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(8-1)
Uma força que não é conservativa é chamada de força não conservativa. A força cinética de
atrito e a força de arrasto são forças não conservativas. Por exemplo, se fizermos deslizar um
bloco sobre um piso que cause atrito, durante o deslizamento, uma força cinética de atrito
causada pelo piso diminui a velocidade do bloco, transferindo energia de sua energia cinética para
u determinado tipo de energia chamada de energia térmica (relacionada ao movimento aleatório
dos átomos e das moléculas). Sabemos por experiência que esta transferência de energia não
pode ser revertida (energia térmica não pode ser transformada de volta em energia cinética do
bloco pela força cinética de atrito). Assim, embora tenhamos um sistema (bloco – piso), uma força
que atua entre as partes do sistema e uma transferência de energia causada por uma força; a
força não é conservativa. Portanto a energia térmica não é uma energia potencial.
O teste primário para descobrir se uma força é conservativa ou não é este: Deixe a força atuar ao
longo de qualquer caminho fechado, começando em alguma posição inicial e retornando a ela, de
maneira que o objeto completo uma volta. A força será conservativa somente se a energia total
que ela transfere do e para o objeto durante o deslocamento desse e de qualquer outro caminho
fechado for igual a zero. Ou seja:
Sabemos por experiência que a força gravitacional passa no teste do caminho fechado. No
exemplo do tomate, ele deixa a posição de lançamento com uma velocidade v0 e energia cinética
(½) m v0 2. Assim, a força gravitacional transfere tanta energia do tomate durante a ascensão
quanto para o tomate durante a queda de volta à posição de lançamento. O trabalho resultante
feito sobre o tomate pela força gravitacional durante o caminho fechado de ida e volta é zero.
Uma importante consequência do teste do caminho fechado é:
O trabalho feito por uma força conservativa sobre uma partícula que se
desloca entre dois pontos não depende do caminho tomado pela
partícula.
Por exemplo, suponha que uma partícula move-se de um ponto a para um ponto b, tanto pelo
caminho 1 como pelo caminho 2. Se somente uma força conservativa atua sobre a partícula,
então o trabalho feito sobre a partícula é o mesmo ao longo dos dois caminhos.
Wab,1 = Wab,2 (8 - 2)
Onde os subscritos ab indicam os pontos inicial e o final, respectivamente, e os subscritos 1 e 2, o
caminho percorrido.
Este resultado é poderoso por que ele nos permite simplificar problemas difíceis quando uma
força conservativa nele está envolvida. Suponha que você precise determinar o trabalho realizado
por uma força conservativa ao longo de um caminho entre dois pontos e o cálculo seja difícil ou
até mesmo impossível sem informações adicionais. Como solução você pode determinar o
trabalho utilizando um outro caminho qualquer entre os dois pontos no qual o cálculo seja fácil e
possível.
Considere uma partícula – objeto que seja parte de um sistema no qual uma força conservativa
⃗
F nele atue. Quando essa força realiza um trabalho W sobre o objeto, a variação de energia
potencial ΔU associada ao sistema é igual ao trabalho sobre ele realizado com valor negativo. Já
escrevemos esse fato através da Eq. 8 – 1 ( ΔU = - W). Para um caso mais geral no qual a força
pode variar com a posição, podemos escrever o trabalho W como:
(8-5)
Esta equação calcula o trabalho realizado por uma força quando um objeto move-se de um ponto
xi para um ponto xf, mudando a configuração de um sistema (uma vez que a força é conservativa,
o trabalho é o mesmo para qualquer caminho entre esses dois pontos).
Substituindo Eq. 8-5 na Eq. 8-1, determinamos que a variação de energia potencial devido a
mudança de configuração é em notação geral: