está aberto agora permitirá a vocês, como em nenhum

Manual do Calouro 2010/2 outro momento de suas vidas, romperem barreiras

geográficas, sociais, culturais, políticas que nem mesmo
Calouro não sabe, calouro não conhece. Por que? caberão nos cinco anos que se descortinam. Pense no
profissional que você quer ser, pense no cidadão que você
Porque ainda não pergunta, porque ainda não atua. quer ser, pense no ser humano que você quer ser.
Calouros são estudantes que estão conhecendo a Sejam muito bem vindos.
universidade e se conhecendo. Aproveite o máximo o seu
trote e o seu primeiro período. São únicos. Brinque, estude,
faça amizades, freqüente as pizzadas, e também se
informe sobre o que acontece na sua universidade, sua
nova casa. Pergunte, procure saber, participe!

Calouros são os que tem a mente aberta e livre dos

preconceitos e limitações daqueles que se empedram
limitados pelas tradições. Sejam bem vindos à EAU-UFF.
Hoje começa mais uma etapa da sua vida, portanto guarde
em sua cabeça o que considera bom e importante e abra a
mente para tudo que possa te acrescentar algo e que
modifique de forma positiva a sua nova casa. São vocês
que fazem a EAU-UFF a partir de agora!

Este Manual foi feito para ajudá-los e facilitar a vida de

vocês, calouros. Para tal, buscamos apresentar o máximo
de possibilidades de atuação e aprendizado gerados
apenas pelo fato de estarem matriculados na Escola de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal
Fluminense, a EAU-UFF. Leiam com atenção, mas não se
prendam a ele, procurem sempre mais!!!

A Universidade não é um local de simples absorção de

informação. Pense, questione, forme seu conceito e
ideologia, seja ativo. O leque de possibilidades que lhes

A UFF e Niterói
A EAU da UFF fica localizada no Bairro da Boa Viagem, e
não se espante se te disserem que fica em São Domingos,
Gragoatá ou Ingá. A Universidade vai te fazer romper a
barreira do espaço-tempo e exigir que você se desloque
entre estes quatro bairros, além do centro de Niterói, em
razão das disciplinas que lhes serão dadas. Além destes
bairros, a UFF se espalha por outros bairros de Niterói, para
mais informações, consulte o site institucional que tem um
mapa bem bonitinho
(http://www.uff.br/pagina/mapa/index.html).
A cidade é aconchegante e tem diversas atrações turísticas
e de lazer além da melhor vista da cidade maravilhosa.
Tem o MAC e o caminho Niemeyer do centenário Oscar,
que inclui o teatro popular e estação de catamarãs, entre
outros. Tem Igrejas Jesuítas, tem intervenções urbanísticas
interessantes como a ponte Rio-Niterói e o aterro, além de
toda a história em razão de ter sido Niterói a capital do
estado do Rio de Janeiro enquanto a cidade do Rio era
distrito federal. Além disso temos próximo a praça da
Cantareira onde os estudantes da UFF se encontram toda
quinta e sexta para tomar uma cerveja e jogar papo pro ar.
Procurem saber, afinal, isso é um Manual do Calouro escrito
por seus veteranos, que não são historiadores ou guias
turísticos.
Lembrem-se que a cidade também é o seu espaço e que a
universidade ocupa grande parte do espaço e do dinheiro e
como troca temos que dar algum respaldo não só como
profissionais que seremos, mas também como estudantes e
como instituição.
Desvendem Niterói e façam dela a sua casa.
Arquitetura & Urbanismo
“Arquitetura é música congelada”, disse uma vez certo
filósofo alemão(não, não foi Goethe). Ela tem ritmos, conta
histórias e causa sensações únicas. A idéia de composição
musical está muito próxima da arquitetônica. Tanto em
uma quanto na outra, obtemos infinitas configurações se
utilizando dos mesmos materiais ou notas alterando sua
construção, ritmo e ordem. Familiarizem-se com essa idéia
lúdica de Arquitetura!
Arquitetura e Urbanismo abrange muito mais do que uma
única pessoa pode entender do mundo até a cabeça do
indivíduo. Temos que associar o social ao individual e aos
próprios anseios. Temos que associar a arquitetura ao
paisagismo que está ligado ao entorno que por sua vez
deve ser harmônico com o urbano e o patrimônio cultural.
Fazer arquitetura sem entender tudo que a envolve é como
conversar sozinho, é como completar um desenho sem ver
o que foi feito antes. O arquiteto é acima de tudo, um
transformador. E deve se preocupar em modificar não só o
espaço, mas a sociedade.
Se for pra escrever tudo que a arquitetura engloba vocês
não leriam e acabaria com nosso dinheiro em cópias, então
chega.
Movimento Estudantil
Pois é calouros, vocês saíram de casa, aterrizaram em uma
universidade pública, e talvez de todas as surpresas e
novidades que encontraram nessa nova vida, a mais
curiosa seja reconhecer o que significa esse tal “Movimento
Estudantil”, fora das romantizações da época de seus pais
ou da criminalização imposta pela televisão. A princípio é
difícil mesmo entender essa galera que sacrifica as poucas
horas livres de sua vida acadêmica por um trabalho tão
pouco compreendido ou tão julgado.
O movimento estudantil é um movimento social, que como
tal se dedica à construção de um projeto de sociedade
melhor, atuando principalmente na luta pela educação de
qualidade. Entende-se por “qualidade” a educação
formadona educação de cidadãos conscientes, com
capacidade de senso crítico. Nessa luta entram todos os
aspectos envolvidos , desde um programa de ensino
comprometido com a formação cidadã até a reivindicação
dos direitos estudantis como a gratuidade do ensino, taxas
de transporte público justas, moradia estudantil, entre
outras coisas.
As entidades representativas estudantis se organizam em
diferentes esferas, existem os Centros e Diretórios
Acadêmicos (CAs e Das), que atuam em cada curso e são o
elo mais próximo do estudante com o departamento do
curso ou direção da faculdade, o Diretório Central do
Estudante(DCE), que atua em âmbito da Universidade
conglomerando todos os Cursos e Faculdades desta, e
existem as executivas de curso, como a FeNEA (Federação
Nacional dos Estudantes de Arquitetura ), que são as
entidades representativas de cada área em âmbito
nacional, uma para cada curso.
Pois é, apesar de toda essa explicação, ainda vamos ver
muita gente
não entendendo que uma ocupação de reitoria, uma
paralisação no trânsito de uma cidade ou uma palestra no
fim do horário de aula promovida por um CA ou pelo DCE
possuem a mesma finalidade, a defesa por uma educação
de qualidade e por definição de horizontes melhores para
nossa sociedade.
É claro que no Movimento Estudantil iremos nos deparar
com muitas coisas que não entendemos, como disputas
políticas segregadoras, correntes afins se degladiando em
uma falta de diálogo permanente, ou às vezes a simples
imobilidade pelo fato de ser um trabalho exaustivo, não
remunerado e nem um pouco reconhecido. Mas felizmente
ainda mais incompreensível e mágica é essa paixão que
inflama quem é tocado por ela não lhe permite agir mais
em conformidade com a injustiça ou o egoísmo do mundo,
essa galera que ostenta bandeiras de ideais maiores que
elas mesmas, que luta para garantir que o uso das
palavras, liberdade e a igualdade seja banida do pântano
enganoso das bocas, até que se torne algo vivo e
transparente como o fogo ou um rio e que sua morada seja
sempre o coração do homem.
Não estamos dizendo que todos devem participar
necessariamente de um movimento social, mas romper a
inércia e entender porque essas coisas existem é dever de
todos, pois responsabilidade social ao menos devia ser um
instinto do ser humano como ser coletivo que somos, pois
como está escrito na parede do CACAU – UFJF: “quem não
se movimenta, não sente as jaulas que o prendem”.
Ensino – Pesquisa –
Extensão
Então calourada, o ensino universitário é mesmo um pouco
diferente do que estávamos habituados. A formação no
ensino superior depende muito mais de você do que antes.
Costumamos dizer que o meio acadêmico universitário é
um tripé, no qual os três aspectos envolvidos são: ensino,
pesquisa e extensão; especialmente nas Universidades
Federais, onde ainda existe liberdade de pesquisa e uma
extensão que volta e outra traz um retorno para a
comunidade. Lembrem-se que, de todas as lições, essa
nunca devemos esquecer: na formação, o ensino é
indissociável da prática, e que estamos em uma instituição
pública de ensino, que por definição é sustentada pela
sociedade, e feita para servir à mesma e proporcionar um
retorno. Participe de um projeto de extensão, de pesquisa,
de uma monitoria. Aproveite a Universidade Pública, ela
ainda é sua!
Extensão
A Extensão é - entendida como uma das funções básicas da
Universidade - a interação sistematizada desta com a
comunidade, visando contribuir para o desenvolvimento e
buscar conhecimentos e experiências para avaliação e
vitalização do ensino e da pesquisa. São consideradas
atividades de extensão quaisquer tipos de atividades que
envolvam, mesmo que parcialmente, consultorias,
simpósios, acessorias, cursos, conferências, seminários,
debates, palestras, atividades assistenciais, artísticas,
esportivas, culturais e outras afins, propostas individual ou
coletivamente, realizadas na Universidade ou fora dela.
EMAU – EMPAZ
O Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo é uma
forma de extensão de gestão estudantil. O EMAU é uma
instituição sem fins lucrativos que trabalha com pessoas,
comunidades e instituições que não tem acesso à
Arquitetura. Talvez essa seja uma das melhores
ferramentas do estudante para dar um respaldo da
universidade para a sociedade. O EMAU da UFF é o EMPAZ,
que já tem nove anos de funcionamento. Para participar do
EMPAZ, basta querer e se comprometer, aliás, como com
quase tudo que listamos nesse manual.
Pesquisa
A Iniciação Científica é um instrumento que permite
introduzir os estudantes de graduação, potencialmente
mais promissores, na pesquisa científica. É a possibilidade
de colocar o aluno desde cedo em contato direto com a
atividade científica e engajá-lo na pesquisa. Nesta
perspectiva, a Iniciação Científica caracteriza-se como
instrumento de apoio teórico e metodológico à realização
de um projeto de pesquisa e constitui um canal adequado
de auxílio para a formação de uma nova mentalidade no
aluno. Em síntese, a Iniciação Científica pode ser definida
como instrumento de formação.
FeNEA
Pois então, já falamos do DACA, do que é o Movimento
Estudantil e agora vamos falar da nossa Executiva de
Curso, que atualmente é a maior ferramenta para que a
voz do estudante de arquitetura reverbere pelo Brasil
inteiro.
A FeNEA (Federação Nacional dos Estudantes de
Arquitetura e Urbanismo do Brasil) é uma entidade civil
pública sem fins lucrativos, sem filiação partidária, livre e
independente de órgãos públicos e privados, que hoje
congrega mais de 50.000 estudantes de graduação em
Arquitetura e Urbanismo, de mais de 170 instituições de
ensino superior, e os representa perante órgãos
governamentais e entidades de área. Como o Movimento
Estudantil em geral, a FeNEA se compromete em seu
estatuto que seus objetivos principais são:
- Representar os interesses dos estudantes de Arquitetura
e Urbanismo e lutar por um ensino de qualidade, através
de uma discussão participativa e democrática.
- Congregar e ampliar a participação dos estudantes
enquanto cidadãos e futuros profissionais, na busca de uma
formação criativa, inovadora, solidária, coletiva, humana e
comprometida com questões político-sociais.
Então, a FeNEA é a união de todos os estudantes de
Arquitetura e Urbanismo do país, a coordenação local da
FeNEA é o CA ou DA, e segundo o seu estatuto, faz parte da
FeNEA todo estudante regularmente matriculado em um
curso de Arquitetura e Urbanismo em todo território
nacional, ou seja, bem vindo à FeNEA!
A Federação se divide em 6 regionais: Sul, Centro, São
Paulo, Nordeste, Norte e finalmente a Leste, da qual
fazemos parte (Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas
Gerais, exceto o Triângulo Mineiro). Articula-se através dos
conselhos regionais e nacionais que acontecem
regularmente no decorrrer do ano, possui vários projetos
como o SeRES (Seminário Regional de Ensino), o SeNEMAU
(Seminário Nacional dos Escritórios Modelo de Arquitetura e
Urbanismo) e os Encontros que são o maior projeto da
Federação, e anualmente acontece um EREA (Encontro
Regional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo) por
regional, um ENEA (Nacional) e um ELEA (Latino-
Americano) por ano.
www.fenea.org
O Encontro de nossa regional, a Leste, já aconteceu
este ano, no Rio de Janeiro. O Nacional aconteceu em
Uberlândia, e o ELEA será neste semestre, em Brasília,
se preparem! Diretório Acadêmico
Que venham os encontros e que participemos de
todos que pudermos!

O Diretório é a entidade representativa estudantil que atua

em âmbito de curso, a entidade mais próxima do estudante
e que possibilita esse vínculo do estudante do curso com as
outras esferas do movimento estudantil, como outros CAs e
Das, o DCE, a executiva de curso (a nossa, a FeNEA) assim
como a ligação mais próxima da relação estudante e
departamentos da Escola.

Na EAU-UFF temos o DACA (Diretório ACadêmico de

Arquitetura e urbanismo). O DA é mais que uma sala onde
as pessoas se reúnem entre as aulas, ele deve se fazer
representar perante os outros órgãos da Faculdade e da
Universidade. Isso inclui a participação em eventos
acadêmicos e a organização dos mesmos. Esta participação
cabe somente a nós que estudamos e vivemos a Escola,
portanto não espere ser representado pelo o que vocês
próprios não representam. Participem e vamos viver as
mudanças. O DACA se esforça para participar ativamente
dos debates estudantis em voga, além de representar a
escola em discussões com outras Faculdades de
Arquitetura e Urbanismo, mas ele anda mal das pernas.
Hoje nossa Escola tem mais de quatrocentos alunos e ainda
assim que não foi possível mobilizar um contingente para
eleição de representantes de diretório, mas o DACA é
totalmente aberto a sua participação, pois se você é
estudante da Arquitetura da UFF, você tem direito a voz e
voto em qualquer deliberação do seu Diretório Acadêmico.
O funcionamento do atual diretório é de autogestão, ou
seja, não temos figuras representativas, tendo como único
meio de deliberação as assembléias, sendo um dever de
todo estudante comparecer a elas.
Sendo assim quem quiser tem o poder de ação na escola,
basta divulgar uma reunião com uma semana de
antecedência e passar por aprovação nessa. Em um
planejamento de 2007, indicamos 5 campos de atuação
dentro do nosso Diretório, atuando de forma horizontal
(sem hierarquia alguma):
Relações Internas/Externas
- Cuida das relações com a Faculdade e a Executiva de
Curso
Gerenciamento de projetos e de Espaço físico
- Gerencia projetos de melhoria e cuida da manutenção do
espaço do diretório e também do resto da Escola
Tesouraria
- Cuida das finanças e presta contas
Atividades
- Promove atividades acadêmicas e de lazer
Documentação e Informação
- Cuida dos documentos e mantém os estudantes
informados acerca de eventos relacionados aos interesses
da EAU
Cada diretoria atua em uma área distinta, mas nenhuma
tem autonomia para ações isoladas, pois quaisquer
decisões são deliberadas em uma assembléia ou em
reuniões na qual todos os estudantes da EAU têm voz e
voto universal.
Então, agora que você já conhece o seu Diretório
Acadêmico, participe dele e viva o que ele representa!
www.dacauff.wordpress.com
Salada de Siglas
UFF – Universidade Federal Fluminense
PROAC – Pró-reitoria de Assuntos Acadêmicos
TAR – Departamento de Arquitetura (não entenda,
aceite)
TUR – Departamento de Urbanismo (preciso repetir?)
DNA - DeoxyriboNucleic Acid
CTC – Centro Tecnológico
TFG – Trabalho Final de Graduação
UNE – União Nacional dos Estudantes
OVNI – Objeto Voador Não Identificado
DACA – Diretório ACadêmico de Arquitetura e
Urbanismo(não entenda, aceite[3])
FeNEA – Federação Nacional dos Estudantes de
Arquitetura
DDI – Diretoria de Documentação e Informação
EREA – Encontro Regional dos Estudantes de
Arquitetura
ENEA – Encontro Nacional dos Estudantes de
Arquitetura
ELEA – Encuentro Latino de los Estudiantes de
Arquitectura
COREA – Conselho Regional dos Estudantes de
Arquitetura
CONEA – Conselho Nacional dos Estudantes de
Arquitetura
CONFEA – CONselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia
CREA – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia
CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo
ABEA – Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura
ASBEA – Associação Brasileira de Escritórios de
Arquitetura
FNA – Federação Nacional dos Arquitetos
Informações Gerais
- Quinta-feira é dia de Pizzada, de Cantareira e de reunião
do DACA(não necessariamente nesta ordem).
- O DACA é gente e também tem Orkut.
- Estilete e prancheta juntos, não é legal. Aprenda a cortar
papel manteiga com linha com o Paulo.
- Pra que dormir se a gente pisca?
- Formação não é só em sala de aula, fique atento aos
projetos de extensão e pesquisa, semanas acadêmicas,
encontros e palestras fora de hora.
- Aproveite as conversas nos bares, pois é onde aflora a
criatividade dos arquitetos. Ninguém busca inspiração no
plástico verde da prancheta!
- Você tem o campus mais bonito da UFF, conserve-o
limpo!
- Vá ao DACA pelo menos uma vez por dia para se informar.
- Atenção! Se vocês não forem às reuniões e nos conselhos
da FeNEA, decidiremos por você e os representaremos.
Será como se você tivesse decidido por algo sem saber.
Compareça, você tem voz e voto!