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Anatomia e

Fisiologia Renal

Eliamara Barroso Sabino


Anatomia do Sistema Urinário

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Anatomia do Sistema Urinário

Córtex
renal

Pelve renal Medula


renal
Medula renal
Córtex renal
Ducto
coletor
Ureter

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Anatomia do sistema urinário
• Néfron

• Glomérulo Renal
• Regiões:
• Cápsula de Bowman
• Túbulo cont. proximal
• Alça de Henle
• Túbulo cont. distal
• Ducto coletor

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• Filtração Glomerular  é o volume de água
filtrada fora do plasma pelas paredes dos
capilares glomerulares nas cápsula de Bowman

• Reabsorção tubular reabsorção de substâncias


essenciais e água por meio de transporte celular

• Secreção tubular  retirada de substâncias


provenientes do sangue que estão nos capilares
peritubulares. Onde elimina os resídos não
filtrados e controla o eq. àcido-base

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Fisiologia Renal
1,2 L de sangue / min passam pelos rins .: 1800 L por dia
destes 180 L de água deixam o sangue para fazer parte do
filtrado, mas são produzido 1-2L de urina/ dia .: 178L são
REABSORVIDOS

Reabsorção

Filtração
Secreção

Excreção: K+,
Túbulo renal H+, Água, exc.
nitrogenadas
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Fisiologia Renal

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Fisiologia Renal

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Fisiologia Renal

• Hormônios - ADH
com ADH sem ADH

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Urina

Componentes

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Testes da função Renal
• Teste de filtração glomerular
Mede a rapidez com que os rins são capazes de
depurar (ou retirar) uma substância filtrável do sangue.

- Teste da depuração (Clerance)


- Inulina
- β2-microgobulina
- Creatinina

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Cálculos
Concentração plasmática e urinária
V
T (min)

Clearance ou plasma depurado por minuto


DP = UV D = UV
P

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Testes da Função Renal
• Teste de reabsorção tubular
Os testes realizados para determinar a capacidade de
reabsorção tubular de sais essenciais e água, filtrados sem
seletividade pelos glomérulos são conhecidos como testes
de concentração (densidade).

- Osmolaridade  sofre influência apenas do n° de


partículas
- Depuração de água livre

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Testes da Função Renal
• Testes de secreção tubular e de fluxo
sanguíneo renal
Os resultados anormais podem ser causados por redução
na capacidade secretora ou pela disponibilidade insuficiente
de substâncias nos capilares

- Teste com PAH (àc. p-amino-hipúrico)  subst.


Exógena, atóxica, que permite sua completa retirada pelos
capilares peritubulares
- Acidez titulável e amônia urinária  secreção
tubular de ínos hidrogênio e amônia
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Depuração de creatinina

Àc. P-amino-
hipúrico
Acidez Titulável

Depuração de água livre

Osmolaridade

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Cálculo Renal
• Popularmente chamados de
pedra no rim, são formações
sólidas de sais minerais e uma
série de outras substâncias,
como oxalato de cálcio e ácido
úrico. Essas cristalizações
podem migrar pelas vias
urinárias causando muita dor
e complicações.
• Litíase urinária ou urolitíase
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Cálculo Renal
• Cálculos constituídos
por cálcio são os mais
comuns. Outros
minerais encontrados
são: oxalato, fósforo,
ácido úrico.

• Deficiência genética
para excreção desses
sais

• Dieta rica nessas sais:


ex.: leite e derivados.
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Natureza química
• Ácido úrico e uratos
• Oxalato de cálcio
• Fosfatos
• Carbonato de cálcio
• Cistina
• Xantina
• Urostealita
• Indigo

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Cálculo Renal

• Dor
Sinais e sintomas • Obstrução
• Infecção

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Formação do Cálculo
• Os cálculos se formam pela fixação de um ou
mais elementos em uma matriz orgânica
pouco definida, composta de uma mistura
heterogênea de mucoproteínas,
mucopolissacarídeos e proteínas séricas.

Saturação Nucleação
Matrix

Agregação Epitaxia

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Formação do Cálculo
Composição
• Cálculos de cálcio – 75%
- Oxalato de cálcio
- Fosfato de cálcio
- Carbonato de cálcio
• Cálculos de fosfato amoníaco magnésio –
15%
• Cálculo de ácido úrico – 6%
• Cálculo de cistina – 2%
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Formação do Cálculo
• Causas da formação do cálculo
1 Aumento do conteúdo de cristalóides na
secreção

Cálculo Primário ou metabólico

2 Presença de massa sólida agindo como um


núcleo, em torno do qual os cristalóides se
precipitam

Cálculo Secundário ou concreção


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Formação do Cálculo

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Mecanismos Patogênicos
1 Alterações das Vias urinárias
- Estase por estenose, tumores, anormalidades
congênitas
- Lesões da mucosa
- Presença de corpos estranhos, coágulos
sanguíneos, tecidos necróticos
- Calcificação da submucosa dos cálices

2 Alterações da Urina
- Aumento da concentração
- Alteração do pH
- Presença de infecção
- Diminuição dos colóides protetores
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Mecanismos Patogênicos
3 Hipersecreção de
- Cálcio
- Oxalatos
- Ácido úrico
- Xantina

4 Causas físicas
- Ingestão diminuída de líquidos
- Doenças com elevação da temp. corporal
- Respiração excessiva
- Vômitos e diarréia
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Causas
1 Tubulopatias
– Acidose tubular renal
– Cistiúria

2 Distúrbios enzimáticos
– Xantiúria
– Hiperoxantiúria primária

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Causas
3 Estados de Hipercalcemia e/ou
hipercalciúria
– Dissolução óssea
– Excessiva ingestão ou absorção de cálcio

4 Hiperuricemia e / uricosúria
– Gota
– Antiblásticos
– Uso de diuréticos (tiazídicos)
– Metabolismo aumentado das purinas
– Litíase idiopática por ácido úrico

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Análise

• Carbonato
• Oxalato
• Amônio
• Calcinação • Fosfato
• Físico-química - BIOCLIN • Cálcio
• Magnésio
• Urato
• Cistina
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Análise Físico- química
• Análise física
– Dimensão, peso, forma, cor, superfície,
pulverização

• Análise química
– Análise do precipitado
– Análise do sobrenadante

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Análise Físico- química
• Análise do precipitado
- Carbonato – formação de gás
- Oxalato – turvação intensa ou precipitado
branco
- Cálcio – precipitado branco
- Magnésio – cor violeta

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Análise Físico- química
• Análise do sobrenadante
– Urato – presença de cor azul intensa
– Cistina – cor vermelho intenso
– Fosfato – aparecimento de cor azul
– Amônio – formação precipitado laranja-
amarelo

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Tratamento
• Substâncias inibidoras

• Dieta

• Intervenção cirúrgica

• Laiser ou ondas de
choque

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Introdução à Urinálise

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Histórico
• Data de desenhos nos hieróglifos egípcios
• Médicos: observações básicas – cor, turvação, odor,
volume, viscosidade, presença de açúcar
• Hipócrates  século V a.c  uroscopia
• 1140 d.c  tabela de cores
• Testes da formiga e teste do sabor
• Frederik Dekkers (1694)  fervura da urina 
albumina
• Charlatães  “profetas do xixi”
• Thomas Bryant (1627)  leis de concessão de licença
médica na Inglaterra
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Histórico
• Invencção do miscroscópio (séc. XVII)  análise do
sedimento
• 1827  exame de rotina
• Urina:
- Amostra de obtenção rápida e coleta fácil
- Fornece informações sobre muitas das principais
funções metabólicas

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Composição

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Volume
• Depende da quantidade de água excretada
pelos rins
• Influências:
- Ingestão de líquidos
- Perda de líquidos por fontes não-renais
- Variação na secreção do hormônio
antidiurético
- Necessidade de excretar grandes quantidades
de solutos

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Volume
• Débito urinário normal: 1.200ml – 1500ml / 600
– 2000ml

• Oligúria / anúria

• Durante o dia a excreção de urina é de 2 a 3x


> que a noturna (nictúria)

• Poliúria  diabetes melito


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Coleta e manipulação de
amostras
• 1 A amostra deve ser colhida em recipiente limpo e seco

• 2 O recipiente de amostra deve ser devidamente


etiquetado com nome do paciente, data e hora da
colheita

• 3 A amostra deve ser entregue imediatamente ao


laboratório e analisada dentro de 1hora.

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Coleta de urina de jato médio
em mulheres

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Coleta de urina de jato médio
em homens

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Coleta infantil

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Conservação da urina
• Refrigeração
- Impede crescimento bacteriano
- Aumento da densidade por preciptação
de fosfato

Conservantes  quando utilizar??

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Conservantes de Urina
Conservante Vantagens Desvantagens

Refrigeração Não interfere em exame Aumenta densidade,


bioquímico precipita uratos e
fosfatos amorfos
Timol Conserva bem a glicose Interfere no teste de
e sedimento precipitação de
proteínas
Àc. Bórico Conserva bem as Pode provocar
proteínas e elementos precipitação de cristais
figurados; não altera pH
Formalina Excelente conservante Interfere nos niveis de
de sedimentos glicose e forma grumos
no sedimento
Clorofórmio Nenhuma Acumula-se no fundo e
interfere na análise do
sedimento
Fenol Não interfere Não produz alterações
no odor
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Alterações na urina não
conservada
Diminuição Aumento

glicose pH

cetonas nitrito

bilirrubina número de bactérias

urobilinogênio turvação

Desintegração das hemácias e


cilindros

Alteração na cor

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Tipos de Amostras
• Amostras aleatórias
• Primeira amostra da manhã
• Amostra em jejum (segunda da mnhã)
• Amostra colhida após 2h após a refeição
(pós-prandial)
• Amostra para teste de tolerância à
glicose (TTG)

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Tipos de Amostras
• Amostra de 24 horas (ou com tempo
marcado)  deve ser homogeneizado e seu volume
deve ser medido com precisão
• Amostra colhida por cateter
• Coleta estéril de jato médio
• Aspiração suprapúbica
• Prova de Valentine (coleta dos 3 frascos)
Infecções de próstata
• Amostras pediátricas  coletores, cateterização
ou aspiração suprapúbica
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Tipo de Amostras de Urina
Tipo Finalidade

Aleatória Urina tipo I ou de rotina

Primeira da manhã Urina tipo I, teste de gravidez,


proteinúia ortostática
Em jejum (segunda da manhã) Monitorização de diabetes

2 horas (pós-prandial) Monitorização de diabetes, glicosúria

Teste de tolerância à glicose (GTT) Acompanha as amostras de sangue


no teste de tolerância à glicose
24 horas Testes bioquímicos quantitativos

Por catetização Cultura de bactérias

Coleta de jato médio Urina tipo I ou cultura de bactérias

Aspiração suprapúbica Coleta de urina de bexiga para


cultura de bactérias e Citologia
Prova de Valentine Infecção de próstata
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