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Analise de Estruturas - Sismos PDF
Analise de Estruturas - Sismos PDF
Estruturas
Dinâmica de Estruturas
f 1 = 160KN 0,0266 m1
série ESTRUTURAS
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Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
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Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
A escala de intensidades mais vulgarizada foi proposta inicialmente por Mercalli e modificada
subsequentemente por Richter, designando-se Escala de Intensidades Modificadas de Mercalli, ou
simplesmente Escala de Mercalli modificada.
Esta escala é baseada num reconhecimento subjectivo dos efeitos da vibração no comportamento das pessoas
e no grau de destruição provocado. Uma versão desta escala é apresentada, ilustrando-se, para cada grau, o
tipo de efeitos observáveis:
¾ III - Vibração perceptível dentro dos edifícios (semelhante à produzida pela passagem de camiões
leves) podendo não ser identificada como um sismo; Alguns objectos pendurados balançam.
¾ V - Vibração perceptível fora dos edifícios; Acorda pessoas, agita líquidos dentro dos recipientes
podendo provocar extravasamento; Objectos menos estáveis podem ser derrubados ou arrastados; As
portas oscilam; Os quadros nas paredes movem-se; Os pêndulos dos relógios param;
¾ VI - Vibração sentida por todas as pessoas podendo mesmo provocar algumas reacções de pânico;
Pessoas a andar cambaleiam; Partem-se vidros de janelas; Objectos caem das prateleiras e quadros das
paredes. Mobiliário é arrastado ou virado; Árvores e arbustos agitam-se visivelmente; O reboco das
paredes e tectos estala;
¾ VII - Dificuldade das pessoas se manterem em pé; Vibração sentida por condutores de automóveis;
Mobiliário partido e danos em cantaria fraca; Ruína de chaminés pequenas; Ruína de ornamentos de
arquitectura; Queda de cornijas, floreiras, tijolos e telhas; Ondulação em lagos e deslocamento de areias
em dunas.
¾ VIII - A condução de automóveis é perturbada pelas vibrações; Danos em alvenaria, com colapso
parcial de alvenaria ordinária e danos leves em alvenaria armada; Ruína de chaminés, monumentos,
torres e depósitos elevados; Deslocamentos nas fundações dos edifícios e eventualmente assentamentos
por compactação do solo. Quebram-se ramos de árvores;
¾ IX - Pânico geral; Alvenaria fraca é destruída e a alvenaria de boa qualidade é seriamente danificada;
As fundações são seriamente danificadas; Fendilhação generalizada do solo.
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¾ X - A maior parte das construções em alvenaria são destruídas juntamente com as suas fundações;
Estruturas de madeira e algumas pontes são destruídas; Danos sérios em barragens, diques e taludes;
Grandes movimentos do solo; Linhas de caminho de ferro levemente encurvadas; Água de rios e lagos
projectada para fora das margens.
¾ XII - Destruição praticamente total; Grandes massas rochosas deslocadas e linha do horizonte
distorcida; Objectos projectados pelo ar.
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1- Requisito de não colapso - este requisito pretende precaver a ocorrência do colapso estrutural, global e local,
assegurando simultaneamente uma capacidade residual de resistência e estabilidade das estruturas e dos
restantes elementos construtivos. Está associado ao Estado Limite Último e a acção sísmica a considerar para
as verificações do requisito de não colapso corresponde a um período médio de retorno da ordem dos 500 anos,
para edifícios correntes. O aumento do período médio de retorno sobe em conformidade com a importância da
estrutura, sendo de cerca de 1300 anos (probabilidade de excedência de 3.8% em 50 anos) no caso de
instalações hospitalares, por exemplo. Esta diferenciação correspondente a diferentes afectações da acção pelo
coeficiente de importância “γi”, bem como a alterações no valor do coeficiente de comportamento relativo a
esforços, “η”, para os edifícios cuja operacionalidade tenha de ser assegurada após um sismo intenso Pode,
ainda, variar conforme o cenário corresponder a um sismo afastado ou próximo.
2- Requisito de limitação de danos - pretende garantir a operacionalidade plena e a contenção dos danos não
estruturais nos edifícios, face à acção de um sismo com um período médio de retorno bastante inferior ao
período médio de retorno do sismo correspondente ao Estado Limite Último (cerca de 4 a 5 vezes menor). Está
associado ao Estado Limite de Utilização.
• Os edifícios não deverão, em geral, ser construídos próximos de falhas tectónicas identificadas como activas
em documentos oficiais emitidos pelas autoridades nacionais competentes, nem em zonas em que os solos
existentes sejam das classes D e E, conforme classificação definida no Eurocódigo 8. Reproduz-se a Tabela 1
das “Especificações técnicas para o comportamento sismo-resistente de edifícios hospitalares – ET 05/2007”.
• A possibilidade de ocorrência de alterações estruturais dos terrenos associadas à acção sísmica, tais como,
deslizamento de taludes, liquefacção e adensamento de solos, deve ser explicitamente investigada com o
reconhecimento geológico e geotécnico. Refira que liquefacção do solo identifica o comportamento de solos
que, quando carregados, repentinamente sofrem uma transição de um estado sólido para um “estado líquido”
fictício, ou ficam com a consistência de um “líquido grosso”, sendo o fenómeno em solos granulados saturados
com drenagem pobre, como em areias finas, areia e cascalho ou contendo fendas de sedimentos impermeáveis.
Por outro lado, adensamento corresponde às reduções de volume do solo, quer (i) por purga de vesículas de ar,
como (ii) pela alteração da sua estrutura, à medida que esta suporta maiores cargas (quebram-se ligações inter-
partículas e há distorções, do que resulta um menor índice de vazios e uma estrutura mais densa).
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Contraventamentos horizontais:
+
Medidas de concepção + Pormenorização (detalhe construtivo)
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Simplicidade estrutural – caracterizada pela existência de um sistema claro e directo de transmissão das
forças devidas à acção sísmica; deve ser um objectivo a atingir em todas as fases, desde a modelação até à
análise, dimensionamento e pormenorização das estruturas; as estruturas devem apresentar formas simples e
regulares, quer em planta, quer em alçado; se necessário, este princípio poderá ser conseguido dividindo as
estruturas, por meio de juntas estruturais, em unidades dinâmicas independentes com adequada configuração;
Uniformidade e simetria – relacionadas com a simplicidade das estruturas; devem ser asseguradas pela
configuração e disposição dos elementos estruturais e pela distribuição das massas da construção, das
instalações básicas e dos equipamentos; as estruturas devem ser, tanto quanto possível, simétricas no plano
em relação às duas direcções ortogonais, no que concerne à rigidez e à distribuição das massas; as estruturas,
no seu desenvolvimento em altura, devem, tanto quanto possível, manter, por piso, a constância da rigidez
lateral e da massa ou, havendo variações, que a redução se faça de maneira gradual, sem variações bruscas,
da base para o topo; embora possam ser considerados elementos não estruturais, os painéis de alvenaria
alteram sensivelmente a distribuição de rigidez em planta e altura, pelo que a sua disposição deverá evitar a
constituição de irregularidades em altura (que poderão originar mecanismos de piso flexível, “soft storey”),
assim como em planta, procurando minimizar as distâncias efectivas entre os centros de massa e de rigidez
dos pisos;
Redundância estrutural – é capacidade que uma estrutura tem em redistribuir esforços, ou seja, encontrar
caminho alternativo de transmissão de carregamento, garantindo que a presença de uma única fractura em
qualquer elemento não conduz ao colapso total da mesma. Pode ser obtida pela capacidade de plastificação
das secções das peças estruturais, garantida que fique a estabilidade (sobretudo lateral, o que pode obrigar a
contraventamentos locais) dessas secções em rotação, bem como a própria capacidade do material em resistir
a significativa deformação, sem perda acentuada de resistência, antes da rotura. Está associada ao conceito
de ductilidade e de hiperestaticidade;
Resistência e rigidez bidireccional às forças horizontais – devem ser asseguradas a partir das
características geométricas e mecânicas dos elementos estruturais, dispostos criteriosamente segundo a
malha estrutural, usualmente ortogonal, de forma a conferir à estrutura a aptidão para resistir às forças
horizontais, actuantes em qualquer direcção, geradas pelo movimento sísmico;
Resistência e rigidez à torção; devem ser asseguradas, a par da resistência e rigidez laterais, mediante a
disposição dos principais elementos resistentes junto à periferia, desde que compatível com a solução
arquitectónica, de forma a dotar a estrutura de aptidão para limitar o desenvolvimento dos movimentos de
torção; deve ser tido em conta que uma estreita relação entre a distribuição das massas e a distribuição da
resistência e rigidez diminui a excentricidade entre massa e rigidez, minimizando os efeitos da torção;
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Diafragmas indeformáveis ao nível dos pisos (plano horizontal) – devem desempenhar as funções de
ligação e transmissão das forças horizontais aos elementos verticais da estrutura e devem ainda contribuir,
com a resistência e rigidez nos seus planos, para a resistência do conjunto quando sujeito àquele tipo de
forças;
Fundação adequada e seu travamento – os elementos de fundação, sapatas ou estacas, devem ser ligados
por vigas de fundação, ao nível das ligações dos elementos verticais resistentes com os elementos de
fundação e segundo as duas direcções, usualmente ortogonais, definidas pelos alinhamentos dos pilares.
Exceptuam-se as situações em que as características geotécnicas permitam dispensar esta exigência;
Dimensionamento das juntas estruturais – as juntas estruturais entre edifícios contíguos e independentes
devem ser dimensionadas tendo em conta os deslocamentos relativos devidos à acção sísmica; estes últimos
deslocamentos relativos assumem particular importância no caso de as unidades dinâmicas independentes
apresentarem características de deformabilidade ou de massa muito diferentes; no atravessamento que
procedem às juntas estruturais as instalações básicas deverão ser pormenorizadas para que possam acomodar
esses deslocamentos relativos sem que haja roturas das mesmas instalações; os edifícios contíguos nessas
juntas estruturais deverão ter as lajes de piso à mesma cota;
Nos painéis de parede de alvenaria inclusas – entre os elementos estruturais principais, procurar não
posicionar as aberturas (portas, janelas, vãos em geral) em zonas de contacto entre os elementos estruturais
principais (vigas, pilares e paredes) e o painel de alvenaria; na disposição dos painéis de alvenaria, com
particular incidência nos painéis exteriores, evitar a constituição de vãos rasgados ou de quaisquer outras
configurações que propiciem a formação de mecanismos de coluna curta (“short column”).
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Para um edifício ser classificado como regular no plano, satisfará todas as condições listadas nos parágrafos
seguintes:
• Com respeito à rigidez lateral e à distribuição de massa, a estrutura do edifício será
aproximadamente simétrica em plano com respeito aos dois eixos ortogonais;
• A configuração no plano será compacta, i.e., cada pavimento será delimitado por uma linha
poligonal convexa. Se este pavimento tiver reentrâncias/saliência (nos cantos ou no seu contorno), a
regularidade no plano ainda pode ser considerada se essas singularidades não afectarem a rigidez
desse plano, para cada reentrância/saliência isso significa que a área entre o contorno do piso e uma
linha convexa poligonal envolvendo o mesmo não excede 5 % da área de pavimento.
• A rigidez no plano dos pavimentos deverá ser suficientemente grande, em comparação com a rigidez
lateral dos elementos estruturais verticais, de modo que a deformação do piso tenha um efeito
pequeno na distribuição das forças entre os elementos estruturais verticais;
• Neste respeito, formas de pavimento em L, C, H, I e X devem ser cuidadosamente examinadas,
devendo ser notável a preocupação com a rigidez dos ramos laterais, que deve ser comparável à parte
central, para satisfazer a condição rígida de diafragma;
• A esbelteza = “Lmax/Lmin” (dimensões em planta) não será mais alta que 4, onde respectivamente
temos a maior e a menor dimensão do edifício em planta;
• Em cada nível, e para cada direcção X e Y, a excentricidade estrutural, e0, e o raio torsional, r,
estarão em condições de acordo com:
eox ≤ 0.30 rx
rx ≥ L s
(considerando, no caso, a direcção de Y de análise)
Onde:
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¾ eox é a distância entre o centro de rigidez e o centro de massa, medida ao longo da direcção de X,
a qual é normal à direcção de análise considerada (Y);
¾ rx é a raiz quadrada da razão entre a rigidez de torsional e a rigidez lateral na direcção de Y
("raio torsional");
¾ Ls é o raio de giração da massa do piso no seu plano (raiz quadrada da relação de do momento
polar de inércia da massa do piso chão em plano, com respeito ao centro de massa desse piso.
O critério para regularidade em elevação para um edifício ser classificado como é regular em elevação,
deverá satisfazer todas as condições alistadas nos seguintes parágrafos.
• Todos os sistemas resistentes laterais (contraventamentos), tal como núcleos, paredes estruturais, ou
pórticos, correrão sem interrupção desde as fundações ao topo do edifício ou, se singularidades em
alturas estão presentes, ao topo da zona relevante do edifício para cada uma destas partes;
• Tanto ã rigidez lateral como a massa individual dos pisos permanecerão constante ou a sua redução
será realizada gradualmente, sem mudanças bruscas, da base ao topo do edifício;
• Em edifícios porticados a relação da resistência real de cada piso, em relação à requerida pela
análise, não deve variar desproporcionalmente entre pisos adjacentes;
• Quando singularidades estão presentes, as seguintes condições adicionais aplicam-se:
¾ Para singularidades graduais conservando simetria de axial, a singularidade em qualquer piso
não será superior a 20 % da dimensão do piso na direcção da singularidade, conforme figura (a)
e (b) abaixo;
¾ Para uma única singularidade abaixo dos 15 % da altura total do sistema principal, a
singularidade não será maior que 50 % da dimensão do piso, conforme figura (c) abaixo. Neste
caso a estrutura da zona de base, dentro do perímetro vertical projectado dos pisos superiores,
deve ser concebido para o resistir, pelo menos, a 75% das forças de corte horizontais que
desenvolveriam nessa zona num edifício semelhante mas sem alargamento da base;
¾ Se as singularidades não conservam simetria, em cada face a soma das singularidades de todos
os pisos não será maior que 30 % da dimensão no plano do piso térreo acima da fundação, ou
acima do topo de uma base rígida, e as singularidades individuais poderão ser superiores a 10 %
da dimensão em planta, conforme a figura (d).
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Coeficiente de
Regularidade Simplificação permitida
Comportamento
Planta Altura Modelo Análise elástica e linear (para análise linear)
(a) Se o período fundamental de vibração T1 ≤ 4Tc e T1 ≤ 2.0, com Tc definido na tabela 3.2 e 3.3 do EC8.
(b) Dentro das condições estabelecidas no ponto 4.3.3.1(8) do EC8, um modelo plano pode ser usado
segundo as duas direcções principais horizontais (incluído à frente).
Assim:
¾ Em geral a estrutura pode ser considerada como um número de sistemas resistentes verticais e
laterais, ligados por diafragmas horizontais.
¾ Quando os pisos do edifício podem ser tomados como diafragmas rígidos em seus planos, as massas
e os momentos de inércia de cada um destes podem ser referidos ao seu centro de gravidade.
¾ Para edifícios que se adaptam ao critério de regularidade em planta, ou com as condições
apresentadas em 4.3.3.1(8) do EC8, a análise pode ser executada partindo de dois modelos de planos,
um para cada direcção principal (ver seguidamente).
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Reparar que a admissibilidade dos pisos se comportarem como diafragmam rígidos no seu
plano é condição base para todos os modelos descritos, daí a importância das lajes maciças (de
betão armado ou mistas) no projecto em zonas sísmicas.
As recomendações realizadas para edifícios de betão e mistos mantém-se em tudo que for aplicável, sendo os
edifícios resistentes a sismos fabricados em aço projectados de acordo com um dos seguintes conceitos:
¾ Conceito A) - Comportamento estrutural de baixa dissipação (de energia sísmica);
¾ Conceito B) - Comportamento estrutural de dissipativo (de energia sísmica).
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Considera-se o país dividido em quatro zonas, em que na ordem decrescente, de índice de sismicidade, são
classificadas e designados por: A, B, C, D. A sua quantificação, em termos de incidência sísmica, é feita a
partir do coeficiente de sismicidade α, conforme Quando I, do Capítulo VII – Acção dos Sismos, do RSA.
Zona Sísmica α
A 1,0
B 0,7
C 0,5
D 0,3
A delimitação pormenorizada destas zonas está no ANEXO III do RSA, que se reproduz, bem como mapa
que tem por base todos os sismos sentidos em Portugal continental.
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• Duração
• Valores de pico da aceleração
• Conteúdo espectral
• Tipo I – 10 segundos
• Tipo II – 30 segundos
Espectros de resposta:
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Princípio:
A ideia é simplificar matematicamente o fenómeno sísmico, o que, mesmo assim, não deixa de ser complexa.
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Uma ponte:
(i) Na acção vertical do sismo: o “esborrachar” da ponte, pois irá destruir as cabeças dos pilares ou punçoar
o tabuleiro (se a laje for fungiforme – situação rara) e/ou;
(ii) Na acção horizontal do sismo: a destruição da zona das juntas extremas da ponte (“batimento” desta nos
apoios dos encontros).
Ö Na quantificação da acção dos sismos apenas são tidas em conta as acções vibratórias transmitidas pelo
terreno à estrutura.
Definições importantes:
• Para além do coeficiente de sismicidade, α (Quadro I), relacionado com o local geográfico dentro do
território nacional, também, para a definição dos Valores Característicos da acção dos sismos, a
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natureza do terreno importa. Deste modo, são preconizados três tipos de terrenos. classificados
por: Tipo I, II, III. Sendo:
¾ Tipo I: Solo rochoso ou coerente rijo;
¾ Tipo II: Coerente muito duros, duros e de consistência média; incoerentes
compactos;
¾ Tipo III: Coerentes moles e muito moles; incoerentes soltos.
• Valores reduzidos da acção dos sismos são nulos (incluindo o valor raro Ö ψ0 = ψ1 = ψ2 = 0);
• Em geral, apenas é necessário considerar direcções de actuação da acção dos sismos no plano
horizontal, na medida em que na direcção vertical só quando as estruturas sejam especialmente
sensíveis a vibrações nesta direcção. No que se refere ao disposto em 29.4 (R.S.A), como exemplo
de casos em que deverá considerar-se a acção sísmica na direcção vertical, podem referir-se as
estruturas com modos de vibração caracterizados por frequências próprias inferiores a cerca de 10
Hz, a que correspondam configurações com deslocamentos significativos na direcção vertical (o
que, na verdade, não alberga uma quantidade de construções significativa).
A determinação dos efeitos da acção dos sismos deve ser efectuada por métodos de análise dinâmica, de
acordo com o indicado em 30.2 e 30.3 (RSA), podendo, no entanto, utilizar-se também os processos
simplificados de análise estática apresentados em 30.4 e 30.5 (RSA).
Conceito importante:
N N
Δ NM Δ NF
F F
Δ NM ΔNF
FIXOS, conforme os deslocamentos transversais serão consideráveis ou não para o cálculo dos esforços (se
são ou não geradas excentricidades significativas entre as bases e topos dos elementos verticais, gerando
efeitos de 2.ª ordem – momentos adicionais: M = Mconvencionais + N.e).
Primeiramente devemos relembrar que, simplificadamente, a Dinâmica Estrutural estuda acção que o sismo
provoca nas construções, ao induzir-lhe acelerações que tem como resposta o aparecimento de forças
inérciais nas massas da estrutura, pois que estas são mobilizadas pelo efeito vibratório sísmico.
De forma ilustrativa, diríamos que o sismo movimenta, por agitação, a base das estruturas, tendo as massas
destas (designadamente concentradas ao nível dos pisos) tendência para resistirem ao deslocamento que lhe é
imposto, dado as suas grandes inércias.
Devem-se ter em conta a quantificação das vibrações sísmicas (artigo 29° do RSA) e considerar as massas
correspondentes ao valor médio das cargas permanentes e ao valor quase permanente das cargas variáveis
que actuam na estrutura.
Por outro lado, as características de rigidez e amortecimento a adoptar devem corresponder a valores médios
das propriedades dos materiais.
Conceito importante:
O quociente δ entre o menor dos valores máximos das componentes horizontais da reacção global da
estrutura sobre a fundação, nas diversas direcções, e o valor das cargas correspondentes às massas
consideradas, não deve ser menor que 0,04α .
Se o valor do quociente for inferior ao limite indicado, os resultados obtidos pela analise dinâmica deverão
ser multiplicados por 0,04 α δ .
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No caso de esse quociente δ ser superior a 0,16α e a estrutura apresentar uma certa ductilidade, os
m3 = G3 + ψ 2 × Q3
m2 = G2 + ψ 2 × Q2
m1 = G1 + ψ 2 × Q1 m R = G R + %(0 - 100)Q R
A figura seguinte mostra-nos uma situação em que a existência de meia parede não é favorável para a acção
dos sismos, pois terá momentos máximos no meio do pilar. Ora, muito provavelmente, os cálculos de
projecto foram realizados com a estrutura sem este impedimento à deformação desses elementos verticais,
surgindo situações de imprevisibilidade em caso de sismo.
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A situação comum, de cálculo corresponde à figura acima, admitindo os pilares soltos. Todavia, a situação
acima descrita poderá ficar coberta pelo facto de, em princípio, as armaduras (de flexo-compressão e esforço
transverso) obtidas deste modo, não serem inferiores, pelo que sanará o problema.
f 2
É nos
f 1 nós
que a
acção
sísmic
a tem
f 2
o seu
efeito
mais
f 1
assina
lável,
dado
o
valor dos esforços concentrados nessa zona.
PÓRTICOS PAREDES
12 EI 36/119 3EI
f= *Δ f = *Δ
l3 h3
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MISTAS
Nas estruturas em que os elementos não estejam dispostos em malha ortogonal, poderá considerar-se que a
acção sísmica actua separadamente segundo as direcções em que a estrutura se desenvolve, devendo-se então
proceder a uma análise complementar para ter em conta os efeitos da torção.
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A excentricidade entre CM e CR
- Centro de Rigidez provoca a torção da estrutura
X
- Centro de Massa
NOTA: Numa estrutura perfeitamente regular, a acção sísmica conjunta nas duas direcções pode provocar
um efeito idêntico ao da torção em estruturas irregulares, atendendo a desfasamento nos modos de vibração.
Contudo, esta situação é difícil de poder coexistir: idêntica magnitude em direcções ortogonais.
Conceito importante:
Em geral, pode admitir-se o comportamento linear para efeitos de cálculo da acção sísmica e corrigir os
resultados, dividindo-os por coeficientes de comportamento (η) que dependem do tipo de estrutura (pórtico,
mista pórtico-parede, parede) e das suas características de ductilidade (ductlidade normal ou ductilidade
melhorada).
Normalmente para o cálculo das acções sísmicas, considera-se sempre, ou quase sempre, que os materiais
ultrapassam o seu Limite Elástico.
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σ
Deformação Elástica de Cálculo
σReal
Deformação Real Inelástica
σLimite Elástico
ε ε
Limite Elástico
ε Real
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«Poderá admitir-se que a estrutura apresenta um comportamento elástico linear e corrigir os resultados assim
obtidos dividindo-os pelo correspondente coeficiente de comportamento. O coeficiente de comportamento
define-se para uma determinada grandeza (esforço, deslocamento, etc.), para uma determinada estrutura e
para uma determinada acção sísmica, tendo a pretensão de correlacionar o valor máximo da grandeza
determinada por modelos lineares (idealizados) e não lineares (reais).»
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O risco sísmico, de que depende a definição das acções sísmicas de projecto, está ainda relacionado com o
tipo de estrutura e com a sua importância para a comunidade.
No caso particular das estruturas de betão armado ou pré-esforçado o regulamento nacional aplicável é o
REBAP (até 2010, data em que se prevê a entrada em vigor dos Eurocódigos), o qual distingue dois tipos de
estruturas de acordo com a sua ductilidade:
Para além das disposições construtivas que constam no capítulo X e XI do REBAP, também o capítulo XII
(complementar ao Cap. X e XI) encerra conceitos e disposições construtivas importantes no contexto sismo-
resistente (estruturas de ductilidade melhorada - art. 142º ao 176º do REBAP).
O REBAP apresenta valores do coeficiente η de acordo com o tipo de estrutura resistente e com a ductilidade
nos seus art./os 33.2 e 33.3. Estes valores encontram-se aqui resumidos no quadro abaixo. Neste domínio o
EC8 apresenta uma abordagem bastante mais completa, para além de fornecer valores para outros tipos de
materiais.
No que respeita à importância das estruturas para a comunidade, estas devem ser classificadas de acordo com
os danos permitidos em caso de catástrofe sísmica. Um exemplo de classificação poderia ser a seguinte:
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⇒ Estruturas importantes: Hotéis e edifícios de escritórios, edifícios públicos, igrejas, escolas e grandes
complexos industriais e comerciais.
⇒ Estruturas comuns: Armazéns, edifícios agrícolas, moradias unifamiliares.
Este tipo de classificação deve ser tido em conta quando da verificação da segurança estrutural, permitindo,
por exemplo, que as estruturas consideradas críticas ou importantes tenham mais reservas de resistência e
tenham comportamento dúctil na rotura, de forma a poderem dissipar grandes quantidades de energia durante
o sismo.
Estruturas metálicas
Segundo o REAE:
Art.º 6.3 - Os coeficientes de comportamento, a utilizar segundo os critérios definidos no RSA para a
determinação dos efeitos da acção dos sismos, devem ser convenientemente justificados, tendo em conta o
tipo de estrutura e as características de ductilidade da construção.
No caso de edifícios correntes, tal como são definidos no RSA, podem adoptar-se os seguintes coeficientes
de comportamento para esforços:
1) Para vibrações nas direcções horizontais:
¾ Pórticos sem elementos de rigidez... 2,5
¾ Pórticos com elementos de rigidez (paredes ou treliças)... 1,5
¾ Pórticos de tipo misto... 2,0
2) Para vibrações na direcção vertical... 0,8
3) Para o mesmo tipo de edifícios o coeficiente de comportamento relativo a deformações poderá
tomar-se igual a 0,7.
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Como se sabe, os coeficientes de comportamento destinam-se a corrigir os efeitos da acção dos sismos
obtidos por uma análise linear, de modo a transformá-los nos valores que se obteriam por uma análise
não linear. Compreende-se, assim, que estes coeficientes, além de serem função do tipo de estrutura e
das suas características de ductilidade, dependam também do efeito em causa e da quantificação dos
parâmetros utilizados na análise linear. No presente Regulamento apenas são quantificados os
coeficientes de comportamento para edifícios correntes, tendo-se considerado suficiente definir
coeficientes relativos aos esforços e às deformações, sem distinguir o tipo de esforços ou de
deformações.
O valor do coeficiente sísmico de referência, (β) (índice 0), definido no artigo 31º do RSA, diz respeito a
um amortecimento com o valor de 5% do amortecimento crítico, enquanto usualmente se admite para as
estruturas metálicas um valor da ordem de 2%.
Lembra-se que por edifícios correntes se entendem aqueles que obedecem às condições para tal
especificadas no RSA e que implicam que as estruturas tenham uma distribuição de rigidez
aproximadamente uniforme em altura, o que não é compatível com grandes descontinuidades na
distribuição das alvenarias de andar para andar ou com o emprego de processos de construção que
possam facilitar que essa descontinuidade se crie durante a ocorrência de um sismo.
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Visa aumentar a ductilidade das estruturas face às acções sísmicas, sendo necessário assegurar que as roturas
sejam condicionadas pelas armaduras e não pelo betão, evitando rupturas frágeis.
Por outro lado, o betão confinado suporta tensões mais elevadas do que aquele que não se encontra sob um
estado bi ou triaxial de compressão. A sua confinação pode-se obter utilizando boas cintagens, o que também
conduz a uma segurança adicional relativamente ao esforço transverso.
f cd III,II,I
f cd II,I,III
f cd I,II,III
f cd I,II,III
f cd II,I,III
f cd III,II,I
EI 12 * EI
Temos que Δ1 = Δ 2 e k = , sabendo que: K Δx = , teremos:
l l3
12 E 2 I 2 b( 2a ) 3
3
l2 12 8a 3
ΔK = = ↔ ΔK = 3 = 8 , logo o pilar P2 irá absorver 8 vezes mais que o P1, devido a
12 E1I1 ba 3 a
l13 12
sua secção e dimensão, ou seja; quanto mais rígido for a estrutura, mais força irá absorver da acção sísmica.
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Δ1 Δ2
m
f
a 2a
f P1 P2 b
l
> 4 ⇒ Esta condição é imposta no sentido de limitar o MÁXIMO
h
h EI
b≥ da relação l , pois sabemos que k = , ou seja, como a
4 h l
e rigidez de uma viga está directamente relacionada com o
b ≥20cm comprimento ( l ) e altura (através da inércia [ I ]), podemos
concluir que as vigas curtas ( l pequeno) e altas (h grande)
são absorventes da acção dos sismos: A RIGIDEZ atrai a
Vigas ALTAS
força do SISMO!!!
e CURTAS
Por outro lado, sendo as vigas ser mais resistentes que os pilares, pode
conduzir a que as rótulas plásticas provocadas pela acção sísmica se formem nestes últimos elementos
resistentes, o que pode conduzir ao colapso da estruturas.
Esta figura mostra-nos, mais uma vez, que é nos NÓS que acção sísmica é mais significativa para uma
estrutura.
Assim sendo, devemos evitar uma possível rotura nos pilares e nas vigas, mas se tiver que acontecer, que
seja nas vigas, pois iremos estar visando os efeitos de segurança (dado que mesmo que estas formem rótulas
nos seus extremos, ainda permanecem isostácticas, mas mesmo que desse o seu colapso, o seu efeito seria
restritamente local).
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f 2
f 1
Rótula da
VIGA
f
f Viga ALTA
Rótula no
PILAR
Então, caso tenhamos uma estrutura porticada com viga alta, a resistência desta será maior que nos pilares e
caso ocorra uma acção sísmica, esta poderá causar roturas na cabeça/base dos pilares e, consequentemente, o
colapso total do edifício. Outro caso, será uma estrutura com pilares mais robustos que as vigas (e/ou lajes),
que poderá conduzir a um possível mecanismo das últimas ou, mesmo, a uma rotura parcial do edifício,
devido à plastificação das vigas (mas sem colapso global).
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f c ≤ f cd
2d
As
x ≤0,3d
As+ d
f? f?
Por outro lado, no caso de se dar um sismo, nunca se sabe de que lado virá, devendo-se reforçar-se os nós de
ambos os lados devido a acção mais grave do peso das sobrecargas, como mostra figura abaixo. Verificando
estas condições, a viga poderá se deformar sem que o betão fique previamente comprimido.
As As
f f
As As
≥ 1 As −
2 ≥ 1 As −
2
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As = 2Ø6 >= 2Ø12
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A figura anterior mostra-nos uma situação em que se deve ter muita atenção. No centro da viga, os esforços
poderão variar muito consoante a direcção e a intensidade do sismo, por isso a necessidade de se ter
armaduras ao longo de todo o comprimento da viga (positivas e negativas). Nas extremidades, a situação será
semelhante, daí a necessidade da armadura ter a extensão mínima 2d e não possuir emendas ou interrupções
(Secção 143.4º).
2d 2d
A importância de não ter emendas ou interrupções no intervalo de 2d são variadas para a estrutura de
ductilidade melhorada, a principal é que se diminui o risco de colocar armaduras em excesso e
consequentemente aumenta a segurança de toda a estrutura.
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f f
(
1,5 * M esq dir
rd + M rd
)
Vsd ,SK =
l
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2d 2d
≤
15cm
10cm
≤ 5cm
Exemplo prático:
Qual a maior altura (h) que uma viga com 6m comprimento (l) pode ter para uma estrutura de ductilidade
melhorada?
l = 6m
l 6 6
> 4 ⇒ > 4 ⇔ h < ⇔ h < 1,5 m
h h 4
No REBAP / Secção 144.1º, diz-nos que os pilares deve satisfazer a seguinte condição:
N sd ≤0,6 * f cd * Ac
Em casos normais teríamos 0,85 a multiplicar pelo valor de cálculo da tensão de rotura à compressão do
betão e pela área de secção transversal do pilar, mas como estamos a falar de estruturas de ductilidade
melhorada, temos 0,6, para que o betão não esteja demasiado comprimido, propiciando roturas frágeis.
Também houve uma redução de metade do valor máximo da esbelteza ( λ ), em de 140 (artigo 64º) passou a
ser 70.
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Já no REBAP / Secção 144.2º mostra-nos que em caso algum a secção total da armadura longitudinal deve
ser inferior a 0,8% para o betão A235 e 0,6% para o A400 e A500. O artigo 121º (REBAP) nos dizia a
mesma coisa, porém com algumas excepções. Mais uma vez, esta condição justifica-se para que o betão não
esteja excessivamente à compressão.
REBAP / Secção 144.3º, para não fugir as ideias das secções anteriores, mostra-nos que a secção total da
armadura longitudinal não deve exceder 6%, sendo que no artigo 121º (REBAP) é 8%, mesmo em zonas de
emenda de varões por sobreposição.
V sd M sd (Considerados)
M rd (Existentes)
l Asw ⇒V =
M rde M rdd
h( pilar )
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Esta situação é possível, porque caso ocorra um sismo, poderá existir tracções nos pilares. Se tivermos
compressões, podemos até considerar favorável, pois irá aumentar a resistência e quando não muito o betão
aguenta bem; enquanto as tracções só irão prejudicar.
Pilar
a
→ 16 h
C≥ →a
h ø8//10cm →b
≤ ≥
Para conferir uma maior rigidez e,
sobretudo, confinamento do betão nas
zonas extremas do pilar.
Não devem ser realizadas emendas ou interrupções nas zonas extremas do pilar e sim a meia altura,
pois os momentos são menores.
Asw
Se l v ≥ l p e nenhuma viga com altura inferior a 3 de altura da viga mais alta, então pode-se ⇒ .
4 2
REBAP / Artigo 146º (Paredes e Diafragmas):
cm
15
λ < 60
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ht
≥2
l
1 hp
10
Para evitar
1 l parede
10
ou
2×e
Cm x
=
∑ (m * d )i
x
i
∑m i
Cm
q
3
1- 2 = 15 KN 2
m m
q = 10 KN
2-
m2 m2 X
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3-
q = 20 KN
m2 m2
f N
f = m*a → m = = [Kgf ]
g m 2
s
⎡⎛ 64447 m1
4448 d 16 78 ⎞ ⎛ 647
( x ) =10 + 7 , 5 m2
48 ⎞ ⎛ 647 m3
48 ⎞⎤
⎢ 15 KN 2 g * 15m *15m * 17,5m ⎟ + ⎜10 * 35 *10 * 5 ⎟ + ⎜ 20 * 25 * 15 * 12,5 ⎟⎥
⎜
⎢⎜ m ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎥
⎣⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎦
Cm = Cg =
x x
= 11,85m
[(15 m 2 g *15m *15m) + (10 * 35 *10) + (20 *15 * 25)]
KN
⎡⎛ 64447 m1
4448 d 16 78 ⎞ ⎛ 647
( y ) = 35 + 7 , 5 m2
48 ⎞ ⎛ 647 m3
48 ⎞⎤
⎢⎜15 KN 2 g * 15m * 15m * 42,5m ⎟ + ⎜10 * 35 * 10 * 32,5 ⎟ + ⎜ 20 * 25 * 15 * 7,5 ⎟⎥
⎢⎜ m ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎥
⎣⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎦
Cm = Cg =
y y
= 21,80m
[(15 KN m2 g * 15m * 15m) + (10 * 35 * 10) + (20 * 15 * 25)]
• Centro de rigidez
E*I
Rigidez ⇒ K =
L
2a a
a
2a
h
f 1
6a Cr
a
2a
a
2a a X
5a
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6a
¾ Cr y =
2
⎛ Ei * I ix
n
⎞
(K * d ) ∑ ⎜⎜ L * dix ⎟⎟ ∑ (I * d ix )
n n
∑ i
x
i
x
i
x
= ⎝n i ⎠≈
1
Cr x = 1 n x
1
n
E *I
∑1 Kix ∑1 i L i ∑I
1
i
x
I p2 a×2 a I pa×a
⎛ 64748 ⎞ ⎛ 678 ⎞
⎜ }d ⎟ ⎜ a * a 3 6 47d
48⎟
⎜2* 2 a * (2 a )3
*a⎟ + ⎜2* * 5a − a ⎟ ( )
⎜ 12 ⎟ ⎜ 12 2⎟
⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
¾ Cr =
x
⇔
2a * (2a )
3 3
a*a
2* + 2*
1412243 112
23
I p2 a*2 a I pa*a
Considerando a = 1m, teremos:
16
67 8
2 * 8 *1 + (1 * 4,5)
⇔ Cr x = = 1,2m
(2 * 8) + 1
6
¾ Cr y = = 3m
2
Exercício:
Um edifício de 14 pisos tem f = 1,2 Hz. Classifique-o quanto à sua deformabilidade face ao Artigo 30.6º do
R.S.A..
⎧
⎪0,5 Hz
⎪⎪
Temos que f = 1,2 Hz, em que ⇒ f ≥ ⎨e
⎪ 8 8
⎪ = = 0,57
⎪⎩ n pisos 14
Então, de acordo com o R.S.A., podemos dizer que o edifício não é demasiado deformável.
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Exercícios:
a) Considere um edifício com estrutura porticada de 12 pisos e diga qual a sua frequência fundamental de
acordo com os critérios simplificados do RSA.
12 12
f = ⇔ f = = 1Hz
n pisos 12
Podemos ainda concluir: Quanto mais alto for o edifício, menor é a sua frequência, maior a sua
deformabilidade.
b) Considere um edifício com estrutura pórtico – parede de 12 pisos e diga qual a sua frequência
fundamental:
16 16
f = ⇔ f = = 1,33Hz
n pisos 12
c) Considere um edifício com estrutura parede de 12 pisos e o esquema da planta abaixo e diga qual a sua
frequência fundamental:
f OBS.:
¾ n pisos ⇒ É o nº de pisos acima do nível do terreno;
¾ f ⇒ Expresso em “Hz”.
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Considere o seguinte edifício cuja estrutura não é de ductilidade melhorada, ou seja, é de ductilidade normal.
4,0 m
m1
6,0 m
4,0 m
0,30
0,30
6,0 m
DADOS:
• ψ 2 = 0,2 ;
6,0 m
• Tipo de terreno: II;
• Zona de sísmica: Porto;
• Estrutura em Betão Armado.
RESOLUÇÃO:
α
¾ Cálculo do coeficiente sísmico nas duas direcções ( β ): β = β0 *
η
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- Direcções:
• Direcção X:
Temos uma estrutura mista pórtico – parede de ductilidade normal, logo ⇒ η = 2,0
(REBAP – art.33.2º). Então:
16 16 ⎫
→ f = = = 8Hz; ⎪
n 2 ⎬
(R.S.A. – art.31.2º - Quadro II)
→ T .terrenoII , f ≥ 4,0 : β 0 = 0,4;⎪⎭
0,3
→ β x = 0,4 * ⇔ β x = 0,06
2,0
• Direcção Y:
12 12 ⎫
→ f = = = 6 Hz; ⎪
n 2 ⎪⎪
→ T .terrenoII , f ≥ 4,0 : β 0 = 0,4;⎬ (R.S.A. – art.31.2º - Quadro II)
⎪
0,3
→ β y = 0,4 * ⇔ β y = 0,048 ⎪
2,5 ⎪⎭
β x
= 0 , 06
β y
= 0 , 048
Temos ainda conferir a seguinte condição: 0,04 * α ≤ β ≤ 0,16 * α
⇒ β x → 01
,4
042*4,3 ≤ 0,06 ≤ 01
03 ,162
4 *4 ,3 ⇒ KO ⇒ β x = 0,048
03
0 , 012 0 , 048
⇒ β → 01
y
,4
042*4,3 ≤ 0,048 ≤ 01
03 ,162
4 *4 ,3 ⇒ OK
03
0 , 012 0 , 048
OBS.: Se a estrutura apresentar uma certa ductilidade não necessita ser considerado um valor maior que
0,16 * α e neste caso, apesar de ser uma estrutura de ductilidade normal, ela em princípio apresentará essa
característica (bastando adoptar as disposições construtivas elementares obrigatórias para uma estrutura de
ductilidade melhorada). Então o coeficiente sísmico será igual a 0,048. (R.S.A. – art.31.2º). Contudo, o valor
mínimo de 0,04 * α terá sempre de ser respeitado.
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f Ki = β * hi * Gi *
∑G i
∑h *G i i
- 1ºPiso:
β = 0,048;
h1 = 4,0m;
[ ]
G1 = A piso * C t = (18 * 6) m 2 * 6,4 KN [ m2
] = 691,2KN
G1 =G2
}
2 * 691,2
f K 1 ⇒ f Kx1 = 0,048 * 4,0 * 691,2 * = 22,12 KN ;
4,0 * 691,2 + 8,0 * 691,2
G1 =G2
}
2 * 691,2
f Ky1 = 0,048 * 4,0 * 691,2 * = 22,12 KN .
4,0 * 691,2 + 8,0 * 691,2
Y Y
Só por coincidência que f Ky1 é igual a f Kx1 !!!
CG CG
- 2ºPiso:
β = 0,048;
h2 = 8,0m;
[ ]
G2 = A piso * C t = (18 * 6) m 2 * 6,4 KN [ m2
] = 691,2KN
G1 =G2
}
2 * 691,2
fK2 ⇒ f x
K2 = 0,048 * 8,0 * 691,2 * = 44,24 KN ;
4,0 * 691,2 + 8,0 * 691,2
G1 =G2
}
2 * 691,2
f y
K2 = 0,048 * 8,0 * 691,2 * = 44,24 KN .
4,0 * 691,2 + 8,0 * 691,2
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44,24 KN
G2 m2
22,12 KN
CG 1 m1
Podemos concluir se os pisos tiverem a mesma massa e todas as alturas iguais, teremos:
f 5
l
m
f 4
l
m
f 3
l
m
f 2
l
m
f 1
f 0
m
OBS.: É importante observar que o diagrama das forças sísmicas aumenta conforme também cresce a altura
do edifício em relação ao solo, sendo perfeitamente triangular se as massas de todos pisos forem idênticas,
bem como a altura dos mesmos.
1
¾ Distribuição das forças (atendendo ao
6,0 m
art.º32.2 do RSA: estruturas 9,0 m
f 2
simétricas na direcção considerada e 3,0 m
18,0 m
elementos resistentes uniformemente 3,0 m
f 3
distribuídos): 9,0 m
6,0 m
f 4
0,6 x
ξ = 1+
a
⎡ Ki ⎤
f PórticoKi = f SísmicaTotal × ⎢ ⎥ × ξ ( factor regulamentar )
⎢⎣ ∑ Kj ⎥⎦
1424 3
rigidez relativa do pórtico i dentro
da rigidez total da estrutura
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0,6 * 9m
ξ P1 x = 1 + = 1,3 ⇒
18m
⎡ 2 × 0,3 × 2,0 3 / 12 ⎤
f1 = f 4 = 22,12 × ⎢ * 1,3 [ KN ] = 11,02 × 1,3 = 14,33KN
⎣12 × ( 2 × 0,3 × 2,0 / 12) + 2 × ( 2 × 0,3 × 0,3 / 12) ⎥⎦
3 3
4444444442444444444 3
rigidez relativa do pórtico 1 dentro
da rigidez total da estrutura
0,6 * 3m
ξP2x = 1 + = 1,1 ⇒
18m
⎡ 2 × 0,3 × 0,33 / 12 ⎤
f 2 = f 3 = 22,12 × ⎢ * 1,1 [ KN ] = 0,031 × 1,1 = 0,034 KN
⎣12 × ( 2 × 0,3 × 2,0 / 12) + 2 × ( 2 × 0,3 × 0,3 / 12) ⎥⎦
3 3
4444444442444444444 3
rigidez relativa do pórtico 1 dentro
da rigidez total da estrutura
De reparar que no caso dos pórticos XX’s toda a força sísmica é absorvida pelos que possuem paredes
resistentes, dada a sua desproporcional rigidez face aos que apenas tem pilares.
No caso dos pórticos em YY’s, dado terem a mesma rigidez, basta dividir a força sísmica total pelo seu
número.
0,6 * 3m 22,12
ξ P1 y = 1 + = 1,3 ⇒ f1 = f 2 = *1,3KN = 14,38KN
6m 2{
n º Pórti cos
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4,0 m
6,0 m
m1
4,0 m
0,30
0,30
6,0 m
Dados:
→ C t = 6,4 KN m 2
6,0 m
[ ]
→ G piso1 = A piso1 * C t = (18 * 6) m 2 * 6,4 KN[ m
]
2 = 691,2 KN
→
Y
Massa do Piso1:
G piso1 691,2
⇒ M piso1 = = = 70,53ton
6,0 m g 9,8ms − 2
→ Massa do Piso 2 = Massa do Piso 1
→ Betão B25.
[1] [2] m2
4,0 m
⎡70,53 0 ⎤
M =⎢
⎣ 0 70,53⎥⎦
m1
4,0 m
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=1
2
K12 K22
4m
=1
1 K11 K21
4m
⎛ 6Pilares
470,48 3*0 , 3
6Paredes
474 8⎞
, 3*2
8 ⎜
B 25
67 3 ⎟
0 ,3 * 0 , 3 0 ,3 * 23 ⎟
12 * 29 E 9 * ⎜ 4 * + 4*
⎜ 12 12 ⎟
12 EI ⎜ ⎟
K11 = 3 * 2 pisos = 2 * ⎝ ⎠ = 8,7 E 6 KN
m
l 43
9 ⎛ 0,3 * 0,33 0,3 * 23 ⎞
12 * 29 E * ⎜⎜ 4 * + 4* ⎟
12 EI ⎝ 12 12 ⎟⎠
K12 = − 3 = − = −4,4 E 6 KN m
l 43
⎛ 0,34 0,3 * 23 ⎞
12 * 29 E 9 * ⎜⎜ 4 * + 4* ⎟
12 EI ⎝ 12 12 ⎟⎠
K 21 = − 3 = − = −4,4 E 6 KN m
l 43
⎛ 0,34 0,3 * 2 3 ⎞
12 * 29 E 9 * ⎜⎜ 4 * + 4* ⎟
12 EI ⎝ 12 12 ⎟⎠
K 22 = 3 * 1 piso = = 4,4 E 6 KN m
l 43
A questão não é contabilizar pilares ou pórticos, por si, mas sim o número de pisos deformado para efectuar
o deslocamento pretendido. O que arrasta um número de pilares a contabilizar ao nível do pórtico (ou da
estrutura se a análise for do seu conjunto).
⎡ 8,7 − 4,4⎤
K=⎢ ⎥ * (106 )
⎣ − 4,4 4,4 ⎦
Por serem simétricas, são iguais!!!
Em geral, se a estrutura tiver elementos estruturais idênticos (secção e altura) e sendo n o seu número:
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~
⎡ 2n −n ... ⎤
⎢ −n 2n −n ... ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 −n 2n −n ... simétrico ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 0 −n 2n −n ... ⎥
⎢ 0 0 0 −n ... ... ⎥
⎢ ⎥
12EI ... ... ... ... ... ... −n
K = 3 ⎢. ⎥
l ⎢ 0 0 0 0 0 −n 2n −n ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 0 0 0 0 0 −n 2n −n ⎥
⎢ 0 0 0 0 0 0 0 −n 2n −n ⎥
⎢ ⎥
⎢ 0 0 0 0 0 0 0 0 −n 2n −n ⎥
⎢ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 −n 2n −n ⎥
⎢ ⎥
⎣⎢ 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 −n n ⎦⎥
De notar que temos elementos estruturais do tipo parede, pelo que a sua rigidez seria mais correcta com o
uso, também aproximado e simplificado, da expressão:
K = 3EI/H3
com H a altura total do edifício. Isto sucede porque a parede resistente funciona como uma grande consola
encastrada na fundação e livre no topo, uma vez que, na verdade, os pisos não conseguem absorver a rotação
que este elemento, muito mais rígido que os pavimentos, lhe provocam.
⎛ ⎞ ⎧⎪ ⎫⎪
⎜ [K ] − W 2
[M ]⎟*⎨ φ ⎬ = {0}
⎜ { ⎟ {
⎝ Valor Pr óprio ⎠ ⎪⎩Vector Pr óprio ⎪⎭
(
Det. [K ] − W 2 [M ] = 0 )
Det. A = 0
⎡ 8,7 − 4,4⎤ ⎡70,53 0 ⎤
A=⎢ ⎥ *10 6 − W 2 ⎢
⎣− 4,4 4,4 ⎦ ⎣ 0 70,53⎥⎦
⎛ ⎡ 8,7 − 4,4⎤ W 2 ⎡70,53 0 ⎤⎞
A = ⎜⎜ ⎢ ⎥ − 6⎢ ⎥ ⎟ * 10 6
⎟
⎝⎣ − 4, 4 4, 4 ⎦ 10 ⎣ 0 70,53 ⎦⎠
⎡8,7 − 70,53 * B − 4,4 ⎤ W2
A=⎢ em que: B =
⎣ − 4,4 4,4 − 70,53 * B ⎥⎦ 106
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Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
W1 151,66
f1 = = = 24,14 Hz;
2 *π 2 *π
W 402,49
f2 = 2 = = 64,06 Hz.
2 *π 2 *π
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Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
f K2
3,0 m
f K1
3,0 m
DADOS:
PT1
P1 P1 o P1 = 30*30cm;
o Tipo de terreno: II;
5,0 m
o Zona de sísmica: Porto;
5,0 m
PT4 P1 P1 RESOLUÇÃO:
640,25
Gt = ≈ 160 KN ⇒
4
⇒ G1 = G2 = G3 = G4 = 160 KN
Assim sendo:
f Ki = β * hi * Gi *
∑G i
∑h *G
i i
1
É indiferente resolver o exercício por pórtico ou pela estrutura no seu conjunto, porque a relação massa/rigidez se
mantêm. Contudo, teremos que estar atentos para não existirem erros de contabilização na distribuição de forças pelos
pórticos. Se fizermos o exercício pelo conjunto da estrutura, dado os pisos serem indeformáveis no seu plano, seria
apenas uma questão de distribuir as forças encontradas por esses pórticos, tidos em conta os agravamentos
regulamentares face à torção global da estrutura.
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Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
α
β = β0 *
η
Temos uma estrutura em pórtico de ductilidade normal, logo ⇒ η = 2,5 (REBAP – art.33.2º). Então:
12 12 ⎫
→f = = = 6Hz; ⎪
n 2 ⎪⎪
→ T.terrenoII, f ≥ 4,0 : β 0 = 0,4;⎬ (R.S.A. – art.31.2º - Quadro II)
⎪
0,3
→ β = 0,4 * ⇔ β = 0,048 ⎪
2,5 ⎭⎪
⇒ β → 01
,4
042*4,3 ≤ 0,048 ≤ 01
03 ,4
162
*4 ,3 ⇒ OK
03
0 , 012 0 , 048
Com β = 0,048 , iremos calcular a acção da sísmica ao nível dos pórticos (PT1 a PT4) individualmente (dado
que todos têm a mesma estrutura: Pilares de 30 * 30cm):
• 1º Piso:
h1 = 3,0m(acima.do.solo);
160 + 160
f K 1 ⇒ f K 1 = 0,048 * 3,0 * 160 * = 5,12 KN .
3,0 * 160 + 6{
,0 * 160
h2
• 2º Piso:
h2 = 6,0m(acima.do.solo);
160 + 160
f K 2 = 0,048 * 6,0 *160 * = 10,24 KN .
3,0 *160 + 6,0 *160
10,24 KN
PT1,2,3e4
5,12 KN
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Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
Dá-nos a frequência elementar da estrutura (1º Modo de vibração), sendo esta a frequência mais baixa
(fundamental) e que representa em princípio situação dominante em termos de comportamento
dinâmico/vibratório da estrutura.
i i 160KN m2 2 160KN 2
3,0 m
f i = Gi =160KN m1 f 1 = 160KN m1
3,0 m
30 30
30 30
d2 m2
São características físicas ∆
da estrutura REAL.
d1 m1 f
EI
12 EI
f = *Δ
l3
Admitindo os pisos como indeformáveis, temos que os deslocamentos são (de forma mais genérica e
incluindo a eventual presença de paredes resistentes):
∑F j
di = i
+ d i-1
n.º de pilares n .º de paredes
12 EI k 3EI m
∑ L3k
+ ∑ H m3
1 1
Ou seja, deslocamento de um piso é igual ao produto do total das forças aplicadas nesse piso e de todos os
que lhe são superiores pela rigidez do mesmo, a somar ao deslocamento transportado do piso que lhe é
inferior.
Reparar que esta fórmula provém da generalização do Método dos Deslocamentos: K.d = F.
Aplicando:
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Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
(160 × 103 )
• d2 = + 0,0266 = 0,0399[m]
12 × 20 × 10 ⎛ 0,34 ⎞ *
3 ×⎜
9
142 4 12 ⎟⎠
Módulo.de. Elasticidade ⎝
1 424 3
3
I ⇒ 30*30
× 2{
3 Pilares
0,0399
f 2 = 160KN 0,0266/2 = 0,0133
m2
f 1 = 160KN 0,0266 m1
⎧ Piso2 ⎫ ⎧0,0399 ⎫
ϕ=⎨ ⎬=⎨ ⎬ (Modo Base de Vibração Fundamental)
⎩ Piso1 ⎭ ⎩0,0266 ⎭
A posição dos pisos no vector é indiferente. Apenas temos que ter presente como os distribuímos nesse
vector, para não efectuar trocas de níveis nos cálculos posteriores.
Também, no caso de existirem cabos, a sua contribuição poderia ser contabilizada pelo acréscimo da nova
parcela à fórmula anterior, simplificadamente:
∑F j
di = i
+ d i-1
n.º de pilares n.º de paredes n.º de cabos
12 EI k 3EI m EAn
∑ L3k
+ ∑ H m3
+ ∑ Cn
× cos α
( ângulo com a horizontal )
k =1 m=1 n =1
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Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
Cabo L=
3
Pilar
L=
3
H=
9
Parede
L=
3
30°
Se neste exemplo:
⇒ F = 1000 kN
⇒ Paredes: 1.5 × 0.2, E = 29E+6
⇒ Pilares: 0.3 × 0.3, E = 29E+6
⇒ Cabos: ø = 16mm, E = 210E+9
Surge:
−1
⎡ 1 1
⎤
⎢ 3 × 29 E 9 ∑ 0 .2 × 1 . 5 3
/ 12 12 × 29 E 9 ∑ 0.3 × 0.33 / 12 ⎥
Δ = 1000 E 3 × ⎢ 1
3
+ 1
3
+ (0.016 2 / 4 × 210 E 9) × 1 × cos(30) /(3 / sin( 30)) ⎥
⎢ 9 3 ⎥
⎢⎣ ⎥⎦
−1
⎡ 1 1
⎤
⎢ 3 × 29 E 9∑ 0.2 × 1.5 / 12 12 × 29 E 9∑ 0.3 × 0.3 / 12 ⎥
3 3
Δ = 1000 E 3 × ⎢ 1
+ 1
⎥ = 0,0649m
⎢ 93 33 ⎥
⎢⎣ ⎥⎦
g ∑ Fi d i
1
f = i
2π ∑Fd
i
i i
2
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Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
Como o deslocamento é proporcional à massa, dado que é o valor desta que surge como acção
horizontal:
g ∑ Fi d i
1 ⎧ 1 9,8 * (160 / 2 * 0,0266 2 + 160 / 2 * 0,0399 2 )
⇒ f = ⎨OBS . :⇒ f =
i
= 3,79 Hz
2π ∑ Fi d ⎩
i
i
2
2π 160 / 2 * (0,0266 2) 2 + 160 / 2 * (0,0399 2) 2
g ∑ Fi d i
1 ⎧ 1 9,8 * (0,0266 2 + 0,0399 2)
⇒f = ⎨OBS. :⇒ f =
i
= 3,79Hz
2π ∑ Fd ⎩
i
2
i i 2π (0,0266 2) 2 + (0,0399 2) 2
A frequência aumentou!
Na verdade, quanto menor for a MASSA mais se tende para o valor da FREQUÊNCIA
FUNDAMENTAL DO MÉTODO ESTÁTICO, que é de 6Hz. Ou seja, com o M. De RAYLEIGH tem-
se um valor mais eficaz da frequência fundamental (2,68Hz < 6Hz).
O regulamento tendo uma postura conservadora, do lado da segurança, conduz a frequências mais
elevadas se adoptarmos o Método Estático, pois que tal atitude faz aumentar as forças sísmicas (veja-se o
que sucede com o Coeficiente Sísmico de Referência β0, quando a frequência aumenta, ou as relações
entre frequências e acelerações dos Espectros de Resposta do anexo III do RSA);
g ∑ Fi d i
1 ⎧ 1 9,8 * (160 * 0,0266 * 2 + 160 * 0,0399 * 2 )
⇒f = ⎨OBS. :⇒ f =
i
= 1,89Hz
2π ∑ Fd ⎩
i
2
i i 2π 160 * (0,0266 * 2) 2 + 160 * (0,0399 * 2) 2
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Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
g ∑ Fi d i
1 ⎧ 1 9,8 * (0,0266 * 2 + 0,0399 * 2)
⇒f = i
2 ⎨
OBS. :⇒ f = = 1,89Hz
2π ∑ Fidi ⎩
i
2π (0,0266 * 2) 2 + (0,0399 * 2) 2
⎫
→ f = 2,68Hz; ⎪
⎪⎪
→ T.terrenoII, f < 4,0 : β 0 = 0,2 f = 0,33;⎬ (R.S.A. – art.31.2º - Quadro II)
⎪
0,3 ⎪
→ β = 0,33 * ⇔ β = 0,04
2,5 ⎪⎭
⇒ β → 01
,4
042*4,3 ≤ 0,04 ≤ 01
03 ,162
4 *4 ,3 ⇒ OK
03
0 , 012 0 , 04
Com β = 0,04 , iremos calcular a acção da sísmica ao nível dos pórticos (PT1 a PT4) individualmente (dado
que todos têm a mesma estrutura: Pilares de 30 * 30cm):
f Ki = β * hi * Gi *
∑G i
∑h *G
i i
• 1º Piso:
h1 = 3,0m(acima.do.solo);
160 + 160
f K1 ⇒ f K1 = 0,04 * 3,0 * 160 * = 4,3KN.
3,0 * 160 + 6{
,0 *160
h2
• 2º Piso:
h 2 = 6,0m(acima.do.solo);
160 + 160
f K 2 = 0,04 * 6,0 *160 * = 8,6KN.
3,0 *160 + 6,0 *160
Ou seja obtemos uma redução de cerca de 17,5% da acção sísmica por ter corrigido o valor da frequência de
vibração fundamental da estrutura.
d) Aproveitando a frequência obtida pelo Método de Rayleigh e efectuando agora uma análise Dinâmica
Simplificada, começamos por calcular a COORDENADA MODAL, em que temos a seguinte fórmula:
Li
Yi = * Sa ( f ,ξ )
M i * Wi 2
Quando só existe um modo de vibração a expressão perde a sua entidade matricial, passando a ser uma mera
expressão numérica simples:
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Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
L i ϕ iT m i {1} ∑ d i * m i * 1 ∑ m i * d i ∑ Q i / g * d i
= = = = =r
M i ϕ iT mϕ i ∑ d i * m i * d i ∑ m i * d i2 ∑ Q i / g * d i2
No caso, ainda mais elementar, de todos os pisos terem igual massa e rigidez:
Li ϕ T m {1}
= iT i =
∑d i
=r,
Mi ϕ i mϕ i ∑2d3
1
2
i
Mét .RAYLEIGH
⎧⎪→ STipoI
a
2
= 310 cm s ;
f = 2,68Hz ⎨ 2
⎪⎩→ STipoII
a = 235 cm s .
}α 28,918
YTipoI = * 0,93 = 0,0981
0,3 2 16,84 2
→ STipoI
a = 310 * = 0,93m s ;
100 Li
Yi = * Sa (f , ξ)
}α
M i * Wi2 29,918
0,3 YTipoII = * 0,705 = 0,074
→ STipoII = 235 * = 0,705m s .
2 16,84 2
a
100
f) Deslocamentos máximos:
⎧0,0399 ⎫ ⎧0,00391⎫ ⎡ Piso2⎤
→ Z1I = ϕ * Y1I = ⎨ ⎬ * 0,0981m = ⎨ ⎬( m) ⎢ ⎥
⎩0,0266 ⎭ ⎩0,00261⎭ ⎣ Piso1⎦
⎧0,0399 ⎫ ⎧0,00295⎫ ⎡ Piso2⎤
→ Z1II = ϕ * Y1II = ⎨ ⎬ * 0,074m = ⎨ ⎬( m) ⎢ ⎥
⎩0,0266 ⎭ ⎩0,00197 ⎭ ⎣ Piso1⎦
g) Forças máximas:
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Li S a ( f , ξ )
f si = m * ϕ i * * = m * Z1I * W 2 / η = m * ϕ * Y1I * W 2 / η
Mi η
⎧ f 2I ⎫ ⎧⎪ 0 ⎫⎪ ⎧0,0399⎫
160
9,8 0,93 ⎧17,52⎫ ⎧ 7 ⎫
⇒⎨ I⎬=⎨ ⎬ *⎨ ⎬ * 28,918 * =⎨ ⎬ 2,5 = ⎨ ⎬( KN )
⎩ f1 ⎭ ⎪⎩ 0 160 ⎩0 ,0266 ⎭ 2,5 ⎩11 ,68 ⎭ ⎩ 4,67 ⎭
9,8⎪⎭
⎧ f 2II ⎫ ⎧⎪ 0 ⎫⎪ ⎧0,0399⎫
160
9,8 0,705 ⎧13,28⎫ ⎧5,31⎫
⇒ ⎨ II ⎬ = ⎨ ⎬ *⎨ ⎬ * 28,918 * =⎨ ⎬ 2,5 = ⎨ ⎬( KN )
⎩ f1 ⎭ ⎪⎩ 0 160 ⎩ 0,0266⎭ 2,5 ⎩ 8,85 ⎭ ⎩ 3,54⎭
9,8⎭⎪
Nota: o coeficiente sísmico, α, deve ser incluído quando não unitário, multiplicado pela aceleração da zona
A.
Note-se que o coeficiente de comportamento (relativo à aquisição das forças sísmicas) só se aplica para
efeitos da posterior determinação dos esforços dos elementos resistentes e não no cálculo das reacções de
apoio (forças totais), pelo que se não entra aqui com o referido coeficiente. De relembrar que o coeficiente de
comportamento relaciona a resposta do comportamento material em regime linear com o não linear, sendo
que no caso do corte basal se trata da contabilização das forças absolutas totais geradas pelo sismo em toda a
estrutura (geralmente representado por forças equivalentes concentradas ao nível dos pisos).
É ainda de notar que: 0,4 ≈ 2π/g, em semelhança com a fórmula do método de Rayleigh.
b) E nos pisos:
Fmáx1 = 0.4 × 160 × (0,0266) × 2,682 × 310/100 × 0,3 / η = 17,4 / η kN = 17,4 / 2,5 = 7,0 kN
Fmáx2 = 0.4 × 160 × (0,0399) × 2,682 × 310/100 × 0,3 / η = 11,7 / η kN = 11,7 / 2,5 = 4,7 kN
Aqui, como se trata de forças sísmicas para efeitos do cálculo dos esforços internos das peças da estrutura, o
coeficiente de comportamento terá que estar incluído, admitindo que a determinação desses esforços de faz
admitindo regime material elástico.
3) CONCLUSÃO:
Podemos concluir que pelo MÉTODO ESTÁTICO EQUIVALENTE (R.S.A.), chegamos aos seguintes
resultados:
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→ f = 6 Hz;
→ f 2 = 10,24 KN ;
→ f 1 = 5,12 KN .
Pelo MÉTODO ESTÁTICO EQUIVALENTE (R.S.A.), mas com frequência corrigida pelo Método de
Rayleigh:
→ f = 2,68Hz;
→ f 2 = 8,6KN;
→ f1 = 4,3KN.
→ f = 2,68Hz;
⎧⎪− f 2I = 7 KN ;
→S TipoI
a ⎨ Será este o condicionante!
⎪⎩− f1I = 4,67 KN .
⎧⎪− f II = 5,31KN ;
→ S aTipoII ⎨ 2II
⎪⎩− f1 = 3,54 KN .
Segundo o EC8:
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a) Para a estrutura da pequena ponte abaixo, localizada em Esposende e sobre terreno muito mole,
calcule a sua frequência fundamental no sentido longitudinal, admitindo um grau de liberdade
horizontal ao nível do tabuleiro, sendo este admitido como indeformável e permitindo os apoios
extremos do tabuleiro deslocamentos horizontais livres. Os pilares são todos iguais e com secção
1,0m×0,5m, com maior dimensão transversal ao tabuleiro. Esta estrutura é fabricada em betão B35 e
poderá considerar-se de ductilidade normal.
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30
C P = 5 0 k N /m S C = 3 0 k N /m
D ire c ç ã o d o e s tu d o
6
8
11
7 7
Na Figura representa-se uma estrutura em que a dimensão em planta é de D metros, destinada a um edifício
de serviços (escritórios), sendo a altura entre o 1.º e 3.º piso (medida B) o dobro da entre o 1º e 2.º piso. Irá
ser construído na zona urbana de Gaia, a 3km da beira-mar e sobre terreno de dureza dura/média. No seu
desenvolvimento possui 4 pórticos idênticos ao apresentando e igualmente afastados. Será fabricada em aço
estrtural (S355), com η (coeficiente comportamento) = 3,0 e pilares tubulares ocos, de área=0,01m2 e inércia
= 0,001m4, estimando-se a carga permanente = 10 KN m 2 .
Calcule a acção do sismo na direcção indicada, considerando os pisos como diafragmas rígidos no seu plano
e admitindo apenas o modo fundamental de vibração.
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Dados:
Resolução:
∑F j
di = i
+ d i-1
n.º de pilares n.º de paredes n.º de cabos
12 EI k 3EI m EAn
∑ L3k
+ ∑ H m3
+ ∑ Cn
× cos α
( ângulo com a horizontal )
k =1 m=1 n =1
Cálculo dos deslocamentos relativos a cada piso (o deslocamento surge da relação entre a massa e a rigidez
estrutural do piso):
1º Piso:
2º Piso:
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3ºPiso:
4ºPiso:
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f K3
PT1 m3
P1 P1 f K2
3,0 m
m2
5,0 m 3,0 m
f K1
m1
PT2 P1 P1 3,0 m
DADOS:
• P1 = 40*40cm;
• Tipo de terreno: II;
• Zona de sísmica: Coimbra (α = 0,5) ;
Temos que:
Qt = qt * A = 10 * (5 * 5) = 250 KN .
f Ki = β * hi * Gi *
∑G i
∑h *G i i
α
β = β0 *
η
Temos uma estrutura em pórtico de ductilidade melhorada, logo ⇒ η = 3,5 (REBAP – art.33.2º). Então:
12 12 ⎫
→ f = = = 4 Hz; ⎪
n 3 ⎪⎪
→ T .terrenoII , f ≥ 4,0 : β 0 = 0,4;⎬ (R.S.A. – art.31.2º - Quadro II)
⎪
0,5
→ β = 0,4 * ⇔ β = 0,057 ⎪
3,5 ⎪⎭
⇒ β → 01
,4
042*4,5 ≤ 0,057 ≤ 01
03 ,4
162
*4 ,5 ⇒ OK
03
0 , 02 0 , 08
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Com β = 0,057 , iremos calcular a acção da sísmica ao nível dos pórticos (PT1 e PT2) individualmente
(dado que todos têm a mesma estrutura: Pilares de 40 * 40cm):
1º Piso:
h1 = 3,0m(acima.do.solo);
250 + 250 + 250
f K 1 ⇒ f K 1 = 0,057 * 3,0 * 250 * = 7,12 KN .
3,0 * 250 + 6{
,0 * 250 + 9{
,0 * 250
h2 h3
2º Piso:
h2 = 6,0m(acima.do.solo);
250 + 250 + 250
f K 2 ⇒ f K 2 = 0,057 * 6,0 * 250 * = 14,25 KN .
3,0 * 250 + 6{
,0 * 250 + 9{
,0 * 250
h2 h3
3º Piso:
h3 = 9,0m(acima.do.solo);
250 + 250 + 250
f K 3 ⇒ f K 3 = 0,057 * 9,0 * 250 * = 21,37 KN .
3,0 * 250 + 6{
,0 * 250 + 9{
,0 * 250
h2 h3
PT1
P1 P1
f 1 = 7,12KN
Cm 5,0 m
PT2 P1 P1
(1ºPISO)
No caso de estrutura simétrica em relação a um plano que contém a direcção considerada para a acção
sísmica, e os seus elementos resistentes estarem uniformemente distribuídos, pode-se considerar que as
resultantes das forças estáticas que actuam segundo aquele plano de simetria e multiplicar os efeitos assim
obtidos por um factor ξ definido por:
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}
Coordenada . do. Pórtico
0,6 x
ξ = 1+ (Art.32.2º do R.S.A.)
a{
L arg ura .da . Estrutura
Então:
7,12
→ f K1 = = 3,56 KN ;
2{
2 Pórti cos
14,25
→ fK2 = = 7,12 KN ;
2
21,37
→ fK3 = = 10,68 KN .
2
Utilizando a fórmula:
⎛ 0,6 * 2,5 ⎞
⇒ f 1 = 3,56 * ⎜1 + ⎟ = 4,63KN ;
⎝ 5 ⎠
⎛ 0,6 * 2,5 ⎞
⇒ f 2 = 7,12 * ⎜1 + ⎟ = 9,26 KN ;
⎝ 5 ⎠
⎛ 0,6 * 2,5 ⎞
⇒ f 3 = 10,68 * ⎜1 + ⎟ = 13,89 KN .
⎝ 5 ⎠
3 = 13,89KN
f 2 =9,26 KN
f 1 = 4,63 KN
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Dá-nos a frequência elementar da estrutura (1º Modo de vibração), sendo esta a frequência mais baixa
(fundamental) e que representa, em princípio, a situação condicionante.
d3 m3 f K3
m3
3,0 m
d2 m2 f K2
m2
3,0 m
d1 m1 f K1
m1
3,0 m
∑F j
di = i
+ d i-1
n.º de pilares n.º de paredes n.º de cabos
12 EI k 3EI m EAn
∑ L3k
+ ∑ H m3
+ ∑ Cn
× cos α
( ângulo com a horizontal )
k =1 m=1 n =1
Temos que:
⎧→ d1 = 0,0137 m;
⎪
⎨→ d 2 = 0,0228m;
⎪→ d = 0,0274m;
⎩ 3
⎧0,0137 ⎫
⎪ ⎪
ϕ = ⎨0,0228⎬ (Modo de Vibração Fundamental)
⎪0,0274⎪
⎩ ⎭
g ∑ Fi d i
1
f = i
2π ∑Fd i
i i
2
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Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
Li
Yi = * S a ( f ,ξ )
M i * Wi 2
Li
=
ϕ iT mi {1}
=
∑d i
= r , referente ao exemplo em questão temos:
M i ϕ iT mϕ i ∑2d3
1 i
2
Mét . RAYLEIGH
Sabemos que:
• α = 0,5 (Zona do Coimbra);
• ξ = 5% (Coef. De amortecimento Est. de Betão);
• f = 3,19 Hz
}α
0,5 2
S aTipoI = 338 * = 1,69m s .
100
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43,82
}
L 1 43,82
Yi = i * 2
* Sa ( f ,ξ ) = * 1,69 ≈ 0,18m
Mi W { 20,04 2
2*π * f
⎧250 0 0⎫
⎧f 3I ⎫ ⎪ 9,8 ⎪ ⎧0,0274⎫ ⎧14,79⎫
L i Sa (f , ξ) ⎪ I ⎪ ⎪ 250 ⎪ ⎪ ⎪ 1,69 ⎪ ⎪
⇒ f si = m * ϕ i * * = ⎨f 2 ⎬ = ⎨0 0⎬ * ⎨0,0228⎬ * 43,82 * = ⎨12,31⎬(KN)
Mi η 9,8 3,5 ⎪
⎪f I ⎪ ⎪ ⎪ ⎪0,0137⎪ ⎪
⎩ 1 ⎭ ⎪0 0 250 ⎪ ⎩ ⎭ ⎩ 7,39 ⎭
⎩ 9,8⎭
Ou:
⎧250 0 0⎫
⎧f 3I ⎫ ⎪ 9,8 ⎪ ⎧0,0049⎫ ⎧14,79⎫
⎪ I ⎪ ⎪ 250 ⎪ ⎪ ⎪ 20,04
2
⎪ ⎪
⇒ f si = m * Z1 * W / η = ⎨f 2 ⎬ = ⎨0
I 2
0 * 0,0041⎬ * = ⎨12,31⎬(KN)
9,8 ⎬ ⎨ 3,5
⎪f I ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ 7,39 ⎪
⎩ 1 ⎭ ⎪0 0 250 ⎪ ⎩0,0025⎭ ⎩ ⎭
⎩ 9,8⎭
3) CONCLUSÃO:
Podemos concluir que pelo MÉTODO ESTÁTICO EQUIVALENTE (R.S.A.), chegamos aos seguintes
resultados:
→ f = 4 Hz;
→ f 3 = 21,37 KN
→ f 2 = 14,23KN ;
→ f 1 = 7,12 KN .
Já pelo MÉTODO DINÂMICO SIMPLIFICADO (RAYLEIGH), obtivemos:
→ f = 3,19 Hz;
⎧− f 3I = 14,79
⎪
→ S aTipoI ⎨− f 2I = 12,31KN ;
⎪
⎩− f1 = 7,39 KN .
I
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Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
Ou seja, podemos verificar que o MÉTODO DINÂMICO SIMPLIFICADO (RAYLEIGH) não obriga a uma
distribuição triangular, o que faz dele um método MAIS RIGOROSO e MAIS ECONÓMICO que o anterior.
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Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
f K2
PT1
P1 P1 3,0 m
f K1
5,0 m
3,0 m
PT2 P1 P1
5,0 m
DADOS:
PT3 P1 P1
• P1 = 30*30cm;
• E = 20 GPa;
5,0 m • Tipo de terreno: II;
• Zona de sísmica: Porto;
PT4 P1 P1
• Estrutura corrente em Betão Armado
• Combinação Quase Permanente:
(CP+ψ 2 *SC) ⇒ Gt = 640,25 KN , ou seja, por pórtico:
G1 = G2 = G3 = G4 = 160 KN .
⎡ 12 EI 12 EI ⎤
K12 ⎤ ⎢ L3 * 4 − L3 * 2⎥ ⎡ 24000 − 12000⎤
[K ] = ⎡⎢ 11
K
=⎢ ⎥= (KN m )
⎣ K 21 K 22 ⎥⎦ ⎢− 12 EI * 2 12 EI * 2 ⎥ ⎢⎣− 12000 12000 ⎥⎦
⎣ L3 L3 ⎦
K21 K22
K11 K12
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Pilares 0 , 3*0 , 3
Betão . qualquer 6 474 8
678
0,3 * 0,33
12 * 20 E 6 *
12 EI 12
K11 = * 4 pilares / pórtico = 4 * = 4 * 6000 = 24000 KN m ;
l3 3 3
0,3 * 0,33 6
12 * 20 E *
12 EI 12
K12 = − 3 * 2 pilares / pórtico = −2 * 3
= −2 * 6000 = −12000 KN m ;
l 3
6 0,3 * 0,33
12 * 20 E *
12 EI 12
K 21 = − 3 * 2 pilares / pórtico = −2 * 3
= −2 * 6000 = −12000 KN m ;
l 3
6 0,3 * 0,33
12 * 20 E *
12 EI 12
K 22 = 3 * 2 pilares / pórtico = 2 * 3
= 2 * 6000 = 12000 KN m .
l 3
M 12 ⎤ ⎡⎢ 0 ⎤ ⎡16,33
160
[M ] = ⎡⎢ 11
M 9,8 0 ⎤
⎥ = ⎥=
⎢ (ton )
⎣ M 21 M 22 ⎦ ⎢ 0 160 ⎥ ⎣ 0 16,33⎥⎦
⎣ 9,8⎦
⎛ ⎞ ⎧⎪ ⎫⎪
⎜ [K ] − W 2
[M ]⎟*⎨ φ ⎬ = {0}
⎜ { ⎟ {
⎝ Valor Pr óprio ⎠ ⎩Vector Pr óprio ⎪⎭
⎪
Trata-se da obtenção de valores e vectores próprios deste sistema. Vamos calcular o seguinte determinante:
Det.([K ] − W 2 [M ]) = 0
A = ([K ] − W 2 [M ])
Det.A = 0
⎡ 2 − 1⎤ ⎡16,33 0 ⎤
A = 12000⎢ ⎥ − W2 ⎢
⎣− 1 1 ⎦ ⎣ 0 16,33⎥⎦
⎛ ⎡ 2 − 1⎤ W 2 ⎡16,33 0 ⎤⎞
A = 12000⎜⎜ ⎢ ⎥ − ⎢ ⎥ ⎟⎟
⎝ ⎣ − 1 1 ⎦ 12000 ⎣ 0 16 ,33⎦⎠
⎡2 − 16,33 * B −1 ⎤ W2
A' = A / 12000 = ⎢ , em que: B =
⎣ −1 1 − 16,33 * B⎥⎦ 12000
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Temos uma equação do 2.º grau, porque existem 2 graus de liberdade, ou seja, seriam tantas as raízes do
problema quantos os graus de liberdade da estrutura. Também, do desenvolvimento destas raízes
chegaríamos aos valores próprios correspondentes a estes graus de liberdade, que seriam as frequências
angulares de cada modo de vibração (que são os vectores próprios do problema):
W2
Como: B = , então teremos:
12000
⎧⎪→ W1 = 0,02339 * 12000 = 16,753 rad s ;
W = B *12000 ⇒ ⎨
⎪⎩→ W2 = 0,16932 *12000 = 43,86 rad s .
E ainda, em acordo com a física, temos que: W = 2 * π * f :
W2 16,753
f1 = = = 2,67 Hz;
2 *π 2 *π
W 43,86
f2 = 1 = = 6,98 Hz.
2 *π 2 *π
OBS: Tínhamos que pelo Método de Rayleigh a frequência f era igual a 2.68Hz, pelo que se verifica que este
método dá um valor bastante correcto para a 1.ª frequência (também designada por fundamental).
⎛ ⎞ ⎧⎪ ⎫⎪
⎜ [K ] − W 2
[M ]⎟ * φ ⎬ = {0}
⎜ { ⎟ ⎨ {
⎝ Valor Pr óprio ⎠ ⎩Vector Pr óprio ⎪⎭
⎪
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⎡ 64417 , 618
44 8 ⎤
⎢ 0 , 0234
} ⎥
⎢
12000 * 2 − 16,33 * B1 −1 ⎥ * ⎧ϕ11 ⎫ = ⎧0⎫ ⇔ ⎧1,618 *ϕ11 − ϕ 21 = 0
⎢ ⎥ ⎨⎩ϕ 21 ⎬⎭ ⎨⎩0⎬⎭ ⎨⎩− ϕ11 + 0,618ϕ 21 = 0
⎢ − 1 1 − 16, 33 * B
142431 ⎥
⎣⎢ 0 , 618 ⎦⎥
1,618 * ϕ11 − ϕ 21 = 0 ; considerando ϕ11 = 1 , teremos:
1,618 * 1 − ϕ 21 = 0 ⇔ ϕ 21 = 1,618.
⎧ 1,0 ⎫
ϕ1 = ⎨ ⎬
⎩1,618⎭
f1 = 2,67 Hz
2º Modo (f=6,98 Hz):
⎡ 64407 , 618
44 8 ⎤
⎢ 0 ,1603
} ⎥
12000 * ⎢ 2 − 16,33 * B − 1 ⎥ * ⎧ϕ12 ⎫ = ⎧0⎫ ⇔ ⎧0,618 * ϕ12 − ϕ 22 = 0
⎥ ⎨⎩ϕ 22 ⎬⎭ ⎨⎩0⎬⎭ ⎨
2
⎢ ⎩ − ϕ12 − 1,618ϕ 22 = 0
⎢ − 1 1 − 16,33 * B
14 4244 32 ⎥
⎢⎣ −1, 618 ⎥⎦
Considerando ϕ22 = 1 , teremos:
⎧− 1,618⎫
ϕ2 = ⎨ ⎬
⎩ 1,0 ⎭
f 2 = 6,98Hz
1,618 1
2 2
1 1
-1,618 1
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6º Passo – Determinação do Li :
Li = φ{
i
T
* m
{ * {{
1}
Vector Matriz Vector
do de unitário
MODO Massas
de
Vibração
1º Modo:
⎧16,33 0 ⎫ ⎧1⎫
L1 = {1,618 1}* ⎨ ⎬*⎨ ⎬ =
⎩ 0 16,33⎭ ⎩1⎭
1,618 * 16,33 + 1 * 16,33 = 42,75
2º Modo:
⎧16,33 0 ⎫ ⎧1⎫
L2 = {1 − 0,618}* ⎨ ⎬*⎨ ⎬ =
⎩ 0 16,33⎭ ⎩1⎭
16,33 − 0,618 *16,33 = 6,21
7º Passo – Determinação do M i :
Mi = φ{iT * m
{ * φ{i
Matriz
Vector Vector
do de do
modo Massas modo
de de
Vibração Vibração
1º Modo:
⎧16,33 0 ⎫ ⎧1,618⎫
M 1 = {1,618 1}* ⎨ ⎬*⎨ ⎬=
⎩ 0 16,33⎭ ⎩ 1 ⎭
1,618 *16,33 * 1,618 + 1 *16,33 *1 = 59,08
2º Modo:
⎧16,33 0 ⎫ ⎧ 1 ⎫
M 2 = {1 − 0,618}* ⎨ ⎬*⎨ ⎬=
⎩ 0 16,33⎭ ⎩− 0,618⎭
1 *16,33 * (−0,618) + (−0,618) *16,33 *1 = 22,57
1º Modo:
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Li ⎧→ ξ = 5%;
Yi = * S a ( f i , ξ ) em que ⎨
M i * Wi 2 → f1 = 2,667 Hz.
⎩144 42444 3
AnexoIII ( R . S . A )
Temos:
⎧ }α
42,75 ⎧ S aI ⎫ ⎧0,00268m
Y1 = 2
* ⎨ II ⎬ = ⎨
59,08 *16
1 ,
424 3 ⎩S a ⎭ ⎩0,00202m
753
280 , 66
⎧1,618⎫ ⎧0,00434m;
Z 1I = φ1 * Y1 = ⎨ ⎬ * 0,00268 = ⎨
⎩ 1 ⎭ ⎩0,00268m.
⎧1,618⎫ ⎧0,00327 m;
Z 1II = φ1 * Y2 = ⎨ ⎬ * 0,00202 = ⎨
⎩ 1 ⎭ ⎩0,00202m.
2º Modo:
Li ⎧→ ξ = 5%;
Yi = * S a ( f i , ξ ) em que ⎨
M i * Wi 2 → f 2 = 6,98Hz.
⎩1442443
AnexoIII ( R . S . A )
Temos:
⎧ } α
⎪→ S (6,98Hz;5% ) = 400 * ,3
I 0 = 1,2 m 2 ;
⎪ a 100 s
⎨ α
⎪ }
⎪→ SaII (6,98Hz;5% ) = 230 * 0,3 = 0,68 m 2 .
⎩ 100 s
6,21 ⎧ S aI ⎫ ⎧0,000172m
Y2 = 2
* ⎨ II ⎬ = ⎨
22,57 * 43,86 0,0001m
123 ⎩S a ⎭ ⎩
1923, 7
⎧ 1 ⎫ ⎧0,000172m
Z 2I = φ2 * Y1 = ⎨ ⎬ * 0,000172 = ⎨
⎩− 0,618⎭ ⎩− 0,000106m
⎧ 1 ⎫ ⎧0,0001m
Z 2II = φ2 * Y2 = ⎨ ⎬ * 0,0001 = ⎨
⎩− 0,618⎭ ⎩− 0,000062m
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9º Passo – Cálculo das forças ao nível de andar (pisos) por modo de vibração:
Li S a ( f , ξ )
f si = m * φi * * Estrutura corrente em Betão Armado:η = 2,5
Mi η
1º Modo:
⎧16,33 0 ⎫ ⎧1,618⎫ 42,75 0,93 ⎧7,11⎫
f s1 = ⎨ ⎬*⎨ ⎬* * =⎨ ⎬( KN )
⎩ 0 16,33⎭ ⎩ 1 ⎭ 59,08 2,5 ⎩4,4 ⎭
2º Modo:
⎧16,33 0 ⎫ ⎧ 1 ⎫ 6,21 1,2 ⎧2,16 ⎫
f s2 = ⎨ ⎬*⎨ ⎬* * =⎨ ⎬( KN )
⎩ 0 16,33⎭ ⎩− 0,618⎭ 22,57 2,5 ⎩− 1,33⎭
Sabemos que a força é igual a matriz de rigidez a multiplicar pelo deslocamento, ou seja, f = K * d
{:
{ Z
f
n
• 1º Modo:
K
644 47 444 8
⎡ 2 − 1⎤ ⎧0,00434⎫
12000 * ⎢ ⎥*⎨ ⎬
Z1I ⎣− 1 1 ⎦ ⎩0,00268⎭ ⎧7,11⎫
f s1 = K * = =⎨ ⎬(KN)
η 2,5 ⎩4,4 ⎭
• 2º Modo:
K
644 47 4448
⎡ 2 − 1⎤ ⎧0,000172 ⎫
12000 * ⎢ ⎥*⎨ ⎬
Z 2I ⎣ − 1 1 ⎦ ⎩− 0,000106 ⎭ ⎧2,16 ⎫
f s2 = K * = =⎨ ⎬( KN )
η 2,5 ⎩− 1,34 ⎭
10º Passo - Cálculo das forças máximas finais ao nível de andar (pisos) CQS (Combinação Quadrática
Simples)
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f2 = ? 2
m2
f1= ? d1 m1
f 2 = 7,43 KN m2
f 1 = 4,60 KN m1
11º Passo – Distribuição das forças máximas finais ao nível de andar (pisos) pelos pórticos
2º Piso
5,0 m
e f g h
15,0 m
1º Piso
5,0 m Cm a/d
M
b/c
M
a b c d
0,6 * x ⎫
ζ = 1+ ⎬ R.S . A(art.32.2º )
a ⎭
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0,6 * x
ζ = 1+ = Ver Tabela abaixo
15m( frente)
PT a/d b/c e/h f/g
x 7,5m 2,5m 7,5m 2,5m
ζ 1,3 1,1 1,3 1,1
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Distribuição das forças sísmicas atendendo à excentricidade do centro de rigidez (Cr) face ao centro de
massa (Cm), com excentricidades regulamentares (RSA) e1i e e2i.
5,0 m
10,0 m
Cr Cm
e2i 5,0 m
e e1i
5,0 m
- NÚCLEO RESISTENTE
K1 K1 K2 K2 K2 K2 (Caixa de escada / Elevador)
4,0 m 4,0 m 4,0 m 4,0 m 4,0 m - Pilares
DADOS:
• K1 = 5,2 * K ;
• K 2 = 0,25 * K .
Nota: K é a rigidez de referência, e os valores relativos a K1 e K2 já incluem as diferenças de rigidez entre
núcleos (caixas de escadas e/ou elevadores) e pilares.
CÁLCULOS:
Cr = ? =
∑K *di i
∑K i
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⇒ e = ? = Cm − Cr = 10 − 3,05 = 6,95m.
di – coordenadas do Centro de Corte de cada elemento vertical face a um referencial.
Ki – rigidez do pórtico i na direcção considerada (x ou y).
Sendo:
• x0 e y0 o centro de rigidez do piso;
• Ixy a inércia de torção;
• Ix e Iy a inércia da secção do elemento em eixos locais;
• xi e yi a distância do referencial ao centro de rigidez local do elemento.
⎧a = 20m;
⎪b = e = 6,95m;
⎪⎪ i
⇒ e1i , e2i ⎨ 6437, 425
4 8 6 47 1
48
⎪e1i = 0,5 * bi + 0,05 * a = 0,5 * 6,95 + 0,05 * 20 = 4,425m;
⎪
⎪⎩e2i = 0,05 * a = 0,05 * 20 = 1,0m.
Fsi =
fs * Ki
+
Ms f * Ki
* (K i * d i ) = s +
fs * e f * Ki ⎛⎜
* Ki * d i = s * 1 + e * di *
∑ Ki ⎞⎟
∑ Ki ∑(Ki * di ) * di ∑ Ki ∑ K i * di2
∑ Ki ⎜⎝ ∑ Ki * di2 ⎟⎠
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⎧ f s * 5,2 ⎡
esquerda. do.CR
} ⎤
⎪⇒ e1i → * ⎢1 − (16,95 + 4,425) * 3,05 * 0,059⎥;
44244 3
⎪ 11,4 ⎢⎣ ⎥⎦
⎪ e + e1i
• PT1: ⎨
f s * 5,2 ⎡ ⎤
esquerda.do.CR
⎪ }
⎪⇒ e2i → * ⎢1 − (1
6,95 + 1,0) * 3,05 * 0,059⎥.
4243
⎪⎩ 11,4 ⎢⎣ e+e 2i
⎥⎦
.
. Este é o mais GRAVOSO!
.
⎧ f s * 0,25 ⎡
direita}.do.CR
⎤
⎪⇒ e1i → * ⎢1 + (6,95 + 4,425) * 16,95 * 0,059⎥;
⎪⎪ 11,4 I ⎢⎣ 14
4244 3 ⎥⎦
e + e1i
• PT6: ⎨
f s * 0,25 ⎡ ⎤
direita}.do.CR
⎪
⎪⇒ e2i → * ⎢1 + (6,95 + 1,0) * 16,95 * 0,059⎥.
11,4 I ⎢⎣ 14243 ⎥⎦
⎪⎩ e+e 2i
Temos dois edifícios de malhas ortogonais, um com o centro de gravidade a coincidir com o centro de
rigidez, sofrendo basicamente deslocamentos ( Δy ) na mesma direcção da acção sísmica, enquanto o outro
edifício não coincide os dois centros, sofrendo para além dos deslocamentos ( Δy ) uma rotação com um
ângulo θ .
Alternativamente:
f Sx * K ix
F = T
( Força sísmica no pórtico i devido à translação segundo x )
∑ K ix
x
f Sy * K iy
F yT = ( Força sísmica no pórtico i devido à translação segundo y )
∑ K iy
M Sx × K yi .d yi2
F R
= ( Força sísmica no pórtico i devido à torção / rotação segundo x )
∑ (K .d xi2 + K iy .d yi2 )
x i
x
M Sy × K xi .d xi2
F R
= ( Força sísmica no pórtico i devido à torção / rotação segundo x )
∑ (K xi .d xi2 + K iy .d yi2 )
y
Com:
M Sx = FSx × e x' ( Momento devido à torção / rotação segundo x )
M Sy = FSy × e 'y ( Momento devido à torção / rotação segundo y )
Sendo:
FxTotal = FxT + FxR ( Força sísmica total / final no pórtico i devido à translação segundo x )
F yTotal = F yT + F yR ( Força sísmica total / final no pórtico i devido à translação segundo y )
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Segundo o EC8:
100/119
Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
20
0,25
Pilares
0,5mx0,5m
10
4,75
Cabos
4Ø12 (A500)
0,25 5 4,75
Y
X
Piso 3
Piso 2
3
Piso 1
3
3
101/119
Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
Resolução:
O Método de Rayleigh dá-nos a frequência elementar da estrutura (1º Modo de vibração), sendo esta a
frequência mais baixa (fundamental) e que representa, em princípio, a situação condicionante para estruturas
regulares.
No caso presente, temos que a totalidade da carga nos pisos é: Q1/2/3 = 10 × (20 × 10) = 2000 KN
O deslocamento devido à aplicação dessas cargas por piso, dadas as características de rigidez infinita dos
mesmos, vem (aplicando a fórmula já apresentada):
∑F j
di = i
+ d i-1
n.º de pilares n.º de paredes n.º de cabos
12 EI k 3EI m EAn
∑ L3k
+ ∑ H m3
+ ∑ Cn
× cos α
( ângulo com a horizontal )
k =1 m=1 n =1
Em que Fi é a força que se encontra aplicada no próprio piso somada a de todos os que se encontram acima
de si.
⎧→ d1 = 0,0024m;
⎪
⎨→ d 2 = 0,009m;
⎪→ d = 0,0123m.
⎩ 3
⎧0,0123⎫
⎪ ⎪
ϕ = ⎨0,0090⎬
⎪0,0024⎪
⎩ ⎭
De notar que os cabos apenas tem função sustentação vertical, possuindo nula rigidez horizontal.
Mesmo na situação traduzida na figura abaixo, em que os cabos já efectuam algum travamento ao nível do
piso 2 e superiores, além deste feito não se estender ao nível 1 (pelo que a estrutura não seria travada no
primeiro pavimento acima do solo, piso 1), esse resultado poderia ser desprezado do lado da segurança.
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Acção dos Sismos – Aulas de Mecânica das Estruturas/ UFP
Piso 2 e 3 (planta)
20
0,25
Pilares
0,5mx0,5m
10
4,75
Cabos
4Ø12 (A500)
0,25 5 4,75
Y
X
Cabos
4Ø12 (A500)
Piso 3 Cabos
3
4Ø12 (A500)
Piso 2
3
Piso 1
3
3
g ∑ Fi d i
1
f = i
2π ∑Fd
i
i i
2
Li
Yi = * S a ( f , ξ)
M i × Wi2
r=
Li
=
∑Q i / g × di
=
2000 / 9,8 × (0,0024 + 0,009 + 0,0123)
=
0,0024 + 0,009 + 0,0123
= 99,56
Mi ∑Q i /g×d 2
i 2000 / 9,8 × (0,0024 + 0,009 + 0,0123 ) 0,0024 2 + 0,009 2 + 0,01232
2 2 2
Sabemos que:
• α = 0,5 (Zona do Coimbra);
• ξ = 5% (Coeficiente. de amortecimento para estruturas de Betão Armado);
• f = 4,97 Hz;
0,5 2
S TipoI
a = 465 * = 2,325m s .
100
102 ,8
}
L 1 99,56
Yi = i * 2
* S a ( f , ξ) = * 2,325 ≈ 0,237m
Mi W { 31,23 2
2*π*f
⎪0,0024⎪ ⎪0,0006⎪
⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎣⎢ Piso3⎦⎥
Forças máximas (1,5 val.):
Li S a ( f , ξ )
f si = m * ϕ i * *
Mi η
Pelo que:
⎧2000 0 0⎫
⎧ f 3I ⎫ ⎪ 9,8 ⎪ ⎧0,0123 ⎫ ⎧166 ,0 ⎫
Li S a ( f , ξ ) ⎪ I ⎪ ⎪ 2000 ⎪ ⎪ ⎪ 2,325 ⎪ ⎪
⇒ f si = m * ϕ i * * = ⎨ f 2 ⎬ = ⎨0 0 ⎬ * ⎨0,0090 ⎬ * 99,56 * = ⎨121,5 ⎬( KN )
Mi η 9 ,8 3,5
⎪f I⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ 32,4 ⎪
⎩ 1 ⎭ ⎪0 0 2000 ⎪ ⎩0,0024 ⎭ ⎩ ⎭
⎩ 9,8⎭
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Ou, como:
Li S a ( f , ξ )
f si = m *ϕ i * * = m * Z1I *W 2 /η
Mi η
Ainda:
⎧2000 0 0⎫
⎧ f 3I ⎫ ⎪ 9,8 ⎪ ⎧0,0029⎫ ⎧164,9 ⎫
⎪ I ⎪ ⎪ 2000 ⎪ ⎪ ⎪ 31,23
2
⎪ ⎪
⇒ f si = m * Z 1 * W / η = ⎨ f 2 ⎬ = ⎨0
I 2
0 * 0,0021⎬ * = ⎨119,4⎬( KN )
9,8 ⎬ ⎨ 3,5
⎪f I⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ 34,1 ⎪
⎩ 1 ⎭ ⎪0 0 2000 ⎪ ⎩0,0006⎭ ⎩ ⎭
⎩ 9,8⎭
Ainda poderíamos optar por:
Li S a ( f , ξ )
f si = m *ϕi * * = m * Z1I *W 2 /η = m *ϕ * Y1I *W 2 /η
Mi η
⎧2000 0 0⎫
⎧ f 3I ⎫ ⎪ 9,8 ⎪ ⎧0,0123⎫ ⎧165,8⎫
⎪ I ⎪ ⎪ 2000 ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
⇒ f si = m *ϕ *Y1 *W / η = ⎨ f 2 ⎬ = ⎨0
I 2
0 * 0,0090⎬ * 0,237* 31,23 / 3,5 = ⎨121,3⎬( KN )
2
9,8 ⎬ ⎨
⎪f I ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ 32,3 ⎪
⎩ 1 ⎭ ⎪0 0 2000 ⎪ ⎩0,0024⎭ ⎩ ⎭
⎩ 9,8⎭
A diferença entre os resultados apenas se fundamenta nos arredondamentos que foram sendo numericamente
efectuados.
Estas serão as forças totais por piso na estrutura, havendo agora que as distribuir pelos pórticos (2,0 val.).
ξ PórticoCentral = (1+0,6x/a)=(1+0,6×0/10)=1
ξ PórticoLateral = (1+0,6x/a)=(1+0,6×4,75/10)=1,285
⎧ f 3I ⎫ ⎧166,0⎫ ⎧55,3⎫
⎪ I⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
⇒ f sPórticoCentral = ⎨ f 2 ⎬ / 3 × ξ PórticoCentral = ⎨121,5 ⎬ / 3 = ⎨40,5⎬( KN
⎪f I⎪ ⎪ 32,4 ⎪ ⎪10,8 ⎪
⎩ 1 ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭
⎧ f 3I ⎫ ⎧166,0⎫ ⎧ 71,1 ⎫
⎪ I⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪
⇒ f sPórticoLateral = ⎨ f 2 ⎬ / 3 × ξ PórticoLateral = ⎨121,5 ⎬ / 3 × 1,285 = ⎨52,0⎬( KN )
⎪f I⎪ ⎪ 32,4 ⎪ ⎪13,9 ⎪
⎩ 1 ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭
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Análise sísmica de uma estrutura (pórtico 2X) segundo o método de Rayleigh (simplificado dinâmico)
Dados do problema:
Distribuição relativa da inércia das peças estruturais de suporte (pilares) no pórtico 3, nos restantes a inércia
é I.
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⎧ d2 ⎫
φ =⎨ ⎬
d
⎩ 1⎭
O deslocamento devido à aplicação dessas cargas por piso, dadas as características de rigidez infinita dos
mesmos, vem (aplicando a fórmula já apresentada):
∑F j
di = i
+ d i-1
n.º de pilares n.º de paredes n.º de cabos
12 EI k 3EI m EAn
∑ L3k
+ ∑ H m3
+ ∑ Cn
× cos α
( ângulo com a horizontal )
k =1 m=1 n =1
− d1 = 0,0029
⎧ 0,0048 ⎫
− d 2 = 0,0048 φ = ⎨ ⎬
⎩ 0,0029 ⎭
−
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1 g × ∑ Fi d i
fx = ; artigo 31.2º do RSA
2π ∑F d i i
2
Com:
− g = valor da aceleração da gravidade;
− Fi = força cuja intensidade é igual ao peso da massa i;
Li Li
= ∑Fid 2i
Fd
Yi = × Sa (f,ξ)
M i wi2 Mi ∑ i i
Dado que a construção se situa Zona C de sismicidade, de acordo com o Quadro I, do artigo 29.2º do
RSA, α=0,5.
265,9 400
Y= × 0,5 × = 0,204
(2π × 8,12)2 100
⎧ 0,0048 ⎫ ⎧ 0,00098 ⎫
Z = φ ×Y = ⎨ ⎬ × 0,204 = ⎨ ⎬
⎩ 0,0029 ⎭ ⎩ 0,00059 ⎭
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Li Sa
fs = m ×φ × ×
Mi η
1000
0 400
9,8 0,5 ×
⎧ f1 ⎫ ⎡ 0,00098 ⎤ 100 = ⎡ 21,27 ⎤(KN )
⎨ ⎬ =[ 500 ] × ⎢ 0,00059 ⎥ × 265,9 × ⎢ 06,40 ⎥
⎩ f2 ⎭ 0 ⎣ ⎦ 2,5 ⎣ ⎦
9,8
No caso de edifícios, a condição relativa à distribuição de massas e rigidezes, considera-se satisfeita quando
podendo definir-se centros de massa (Cm) e de rigidez (Cr) para cada piso, a distância entre estes centros
não exceda 15% da dimensão do edifício segundo a direcção perpendicular à das forças consideradas. O
centro de massa relativo a um piso é o baricentro das massas correspondentes às cargas permanentes e ao
valor quase permanente das cargas variáveis associadas a esse piso.
O centro de rigidez de um piso pode ser identificado como a intersecção das resultantes de dois sistemas de
forças fictícias paralelas a cada uma das direcções em que a estrutura se desenvolve.
No caso de a estrutura ser simétrica em relação ao plano que contém a direcção considerada para a acção
sísmica, ou no caso de se verificar a condição acima referida, pode-se considerar que a resultante das forças
estáticas actuam segundo o plano de simetria e multiplicar os efeitos assim obtidos por um factor ξ, definido
por:
0,6 x
ξ = 1+
a
Cry =
∑K d i i
∑K i
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Não verifica, logo a distância entre o Cm e o Cr é superior a 15% do valor da dimensão da estrutura, na
direcção perpendicular ao sismo.
Nestas circunstâncias, teremos que usar a fórmula atrás apresentada:
* 1 + e * di * ∑ i 2 ⎟
fs * Ki Ms f * Ki fs * e f * Ki ⎛⎜ K ⎞
Fsi = + * (K i * d i ) = s + * Ki * d i = s
∑ Ki ∑(Ki * di ) * di ∑ Ki ∑ K i * di2
∑ Ki ⎜⎝ ∑ Ki * di ⎟⎠
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A Figura 1 representa-se dois edifícios solidarizados por cabos deformáveis, com estruturas idênticas,
embora o edifício B possua uma cave desafogada (numa das faces) em terreno desnivelado. Estão
localizados no Porto, em zona urbana, sobre terreno muito rijo, com lajes que se podem considerar
indeformáveis no seu plano, sendo construídos em betão armado (E = 30 GPa) e numa concepção de
ductilidade normal (η = 2,5). A carga quase permanente desta estrutura será, aproximadamente, 10 KN/m2,
no piso 1 e 2 e o dobro no piso 0, tendo todos os pilares igual inércia com o valor de 0,01 m4.
Figura 1. Edifícios A e B.
4
Piso 1
0,50
4
Piso 0
4,5
Piso -1
Planta de todos os pisos
6
6
3
3
1,5
1,5
3 3 3 3
Direcção do estudo
Calcule para a mesma estrutura, adoptando as recomendações constantes no R.S.A., a força sísmica que se
desenvolveria, na direcção indicada, para o 1º piso do Edifico A. Admita como suficiente a consideração do
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1.º modo de vibração ou fundamental e desenvolva um processo de análise que tenha em conta os
deslocamentos máximos que a estrutura sofre.
Nota: Despreze a possibilidade de qualquer eventual impulso de terras em resultado acção sísmica ou outra.
a) Calcule para a estrutura da figura 2 a força sísmica que se desenvolveria, na direcção indicada, para o 2º
piso do Edifico B, adoptando as recomendações constantes no R.S.A. e supondo que esta acção só teria
efeito nesse sentido. Admita como suficiente a consideração do 1.º modo de vibração ou fundamental e
desenvolva um processo de análise que tenha em conta os deslocamentos máximos que a estrutura sofre.
b) E se, ainda virtualmente, o sentido do sismo fosse da esquerda para a direita, alterava a sua solução?
Porquê?
Figura 2. Edifícios A e B.
Cabos
Edifício A Edifício B
Indeformáveis
4
4
0,50
4
5
Planta de todos os pisos
6
6
3
3
1,5
1,5
3 3
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Para o pórtico na figura abaixo esquematizado, em estrutura metálica (tipo Fe360) e ductilidade melhorada,
faça a sua análise sísmica, de acordo com o regulamento português em vigor, recorrendo ao método de
Rayleigh, admitindo um grau de liberdade horizontal por piso, sendo estes indeformáveis. Admita terreno
tipo II, cidade de Aveiro.
Em caso de não possuir tabela de perfis atribua aos pilares uma inércia I=0,001m4 e E=200GPa.
Resolução:
O Método de Rayleigh dá-nos a frequência elementar da estrutura (1º Modo de vibração), sendo esta a
frequência mais baixa (fundamental) e que representa, em princípio, a situação condicionante para estruturas
regulares.
Q1/2 = 300 KN
O deslocamento devido à aplicação dessas cargas por piso, dadas as características de rigidez infinita dos
mesmos, vem:
O deslocamento devido à aplicação dessas cargas por piso, dadas as características de rigidez infinita dos
mesmos, vem (aplicando a fórmula já apresentada):
∑F j
di = i
+ d i-1
n.º de pilares n.º de paredes n.º de cabos
12 EI k 3EI m EAn
∑ L3k
+ ∑ H m3
+ ∑ Cn
× cos α
( ângulo com a horizontal )
k =1 m=1 n =1
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1.º Piso:
d i = 0,0034m
2.º Piso:
d 2 = 0,0045m
⎧0, 0045 ⎫⎪ ⎧1 ⎫⎪
φ=⎨ ⎬ , normalizando := ⎨ ⎬
⎩0, 0034 ⎪⎭ ⎩0, 76 ⎭⎪
g ∑ Fi d i
1
f = i
2π ∑Fd
i
i i
2
Li
Yi = * S a ( f , ξ)
M i × Wi2
L i ϕ iT m i {1} ∑ d i × m i × 1 ∑ m i × d i ∑ Q i / g × d i
= = = = = r,
M i ϕ iT mϕ i ∑ d i × m i × d i ∑ m i × d i2 ∑ Q i / g × d i2
r=
Li
=
∑Q / g × d
i i
=
300 / 9,8 × (0,0034 + 0,0045)
=
0,0034 + 0,0045
= 248
Mi ∑Q / g × d
i i
2
300 / 9,8 × (0,0034 + 0,0045 ) 0,0034 2 + 0,0045 2
2 2
Sabemos que:
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0,5 2
S aTipoI = 290 * = 1,45m s .
100
L 1 248
Yi = i * 2
* S a ( f ,ξ ) = *1,45 ≈ 0,148m
Mi W { 49,32
2*π * f
⎡300 0 ⎤ ⎧0,0045 ⎫
Li S a ( f , ξ ) ⎧ f 2 ⎫ ⎢ 1,45 ⎧14 ,2 ⎫
I
⇒ f si = m × ϕ i × × =⎨ I⎬= 9,8 ⎥×⎨
300 ⎬ × 248 × =⎨ ⎬( KN )
Mi η ⎩ f 1 ⎭ ⎢⎣ 0 ⎥ 0,0034 ⎭ 3,5 ⎩10,7 ⎭
9,8⎦ ⎩
Ou, como:
Li S a ( f , ξ )
f si = m *ϕ i * * = m * Z1I *W 2 /η
Mi η
⎧ f 2I ⎫ ⎡ 0 ⎤ ⎧0,00067 ⎫ 49,32 ⎧14,2 ⎫
300
⇒ f si = m * Z *W / η = ⎨ I ⎬ = ⎢ 9,8 ⎥×⎨ ⎬× =⎨
I 2
1
300 ⎬( KN )
f
⎩ 1 ⎭ ⎣ ⎢ 0 ⎥ ⎩0,00050 ⎭ 3,5 ⎩10,7 ⎭
9,8⎦
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a) Para a estrutura da pequena ponte abaixo, localizada em Esposende e sobre terreno muito mole, calcule a
sua frequência fundamental no sentido longitudinal, admitindo um grau de liberdade horizontal ao nível
do tabuleiro, sendo este admitido como indeformável e permitindo os apoios extremos do tabuleiro
deslocamentos horizontais livres. Os pilares são todos iguais e com secção 1,0m×0,5m, com maior
dimensão transversal ao tabuleiro. Esta estrutura é fabricada em betão B35 e poderá considerar-se de
ductilidade normal.
C P = 5 0 k N /m S C = 3 0 k N /m
D ire c ç ã o d o e s tu d o
6
8
11
7 7
Resolução:
Alínea a)
Carga total por metro de tabuleiro = CP + ψ2 × SC = 50 + 0,0 × 30 (art.º 41.1 do RSA, sobrecargas
rodoviárias)
Neste caso, como os pilares, embora tendo secção igual, tem altura diferente, a sua rigidez é diversa e, como
tal, a fórmula:
F i × l i3
Δ Tabuleiro
= n .º pilares
12 E ∑1
Ii
Assim:
n .º pilares
K= ∑K1
i = 12 × 32 × 10 6 × 1 × 0,53 / 12 × [1 / 83 + 1 / 113 + 1 / 6 3 ] = 7812,5 + 3005,3 + 18518 = 29336 [kN / m]
Logo:
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g ∑ Fi d i
1
f = i
2π ∑Fd
i
i i
2
-×-
Alínea b)
Li
Yi = * S a ( f , ξ)
M i × Wi2
r=
Li
=
∑Q / g × d
i i
=
1500 / 9,8 × (0,0511)
=
0,0511
= 19,6
Mi ∑Q / g × d
i i
2
1500 / 9,8 × (0,0511 ) 0,05112
2
Sabemos que:
}α
0,3 2
S aTipoI = 250 * = 0,75m s .
100
L 1 19,6
Yi = i * 2
* Sa ( f , ξ ) = 2
* 0,75 ≈ 0,0772m
Mi W { 13,8
2*π * f
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(o Coeficiente de Comportamento, para ponte de betão em que os pilares tem deformação principal por
flexão, é de 2,p para ductilidade corrente, conforme art.º 33.3 do REBAP).
Li S a ( f , ξ )
f si = m *ϕ i * * = m * Z1I *W 2 /η
Mi η
13,82
⇒ f si = m * Z1I * W 2 / η = 1500 / 9,8 × 0,0039 × = 57,5 [kN ]
2,0
Reacção no pilar de 6m:
De notar que a reacção no pilar, ou, em geral, as forças transmitidas às fundações, são independentes do
Coeficiente de Comportamento, já que este apenas caracteriza a relação entre a linearidade e não linearidade
do material de fabrico da estrutura, não a real e global acção do sismo em termos das forças de massa que
este induz.
Assim, poderemos afirmar que o valor desta reacção seria sempre 72.6 kN mesmo que a estrutura fosse de
ductilidade melhorada ou, ainda, a deformação dos pilares fosse, preponderantemente, por corte.
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Bibliografia
• EN1997-1, Geotechnical Design – Part 1: General Rules, CEN, Bruxelas, Bélgica, Outubro
de 2001.
• EN 1998-1, Design of Structures for Earthquake Resistance – Part 1: General Rules, Seismic
Actions and Rules for Buildings, CEN, Bruxelas, Bélgica, Dezembro de 2004.
• EN1998-5, Design of Structures for Earthquake Resistance – Part 5: Foundations, retaining
structures and geotechnical aspects, CEN, Bruxelas, Bélgica, Novembro de 2004.
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