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ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
TOLEDO
2014
ANDRESSA SAYURI YAMANAKA
TOLEDO
2014
ANDRESSA SAYURI YAMANAKA
COMISSÃO EXAMINADORA
À Jéssica Dal Piva que se manteve ao meu lado nos melhores e nos piores
momentos até agora.
Aos amigos que compreenderam a minha ausência enquanto tentava concluir meu
trabalho de conclusão de curso e não me abandonaram.
(DALAI LAMA)
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA ...................................................................... 12
1.2 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA .................................................................... 13
1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 14
1.3.1 Geral ................................................................................................................ 14
1.3.2 Específicos ..................................................................................................... 14
1.4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 14
1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ....................................................................... 15
2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 16
2.1 LEAN MANUFACTURING................................................................................... 16
2.2 OS 7 DESPERDÍCIOS ........................................................................................ 17
2.3 MELHORIA CONTÍNUA - KAIZEN ...................................................................... 18
2.4 OEE – OVERALL EQUIPMENT EFFETIVENESS .............................................. 18
2.5 SMED – SINGLE MINUTE EXCHANGE OF DIE ................................................ 22
3 METODO DE PESQUISA ...................................................................................... 25
3.1 DESCRIÇÃO DO SETOR DE CORTE À LASER ................................................ 25
3.2 DESCRIÇÃO DA MÁQUINA DE CORTE À LASER ............................................ 27
3.3 COLETA DE DADOS .......................................................................................... 28
3.4 ANÁLISE DOS PARÂMETROS DO OEE............................................................ 30
3.5 CÁLCULO DO OEE ............................................................................................ 30
3.6 IMPLEMENTAÇÃO DA FERRAMENTA SMED .................................................. 30
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 33
4.1 ALTERAÇÕES DO PROCESSO E INFLUÊNCIA NO OEE ................................ 33
5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 35
5.1 SUGESTÕES ...................................................................................................... 35
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 36
APÊNDICE A – QUADRO DE DADOS CALCULADOS DO OEE............................ 37
APÊNDICE C – GRAFICO DA DEMONSTRAÇÃO DIÁRIA OEE ............................ 39
APÊNDICE D – GRAFICO DA DEMONSTRAÇÃO DIÁRIA DA DISPONIBILIDADE
40
APÊNDICE E – QUADRO DO CÁLCULO DA DISPONIBILIDADE ......................... 41
APÊNDICE F – QUADRO DO CÁLCULO DA PERFORMANCE ............................. 42
APÊNDICE G – QUADRO DO CÁLCULO DA QUALIDADE ................................... 43
APÊNDICE H – QUADRO DO CÁLCULO DO OEE ................................................. 44
APÊNDICE I – GRAFICO DA DEMONSTRAÇÃO DA 1ª ANÁLISE DO OEE ......... 45
APÊNDICE J – DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DA ANÁLISE DE DOS 6
CICLOS ..................................................................................................................... 46
APÊNDICE K – PRINCIPAIS ELEMENTOS PARA O SETUP ................................. 47
12
1 INTRODUÇÃO
dados para calcular o índice inicial e final. Após constatar que os problemas com
desperdício do tempo disponível eram provenientes das paradas não programadas,
para reduzir tempos de setups implementou-se a ferramenta SMED (Single Minute
Exchange of Die ou Troca Rápida de Ferramenta) que atuou principalmente na sua
terceira etapa de implementação reduzindo os tempos para setup externos.
Por fim, através do índice de produtividade global gerado pelo cálculo do OEE
foi possível gerar o parâmetro inicial para agir através de um plano de ação com a
implementação do SMED reduzindo os tempos de setup externos. Todas as ações
tiveram foco na melhoria contínua e eliminação ou redução dos principais
desperdícios baseados nos conceitos do sistema Kaizen e Toyota presentes na
lógica Lean Manufacturing.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Geral
1.3.2 Específicos
1.4 JUSTIFICATIVA
recursos disponíveis. O foco está totalmente direcionado aos clientes uma vez que é
necessário existir demanda para existir produção.
O modelo de produção enxuta permite às empresas, produzir e atender suas
demandas de acordo com as reais necessidades dos clientes, eliminando
desperdícios e otimizando os processos, não mais é necessário investir em novos
equipamentos até que utilize totalmente a capacidade atual de cada setor.
A existência das organizações está voltada a lucratividade, sendo assim,
gastar menos e produzir mais pode ser uma boa estratégia para quem deseja
alcançar os mais elevados níveis de evolução e crescimento perante o mercado
competitivo atual.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.2 OS 7 DESPERDÍCIOS
Assim, o OEE será o produto dos três coeficientes citados acima. Resultando
na fórmula:
OEE = Disponibilidade x Performace x Qualidade
A sigla SMED que significa Single Minute Exchange of Die, pode ser traduzida
pelo termo Troca Rápida de ferramentas também conhecida por TRF. Consiste em
reduzir tempos de setup para até 9:59 minutos. Daí o uso das palavras single
minute, ou seja, o método determina que todo setup deve levar menos de 10
minutos para ser realizado.
Segundo Shingo (2000), o surgimento desta ferramenta ocorreu em 1950 na
planta da Mazda da Toyo Kogyo em Hiroshima, onde a situação inicial tinha como
objetivo a busca pelo aproveitamento da capacidade das prensas existentes na
fábrica. Nesta circunstância a intenção era investir em uma nova prensa visando
maior produtividade. E de fato, um iniciou-se um estudo para solucionar a
improdutividade, a qual já era conhecida no local, tratava-se da simples falta de um
parafuso que resultava em desperdício de tempo disponível do processo.
Com isso, estruturou-se o método para aplicação da ferramenta, trazendo
resultados com base na análise dos micro-processos e tempos. Conforme Santos
(2009), nesta época foi determinado que haviam dois tipos de setups para se
considerar, o externo que corresponde as atividades realizadas com a máquina em
funcionamento e os internos que envolvem paradas de máquinas.
A figura , demonstra a estruturação final da metodologia para redução tempos
de preparação:
23
Por fim, o próprio método sugere que, não se elimina os tempos elevados na
primeira aplicação da ferramenta SMED, sendo considerada ideal nova aplicação
para ajustes e adequações de processo.
25
3 METODO DE PESQUISA
O local objeto de estudo tem como processo o corte à laser, realizado por
uma máquina importada de última geração, a qual obedece a comandos numéricos
por computador (CNC).
O valor para aquisição deste equipamento corresponde a proximadamente
1,9 milhões de reais, neste caso o objetivo da direção da empresa é ter boa
eficiência do setor com claro retorno deste investimento. A princípio, almeja-se
produzir com qualidade e em maior quantidade antes de efetuar novos
investimentos.
As atividades realizadas neste ambiente é subdivida em três equipes de 11
colaboradores que trabalham em três turnos diferentes, sendo um grupo selecionado
para atendimento, carga/descarga de matéria prima e entregas de peças,a qual atua
no horário comercial. E, outros dois grupos que atuam em turnos intercalados que
inicia às cinco horas se extendendo até as dezenove horas de segunda á sábado.
Conforme esquema de funcionamento dos turnos representados pelos Quadros 3 e
4.
26
O setor ainda tem como resultado de processo dois tipos de produtos, chapa
cortada que corresponde a peças produzidas com fornecimento de material ou
serviço de corte proveniente de processamento do material fornecido pelo cliente.
As principais etapas do processo são:
1) Recebimento de projetos e ordem de fabricação;
2) Organização do Material;
3) Programação CNC;
4) Programação dos cortes;
5) Abastecimento da mesa de corte;
6) Corte;
7) Troca de mesa.
As dificuldades encontradas neste setor são referentes à falta de
padronização dos processos que resulta no baixo aproveitamento do tempo
27
Esta máquina funciona com uma mesa para corte, e outra para pré
disposição, ou seja, enquanto está em processo, outra chapa pode ser preparada
para a sequencia da programação da produção.
Por fim, com a automação presente no equipamento é possível coletar dados
de tempos para manutenções, tempos de auto operação, laser ligado,cnc ligado,
28
corte automático e horas de período cortando, sendo estes dados para diagnósticos
de produtividade e controle de processo.
abastecimento de mesa
Ligar Chave de Troca
X
de Mesa
Verificar Perimetro de
X
chapa
Ajustar Chapa X
Inicio de Corte X
Retirada Peças da
X
mesa p/ zona branca
Abastecimento de
X
Troca de Mesa chapa (programação)
Mudar operação da
X
mesa para manual
Troca de Mesa X
Fonte: a autora, 2014.
Na primeira etapa os tempos não foram coletados devidamente, por isso, não
serão citados neste trabalho conforme colunas de T.S.I – Tempo de Setup Interno e
T.S.E – Tempo de Setup Externo. Respeitando o conceito do criador da ferramenta,
a empresa deseja aplicar novamente o SMED adaptando-se às variáveis
encontradas até o momento, buscando maior redução de tempos de setup externos,
desta vez com crono-análise e filmagens dos processos.
A ênfase para solucionar o problema de baixos níveis detectados na
disponibilidade, relacionou os três fatores destacados no quadro acima, como sendo
os itens mais críticos perante análise informal de tempos.
Mesmo não tendo exatamente os minutos gastos em cada atividade, utilizou-
se da adaptação de algumas etapas do processo com o objetivo de pré dispor
ferramentas e matéria prima, bem como manter uma programação de cortes definida
e com informações claras sobre sequencia de produção.
Por tanto, ficou definido os principais elementos a serem observados e pré-
dispostos em etapas de pré-setup, setup e pós-setup conforme apêndice K. Esta
ferramente deverá ser melhor configurada durante a nova aplicação, para obtenção
de todos os dados necessários e melhoramento das etapas do último apêndice.
33
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5 CONCLUSÕES
5.1 SUGESTÕES
REFERÊNCIAS
IMAI, Masaaki. Kaizen: a estratégia para o mercado competitivo. 6. ed. São Paulo:
IMAM, 2005. 235 p.
______. Kaizen: a estratégia para o sucesso competitivo. 7. ed. São Paulo: IMAM,
2011. xxiv, 235 p.
30% 30%
20%
18%
10%
0%
40
Performance
Amostra Data
Peças Programadas Peças Cortadas Coeficiente Performance
1 18/set 881 698 0,79
2 22/set 1226 1117 0,91
3 23/set 683 615 0,90
4 24/set 698 572 0,82
5 25/set 1566 1478 0,94
6 26/set 932 839 0,90
7 27/set 556 482 0,87
8 29/set 604 481 0,80
9 30/set 1072 902 0,84
10 01/out 1184 1109 0,94
11 02/out 961 811 0,84
12 04/out 1326 1208 0,91
13 06/out 536 441 0,82
14 07/out 912 831 0,91
15 08/out 422 299 0,71
16 09/out 542 494 0,91
17 10/out 709 647 0,91
18 11/out 298 188 0,63
19 14/out 571 450 0,79
20 15/out 680 619 0,91
21 16/out 748 657 0,88
22 17/out 958 802 0,84
23 18/out 1085 987 0,91
24 20/out 478 359 0,75
25 21/out 711 634 0,89
26 22/out 489 402 0,82
27 23/out 569 467 0,82
28 24/out 951 853 0,90
29 25/out 749 663 0,89
30 27/out 687 644 0,94
31 28/out 635 504 0,79
32 29/out 640 530 0,83
33 30/out 528 512 0,97
34 31/out 1718 1584 0,92
35 01/nov 1154 1119 0,97
36 03/nov 1168 1125 0,96
43
Qualidade
Amostra Data
Peças Cortadas Peças Boas Coeficiente Qualidade
1 18/set 698 693 0,99
2 22/set 1117 1117 1,00
3 23/set 615 615 1,00
4 24/set 572 572 1,00
5 25/set 1478 1474 1,00
6 26/set 839 838 1,00
7 27/set 482 482 1,00
8 29/set 481 478 0,99
9 30/set 902 902 1,00
10 01/out 1109 1109 1,00
11 02/out 811 810 1,00
12 04/out 1208 1208 1,00
13 06/out 441 441 1,00
14 07/out 831 817 0,98
15 08/out 299 299 1,00
16 09/out 494 493 1,00
17 10/out 647 647 1,00
18 11/out 188 188 1,00
19 14/out 450 450 1,00
20 15/out 619 619 1,00
21 16/out 657 657 1,00
22 17/out 802 797 0,99
23 18/out 987 986 1,00
24 20/out 359 359 1,00
25 21/out 634 634 1,00
26 22/out 402 401 1,00
27 23/out 467 466 1,00
28 24/out 853 853 1,00
29 25/out 663 661 1,00
30 27/out 644 640 0,99
31 28/out 504 503 1,00
32 29/out 530 529 1,00
33 30/out 512 509 0,99
34 31/out 1584 1582 1,00
35 01/nov 1119 1119 1,00
36 03/nov 1125 1125 1,00
44
35% 37%
28%
25%
01/out
02/out
03/out
04/out
05/out
06/out
07/out
08/out
09/out
10/out
11/out
12/out
13/out
14/out
18/set
19/set
20/set
21/set
22/set
23/set
24/set
25/set
26/set
27/set
28/set
29/set
30/set
46
PRÉ SETUP
1º O material para corte está na área do pré corte?
2º A chapa ou Retalho estão em boas condições?
3º O programa de corte já está conferido?
4º O Transportador de Chapas está no local?
5º O percurso que o material irá percorrer está livre?
6º A mesa já está livre?
7º O quadro de cortes está preenchido?
8º A programação de cortes está igual a sequencia de
chapas no pré corte?
SETUP
Aguarde a mesa parar totalmente a movimentação
Remova peças cortadas
Remova retalhos
Verifique se não restaram peças ou pedaços de chapas
nas bordas da mesa
Erguer as hastes para sustentação de chapas
Carregar a chapa programada
Abaixar as hastes de sustentação de chapas
PÓS SETUP
Levar os retalhos té o local adequado
Separar, identificar, organizar, baixar e verificar peças
cortadas
Conferir a sequencia da programação