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Análise de um sistema
Com 3 Graus de Liberdade
Docente:
Professor José Dias Rodrigues
1. Definição do Problema
O problema que se pretende resolver foi fornecido pelo docente aos estudantes
numa aula teórico prática. Este encontra-se nos Anexos, juntamente com o código de
MATLAB usado. Ao longo das próximas secções será apresentada a resolução e
respetivos comentários relacionados com cada alínea. De modo a facilitar a visualização,
na figura 1 encontra-se ilustrado o sistema em estudo.
2. Resolução do Problema
a) Escrita das equações do movimento do sistema
& () () (/
− + = 1- , 3 = 1,2,3.
&' (*+ (*- (*-
1 1 1
)= ∗ 9" ∗ !"$ + ∗ 9$ ∗ !$$ + ∗ 9% ∗ !%$
2 2 2
2
Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
1 1
/= ∗ :" !" − !$ $ + ∗ :$ ∗ !$ − !% $
2 2
Derivando as expressões anteriores, é possível obter os termos das equações de
Lagrange. Assim tem-se que:
& () ()
= 9" ∗ !" ; =0
&' (!" (!"
(/
= :" ∗ !" − !$
(!"
& () ()
= 9$ ∗ !$ ; =0
&' (!$ (!$
(/
= −:" ∗ !" − !$ + :$ ∗ !$ − !%
(!$
& () ()
= 9% ∗ !% ; =0
&' (!% (!%
(/
= −:$ ∗ !$ − !%
(!%
= ' ∗ (!"
1" = == '
(!"
= ' ∗ (!"
1$ = =0
(!$
= ' ∗ (!"
1% = =0
(!%
3
Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
−@$ ∗ I + [:] Θ = 0
−@$ ∗ I + : = 0
9 0 0 : −: 0
$ 0 9 0 + −:
−@ 2: −: =0
0 0 29 0 −: :
1 0 0 1 −1 0
−Q 0 1 0 + −1 2 −1 =0
0 0 2 0 −1 1
4
Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
7
Q% − Q$ + 2Q = 0
2
RS T
Relembrando que Q = , resulta:
U
: :
@" = 0 ; @$ = 0.848 ; @% = 1.668
9 9
Relembrando:
−@$ ∗ I + [:] Θ = 0
1 0 0 1 −1 0 Θ"- 0
−Q- 0 1 0 + −1 2 −1 Θ$- = 0
0 0 2 0 −1 1 Θ%- 0
1 − Q- −1 0 Θ"- 0
−1 2 − Q- −1 Θ$- = 0
0 −1 1 − 2Q- Θ%- 0
1 − Q- Θ"- − Θ$- = 0
−Θ"- + 2 − Q- Θ$- − Θ%- = 0
−Θ$- + 1 − 2Q- Θ%- = 0
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
Θ"" − Θ$" = 0
−Θ"" + 2Θ$" − Θ%" = 0
−Θ$" + Θ%" = 0
Θ"" = Θ$"
Θ$" = Θ%"
0=0
1
Θ " = 1
1
1 1
Θ $ = 0.28 ; Θ % = −1.78
−0.64 0.38
1
Θ " = 1
1
6
Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
Figura 2 – Esboço da primeira forma natural de vibração.
1
Θ $ = 0.28
−0.64
Figura 3 – Esboço da segunda forma natural de vibração.
1
Θ % = −1.78
0.38
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
Figura 4 – Esboço da terceira forma natural de vibração.
g g
ϕ f I ϕ h = ifh ; ϕ f : ϕ h = ifh @f$
1
H - = Θ -
g
Θ - I Θ -
−0.0079
H % = 0.0140
−0.0031
Φ l I Φ = j
Φ l : Φ = Ω$
j m ' + Ω$ m ' = Φ g
n(')
9
Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
:
@$ = 0.848
9
:
@% = 1.668
9
p ∗ &q
^ ∗ jo ^∗( )
:= = 32 = 2748.3×10% n/I
c c
@$ = 23.432 sb&/G
@% = 46.0746 sb&/G
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
w
1 m+ (0)
m- ' = n- t sin @- ' − t &t + m- 0 cos @- ' + sin @- '
@- x @-
Admitindo que as condições iniciais são nulas, a solução é dada pela seguinte
expressão:
1 w
m- ' = n t sin @- ' − t &t
@- x -
Para o segundo modo natural de vibração:
w
1 1 w
m$ ' = n$ t sin @$ ' − t &t = 0.0121 ∗ = t sin @$ ' − t &t
@$ x @$ x
1 ∗ 0.0121 ∗ =x
m$ ' = ∗ ((cos @$ ' − ' − cos @$ (' − 0))
@$$
Obtendo-se finalmente:
1 ∗ 0.0121 ∗ =x
m$ ' = ∗ (1 − cos @$ ')
@$$
w w
1 1
m% ' = n% t sin @% ' − t &t = −0.0079 ∗ = t sin @$ ' − t &t
@% x @% x
−0.0079 ∗ =x
m% ' = ∗ (1 − cos @% ')
@%$
!" (')
m '
!$ ' = Φ $
m% '
!% (')
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
!" (') =y ∗ [2.6641 ∗ 10z{ (1 − cos 23.432') + 2.9234 ∗ 10z| (1 − cos 46.0746')]
!$ ' = =y ∗ [7.4801 ∗ 10z| (1 − cos 23.432') − 5.2059 ∗ 10z| (1 − cos 46.0746')]
!% (') =y ∗ [−1.7606 ∗ 10z~ (1 − cos 23.432') + 1.1413 ∗ 10z| (1 − cos 46.0746')]
EFG@- ' = −1
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
E = ã I + å[:]
ã = 0.3107
å = 2.8774×10zq
éè (@)
ãçU @ = ; êfëíì = 0, s = 1, … ,3
êU
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
Para a determinação das FRF pedidas no enunciado, foi utilizada a Análise Direta
em Frequência (ADF). Este método caracteriza-se por ser mais adequado do que calcular
o modelo de resposta em frequência pelo modelo espacial. Com efeito, este último
implica a inversão da matriz de rigidez dinâmica, cuja ineficiência resultante do aumento
do volume de cálculo e número de operações, juntamente com a acumulação de erros de
truncatura, o torna indesejável. Assim, as FRF, usando ADF, podem ser calculadas
considerando somente uma solicitação unitária num grau de liberdade de cada vez. A
cada passo (em que se considera uma excitação unitária num grau de liberdade), é
possível o cálculo de uma coluna da matriz de receptâncias, através da resolução de um
sistema de equações algébricas (não sendo assim necessário inverter a matriz de rigidez
dinâmica). No caso desta alínea, este processo revela-se extremamente expedito, uma vez
que, apenas é necessária uma coluna da matriz ã @ . Desta forma, as equações que
permitem obter as FRF pretendidas são:
ã"" @ 1
: + ï ∙ @- ∙ E − @-$ ∙ I ã$" @ = 0
ã%" @ 0
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
15
Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
Como nota inicial na análise dos diagramas de Bode, é de referir, que, uma vez
que a magnitude das FRF, para frequências de excitação muito baixas tende para valores
muito elevados (consequência do movimento de corpo rígido que ocorre no primeiro
modo de vibração), omitiu-se a parte do diagrama relativa à gama de valores de
frequência de [0,1] Hz. Esta omissão foi feita uma vez que estes valores de magnitude
muito elevados iriam “esmagar” os da restante gama de frequências
Observando a figura 4, analisando a evolução tanto da magnitude como da fase
em função da ressonância, é de notar a existência de quatro pontos notáveis: duas
ressonâncias e duas antirressonâncias. Tendo em conta que estamos perante uma função
direta (isto é, os índices da FRF são iguais), é esperada a ocorrência de uma anti-
ressonância entre duas as ressonâncias. Estas últimas ocorrem, como seria de esperar, na
vizinhança das frequências naturais de vibração e traduzem-se pelo surgimento de um
pico de amplitude, resultando num funcionamento instável do sistema (e por vezes,
indesejável). Para estas duas frequências, a fase desce p radianos. Já nas anti-
ressonâncias, a fase sofre um aumento de p radianos. Nestas frequências, o sistema
apresenta um comportamento mais rígido, devido a uma diminuição da amplitude da
oscilação. Para baixos valores da frequência de excitação, a amplitude, como já foi
referido, tende para valores muito elevados e a fase não se encontra definida. Este
comportamento decorre da possibilidade de movimento de corpo rígido.
Analisando a figura 5, é possível encontrar 4 pontos notáveis: duas ressonâncias,
uma anti-ressonância e um mínimo local. Sendo esta uma FRF tipicamente cruzada, não
se pode assumir a existência de anti-ressonâncias e o número destas. Em termos de
evolução de fase em ressonâncias e anti-ressonâncias, o comportamento é semelhante ao
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
z"
ã @ = : + ï ∙ @- ∙ E − @-$ ∙ I
ã @ = ñ @f$ − @$ ñ g
%
Hçf HUf
ãçU @ =
(@f$ − @ $ ) + ï2óf @f @
fò"
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
Para cada FRF, as expansões em frações simples são dadas pelas seguintes:
0 0 0
2
2óô = ñ ) E ñ =2 0 ó @
2 2 0
0 0 ó3 @23
Figura 11 - Magnitude da função ã"" @ e respetivas contribuições modais.
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
Figura 12 - Magnitude da função ã$" @ e respetivas contribuições modais.
Figura 13 - Magnitude da função ã%" @ e respetivas contribuições modais.
liberdade. Esta análise aplica-se ao segundo e terceiro modos naturais de vibração, pois
o primeiro modo, constitui um movimento de corpo rígido, não contribuindo para o
fenómeno vibratório.
Figura 14 – Diagrama de Nyquist das contribuições modais da função ã"" @ .
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
Não se podendo representar esta função, uma vez que não se encontra definido o
valor da frequência de excitação, é, contudo, possível representar o diagrama de Bode da
função acelerância do gerador, ù%" (ï@), obtendo-se assim a magnitude e a fase desta em
função da frequência. Este diagrama pode ser encontrado na figura 15.
Figura 15 - Diagrama de Bode da função acelerância, ù%" , do gerador.
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
3. Bibliografia
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
4. Anexos
4.1 Anexo 1
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
Note-se que se considerou apenas relevante colocar o código relativo aos cálculos
das FRF, sendo omitido o código necessário às representações gráficas e respetiva
formatação.
%% Dados
J=3600; G=80*10^9; d=0.18; l=3; f=[1 0 0]';
alphac=0.3107; betac=2.8774*10^-4;
%% Definição Variáveis
Ip=pi*(d^4)/32;
K=(G*Ip)/l;
[k]=K*[1 -1 0; -1 2 -1; 0 -1 1];
[m]=J*[1 0 0; 0 1 0; 0 0 2];
[C]=alphac*[m]+betac*[k];
dof=length([m]); %número de GL do problema
%% e)
freq=1:0.01:10;
wres=freq*2*pi; n=length(wres);
alpha=ones(dof,n);
B=ones(dof,1);
L=ones(dof,1); A=ones(dof,n);
for p=1:n
w=wres(p);
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Dinâmica de Máquinas: Resolução do Exercício TP4
B=[k]+1i*w*[C]-w^2*[m];
sol=B\f;
A(:,p)=sol;
end
%% f)
xi=zeros(1,dof);
for i=1:dof
if vap(i)~=0
xi(1,i)=(alphac+betac*vap(i)^2)/(2*vap(i));
end
end
v=1; h=0;
frac=zeros(1,n); alp=zeros(dof,n); p_frac=zeros(dof^2,n);
soma=zeros(1,n);
for b=1:dof
sum=zeros(1,n);
for r=1:dof
h=h+1;
wr=vap(r);
xir=xi(r);
for q=1:n
w=wres(q);
frac(1,q)=(phi(b,r)*phi(v,r))/((wr^2-w^2)+sqrt(-
1)*2*xir*wr*w);
end
p_frac(h,:)=frac(1,:);
sum=sum+p_frac(h,:);
end
alp(b,:)=sum;
end
Acel31=-(wres.^2).*alp(3,:);
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