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Sucesso Nos Negocios - Coincidencia Ou Inteligencia
Sucesso Nos Negocios - Coincidencia Ou Inteligencia
O capitão Enright, porém, estava com problemas: no dia anterior seu radar quebrou.
Ao consertá-lo, os técnicos realizaram testes que emitiram sinais que revelavam a
sua presença na área. Agora ele estava vendo o gigantesco navio, que viajava muito
rápido, a 20 nós – o Shinano podia chegar a 27 nós e os melhores submarinos de
guerra alcançavam, no máximo, 19 nós.
Desejoso de não perder contato com o navio, Enright continuamente utilizava o seu
radar, uma estratégia não recomendável pois revelava sua presença. Imaginava,
entretanto, que já sabiam que estava lá devido aos testes do dia anterior.
Quando o Shinano virou para o sul, não havia mais condições de continuar
seguindo-o. O capitão emergiu e enviou então um relatório à base americana anti-
submarinos no Havaí, reportando sobre o alvo e seu curso. O USS Archer-Fish
seguiu então numa direção em que presumivelmente poderia encontrar o porta-
aviões, esperando adiantar-se e encontrá-lo lá na frente, quando atingisse a possível
rota que o Shinano estaria fazendo. Cabe salientar que quando um porta-aviões está
em águas infestadas de submarinos, costuma ziguezaguear a fim de não se tornar
um alvo fácil para os torpedos inimigos.
O IJN Shinano está sendo comandado pelo capitão Abe. O Alto Comando japonês
ordenou-o a levar o Shinano para os mares do interior do país. Eles sabiam que um
avião espião B-29 fotografara a área e temiam que tivesse descoberto o porta-
aviões, o que certamente incorreria num ataque subseqüente de bombardeiros sobre
a área onde o Shinano estava sendo completado.
Depois de virar para o sul, o super-navio foi obrigado a diminuir a marcha por causa
de um superaquecimento em seu propulsor, diminuindo assim sua velocidade. O
capitão Abe é avisado da transmissão de rádio feita pelo submarino – quando o
Archer-Fish não mais conseguia manter contato com o Shinano, enviou um
comunicado à base do Havaí. Imaginando que o submarino havia transmitido sua
posição aos outros submarinos, o capitão Abe resolve mudar o curso de volta para o
norte – indo, sem saber, diretamente de encontro ao USS Archer-Fish.
Antes do impacto dos quatro torpedos, o capitão Abe dá ordens para aumentar a
velocidade em direção ao seu destino, presumindo que quatro torpedos não fariam
um grande estrago no navio. Ao invés de rumar de volta para sua base ou para terra-
firme, o mega-navio aumentou a velocidade. Infelizmente, devido aos problemas com
as vedações e portas estanques, sua ordem apenas atrapalhou: com o aumento da
velocidade, mais água foi entrando pelo casco, até que ficou tarde demais para
salvar o navio e sua tripulação.
A lição de toda esta história. Precisamos dar o máximo de nós em nossas vidas,
levando em conta as informações disponíveis e tomando as melhores decisões
baseados nelas. No entanto, o resultado não está em nossas mãos! O sucesso está
nas ‘mãos’ do Todo-Poderoso. Se Ele desejar, o porta-aviões afunda, se não, não.
Um ano antes, o nosso capitão Enright estava comandando o submarino USS Dace.
A base americana anti-submarinos enviou-lhe uma mensagem super-secreta:
haviam interceptado e decifrado uma mensagem naval japonesa, passando-lhe a
localização, curso e velocidade do porta-aviões IJN Shokaku – que esteve envolvido
no bombardeio a Pearl Harbour. O capitão posicionou-se no melhor local para
interceptar o inimigo. Na hora prevista, lá estava o porta-aviões – porém ... 9 milhas
mais adiante, longe demais para ser alvejado. Qual o motivo? O capitão Enright
percebeu depois que a corrente marítima do local estava 1/3 mais fraca, o que
causou a diferença em relação à posição do inimigo. Em pé, na frente de seu
periscópio, de coração partido, o capitão Enright assistiu o Shokaku deslizando pelo
horizonte, impotente para fazer qualquer coisa.
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