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Automedicação, Entendemos o Risco... (Vários Autores) PDF
Automedicação, Entendemos o Risco... (Vários Autores) PDF
ENTENDEMOS O RISCO?
HELENA C. CASTRO1
MICHELE L. P. DE AGUIAR1
REINALDO BARROS GERALDO1
CCERO CARLOS DE FREITAS1
LUCIANE F. ALCOFORADO1
DILVANI O. SANTOS2
CAMILA BARBOSA2
CLARA FONSECA2
CLARISSA AL2
ERICA RANGEL2
INGRID TOLEDO2
MARCELA FEITOSA2
CARLOS RANGEL RODRIGUES3
TERESA CRISTINA DOS SANTOS3
LCIO M. CABRAL3.
METODOLOGIA
CONCLUSO
Figura 2. Comparao entre os grupos A e B e a compra de medi-
cao sem orientao mdica (automedicao).
Neste estudo de casos envolvendo estudantes, ini-
ciantes (grupo A) e formandos (grupo B) do curso de gra-
De forma importante, a maior parte dos estudantes duao em farmcia de uma universidade federal, observa-
de ambos os grupos responderam j ter recomendado al- mos a falta de informao no primeiro grupo em relao s
gum tipo de medicamento (A= 52% e B= 61%), ou j ter atividades e capacitao do farmacutico, em contraste,
utilizado alguma indicao feita por parentes, amigos ou aos formandos, que demonstram conhecimento nas reas
vizinhos (A= 42% e B= 43%). O perl dos grupos seme- de atuao farmacutica.
lhante no que diz respeito a conceituar as ervas e produtos Este resultado indica que o curso analisado con-
naturais como medicamentos (A= 85 e B= 94%), mas sua tribui para a formao de um prossional qualicado e
utilizao ainda no extensa em nvel similar (A= 61% consciente de seu papel como farmacutico. Entretanto,
e B= 67%). e de forma curiosa, quando para tratar de si prprio,
Quanto capacitao do farmacutico de recomendar a informao no tem auxiliado de forma signicativa
ou trocar medicaes, um nmero signicativo de estudan- na diminuio dos ndices de automedicao nos grupos
tes do grupo A (iniciantes/calouros) respondeu que o far- estudados, em especial, os formandos, onde este com-
macutico no est capacitado, ou seja, no pode interferir portamento no foi signicativamente alterado aps o
em medicaes. Contudo e de forma importante, ao nal acesso a um maior conhecimento sobre os medicamentos
da graduao, a maioria dos estudantes (grupo B) arma e suas caractersticas.
que, para o farmacutico recomendar ou trocar medicamen- A impossibilidade de banir a prtica da automedica-
tos, depende principalmente da situao. Estes citam como o, pela inviabilidade scio-econmica para o sistema de
exemplo o caso dos genricos, onde a assistncia farmacu- sade pblica, torna claro a importncia da discusso deste
tica em relao a interaes medicamentosas, dosagens e procedimento em sala de aula. Assim, o presente estudo
intervalos de administrao, pode ser essencial. aponta a necessidade da maior nfase no tema automedi-
O grupo B cita ainda que o farmacutico no deve cao, nas aulas ministradas durante a graduao, visando
prescrever diretamente os medicamentos sem indicao diminuir os ndices desta prtica nos grupos estudados e
mdica, mostrando um claro entendimento da complexida- prevenindo o uso indiscriminado dos medicamentos nestes
de da prescrio dos medicamentos e do papel do farma- futuros prossionais, tornado-o capaz de utilizar seu co-
cutico (Figura 3). nhecimento tambm em benefcio prprio.
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