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A cor como elemento que faz parte da história da humanidade, e consequentemente inerente ao que
rodeia o homem e com o qual este interage, é alvo de múltiplas atribuições de significados, desde
estéticos, simbólicos e expressivos, que estão não só relacionadas com a cultura, mas também com o
desenvolvimento intelectual de cada um.
A aplicação da cor na arquitectura, não pode portanto ser um acto inconsciente e despreocupado, mas
sim ciente de que este elemento e a sua manipulação correcta é imprescindível, podendo alterar a
leitura que fazemos de um determinado espaço.
Neste âmbito, a cromoterapia (através de LED), associada ao bloco de vidro gerido através de software
e hardware, possibilita ao utilizador uma selecção da cor desejada para um determinado espaço, de
acordo com o estado de espírito e necessidades do momento. A relação entre pintura, arquitectura e
cromoterapia é fortalecida pelo elemento comum que é a cor, mas que em muitos casos não é
percepcionada por todos de igual forma. Através do bloco CALB, destinado também a grupos
minoritários como invisuais e daltónicos, é possível homogeneizar e tornar a percepção de um
determinado espaço mais aproximada da realidade.
O homem, na sua passagem do nomadismo para o sedentarismo, tendo assim uma habitação
permanente, necessita de ajustar o espaço que habita às suas necessidades, uma vez que o ser humano
está em permanente evolução, também os seus desejos e ambições divergem ao longo do tempo.
Estas novas necessidades, fruto de formas diferentes de viver e se relacionar com o meio ambiente,
exigem soluções inovadoras para os espaços utilizados pelo homem. Soluções essas, que, muitas vezes,
exigem materiais com novas formas e/ou tenham comportamento diferente frente às acções
mecânicas, climáticas, e espaciais.
Desta forma, torna-se cada vez mais importante, que a casa se ajuste às intenções do utilizador,
permitindo-lhe uma flexibilidade de opções, sem nunca esquecer que o homem se relaciona em
sociedade, e como tal existem diferenças físicas claras entre os cidadãos, que embora pareçam
irrelevantes, representam barreiras arquitectónicas na leitura que fazemos do espaço que nos rodeia.
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