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15/ Em 14 de março, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) comunicou que revisaria as tarifas de energia elétrica de todas
as distribuidoras, retirando a parcela do Encargo de Energia de Reserva (EER) correspondente à usina de Angra III, e devolvendo
os valores arrecadados com essa finalidade desde os respectivos reajustes em 2016. Dessa forma, a devolução desses valores,
que ocorreria ao longo dos doze meses posteriores às datas de reajuste de cada empresa, seria antecipada e concentrada em
uma única parcela, provavelmente em abril. De acordo com o comunicado, a matéria seria deliberada na reunião pública da
Diretoria da Aneel, em 28 de março.
Tabela 2.4 – Projeções no Copom de fevereiro e atuais - Na comparação com as projeções da reunião do
Cenário com taxa de juros e câmbio da pesquisa Focus Copom de fevereiro, os principais fatores
responsáveis pela queda na projeção para 2017
Período Copom de fevereiro RI de Março foram a inflação efetiva menor do que a esperada
2017 I 4,8 4,6 em fevereiro, a trajetória das expectativas de
2017 II 3,9 3,9 inflação e fatores ligados ao setor externo, como a
2017 III 3,4 3,4 taxa de câmbio. Esses elementos mais do que
2017 IV 4,2 4,0 compensaram revisões para cima das projeções de
2018 I 4,6 4,4 curto prazo. Para 2018, os fatores desinflacionários
2018 II 4,5 4,2 advindos da menor inércia vinda de 2017 e do setor
2018 III 4,6 4,2
externo foram contrabalançados pelos efeitos
2018 IV 4,5 4,5
inflacionários da redução no swap real.
2019 I - 4,6
Tabela 2.7 – Projeção de inflação com taxas de juros e No âmbito externo, o cenário ainda é bastante
câmbio constantes
incerto. Entretanto, até o momento, a atividade
Projeção central e intervalos de probabilidade
econômica global mais forte e o consequente
50% impacto positivo nos preços de commodities têm
Período 30% mitigado os efeitos sobre a economia brasileira de
10% revisões de política econômica em algumas
Central
economias centrais, notadamente nos EUA. Há,
2017 1 4,6 4,6 4,6 4,6 4,6 4,6 4,6 também, incerteza sobre a sustentabilidade do
2017 2 3,5 3,7 3,8 3,9 4,0 4,1 4,3 crescimento econômico global e sobre a
2017 3 2,7 3,0 3,2 3,3 3,4 3,6 3,9 manutenção dos níveis correntes de preços de
2017 4 2,8 3,2 3,5 3,6 3,7 4,0 4,4
commodities.
2018 1 3,0 3,4 3,7 3,9 4,1 4,4 4,8
2018 2 2,4 2,9 3,2 3,4 3,6 3,9 4,4
2018 3 2,2 2,7 3,0 3,2 3,4 3,7 4,2
Expectativas de inflação apuradas pela pesquisa
2018 4 2,3 2,8 3,1 3,3 3,5 3,8 4,3 Focus encontram-se em torno de 4,1% para 2017 e
2019 1 2,3 2,8 3,1 3,3 3,5 3,8 4,3 em torno da meta de 4,5% para 2018. Para 2019 e
Obs.: inflação medida pelo IPCA, acumulada em doze meses (%)
horizontes mais distantes, essas medidas
encontram-se ligeiramente abaixo de 4,5%,
possivelmente refletindo expectativas sobre
Tabela 2.8 – Projeção da inflação no cenário com câmbio definição das metas para a inflação no futuro.
da pesquisa Focus e taxa de juros constante
Projeção central e intervalos de probabilidade
A inflação continua a apresentar dinâmica
50% favorável, com menor persistência no processo
Período 30% inflacionário. Aprofundou-se o processo de difusão
10% na desinflação e houve consolidação da desinflação
Central
nos componentes mais sensíveis ao ciclo
2017 1 4,6 4,6 4,6 4,6 4,6 4,6 4,6 econômico e à política monetária.
2017 2 3,5 3,7 3,8 3,9 4,0 4,1 4,3
2017 3 2,7 3,0 3,2 3,3 3,4 3,6 3,9
Em sua reunião em fevereiro (205ª Reunião), o
2017 4 2,9 3,3 3,6 3,7 3,8 4,1 4,5
Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da
2018 1 3,1 3,5 3,8 4,0 4,2 4,5 4,9
2018 2 2,6 3,1 3,4 3,6 3,8 4,1 4,6
taxa básica de juros para 12,25% a.a. sem viés. Na
2018 3 2,4 2,9 3,2 3,4 3,6 3,9 4,4 ocasião, o Comitê ressaltou que seu cenário básico
2018 4 2,5 3,0 3,3 3,5 3,7 4,0 4,5 para a inflação apresentava riscos em ambas as
2019 1 2,5 3,0 3,3 3,5 3,7 4,0 4,5 direções: (i) o alto grau de incerteza no cenário
Obs.: inflação medida pelo IPCA, acumulada em doze meses (%) externo poderia dificultar o processo de
desinflação; (ii) o choque de oferta favorável nos
preços de alimentos poderia produzir efeitos
secundários e, portanto, contribuir para quedas
adicionais das expectativas de inflação e da
inflação em outros setores da economia; e (iii) a
recuperação da economia poderia ser mais (ou
menos) demorada e gradual do que a antecipada. O
Comitê destacou ainda a importância da aprovação
e implementação das reformas, notadamente as de
natureza fiscal, e de ajustes na economia brasileira
para a sustentabilidade da desinflação e para a
redução de sua taxa de juros estrutural.