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PROBLEMAS RESOLVIDOS DE FÍSICA

Prof. Anderson Coser Gaudio


Departamento de Física – Centro de Ciências Exatas – Universidade Federal do Espírito Santo
http://www.cce.ufes.br/anderson
anderson@npd.ufes.br Última atualização: 28/11/2006 11:36 H

12 - Ondas Sonoras

Fundamentos de Física 2 Física 2 Física 2


Halliday, Resnick, Walker Resnick, Halliday, Krane Resnick, Halliday, Krane
4ª Edição, LTC, 1996 4ª Edição, LTC, 1996 5ª Edição, LTC, 2003
Cap. 18 - Ondas II Cap. 20 - Ondas Cap. 19 - Ondas
Sonoras Sonoras

Prof. Anderson (Itacaré, BA - Fev/2006)


Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES

HALLIDAY, RESNICK, WALKER, FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996.

FUNDAMENTOS DE FÍSICA 2

CAPÍTULO 18 - ONDAS II

EXERCÍCIOS E PROBLEMAS

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
101

[Início documento]

08. A velocidade do som em um certo metal é V. Em uma extremidade de um longo tubo deste
metal, de comprimento L, se produz um som. Um ouvinte do outro lado do tubo ouve dois sons,
um da onda que se propaga pelo tubo e outro da que se propaga pelo ar. (a) Se v é a velocidade
do som no ar, que intervalo de tempo t ocorre entre os dois sons? (b) Supondo que t = 1,00 s e
que o metal é o ferro, encontre o comprimento L.
(Pág. 157)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
L

vmet

var
(a) O ouvinte ouve dois sons devido à propagação do barulho metálico através do ar var e do metal
vmet. O tempo decorrido para o som percorrer a distância L através do ar (tar) é:
L
tar =
var
O tempo decorrido para o som percorrer a distância L através da barra metálica (tmet) é:
L
tmet =
vmet
O intervalo de tempo entre os dois sons vale:
Δt = tar − tmet

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a
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⎛ 1 1 ⎞
Δt = L ⎜ − ⎟
⎝ var vmet ⎠
(b) Se Δt = 1,00 s, o comprimento da barra será de:

L=
Δt
=
(1, 00 s ) = 364, 016 m
1 1 1 1
− −
var vmet ( 343 m/s ) ( 5.941 m/s )
L ≈ 364 m

[Início seção] [Início documento]

11. Uma pedra é jogada num poço. O som da pedra se chocando com a água é ouvido 3,0 s depois.
Qual é a profundidade do poço?
(Pág. 158)
Solução.
Considere o esquema abaixo:
y
H

vs

0
O tempo t para ouvir o som do impacto após o lançamento corresponde à soma do tempo de queda
livre da pedra tq e do tempo que o som leva para subir do fundo do poço até o ouvido do observador
ts.
t = tq + ts (1)
O tempo de queda livre da pedra é obtido por meio da análise do movimento acelerado da pedra:
1
y − y0 = v y 0t − gt 2
2
1
0 − H = 0.tq − gtq2
2
2H
tq = (2)
g
O som sobe o poço com velocidade constante, que é a velocidade do som no ar vs:
y = y0 + vt
H = 0 + vs ts
H
ts = (3)
vs
Substituindo-se (2) em (1):
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a
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2H H
t= +
g vs
2 1
H + H −t = 0
g vs
Chamando-se H = h e H = h2, teremos:
1 2 2
h + h−t = 0
vs g
1 2
h2 + h − ( 3, 00 s ) = 0
( 343 m/s ) ( 9,81 m/s 2 )
Resolvendo-se a equação do segundo grau:
h1 = −161, 254 m1/2
h2 = 6,3812 m1/2
A resposta coerente é obtida com h = h2:

( )
2
H = h22 = 6,3812 m1/2 = 40, 7202 m
H ≈ 40, 7 m
Obs.: O uso de h1 resultaria em H ≈ 26 km, o que seria um absurdo devido ao curto tempo gasto
para ouvir o som, que foi de 3,00 s. Outra coisa: o tempo ts ≈ 0,12 s representa cerca de 4%
do tempo total t.

[Início seção] [Início documento]

17. (a) Uma onda senoidal longitudinal contínua é enviada através de determinada mola, por meio
de uma fonte oscilante conectada a ela. A freqüência da fonte é de 25 Hz e a distância entre
pontos sucessivos da máxima expansão da mola é de 24 cm. Encontre a velocidade com que a
onda se propaga na mola. (b) Se o deslocamento longitudinal máximo de uma partícula na mola
é de 0,30 cm e a onda se move no sentido −x, escreva a equação da onda. Considere a fonte em
x = 0 e o deslocamento nulo em x = 0 quando t = 0 também é zero.
(Pág. 158)
Solução.
(a) A velocidade de propagação da onda vale:
(
v = λ f = ( 0, 24 m ) 25 s −1 )
v = 6, 0 m/s
(b) Uma onda longitudinal, s(x,t), que se propaga no sentido negativo de x possui a seguinte equação:
s( x ,t ) = sm sen ( kx + ωt + φ )
A amplitude sm foi dada no enunciado (0,30 cm). O número de onda angular k vale:
2π 2π
k= = = 0, 2617 rad/cm ≈ 0, 26 rad/cm
λ ( 24 cm )
A freqüência angular ω vale:

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a
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ω = 2π f = 2π ( 25 s −1 ) = 157, 07 rad/s ≈ 160 rad/s


O enunciado diz que em x = 0 e t = 0, s(0,0) = 0. Para que isso ocorra, devemos ter:
s(0,0) = sm sen ( k 0 + ω 0 + φ )
0 = sm sen (φ )
sen φ = 0
Ou seja, φ = nπ, n = 0, 1, 2, etc. Tomando-se n =0, φ = 0. Logo:
s( x ,t ) = ( 0,30 cm ) sen ⎡⎣( 0, 26 rad/cm ) x + (160 rad/s ) t ⎤⎦

[Início seção] [Início documento]

18. A pressão de uma onda sonora progressiva é dada pela equação


( ) (
Δp = (1,5 Pa ) sen π ⎡⎣ 1, 00 m −1 x − 330 s −1 t ⎤⎦ )
Encontre (a) a amplitude da pressão, (b) a freqüência, (c) o comprimento de onda e (d) a
velocidade da onda.
(Pág. 158)
Solução.
(a) A equação geral de uma onda de pressão é:
Δp( x ,t ) = Δpm sen ( kx − ωt + φ )
Comparando-se esta expressão com a função de onda fornecida no enunciado, vemos que a
amplitude de pressão vale:
Δpm = 1,5 Pa
(b) A comparação entre as expressões acima revela que a freqüência angular vale ω = 330π rad/s.
Logo, a freqüência vale:
ω ( 330π rad/s )
f = =
2π 2π
f = 165 Hz
(c) O comprimento de onda vale:
2π 2π
λ= =
k (
1, 00 m −1 π )
λ = 2, 00 m
(d) A velocidade de propagação da onda é:
(
v = λ f = ( 2, 00 m ) 165 s −1 )
v = 330 m/s

[Início seção] [Início documento]

19. Duas ondas sonoras, originárias de duas fontes diferentes e com a mesma freqüência, 540 Hz,
viajam à velocidade de 330 m/s. As fontes estão em fase. Qual a diferença entre as fases das
ondas em um ponto que dista 4,40 m de uma fonte e 4,00 m da outra? As ondas se propagam na
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a
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mesma direção.
(Pág. 158)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
P

d1
v d2
v

Para ondas de mesma freqüência, originadas de fontes sonoras em fase, vale a proporção:
λ Δd
=
2π φ
Onde λ é o comprimento de onda das ondas, Δd é a diferença entre as distâncias d1 e d2 medidas
entre as fontes 1 e 2 e um dado ponto P e φ é a diferença de fase entre as ondas observada no ponto
P. Logo:
2π ( d1 − d 2 ) 2π ( d1 − d 2 ) 2π f ( d1 − d 2 )
φ= = =
λ v v
f

φ=
( )
2π 540 s −1 ⎡⎣( 4, 40 m ) − ( 4, 00 m ) ⎤⎦
= 4,1126 rad
( 330 m/s )
φ ≈ 4,11 rad

[Início seção] [Início documento]

21. Na Fig. 18-25, dois alto-falantes, separados por uma distância de 2,00 m, estão em fase.
Supondo que a amplitude dos sons dos dois seja, de modo aproximado, a mesma na posição do
ouvinte, que está a 3,75 m diretamente à frente de um dos auto-falantes. (a) Para quais
freqüências audíveis (20 - 20.000 Hz) existe um sinal mínimo? (b) Para quais freqüências o som
fica ao máximo?

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a
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(Pág. 158)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
O

A B
D
(a) O som chegará com sinal mínimo ao ouvinte quando a diferença entre os percursos AO e BO for
igual a (n +1/2) λ, n = 0, 1, 2, etc.
⎛ 1⎞
d AO − d BO = ⎜ n + ⎟ λ
⎝ 2⎠
⎛ 1⎞ v
(D )
1/ 2
2
+ L2 − L = ⎜n+ ⎟
⎝ 2⎠ f
⎛ 1⎞ v
f = ⎜n+ ⎟
⎝ 2 ⎠ D 2 + L2 ( )
1/ 2
−L

⎛ 1⎞
f = ⎜ n + ⎟ 686 s −1
⎝ 2⎠
( )
Para que seja audível, a freqüência da onda no ponto O deve ser 20 Hz < f < 20 kHz. Logo:
n=0 f = 343 Hz Audível
n=1 f = 1.029 Hz Audível
... ... ...
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a
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n = 28 f = 19.551 Hz Audível
n = 29 f = 20.237 Hz Inaudível
Portanto, as freqüências audíveis são dadas por:
⎛ 1⎞
f = ⎜ n + ⎟ ( 686 s −1 ) , 0 ≤ n ≤ 28.
⎝ 2⎠
(b) O som chegará com sinal máximo ao ponto O quando:
d AO − d BO = nλ , n = 0, 1, 2, etc.

(D + L2 )
v
1/ 2
2
−L=n
f
v
f =n
(D + L )2 2 1/ 2
−L

f = n ( 686 s ) −1

Para que seja audível, a freqüência da onda no ponto O deve ser 20 Hz < f < 20 kHz. Logo:
n=0 f = 0 Hz Não há onda
n=1 f = 686 Hz Audível
... ... ...
n = 29 f = 19.894 Hz Audível
n = 30 f = 20.580 Hz Inaudível
Portanto, as freqüências audíveis são dadas por:
f = n ( 686 s −1 ) , 0 ≤ n ≤ 29.

[Início seção] [Início documento]

24. Uma onda sonora de comprimento de onda 40,0 cm entra no tubo mostrado na Fig. 18-26. Qual
deve ser o menor raio r, de modo que um mínimo seja registrado pelo detector?

(Pág. 158)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
Interferência

r
A B

2r

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O ruído será mínimo no ponto B quando o nível de interferência entre as ondas que lá chegam for
máximo, ou seja, quando as ondas que percorrem o caminho reto de A até B e as ondas que
percorrem o caminho curvo chegarem a B com diferença de fase φ igual a π. Como no ponto A as
ondas estão em fase e possuem a mesma freqüência, vale a proporção:
λ Δd
=
2π φ
Na expressão acima, λ é o comprimento de onda das ondas, Δd é a diferença entre os comprimentos
dos caminhos reto e curvo de A até B. Logo:
λ π r − 2r
=
2π π
λ
= r (π − 2 )
2

r=
λ
=
( 0, 400 m ) = 0,1751 m
2 (π − 2 ) 2 (π − 2 )
r ≈ 0,175 m

[Início seção] [Início documento]

33. Um certo alto-falante produz um som com freqüência de 2.000 Hz e uma intensidade de 0,960
mW/m2 à distância de 6,10 m. Supondo que não há reflexões e que o alto-falante emite
igualmente em todas as direções. (a) Qual é a intensidade a 30,0 m? (b) Qual a amplitude de
deslocamento a 6,10 m ? (c) Qual a amplitude de pressão a 6,10 m?
(Pág. 159)
Solução.
Considere o seguinte esquema:

(a) A intensidade sonora é definida como a potência transmitida pela onda por unidade de área da
frente de onda, que, no presente caso, é esférica. Para a onda que chega ao ponto 1 temos:
P
I1 =
4π r12
Para a onda que chega ao ponto 2:
P
I2 =
4π r22
Logo:
I 2 r12
=
I1 r22

( 6,10 m ) 0,960 mW/m2 = 0, 0396906


2
r12
2 ( )
I 2 = 2 I1 = mW/m 2
r2 ( 30 m )
I 2 ≈ 39, 7 μ W/m 2
(b) A intensidade I sonora depende do quadrado da amplitude de deslocamento sm de acordo com a
seguinte relação:

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a
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1
I1 = ρ vω 2 sm2 1
2

sm1 =
2 I1
=
2 I1
=
(
2 0,960 × 10−3 W/m 2 ) = 1, 7115 × 10−7 m
ρ vω 2 ρ v ( 2π f ) (1, 21 kg/m ) ( 343 m/s ) 2π ( 2.000 s )
2 3 −1 2

sm1 ≈ 1, 71× 10−7 m


(c) A amplitude de pressão Δpm vale:
Δpm1 = v ρω sm1 = v ρ ( 2π f ) sm1
Δpm1 = ( 343 m/s ) (1, 21 kg/m3 ) 2π ( 2.000 s −1 )(1, 7115 × 10 −7 m ) = 0,89266 Pa
Δpm1 ≈ 0,893 Pa

[Início seção] [Início documento]

38. Uma onda progride uniformemente em todas as direções, a partir de uma fonte puntiforme. (a)
Justifique a seguinte expressão para o deslocamento y do meio a qualquer distância r da fonte:
Y
y = sen k ( r − vt ) .
r
Considere a velocidade, direção de propagação, periodicidade e intensidade da onda. (b) Quais
são as dimensões da constante Y.
(Pág. 159)
Solução.
(a) No esquema abaixo, a uma distância r1 da fonte sonora F, a intensidade da onda é I1 e a área da
frente de onda é A1. Pode-se afirmar que a potência transmitida P é a mesma para cada frente de
onda.
r2

I
I2
v
I1
F y
A1
A2
r1
A

r
Logo:
P1 = P2
I 1 A1 = I 2 A2 (1)
Mas:
I = 1 / 2 ρvω 2 y m2 (2)
Ou seja:
I ∝ y m2
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a
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Substituindo-se (2) em (1) e simplificando-se:


y m2 1 A1 = y m2 2 A2
y m2 1 4πr12 = y m2 2 4πr22
y m2 1 r12 = y m2 2 r22 = y m2 r 2 = Cte = Y 2
O termo constante foi arbitrariamente chamado de Y. A amplitude de deslocamento ym da onda
sonora vale:
Y
ym = (3)
r
A equação geral de uma onda sonora progressiva, em termos de deslocamento é:
y ( x ,t ) = y m sen( kx − ωt + φ )
Considerando-se que a constante de fase φ = 0 (arbitrário) e que a coordenada x é r:
y ( r ,t ) = y m sen( kr − ωt ) (4)
Multiplicando-se e dividindo-se o argumento da função seno de (4) por k, o número de onda
angular, e substituindo-se o valor de ym dado por (3):
Y
y ( r ,t ) = sen k (r − vt ) (5)
r
Em (5), foi usada a identidade v = ω/k.
(b) Como ym e r devem ter dimensão L, cuja unidade SI é o metro, a constante Y deverá ter
dimensão L2.

[Início seção] [Início documento]

41. Você está parado a uma distância D de uma fonte que emite ondas sonoras, de forma igual, em
todas as direções. Caminha 50,0 m em direção à fonte e observa que a intensidade das ondas foi
dobrada. Calcule a distância D.
(Pág. 159)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
I1 I2 = 2I1

50,0 m D2

D1
A intensidade sonora I é definida como a potência transmitida P por unidade de área da frente de
onda, que, neste problema, é esférica. A intensidade que chega ao observador 1 é:
P
I1 =
4π D12
Para a onda que chega ao observador 2:
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P
I2 =
4π D22
Logo:
I 2 D12
=
I1 D22
2 I1 D12
=
I1 ( D1 − 50 )2

2 ( D1 − 50 ) − D12 = 0
2

D12 − 200 D1 + 5000 = 0


As raízes desta equação são:
D1' = 29, 289 m
D1'' = 170, 711 m
Como D1 tem que ser maior do que 50 m:
D1 ≈ 171 m

[Início seção] [Início documento]

43. Em um teste, um jato subsônico voa a uma altitude de 100 m. A intensidade do som no solo,
quando o jato passa exatamente acima, é 150 dB. A que altitude o jato precisa voar para que o
ruído no solo não ultrapasse 120 dB, o limite da sensação dolorosa? Ignore o tempo necessário
para o som alcançar o chão.
(Pág. 159)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

r2

r1

1 2

β1 β2
O nível sonoro β é definido como:
I
β = 10 log
I0

________________________________________________________________________________________________________ 12
a
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Na equação acima, I é a intensidade sonora e I0 é o nível sonoro correspondente ao limiar da


audição humana, que é de 10−12 W/m2. Resolvendo-se para I:
I = I 010 β /10
Para β1 = 150 dB, I1 = 103 W/m2 e β2 = 120 dB, I2 = 1 W/m2. A intensidade sonora é definida como:
P
I=
4π r 2
Na equação acima, P é a potência média da fonte sonora e r é a distância da fonte onde a
intensidade é I. No ponto 1, temos:
P
I1 =
4π r12
No ponto 2:
P
I2 =
4π r22
Logo:
I 2 r12
=
I1 r22
I1
r2 = r1 = 3.162, 27 m
I2
r2 ≈ 3,16 km

[Início seção] [Início documento]

45. A Fig. 18-28 mostra um interferômetro acústico, cheio de ar, usado para demonstrar a
interferência de ondas sonoras. S é um diafragma; D é um detector de som, como nosso ouvido
ou um microfone. O comprimento SBD pode ser variado, enquanto o comprimento SAD é fixo.
Em D, a onda sonora vindo de SBD interfere com a vinda de SAD. A intensidade do som em D
tem um valor mínimo de 100 unidades em uma certa posição de B e cresce, de maneira
contínua, até um valor máximo de 900 unidades quando B é deslocado de 1,65 cm. Encontre (a)
a freqüência do som emitido pela fonte e (b) a razão que a amplitude da onda de SAD tem com a
amplitude da onda de SBD em D. (c) Como podem essas ondas terem diferentes amplitudes, se
foram originadas pela mesma fonte S?

(Pág. 159)
Solução.
A condição para que a interferência observada em D varie de destrutiva para construtiva é:

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a
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λ
2 ( d SBD − d SAD ) =
2
O membro esquerdo foi multiplicado por 2 pelo fato de ao movimentar B de uma unidade de
distância para a direita, o comprimento do caminho SBD aumenta de duas unidades.
v
2 ( d SBD − d SAD ) =
2f

f =
v
=
( 343 m/s ) = 5.196,96 Hz
4 ( d SBD − d SAD ) 4 ( 0, 0165 m )
f ≈ 5, 20 kHz
(b) Seja Imax e Imin as intensidades sonoras máxima e mínima observadas em D.
1
I max = ρ vω 2 smax
2

2
1
I min = ρ vω 2 smin
2

2
Logo:
2
I max smax
= 2 (1)
I min smin
O enunciado diz que Imax = 900 unidades e Imax = 100 unidades. Além disso, podemos afirmar que
smax é a soma das amplitudes de deslocamento das ondas que percorrem o caminho SAD e SBD
(sSAD e sSBD).
smax = sSAD + sSBD (2)
De forma similar:
smin = sSAD − sSBD (3)
Substituindo-se (2) e (3) em (1):
I max ( sSAD + sSBD )
2
900 unidades
= = =9
I min ( sSAD − sSBD ) 2
100 unidades
sSAD + sSBD
=3
sSAD − sSBD
Logo:
sSAD = 2 sSBD
(c) A amplitude diminui por causa das perdas por atrito viscoso do gás com as paredes da tubulação.
A onda que percorre o maior caminho apresenta maior perda e, conseqüentemente, apresenta menor
amplitude final.

[Início seção] [Início documento]

46. Dois alto-falantes, F1 e F2, estão a 7,0 m um do outro e oscilam em fase, cada um emitindo som
na freqüência de 200 Hz, de modo uniforme, em todas as direções. F1 emite uma potência de
1,2 x 10-3 W e F2 a 1,8 x 10-3 W. Seja um ponto P, que está a 4,0 m de F1 e 3,0 de F2. (a) Como
as fases das duas ondas passando por P se relacionam? (b) Qual a intensidade do som em P com
F1 e F2 ligadas? (c) Qual a intensidade do som em P, se F1 está desligado (F2 ligado)? (d) Qual
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a
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a intensidade do som em P, se F2 está desligado (F1 ligado)?


(Pág. 160)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
F1 F2

d1P d2P
(a) Como as ondas emitidas pelas fontes F1 e F2 estão em fase e possuem a mesma freqüência, vale
a proporção:
λ Δd
=
2π Δφ
Na expressão acima, λ é o comprimento de onda das ondas, Δd é a diferença entre os comprimentos
dos caminhos das fontes até o ponto P. Logo:

Δφ =
Δd ( d − d2 P ) 2π = ( d1P − d 2 P ) 2π f
2π = 1P
λ v v
f
⎡( 4, 0 m ) − ( 3, 0 m ) ⎤⎦
Δφ = ⎣ 2π ( 200 Hz ) = 3, 6636 rad
( 343 m/s )
Δφ ≈ 3, 7 rad
(b) A intensidade do som de F1 em P I1P é:

I1P =
P1 (
=
1, 2 × 10−3 W) = 5,9683 × 10−6 W/m 2
4π r12P 4π ( 4, 0 m )
2

Na equação acima, P1 é a potência média da fonte sonora F1 e r1P é a distância da fonte F1 onde a
intensidade é I1P. De forma semelhante:

I2P =
P2
=
(1,8 × 10−3 W ) = 1,5915 × 10−5 W/m 2
4π r22P 4π ( 3, 0 m )
2

Logo, a intensidade total em P vale:


I = I1P + I 2 P = ( 5,9683 × 10−6 W/m 2 ) + (1,5915 × 10−5 W/m 2 ) = 2,1883 × 10−5 W/m 2

I ≈ 2, 2 ×10−5 W/m 2
(c) De acordo com o item (b), se F1estiver desligado, teremos:
I 2 P ≈ 1, 6 × 10 −5 W/m 2
(d) De forma semelhante, se F2estiver desligado, teremos:
I1P ≈ 6, 0 × 10 −6 W/m 2

[Início seção] [Início documento]

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54. Um tubo de um órgão A, com as duas extremidades abertas, tem uma freqüência fundamental de
300 Hz. O terceiro harmônico do órgão B, com uma extremidade aberta, tem a mesma
freqüência que o segundo harmônico do A. Qual o comprimento (a) do tubo do órgão A e (b) do
B.
(Pág. 160)
Solução.
Considere o esquema abaixo:
fA1 fA2 fB3

LB
LA

(a) A formação de ondas sonoras estacionárias em um tubo de comprimento L com ambas as


extremidades abertas dá-se nas seguintes freqüências:
nv
fn = , n = 1, 2, 3, etc.
2L
Na expressão acima, v é a velocidade do som no ar. Considerando-se o primeiro harmônico do tubo
A:
1.v
f A1 = (1)
2 LA

LA =
v
=
( 343 m/s ) = 0,57166 m
(
2 f A1 2 300 s −1 )
LA ≈ 0,572 m
(b) Segundo o enunciado do problema:
f B3 = f A2 (2)
Mas:
2.v 1.v
f A2 = =2 = 2 f A1 (3)
2 LA 2 LA
Para um tubo com apenas uma de suas extremidades aberta, a formação de ondas sonoras
estacionárias dá-se nas seguintes freqüências:
nv
fn = , n = 1, 3, 5, etc. (há somente harmônicos ímpares)
4L
Considerando-se o terceiro harmônico do tubo B, temos:
3.v
f B3 = (4)
4 LB
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Substituindo-se (3) e (4) em (2):


3v
= 2 f A1
4 LB
Substituindo-se (1) na expressão acima:
3v v
=2
4 LB 2 LA
3LA 3 ( 0,57166 m)
LB = = = 0, 42875 m
4 4
LB ≈ 0, 429 m

[Início seção] [Início documento]

55. O nível de água em um tubo vertical de vidro com 1,00 m de comprimento pode ser ajustado em
qualquer posição. Um diapasão vibrando a 686 Hz é colocado junto à extremidade aberta do
tubo. Em quais posições da água irá haver ressonância?
(Pág. 160)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
f f

Espaço para formação


H1 de ondas estacionárias

H3

No tubo esquematizado acima, que possui apenas uma de suas extremidades fechada, haverá
formação de ondas sonoras estacionárias quando:
λ
H =n , n = 1, 3, 5, etc e H ≤ L.
4
Como v = λf:
nv n ( 343 m/s )
H= = = 0,125n
4f 4 ( 686 s −1 )
Para: n=1 H1 = 0,125 m
n=3 H3 = 0,375 m
n=5 H5 = 0,625 m

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n=7 H7 = 0,875 m
Estas são as posições do nível da água que satisfazem às condições do problema.
Para: n=9 H1 = 1,125 m
A formação do 9º harmônico não é possível, pois exigiria uma profundidade do nível da água H >
L.

[Início seção] [Início documento]

59. A menor freqüência com que um poço com lados verticais e água no fundo entra em ressonância
é 7,00 Hz. O ar no poço tem uma densidade de 1,10 kg/m3 e um módulo de elasticidade
volumar de 1,33 x 105 Pa. Qual a profundidade do poço?
(Pág. 160)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
f1

O poço funciona como um tubo com apenas uma das extremidades aberta. Nesse tipo de tubo,
haverá formação de ondas sonoras estacionárias nas seguintes freqüências:
nv
fn = , n = 1, 3, 5, etc. (há somente harmônicos ímpares)
4L
A freqüência do primeiro harmônico é:
1.v v
f1 = =
4L 4L
Mas a velocidade do som no ar vale:
B
v=
ρ
Logo:

L=
1 B
=
1 (1,33 ×10 Pa ) = 12, 4185
5

m
4 f1 (
ρ 4 7, 00 s −1 ) (1,10 kg/m ) 3

L ≈ 12, 4 m

[Início seção] [Início documento]

60. Uma palma no palco de um anfiteatro (Fig. 18-31) produz ondas sonoras que se dispersam em
uma arquibancada com degraus de largura L = 0,75 m. O som retorna ao palco como uma série
de pulsos periódicos, um de cada degrau; os pulsos soam juntos como uma nota. A que
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freqüência os pulsos retornarão (isto é, qual a freqüência da nota recebida?

(Pág. 161)
Solução.
Observe o esquema a seguir:

4
3
2
1
4 v

3 4

2L
A pessoa bate palmas apenas uma vez, ou seja, emite um pulso sonoro. Os números 1, 2, 3, etc.
representam instantes de tempo consecutivos e indicam a posição do pulso emitido e suas reflexões
nos degraus. Cada reflexão está separada por uma distância 2L, que corresponde ao comprimento de
onda da onda recebida de volta pela pessoa. A velocidade v da onda pode ser definida em termos
do comprimento de onda λ e do período T por:
λ
v=
T
Logo:
λ 2L
T= =
v v
A freqüência da onda refletida vale:
1
f = =
v
=
( 343 m/s ) = 228, 666 Hz
T 2 L 2 ( 0, 75 m )
f ≈ 230 Hz

[Início seção] [Início documento]

65. Uma corda A de um violino está frouxa. Quatro batimentos por segundo são ouvidos, quando a
corda é tocada junto a um diapasão, cuja freqüência corresponde à nota A (440 Hz). Qual o
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período da oscilação da corda do violino?


(Pág. 161)
Solução.
Sejam fC a freqüência da onda na corda do violino, fA a freqüência da nota A e fbat a freqüência dos
batimentos.
f bat = f A − fC = 4 Hz
Logo:
fC = f A ± 4 Hz = ( 440 Hz ) ± ( 4 Hz )
Dois valores são possíveis para fC:
f C1 = 444 Hz
f C2 = 436 Hz
Como foi dito que a corda está frouxa em relação ao ponto de afinação, fC é menor do que 440 Hz,
ou seja:
f C = 436 Hz
Devemos lembrar que:
v 1 τ
fC = =
λ λ μ
Logo, uma tensão pequena na corda torna pequena a freqüência de vibração f. Uma vez definida a
freqüência, o período T será:
1 1
T= = = 0, 0022935 s
fC ( 436 Hz )
T ≈ 2, 29 ms

[Início seção] [Início documento]

66. Você tem quatro diapasões. O que tem a freqüência mais baixa oscila a 500 Hz. Oscilando dois
diapasões, ao mesmo tempo, as seguintes freqüências serão ouvidas: 1, 2, 3, 5, 7 e 8 Hz. Quais
as possíveis freqüências dos outros três diapasões?
(Pág. 161)
Solução.
Para quem não conhece, um diapasão é um instrumento metálico (figura abaixo) capaz de vibrar
numa freqüência bem definida, como, por exemplo, a da nota musical lá, que é de 440 Hz.

Sejam f1, f2, f3 e f4 as freqüências dos diapasões, sendo que f1 = 500 Hz é a menor das freqüências. A
freqüência dos batimentos é dada por fbat = |fA − fB|, em que fA e fB são duas freqüências quaisquer.
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Como todas as combinações de batimentos foram produzidas (12, 13, 14, 23, 24, 34) e três delas são
com f1, que é a menor delas, deduz-se que os três batimentos de maior freqüência foram produzidos
com f1. Logo:
f bat = f 4 − f1 = 8 Hz ⇒ f 4 = 508 Hz
f bat = f3 − f1 = 7 Hz ⇒ f 3 = 507 Hz
f bat = f 2 − f1 = 5 Hz ⇒ f 2 = 505 Hz
As outras freqüências de batimentos observadas foram:
f 4 − f 3 = 1 Hz
f 4 − f 2 = 3 Hz
f 3 − f 2 = 2 Hz

[Início seção] [Início documento]

67. Duas cordas de piano idênticas têm uma freqüência fundamental de 600 Hz, quando tocadas sob
um mesma tensão. Que aumento fracionário na tensão de uma corda irá levar à ocorrência de 6
batimentos, quando as cordas oscilarem juntas?
(Pág. 161)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
f1, λ, v1
τ1

f2, λ, v2
τ2

Ao aumentar a tensão numa corda sem aumentar seu comprimento, o comprimento de onda do
harmônico fundamental não varia, mas a freqüência vai aumentar de f1 para f2:
f bat = f 2 − f1 = 6 Hz
f 2 = f1 + ( 6 Hz ) = ( 600 Hz ) + ( 6 Hz ) = 606 Hz
Sabemos que:
v1 1 τ1
f1 = =
λ λ μ
Vamos definir τ2 = aτ1, em que a é uma constante adimensional.
v2 1 τ2 1 aτ 1
f2 = = =
λ λ μ λ μ
Logo:

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1 aτ 1
f2 λ μ
= = a
f1 1 aτ 1
λ μ

f 2 ( 606 Hz )
2

a = 22 = = 1, 0201
( 600 Hz )
2
f1
Portanto, o aumento fracional da tensão foi de 0,0201 ≈ 0,02.

[Início seção] [Início documento]

69. Uma fonte F gera ondas circulares na superfície de um lago (as ondas são mostradas na Fig. 18-
32). A velocidade das ondas é de 5,5 m/s e a distância de crista a crista de 2,3 m. Você está em
um pequeno bote, se dirigindo diretamente para F com velocidade constante de 3,3 m/s em
relação à costa. Qual a freqüência das ondas que você observa?

(Pág. 161)
Solução.
Trata-se de um sistema em que uma fonte sonora em repouso gera ondas que são recebidas por um
detector em movimento, que se aproxima da fonte. A freqüência f’ percebida pelo detector será:
v ± vD v v + vD v v + vD v + vD ( 5,5 m/s ) + ( 3,3 m/s )
f'= f = = = = = 3,8260 Hz
v ∓ vF λ v + 0 λ v λ ( 2,3 m )
f ' ≈ 3,8 Hz

[Início seção] [Início documento]

71. Um apito usado para chamar cães tem uma freqüência de 30 kHz. O cão, entretanto, o ignora. O
dono do cão, que não pode escutar freqüências acima de 20 kHz, decide usar o efeito Doppler
para descobrir se o apito funciona de maneira adequada. Pede a um amigo que sopre o apito no
interior de um carro em movimento, enquanto ele permanece parado ouvindo. (a) Qual precisa
ser a velocidade do carro e qual a direção para que o dono do cão escute o apito a 20 kHz (se ele
estiver funcionando)? O experimento em questão é prático? (b) Refaça para uma freqüência do
apito igual a 22 kHz, em vez de 30 kHz.
(Pág. 161)

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Solução.
(a) Para ouvir o apito de 30 kHz, o carro (fonte sonora) deverá afastar-se do observador (detector
em repouso) com velocidade vF:
v ± vD v+0
f'= f = f
v ∓ vF v + vF
⎛ f ⎞ ⎡ ( 30 kHz ) ⎤
vF = v ⎜ ' − 1⎟ = ( 343 m/s ) ⎢ − 1⎥ = 171,5 m/s = 617, 4 km/s
⎝ f ⎠ ⎢⎣ ( 20 kHz ) ⎥⎦
vF ≈ 617 km/s
Esta é uma velocidade muito alta para ser desenvolvida por um carro e, portanto, o experimento não
poderia ser executado.
(b) Se o apito emitir freqüência de 22 kHz, a velocidade do carro deverá ser:
⎛ f ⎞ ⎡ ( 22 kHz ) ⎤
vF = v ⎜ ' − 1⎟ = ( 343 m/s ) ⎢ − 1⎥ = 34,3 m/s = 123, 48 km/s
⎝ f ⎠ ⎢⎣ ( 20 kHz ) ⎥⎦
vF ≈ 123 km/s
Agora sim, é possível executar o experimento.

[Início seção] [Início documento]

72. O ruído de 16.000 Hz das turbinas de um avião, deslocando-se a 200 m/s, é ouvido com que
freqüência pelo piloto de um segundo avião, tentando ultrapassar o primeiro a uma velocidade
de 250 m/s?
(Pág. 161)
Solução.
O avião que segue à frente é uma fonte sonora que se afasta do detector (avião de trás), que se
aproxima da fonte. A freqüência f’ percebida pelo detector é:

f'= f
v ± vD
= f
v + vD
= (16.000 Hz )
( 343 m/s ) + ( 250 m/s ) = 17.473, 2965 Hz
v ∓ vF v + vF ( 343 m/s ) + ( 200 m/s )
f ' ≈ 17.500 Hz

[Início seção] [Início documento]

73. Uma ambulância tocando sua sirene a 1.600 Hz ultrapassa um ciclista, que estava pedalando a
8,00 ft/s. Depois da ambulância ultrapassá-lo, o ciclista escuta a sirene a 1.590 Hz. Qual a
velocidade da ambulância?
(Pág. 161)
Solução.
A equação geral do efeito Doppler é:
v ± vD
f'= f
v ∓ vF

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Neste problema, a sirene da ambulância é a fonte (F) e o ciclista é o detector (D). Além disso, a
fonte e o detector estão em movimento, sendo que o detector tenta aproximar-se da fonte, que se
afasta do detector. Neste caso, a freqüência percebida pelo detector será:
v + vD
f'= f
v + vF
f (1.600 Hz ) ⎡ 1.125 ft/s + 8,00 ft/s ⎤ − 1.125 ft/s = 15,1257
' (
vF = v + vD ) − v = ( ) ( )⎦ ( ) ft/s
f (1.590 Hz ) ⎣
vF ≈ 15,1 ft/s

[Início seção] [Início documento]

82. A Fig. 18-33 mostra um transmissor e um receptor de ondas contidos em um único instrumento.
Ele é usado para medir a velocidade u de um objeto (idealizado por uma lâmina lisa) que se
move diretamente na direção do instrumento, analisando as ondas refletidas no alvo. (a) Mostre
que a freqüência f, das ondas refletidas ao receptor, se relaciona com a freqüência f, por
⎛ v+u ⎞
fr = fs ⎜ ⎟
⎝ v−u ⎠
onde v é a velocidade das ondas. (b) Em muitas situações práticas, u << v. Neste caso, mostre
que a situação acima se torna
f r − f s 2u

fs v

(Pág. 162)
Solução.
(a) Inicialmente, a fonte emite ondas de freqüência fs em direção à lâmina, que se aproxima da
fonte. A lâmina perceberá uma freqüência f’ vindo em sua direção, sendo que:
v+u v+u
f ' = fs = fs (1)
v+0 v
As ondas de freqüência f’ são refletidas pela lâmina, agora uma fonte sonora em movimento, que
emite ondas com freqüência f”:
v+0 v
f '' = f ' = f' (2)
v−u v −u
Substituindo-se (1) em (2):
v+u v v+u
f '' = f s = fs
v v−u v−u
Como o detector está em repouso, as ondas emitidas pela lâmina (f”) serão percebidas pelo detector
(fr) sem alteração. Ou seja:

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v+u
f r = f '' = f s
v−u
(b) De (1), temos:
v
fs = f '
v+u
De (2), temos:
v
fr = f '
v −u
Agora vamos dividir fr − fs por fs:
v v
f' − f'
fr − fs v + u = ⎛ v − v ⎞ v + u = ⎛ 1 − 1 ⎞ (v + u )
= v −u ⎜ ⎟ ⎜ ⎟
fs f'
v ⎝ v −u v +u ⎠ v ⎝ v−u v+u ⎠
v+u
fr − fs (v + u ) − (v − u ) ( v + u ) − ( v − u ) = 2u
= (v + u ) =
fs ( v − u )( v + u ) (v − u ) (v − u )
Como u << v:
f r − f s 2u

fs v

[Início seção] [Início documento]

83. Um detector de movimento, em repouso, envia ondas sonoras de 0,150 MHz na direção de um
caminhão que se aproxima a 45,0 m/s. Qual a freqüência das ondas refletidas de volta ao
detector?
(Pág. 162)
Solução.
A situação é semelhante à tratada no Probl. 82P, item (a). Portanto, a expressão:
v+u
fr = fs
v−u
é aplicável. Logo:

f r = ( 0,150 MHz )
( 343 m/s ) + ( 45, 0 m/s ) = 0,19530 MHz
( 343 m/s ) − ( 45, 0 m/s )
f r ≈ 0,195 MHz

[Início seção] [Início documento]

85. Uma sirene emitindo um som à freqüência de 1000 Hz se distancia de você, em direção a um
muro, à velocidade de 10 m/s. Considere a velocidade do som no ar como 330 m/s. (a) Qual a
freqüência do som que você escuta vindo diretamente da sirene? (b) Qual a freqüência do som
que escuta refletido pelo muro? (c) Qual a freqüência dos batimentos entre os dois sons? Ela é
perceptível (para isto, deve ser menor do que 20 Hz)?
(Pág. 162)

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Solução.
(a) A ambulância é uma fonte sonora (F) que se afasta de um detector (D) em repouso. A freqüência
f’ percebida pelo detector é:

f ' = f0
v + vD
= (1.000 Hz )
( 330 m/s ) + 0 = 970,5882 Hz
v + vF ( 330 m/s ) + (10 m/s )
f ' ≈ 971 Hz
(b) Neste caso, a ambulância é uma fonte sonora que se aproxima de um detector em repouso. A
freqüência f’ percebida pelo detector (muro) e que não será alterada na reflexão (o detector está em
repouso) é:

f '' = f 0
v + vD
= (1.000 Hz )
( 330 m/s ) + 0 = 1.031, 25 Hz
v − vF ( 330 m/s ) − (10 m/s )
f '' ≈ 1, 030 Hz
(c) A freqüência dos batimentos entre f’ e f “ é:
f bat = f '' − f ' = (1.031, 25 Hz ) − ( 970,5882 Hz ) = 60, 6617 Hz
f bat ≈ 60, 7 Hz

[Início seção] [Início documento]

87. Um submarino francês e um americano se movem, um na direção do outro, durante manobras


em águas paradas no Atlântico Norte (Fig. 18-34). A velocidade do submarino francês é 50
km/h e a do americano, 70 km/h. O primeiro manda um sinal de sonar (onda sonora na água) a
1.000 Hz. As ondas do sonar viajam a 5.470 km/h. (a) Qual a freqüência do sinal detectado pelo
submarino americano? (b) Que freqüência é detectada pelo submarino francês, no sinal que é
recebido de volta, após refletir no outro?

(Pág. 162)
Solução.
(a) O submarino francês é a fonte sonora e o norte-americano é o detector, sendo a fonte e o
detector aproximam-se um do outro. O movimento de ambos favorece o aumento da freqüência f’
percebida pelo submarino americano:

f'= f
v + vD
= (1.000 Hz )
( 5.470 m/s ) + ( 70, 0 m/s ) = 1.022,1402 Hz
v − vF ( 5.470 m/s ) − ( 50, 0 m/s )
f ' ≈ 1.020 Hz
(b) A única diferença em relação ao item (a) é que agora o submarino americano passa a ser a fonte
sonora, emitindo ondas com freqüência f’. O submarino francês percebera uma freqüência f”:

f '' = f '
v + vD
= (1.022,1402 Hz )
( 5.470 m/s ) + ( 50, 0 m/s ) = 1.044,8544 Hz
v − vF ( 5.470 m/s ) − ( 70, 0 m/s )
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f '' ≈ 1.040 Hz

[Início seção] [Início documento]

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RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996.

FÍSICA 2

CAPÍTULO 20 - ONDAS SONORAS

PROBLEMAS

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
71 72 73 74 75 76

[Início documento]

21. Encontre a densidade de energia de uma onda sonora a 4,82 km de um sistema de alarme
nuclear de 5,2 kW, supondo que as ondas sejam esféricas e a propagação isotrópica e sem
absorção pela atmosfera.
(Pág. 139)
Solução.
Considere o esquema abaixo:
Δx Δx

P v0

L
A densidade de energia é definida por:
E
ρ= (1)
V
A energia (E) que se propaga através de uma onda que tem a forma de uma casca esférica de
espessura constante Δx é:
E = PΔt (2)
onde P é a potência da fonte sonora e Δt é o tempo que leva para que a casca esférica seja formada.
O tempo Δt depende da velocidade da onda sonora, v0.
Δx
Δt = (3)
v0

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Substituindo-se (3) em (2):


PΔ x
E= (4)
v0
A uma distância L da fonte, o volume da casca esférica é:
4
V = π [( L + Δx) 3 − L3 ] (5)
3
Substituindo-se (5) e (4) em (1):
3 PΔx
ρ ( Δx ) =
4πv0 [( L + Δx) 3 − L3 ]
Como o problema pediu a densidade de energia num ponto em particular, ou seja, num ponto
localizado a uma distância L da fonte sonora, deve-se determinar o valor de ρ quando Δx tende a
zero.
P
lim ρ ( Δx ) Δx→0 =
4πv0 L2
Portanto:
P
ρ=
4πv0 L2
ρ ≈ 5,19 nJ/m 3

[Início seção] [Início documento]

39. Na Fig. 22, S é um alto-falante pequeno, excitado por um oscilador e amplificador de áudio,
ajustado no intervalo de freqüências entre 1.000 e 2.000 Hz. D é um pedaço de tubo feito de
chapa de metal de 45,7 cm de comprimento, aberto nas extremidades. (a) Para que freqüências
ocorrerá ressonância, quando a freqüência da onda emitida pelo alto-falante variar de 1.000 a
2.000 Hz? (b) Esquematize os nós de deslocamento para cada freqüência de ressonância.
Despreze os efeitos das extremidades.

(Pág. 140)
Solução.
(a) Para um tubo com ambas as extremidades abertas, as freqüências das ondas sonoras capazes de
provocar ressonância em seu interior (fn) são dadas por:
nv
fn = (1)
2L
onde n = 1, 2, 3, ..., v é a velocidade da onda sonora e L é o comprimento do tubo. Substituindo-se
os valores numéricos de v (em metros por segundo) e L (em metros) em (1):
f n = 375,27 n
As freqüências que capazes de provocar ondas estacionárias ressonantes no tubo são
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n f
1 375,2
2 750,5
3 1.125,8
4 1.501,1
5 1.876,4
6 2.251,6
Etc. Etc.
Como pode ser observado na tabela acima, somente para os valores de n = 3, 4 e 5 estão associados
a freqüências entre 1.000 e 2.000 Hz. Portanto, as freqüências pedidas são 1,13 kHz, 1,50 kHz e
1,88 kHz.
(b) Considerando-se a representação da onda sonora como onda de deslocamento, como mencionou
o enunciado do problema, as extremidades abertas são ventres de deslocamento.
n=3

n=4

n=5

[Início seção] [Início documento]

49. Uma corda de violino de 30,0 cm e de densidade linear de massa de 0,652 g/m está colocada
próxima a um alto-falante alimentado por um oscilador de áudio de freqüência variável.
Variando-se continuamente a freqüência do oscilador de áudio, de 500 até 1.500 Hz, observa-se
que a corda vibra somente nas freqüências de 880 e 1.320 Hz. Qual é a tração na corda?
(Pág. 141)
Solução.
O oscilador de áudio varreu as freqüências entre 500 Hz e 1.500 Hz e, nessa faixa, a corda do
violino só entrou em ressonância quando o oscilador passou pelas freqüências fi e fj. Como somente
foram detectadas duas freqüências de ressonância, estas devem corresponder a harmônicos
consecutivos, ou seja,
j = i +1 (1)
As freqüências ressonantes para uma corda fixa em ambas as extremidades são dadas por
nv
fn = (2)
2L
onde n refere-se ao n-ésimo harmônico, v é a velocidade da onda na corda do violino e L é o
comprimento da corda. A velocidade da onda na corda é dada por
τ
v=
μ
onde τ é a tensão na corda e μ é a densidade linear de massa da corda. O valor de τ de (2) é
τ = μv 2 (3)
Substituindo-se o valor de v de (2) em (3):
4μf n2 L2
τ= . (4)
n2
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A tensão na corda, dada por (4), é a mesma para os harmônicos i e j, ou seja,


4μf i 2 L2 μ 4μf j L μ
2 2

=
i2 j2
fi i
= (5)
fj j
Substituindo-se (1) em (5):
fi i
=
f j i +1
fi
i=
f j − fi
Substituindo-se os valores numéricos de fi e fj
880 Hz
i= =2
1320 Hz − 880 Hz
Consequentemente, a freqüência harmônica fi = 880 Hz refere-se ao segundo harmônico (i = 2) e a
freqüência harmônica fj = 1.320 Hz refere-se ao terceiro harmônico (j = 3). Substituindo-se os
valores de um desses harmônicos em (4), por exemplo n = 2
4(6,52 × 10 −4 kg/m 3 )(880 Hz) 2 (0,300 m) 2
τ= = 45,4417 N
22
τ ≈ 45,4 N

[Início seção] [Início documento]

73. Um morcego voa dentro de uma caverna, orientando-se efetivamente por meio do uso de bips
ultra-sônicos (emissões curtas com duração de um milissegundo ou menos e repetidas diversas
vezes por segundo). Suponha que a freqüência da emissão do som pelo morcego seja de 39,2
kHz. Durante uma arremetida veloz, diretamente contra a superfície plana de uma parede, o
morcego desloca-se a 8,58 m/s. Calcule a freqüência do som refletido na parede que o morcego
escuta?
(Pág. 142)
Solução.
(a) Considere o seguinte esquema da situação:

vF

f vD

f’’

f’

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a
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O morcego é uma fonte sonora em movimento. Embora ele esteja produzindo ondas com freqüência
f, seu movimento em direção ao detector (a superfície lisa), que está em repouso, fará com que a
freqüência da onda que atingirá a superfície seja f’.
v0
f '= f (1)
v0 − v F
Em (1), v0 é a velocidade da onda sonora e vF é a velocidade do morcego (a fonte sonora). A
equação (1) refere-se ao efeito Doppler causado por uma fonte em movimento que se aproxima de
um detector em repouso.
343 m/s
f ' = (39,2 kHz) = 40,2057 kHz
343 m/s − 8,58 m/s
A superfície comportar-se-á como uma fonte sonora em repouso, refletindo as ondas sem alterar a
freqüência das mesmas. Ao perceber as ondas refletidas pela superfície, o morcego será um detector
em movimento que estará se aproximando da fonte. Logo, a freqüência detectada pelo morcego, f”,
será:
v + vD
f ''= f ' 0 (2)
v0
A equação (2) refere-se ao efeito Doppler causado por um detector em movimento que se aproxima
de uma fonte em repouso.
343 m/s + 8,58 m/s
f ' = ( 40,2057 kHz) = 41,2114 kHz
343 m/s
Portanto, a freqüência detectada pelo morcego será:
f ' ' ≈ 41,2 kHz

[Início seção] [Início documento]

76. Dois trens movem-se a 34,2 m/s em relação a um referencial fixo na terra, em trilhos paralelos,
e estão aproximando-se um do outro. Um dos trens apita a 525 Hz. (a) Que freqüência será
ouvida por uma pessoa no outro trem, supondo-se que o ar esteja parado? (b) Que freqüência
será ouvida no outro trem se soprar um vento de 15,3 m/s, paralelamente aos trilhos e cujo
sentido seja para o apito? (c) Que freqüência será ouvida se o sentido da velocidade do vento se
inverter?
(Pág. 142)
Solução.
(a) Considere o seguinte esquema da situação:
Trem 1 Trem 2
f v v0 vD
F

Na ausência de ventos, a freqüência detectada pelo trem 2 será:


v + vD
f'= f 0 (1)
v0 − v F
Na equação (1), v0 é a velocidade da onda sonora, vD é a velocidade do detector e vF é a velocidade
da fonte. A equação (1) refere-se ao efeito Doppler causado por uma fonte em movimento que se

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aproxima de um detector, também em movimento, que por sua vez está se aproximando da fonte
sonora.
343 m/s + 34,2 m/s
f ' = 525 Hz × = 641,2888 Hz
343 m/s − 34,2 m/s
f ' ≈ 641 Hz
(b) Agora considere o esquema abaixo:
Trem 1 Trem 2
f v v0 vv vD
F

Na presença de ventos, deve-se corrigir a velocidade som em relação ao vento. Sendo o ar o meio
físico onde o som se propaga, a velocidade do meio interfere na velocidade do som, e, por esse
motivo, deve ser corrigida. Seja v0’ a velocidade do som corrigida e vv a velocidade do vento. No
caso do vento ser contrário ao movimento do som:
v0 ' = v0 − vv = 343 m/s − 15,3 m/s = 327,7 m/s
Portanto:
v0 '+v D
f' = f
v0 '−v F
327,7 m/s + 34,2 m/s
f ' = 525 Hz × = 647,3509 Hz
327,7 m/s − 34,2 m/s
f ' ≈ 647 Hz
(c) No caso do vento ser favorável ao movimento do som:
v0 ' = v0 + vv = 343 m/s + 15,3 m/s = 358,3 m/s
Portanto:
358,3 m/s + 34,2 m/s
f ' = 525 Hz × = 635,7991 Hz
358,3 m/s − 34,2 m/s
f ' ≈ 636 Hz

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RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 5.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 2003.

FÍSICA 2

CAPÍTULO 19 - ONDAS SONORAS

EXERCÍCIOS

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
51

PROBLEMAS

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
21 22

[Início documento]

[Início seção] [Início documento]

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