo daira da Iriwenneoe de nc 9 eso 9 12 —O MENOR EMPRESARIO (© empresirio individual, pra asi juridicamente qualificar- se, deve ser capas e exercer atvidade propria de empresiri, tal ‘ual deinida no artige 966 do Cédigo Civil de 2002 © incapaz, portanto, nie pode realizar atvidade empress iio se permitindo seje enquactado como empresirio (Cédigo Ci 7/2002, artigo 972), ‘Aos dezoito anos completoscese + incapacidde,fcando a pes- sca natural habiltada& pritica de todos as atos da vida ex, wsbil zando-se, desse modo, © exercicio da profisio de empresiio. Segundo o regime de capacidade do Cédigo Civil de 2002, 0s imenores de dezesses anos sso reputados absolwtamente incapazes ‘eos maiores de dezesstise menores de dezoto anos relativamente incapazes (artigos 3° € 4"). O menor relativamente incapar pode prematuramente obter a plena capackdade, encontrando-se 3 hi- péteses autorzadoras devidamenteslinhadas no parserafo nico do artigo 5” do mencionado diplema legal. Cesa a incapacidade por concessio dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento pablico; por sentenga ap6s activa do tutor; pelo cx samento; pelo exercicio de emprego pablico efeivo; pela colagso ‘de grau em curso de easino superior pelo estabelecimento cil ‘ox comercial, ou ainda pe existéncia de relagio de emprego, des- de que, em fungio deles, o menor tenha economis propria. Encontrando-se emancipado o menor, desfutando de plena pacidade, pode ser juridicamente qualificado como empresiio, ante o exercicio profisionsl de stividade econémics orguni2ada pra producio ou a circulagéode bens ou de servigosc, come tal, estar sueita 3 falénci ‘Let n® 11.101/2005 ndo aborda, de medoexpresso, aquestio ‘do menor que'se emancipa pelo estabelecimento com economia propria, estando sua submissio 20 procedimento falimentararri- mada na regra geral de sujeicso passiva insculpida no artigo 1°, na medida em que passa « qualificar-ze como empresirio. (© eventual arguinento de que @ menor emancipado emprest ro, porque néo passvel de responder por crime falimentar, no cestaiasueita falenci, nso nos parece sustentivel. A inimsputabi- lidade penal nio € capa de influenciar na matéra. As érbitasjui- » so distintas, cada qual com um escopo regulatério especifi- ‘Afilencs, como se disse shares, visa a realizar uma liquida- ins racionale efciente do putriminio do empresério insol~ | promovendo oaftstamento do devedor de sua atvidade,as- joa par condiiocredivorim, funcionando, destarte, como ante instrumento de protegso do crédito, 'O menor emancipade empresirio, na verdade, é inimputivel lnfinente, Nao 28 deixard de responder por crime flimentar, amnbérn por qutros crimes incoridos no exerccio de sua le profssional, ais como os crimes de emissto de duplicata ‘eons a economia popular, contra as relagdes de consumo, de net. Com efeito, a inimputabilidade penal do menor lente incapsy nfo impedis que o Cdigo Civil de 2002 bias o seu estbelecimento como empresirio, justamente As bite sto diversas. Se o menor emancipado pode quali- ¢ Juridicamente como empresirio, deve ficarjungido a seu auto jurdico, pusivel, portanto, de falencia, ainda que nso se 0 2 responder por crime flimentae. No que pertine & recuperacio, entretanto, a ela nio faz jus © jor emancipado. Nio em razSo da ccunstancia ligada diveta- Wh Sua condicio. A vedacto resulta de requsitogenericamen. tbelecido em le: exigéncia de exercicio regular ¢ aividade ptesirialhé emai de dois nos (artigo 48). Por questies cencre Ino te 0 menor emancipado empresirio condigoes de aten: Nexigencia legal sto se verificando sna recuperscio judi 10 tumbém na extrajudicial, a qual obedece is mesmas con preliminares daquela (artigo 161). | ASOCIEDADE EMPRESARIA, A secede empresa coms vio ¢ 2 psa juries que res profissionslmente atividade econémics organizads pars 3 lagho ou 2 produsio de bens ou de servigos, “Tas sociedades englobam as clissicassociedades comercais € mers das antigas sociedad cvis com fim econSimico. Sio so- Few 2, docaptule 2 ‘Eun ot seu pil establecment, sh tut no Pa A Cost (Ho Feder de [88 ot met precn ne efi, embernse free hemprets ‘rato eno a sciedade bee oma mtorcenscs reams Mor huisarswama dete srigai7Len Les Maor eins nausea out Stud sc sles baste sw tnha pave eet Pate Enbor todo outa tea sido resoado pda Unends Cosi 6, de 130895, oconecto sina eax pst mo sea wat, crm ner do § TE do stig 16, qu eve reds deters plo pip none oe Se {ie fl expost, ropa, com timo os piper sue enertem Jodie Fone conetocionleiacontucea @contete de wctedademicont ams aqua consis no emer dei Brel, que masteabe su see © ‘misty no Pass Dan ft, rs tun oes sels Contigo ‘epulacs pels bres sede sole amnaan sugar Pas hand ‘gut eves mena, ssoctdas sericonserade engi Avot Aerinel pdersterar sa coal mar smmuangedepende cose “mento ueime doses (05 cit, pp. 258/25). 0 -exemplo, serio produzides tio-somente em relagéo 205 bens empress alengenn soidor no Bros 0 envolendo 3 2 tee studs no exterior Conmoaneenotava Nelion Abra a mara deve er enfoc da no anbito do Dic Intemacionl Prvado, posto tate de Crp qe dseslem adem pes de Sominadas empress taneoaionis Mas, enqoanto nfo vigorar internacional epet,comineim prevalece a soi- Ses loan, coma se verifies no argo 3m gost. or devadeire, compte eaffenar hipotes= de exsirem di ‘ers cass as 9b ries diferentes no Pas. Qual srt Joo competent! Dats sstern: se apvesertam como respost © ANprecengo ce da fia principal elo pre eran prevent Se no ql primero seingressou com » pede; pelo Segundo, Srevleceriaajursdigh do lca de situa dill piel de onforme yf stestarnos em mss vto"O Direito de Emaresd A Luz do Novo Cédigo Civil", preferienos este ditimo critério, por fer agutle auc melhor se amolen rere Ge sompeténca tata pula le, io se pode perder de visto foto de que a soceaade reranguira devers nate repesetant no Bras, responsive por {Sores seus ses (Colige Co migo 1138). Assim, exitindo Sfa de um esabelecmeno fish avers aqele no ga epee Sante concentra gr tose ainsi e, poral ia eo como apie fi 0 Than de Minda Valens, cmentirin de falc, «1, Rio de inc: Frese, 19889 85. 31" Cure de dit falmanar, Sho Pal: Sara, 1978, p36. a Segao II A. RECUPERACAO JUDICIAL E INCIA E ACERTAMENTO DO. PASSIVO DO DEVEDOR Capitulo 4 O JUIZE O MINISTERIO PUBLICO 29VISAO GERAL E PRELIMINAR Acomplexidade e multiplicidade dos interesses relagesjur- dicas envolvidos nos procestoé de recuperagia jucicil ede faléncia equerem a realzacio de uma série de aos judiciis e administea- tivos, capazes de girantir 0 profcienteatingimento de suas fnali- dades. Per isso, os respectivos procedimentes demandam a atuacio ¢ {ntervencio de uma pluralidade de pessoas e figuras jridicamen- te definidas, om 0 escopo de orientar, drigir e povocar intimeras agies¢ operagies voltadas& composigio eordenagio das situagdes ptrimonias € pessoas envolvias Como bem aponta Renzo Provincial, a idéia de *6rgios" feita em oposigio A de "parte’, porquanto quer treduziraqueles ‘que constituem os instrumentos pelos qua © processo opera e se desenvolve. Nesse contexto, pois, surgem os 6rgios da administra- ‘go da falénci eda recuperagéo judicial, limitando-nos, neste t2- Eulho, por ora, a abardagem dos seus principals ates: 0 juz, © te do Ministero Publica, o administradoe judicial as ale credores eo comite de credores™ 2 Neuon Abo bce 95. Manu drat fallimentare 8. cd, Mio: Cat Batre Dot A. Gi Fee Edo, 1963, p19. 54 lt das gas nonenda tesla, mbm, come Gs dos procesoe 6 30 — A ATIVIDADE DO MAGISTRADO_ (jute, cujacompeténcia vem determinada em fungée ds fea liasio do principal estabelecimento do devedor, cema Js estadado ocapitulo 3, encontravse investdo de poder de decretar a faléncia ‘ou conceder a recuperaco judicial E quem preside orespectivo Drocesio,drgindoe superintendendo 0s trabalhos de administra oe. Vislumbram se, portato, fungies judicants edministrativas a carg do magistrado, Como oportenamenteanotava Rubens Re ‘qilo®, as primeieas, realza quando decide, aplicando ali, na sua natural angio jurisdconal at segundas so realzadas quando su- perintende atiidade do sindico, lease, hodiernamente, do ad- finistrador judicial, ber como quando determina a execusio de ‘medidas sautelatias de cunho patrimonial. Dente eras ct mas funstes, s de cunho adminstratvo,verificam-se: (8) fxagbo das remuneragses dos suxliares do administrador judicial (§ I do ‘artigo 22); (D)autorzago, na fléncia, para que o sdiinstrador judicial poss transgir sobre obrigagbesedivecos da massa falda e conceder abatimento de divida (6 do artigo 22); (6) auorizacho para venda antecipads de bens (artigo 113); (d) deterimento da Continuo proviesris da atiidades do falido com o adminis: or judicial (inciso XI, do artigo 99); (€)autorzagto para o deve- dor, ap6s a distbuigto do pedido de recuperasae judicial, aienar tu onerar bens ou direitos de seu avo permanente (artigo 66); destitulgSo do administeador judicial (artigo 31) €tomada de suse contas (argo 154) ee 31 —A ATUACAO DO MINISTERIO PUBLICO © Ministério Pablico funciona nos processos de faléncia « de recupera¢io judicial camprindo o papel de fiscal dale. ImpJe-se ‘sejaitimado do ato do juz que deferco procesemento da recu- peracio judicial (artigo 52, ncizo V) «do de sua final concessio, Ae recwperi iiclealéci:opesorjiial oexcivo, omtdores, depo: sicorere fr Oba. p208, 4 Nekon Abo bce 96. (Caput do artigo 187), bem como da sentenga que decretar a falén- argent Rn equ ome once do ‘Asus stag fr-seé por intermédio de ani, nici de dnerminadprocedimente ou pes clea decry fits para Tropa Ge aaquadar medica, Mos sun tide dee Cansrever-se stages que lel expresiment pevé ou deter ‘nia, els nio podendo extrapalar sob pens de por moresida de indesejavel aos atas pracessuais, desnaturando aessencialidade _Euldade de sun cerwenes>™ "Tomando#inkiativs de determinadoproceimento,evden- ciamat (2) mpugaasi da velagan de redores apres pelo Schnader judicial tiga 8) (8) reauerimente pare excl, Ho, aheragho de csieagio ou elon de crete contante do quato-eral de redores (aio 19); (2) requenmento ors Shs do adn cl demesne “redoresnomeadoe so aren das prescribes Teas (@ 2 do {cao 30) (d ncepoiio defeat Contin s deca gue once deea recupercio jel (92, do argo 58), bem como contre ‘que deeretar ou denegr a léaie (igo 100 we ogo 499 do CPC); (2) requerimento de informagées do falido sobre eircuns- tincase fos que imeressern lent (rig 104, eso VD: @) 1) Nostale spose de arg ance a ual sam aig 210 aqua vegas (Decete Lt n° -651/45) legtimandevtervenga to Mi ttero Palio sob fra de dver, em quae ae do procs Se ena coca en oe fo acne bres Pals ‘Scapurdo igo ake pera mpernivamestessuntenensio ros prceot, fe ecuperaiojuiin clean “Ar. Ocepreretaie So Misia Fubht Suter aos proceed ecuparagi jn uence’ porate rele tear gue o Minster Pubic So Estado do Rs de anc eape Recent (ode Ol em de 5 nosenido dereamenda sore os com sais pats mates de imolvencn empresa gue comncar erie, td ein read ern i oo Sone S55 Gost fovinen,mnferanese nda {cto «de usa precepan com seperate £0 “Eitaldaes popono, sempre gue boner seven de gio ei Empress pen gue coon pone cai de "quer ao ea fr ite empresa / Propositura de acio revocatéria (artigo 132); (g) impugnagio da tnodaldade de hauidagdo do mio determinads pele jae otigo 143); (b) ferecimentode dendncs por crime upieado ma es de RecuperagioeFaltncia (igo 184), er digi 9 juz eiainal competente o qual serfoGajrsdigio onde tena si decreta- daa fala, concedida + recuperaio judicial ou homologedo © plano de rewuperagdo extrajudicial (rio 183), sendo cert qe + Sentenga que decretar a flencia ov concede recaperagzo asia 4, nda, homologs o plano de ecuperagio extrajudicial se ape sents como cendgsoobjeiva de punbliade (argo 180), ‘Sto creanetincias que implica »centifiagie cbrggSra do represestante do Ministerio Pablic, fim de gue psa froviden ‘lara medidas adequadas cas” (0) indlagio de tor carseter ‘adores de crime no rlatrio apresentado, em uo, plo adminis teador judi sobre as causa de falencia (4, do artigo 22) 1) alienago, por quilgver modalidade, dos bene que integra a as Sa flida (87 eo artigo 142), endo assegurado a Sato spresen tarimpognagées (igo 143), ()decaragto da falencl ou cones so da recuperago judicial canto em que, verficada a ocorenca dle qualquer crime prevst na le tespectva, promovert scone. tente ago pel sendo the, sinda, facultado, se enender never Fo, tease 4 sherra de inguéito peli argo 187) (2) 58 No stems sts denna cua gf penal prada suid ds bis, deinkatvodequalqen recor hablitado ou do amare as ‘ee i fecaro pret to Mint ns dni Se ns detente 0 azo crminal competent. Alter om o cure do Feito aterior (Deets 7.81/43), n al funda alencin er com petent parareceberaeyincia au aque, determinant ene day fuori cma competeme pre prosegimesto gi (62 da “ 919 (§ 2 dato 59 A Lei? 1.101/2005 sais «gue do nga ul —insturado + eid dasindice da lem, nev cotencled fats aut congue {ne falanentar— preset no Deceto Lt 7661/45 aga 1031113) Vl ‘Sse, aim, so cep ds les ntrnes (ern 2.028 de 1008, e Dereon 55746, de 1923) mes gun feoc ingen ee prone pee storie pole il Cleo aside pcre do Mn Pike chen Sufcentes a0 oftecmento ta denen ester ete rus {aciheuradersatate lil Deepest ss, oun dale sfeine em ge crm onl eps ue soo db “ verificagio, pelo magistrado, em qualquer fase processual, de ind ‘ios da pritica de crimes prevatos ma Lei de Recuperacioe Palen Gia (§ 2, do artigo 187) ‘A audiénca lo Parqurt xe mpd: () na prestagiode contas do administrador paca (9%, do artigo 154), (b) mas agSex propos fs pla massaflida ou conta ela ajuizadas. Nestes cass, a iter- vengio aio €obrigatéria, porquanto foi vetado preceito que asim lmpunts(parératovico do artigo 4), a0 express. “Alem das disposiges previsas nesta Lei, 0 representarte do Misistéxg Pax ‘ico intervird en toda agdo propos pela masts falda 08 contra cesta”, Como veto objetivou-e viata intervengio abrigntéi, jus tamence porque diversas agSes nfo 3 jostificam, porno envolve- rem interesses que devam pelo gio ser velados, Mas nagquelas {ses propostas pela mars, bem como naquelss contr ela propos tas, quando emerniem interesses de icapezes ou interes Pabli coevidenciado pels ratureza dali os qualidade d parce (Cédigo de Processo Civil, actigo 82 inciss le Il] competi a0 Ministero Pblicointervir, tendo vista dos autos apés as pares, sendointint- do dos aos do process, podendo juntar documentos certidces, produnirprovasem audiencaecequererprovidencias ou medidas Shem do descabrimeato da verdade dos fos (Cédigo de Proceso Gri artigo 83, seis Let) ‘Compre, and, reste capitulo, anasar validade do ato pro- ‘cessusl quando realizado sem 3 audiéncia do epresentante do Mi- risterio Pablico. Nahipétese do 67 do artigo 42, a ulidede da alienacio, por {qualquer de suas modaldades permitdas em ese figura impo. Siva quando verthcada ssuséncia de intimaci0 pessoal do Par aquet. 5 nena vem-n0 dispositive caminada, send, pois, 030i 4anivel. Verificada a ocorencia da nulidade absluta, deve 0 ato fer ivalidad, por inicitiva do préprio jul, sem necessidade de provocacio de qualquer interesesco, 'Nos demas as0s, nos qual lel no impse sernelhante sans, fem atensio go principio da. insramentaldade das formas e d ‘os processuas, nose deve decretar 2 nuhdace, por auseneia de ORWE ou Ftervensto do Miniter Pablo, quando dito defeito io esuka em rea, efetivo amas i sgedores, devedor ov adminsraséod isa. Sendo a finalidade foato alcangads, sem qualquer prejuizo as partes interessadas, nfo 6 v vyernos razio de ordem juridica, logica, ética ow moral para decre- tarlhe nulidade. Igual solugio deverd ser observada quando veri ficada sua ausencia em certo aos, sanad por intervenes paste- ‘Como se pode constatar, em sintese;@ Ministero Publico nfo paste nos processos de fléncia ou de recuperacio, mas, paral seando Rubeas Reguito™, possui um dieito de intervenso.e ‘role cuja fnaidade apresenta duplo aspect: assegurar a represséo sos.crimes que venham a emempr da faencia ou da recuperagio e defender, através de sua acso disciplia, Interesse pablico e o crédito comercial, 32 — REQUERIMENTO DE FALENCIA PELO MINISTERIO PUBLICO [Nio seem dvds gue o ro mini, stuando ares ds ‘Goradoria te Mass Ealice na qualidade de cuts lo, sen falc Mas, daas as nos prereg: That do Ministero Polo, satadarmente no dito da slo ct Plblcs,ntrcaa quesioscpocaadlie do extudost: pode ee, Ea gin» props exes evt roge for pro, equrer, come ret, nda cu don ny a falencia do devedor empresirio? * nese ‘Arulisandoo sistema vigente somes inciados a responder fiematvemente Ca fet, emerge co quad normative orale leglque a tatels de determiados bese nteesses se fed por stghe do Minti Pablo, staves da ate cl pub <1 Ace, pr delegacfo costincins, ncumbe» dees dos in @ Obct, vl, 26. Terminals gulente empresa para deg o repentant do Mi ‘slo eto denier cas a doug, Sete ae unto desta for 2a por Cano de Mendon ac. VI, 8629), argue simp sie dean meta dec rte ddevedr aio seachamsab (Ari pte oso I> ds Lt o° 7347/85: “Rego pla apoites ‘Tact em pein dade pops, soe de pond or oct ‘Ror epateimansiscsandor a0 eiosmbiente Il ap coor Tea! edits de valor atic, etetio, ists, wri psi so ‘teresses sociais e individuais indisponiveis (Constituicéo Federal, drtigo 127). Em linhss gras, toca 20 parquet a tutele dos interes: descoletivose eifusos, to € aqueles que no levam em consis {fo inviduocem sh as, ao revs, conseram o grupo dein Sos num todo, ato que os eaacterizs como intresestansind- Siduns com tse, revelam-se socaise incisponiveis™ Aeses se Jutam os interessesindindis homogeneos quando se tradua fem ifualmenteIndisponves. Como instramento efetiva dessa aruscto, lo ica a iid a agao cui pllicn (Constitvigfo Federal, ego 129, iciso my, ‘0 ingutrito cil consiste em wn procedimento amiss de colheta de eementon probation necesrios propositura da Stao hl publics E um procedimento, pois, vestigate, en- deme» coligrprovas dos fatosofensivos ao interese indspontvel Sob tutes cao xito condusr ou nfo propsitra da ago ci. Aesbo coil polis, por se tno, poder ter por objeto acon- dena em dito ovo cumprimeto de obrigacio de fazer ou fo fazer (Lain 7.347/85, arto 5°) Portant,admite so pe {o com contude simplesmeate indeniatrio, Masa indenizagSo no a nce fora de condenagso do eéu a0 pagerento em dine fo. Poder inte somnarslhe pena-de malts dia pra o caso de ‘descumprimento da obrigagto de lace undo fer sendo- esa Inposgdo peevsta na sentenga ou em deciso liar (Lei n° FAET/S5, argos 1] 12)". Exes valores everterdo pore funds prblicos, com # finaidade especifia de wablzar a econsituigSo Uostons lesados (Le nt 7.347/75, artigo 13), O Ministero Pabi fo, como autor de acio cil stars, nacralmente, legitimado 9 cel —s qulger otc nee cfs ou cltn, V — por ining da TEpcontmic' asco poplin VI seem tis se son ds Soo: Caren Pk Ag ol pubic, Rlo de Janek: amen Jus, 2008, 9112 as dos Ste Casi ib, ob. tp 282 {he cove pte compmento deat pb © Eedicto prostsus do gus surement tena de garotraletiidide ‘Soprocene st Rarmuem vw uRwuy. mas, wnus que Ngo tenn COMO pareC TUNciona- 1 prs ele narcerdlegitimacae especial quand decorridos sessem tw ins do trinsivo em julio da sestenca condenatieis sem que & “ahygelagioautora daagio, eitimad nos termos do artigo 3 da Ls WY 7347/88" 4 sua propositurs, Ihe promova a execuszo (Lei n° TAATISS, artigo 15). ‘Aexooicie por quantia cera, todavia, nfo se verifice apenas ems nites: porsfeel que orora, ante no Ambito do inquésito civ, quan: ono hojo ds pr6pria acdo, a celebracfo de um Termosde Carngo- ode Ajuste de Candata, concetuaco pela doutrina” como @ Ato juriico pelo gual a pessoa, reconhecendo implicitamente 2 ‘fens tinteresse difuso cu coletivo em decorréncia de sua cond- {u, amume 0 compromiso de elninar a ofense atraves da adequa- th de seu comportamente 35 exigincia legs. Percebe-se, claramente, que 0 contetcn de aludide compe: Iniso Code ajstar a conduta os reclames legals. Retratars sim, ‘brigcio de fazer ou de nso fazer e nfo de indeniar come obrigh- ‘Glo muttnoma. Entretant, como bem adverte José dos Santos Car- Wilko Fiho!, “6 possivel que a obrigagao de fazer ou dle nao fazer Wenlia acompankaclade cominacio pecuniéria, ou sea, Rxagio de {eta penulidade se, no prazeestbelecido, no for cumprida 9 0b- igh {lavendo, pos, stulo a embasar execugso por quantia certa, © august ic& promové-a, nos moldes da legislas20 processual civil ‘comm. Contado, no se deve desconsiserar que @ devedor pode- FH encontrar-se insolvent, reuninda, por autre lado, a condigio Ipridica de empresiis. Iualmente nie se pode deseartar que a let, ny impoe cestrigses em fungio da espécie de execaxie. Asa le iimagio, peranto, & pare promover 8 execugio, sea ela singular 1 Aniga *——"A so picipal es cutlr poser sr propose pla Min Write, gals Une plo std Mant Pade remem er Finis por aur, empresa pic, urdato soidade de econ mista IMiyarsoocigte qT ene consul plo mens wr nen aro Aidt t= inl entre ss ads isrctonae pete 20 eo ‘bets a consider 3 orsem econmics, re concorren,o0 pat Int sac, ent, har, atc epg 10 Jou doe Sos Carat Fo, ob, p202 Ob p21 ‘ou concursal. Sendo 0 devedor empresério, o concurso de credores: serealiza por meio da faléncia A faencie, em outras plavras, um processo de execugie concursal ou coletiva, nstitula or fei em, Favor dos eredoces 'Nessas condigits,efo se tem como negara plassbilidade do ‘equerimento de feléncia pelo Ministerio Publice, v2 que estarie atuando na tutela de interesse de credor e, como tal, aerimado na legitimagéo genérica do artigo 97, inciso IV da Let? 11,101/200, essa festa, por exemplo, citida uma sociedace empresiria na ‘execugo por quantlscertapremovid pelo Ministério Publio sem {que no prams legal promovae pagatmento ox nomeie bens penhora €;diligenciando 0 parguer, nao se descebre bens livres e desemba ‘acados 2 garantira execu, no lhe restars uta provincia se ‘i, comprovando fato, requerer a feléncia da sociedade devede> +4, nos moldes do artigo 94, snc IL, da Lei n° 11-101/2005. O {que nio se the permite, em razio de sua missio institucional, € faxec uso do pedido de felencis come agd0 de cobranga, Aliés, ‘como defendemos, a ninguésm ¢ tad roaneslo dessa forma, posto _no sero meio ordinério de abtengéo pelo credor do adimplemerto de uma cbrigaco' © Sobre ery dtoreretot no ite 14 ni, 2 Capitulo 5 © ADMINISTRADOR JUDICIAL, 33 —POSIGAOJURIDICA Inimeras foram a8 teorias forrmuladas com o escopo de fi naturera juridica ds angie de sindico. Trajano de Miranda Valver~ cde" as reunia em dois grandes grupos: teria da representagioe a teoria do ofici ow da Fangio judiiira, ‘Ateors da representagio, sem embargo de reputacio de seus ormuladores, nfo se apresentavs Com sustentagza Nao era 0 sindico um representante legal do devedor fade. Inexistis representagio por foca de le. Ademais, a representacio legal ndo compreende, como ber indicava Miranda Valverde", 2 possbilidade de acso do representant sendo em favor, em benef Gio, da pessoa e dos interesses do representado, Nela encontra-se {site x perepectiva de protecso que a let jalga necessria 8 deter- ‘minada pessoa, Ora, 0 sindico,néo rras vezes, aia contra a pessoa do falidoe contra os interesses deste, na reslizagio do mister ques Tei he impanha ‘Tamlaém nao era um simples representante ou éegio da massa de credores, Nio comparecia em juizo com tal qualidade, mas come administrador da massa flida. Na dicgio de Valverde”? “as Obes. 9 385. Hi Opacye (9397 2 Ob. eel pp 398/399, = gies no eram, como no si0, propostas pele massa de credores, rem contra ela sto inentadas, mas pelo Sinica oa peo liquids. {ério, ou conte els, na qualidade de administradoreslegas do teiméato fd, no gal se encontrar interesses diverse, mUlas ‘eee antagdnice, do devedore ds cfedores" ‘Gutrossim, espGrla seria eonsiderar sindico um rep sentant legal da masse falda, ver que ndo tem es pesonalidede Juridica, mas se cone em uma universadade de dieita, de omponcdo-e em massa ojeia ov aia, na qual eencontram 0 omplexo de tens do aid, e em masa subjetva ou posse, que Configure coletvidade de credores. ‘esse mao, pieerimos « porigd sutentada por Tajno de Miran Valverde, que ale va um pho ov agente sie da Js, criado a bem do interes publica e paras conseco dos fin do process aliments. Agi or dteitoprdpio ee seu pro- rio nome, vsando sempre cunprir os deveres que se the imps nha Essa posi juries pode, e deve ser perfeitamenteamoldada so administrador judicial, cargo especisimente criado por lel, para aurliarnaorganizaco dos process de eeuperagio judi fae lencia. Naguels, funciona como wm verdadero fica do devedor empresiro na execusio de suns atidadee, podenda, até mesmo, sir pessooentedra-ls, as stuayées em que sea © mesmo de. las fasta eae que se nomeie um gestor adic nesta, fanclona “com administrador da rasa [lida pind mt deesn ds interes ses ques compe sendo,snds,oseuliqudaténs, Sev afc anos ‘tears, pois, indispensivel 3 adminitragho dos rexpectivon proces. Sos sue como fete seg parao atngiment ess ai 34—NOMEAGAO E INVESTIDURA ‘Oadministrador judicial ¢ nomeado pelo juz. Ne recuperagio 5judicil ssa nomescio se perfaz no ato em que defere su process ‘mento (artigo 52, inciso I); na faléaca, realizase por ocasiso da sentenga que decreta (tga 99, inczo PS) 28 Ob. et, 1p 400 6 Acescolhi deve recair sobre "profissiona idneo, preferencis mente advogado, economists, administrador de empresas ou con- tudor, ou pessoa juridica especializada’, diz ale em sex artigo 2 ‘A ‘condicio legal estampada no preceitoe, poranto, de obser vincia necesseia pelo magistrado 30 realizar 3 nomensio, € de ge sj administrador judicial “profissional idneo”. ‘A jdoneidade aqui, quer nes parecer, deva scr oral e finance +2, tal qual assim exign 0 artigo 60 do Decreto-Lei n° 7661/45, 20 tisiplinar a escolha do sindico. A idoneidade moral encout jus tifcativa no brio fato de que, como administrador de patrimnio e interesses de terceiros, nzo pode ocupar a fungdo © moralmente ‘nidéneo. A financeira deve estar revelada por wa organizacio do sujeita em seur negscios inanceiras privedos, tradutore de uma regularidace no cumprimento de sos br igacbes, que se exterior sana sus capacidade de suportar o dever de indenzar aque se en contra submetida o administrador, sempre que, por doo ou culpa, ‘ausar prejuizo & mas, a0 devedor ou aos credares. Ser ela, 3 cletividade da disposicio estaria frstrada Preenchida condivio, pode 0 juiz nomear para o cargo pessoas naturais ou joridies. A locugio"preferencialmente” empregada no texto legal, denote, com incensurivel clareza, que a sua escola, fenquanto pessoa natural, mo estar restrita 4 advogados, econo: inista,cohtadores ou administradores de empresa. Mas, nessa de- deve © magistrado egir com prudéncia,abstendo-se de rofissionais inapts ou sem qualquer experiéncia ou voc {80 para desempenko do mister. A zazobilidade, diante da fa ‘er egal, sempre deve inspira a escalha, Nio temos dvida de que os liguidants js permanecero com ops pr os maps No caso de pessoas jurideas, a alusio conta no texto legal a ‘gue ej "especalizada” funciona como elemento de estigio ssa elecio. Assim, nZo pode uma sociedade, culo objeto consist na prestagao de servos medicos, por exemple, ser indicada para a Fungie. $80 consideradas “especiaizadas”, dentre outras, aguelas pesos juridicascujos respectivasabjetos se voltem para ceaiza- ‘he de euditoria,administagio de patrienGnio de terceizos con- Sultoris ecoasmicae Banceia ( administrador judicial, to logo nomeado, seré intimado, pessoalment, para, em quarentae oite horas, assnar, na sede do s {Juino,0 termo de compromisso de bem ¢ fielmente clesempenhat © fie sSsumir todas as responsablidades e deveres a ele ineren~ {ts Sendo pestosjridica, dever ser declarado, 0 respectivoter- fn @ osne do profsionalresponsavel pela condugio do processo Ae falencta ou de recuperacio judicial 0 qual nfo poders ser subs: Italo por outro sem expressa autorizagao judi. TNia sendo 0 terme de compromissa assinado no respectivo ang, eabers 20 juiz nomear outro administrador judicial, confor~ Ihe estabclece © artigo 24, Pensamos, no estanto, poss reget, trvaladas as circunstanciasexpeciaie que envolvam ocaso concreto, ‘etemperads, Ocorrendo jsto impedimento, noticiado tempes- Tivumente a9 juizo, pode ele eleva o atras0, desde que 0 nomneado pas ainda que Fora do prazo de quarenta e eto horas, pronta- Inenteatender» nomeage, sem que isto cause, portanto,embard- [domo curso processual Deve ser outongado ao juiz prudente mar Jjem de discricionaridade, rio se tornando irracionalmente pe~ emptor o prazo dale, Bem retrat idéia ora defendida a hips- tese de ser um advogado escolhido para o tabalho, o qual seve, femreranto, impedido de atender o prazo legs, para assinatura do terme, por ter que comparecer a jlgamento ou auincia em co- tnarea fora dequela cujo espectiv juz0.e nomeau e onde mantém eu endereso profissiona, encargo este que The custar tempo ca- pp de obstar sue presenca na serventia a qual devers subscrever ‘terme de compromissa, Comunicado 0 fsto ao juz, pode ele re- Tear araso, se isso fora bem da adminstragéo da Justiga, Invest cm sua fungto, administrador nela permanecerd até iquy 9 juiz decrete, por sentenga, o encerramento da recuperagso Facial ou da falencia (artigos 63, incso TV e 156), salvo se for, hrante o curso do process, destituido subsituido ou eenuncir. 35 IMPEDIMENTOS Em sezio de natureat das fungSes inerentes 20 cargo de adm ristndor jacical, rates de ordem econdmics, jaridica,éticae mo- fal peram incompatibidades ou inabitagoes para que certas pes- boas porcam ser escobhidas a exercélas ‘Nie poderd desempenhar a fungio de adminisragio judicial ‘quem, nos derradeiroe cinco anos, no exerdcie de identico cargo como membre do comite de credores em faléaci ou recupers: ‘cio judicial anterior, tenha sido destituido, deixado de prestar con- tas dentro dos pravoslegais ou tiver desaprovadas as que houver prestado (artigo 30, caput). Tualmarte incre no impedimento aquele que tver celagko de parentesca ou afiidade até tercero gra com o devedor e, Sendo ele sociedad empresiia, com seus administradares, con- tlle erent legals. dees Tr ap, nimi ou dependents (§ °, do artigo 3). No Stun dpi rice nomena aiid jo lal, aqueles impedimentos de ordem pestosl,rferidos no pa ara anterior, sero aferidos em relacio a seus adminisradores, ontroladores ou representantes legis, além do proisional deci: Fado no termo de compromisso como responsivel pela condugio doprocesso, Apesar de le slenciar-se sobre esta Gia hipdtese, ‘vemos a situacio como corolirolégico das disposigbes dos artigos 530, caput e § 1, e parseraf nico do artigo 21 Poder requerer 20 juz a substuigo do administrador jad al, nomeado em vontrariedade das disposigbes legis, devedor, agualguer credo, ndependentemente do valor de seu crédito ou da ‘lassificigio que por direito the caibe, ¢ o representante do Minis térig Pablico. Ao juizcabers decidix a questoem um prazo de nge quattro horas (6§ 2° «3 do artigo 30). Professtmos ser possivel a0 prépro juizrever seu ato de no- ‘easio,zindo, assim, de filo, quando ele proprio constatar que 4 nomeacio nip abedeceu aos precetos legais pertnentes. Isto porque, sendo o administrador judicial um agente auxilia da just- 42, erado a bem do interesse pico, de forma a resin 05 ins do Drocesso de faléncia ou de cecuperac, a8 regrasjuridics acerca ‘de sua nomeagio sio de ordem publica e, poranto, sta volagio 67 nulidade, no podendo ser convalidads, ‘Os atos eventualmente realiados pelo administrador, nessas

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