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Apostila ENEM em 100 Dias

Matemática - Apostila

Índice
1. Progressão Aritmética 2
2. Progressão Geométrica 6
3. Função do 1º Grau 11
4. Conjuntos 18
5. Princípio Multiplicativo e Permutações 29
6. Probabilidade 41
7. Gráfico Estatístico 42
8. Estatística 46
9. Geometria Analítica 50
10. Geometria Plana 58
11. Áreas 68
12. Geometria Espacial 1 77
13. Geometria Espacial 2 81
14. Trigonometria 84
15. Aritmética 94

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Progressão Aritmética
Progressão Aritmética: P.A.

Definição:
Sequência numérica onde excetuando-se o primeiro e o último todos os termos são médias
aritméticas dos seus vizinhos.

Ex.:
1, 6, 11, 16, 21, 26, 31, 36.
1  11
6
2
6  16
11 
2
11  21
16 
2
16  26
21 
2

1. Nomenclatura.
a1 : primeiro termo
an : n  ésimo termo
r : razão

2. Razão de uma P.A.


Constante formada a partir da diferença de um termo pelo seu antecessor. Ou seja:
r  an  an1
Ex.:
1, 6, 11, 16, 21, 26, 31, 36.
r = 6 -1 = 11 – 6 = 16 – 11 = ...

 A Progressão Aritmética será crescente se, e somente, se r > 0.

 A Progressão Aritmética será decrescente se, e somente, se r < 0;

 A Progressão Aritmética será monótona ou constante se e somente se r = 0.

3. Termo Geral de uma Progressão Aritmética.

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Ex.:
1, 6, 11, 16, 21, 26, 31, 36.
a1  1
a2  1  5
a3  1  2.5
a 4  1  3 .5

a100  1  99.5

a n  a1  (n  1)r

ATENÇÃO!
Poderíamos utilizar como referência outro termo da progressão não sendo, necessariamente, o
primeiro.
Repare que:
a100  a1  99r
a100  a1  50
 
r49
r
99r

a100  a1  50r   49r


 
a51

a100  a51  49r

Utilizando o mesmo raciocínio, teríamos:


a100  a10  90.r
a100  a 25  75.r
a100  a 40  60.r

Portanto, poderíamos utilizar uma generalização do modelo numérico acima:


a p  a x  y.r
Para :
p  x y

4. Representação Prática de uma Progressão Aritmética.

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 3 termos: x – r, x , x + r

 5 termos: x-2r, x – r, x, x + r, x + 2r

 7 termos: x – 3r, x – 2r, x – r, x, x + r, x + 2r, x + 3r

5. Soma dos termos de uma Progressão Aritmética

a1  an 
Sn  .n
2

Observação:
A soma dos termos equidistantes será constante.
Ex.:
1, 6, 11, 16, 21, 26, 31, 36.
1 + 36 = 6 + 31 = 11 + 26 = 16 + 21 = 37.

Exercícios Resolvidos

1. Calcule o 17º termo de uma PA cujo primeiro termo é 3 e cuja razão é 5.

Solução:
a1 = 3 e r = 5 , utilizando o termo geral, temos:
a17 = a1+ 16r
a17 = 3 + 16 . 5
a17 = 83

2. Determine a PA onde a5 = 15 e a8 = 21.

Solução:
Para determinar a PA precisamos achar a, e r.
a5 = a1+ 4r = 15

a8 = a1+ 7r = 21

Resolvendo o sistema, temos:


a1 = 7 e r = 2

Logo, a PA é:

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(7,9,11,13, 15, ...)

3. Qual é o primeiro termo negativo da PA (60, 53, 46,...)?

Solução:
an < 0
a1 + (n - 1) r < 0
60 + (n - 1) (-7) < 0
n – 1 > 60/7
n > 67/7  9,5

Como n tem que ser um número natural, o primeiro termo negativo será quando n = 10.

a10 = 60 + (10 – 1) ( - 7)
a10 = - 3

4. Em uma PA de 3 termos, a soma deles vale 21 e o produto 231. Determine esta PA.
Solução:

x - r + x + x + r = 21
3x = 21
x=7
(7 - r) . 7(7 + r) = 231
(7 - r) (7 + r) = 33
49 - r2 = 33
r2 = 16
r=±4
Logo, temos:
r=4 ou r = -4
(3,7, 11) (11,7,3)

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Progressão Geométrica
Definição:
Sequência numérica onde excetuando-se o primeiro e o último todos os termos são médias
geométricas dos seus vizinhos.
Ex.:
2, 6, 18, 54, 162, 486...
6  2.18
18  6.54
54  18.162
162  54.486

1. Nomenclatura

a1 : primeiro termo
a n : n  ésimo termo
q : razão

2. Razão de uma P.G.


Constante formada a partir do quociente entre um termo e o seu antecessor. Ou seja:
a
q n
a n 1
Ex.:
2, 6, 18, 54, 162, 486...
6 18 162 486
q   
2 6 54 162

3. Termo Geral de uma Progressão Geométrica.

Ex.:
2, 6, 18, 54, 162, 486...

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a1  2
a 2  2 .3
a 3  2 .3 2
a 4  2 .3 3

a100  2.399

a n  a1 .q n 1

ATENÇÃO!
Poderíamos utilizar como referência outro termo da progressão não sendo, necessariamente, o
primeiro.
Repare que:
a100  a1 .q 99
a100  a1 .q 50 .q 49

q 99

a100  a51.q 49

Utilizando o mesmo raciocínio, teríamos:


a100  a10 q 90
a100  a 25 .q 75
a100  a 40 .q 60

Portanto, poderíamos utilizar uma generalização do modelo numérico acima:


a p  a x .q r
Para :
p  x y

4. Representação Prática de uma Progressão Geométrica.

x
 3 termos: , x, xq
q

x x
 5 termos: , , x, x.q, x.q 2
q2 q

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x x x
 7 termos: , , , x, x.q, x.q 2 , x.q 3
q3 q2 q

5. Soma dos termos de uma Progressão Geométrica Finita.

Sn 
a1 . q n  1n  
q 1
a .q  a1
Sn  n
q 1
6. Soma dos termos de uma Progressão Geométrica Infinita e Decrescente.
a
S  1
1 q
Observação:
O produto dos termos equidistantes será constante.
Ex.:
2, 6, 18, 54, 162, 486...
2.486 = 6.162 = 18.54 = 972

Exercícios Resolvidos

1. Obtenha o 10º termo da PG (1, 2, 4, 8, ...)

Solução:
a1 = 1
q=2
a10 = a1 . q9 = 1 . 29
a10 = 512

2. Em uma PG de termos positivos a3 = 45 e a5 = 405, calcule o primeiro termo e a razão


desta sequência.

Solução:
a5 = a1 . q4 = 405
a3 = a1 . q2 = 45

Dividindo uma pela outra, temos:

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a1q 4 405

a1q 2 45
q2 = 9

(Como todos os termos são positivos)


q=3

Substituindo em a3, temos:


a1 . 32 = 45
9a1 = 45
a1 = 5

3. Calcular a soma dos 10 termos iniciais da PG (1,3,9,27, ...)

Solução:

S10 =

1. 310  1   59049  1  29524
3 1 2

Calcular a soma dos termos da PG  1, , , ,... 


1 1 1
4.
3 9 27  
Solução:
a1 = 1
1
q=
3
a1 1 3
S   
1 1 2 2
3 3

5. Em uma PG de 3 termos, a soma deles vale 21 e o produto 216. Determine esta PG.
Solução:
Neste tipo de exercício, deveremos fazer a seguinte notação:
x 
 , x, xq 
q 
pois quando fizermos o produto, eliminaremos uma variável.
x 
 .x.xq  216 
q 
x3 =216
x=6

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6
 6  6q  21
q
6
6q  15   0
q
6q 2  15q  6  0
2q 2  5q  2  0
q = 2 ou q = ½
PG PG
(3,6,12) (12, 6, 3)

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Função do 1º Grau
Síntese Teórica

 FUNÇÃO AFIM

f: RR
x  f(x) = ax + b, a  0

 ZERO DA FUNÇÃO AFIM

a
f (x) = ax + b = 0  x = 
b

 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

O gráfico da função afim é uma reta, que intercecta:


* o eixo das abscissas (Ox) em   b , 0 
 a 
* o eixo das ordenadas (Oy) em (0, b).

Exemplos:
Representar graficamente a função afim f : R  R tal que f(x) = 2x - 3
Tendo em vista que:
b = 3 é a ordenada do ponto que a reta intercecta Oy e 2x - 3 = 0  x = 3 é a abscissa do ponto
2
onde a reta intercecta Ox, a representação gráfica da função f será:

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b) g : R  R tal que g(x) = 6 - 3x


Tendo em vista que:
b = 6 é a ordenada do ponto onde a reta intercecta Oy e 6 - 3x = 0  x = 2 é a abscissa do ponto
onde a reta intercecta Ox.
A representação gráfica da função g será:

Atenção:
I) a > 0  f é crescente
Veja a função f do exemplo anterior.

II) a < 0  f é decrescente


Veja a função g do exemplo anterior.
A função afim é bijetiva.

 VARIAÇÃO DOS SINAIS

Observe os gráficos dados a seguir:

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Em resumo:

Exemplos:
Estudar a variação dos sinais da função:
f : R  R tal que f(x) = 2x - 3

Determinação da raiz: f(x) = 2x -3 = 0  x = 3


2
Já que a = 2, portanto a > 0, vem:

isto é,
x, x  R e x > 3  f(x) > 0
2
x, x  R e x <  f(x) < 0
3
2

g: R  R tal que g(x) = 6 - 3x


Determine a raiz g(x) = 6 - 3x =  x = 2
Já que a = 3, portanto a < 0, vem:

isto é,
x, x  R e x > 2  f(x) < 0
x, x  R e x < 2  f(x) < 0

Função Constante

A função f : R  R
x f(x) = k, k  R
é dita função constante e o seu gráfico é uma reta paralela ao eixo Ox.

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Casos Particulares

FUNÇÃO LINEAR

f(x) = ax
Termo independente de x é nulo.

OBERVAÇÃO
I) O gráfico da função linear é uma reta que contém a origem do sistema de eixos cartesianos, já
que para x= 0  y = f (0) = a . 0 = 0

II) Se a = 1, tem-se f(x) = x e o seu gráfico é a reta suportes das bissetrizes do 1º e 3º quadrantes
do sistema de eixos cartesianos.

III) Se a = -1, tem-se f(x) = -x e o seu gráfico é a reta suporte das bissetrizes do 2º e 4º
quadrantes do sistema de eixo cartesianos.

DESIGUALDADES

São relações da forma:

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(I) a> b ou
(II) a  b
(III) c < d
(IV) c  d

Em (I) e (III) lemos respectivamente: a é maior do que b, c é menor do que d. Os termos a e c


estão no primeiro membro e os termos b e d estão no segundo membro da desigualdade.
As desigualdades entre expressões algébricas que são verdadeiras indepen-dentemente dos
valores atribuídos às variáveis são conhecidas como desigualdades incondicionais.

Exemplo: (a + b)2 >-1


Existem também as desigualdades que se verificam apenas para determinados valores de
incógnitas que nelas se encontram. Neste caso temos, as desigualdades condici-onais ou
inequações.

Exemplo: (a + b)2 > 25

INEQUAÇÕES
O conjunto de valores da incógnita que ao ser substituída torna a inequação uma sentença
verdadeira, constitui a solução da inequação.

PROPRIEDADES
I) Uma inequação não se altera quando somamos ou diminuímos aos dois membros a mesma
quantidade.

II) Uma inequação não se altera quando multiplicamos ou dividimos os dois membros pelo mesmo
número positivo.

III) Alteramos os sentidos da inequação quando multiplicamos ou dividimos os dois membros pelo
mesmo número negativo.

IV) Podemos elevar os dois membros de uma desigualdade à mesma potência (ou deles extrair
raízes de mesmo índice) desde que eles sejam positivos.

INEQUAÇÕES DO 1º GRAU
Chamamos de inequação do 1º grau as sentenças reduzidas as formas: ax + b > 0, ax + b < 0, ax
+ b  0, ax + b  0.

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INEQUAÇÕES SIMULTÂNEAS
Para acharmos o conjunto solução das inequações devemos resolvê-las separadamente e depois
encontrarmos a intersecção das respostas.
Nos seguintes exemplos tomaremos U = R

3  2x x 3
 x  3  2x  (I)
7 5
5x  11 11  5x
2x   ( II )
2 4

Resolvendo a inequação (I) encontramos x> 11


2
Resolvendo a inequação (II) encontramos x>11

S = {x  R  x > 11}

x x x
  x 5 (I)
8 2 4
1 1
( x  2)  ( x  2) ( II )
8 7

Resolvendo a inequação (I) encontramos x >- 8 Resolvendo a inequação (II) encontramos x<30

S={x  R  -8 < x < 30}

15x  8
8x  5  (I)
2

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3
2(x  3)  5x ( II )
4

Resolvendo a inequação (I ) encontramos x > 2


Resolvendo a inequação (II) encontramos x < 7
4

S=
x 1
2 5
2
equivalente a: 2  x  1 (I)
2
x 1
5 ( II )
2

Resolvendo a inequação (I) encontramos x > 5 Resolvendo a inequação (II) encontramos x<11
S = {x  R  5< x <11}

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Conjuntos
SIMBOLOGIA DE CONJUNTOS
= igual a
 pertence a
≠ diferente de
 não pertence a
> maior do que
< menor do que
 maior do que ou igual a
 menor do que ou igual a
 e
 ou
 contém
 está contido
 implica
 se e somente se
, { } conjunto vazio
B
cA complementar de B em relação à A
 união
 interseção
 existe
 para todo
não existe

CARDINALIDADE DE UM CONJUNTO
A cardinalidade de um conjunto A, finito, indica a quantidade de elementos deste conjunto.
Notação:  A ou Card(A) ou nA.

Exemplo:
Sendo
A = {a, b, c } e B = ( a, b, d, e } temos: A= 3 e B =4.

CONJUNTO DAS PARTES


Chama-se conjunto das partes de um conjunto A, P (A), o conjunto cujos elementos são todos os
subconjuntos de A.
P (A) = {B  B  A}

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Exemplos:
I) A= {a} P (A) ={, {a}}
II) A= {a,b} P (A) ={, {a}, {b}, {a,b}}
III) A= {a,b,c}
P (A) ={,{a}, {b}, {c}, {a,b}, {a,c},
{b,c}, {a,b,c}}
De um modo geral temos # P(A) = 2n onde n = #A.

UNIÃO DE CONJUNTOS - 
A união de dois conjuntos A e B é o conjunto A  B, formados pelos elementos de A e pelos
elementos de B.
A  B ={x  x  A v x B}

Exemplo:
Sendo
A={a, b, c} e B={a, b, d, e} então A  B ={a, b, c, d, e}

INTERSEÇÃO DE CONJUNTOS- 
A interseção de dois conjuntos A e B é o conjunto A  B, formado pelos elementos que
pertencem a esses dois conjuntos simultaneamente.
A  B= {x  x  Ax  B}

Exemplo:
Sendo
A= {a, b, c} e B= {a, b, d, e} então A  B = {a, b}

CONJUNTOS DISJUNTOS
Dois conjuntos A e B, são disjuntos quando A B = .

Exemplo:
A = {conjunto dos torcedores do vasco}
B = conjunto dos seres que possuem mais de um
neurônio

CARDINALIDADE DA UNIÃO DE CONJUNTOS


De um modo geral temos:
# (A  B) = #(A) + # (B) - # (A B)
# (A  B  C) = # (A) + # (B) + # (C) - # (A B) - #(A  C)- # (B  C) + (A  B  C)

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DIFERENÇA DE CONJUNTOS
A diferença entre conjuntos A e B é o conjunto A - B, formado pelos elementos que a A que a B.
A - B= {x  x A x  B}

Exemplo:
Sendo
A= {a, b, c, j }, B= {a, b, d, e}, C={0, 5, 7} e D = {0, 3, 5, 7} então:
A-B={c, j} B-A={d, e}
C-D=  C-A={0, 5, 7}

OBSERVAÇÃO
Se A  B =  então A –B = A e B - A= B. Se A  B então A -B= .
Em geral, temos: A - B  B - A ( a diferença de conjuntos não é uma operação comutativa).

COMPLEMENTAR DE B EM RELAÇÃO À A
Quando temos B  A, o conjunto A-B é chamado de complementar de B em relação à A e
escreve-se:
A – B = CAB

Note que x  CAB  x  A e x  B

Atenção!!!
"O complementar de B em relação à A é o que falta em B para B se tomar igual a A."

CONJUNTOS NUMÉRICOS

INTRODUÇÃO
Os primeiros números que conhecemos quando aprendemos a contar são: 1, 2, 3, 4, 5, ... Estes
números surgiram como resultado da comparação de diferentes conjuntos que tinham algo em
comum. Certo conjunto de pedras colocadas numa sacola podia ser colocado em
correspondência com o conjunto das ovelhas de um rebanho; o conjunto das pedras tinha algo
em comum com o das ovelhas: este algo em comum é o mesmo número de elementos.
Paulatinamente a ideia de número se tornou menos concreta e os números passaram a ser
tratados como entes em si, independentes dos conjuntos dos quais, num certo sentido, eram
representantes. E por serem necessários surgiram o zero: 0, e os números negativos: -1, -2, -3, . .
.
Os números considerados até aqui são atualmente "organizados" do seguinte modo:

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CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS: IN


IN = {0, 1, 2, 3,4, ...}

 Todo número natural n, n  2 pode ser decomposto como um produto de fatores primos,
isto é, n 2a . 3b . 5c . 7d ...
 Dados dois números naturais a e b, chama-se mínimo múltiplo comum entre a e b e
representa-se mmc (a, b) o menor dos múltiplos comuns entre a e b.
 Dados dois números naturais a e b, chama-se maior divisor comum entre a e b e
representa-se mdc (a, b) o maior dos divisores comuns entre a e b.

Exemplo:
120 e 360
840= 23. 3 . 5 . 7
360 = 23 . 32 . 5

. mmc (840, 360) = 23 . 32 . 5. 7 = 2520

. mdc (840, 360) = 23 . 3 . 5 = 120

Propriedades: mdc (a, b) = a . b

CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS: Z


Z= {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4...}

Graficamente:

Atenção!
O conjunto dos números naturais é um subconjunto do conjunto dos números inteiros, isto é:

O SÍMBOLO
(+): como índice de um conjunto, indica a exclusão dos seus elementos negativos;
(-): como índice de um conjunto, indica a exclusão dos seus elementos positivos;
(*): como índice de um conjunto, indica a exclusão do zero.

Como exemplos:
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4...} é o conjunto dos inteiros não negativos.

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Z*+ = {1, 2, 3, 4 ...} é o conjunto dos inteiros positivos.

Z - = {...-3, -2, -1, 0} é o conjunto dos inteiros não positivos.

Z*- = {..., -3, -2, -1} é o conjunto dos inteiros negativos.

NÚMEROS RACIONAIS
O conjunto dos números inteiros pode ser representado sobre uma reta ordenadamente conforme
o esquema:

Nesta reta há muito mais pontos que os que representam os números inteiros. A idéia de dividir
um objeto em partes iguais levou-nos aos números fracionários que são números da forma p/q
com q  0. O nome racional deve-se ao fato deles terem origem na razão entre dois números
inteiros.
No conjunto dos números racionais, destacamos os subconjuntos:
Q+ = conjunto dos racionais não negativos
Q- = conjunto dos racionais não positivos
Q* = conjunto dos racionais não nulos.

REPRE SENT AÇÃO DE CIM AL

Todo número racional pode ser representado por um número decimal.


Este número decimal pode aparecer de 2 modos:

COM A QUANTIDADE FINITA DE CASAS DECIMAIS

Exemplo:
3 5 16 16 22
6 ; 0,05  ; 1,6  ; 2 
2 100 10 3 3
Nestes casos, o denominador da fração será da forma: 2x . 5y com x e y  N

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COM UMA QUANTIDADE INFINITA DE ALGARISMOS


Que se repetem periodicamente, isto é, uma dízima periódica.

Exemplo:
1
 0,333...  0, 3 (período: 3)
3
2
 0285714285714...  0,285714 (período
7
285714)
11
 1,8333...  1,83 = (período)
6

As dízimas periódicas dividem-se em 2 grupos:

a) Dizima periódica simples:


Formada pela fração irredutível p/q onde q possui fatores primos da forma
q = 3a . 7b...(a, b, ...  N) e q  1.

2 5 1
Exemplo: , , ...
3 21 11

b) Dízima periódica composta:

Formada pela fração irredutível p/q onde q possui fatores primos da forma q = 3 a . 7b associados a
fatores primos (2a) ou (5b) ou ambos com a  0 ou b ≠0.

Definimos geratriz como a fração que origina a dízima periódica.

MÉTODO PARA OBTENÇÃO DE UMA FRAÇÃO GERATRIZ

Exemplo: x = 0,777 ...

x = 0,777...
10x = 7,777...

x = 7 (Geratriz)
9

Exemplo:
x = 6,4343... 100x - x = 637
100x = 643, 4343... 99x = 637

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637
x (Geratriz)
99

Exemplo:

x = 2,133... 10x – x = 19,2


9x = 19,2
10x = 21,3333...
192
9x 
192 96 32 (Geratriz) 10
x  
90 45 15

CONJUNTO DOS NÚM ER OS IRR ACION AIS


1
Sabendo-se que entre 2 números racionais sempre há um número racional (por exemplo entre
2
1 1 1 5
e existe    : 2  durante muito tempo, achou-se que seria possível preencher a reta
3 3 2 12
somente com a presença de números racionais.

Observemos a seguinte construção:


Se o ponto A representa o número zero e o ponto B representa o número 1, o segmento AB tem
comprimento 1. Construindo BC perpendicular a AB e de comprimento 1, o teorema de Pitágoras
dá o comprimento de AC que será 2 .

Marcando na reta AD de mesmo comprimento que AC, o ponto D representará o número 2 ; o


número 2 não é racional, o que pode ser mostrado com alguns recursos de Aritmética.
Números que não podem ser representados da forma p / q com p  z e q  z* são números
irracionais.
Também não são racionais os números 3 e 3 - 9 , e alguns mais extravagantes como  (pi =
3,14159...) e outros. Todos eles têm representação na reta onde já estão colocados os números
racionais e é muito importante o fato de que a completam.

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OBSERVAÇÃO
A representação decimal de um número irracional é infinita e não-periódica,

CONJ UNT O DOS NÚM ER OS RE AIS


IR = {x / x é racional ou x é irracional}

naturais
inteiros
negativos
racionais
números não-inteiros
reais

irracionais

Os números reais podem ser representados pelos pontos de uma reta r, de tal modo que:

Essa correspondência biunívoca entre elementos de IR e os pontos de r é denominada sistema


de coordenadas abscissas; a reta r é chamada de reta real ou do eixo dos números reais, e o
ponto O, corresponde ao número zero, é a origem desse sistema.
Observe que são reais todos os números naturais, inteiros, racionais e irracionais, assim:

COMPARAÇÃO DE NÚMEROS REAIS


Dados dois números reais a e b, então ocorre somente uma das seguintes situações:
a=ba–b=0
a > b  a – b > 0 ou (a – b)  IR*+
a < b  a – b < 0 ou (a – b)  IR*-

a<b-a>-b
a>b-a<-b

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DEMONSTRAÇÃO
a < b  a - (a + b) < b - (a + b)
-b<-a
-a>-b

Observe que devemos mudar o sentido da desigualdade se multiplicarmos seus dois membros
por -1.

INTERV ALOS
No conjunto dos números reais destacaremos alguns subconjuntos importantes, determinados por
desigualdades, chamados intervalos.
Quaisquer que sejam os números reais a e b, a < b, temos:

INTERVALOS LIMITADOS
{x  IR  a  x  b} é o intervalo fechado de extremos a e b

Notação: [a; b]

{x  IR  a < x < b} é o intervalo aberto de extremos a e b

Notação: a : b

{x  IR  a  x < b} é o intervalo fechado em a e aberto em b.

Notação: [a; b[

{x  IR  a < x  b} é o intervalo aberto em a e fechado em b.

Notação: ]a; b]

INTERVALOS ILIMITADOS

{x  R  x  a} = [a, +  [ = [a, + )

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{x  R  x > a} = ]a, + [ = (a, +)

{x  R  x  b} = ] - , b] = (- , b)

{x  R  x < b} = ] - , b[ = (- , b)

Exemplo:
Sendo A = ] - ; 2] e B = ] - ; + [, temos:

Portanto, A  B =] -; 2 ], A  B = IR
A – B = ]- ; -] e B -A= 2 ; + [.

OBSERVAÇÃO
Módulo de um número real:
Definimos módulo de um número real x (x) como a distância da origem da reta real ao número x.
De um modo geral temos.
x se x  0
x =
-x se x < 0

Exemplo:
5 = 5 pois 5  0

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-3 = 3 pois -3 < 0

x -3 se x  3
x-3 =
-x + 3 se x < 3

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Princípio Multiplicativo e Permutações


A origem desse assunto está ligada ao estudo dos jogos de azar, tais como: lançamento de
dados, jogos de carta etc. Atualmente, você também pode perceber a utilização da Análise
Combinatória nas estimativas de acerto em jogos populares tais como: loteria esportiva, loto,
loteria federal etc., além de aplicações mais específicas, como confecções de horários, de planos
de produção, de número de placas de automóveis etc.

Fatorial
Introduziremos, inicialmente, o conceito de fatorial que será de grande utilidade nos exercícios de
Análise Combinatória.

DEFINIÇÃO
n! =n . (n - 1) . (n - 2). ... 3.2.1 para n  N e n > 1
O símbolo n! (lê-se fatorial de n ou n fatorial)

Exemplos
• 2! = 2 x 1 = 2
• 4!= 4 x 3 x 2 x 1 = 24
• 7! = 7 x 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 5040

Por definição temos:  01 = 1 e 1! =1


 n! = n . (n – 1)!

Exemplos
• 6! = 6 x 5!
• 9! = 9 x 8!

Simplifique as expressões:
7!
a)
6!
8!
b)
8.6!
20!8!3!
c)
4!19!7!

Solução

7! 7.6!
a) = 7
6! 6!

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8! 8.7.6!
b) = 7
8.6! 8.6!
20!8!3! 20!19!8!7!3! 20.8
c) =   40
4!19!7! 4!.3!.19!.7! 4

Simplifique as expressões:
 n  2 !  2n !
a) b)
n!  2n  2!

Solução
 n  2 !  n  2 n  1 n !
a) =   n  2 .  n  1
n! n!

 2n !  2n  2n  1 2n  2 !
b) =  2n  2n  1
 2n  2!  2n  2!

PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO
Se um determinado evento A pode ocorrer de m maneiras' e um evento independente B pode
ocorrer de n maneiras, então, a ocorrência sucessiva dos eventos A e B pode acontecer de m . n
maneiras distintas.

Um rapaz possui cinco camisas e duas calças. De quantos modos diferentes ele poderá se vestir?

Solução
A escolha de uma calça poderá ser feita de duas maneiras diferentes. Escolhida a primeira calça,
o rapaz poderá escolher qualquer uma das cinco camisas, formando portanto, cinco conjuntos
diferentes. Se tivesse escolhido a segunda calça, novamente poderia combinar essa calça com as
cinco camisas que possui, formando outros cinco conjuntos diferentes. Portanto, o número total
de maneiras diferentes de se vestir nesse caso será: 2 x 5 = 10.

Poderíamos esquematizar o problema desse modo:


• escolha de uma calça: 2 possibilidades diferentes;
• escolha de uma camisa: 5 possibilidades diferentes.
Total: 2 x 5 = 10

Quantos números de dois algarismos podemos formar com os algarismos de 1 a 9?

Solução
• escolha de um algarismo para a casa das dezenas: 9 possibilidades;
• escolha de um algarismo para a casa das unidades: 9 possibilidades.

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Total: 9 x 9 =81.

Podemos portanto, formar 81 números algarismos com os algarismos de 1 a 9.

Num grupo de 5 rapazes e 4 moças, de quantos modos distintos podem ser escolhidos um rapaz
para presidente e uma moça para secretária do grêmio estudantil?

Solução
• escolha de um rapaz para presidente: 5 possibilidades;
• escolha de uma moça para secretária: 4 possibilidades.
Total: 5 x 4 = 20

Quantos números de dois algarismos podem ser formados no sistema de numeração decimal?
Solução
• escolha de um algarismo para a casa das dezenas: 9 possibilidades (o zero não pode ocupar
essa posição);
• escolha de um algarismo para a casa das unidades:
10 possibilidades.
Total: 9 x 10 = 90

Observação
Quando alguma das escolhas que iremos fazer possuir restrição, devemos começar por esta
escolha.

Quantos números pares de dois algarismos podem ser formados com os algarismos de 1 a 9?
a) Podendo ocorrer a repetição de algarismos.
b) Sem ocorrer a repetição de algarismos.

Solução
a)
• escolha de um algarismo para a casa das unidades: 4 possibilidades (o número deve terminar
em 2, 4, 6 ou 8, para ser par);
• escolha de um algarismo para a casa das dezenas: 9 possibilidades.
Total: 9 x 4 = 36

b)
• escolha de um algarismo para a casa das unidades: 4 possibilidades (2, 4, 6, 8);
• escolha de um algarismo para a casa das dezenas: 8 possibilidades, já que do total de 9
algarismos que podem ser escolhidos não podemos utilizar aquele que estiver ocupando a casa
das unidades, para que não haja repetição.

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Total: 8 x 4 = 32

Quantos são os divisores do número 72?


Solução
Cada divisor de 72 é da forma 2x.3Y pois 72 = 23.32, onde x  (0,1,2,3) e y  (0,1,2).
• escolha de um valor para x: 4 possibilidades (0,1,2,3);
• escolha de um valor para y: 3 possibilidades (0,1,2).
Total: 4 x 3 = 12 divisores

No sistema decimal, quantos são os números de três algarismos distintos que podemos formar?
Solução
• escolha de um algarismo para a casa das centenas: 9 possibilidades (pois o zero não pode
ocupar essa posição);
• escolha de um algarismo para a casa das dezenas: 9 possibilidades, pois embora o zero possa
ocupar essa posição, não podemos repetir o algarismo que se encon-tra na casa das centenas;
• escolha de um algarismo para a casa das unidades: 8 possibilidades já que não podemos repetir
o algarismo das centenas e nem o das dezenas.
Total: 9 x 9 x 8 = 648

Quantos são os resultados possíveis para um teste da loteria esportiva com 16 jogos?
Solução
Para cada um dos 16 jogadores, temos três resultados possíveis (coluna 1, coluna do meio e
coluna 2). Pelo multiplicativo, teremos que o total de resultados possíveis será:

T = 3x 3 x 3 x 3 x ... x 3 = 316 = 430467721 resultados distintos.

PERMUTAÇÃO SIMPLES
Uma permutação simples de um grupamento com n elementos distintos é uma ordenação destes
elementos onde cada um aparece uma única vez.

O número de permutações simples destes n elementos é dada por:


Pn = n!
Exemplos
• P3= 3! = 3 x 2 x 1 = 6
• P2 = 2! = 2 x 1 = 2

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Quantos números com 5 algarismos distintos podemos formar com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5?


Solução
Verificando que n = p = 5, vamos obter:
P5 = 5! = 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 120
Portanto, poderemos formar 120 números.

Observação
Note que na permutação utilizamos todos os elementos. Apenas arrumamos. Então não se
esqueça: arrumar é o mesmo que permutar.

Quantos são os anagramas da palavra "cola"?


Solução
Anagramas são palavras obtidas, efetuando-se todas as trocas possíveis entre as letras de uma
palavra dada e que podem ter ou não significado na linguagem corrente.
A palavra em questão, "cola", possui 4 letras distintas, logo o total de anagramas será igual ao
total de permutações que podem ser feitas com essas 4 letras, isto é:
Total de anagramas: P4 = 4! = 4 x 3 x 2 x 1 = 24.

Permutando os algarismos 2, 4, 6 e 8, formamos números.


Dispondo esses números em ordem crescente, qual o número que ocupa a 22ª posição?

Solução
2 _____ _____ _____  P3 =3!=6
4 _____ _____ _____  P3 =3!=6
6 _____ _____ _____  P3 =3!=6
8 2 _____ _____  P2 =2!=2

8426 é o 21º número, portanto, o 22º será: 8462.

PERMUTAÇÃO COM REPETIÇÃO


Quando temos n elementos com as repetições de um tipo, b repetições de outro, q de outro, etc.
O número de permutações que podemos formar é dada por:
 , , ,... n!
P 
n
 !  ! !...

Quantos são os anagramas da palavra:


a) ELEGER
b) CANDIDATA

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Solução
Já sabemos que cada anagrama corresponde a uma permutação das letras da palavra.

Neste exemplo, ocorrem letras repetidas.


a) ELEGER  6 letras, sendo 3 E, 1 L, 1 G, 1R.

O número de anagramas é:
3 6!
P 6
  120
3!

b) CANDIDATA  9 letras, sendo 3A, 2D, 1C, 1N, 1 I, 1T.


O número de anagramas é:

3,2 9!
P 9
  30240
3!2!

Quantos números pares obteremos, permutando-se os algarismos 1, 2, 2, 3, 3, 3 e 4 ?


Devemos contar as permutações que terminam por 2 e as que terminam por 4.
Terminado por 2:

Deixando um algarismo 2 fixo na casa das unidades, devemos permutar nas outras casas os
algarismos 1, 2, 3,
3, 3 e 4. O número de permutações é:

3 6!
P 6
  120
3!
Terminando por 4:

Deixando o 4 fixo na casa das unidades, permutamos nas outras casas os algarismos 1, 2, 2, 3, 3
e 3. O número de permutações é:

3,2 6!
P 6
  60
3!2!

Logo, o total de números pares é 120 + 60 = 180.

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PERMUTAÇÃO CIRCULAR
“De quantas formas podemos colocar quatro pessoas em fila?” Responder esta pergunta é
simples: para a 1ª posição da fila, temos 4 possibilidades, para a 2ª, 3 possibilidades, para a 3ª, 2
possibilidades e para 4ª, 1 possibilidade. Logo, o total de possibilidades é 4.3.2.1 = 4! = 24.
Agora, responda o seguinte "De quantas formas podemos colocar quatro pessoas em uma mesa
circular?" A primeira vista parece que estas perguntas possuem a mesma resposta, mas repare o
esquema a" seguir: 4 das possibilidades que estávamos considerando representam uma única
arrumação visto que, de uma arrumação para outra, basta girarmos a mesa.

Logo, como consideramos cada arrumação quatro vezes, basta dividir o resultado por quatro:
4!
 3!  6
4

De uma forma geral, dizemos que o número de permutações circulares de n elementos é dada
por:

Pc = (n-1)!

Se não quisermos decorar a fórmula, basta pensar o seguinte:


Em uma mesa circular vazia com quatro cadeiras ao redor, de quantas formas diferentes a
primeira pessoa pode sentar-se?
Antes de responder, pense o seguinte:
O problema cita mesa circular para mostrar uma ausência de referencial. Como a mesa está
vazia, é indiferente para primeira pessoa onde ela sentará, logo, só existe urna forma de escolha.
Já a segunda pessoa a sentar à mesa possui referência. Ela pode sentar-se à frente da primeira,
ou à sua esquerda ou à sua direita, logo, a segunda pessoa possui três possibilidades.

1ª pessoa - 1 possibilidade
2ª pessoa - 3 possibilidades
3ª pessoa - 2 possibilidades
4ª pessoa - 1 possibilidade
1 x 3 x 2 x 1 = 6 arrumações possíveis

ARRANJO E COMBINAÇÃO

Arranjos Simples

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Matemática - Apostila

Seja o conjunto A = (1, 2, 3). Quantos números com 2 algarismos distintos podemos formar com
os elementos de A?
Teremos como resposta do problema os seguintes números: 12, 13, 21, 23, 31 e 32. Cada
número obtido será chamado de agrupamento. Note, então, que obtivemos 6 agrupamentos
distintos.
Todos os problemas de Arranjos Simples também
poderão ser resolvidos pelo Princípio Multiplicativo.

A ordem dos elementos que formam cada agrupamento é considerada, isto é, os agrupamentos
12 e 21, por exemplo, são diferentes embora formados pelos mesmos elementos (os algarismos 1
e 2). Tais agrupamentos, formados por elementos distintos e cuja ordem é levada em conta,
chamam-se Arranjos Simples.
Atenção:
Arranjos Simples  não há repetição de elementos; a ordem dos elementos é considerada.

CÁLCULO DO NÚMERO DE ARRANJOS SIMPLES


Sendo n o número de elementos de um conjunto A, o número de arranjos simples de n elementos
tomados p a p será dado por:
n!
A 
n, p
n  p

A n, p
: lê se arranjo de n elementos tomados p a p

Quantos números de três algarismos distintos podemos formar com os elementos do conjunto
{1,2,3,4,5}?

Solução
Nesse caso n = 5, que indica o total de elementos que temos para usar, e p = 3, que é a forma
segundo a qual os elementos vão ser associados, já que o problema pede números de três
algarismos. Aplicando a fórmula vamos obter:
5! 5.4.3.2!
A    60
5,3
5  3 2!
Portanto, poderemos formar 60 números com três algarismos distintos.
Com os algarismos 0, 1, 2, 5 e 6, sem os repetir, quantos números compreendidos entre 100 e
1000 poderemos formar?

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Matemática - Apostila

Solução
Como os números devem estar compreendidos entre 100 e 1000, terão 3 algarismos. Como não
pode haver repetição de elementos e a ordem dos elementos em cada agru-pamento é
considerada (por exemplo, o número 123 é diferente do número 132), trata-se de um problema de
arranjos simples.
Números iniciados por 1: 1 ___ ___  A4,2 =12
Números iniciados por 2: 2 ___ ___  A4,2 =12
Números iniciados por 5: 5 ___ ___  A4,2 =12
Números iniciados por 6: 6 ___ ___  A4,2 =12

Portanto, o total de números pedido é 4 x 12 = 48.

Em um campeonato de futebol, participam dez clubes, todos com a mesma possibilidade de


vencer. De quantas maneiras diferentes poderemos ter a classificação para os três primeiros
lugares?

Solução
Note que a ordem dos elementos em cada agrupamento é importante, pois o clube A em primeiro,
B em segundo e C em terceiro é diferente de B em primeiro, A em segundo e C
em terceiro. Não há repetição de elementos, pois o mesmo clube não pode ocupar duas posições
diferentes simulta-neamente. Portanto, trata-se de um problema de arranjo simples. Temos um
total de dez clubes para ocuparem três posições, logo: A10,3 = 720.

COMBINAÇÃO SIMPLES
São agrupamentos onde a ordem com que os elementos comparecem não é considerada.
O número de combinações de n elementos tomados p a p, que indicamos por Cn,p será dado por:

n!
C 
n, p
 n  p ! p !

Quantas duplas distintas podemos formar com 3 pessoas A, B e C?


Repare que agora, se mudarmos a posição dos elementos em um agrupamento, não obteremos
um novo agrupamento. Isto é, a dupla AB é igual à dupla BA, a dupla AC é a mesma que CA e a
dupla BC é a mesma que CB. Portanto, o total de duplas distintas será 3 (AB, AC e BC).

Quantas comissões formadas de 4 elementos cada uma, podemos formar com 10 alunos de uma
classe?

Solução

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Matemática - Apostila

10! 10! 10.9.8.7.6!


C     120
10,4
10  4 !4! 6!4! 6!.4.3.2.1

Quantos são os resultados distintos possíveis de serem obtidos num teste da loto?

Solução
Cada resultado possível corresponde a um conjunto de 5 números, sem importância de ordem,
obtidos de um total de cem números. Teremos então:

100! 100.99.98.97.96.95!
C    75287520
100,5
100  5 !5! 95!.5.4.3.2.1

Numa escola, existem 10 professores de Matemática e 7 de Física. Quantas comissões podemos


formar compostas de 5 professores de Matemática e 3 de Física?

Solução
• escolha dos professores de Matemática: C10,5 = 252
• escolha dos professores de Física: C7,3 = 35

Pelo princípio multiplicativo, vamos ter:


C10,5 x C7,3 = 252 x 35 = 8820.
Poderemos portanto, formar 8820 comissões.

Um químico possui 10 tipos de substâncias. De quantos modos possíveis poderá associar 6


dessas substâncias se, entre as dez, duas somente não podem ser juntadas porque produzem
mistura explosiva?

Solução
Total de associação: C10,6 = 210
Total de associações onde aparecem juntas A e B: C8,4 = 70
Logo, o total de associações possíveis será:

C10,6 - C8,4 = 210 – 70 = 140

(CESGRANRIO) Seja M um conjunto de 20 elementos. O número de subconjuntos de M que


contém exatamente 18 elementos é:
a) 360
b) 190

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Matemática - Apostila

c) 180
d) 120
e) 18

Solução
Temos um total de 20 elementos para escolhermos 18, independendo da ordem. Logo, teremos

20!
C   190
20,18
 20  18 !18!

Portanto, o total de subconjuntos com 18 elementos que podemos formar com um conjunto de 20
elementos será 190.
Alternativa b.

Uma organização dispõe de 10 economistas e 6 administradores. Quantas comissões de 6


pessoas podem ser formadas de modo que cada comissão tenha no mínimo,
3 administradores?
a) 2400
b) 675
c) 3136
d) 60
e) 3631

Solução
Teremos que considerar as seguintes comissões:
• com 3 administradores e 3 economistas:
C6,3 x C10,3 = 2400
• com 4 administradores e 2 economistas:
C6,4 x C10,2 = 675
• com 5 administradores e 1 economista:
C6,5 x C10,1 = 60
• com 6 administradores e nenhum economista: teremos só uma possibilidade.
O total de comissões que poderemos formar será então:
2400 + 675 + 60 + 1 = 3136
Alternativa c.

Soluções Inteiras de um Sistema

Exemplo 1
Determine o número de soluções inteiras positivas da equação x + y + z =,6.

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Matemática - Apostila

Solução
Representando cada unidade por • e colocando a barra I entre duas quaisquer das 6 bolas,
obtemos uma maneira de escrever 6 como soma de três inteiros positivos.
Exemplo

Basta, então, colocar a barra em duas das cinco posições.


Logo, temos C5,2 = 10 maneiras diferentes de escrevermos 6 como soma de 3 inteiros positivos.

Exemplo 2
Determinar o número de soluções naturais da equação x+y+z=6.

Solução
Acrescentando 1 a cada uma das parcelas do 1º membro,

Para obtermos o número de soluções naturais de x + y + z = 6, basta contar o número de


soluções inteiras positivas de x'+y'+ z' = 9, ou seja:

C 8,2= 28 soluções naturais de x + y + z = 6.


Como as soluções são naturais (inclui o zero), somamos 1 a x,
y e z e, assim, voltamos a trabalhar com soluções inteiras
positivas.

Com 5 consoantes diferentes e 4 vogais diferentes, quantas "palavras" podemos formar tendo 3
consoantes distintas e 2 vogais distintas?

Solução
Escolha 3 das 5 consoantes: C5,3
Escolha 2 das 4 vogais: C4,2
No de grupos de 3 consoantes e 2 vogais: C 5,3 . C4,2
Em cada um desses grupos, devemos permutar os elementos. Portanto, teremos C 5,3 . C4,2 . P5 =
7200 "palavras" com 3 consoantes distintas e 2 vogais distintas.

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Matemática - Apostila

Probabilidade
Dado um experimento com um número finito de possíveis resultados, definem-se:

 Espaço amostral do experimento


É o conjunto de todos os possíveis resultados do experimento.

 Evento
É qualquer subconjunto do espaço amostral.

 Probabilidade
Sendo  o espaço amostral de um experimento dado e A um evento (A  ), a probabilidade de
n(A)
ocorrência do evento A é representada e definida por p(A)  , onde
n(Ω)
n(A)  número de elementos do conjunto A
n()  número de elementos do conjunto .

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Matemática - Apostila

Gráfico Estatístico
1. Introdução
O gráfico estatístico é uma forma de apresentação dos dados estatísticos, cujo objetivo é o de
produzir, no investigador ou no público em geral, uma impressão mais rápida e viva do fenômeno
em estudo, já que os gráficos falam mais rápido à compreensão do que as séries. O gráfico é um
instrumento que possibilita transmitir muitas vezes o significado de planilhas ou tabelas
complexas de uma forma mais eficiente e mais simples. Não adianta você saber efetuar a
confecção de um gráfico se não souber a que finalidade se destina determinado gráfico. Desta
forma você correrá o risco de apresentar um gráfico que não seja adequado a uma determinada
situação. O gráfico apresenta de forma detalhada, a elaboração e utilização do fichário-imagem.
Uma representação gráfica tem por objetivo fazer aparecer as relações que existem entre
elementos que são representados prévia e rigorosamente de modo a garantir a monossemia que
envolve a "Graphique". O exemplo utilizado é o de uma cooperativa com diferentes tipos de
informações que foram representadas na forma gráfica com o auxílio do fichário-imagem.

2. Gráficos Estatísticos
Para se criar um gráfico é preciso primeiro conhecer o tipo de informação que se deseja
transmitir, pois um gráfico poderá informar de forma visual as tendências de uma série de valores
em relação a um determinado espaço de tempo, a comparação de duas ou mais situações e
muitas outras. Cada tipo de gráfico é adequado para uma diferente situação a ser analisada. Se
um gráfico for definido de forma incorreta, poderá ocorrer a análise errada de uma situação,
causando uma série de interpretações distorcidas do assunto em questão, tornando desta forma o
desenho do gráfico sem qualquer efeito aproveitável. Para tornarmos possível uma representação
gráfica, estabelecemos uma correspondência entre os termos da série e determinada figura
geométrica, de tal modo que cada elemento da série seja representado por uma figura
proporcional. A representação gráfica de um fenômeno deve obedecer a certos requisitos
fundamentais para ser realmente útil:

2.1 Aspectos básicos no tracejado

a) Simplicidade: o gráfico deve ser destituído de detalhes de importância secundária, assim


como de traços desnecessários que possam levar o observador a uma análise morosa ou com
erros;

b) Clareza: o gráfico deve possibilitar uma interpretação correta dos valores representativos
do fenômeno em estudo;

c) Veracidade: o gráfico deve expressar a verdade sobre o fenômeno em estudo, ou seja,


cálculos devem coincidir com as marcações

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2.2 Diagramas
Os diagramas são gráficos geométricos de, no máximo, duas dimensões; para sua construção,
em geral, faz-se uso do sistema cartesiano. Dentre os principais diagramas, destacamos:

2.2.1. Gráfico em linha ou em curva


São ideais para ilustrar tendências em dados que ocorrem ao longo do tempo. Esse tipo de
gráfico se utiliza da linha poligonal para representar a série estatística. Constitui uma aplicação do
processo de construção do gráfico de uma função no sistema de coordenadas cartesianas.

Construção: O gráfico pode apresentar linhas contínuas ou conter marcadores de dados.

Exemplo:

2.2.2. Gráfico em colunas ou em barras


É a representação de uma série por meio de retângulos, dispostos verticalmente (em colunas) ou
horizontalmente (em barras). Quando em colunas, os retângulos têm a mesma base e as alturas
são proporcionais aos respectivos dados. Quando em barras, os retângulos têm a mesma altura e
os Comprimentos são proporcionais aos respectivos dados. Desse modo, estamos garantindo a
proporcionalidade entre as áreas dos retângulos e os dados estatísticos.

Construção:
As Categorias são organizadas horizontalmente e os valores verticalmente. Quando há mais de
uma sequência, é interessante inserir a legenda no gráfico; cada sequência é diferenciada por
uma cor ou padrão.

Exemplos:

a) Gráfico em colunas
O gráfico em questão terá a finalidade de demonstrar a projeção dos valores de vendas de
diversos produtos durante o primeiro trimestre de um determinado ano em relação à taxa de
projeção aplicada a cada mês.

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Matemática - Apostila

b) Gráfico em barras

Construção: As Categorias são organizadas verticalmente, para focalizar a comparação de


valores.

São usualmente bem ilustrados num simples gráfico de barras onde a altura da barra é igual à
frequência.

Dados qualitativos, particularmente quando as categorias são ordenadas, Gráficos de barras


empilhadas mostram o relacionamento de itens individuais com o todo.

2.3 Gráfico em setores

Construção: Esse gráfico é construído com base em um círculo, e é empregado sempre que
desejamos ressaltar a participação do dado no total.

O total é representado pelo círculo, que fica dividido em tantos setores quantas são as partes. Os
setores são tais que suas áreas são respectivamente proporcionais aos dados da série. Obtemos

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Matemática - Apostila

cada setor por meio de regra de três simples e direta, lembrando que o total da série corresponde
a 360°.

Os setores do gráfico são desenhados de tal forma que eles tenham área proporcional à
frequência.

Exemplo:

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Matemática - Apostila

Estatística
1- Introdução
Estatística é uma ciência exata que visa fornecer subsídios ao analista para coletar, organizar,
resumir, analisar e apresentar dados. Trata de parâmetros extraídos da população, tais como
média ou desvio padrão.
A estatística fornece-nos as técnicas para extrair informação de dados, os quais são muitas vezes
incompletos, na medida em que nos dão informação útil sobre o problema em estudo. Sendo
assim, é objetivo da Estatística extrair informação dos dados para obter uma melhor compreensão
das situações que representam.
Quando se aborda uma problemática envolvendo métodos estatísticos, estes devem ser utilizados
mesmo antes de se recolher a amostra, isto é, deve-se planejar a experiência que nos vai permitir
recolher os dados, de modo que, posteriormente, se possa extrair o máximo de informação
relevante para o problema em estudo, ou seja para a população de onde os dados provêm.
Quando de posse dos dados, procura-se agrupa-los e reduzi-los, sob forma de amostra, deixando
de lado a aleatoriedade presente.
Seguidamente o objetivo do estudo estatístico pode ser o de estimar uma quantidade ou testar
uma hipótese, utilizando-se técnicas estatísticas convenientes, as quais realçam toda a
potencialidade da Estatística, na medida em que vão permitir tirar conclusões acerca de uma
população, baseando-se numa pequena amostra, dando-nos ainda uma medida do erro cometido.

2- População e amostra
Qualquer estudo científico enfrenta o dilema de estudo da população ou da amostra. Obviamente
teríamos uma precisão muito superior se fosse analisado o grupo inteiro, a população, do que
uma pequena parcela representativa, denominada amostra. Observa-se que é impraticável na
grande maioria dos casos, estudar-se a população em virtude de distâncias, custo, tempo,
logística, entre outros motivos.
A alternativa praticada nestes casos é o trabalho com uma amostra confiável. Se a amostra é
confiável e proporciona inferir sobre a população, chamamos de inferência estatística. Para que a
inferência seja válida, é necessária uma boa amostragem, livre de erros, tais como falta de
determinação correta da população, falta de aleatoriedade e erro no dimensionamento da
amostra.
Quando não é possível estudar, exaustivamente, todos os elementos da população, estudam-se
só alguns elementos, a que damos o nome de Amostra.
Quando a amostra não representa corretamente a população diz-se enviesada e a sua utilização
pode dar origem a interpretações erradas.

3- Medidas de tendência Central


As mais importantes medidas de tendência central, são a média aritmética, média aritmética para
dados agrupados, média aritmética ponderada, mediana, moda, média geométrica, média

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Matemática - Apostila

harmônica, quartis. Quando se estuda variabilidade, as medidas mais importantes são: amplitude,
desvio padrão e variância.

Medidas
Média aritmética
Média aritmética para dados
agrupados
Média aritmética ponderada
1) Se n é impar, o valor é central,
Mediana 2) se n é par, o valor é a média dos dois
valores centrais
Moda Valor que ocorre com mais frequência.

Sendo a média uma medida tão sensível aos dados, é preciso ter cuidado com a sua utilização,
pois pode dar uma imagem distorcida dos dados.
A média possui uma particularidade bastante interessante, que consiste no seguinte:
se calcularmos os desvios de todas as observações relativamente à média e somarmos esses
desvios o resultado obtido é igual a zero.
A média tem uma outra característica, que torna a sua utilização vantajosa em certas aplicações:
Quando o que se pretende representar é a quantidade total expressa pelos dados, utiliza-se a
média.
Na realidade, ao multiplicar a média pelo número total de elementos, obtemos a quantidade
pretendida.

4.1- Moda
Define-se moda como sendo: o valor que surge com mais frequência se os dados são discretos,
ou, o intervalo de classe com maior frequência se os dados são contínuos.
Assim, da representação gráfica dos dados, obtém-se imediatamente o valor que representa a
moda ou a classe modal
Esta medida é especialmente útil para reduzir a informação de um conjunto de dados qualitativos,
apresentados sob a forma de nomes ou categorias, para os quais não se pode calcular a média e
por vezes a mediana.

4.2- Mediana
A mediana, é uma medida de localização do centro da distribuição dos dados, definida do
seguinte modo:

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Matemática - Apostila

Ordenados os elementos da amostra, a mediana é o valor (pertencente ou não à amostra) que a


divide ao meio, isto é, 50% dos elementos da amostra são menores ou iguais à mediana e os
outros 50% são maiores ou iguais à mediana
Para a sua determinação utiliza-se a seguinte regra, depois de ordenada a amostra de n
elementos:

 Se n é ímpar, a mediana é o elemento médio.


 Se n é par, a mediana é a semi-soma dos dois elementos médios

4.3-Considerações a respeito de Média e Mediana


Como medida de localização, a mediana é mais robusta do que a média, pois não é tão sensível
aos dados.

1- Quando a distribuição é simétrica, a média e a mediana coincidem.


2- A mediana não é tão sensível, como a média, às observações que são muito maiores ou muito
menores do que as restantes (outliers). Por outro lado a média reflete o valor de todas as
observações.

Como já vimos, a média ao contrário da mediana, é uma medida muito influenciada por valores
"muito grandes" ou "muito pequenos", mesmo que estes valores surjam em pequeno número na
amostra. Estes valores são os responsáveis pela má utilização da média em muitas situações em
que teria mais significado utilizar a mediana.
A partir do exposto, deduzimos que se a distribuição dos dados:

1. for aproximadamente simétrica, a média aproxima-se da mediana


2. for enviesada para a direita (alguns valores grandes como "outliers"), a média tende a ser maior
que a mediana
3. for enviesada para a esquerda (alguns valores pequenos como "outliers"), a média tende a ser
inferior à mediana.

5 - Medidas de dispersão
Introdução

No capítulo anterior, vimos algumas medidas de localização do centro de uma distribuição de


dados. Veremos agora como medir a variabilidade presente num conjunto de dados através das
seguintes medidas:

5.1- Medidas de dispersão


Um aspecto importante no estudo descritivo de um conjunto de dados, é o da determinação da
variabilidade ou dispersão desses dados, relativamente à medida de localização do centro da
amostra.

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Supondo ser a média, a medida de localização mais importante, será relativamente a ela que se
define a principal medida de dispersão - a variância, apresentada a seguir.

5.2- Variância
Define-se a variância, como sendo a medida que se obtém somando os quadrados dos desvios
das observações da amostra, relativamente à sua média, e dividindo pelo número de observações
da amostra menos um.

5.3- Desvio-padrão
Uma vez que a variância envolve a soma de quadrados, a unidade em que se exprime não é a
mesma que a dos dados. Assim, para obter uma medida da variabilidade ou dispersão com as
mesmas unidades que os dados, tomamos a raiz quadrada da variância e obtemos o desvio
padrão:
O desvio padrão é uma medida que só pode assumir valores não negativos e quanto maior for,
maior será a dispersão dos dados.

Algumas propriedades do desvio padrão, que resultam imediatamente da definição, são:

O desvio padrão será maior, quanta mais variabilidade houver entre os dados.

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Geometria Analítica
Ponto no R2
Um ponto é um par ordenado (x, y) onde x é a abscissa e y é a ordenada.

Exemplo:
Observe no gráfico abaixo os pontos A (xA, yA) e B (xB, yB).

DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS


Dados dois pontos A (xA, yA) e B (xB, yB), como calcular a distância entre eles?

Para calcular a distância entre os pontos A e B, nós criamos um triângulo retângulo de catetos
conhecidos e utilizamos o teorema de Pitágoras.

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Matemática - Apostila

Assim:
dAB2 = (xA - xB)2 + (yA - yB)2
Temos que a distância entre eles é:
d AB  x A  xB 2  y A  y B 2

PONTO MÉDIO
Dados dois pontos: A(xA,yA) e B(xB, yB), como descobrir as coordenadas do ponto médio entre
eles?

Para isso vamos criar dois triângulos retângulos:

Note que os triângulos TMA e MBR são congruentes, pois têm dois ângulos iguais, o que
garante que são semelhantes MB  MA . O que garante que a razão de semelhança seja 1 é o
fato de eles serem congruentes.

Logo,
BR  MT e AT  MR , ou seja,
x b x m  x m xa  x m é o ponto médio de xa e xb
y a y m  y m ya  y m é o ponto médio de ya e yb

xm- xb = xa - xm  2xm = xa + xb
xm –xb = yb - ym  2ym =ya + yb

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Matemática - Apostila

Portanto,
 x A  xB y A  yB 
M = (Xm, Ym) =  , 
 2 2 

BAR ICENTRO DE UM TRIÂNGULO


Seja G o baricentro do triângulo ABC, podemos dizer que as coordenadas de G são as médias
das coordenadas dos vértices do triangulo.

G= A + B + C
3

Equação da Reta
Neste momento, iremos ver que uma reta do plano cartesiano pode sempre ser representada por
uma equação do tipo ax + by + c = 0, onde a, b e c são constantes e as variáveis x e y são as
coordenadas dos pontos P (x, y) da reta.
Dados dois pontos: A (xA, yA) e B (xB, yB), temos que a equação da reta que os contem pode ser
obtida da seguinte forma:

Se um ponto P (x, y) pertence à reta

Temos pela semelhança dos triângulos RPB e TAB que:

y  yb ya  yb

x  xb xa  xb

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Matemática - Apostila

Obtenha a equação da reta determinada por A (2, 3) e B (3, 5).

y A  yB
m  tg
x A  xB

y - 5 = 2 (x -3)  2x - y + 1 = 0

C O E F I C I E N T E AN G U L AR D E U M A R E T A
Se A (xA,yA) e B (xB, yB) são dois pontos distintos do plano cartesiano e xA ≠ xB (isto é, a reta AB
não é paralela a 0y), define-se o coeficiente angular m da reta AB, como:

YA  YB
m  tg
X A  XB

temos que o coeficiente angular é a tangente do ângulo de inclinação da reta em relação ao eixo
x.

Equação da Reta dados o Coeficiente Angular e um Ponto


Se forem dados o coeficiente angular m= tg a, e um ponto A (xA,yA) da reta podemos obter sua
equação fazendo:
y  ya
m
x  xa
donde
y – yA = m (x – xA)
y = mx +yA - mxA

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Matemática - Apostila

Chamando yA–mxA=n teremos a Equação reduzida da reta


y = mx+ n

Caracterizada por ter o y isolado no 1º membro da equação:

PROPRIEDADES
I) Coeficiente linear n. O ponto de interseção da reta com o eixo y é (0, n).

II) Coeficiente angular m = tg 

III) Dado um ponto (x0,y0) e o coeficiente angular m, a equação da reta poderá ser obtida por:
y – y0 = m (x – x0)

P OS I Ç Ã O R E L AT I V A D E D U AS R E T AS

• CONCORRENTES
Sabemos que s e r são concorrentes se tiverem um só ponto comum. Isto ocorre se o sistema
formado pelas suas equações é satisfeito por um único par (x, y), isto é, se o sistema e possível e
determinado.
Caso particular: retas perpendiculares.

• PARALELAS
No plano cartesiano, duas retas paralelas têm coeficientes angulares iguais ou são ambas
verticais.
Se forem r e s paralelas então não existe par ordenado (x, y) que satisfaz ao sistema formado
pelas equações das retas (então um sistema impossível).
Se r e s forem coincidentes (r = s), o sistema formado por suas equações é satisfeito por uma
infinidade de pares (x, y).
Neste caso, as equações de s e r são equações equivalentes, formam um sistema indeterminado.

P AR ALE LISM O
Duas retas são paralelas se possuem o mesmo coeficiente angular (ou seja, tem a mesma
inclinação em relação ao eixo x).

Obter a equação da reta s que passa pelo ponto A (1, -2) e é paralela a reta r de equação x + y - 3
= 0.

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Matemática - Apostila

Resolução
1º modo:
A equação reduzida de r é y= - x + 3; então, o seu coeficiente angular é m = - 1.
y2
 1
x 1
y + 2 = - x +1

equivalente a x + y + 1= 0 (equação geral)

2° modo:
Como a equação reduzida de r é y=- x + 3, a equação reduzida de s, paralela a r, seja y=-x
+ p.
O ponto A (1,-2) pertence a s; substituindo x = 1 e y =-2 temos -2 = -1 + P e daí, p = -1.
Então, a equação de s é y = -x -1 (equação reduzida)

PERPENDICUL ARISM O
Se duas retas r e s são perpendiculares, então mr . ms = -1.

CIRCUNFERÊNCIA
É o conjunto dos pontos do plano que são equidistantes de um ponto fixo (a, b), chamado centro
da circunferência. A distância comum é o raio r.

EQUAÇÃO DE UMA CIRCUNFERÊNCIA


Em geral, seja P (x, y) um ponto da circunferência de centro (a, b) e raio r. Temos que a distância
entre P e C é d = r. Então, temos a equação em x e y:
r x  a2  y  b2
da qual obtemos a equação reduzida da circunferência:
(x – a )2 + ( y – b )2 = r2

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Matemática - Apostila

EQUAÇÃO GERAL
Desenvolvendo-se a equação reduzida (os produtos notáveis) obtemos a equação geral da
circunferência:

x2 + y2 + Dx + Ey + F = 0

Onde:
D = - 2a
E = - 2b
F = a2+ b2- r2

P OS I Ç Ã O R E L AT I V A D O P ON T O E C I R C U N F E R Ê N C I A
Com um ponto P (x, y) em relação a uma circunferência de centro C (a, b) e raio r, pode ocorrer
uma das três situações que estudaremos a seguir:

a) Ponto P pertencente à circunferência

A distância entre P e C é igual ao raio:


dC,P = R

Logo, satisfazem equação da circunferência


(x – a)2 + ( y – b)2 = r2

b) O ponto P esta no interior do círculo definido pela circunferência, quando diremos que e interno
a circunferência.

A distância entre P e C é menor do que o raio:


dC,P < R

Portanto, suas coordenadas satisfazem a inequação:


(x - a)2+ (y - b)2 < r2

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Matemática - Apostila

c) O ponto P está no exterior do círculo determinado pela circunferência quando diremos que P é
externo a circunferência.

A distância entre P e C é maior do que o raio:


dC;P > R

Logo suas coordenadas satisfazem a inequação


( x - a)2 + (y - b)2 > r2

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Geometria Plana
CÍRCULO E ÂNGULOS

Circunferência de círculo é a linha formada por todos os pontos


do plano que possuem uma distância constante (raio) de um
ponto fixo (centro O).

Comprimento da circunferência de raio R: c  2R , sendo   3,1415

Ângulo central: AÔB , de medida .



Arco subentendido: AB , tal que a medida
angular do arco é igual à medida do ângulo

central ( AB   ).

Sistema sexagesimal de unidades angulares:

Divide-se a circunferência em 360 partes iguais; o ângulo


central que subentende o arco limitado por dois pontos
consecutivos, é o ângulo de um grau (1º).

1 1
Submúltiplos: minuto: 1'  ( )º ; segundo: 1"  ( )' .
60 60

Vocabulário:

Ângulos adjacentes Ângulos opostos


( AÔB e BÔC ) pelo vértice

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Retas
perpendiculares Ângulo agudo
(ângulo reto)

Ângulo obtuso Bissetriz do ângulo

Dois ângulos complementares: somam 90º


Dois ângulos suplementares: somam 180º
Dois ângulos replementares: somam 360º

RETAS PARALELAS CORTADAS POR TRANSVERSAL

Para os ângulos numerados na figura, tem-se:


Alternos internos: 3 e 5 ; 4 e 6
Alternos externos: 1 e 7; 2 e 8

Propriedade: os alternos são congruentes.


Colaterais internos: 3 e 6; 4 e 5
Colaterais externos: 1 e 8; 2 e 7

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Propriedade: os colaterais são suplementares.


Correspondentes: 1 e 5; 2 e 6; 3 e 7; 4 e 8

Propriedade: os correspondentes são congruentes

TRIÂNGULOS
Classificação quanto aos lados:

Classificação quanto aos ângulos:

Condição de existência do triângulo: Cada lado é menor que a soma e maior que a diferença
dos outros dois.

Cevianas notáveis do triângulo:


Mediana: AM , tal que MB = MC .

Altura: AH , tal que AH  BC

Bissetriz interna: AP, tal que PÂB = PÂC


Bissetriz externa: AP' , tal que P'ÂC = P'ÂD.

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Casos de congruência de dois triângulos: Dois triângulos são congruentes quando possuem:
- (ALA) um lado congruente entre ângulos respectivamente congruentes.
- (LAL) um ângulo congruente entre lados respectivamente congruentes.
- (LLL) três lados respectivamente congruentes.
- (LAAO) um lado congruente, um ângulo congruente adjacente ao lado e um ângulo
congruente oposto ao lado.
- Caso especial de triângulos retângulos: hipotenusa congruente e um cateto congruente.

Maior lado e maior ângulo de um triângulo: Em um triângulo, o maior lado é oposto ao maior
ângulo.

Soma dos ângulos internos do triângulo: é igual a 180º.


Propriedade do ângulo externo do triângulo: cada ângulo externo é igual à soma dos ângulos
internos não adjacentes.

POLÍGONOS

Polígono convexo:

Polígonos não convexos:

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Nomenclatura dos polígonos:

Gênero de um polígono é o seu número de lados

GÊNERO NOME
3 triângulo
4 quadrilátero
5 pentágono
6 hexágono
7 heptágono
8 octógono
9 eneágono
10 decágono
11 undecágono
12 dodecágono
15 pentadecágono
20 icoságono

Diagonais do polígono:
No polígono de gênero n, tem-se:
Número de diagonais traçadas de um vértice  n  3

n (n  3)
Número total de diagonais: D 
2

Ângulos do polígono convexo: No polígono convexo ABCD... de gênero n , representa-se:


Si  Âi  B̂i  Ĉi  ... (soma dos ângulos internos)
Se  Âe  B̂e  Ĉe  ... (soma dos ângulos externos)

Propriedades: Si  180º (n  2) e Se  360º .

Polígonos regulares: Possuem lados congruentes e ângulos congruentes.

Propriedades: Num polígono regular convexo de gênero n , tem-se:


180º (n  2)
Medida de cada ângulo interno: Ai 
n
360º
Medida de cada ângulo externo: Ae 
n

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QUADRILÁTEROS
Vocabulário:

TRAPÉZIO RETÂNGULO
(dois lados (quatro ângulos
paralelos) retos)

PARALELOGRAMO
(lados opostos paralelos)

QUADRADO
LOSANGO (quatro ângulos
(quatro lados retos e
congruentes) 4 lados
congruentes)

Propriedades do paralelogramo: Sendo ABCD um quadrilátero convexo, valem os seguintes


teoremas:
- (AB//CD e AD//BC)  (AB = CD e AD = BC)
- (ABCD é paralelogramo)  (Â = Ĉ e B̂ = D̂ )
- (ABCD é paralelogramo)  ( AC e BD se cortam ao meio)
- (ABCD é paralelogramo)  (AB//CD e AB = CD)

Propriedades do retângulo:
- Todo retângulo também é um paralelogramo.
- As diagonais são congruentes e se cortam ao meio.

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Propriedades do losango:
- Todo losango também é paralelogramo
- As diagonais são perpendiculares e se cortam ao meio.

Propriedades do quadrado:
- Todo quadrado também é paralelogramo, retângulo e losango.
- As diagonais são congruentes, perpendiculares e se cortam ao meio.

BASES MÉDIAS

Base média do triângulo:


É o segmento MN que une pontos médios de
dois lados.

BC
Propriedade: MN // BC e MN = .
2

Base média do trapézio:


É o segmento MN que une os pontos
médios dos lados não paralelos.

Propriedade:
MN // AB // CD e
AB  CD
MN = .
2

Mediana de Euler do trapézio:


É o segmento RS que une os pontos
médios das diagonais.

Propriedade:
RS // AB // CD e
AB  CD
RS = .
2

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TRIÂNGULO RETÂNGULO

Círculo circunscrito ao triângulo retângulo:

- O centro do círculo circunscrito a um triângulo retângulo é o ponto médio da hipotenusa.


- O raio do círculo circunscrito é igual à metade da hipotenusa.
- A mediana relativa à hipotenusa mede a metade da hipotenusa.

Relações métricas no triângulo retângulo:

a 2  b2  c2 (Teorema de Pitágoras)
h  mn
2

bc  ah
b2  am ; c2  an

Linhas trigonométricas no triângulo retângulo:

cateto oposto b
seno: sen x  
hipotenusa a
cateto adjacente c
cosseno: cos x  
hipotenusa a

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cateto oposto b
tangente: tg x  
cateto adjacente c
1 c
cotangente: cot g x  
tgx b
1 a
secante: sec x  
cos x c
1 a
cossecante: cos sec x  
sen x b

Linhas trigonométricas de 30º, 45º e 60º:

x 30º 45º 60º


1 2 3
sen x
2 2 2
3 2 1
cos x
2 2 2
3
tg x 1 3
3

CÍRCULOS E RETAS

A reta tangente ao círculo é perpendicular ao


raio do ponto de tangência.

Se PA e PB são tangentes ao círculo traçadas


pelo ponto P exterior, então PA  PB .

Tangentes comuns exteriores a dois círculos:

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Tangentes comuns interiores a dois círculos:

Círculos tangentes: O ponto de tangência (A) pertence à linha dos centros.


Círculos tangentes exteriores (O1O2  R  r)

Círculos tangentes interiores (O1O2  R  r)

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Áreas
Vejamos como se calculam as áreas das principais figuras geométricas planas.

RETÂNGULO
Tomaremos como referência para o cálculo das outras áreas, a área do retângulo.

A=b.h

QUADRADO
O quadrado é um retângulo, logo, sua área também pode ser calculada, multiplicando-se sua
base por sua altura.
Como no quadrado, a base é igual a altura, podemos chamá-los de lado  . Logo, a área do
quadrado fica da seguinte forma:
. .
A =  .  = 2


. .
PARALELOGRAMO
Observe o paralelogramo abaixo:

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Se dividirmos o paralelogramo como mostra a figura e deslocarmos como sugerido, a nova figura
é um retângulo de base b e altura h.
Logo, podemos calcular a área do paralelogramo da seguinte forma:

A=b.h

LOSANGO
Considere o losango abaixo:

Traçando paralelas às suas diagonais passando por seus vértices, encontraremos um retângulo
de lados D e d.

Repare que os 8 triângulos possuem mesma área. Logo, a área do losango é a metade da área
do retângulo.

Temos então que:

D.d
A
2

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TRAPÉZIO
Observe o trapézio abaixo:

Traçando uma paralela a um dos lados do trapézio como mostra a figura, obtemos um
paralelogramo e um triângulo.

A área do trapézio é a soma da área do paralelogramo do triângulo.


A  bh 
B  b h  2bh  Bh  bh  Bh  bh  B  b h
2 2 2 2

A
B  b h
2

Repare o paralelogramo abaixo:

Sua diagonal o divide em dois triângulos de mesma área. Logo, a área do triangulo é a metade
da área do paralelogramo.

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b.h
A
2

Existe outra relação para o cálculo da área do triângulo. Observe o triângulo abaixo:

h
Sabemos que sen a = logo,
a
h = a . sen 
A área do triângulo será:
b.h
A
2
substituindo h por a . sen  TEMOS:
a.b. sen α
A
2

Repare que as duas relações calculam a área do triângulo.


A diferença são os elementos necessários para esse cálculo.
Enquanto na primeira, utilizamos a base e altura, na segunda, utilizamos dois lados do triângulo e
o ângulo formado por eles.

a.b. sen α
A
2

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TRIÂNGULO EQUILÁTERO

No triângulo equilátero temos:


 3 b.h   3  2 3
h , logo, A   . 
2 2 2 24 4

 3
h
2
2 3
A
4

TRIÂNGULO CIRCUNSCRITO

abc
Vamos provar que A = p.r, onde A é a área do triângulo, p  é o semiperímetro e r o raio
2
da circunferência inscrita. A prova é simples, acompanhe: Traçamos os três raios nos pontos
de tangência e ligamos o centro da circunferência inscrita com os vértices.

O triângulo original, fica decomposto em outros três. Em cada um deles, a base é um dos lados
(a, b c) e a altura é o raio r, pois o raio é perpendicular ao lado no ponto de tangência. Segue-se
que área do triângulo original é a soma das áreas dos triângulos menores, ou seja:
a.r b.r c.r (a  b  c)r (a  b  c)
A     .r
2 2 2 2 2

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A = p.r

abc
p
2

ÁREAS DE POLÍGONOS SEMELHANTES

Sejam os polígonos acima semelhantes com


a b c s
1
 1  1  ...  k então 1 valerá k2.
a b c s

OBSERVAÇÃO
Se dois polígonos são semelhantes então a razão entre suas áreas será igual ao quadrado da
razão entre seus lados.

Observe a relação entre lados e áreas dos quadrados:

Repare que quando dobramos os lados de um polígono sua área não dobra e sim quadruplica.

Para calcularmos a área de um circulo utilizaremos a relação A = PpR2

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A = R2

Observação
Cuidado para não confundir comprimento da circunferência com área do círculo C = 2  R e A =
.R2.

COROA CIRCULAR
É a região situada entre duas circunferências concêntricas.
A área da coroa circular é igual à área do círculo maior menos a área do círculo menor.

A coroa. =  (R2 – r2)

Repare que a expressão que determina a área da coroa circular é um produto notável A =  (R2 –
r2) =  (R+r) (R- r). Isso é explorado em alguns exercícios.

SETOR CIRCULAR
É a parte do círculo limitada por dois raios e um arco.
Chamando de α o ângulo formado pelos raios e medindo esse ângulo em graus, a área do setor
é:

2
R 
Asetor 
360

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Calcule a área do setor circular da figura:

Solução:
Utilizando-se a fórmula da área do setor, fica fácil.
2
R 
2
  .10 .72
Como Asetor  , = 720 e R = 10 cm, obtemos Asetor   20 cm2
360 360

Agora repare como você pode resolver o problema sem ter que decorar a fórmula da área do
setor.

Observe que 720 é um quinto de 3600, a partir disto, concluímos que o setor de 720 é um quinto do
círculo que o contém e, portanto, a área do setor é a quinta parte da área do círculo:
2
.R  .10 2
Asetor    20 cm2
5 5

SEGMENTO CIRCULAR
É a região limitada pela circunferência e uma corda.

Para o cálculo da área do segmento circular, faremos a ,diferença entre a área do setor circular e
a área do triângulo como mostra a figura:

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Matemática - Apostila

Calcule a área do setor abaixo sabendo que o raio da Circunferência vale 12cm.

Solução:
Primeiro, calcularemos a área do setor Circular.

2
.R   .12 2 .60
Asetor    24
360 360

Repare que o triângulo, neste caso, é um triângulo equilátero.

2 2 3
 3 12
Atriângulo    36 3
4 4

Logo, a área do setor será calculada da seguinte forma:


A segmento = A setor - A triângulo = 24 - 36 3

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Geometria Espacial
PRISMAS

Prisma qualquer:
Altura : h = distância entre as
bases.
Seção reta: É a seção
perpendicular à arestas laterais.
Área lateral do prisma: S  2pr  a  ,
sendo:
2pr  perímetro da seção reta; a   aresta lateral.

Prisma reto: As arestas laterais são perpendiculares ao plano da base.

Prisma regular: A base é um polígono


regular e as arestas laterais são
perpendiculares ao plano da base.

Paralelepípedo: É o prisma cuja base é um paralelogramo.

PARALELEPÍPEDO OBLÍQUO PARALELEPÍPEDO RETO

No paralelepípedo
retângulo, tem-se:
Diagonal: d2  a 2  b2  c2
Área total: St  2ab  2bc  2ac .

PARALELEPÍPEDORETÂNGULO

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PIRÂMIDES

Pirâmide qualquer: Possui um polígono qualquer como base, e um vértice fora do plano da base.
A altura da pirâmide (h) é a distância do
vértice da pirâmide ao plano da base.

Pirâmide regular:
A base é um polígono regular e o pé da altura
coincide com o centro da base.
Apótema da pirâmide: a = distância do vértice da
pirâmide a cada aresta da base.

Tetraedros:

TETRAEDRO
QUALQUER TETRAEDRO DE VÉRTICE
TRI-RETÂNGULO

POLIEDROS REGULARES
Por definição, um poliedro é regular quando as faces são polígonos regulares congruentes, e em
todos os vértices concorrem o mesmo número de arestas (os ângulos sólidos são congruentes).
Só existem cinco poliedros regulares convexos. Eles são construídos com triângulos equiláteros,
ou quadrados, ou pentágonos regulares.

Tetraedro Regular: Em cada vértice reúnem-se 3


triângulos equiláteros.
F=4
V=4
A=6

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Octaedro Regular: Em cada vértice reúnem-se 4


triângulos equiláteros.
F=8
V=6
A = 12

Icosaedro Regular: Em cada vértice reúnem-se 5


triângulos equiláteros.
F = 20
V = 12
A = 30

Hexaedro Regular: Em cada vértice reúnem-se 3


quadrados.
F=6
V=8
A = 12

Dodecaedro Regular: Em cada vértice reúnem-se


3 pentágonos regulares.
F = 12
V = 20
A = 30

Relações métricas no tetraedro regular de aresta a:

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a 6
Altura do tetraedro: AH , sendo H o centro do triângulo BCD. AH  .
3
Perpendicular comum a duas arestas opostas: MN , sendo M e N os pontos médios de AB e CD .
a 2
MN  .
2
Centro do tetraedro: Ponto O, interseção das 4 alturas e das 3 perpendiculares comuns aos pares
de arestas opostas.
OH 1
OM = ON e  . O ponto O equidista dos vértices, equidista das faces e equidista das
OA 3
arestas do tetraedro regular.

Relações métricas no hexaedro regular de aresta a:

Diagonal da face: AC  a 2 .
Diagonal do cubo: CE  a 3 .
Centro do cubo: Ponto O, interseção das quatro diagonais do poliedro. O ponto O equidista dos
vértices, equidista das arestas e equidista das faces do cubo.

Relações métricas no octaedro regular de aresta a:

BCDE, ABFD e ACFE são quadrados de lado a.


Diagonal do octaedro: AF = BD = CE = a 2 .
Centro do octaedro: Ponto O, interseção das três diagonais. O ponto O equidista dos vértices,
equidista das faces e equidista das arestas do octaedro.

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Geometria Espacial 2
CILINDRO DE REVOLUÇÃO
É gerado pela rotação de um retângulo em torno de um de seus lados.

Raio da base: r
Altura: h
Área lateral: SL  2r  h
Volume: V  r 2h

Caso particular: o cilindro é equilátero quando a seção meridiana é um quadrado (h  2r) .

CONE DE REVOLUÇÃO
É gerado pela rotação de um triângulo retângulo em torno de um de seus catetos.

Raio da base: r
Altura: h
Geratriz: g
Área lateral: SL    r  g
Volume: V  1 r 2h
3

Caso particular: o cone é equilátero quando a seção meridiana é um triângulo equilátero (g  2r) .

TRONCO DE CILINDRO DE REVOLUÇÃO

Raio da seção reta: r


Segmento do eixo limitado pelas bases: e
Área lateral: SL  2  r  e
Volume: V  r 2e

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TRONCO DE CONE DE REVOLUÇÃO DE BASES PARALELAS


Raios das bases: r1 e r2
Altura: h
Geratriz: g
Área lateral: SL  g (r1  r2 )

Volume: V  h r12  r1r2  r22
3

ESFERA
É gerada pela rotação de um semicírculo em torno de seu diâmetro.

Dada a esfera de centro O e raio R:


Seção plana: Círculo de centro C e raio r.
Diâmetro da esfera perpendicular à seção: PP'
Distância do centro da esfera ao plano secante: OC

Polos relativos ao círculo seção: P e P'.


Distâncias polares: as medidas de PA e P' A .
Área da superfície esférica: S  4R 2
Volume da esfera: V  4 R 3
3

SUPERFÍCIE DE REVOLUÇÃO
É gerada pela rotação de uma linha plana em torno de um eixo coplanar com a linha.

Área gerada pela rotação da linha: S  2  g   , sendo g a distância do centro de gravidade da linha
ao eixo e  o comprimento da linha plana.

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SÓLIDO DE REVOLUÇÃO

É gerado pela rotação de uma área plana em torno de um eixo coplanar com a área.

Volume gerado pela rotação da área: V  2  g  A , sendo g a distância do centro de gravidade da


área plana ao eixo e A a medida desta área.

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Trigonometria
O grau e o radiano são as unidades de medida de arcos e de ângulos normalmente utilizadas na
trigonometria.

• Grau: na geometria, trabalhamos com a unidade grau para medir ângulos; na trigonometria
também usamos a unidade grau, agora para medir arcos (dois pontos distintos de uma
circunferência a dividem em dois arcos), normalmente usamos a unidade radiano.

A utilização da unidade grau para a medida de arcos é feita a partir da seguinte associação:
O arco de uma circunferência completa mede 360º.
Disto concluímos que:
Meia volta corresponde a: 180º
Um quarto de volta corresponde a: 90º
1
As subdivisões do grau são: 1º = da circunferência.
360

1'= (1'= 1 minuto)
60
1' 1º
1"= (1"=1 segundo)1"=
60 3600

• Radiano: um radiano é o ângulo que compreende um arco de circunferência cujo comprimento é


igual ao raio da circunferência que o contém; abrevia-se 1 rad.

Exemplos:
I) Numa circunferência de raio 10m, um arco de 10m de comprimento mede 1 rad; um arco de
35m mede 3,5 rad:
AM= 10 cm = raio  AM =1rad
MN= 10 cm = raio  NM =1 rad
NA= 20 cm = 2 x raio  AN= 2 rad

II) Numa circunferência de raio 20 m, um arco de 2,5 rad tem comprimento de 2,5 x 20m = 50m,
pois cada radiano, neste exemplo, mede 20m.

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III) Numa circunferência de raio igual a 1cm, o arco de 1 radiano tem comprimento também de
1cm; se a circunferência tem raio de 2cm, o arco de 1 radiano nessa circunferência tem
comprimento de 2cm; numa circunferência de raio 3cm, o arco de 1 rad tem comprimento 3cm; e
assim por diante. Repare, porém, que o ângulo central determinado por esses arcos tem sempre
a mesma abertura. Observe a figura:

A medida do ângulo central é sempre igual à medida do arco compreendido entre seus lados e,
por isto, a medida do ângulo central da figura é 1 rad.
Como o comprimento de uma circunferência de raio R é sempre 2R, concluímos que o arco de
uma circunferência completa tem medida igual a 2 rad, pois o comprimento do raio é o
comprimento do radiano.
Assim, podemos estabelecer a correspondência entre a unidade radiano e a unidade grau:
2 rad = 360º ou  rad = 180º

A partir das igualdades acima, podemos converter medidas de um sistema para outro, através de
uma regra de três simples.
"Converter 30º a radianos."
graus radianos
180 -------------  30π π
30 --------------- x  rad
180 6
Portanto: 30º = π rad
6
Para converter radianos a grau, é mais simples substituir  por 180º.

Exemplo:

Converter  rad a graus.
6
5π 5.1800
Teremos:   5.300  1500
6 6

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Trigonometria no Triângulo Retângulo


Consideremos então um triângulo retângulo; onde   são seus ângulos agudos e sejam a, b e c
as medidas da hipotenusa e dos dois catetos, respectivamente:
Neste triângulo, temos:
a: hipotenusa;
b: cateto oposto a  ;
c: cateto adjacente a .

Utilizando todos estes elementos, podemos escrever:


b cateto oposto
sen α   ,
a hipotenusa
c cateto adjacente
cos α   ,
a hipotenusa
b cateto oposto
tg α   ,
a cateto adjacente
sen α
tg α 
cos α

OBSERVAÇÃO
Observe que se  +  = 90º então; sen  = cos  e vice-versa

Exemplo
Consideremos o triângulo retângulo seguinte:

Cateto oposto BC 4
Sen   
Temos: hipotenusa AC 5
Cateto adjacente AB 3
Cos α  
hipotenusa AC 5
Cateto oposto BC 4
Tg α  
Cateto adjacente AB 3

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Matemática - Apostila

SISTEMA CIRCULAR DE UNIDADES

ANGULARES

O ângulo central possui medida 1 rad (um


radiano) quando o comprimento do arco
subentendido é igual ao raio do círculo

No caso geral em que o ângulo central de


medida  radianos subentende um arco de
comprimento  num círculo de raio R, tem-se:

α 
R

Conversão do sistema circular para o sistema sexagesimal:  rad  180º

CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO

- O raio do círculo trigonométrico é a


unidade de comprimento.
- Os diâmetros perpendiculares AA’ e BB’
dividem o círculo em 4 quadrantes: I, II, III e
IV.

- Os ângulos marcados no círculo trigonométrico são ângulos centrais, sendo o ponto A a


origem do arco subentendido.
- Sentido positivo: anti-horário.

ARCOS CÔNGRUOS

No círculo trigonométrico, os arcos a e b são


côngruos quando possuem a mesma extremidade.
Os arcos a e b são côngruos se e somente se
a  b  2k , k  ℤ

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SENO E COSSENO NO CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO

sen x  MP
cos x  OP

No triângulo OMP: sen 2 x  cos 2 x  1

Sinal do seno: positivo nos quadrantes I e II;


negativo nos quadrantes III e IV.

Sinal do cosseno: positivo nos quadrantes I e IV; negativo nos quadrantes II e III.

TANGENTE E SECANTE NO CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO



Sendo x  k  , k  ℤ, tem-se:
2
sen x
tg x  AT 
cos x
1
sec x  OT 
cos x
No triângulo OAT: sec 2 x  1  tg2x

COTANGENTE E COSSECANTE NO CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO

Sendo x  k , k  ℤ, tem-se:
1
cot g x  BS 
tg x
1
cos sec x  OS 
sen x
No triângulo OBS: cos sec 2 x  1  cot g2x

ARCOS COMPLEMENTARES
 sen x  cos y
Se x  y  , então 
2 cos x  sen y

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ARCOS SUPLEMENTARES

sen x  sen y
Se x  y   , então 
cos x   cos y

ADIÇÃO DE ARCOS
Linhas trigonométricas do arco soma e do arco diferença:
sen (a  b)  sen a  cos b  sen b  cos a
sen (a  b)  sen a  cos b  sen b  cos a
cos (a  b)  cos a  cos b  sen a  sen b
cos (a  b)  cos a  cos b  sen a  sen b
tg a  tg b
tg (a  b) 
1  tg a  tg b
tg a  tg b
tg (a  b) 
1  tg a  tg b

Linhas trigonométricas do arco duplo:


sen 2a  2  sen a  cos a
cos 2a  cos 2 a  sen 2 a 
 2 cos 2 a  1 
 1  2 sen 2 a
2tg a
tg 2a 
1  tg2a

Observação: A aplicação conveniente das fórmulas do arco duplo (cos 2a ) e (tg 2a ) permite
calcular as linhas trigonométricas do arco metade.

FUNÇÃO PERIÓDICA
Uma função real f é periódica, quando existe
um número real p tal que f (x  p)  f (x) , qualquer que seja x pertencente ao domínio da função.
O menor valor positivo de p que satisfaz à sentença acima é o período da função.

Propriedades das funções periódicas:


p
- Se f(x) possui período p , então f(kx) possui período igual a .
|k|
- Se f(x) e g(x) possuem períodos p1 e p 2 respectivamente, então a função soma f (x)  g(x) e a
função diferença f (x)  g(x) possuem período igual ao mínimo múltiplo comum entre p1 e p 2 .

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FUNÇÃO SENO

Domínio: ℝ
Conjunto imagem: [-1; 1]
Período: 2

FUNÇÃO COSSENO

Domínio: ℝ
Conjunto imagem; [-1,1]
Período: 2

FUNÇÃO TANGENTE

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Domínio: {x  ℝ | x  k  , k  ℤ}
2
Conjunto imagem: ℝ
Período: 

EQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

 Equações da forma sen x = a:


sen x  0  x  k , k  ℤ.

sen x  1  x  2k  , k  ℤ.
2

sen x  1  x  2k  , k  ℤ.
2

sen x  a,  1  a  1 e a  0 
 x  k  (1)k  , k  ℤ.

 Equações da forma cos x = a:



cos x  0  x  k  , k  ℤ.
2
cos x  1  x  2k , k  ℤ.
cos x  1  x  2k   , k  ℤ.

cos x  a,  1  a  1 e a  0 
 x  2k   , k  ℤ.

 Equações da forma tg x = a:

Sendo a  ℝ, tem-se:
tg x  a  x  k   , k  ℤ.

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 Equações da forma sen a = sen b:

sen a  sen b 
 a  b  2k ou a  b  2k   , k  ℤ.

 Equações da forma cos a = cos b:

cos a  cos b 
 a  b  2k ou a  b  2k , k  ℤ.

 Equações da forma tg a = tg b:

tg a  tg b 
 a  b  k , k  ℤ.
 
Restrição: a  k  e b  k  , k  ℤ.
2 2

LEI DOS COSSENOS


Sendo A, B e C as medidas dos ângulos opostos, respectivamente, aos lados a, b e c de um
triângulo qualquer, tem-se:
a 2  b 2  c2  2bc  cos A
b 2  a 2  c2  2ac  cos B
c2  a 2  b 2  2ab  cos C

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LEI DOS SENOS

Sendo R o raio do círculo circunscrito ao


triângulo cujos ângulos A, B e C são
respectivamente opostos aos lados a, b e c,
tem-se:

a b c
   2R
sen A sen B sen C

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Aritmética
Máximo Divisor Comum
Dois números naturais sempre têm divisores comuns. Por exemplo: os divisores comuns de 12 e
18 são 1,2,3 e 6. Dentre eles, 6 é o maior. Então chamamos o 6 de máximo divisor comum de
12 e 18 e indicamos m.d.c.(12,18) = 6.

O maior divisor comum de dois ou mais números é chamado de máximo divisor comum desses
números. Usamos a abreviação m.d.c.

CÁLCULO DO M.D.C.
Um modo de calcular o m.d.c. de dois ou mais números é utilizar a decomposição desses
números em fatores primos.

1) decompomos os números em fatores primos;

2) o m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns.

Acompanhe o cálculo do m.d.c. entre 36 e 90:


36 = 2 x 2 x 3 x 3
90 = 2x3x3x5
O m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns => m.d.c.(36,90) = 2 x 3 x 3

Portanto m.d.c.(36,90) = 18.

Escrevendo a fatoração do número na forma de potência temos:


36 = 22 x 32
90 = 2 x 32 x5
Portanto m.d.c.(36,90) = 2 x 32 = 18.

O m.d.c. de dois ou mais números, quando fatorados, é o produto dos fatores comuns a eles,
cada um elevado ao menor expoente.

CÁLCULO DO M.D.C. PELO PROCESSO DAS DIVISÕES SUCESSIVAS


Nesse processo efetuamos várias divisões até chegar a uma divisão exata. O divisor desta
divisão é o m.d.c. Acompanhe o cálculo do m.d.c.(48,30).

Regra prática:
1º) dividimos o número maior pelo número menor;
48 / 30 = 1 (com resto 18)

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2º) dividimos o divisor 30, que é divisor da divisão anterior, por 18, que é o resto da divisão
anterior, e assim sucessivamente;
30 / 18 = 1 (com resto 12)
18 / 12 = 1 (com resto 6)
12 / 6 = 2 (com resto zero - divisão exata)
3º) O divisor da divisão exata é 6. Então m.d.c.(48,30) = 6.

NÚMEROS PRIMOS ENTRE SI


Dois ou mais números são primos entre si quando o máximodivisor comum desses números é 1.
Exemplos:
Os números 35 e 24 são números primos entre si, pois mdc (35,24) = 1.
Os números 35 e 21 não são números primos entre si, pois mdc (35,21) = 7.

PROPRIEDADE DO M.D.C.
Dentre os números 6, 18 e 30, o número 6 é divisor dos outros dois. Neste caso, 6 é o
m.d.c.(6,18,30). Observe:
6=2x3
18 = 2 x 32
30 = 2 x 3 x 5

Portanto m.d.c.(6,18,30) = 6

Dados dois ou mais números, se um deles é divisor de todos os outros, então ele é o
m.d.c. dos números dados.

Mínimo Múltiplo Comum

MÚLTIPLO DE UM NÚMERO NATURAL


Como 24 é divisível por 3 dizemos que 24 é múltiplo de 3. 24 também é múltiplo de 1, 2, 3, 4,
6, 8, 12 e 24.

Se um número é divisível por outro, diferente de zero, então dizemos que ele é múltiplo desse
outro.
Os múltiplos de um número são calculados multiplicando-se esse número pelos números naturais.

Exemplo: os múltiplos de 7 são:

7x0 , 7x1, 7x2 , 7x3 , 7x4 , ... = 0 , 7 , 14 , 21 , 28 , ...

Observações importantes:

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1) Um número tem infinitos múltiplos


2) Zero é múltiplo de qualquer número natural

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM (M.M.C.)


Dois ou mais números sempre têm múltiplos comuns a eles.

Vamos achar os múltiplos comuns de 4 e 6:


Múltiplos de 6: 0, 6, 12, 18, 24, 30,...
Múltiplos de 4: 0, 4, 8, 12, 16, 20, 24,...
Múltiplos comuns de 4 e 6: 0, 12, 24,...

Dentre estes múltiplos, diferentes de zero, 12 é o menor deles. Chamamos o 12 de mínimo


múltiplo comum de 4 e 6.

O menor múltiplo comum de dois ou mais números, diferente de zero, é chamado de mínimo
múltiplo comum desses números. Usamos a abreviação m.m.c.

CÁLCULO DO M.D.C.
Um modo de calcular o m.d.c. de dois ou mais números é utilizar a decomposição desses
números em fatores primos.

1) decompomos os números em fatores primos;

2) o m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns.

Acompanhe o cálculo do m.d.c. entre 36 e 90:

36 = 2 x 2 x 3 x 3
90 = 2x3x3x5

O m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns => m.d.c.(36,90) = 2 x 3 x 3 .


Portanto m.d.c.(36,90) = 18.
Escrevendo a fatoração do número na forma de potência temos:

36 = 22 x 32
90 = 2 x 32 x5

Portanto m.d.c.(36,90) = 2 x 32 = 18.

O m.d.c. de dois ou mais números, quando fatorados, é o produto dos fatores comuns a eles,
cada um elevado ao menor expoente.

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CÁLCULO DO M.D.C. PELO PROCESSO DAS DIVISÕES SUCESSIVAS


Nesse processo efetuamos várias divisões até chegar a uma divisão exata. O divisor desta
divisão é o m.d.c. Acompanhe o cálculo do m.d.c.(48,30).

Regra prática:
1º) dividimos o número maior pelo número menor;
48 / 30 = 1 (com resto 18)
2º) dividimos o divisor 30, que é divisor da divisão anterior, por 18, que é o resto da divisão
anterior, e assim sucessivamente;
30 / 18 = 1 (com resto 12)
18 / 12 = 1 (com resto 6)
12 / 6 = 2 (com resto zero - divisão exata)
3º) O divisor da divisão exata é 6. Então m.d.c.(48,30) = 6.

NÚMEROS PRIMOS ENTRE SI


Dois ou mais números são primos entre si quando o máximo divisor comum desses números
é 1.
Exemplos:
Os números 35 e 24 são números primos entre si, pois mdc (35,24) = 1.
Os números 35 e 21 não são números primos entre si, pois mdc (35,21) = 7.

PROPRIEDADE DO M.D.C.
Dentre os números 6, 18 e 30, o número 6 é divisor dos outros dois. Neste caso, 6 é o
m.d.c.(6,18,30). Observe:
6=2x3
18 = 2 x 32
30 = 2 x 3 x 5
Portanto m.d.c.(6,18,30) = 6

Dados dois ou mais números, se um deles é divisor de todos os outros, então ele é o
m.d.c. dos números dados.

Mínimo Múltiplo Comum

MÚLTIPLO DE UM NÚMERO NATURAL


Como 24 é divisível por 3 dizemos que 24 é múltiplo de 3. 24 também é múltiplo de 1, 2, 3, 4,
6, 8, 12 e 24.

Se um número é divisível por outro, diferente de zero, então dizemos que ele é múltiplo desse
outro.
Os múltiplos de um número são calculados multiplicando-se esse número pelos números naturais.

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Exemplo: os múltiplos de 7 são:


7x0 , 7x1, 7x2 , 7x3 , 7x4 , ... = 0 , 7 , 14 , 21 , 28 , ...
Observações importantes:
1) Um número tem infinitos múltiplos
2) Zero é múltiplo de qualquer número natural

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM (M.M.C.)


Dois ou mais números sempre têm múltiplos comuns a eles.

Vamos achar os múltiplos comuns de 4 e 6:


Múltiplos de 6: 0, 6, 12, 18, 24, 30,...
Múltiplos de 4: 0, 4, 8, 12, 16, 20, 24,...
Múltiplos comuns de 4 e 6: 0, 12, 24,...

Dentre estes múltiplos, diferentes de zero, 12 é o menor deles. Chamamos o 12 de mínimo


múltiplo comum de 4 e 6.

O menor múltiplo comum de dois ou mais números, diferente de zero, é chamado de mínimo
múltiplo comum desses números. Usamos a abreviação m.m.c.

CÁLCULO DO M.M.C.
Podemos calcular o m.m.c. de dois ou mais números utilizando a fatoração. Acompanhe o cálculo
do m.m.c. de 12 e 30:

1º) decompomos os números em fatores primos

2º) o m.m.c. é o produto dos fatores primos comuns e não-comuns:


12 = 2 x 2 x 3
30 = 2 x 3 x 5
m.m.c (12,30) = 2 x 2 x 3 x 5

Escrevendo a fatoração dos números na forma de potência, temos:


12 = 22 x 3
30 = 2 x 3 x 5
m.m.c (12,30) = 22 x 3 x 5

O m.m.c. de dois ou mais números, quando fatorados, é o produto dos fatores comuns e não-
comuns a eles, cada um elevado ao maior expoente.

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PROCESSO DA DECOMPOSIÇÃO SIMULTÂNEA

Neste processo decompomos todos os números ao mesmo tempo,


num dispositivo como mostra a figura ao lado. O produto dos fatores
primos que obtemos nessa decomposição é o m.m.c. desses
números. Ao lado vemos o cálculo do m.m.c.(15,24,60)
Portanto, m.m.c.(15,24,60) = 2 x 2 x 2 x 3 x 5 = 120

PROPRIEDADE DO M.M.C.
Entre os números 3, 6 e 30, o número 30 é múltiplo dos outros dois. Neste caso, 30 é o
m.m.c.(3,6,30). Observe:

m.m.c.(3,6,30) = 2 x 3 x 5 = 30

Dados dois ou mais números, se um deles é múltiplo de todos os outros, então ele é o
m.m.c. dos números dados.
Considerando os números 4 e 15, que são primos entre si. O m.m.c.(4,15) é igual a 60, que é o
produto de 4 por 15. Observe:

m.m.c.(4,15) = 2 x 2 x 3 x 5 = 60
Dados dois números primos entre si, o m.m.c. deles é o produto desses números.

Grandezas - Introdução
Entendemos por grandeza tudo aquilo que pode ser medido, contado. As grandezas podem ter
suas medidas aumentadas ou diminuídas.
Alguns exemplos de grandeza: o volume, a massa, a superfície, o comprimento, a capacidade, a
velocidade, o tempo, o custo e a produção.
É comum ao nosso dia-a-dia situações em que relacionamos duas ou mais grandezas. Por
exemplo:
Em uma corrida de "quilômetros contra o relógio", quanto maior for a velocidade, menor será o
tempo gasto nessa prova. Aqui as grandezas são a velocidade e o tempo.
Num forno utilizado para a produção de ferro fundido comum, quanto maior for o tempo de uso,
maior será a produção de ferro. Nesse caso, as grandezas são o tempo e a produção.

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Grandezas diretamente proporcionais


Um forno tem sua produção de ferro fundido de acordo com a tabela abaixo:
Tempo (minutos) Produção (Kg)
5 100
10 200
15 300
20 400

Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas são variáveis
dependentes. Observe que:

Quando duplicamos o tempo, a produção também duplica.


5 min ----> 100Kg
10 min ----> 200Kg
Quando triplicamos o tempo, a produção também triplica.
5 min ----> 100Kg
15 min ----> 300Kg

Assim:
Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente proporcionais quando a razão entre os
valores da 1ª grandeza é igual a razão entre os valores correspondentes da 2ª
Verifique na tabela que a razão entre dois valores de uma grandeza é igual a razão entre os dois
valores correspondentes da outra grandeza.

Grandezas inversamente proporcionais


Um ciclista faz um treino para a prova de "1000 metros contra o relógio", mantendo em cada volta
uma velocidade constante e obtendo, assim, um tempo correspondente, conforme a tabela abaixo

Velocidade (m/s) Tempo (s)


5 200
8 125
10 100
16 62,5
20 50

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Observe que uma grandeza varia de acordo com a outra. Essas grandezas são variáveis
dependentes. Observe que:
Quando duplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido à metade.
5 m/s ----> 200s
10 m/s ----> 100s
Quando quadriplicamos a velocidade, o tempo fica reduzido à quarta parte.
5 m/s ----> 200s
20 m/s ----> 50s

Assim:
Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente proporcionais quando
a razão entre os valores da 1ª grandeza é igual ao inverso da razão entre os
valores correspondentes da 2ª.
Verifique na tabela que a razão entre dois valores de uma grandeza é igual ao inverso da razão
entre os dois valores correspondentes da outra grandeza.

Regra de três simples


Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro
valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos
três já conhecidos.

Passos utilizados numa regra de três simples:


1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na
mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência.

2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.

3º) Montar a proporção e resolver a equação.


Exemplos:

PORCENTAGEM
É frequente o uso de expressões que refletem acréscimos ou reduções em preços, números ou
quantidades, sempre tomando por base 100 unidades. Alguns exemplos:
 A gasolina teve um aumento de 15%
Significa que em cada R$100 houve um acréscimo de R$15,00

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Matemática - Apostila

 O cliente recebeu um desconto de 10% em todas as mercadorias.


Significa que em cada R$100 foi dado um desconto de R$10,00
 Dos jogadores que jogam no Grêmio, 90% são craques.
Significa que em cada 100 jogadores que jogam no Grêmio, 90 são craques.

Razão centesimal
Toda a razão que tem para consequente o número 100 denomina-se razão centesimal. Alguns
exemplos:

Podemos representar uma razão centesimal de outras formas:

As expressões 7%, 16% e 125% são chamadas taxas centesimais ou taxas percentuais.

Considere o seguinte problema:


João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. Quantos cavalos ele vendeu?
Para solucionar esse problema devemos aplicar a taxa percentual (50%) sobre o total de cavalos.

Logo, ele vendeu 25 cavalos, que representa a porcentagem procurada.


Portanto, chegamos a seguinte definição:

Porcentagem é o valor obtido ao aplicarmos uma taxa percentual a um determinado


valor.

Exemplos:
 Calcular 10% de 300.

 Calcular 25% de 200kg.

Logo, 50kg é o valor correspondente à porcentagem procurada.

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