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SUMÁRIO
Portaria DAEE 1.630, de 30-05-2017 - DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA
ELÉTRICA ................................................................................................................... 3

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 08, de 30/05/2017 .................................................. 21

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 08 ANEXO 8-A................................................... 30

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 08 ANEXO 8-B................................................... 35

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 08 ANEXO 8-C .................................................. 37

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09, DE 30/05/2017 ................................................ 38

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-A................................................... 52

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-B................................................... 56

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-C .................................................. 59

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-D .................................................. 62

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-E................................................... 66

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-F ................................................... 69

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-G .................................................. 72

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9 H................................................... 75

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-I .................................................... 78

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-J ................................................... 82

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-K................................................... 85

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-L ................................................... 88

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-M .................................................. 91

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-N .................................................. 94

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-O .................................................. 98

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10, DE 30/05/2017 ................................................ 98

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-A............................................... 126

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-B............................................... 130

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-C .............................................. 134


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INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-D .............................................. 137

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-E............................................... 140

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-F ............................................... 142

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-G .............................................. 147

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-H .............................................. 151

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 11, DE 30/05/2017 ............................................... 152

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 12, DE 30/05/2017 .......................................... 166

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 12 ANEXO 12-A............................................... 174

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 12 ANEXO 12-B............................................... 181

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 13, de 30/05/2017 ................................................ 184

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 13 ANEXO ........................................................ 194

DECISÃO NORMATIVA Nº 059, DE 09 MAIO 1997. .............................................. 197

Resolução Conjunta SMA/SERHS nº 1 , de 23 de Fevereiro de 2005 .................. 199

Resolução SES/SERHS/SMA n.º 3, de 21 de junho de 2006.............................. 205

PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 ......................................... 222


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Saneamento e Recursos Hídricos

Portaria DAEE 1.630, de 30-05-2017 -


DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA

Dispõe sobre procedimentos de natureza técnica e administrativa para obtenção de


manifestação e outorga de direito de uso e de interferência em recursos hídricos de
domínio do Estado de São Paulo

O Superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica- DAEE, com


fundamento no artigo 11, incisos I e XVI, do regulamento aprovado pelo Decreto
Estadual 52.636, de 03-02-1971,

RESOLVE:

Art. 1º - Aprovar os procedimentos de natureza técnica e administrativa a serem


observados para obtenção de outorgas de direito de uso e de interferência em
recursos hídricos de domínio do Estado de São Paulo ou sua dispensa; bem como
da manifestação sobre a implantação de empreendimentos que demandem usos e
interferências nesses recursos hídricos e para obtenção de licenças de execução de
poços.

§ 1º - A outorga se limita ao uso ou à interferência no recurso hídrico e não


compreende a aprovação das obras civis correspondentes, as quais devem ter a
responsabilidade técnica de profissional habilitado.

§ 2º - A implantação de empreendimentos, a execução de poços e os usos e


interferências em recursos hídricos no Estado de São Paulo dependem de exame e
manifestação prévia do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de
São Paulo - DAEE.
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CAPÍTULO I

Disposições Gerais

SEÇÃO I

Das Definições

Art. 2º - Para efeito desta Portaria e de sua regulamentação complementar,


considera-se: EMPREENDIMENTO: toda ação (obra, serviço ou conjunto de obras e
serviços) desenvolvida por pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que tem por
objetivo oferecer bens ou serviços;

INTERFERÊNCIA EM RECURSOS HÍDRICOS: qualquer ação direta em corpos


hídricos, superficiais ou subterrâneos, por meio de obras ou serviços, que causem a
alteração de seu regime, qualidade ou quantidade, destacadamente nas condições
de escoamento ou na modificação do fluxo das águas;

OUTORGA: ato administrativo, que pode ser por meio de autorização, de concessão
ou de licença, com prazo determinado, mediante o qual o DAEE defere a utilização
ou interferência em recursos hídricos, após solicitação formal do requerente, nos
termos e nas condições expressas em Portaria específica, considerando aspectos
técnicos e legais previstos em regulamento;

REQUERENTE: pessoa física ou jurídica, de direito privado ou público, que solicita


ao DAEE, por meio de procedimentos definidos, manifestação sobre a implantação
de empreendimentos, licenças, cadastros, ou outorgas de direito de uso ou de
interferência nos recursos hídricos;

USO DE RECURSOS HÍDRICOS: qualquer forma de emprego da água, subterrânea


ou superficial, para atendimento às primeiras necessidades da vida, para a
dessedentação animal ou para fins de abastecimento urbano, industrial, agrícola e
outros, bem como o lançamento de efluentes nos corpos d’água;

USUÁRIO: pessoa física ou jurídica de direto público ou privado, com outorga ou


cadastro emitido pelo DAEE.
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SEÇÃO II

Das Condições e dos Critérios de Outorga

Art. 3º - As outorgas serão emitidas por meio de Portaria do Superintendente do


DAEE, publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

Art. 4º - A outorga não implica alienação total ou parcial das águas, que são
inalienáveis.

Art. 5º - A outorga confere o direito de uso e de interferência nos recursos hídricos e


condiciona-se à disponibilidade hídrica e ao regime de racionamento, estando sujeito
o outorgado à suspensão da outorga.

Art. 6º - Estão sujeitos à outorga os usos e as interferências a serem implantados, a


regularização de existentes e a alteração ou renovação dos já outorgados.

Parágrafo único. Os usos e as interferências dispensados de outorga estão


obrigados ao respectivo cadastro, exceto para os casos previstos nesta e em demais
portarias e normas do DAEE.

Art. 7º - O usuário é obrigado a respeitar direitos de terceiros.

Art. 8º - Para obtenção de outorga de direito de uso ou de interferência em recursos


hídricos, o requerente deve observar o disposto na legislação de recursos hídricos,
no regulamento do DAEE, na legislação ambiental pertinente e em normas
específicas, editadas pelo DAEE junto com outras entidades.

Art. 9º - Serão consideradas na análise e emissão das outorgas para usos de águas
subterrâneas:

I - as áreas de restrição e controle estabelecidas pelo Conselho

Estadual de Recursos Hídricos - CRH;

II - as áreas contaminadas declaradas pela Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB;


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Art. 10 - A outorga estará condicionada às prioridades de uso estabelecidas nos


Planos de Bacias Hidrográficas e no Plano Estadual de Recursos Hídricos e deverá
respeitar a classe em que o corpo de água estiver enquadrado.

Art. 11 - Os critérios específicos para fins de isenção de outorga serão os


estabelecidos na legislação e nos planos de recursos hídricos, devidamente
aprovados pelos correspondentes Comitês de Bacias Hidrográficas - CBH, ou, na
inexistência destes, pelo DAEE.

§ 1º - Serão considerados isentos de outorga, os usos de água e as intervenções em


recursos hídricos na forma e com as finalidades descritas em regulamento do DAEE,
observando-se o disposto no caput.

§ 2º - A isenção de outorga poderá ser reavaliada a qualquer momento, de acordo


com os critérios estabelecidos nos planos de recursos hídricos ou, na sua ausência,
pelo DAEE.

CAPÍTULO II

Das Modalidades de Outorga

SEÇÃO I

Dos Enquadramentos das Outorgas

Art. 12 - Dependem de outorga:

I - a execução de obras ou serviços que possam alterar o regime, a quantidade e a


qualidade de recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos;

II - a execução de obras para extração de águas subterrâneas;

III - a derivação de água do seu curso ou depósito, superficial ou subterrâneo, para


fins de abastecimento urbano, industrial, agrícola e outros;

IV - o lançamento de efluentes nos corpos d'água, como esgotos e demais resíduos


líquidos tratados, nos termos da legislação pertinente, com o fim de sua diluição,
transporte ou disposição final.
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§ 1º - Qualquer alteração nas condições outorgadas obriga o usuário a comunicar


formalmente ao DAEE e a requerer a retificação da outorga ou regularização do uso
ou interferência, conforme o caso, por meio de formulário específico.

§ 2º - A qualidade de recursos hídricos e o lançamento de efluentes, mencionados


no caput, referem-se à consideração, na análise da outorga, do enquadramento dos
corpos hídricos em classes de uso e das restrições e condições impostas pelo
Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH) e pela CETESB.

Art. 13 - De acordo com a modalidade de outorga, a Portaria será:

I - de autorização - nos casos de direito de uso para os usuários privados e nos


casos de direito de interferência para quaisquer usuários;

II - de concessão - nos casos de direito de uso, quando o fundamento da outorga for


de utilidade pública; e

III - de licença - nos casos de execução de poço profundo.

Parágrafo único. As concessões, autorizações e licenças são transferíveis, desde


que com consentimento e manifestação prévia, nos moldes a serem determinados
em regulamento do DAEE e são emitidas a título precário, não implicando delegação
do Poder Público aos seus titulares.

SEÇÃO II

Da Implantação de Empreendimento que Utilize ou Interfira em Recurso Hídrico

Art. 14 - Todo empreendimento, em fase de planejamento ou projeto, que se


enquadre nas disposições do art. 9º da Lei 7.663, de 30-12-1991, deve ser
precedido de requerimento com informações preliminares sobre os usos e as
interferências em recursos hídricos, para fins de análise do DAEE, a ser apresentado
pelo responsável legal na respectiva Diretoria de Bacia.

§ 1º - A Diretoria da Bacia onde se dará a implantação do empreendimento fará a


apreciação do requerimento e das informações e, estando de acordo, emitirá, pelo
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seu Diretor, uma declaração ao interessado sobre a viabilidade da concepção dos


usos e das interferências do empreendimento.

§ 2º - As informações de que trata o caput destinam-se a avaliar a vazão passível de


outorga, bem como avaliar preliminarmente as interferências das obras em recursos
hídricos, possibilitando ao empreendedor programar a implantação desse
empreendimento e a obtenção das futuras outorgas.

§ 3º - Novos usos e interferências, ou a alteração dos existentes, decorrentes da


ampliação de empreendimentos já instalados, implicam a necessidade de obtenção
da declaração mencionada no caput deste artigo para essa ampliação.

§ 4º - Empreendimentos já instalados não serão objeto da declaração mencionada


no caput deste artigo, cabendo a regularização dos usos e interferências existentes.

§ 5º - Os usos e interferências mencionados no caput deste artigo serão cadastrados


e mantidos no banco de dados do DAEE até o prazo de vigência da declaração
mencionada no §

1º deste artigo.

§ 6º - A declaração de que trata o § 1° e o cadastramento mencionado no § 5º deste


artigo não conferem a seu titular o direito de uso ou de interferência de recursos
hídricos.

§ 7º - As solicitações de análise para implantação de empreendimento com usos ou


interferências em recursos hídricos, referentes a projetos de parcelamentos de solos
e de núcleos habitacionais urbanos deverão seguir o disposto no Decreto Estadual
52.053, de 13/08/07.

SEÇÃO III

Das Obras e Serviços que Interfiram nos Recursos Hídricos

Art. 15 - A execução de obras ou serviços que possam influenciar ou alterar o


regime, a quantidade ou a qualidade dos recursos hídricos, superficiais ou
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subterrâneos, dependerá de manifestação do DAEE, por meio de outorga de


autorização.

§ 1º - A autorização de que trata o caput deste artigo não confere a seu titular o
direito de uso dos recursos hídricos para aqueles usos vinculados às obras e
serviços objeto da outorga.

§ 2º - As obras e serviços dispensados de outorga serão definidos conforme dispõe


o Art. 11 desta Portaria.

§ 3º - O requerente deverá formalizar sua solicitação de outorga de interferência em


recursos hídricos preenchendo integralmente o formulário apropriado e anexando
todos os documentos especificados no regulamento do DAEE.

SEÇÃO IV

Da Licença de Obras de Extração de Águas Subterrâneas

Art. 16 - A execução de obra destinada à extração de águas subterrâneas


dependerá de prévia outorga de licença de execução.

§ 1º - A licença mencionada no caput deste artigo não confere ao titular o


correspondente direito de uso de recursos hídricos subterrâneos.

§ 2º - O requerente deverá formalizar sua solicitação de outorga de licença de


execução para obra de extração de água subterrânea, preenchendo integralmente o
formulário apropriado, anexando todos os documentos especificados no regulamento
do DAEE.

§ 3° - O requerimento da licença de execução deverá ocorrer concomitante ao da


respectiva outorga de direito de uso de água subterrânea.

SEÇÃO V

Do Uso de Recursos Hídricos

Art. 17 - Dependerão de outorga do direito de uso de recursos hídricos:


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I - a captação ou a derivação de água de seu curso ou depósito, superficial ou


subterrâneo, para utilização no abastecimento urbano, industrial, agrícola e qualquer
outra finalidade;

II - os lançamentos de água, inclusive os decorrentes de reversão de bacia, ou de


efluentes nos corpos d´água, obedecidas a legislação federal e a estadual
pertinentes à espécie.

§ 1º - A outorga de direito de uso dos recursos hídricos deverá considerar, na sua


análise, os usos múltiplos destes.

§ 2º - O requerente deverá formalizar sua solicitação de outorga de direito de uso de


recursos hídricos preenchendo integralmente o formulário, anexando todos os
documentos especificados no regulamento do DAEE.

SEÇÃO VI

Dos Atos de Outorgas Emitidos com Exigências

Art. 18 - Poderá ser concedida outorga com exigências a serem cumpridas


posteriormente e nos prazos assinalados.

Art. 19 - No caso do artigo anterior, poderão ser exigidas as seguintes providências,


entre outras:

I - Apresentação de estudos e documentos complementares, técnicos ou


administrativos, exigidos durante a análise do pedido de outorga;

II - Instalações e operação de dispositivos de monitoramento e controle;

III - Conclusão de obras e serviços em execução;

IV - Pagamento de taxas complementares decorrentes da análise do pedido de


outorga;

V - Execução de obras de adequações em interferências e usos existentes, desde


que o prazo de conclusão não ultrapasse 6 meses;

VI - Apresentação de relatório contendo informações a respeito de como foi


realizada a obra referente à outorga emitida.
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Art. 20 - Não sendo cumpridas as exigências no prazo concedido, o usuário estará


sujeito às penalidades decorrentes do uso ou execução de interferências em
desacordo com a outorga.

CAPÍTULO III

Das Dispensas

SEÇÃO I

Dos Empreendimentos, Usos e Interferências Isentos

Art. 21 - Ficam sujeitos à análise do DAEE, para serem considerados isentos de


outorga de recursos hídricos, os seguintes usos e interferências:

I - Os definidos no § 1º, do artigo 1º, do Anexo do Decreto Estadual 41.258, de 31-


10-1996:

1 - Os usos dos recursos hídricos destinados às necessidades domésticas de


propriedades e de pequenos núcleos populacionais localizados no meio rural;

2 - As acumulações de volumes de água, vazões derivadas, captadas ou extraídas e


os lançamentos de efluentes que, isolados ou em conjunto, por seu pequeno
impacto na quantidade de água dos corpos hídricos, possam ser considerados
insignificantes.

II - Aquelas intervenções que não causem alterações significativas nos recursos


hídricos, definidas nesta e em outras Portarias que tratem do assunto, e em
regulamento do DAEE.

§ 1º - Os critérios específicos de vazões ou acumulações de volumes de água


considerados insignificantes serão estabelecidos nos planos de recursos hídricos,
devidamente aprovados pelos correspondentes Comitês de Bacias Hidrográficas –
CBH ou, na inexistência destes, pelo DAEE.

§ 2º - Para obtenção da dispensa de outorga o requerente deverá cumprir os


procedimentos estabelecidos em regulamento pelo DAEE, que disponha acerca dos
usos e interferências isentos de outorga.
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§ 3º - Os usos e interferências discriminados no caput deste artigo devem ser


declarados pelo requerente, ao DAEE, no cadastro de usuários isentos de outorga.

§ 4º - Ficam dispensados de outorga, porém obrigados a se cadastrar:

a) os serviços de desassoreamento de cursos d’água;

b) os serviços de proteção de álveo;

c) as canalizações de curso d’água com seção transversal de contorno fechado,


construídas até a data da vigência desta Portaria.

§ 5º - Ficam dispensados de outorga e de cadastro:

a) os usos e as interferências em recursos hídricos realizados em cursos d’água


efêmeros;

b) os serviços de desassoreamento em reservatórios e de limpeza de álveos de


cursos d’água e lagos;

c) os poços construídos com a finalidade de monitoramento do nível freático e de


qualidade da água do aquífero;

d) poços com a finalidade de rebaixamento do lençol freático, desde que não haja
aproveitamento da água decorrente do rebaixamento.

e) poços utilizados para remediação de áreas contaminadas, sem uso do recurso


hídrico.

f) sistemas de captação, condução e lançamento de águas pluviais, denominados


genericamente de sistemas de microdrenagem.

g) obras projetadas ou instaladas em área de várzeas, que não interfiram


diretamente na calha do curso de água.

§ 6º - Ficam dispensados da obtenção da declaração de viabilidade de implantação


de empreendimento:

a) residências unifamiliares, em área rural ou urbana;


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b) empreendimentos cujos usos e interferências, rural ou urbano, forem


considerados isentos de outorga;

c) assentamentos rurais autorizados por órgãos públicos fundiários (INCRA, ITESP


etc.);

d) a instalação de novas interferências ou de novos usos, para substituição de fontes


de abastecimento, que não configurem ampliação dos empreendimentos já
instalados.

§ 7º - Os atos administrativos referentes à declaração de dispensa de outorga e da


realização do cadastro dos usos e interferências declaradas pelo usuário serão
emitidos pelos Diretores de Bacia do DAEE correspondentes às bacias onde se
localizem esses usos e interferências.

§ 8º - Outros usos e interferências poderão ser dispensados de outorga e de


cadastro, por meio de portarias específicas do DAEE.

CAPÍTULO IV

Dos Efeitos da Outorga

SEÇÃO I

Das Obrigações

Art. 22 - Obriga-se o outorgado a:

I - executar ou operar as obras hidráulicas segundo as condições determinadas pelo


DAEE;

II - conservar, em perfeitas condições de operacionalidade, estabilidade e


segurança, as obras e os serviços;

III - responder, em nome próprio, pelos danos causados ao meio ambiente e a


terceiros em decorrência da implantação, manutenção, operação ou funcionamento
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de tais obras ou serviços, bem como pelos que advenham do uso inadequado da
outorga;

IV - manter a operação das estruturas hidráulicas de modo a garantir a continuidade


do fluxo d´água mínimo, fixado no ato de outorga, a fim de que possam ser
atendidos os usuários a jusante da obra ou serviço;

V - preservar as características físicas e químicas das águas subterrâneas,


abstendo-se de alterações que possam prejudicar as condições naturais dos
aquíferos ou a gestão dessas águas;

VI - instalar, manter e operar estações e equipamentos hidrométricos, conforme


especificado pelo DAEE, encaminhando os dados observados e medidos, na forma
preconizada nas normas de procedimento estabelecidas pelo DAEE;

VII - cumprir os prazos fixados pelo DAEE para o início e a conclusão das obras
pretendidas;

VIII - repor as coisas ao seu estado anterior, de acordo com os critérios e prazos a
serem estabelecidos pelo DAEE, arcando inteiramente com as despesas
decorrentes.

§ 1º - O uso outorgado poderá ser dispensado da instalação prevista no inciso VI


deste artigo, pela Diretoria de Bacia do DAEE correspondente ao local desse uso,
quando julgar desnecessário o seu monitoramento, face às características da bacia
onde ele se insere ou das instalações para o uso.

§ 2º - Ocorrendo alteração de dados administrativos do usuário detentor da outorga,


mantendo-se as mesmas condições para os usos ou interferências, deverá ser
requerida a retificação do ato de outorga.

Art. 23 - As obras necessárias aos usos e interferências em recursos hídricos


deverão ser projetadas e executadas sob a responsabilidade de profissional
devidamente habilitado, devendo qualquer alteração do projeto ser previamente
comunicada ao DAEE.

Art. 24 - Quando, em razão de obras públicas, houver necessidade de adaptação


das obras hidráulicas ou dos sistemas de captação e lançamento às novas
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condições, todos os custos decorrentes serão de responsabilidade plena e exclusiva


do usuário, ao qual será assegurado prazo razoável para as providências
pertinentes, mediante comunicação oficial do DAEE.

Art. 25 - Os atos de outorga não eximem o usuário da responsabilidade pelo


cumprimento das exigências da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo -
CETESB, no campo de suas atribuições, bem como das que venham a ser feitas por
outros órgãos e entidades aos quais esteja afeta a matéria, destacadamente com
relação ao Centro de Vigilância Sanitária - CVS.

Art. 26 - A desativação, a interrupção das atividades do empreendimento, a


suspensão, a extinção, a perda, a desistência, a revogação das outorgas, de direito
de uso ou de direito de interferência em recursos hídricos, não exime o usuário ou o
requerente de responder junto ao DAEE por quaisquer passivos e infrações à
legislação de recursos hídricos.

Art. 27 - As concessionárias e autorizadas de serviços públicos titulares de outorga


de direito de uso ou de interferência de recursos hídricos só poderão comunicar
desistência de outorga junto ao DAEE mediante manifestação do poder público
concedente.

SEÇÃO II

Das Restrições e da Suspensão

Art. 28 - O aumento de demanda ou a insuficiência natural de recursos hídricos para


atendimento aos usuários permitirá a suspensão temporária da outorga, ou a sua
readequação, com restrição de usos, observando-se os critérios e normas
estabelecidos nos Planos de Bacias e nas Deliberações do Conselho Estadual de
Recursos Hídricos - CRH.

§ 1º - No caso de readequação, o DAEE deverá fixar as novas condições da


outorga, reti-ratificando a portaria existente.
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§ 2º - A suspensão de usos de água também poderá ocorrer para usuários isentos


de outorga, devendo ser comunicada ao usuário pelo Diretor da Diretoria de Bacia
do DAEE correspondente ao local do uso.

§ 3º - Não caberão quaisquer indenizações aos usuários, por parte dos órgãos
gestores, em função das alterações a que se refere o caput deste artigo.

SEÇÃO III

Da Desistência e da Transferência

Art. 29 - O usuário poderá desistir de sua outorga, devendo comunicar ao DAEE por
meio de formulário próprio.

§ 1º - A desistência mencionada no caput implica obrigatoriedade de desativação do


uso ou da interferência e solicitação da revogação da outorga.

§ 2º - A desativação mencionada no parágrafo anterior será dispensada caso exista


novo interessado no direito do uso ou da interferência, devendo ser efetuada a
transferência da outorga, se não houver alteração das características técnicas da
outorga.

§ 3º - A transferência da outorga deverá ser requerida pelo novo interessado no


direito de uso ou interferência, conforme dispuser o regulamento do DAEE.

SEÇÃO IV

Da Revogação

Art. 30 - O ato de outorga poderá ser revogado a qualquer tempo não cabendo, ao
outorgado, indenização a qualquer título e sob qualquer pretexto, nos seguintes
casos:

I - quando estudos de planejamento regional de recursos hídricos ou a defesa do


bem público tornarem necessária a revisão da outorga;
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II - na hipótese de descumprimento de qualquer norma legal ou regulamentar


atinente à espécie;

III - por desistência da outorga, pelo usuário.

§ 1º - A revogação será obrigatória quando deixarem de existir os pressupostos


legais da outorga.

§ 2º - A revogação da outorga implica a desativação ou a remoção dos usos ou


interferências correspondentes.

SEÇÃO V

Da Extinção

Art. 31 - As outorgas de direitos de uso dos recursos hídricos extinguem-se, sem


qualquer direito de indenização, em razão das seguintes circunstâncias:

I - morte do usuário (pessoa física);

II - liquidação judicial ou extrajudicial do usuário (pessoa jurídica);

III - término do prazo de validade de outorga sem que tenha havido tempestivo
pedido de renovação.

Parágrafo único. As circunstâncias que ensejam a extinção da outorga prevista nos


incisos I e II deste artigo deverão ser comunicadas ao DAEE pelo sucessor legal no
prazo 30 (trinta) dias.

SEÇÃO VI

Da Perda

Art. 32 - Perece de pleno direito a outorga se durante 3 (três) anos consecutivos o


outorgado deixar de fazer uso dos recursos hídricos ou não executar as
interferências autorizadas.

SEÇÃO VII

Da Renovação
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Art. 33 - A outorga poderá ser renovada, nas mesmas condições, devendo o


interessado apresentar requerimento nesse sentido, até o respectivo vencimento.

§ 1º - Caso o requerimento de renovação seja protocolado após o prazo mencionado


no caput, será considerado deserto ou sem efeito, podendo o usuário apresentar
pedido de regularização do uso ou interferência ou novo pedido para os casos de
licença de execução de poço.

§ 2º - Cumpridos os termos do caput, se até 30 (trinta) dias após a data de término


de validade da outorga o DAEE não se manifestar expressamente a respeito do
pedido de renovação, a outorga será renovada automaticamente.

SEÇÃO VIII

Dos Prazos de Validade das Outorgas

Art. 34 - Os atos de outorga estabelecerão, nos casos comuns, prazos máximos de


validade, a saber:

I - de 1 (um) ano ou até o término das obras, para licenças de execução;

II - de 5 (cinco) anos para as autorizações;

III - de 10 (dez) anos para as concessões;

IV - de 30 (trinta) anos para as obras hidráulicas;

Parágrafo único. O DAEE, em caráter excepcional, devidamente justificado, poderá


fixar prazos inferiores aos estabelecidos neste artigo.

Art. 35 - Quando estudos de planejamento regional de recursos hídricos ou a defesa


do bem público tornarem necessária a revisão da outorga, poderá o DAEE

I - prorrogar o prazo estabelecido no ato de outorga;

II - revogar o ato de outorga, a qualquer tempo.


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CAPÍTULO V

Dos Requerimentos e do Acompanhamento

Art. 36 - Para obtenção da declaração de viabilidade de implantação de


empreendimento, do cadastro de usos isentos de outorga, das licenças de execução
de poços e das outorgas de direito de uso ou de interferência em recursos hídricos,
o requerente deverá observar as instruções quanto aos procedimentos e aos
documentos necessários, que constarão em Instruções Técnicas específicas.

Art. 37 - O prazo para a análise será contado a partir da data seguinte a do protocolo
do requerimento.

Art. 38 - Para acompanhar o andamento do processo em que tramita seu


requerimento, o requerente deverá observar o que for estabelecido em regulamento
do DAEE.

Art. 39 - O DAEE deverá responder aos requerimentos previstos na presente portaria


no prazo máximo de 120 dias.

Art. 40 - Deverão ser mantidos em poder do usuário, durante todo o período de


vigência da outorga e apresentados ao DAEE a qualquer momento, em fiscalização
ou caso sejam solicitados, os documentos:

I - Constituídos por estudos, projetos, análises, laudos e quaisquer outros, técnicos e


administrativos, não apresentados ao DAEE, que tenham sido utilizados para a
instrução dos requerimentos;

II - Que se constituem em obrigação do usuário, nos termos desta Portaria e da


legislação;

III - Que forem declarados, pelo usuário, como sendo de sua posse e
responsabilidade de obtenção.

Art. 41 - Os requerimentos formulados nos termos da presente portaria que não


sejam instruídos com todos os documentos e providências necessárias, não poderão
ser protocolados.
20

Art. 42 - Da contagem de prazos estabelecidos nesta Portaria, excluir-se-á o dia do


início e incluir-se-á o do vencimento; se este recair em dia sem expediente, o prazo
se prorrogará para o primeiro dia útil subsequente.

CAPÍTULO VI

Da Fiscalização

Artigo 43 - O DAEE credenciará agentes para fiscalização e para imposição das


sanções previstas na Lei Estadual 6.134, de 02.06.88, com a disciplina que lhe deu o
Decreto Estadual 32.955, de 07.02.91, bem como na Lei Estadual 7.663, de
30.12.91, com a disciplina que lhe deu o Decreto Estadual 41.258, de 31-10-1996, e
nas demais normas legais aplicáveis.

Artigo 44 - No exercício da ação fiscalizadora, ficam asseguradas aos agentes


credenciados a entrada, a qualquer dia e hora, e a permanência pelo tempo
necessário, em estabelecimentos públicos ou privados e, ainda, a possibilidade de
requisitar reforço policial, em caso de necessidade.

CAPÍTULO VII

Disposições Finais

Art. 45 - O usuário que possui requerimento protocolado, aguardando análise e


manifestação do DAEE, poderá requerer, por escrito, o seu cancelamento e
apresentar novo requerimento nos termos desta Portaria.

Art. 46 - Serão cobradas taxas para a análise e manifestação do DAEE, de acordo


com o que for estabelecido em regulamento.

Art. 47 - As regulamentações mencionadas nesta portaria, sob responsabilidade do


DAEE, serão efetivadas por meio de Portarias do DAEE e de Instruções Técnicas da
Diretoria de Procedimentos de Outorga e Fiscalização - DPO, constantes no sítio do
DAEE www.daee.sp.gov.br, item “Outorgas”.

Art. 48 - Esta portaria revoga a Portaria DAEE 717, de 12-12-1996.

Art. 49 - Esta portaria entra em vigor a partir de 01-07-2017.


21

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 08, de 30/05/2017

1. OBJETIVO

Esta Instrução Técnica DPO (IT -DPO) tem por objetivo complementar a Portaria
DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017, estabelecendo as condições administrativas
e técnicas mínimas a serem observadas para a obtenção de Declaração sobre
Viabilidade de Implantação de empreendimentos –DVI que demandem usos e
interferências (obras e serviços) em recursos hídricos superficiais e subterrâneos ,
sob a jurisdição, a qualquer título, do Departamento de Águas e Energia Elétrica -
DAEE.

2. REFERÊNCIAS

Todos os estudos e projetos devem ser desenvolvidos em estrita concordância com


o Código de Águas - Decreto nº 24.643, de 10 de julho de 1934, e legislação
subsequente, destacadamente as leis, estadual paulista, nº 7.663 , de 30 de
dezembro de 1991, e, federal, nº 9.433, de 9 de janeiro de 1997, e seus
regulamentos. Da mesma forma, devem ser observadas as demais leis e
regulamentos emanados dos poderes federal e estadual, pertinentes ao uso dos
recursos hídricos, destacada mente a Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de
2017.

3. CAMPO DE APLICAÇÃO

Esta IT-DPO aplica-se à implantação de empreendimentos que demandem


derivação (interferências e usos) de recursos hídricos superficiais ou subterrâneos.

4. DEFINIÇÕES

Para as finalidades desta e das demais IT-DPO, são adotadas definições


complementares às constantes na Portaria DAEE nº1.630, de 30 de maio de 2017,
conforme segue:
22

ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: águas que ocorrem natural ou artificialmente no subsolo,


suscetíveis de extração e utilização;

ÁGUAS SUPERFICIAIS: águas que são encontradas na superfície do solo,


decorrentes de precipitações de águas atmosféricas, principalmente a chuva,
que não se infiltraram, ou do afloramento de águas subterrâneas, formando
nascentes (fontes, olhos d’água etc.), cursos d’água (rios, córregos, ribeirões etc.) ou
depósitos (lagos, tanques, reservatórios de barragens, lagoas etc.);

ÁLVEO: superfície que as águas cobrem sem transbordar para o solo natural e
ordinariamente enxuto;

AQUÍFERO OU DEPÓSITO NA TURAL DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: solo, rocha


ou sedimento permeáveis, capazes de fornecer água subterrânea, natural ou
artificialmente captada;

AQUÍFERO CONFINADO: aquele situado entre duas camadas confinantes,


contendo água com pressão suficiente para elevá-la acima do seu topo ou da
superfície do solo;

AQUÍFERO DE ROCHAS FRATURADAS: aquele no qual a água circula por fraturas


e fendas;

AUTORIZAÇÃO: ato administrativo discricionário e precário, pelo qual se faculta a


prática de ato jurídico ou de atividade material, objetivando atender
diretamente a interesse público ou privado, respectivamente, de entidade estatal
ou de particular, que sem tal outorga seria proibida;

BARRAMENTOS: toda estrutura sólida cujo eixo principal esteja num plano que
intercepte um curso d'água e respectivos terrenos marginais, alterando as suas
condições naturais de escoamento, formando reservatório de água a montante;

BUEIRO: estrutura hidráulica com seção transversal com forma geométrica definida,
que permite o fluxo de água de um lado a outro de um maciço, utilizado para
a travessia de ruas, estradas, pedestres, ferrovias e outros;
23

CADASTRO DE USOS ISENTOS DE OUTORGA (CADASTRO): declaração


obrigatória do requerente, que pretende utilizar recursos hídricos em valores
inferiores ou iguais aos disciplinados em regulamento, pelo DAEE;

CANALIZAÇÃO: obra que tenha por objetivo dotar cursos d'água, ou trechos
destes, de seção transversal com forma geométrica definida, alterando a
seção existente, com ou sem revestimento de qualquer espécie, na s
margens ou no fundo, ou ainda, aquela que tenha por objetivo alterar o
traçado de curso d’água;

CAPTAÇÃO: retirada de água de um corpo hídrico superficial ou subterrâneo, para


qualquer finalidade;

CONCESSÃO: contrato administrativo, cujo fundamento da outorga é de utilidade


pública;

CORPO D’ÁGUA ou CORPO HÍDRICO: coleção significativa de água, corrente


ou em depósito, superficial ou subterrânea, natural ou artificial;

CURSO D'ÁGUA: qualquer corrente natural de água doce superficial, perene,


efêmero ou intermitente (temporário);

CURSO D’ÁGUA EFÊMERO: corpo de água lótico que possui escoamento


superficial apenas durante ou imediatamente após períodos de precipitação;

CURSO D’ÁGUA INTERMITENTE: corpo de água lótico que naturalmente não


apresenta escoamento superficial por períodos do ano;

CURSO D’ÁGUA PERENE: corpo de água lótico que possui naturalmente


escoamento superficial durante todo o período do ano;

DESASSOREAMENTO: serviços de remoção de material sedimentado em leitos de


cursos d'água ou reservatórios, com objetivo de restituir as suas condições originais,
caracterizando-se como intervenção de pouca significância por não promoverem
alteração de traçado e do regime de escoamento, e com incremento não superior a
40% na área da seção transversal média para desassoreamento de cursos d’água

.
24

DESATIVAÇÃO DE INTERFERÊNCIA: remoção da interferência, repondo os


recursos hídricos no seu antigo estado;

DESATIVAÇÃO DE USO: remoção dos equipamentos e das estruturas das


captações e dos lançamentos; bem como o tamponamento de poços;

DESATIVAÇÃO TEMPORÁRIA DE POÇO: remoção dos equipamentos de


bombeamento e lacração do poço ;

EXTRAÇÃO DE MINÉRIOS DE CLASSE II: qualquer extração de minérios de


Classe II em leito de curso d’água ou reservatório, efetuada comumente por meio de
dragagem dos sedimentos ativos existentes nos leitos, em profundidades não muito
elevadas, por meio de dragas de sucção ou escavadeiras mecânicas;

LAGO: extensão de água cercada de terra, de ocorrência natural ou oriunda de


barramento de curso de água ou escavação do terreno;

LANÇAMENTO: toda emissão de líquidos, procedentes do uso em qualquer


empreendimento ou de qualquer captação em corpo d'água ou, ainda, decorrente de
ação de reversão de bacia, excetuando - se as descargas de águas pluviais;

LICENÇA: ato administrativo editado no exercício de competência vinculada, pelo


qual o DAEE declara, formalmente, terem sido preenchidos os requisitos legais e
regulamentares, constituindo o direito de um particular ao exercício de uma
determinada atividade privada;

LICENÇA DE EXECUÇÃO DE POÇO: é o ato pelo qual o DAEE faculta a execução


de obra que possibilita a exploração ou pesquisa de água subte rrânea;

LIMPEZA DE ÁLVEO: serviços de retirada manual ou com equipamentos portáteis


de pequeno porte, de detritos ou vegetação do álveo de cursos d'água ou
reservatórios;
25

OBRA HIDRÁULICA: qualquer obra que altere o regime das águas superficiais ou
subterrâneas;

ÓRGÃOS DE CONTROLE DO BARRAMENTO: unidades que tenham por finalidade


estabelecer o fluxo de água, de montante a jusante, na seção do barramento;

POÇO ou OBRA DE CAPTAÇÃO: qualquer obra, sistema, processo, artefato ou sua


combinação, empregados pelo homem com o fim principal ou incidental de extrair
água subterrânea;

POÇO ESCAVADO (CACIMBA OU CISTERNA): poços de grandes diâmetros,


utilizados para captação de água subterrânea do aquífero freático, escavados
manualmente, de pequena profundidade, revestidos geralmente com tijolos ou anéis
de concreto;

POÇO JORRANTE ou ARTESIANO: poço perfurado em aquífero cujo nível de água


eleva-se acima da superfície do solo;

POÇO TIPO PONTEIRA: poço constituído por haste perfurada de pequeno diâmetro,
cravada no terreno, de pequena profundidade, através da qual se pode retirar água
com bomba de sucção;

POÇO TUBULAR: poço de diâmetro reduzido, perfurado com equipamento


especializado.

PONTE: estrutura sólida cujo eixo principal longitudinal esteja num plano que
intercepte um curso d'água ou lago, permitindo a passagem de uma margem a
outra, acima do nível das águas máximo de projeto, sem interferências no fluxo das
águas, exceto pela presença de pilares;

PROTEÇÃO DE ÁLVEO: todo serviço, obra ou conjunto de obras destinados a


proteger o álveo de reservatórios e de cursos d'água, em trecho com comprimento
não superior a 10 (dez) vezes a largura média do curso d’água, até o limite de 100
(cem) metros, sem alteração de regime e traçado;
26

RECURSO HÍDRICO: a água, superficial ou subterrânea, acessível técnica e


economicamente, dotada de utilidade para algum objetivo de uso humano;

RESERVATÓRIO DE BARRAMENTO: todo volume disponível para reservação de


água a partir da seção imediatamente a montante de um barramento, constituído de
área superficial com respectivas alturas, podendo ser descrito por curvas cota-
volume e cota-área;

RETIFICAÇÃO: obra ou serviço que tenha por objetivo alterar, total ou parcialmente,
diminuindo o comprimento do traçado ou percurso original de um curso d'água;

REVERSÃO DE BACIA: captação de água de um curso d'água e derivada para um


curso d'água pertencente a outra bacia hidrográfica;

SUBSTÂNCIA MINERAL DE CLASSE II: os minérios de emprego imediato na


construção civil; compreendendo: areias, cascalhos, argilas e calcário dolomítico;

TANQUE: espaço escavado no terreno, com cotas do fundo abaixo das cotas da
superfície, fora do álveo de curso d'água, com a finalidade de armazenar água;

TAMPONAMENTO: procedimento de preenchimento do poço para desativação


definitiva;

TRAVESSIA: toda construção cujo eixo principal longitudinal esteja contido num
plano que intercepte curso d'água ou lago e respectivos terrenos marginais, sem a
formação de reservatório de água a montante, com o objetivo único de permitir a
passagem de uma margem à outra.

5. PROCEDIMENTOS GERAIS

a) O requerente deve apresentar a documentação relacionada no item 6 para


obtenção da DVI que demandem a utilização ou interferência dos recursos hídricos;

b) A documentação de que trata a alínea “a”, deve ser protocolada nas Diretorias de
Bacia onde haverá o uso ou interferência, conforme as disposições desta IT-DPO,
ou por meio de outro sistema que venha a ser instituído pelo DAEE;

c) As taxas correspondentes à análise para obtenção da DVI encontram – se


discriminadas no Anexo 8 – C desta IT - DPO;
27

d) As entidades declaradas de utilidade pública e sem fins lucrativos, terão as taxas


cobradas pela metade de seu valor;

e) O requerente poderá solicitar a alteração de CNPJ e Razão Social constantes da


DVI obtida, mediante comunicação ao DAEE, por meio do Anexo 8 - B desta IT-
DPO, adequadamente preenchido, com seus respectivos documentos
complementares, cuja

Diretoria de Bacia onde se instalará o uso ou a interferência, providenciará a


retificação;

f) O requerente poderá desistir da solicitação, mediante comunicação ao DAEE, cuja


Diretoria de Bacia onde se instalaria o uso ou a interferência, providenciará o
indeferimento;

g) Todos os estudos desenvolvidos para a implantação do empreendimento


relacionados com os usos e interferências em recursos hídricos devem ter
como responsável técnico um profissional, uma empresa ou uma instituição
habilitada para a sua execução, obrigando-se o usuário a manter em seu
poder o respectivo documento de responsabilidade técnica, bem como toda
documentação produzida, apresentando ao DAEE durante fiscalizações ou quando
solicitado.

h) Nos casos de barragens destinadas ao uso de potencial de energia hidráulica, a


DVI equivalerá à Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica para a obtenção
de concessão ou autorização para a exploração do potencial hidráulico do Ministério
de Minas e Energia.

6. DOCUMENTOS EXIGIDOS

6.1. Requerimento para obtenção da DVI, quanto aos usos e interferências em


recursos hídricos (Anexo 8 - A), integralmente preenchido, com seus respectivos
documentos complementares.

6.2.O DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir documentação complementar


àquela estabelecida na presente IT-DPO, por ocasião de vistoria ou de fiscalização.
28

7. DA EMISSÃO DAS DECLARAÇÕES SOBRE VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO


DE EMPREENDIMENTO

7.1. Ao concluir a análise da solicitação, o DAEE emitirá, se aprová-la, o instrumento


denominado “Declaração sobre Viabilidade de Implantação de Empreendimento–
DVI”; ou, se rejeitá-la, o "Informe de Indeferimento".

7.2. ADVI terá prazo de vigência não superior a 1 (um)ano, após cujo decurso, sem
outra manifestação do interessado, o uso ou interferência, quando couber, não mais
será considerado no conjunto da análise de solicitações de outros requerentes.

7.3. Novos usos e interferências, ou a alteração dos existentes, decorrentes da


ampliação de empreendimentos já instalados, implicam a necessidade de obtenção
de nova DVI, para essa ampliação.

7.4. A instalação de novas interferências ou de novos usos , para a substituição de


fontes de abastecimento, que não configurem ampliação dos empreendimentos
já instalados, não exigem nova DVI , cabendo ao usuário a obtenção da sua
outorga ou cadastro.

7.5. O usuário deve contemplar no requerimento de DVI todos os usos e


interferências em recursos hídricos que ocorrerão durante as diversas fases de
implantação do empreendimento, e cujas respectivas outorgas devem ser obtidas
antes de cada utilização ou da execução de cada interferência nos recursos hídricos.

7.6.Expirado o prazo de vigência da DVI, e mantido o interesse na implantação do


empreendimento correspondente, o interessado deve requerer nova declaração.

7.7. Havendo desistência da implantação do empreendimento no prazo inferior a 1


(um) ano, o interessado deve comunicar ao DAEE, por escrito.

7.8. A DVI não confere ao seu titular o direito de uso ou de interferência, que deve
ser previamente requerido conforme de mais Instruções Técnicas do DAEE.

7.9. O DAEE reserva-se ao direito de fiscalizar ou mandar fiscalizar quais quer das
etapas da implantação do empreendimento.
29

8. DISPOSIÇÕES FINAIS

8.1. Esta IT-DPO revoga a IT-DPO n° 01 de 30/07/2007, atualizada em 25/02/2014 e


a IT- DPO nº 03 de 30/07/2007.

8.2. Esta IT-DPO entra em vigor a partir de 1° de julho de 2017.


30

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 08 ANEXO 8-A

Requerimento para obtenção de Declaração sobre Viabilidade de Implantação de


Empreendimento (DVI) quanto aos usos e interferências em recursos hídricos

Senhor (a) Diretor (a) da Diretoria da Bacia do _______________________, do


DAEE:

Eu,__________________________________________________, ao final
qualificado, proprietário/representante legal do empreendimento abaixo descrito,
venho requerer a Vossa Senhoria a emissão de Declaração (DVI), nos termos da
Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017, sobre a viabilidade de implantação
desse empreendimento sob os aspectos relacionados com os usos e as
interferências em recursos hídricos que nele se pretende implantar, que são
descritos a seguir:

DADOS DO REQUERENTE

1. Nome/Razão Social:

2. CPF/CNPJ:

3. Endereço de correspondência:

4. Telefone de contato:

5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

1. Endereço:

2. O que será produzido:

3. Descrever quais são os objetivos (finalidades) dos usos (captações superficiais e


subterrâneas e lançamentos) e das interferências (canalizações, travessias,
barragens e extrações de minérios), novos ou existentes, que serão necessários
para o funcionamento do empreendimento:
31

4. Qual o período de funcionamento do empreendimento (meses/ano, dias/mês,


h/dia):

5. Indicar se haverá variações sazonais no uso de recursos hídricos e como elas


ocorrerão:

DESCRIÇÃO DOS USOS

Para cada uso, indicar:

1. Nome do curso d’água:

2. Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos):

3. Finalidade (conforme IT- DPO nº 09 ou IT-DPO nº 10):

4. Volume diário médio anual: _________ m³;

5. Volume diário máximo: ____ m³;

Período diário de utilização: ______h/dia;

6. Vazão máxima instantânea: _________ m³/h;

7. Preencher o quadro abaixo se houver sazonalidade:

Uso diário máximo


Volume diário Vazão máxima
Período
médio Volume Período instantânea
(meses)
m³ m³ h/dia m³/h

Para uso de água subterrânea, informar, também:

1. Aquífero que pretende explotar:


2. Tipo de poço (tubular profundo, cacimba/cisterna, ponteira):
3. Profundidade esperada do poço:
32

DESCRIÇÃO DAS INTERFERÊNCIAS

Para cada interferência, indicar:

• Barragem

1. Nome do curso d’água:

2. Coordenadas geográficas (graus, minutos e segundos) do eixo do maciço no


ponto sobre o curso d’água:

3. Finalidade (conforme IT-DPO nº 09):

4. Comprimento e largura da crista e altura máxima do maciço:

5. Volume útil a ser armazenado:

6. Área máxima de inundação:

7. Vazão regularizada:

8. Período de Retorno a ser adotado para cálculo da cheia de projeto:

• Canalização

1. Nome do curso d’água:

2. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção inicial:

3. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção final:

4. Finalidade (conforme IT-DPO nº 09):

5. Extensão:

6. Revestimento do leito:

7. Período de Retorno a ser adotado para cálculo da cheia de projeto:

8. Forma da seção transversal:


33

• Travessia

1. Nome do curso d’água:

2. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) do eixo longitudinal no


ponto sobre o curso d’água:

3. Finalidade (conforme IT-DPO nº 09):

4. Tipo (aérea, intermediária ou subterrânea):

5. Tipo da estrutura (ponte, maciço com bueiro, treliça, duto etc.):

6. Período de Retorno a ser adotado para cálculo da cheia de projeto:

Extração de Minérios

1. Nome do curso d’água:

2. Tipo de Minério:

3. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção inicial:

4. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção final:

5. Extensão do trecho (m):

6. Produção mensal de minério (m³):

7. Profundidade média da escavação (m):

8. Largura média do curso d’água no trecho (m):

9. Número do Processo DNPM:

Declaro, estar ciente de que o DAEE poderá solicitar, para análise do pedido ora
formulado, dados e informações complementares, os quais serão fornecidos no
prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena de indeferimento deste
requerimento; bem como conhecer as legislações ambientais e de recursos
hídricos, tanto federais quanto estaduais, e que todos os estudos, projetos e
obras relacionados com os usos e interferências em recursos hídricos previstos
34

no empreendimento serão executados sob responsabilidade técnica de


profissional devidamente habilitado, sendo que os documentos correlatos
estarão à disposição do DAEE, durante fiscalização, ou quando solicitados.

Declaro estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por meio
do endereço de correio eletrônico informado acima

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal, que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam
integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento.

__________________, _____ de _______________ de ______

________________________________________________

(Assinatura)

Nome proprietário/representante legal:

CPF:

Telefone de contato: (_____) ___________-_____________

Endereço de correio eletrônico para contato:

Documentos complementares que acompanham este requerimento:


Comprovante de recolhimento da taxa de análise.

Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos (CNARH) para cursos d'água de domínio da União,
quando houver delegação de atribuições ao DAEE, por parte da Agência Nacional de Águas - ANA.

Documentos exigidos na IT-DPO nº 12, para os casos de UHE, PCH e CGH.


35

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 08 ANEXO 8-B

Requerimento de Retificação de Dados da Declaração sobre Viabilidade de


Implantação de Empreendimento -DVI

Senhor (a) Diretor de Bacia do DAEE:

Eu, __________________________________, requerente (ou representante legal


do requerente abaixo descrito), ao final qualificado, solicito a retificação de dados
administrativos da DVI nº ____ de ___/___/___ (reti-ratificada em
_____/_____/_____, se houver), conforme abaixo discriminado.

Alterações requeridas (informar novos dados, quando houver):

• Alteração de CNPJ:
• Alteração de razão social:

Declaro, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais quanto


estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir as suas
disposições;

2. Que os demais dados e informações constantes da DVI acima referida


permanecem inalterados;

3. Possuir ata da reunião de alteração ou o contrato que viabilizou a alteração,


registrado na Junta Comercial;

4. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por meio do


endereço do correio eletrônico informado abaixo;

5. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam


integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento,


36

________________, _____ de _______________ de ______

_____________________________________________________

(Assinatura)

Nome proprietário/representante legal:

CPF:

Telefone de contato: (_____) ___________-_____________

Endereço de correio eletrônico para contato:


37

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 08 ANEXO 8-C

TABELA DE TAXAS PARA ANÁLISE SOBRE VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO


DE EMPREENDIMENTOS

Fonte: http://www.daee.sp.gov.br/images/documentos/outorgaefiscalizacao/it_dpo08
_dvi.pdf
38

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09, DE 30/05/2017

1. OBJETIVO

Esta Instrução Técnica DPO (IT-DPO) tem por objetivo complementar a Portaria
DAEE nº1.630, de 30 de maio de 2017, estabelecendo as condições administrativas
e técnicas mínimas a serem observadas para a obtenção de outorgas de direito de
uso (captações e lançamentos) e de interferência (obras e serviços) em recursos
hídricos superficiais, sob a jurisdição, a qualquer título, do Departamento de
Águas e Energia Elétrica –DAEE.

2. REFERÊNCIAS

Todos os estudos e projetos devem ser desenvolvidos em estrita concordância com


o Código de Águas - Decreto nº 24.643, de 10 de julho de 1934, e legislação
subsequente, destacadamente as leis, estadual paulista, nº 7.663, de 30 de
dezembro de 1991, e, federal, nº 9.433, de 9 de janeiro de 1997, e seus
regulamentos. Da mesma forma, devem ser observadas as demais leis e
regulamentos emanados dos poderes federal e estadual, pertinentes ao uso dos
recursos hídricos, destacadamente a Portaria DAEE nº1.630, de 30 de maio de
2017.

3. CAMPO DE APLICAÇÃO

Esta IT-DPO aplica-se ao uso de recursos hídricos superficiais, para qualquer


finalidade; à execução de obras e serviços que interfiram nos recursos hídricos
superficiais; bem como à regularização dos usos e das obras, existentes,
referentes a recursos hídricos superficiais.

4. DEFINIÇÕES

Para efeito desta IT-DPO, são adotadas definições complementares constantes da


IT-DPO nº 08.
39

5. CLASSIFICAÇÃO DOS USOS E INTERFERÊNCIAS

Para efeito desta IT-DPO, os usos dos recursos hídricos sujeitos à outorga ou ao
cadastramento junto ao DAEE, serão classificados como:

5.1. CAPTAÇÕES DE ÁGUAS SUPERFICIAIS

5.1.1 Classificam-se, conforme sua finalidade, em:

a) Industrial: uso em empreendimentos industriais, nos seus sistemas de


processo, refrigeração, uso sanitário, combate a incêndios e outros.

b) Urbano: toda água captada que vise, predominantemente, ao consumo


humano em núcleos urbanos (sede, distrito, bairro, vila, loteamento,
condomínio etc.).

c) Irrigação: uso em irrigação de culturas agrícolas.

d) Rural: uso em atividade rural, como aquicultura e dessedentação de


animais, incluindo uso sanitário, exceto a irrigação;

e) Mineração: toda água utilizada em processos de mineração por meio de


desmonte hidráulico ou para lavagem de material minerado, incluindo uso
sanitário.

f) Geração de energia: toda a água utilizada para geração de energia, em


hidroelétricas, termoelétricas e outras do gênero;

g) Recreação e Paisagismo: uso em atividades de recreação, tais como


esportes náuticos e pescaria; bem como para composição paisagística de
propriedades (lago, chafariz etc.).
40

h) Comércio e Serviços: uso em empreendimentos comerciais e de prestação


de serviços (shopping center, posto de gasolina, hotel, clube, hospital etc.),
para o desenvolvimento de suas atividades incluindo o uso sanitário.

i) Doméstico: uso exclusivamente sanitário em residências, urbano ou rural;

j) Outros: uso em atividades que não se enquadram nas acima discriminadas.

5.1.2 Quando a captação visar a usos múltiplos da água, para fins da Portaria de
Outorga deve-se classificá-la segundo o uso que demandar maior volume diário.

5.2. LANÇAMENTOS DE ÁGUAS SUPERFICIAIS

Serão classificados pela finalidade da captação que lhe deu origem, devendo-se
adotar a mesma nomenclatura dada no item 5.1.1. desta IT DPO.

5.3. OBRAS HIDRÁULICAS

5.3.1.Barramentos

Classificam-se conforme a finalidade do reservatório a ser formado, que pode ser


única ou múltipla, conforme segue:

a) regularização de nível de água a montante;

b) controle de cheias;

c) regularização de vazões;

d) recreação e paisagismo;

e) geração de energia;
41

f) aquicultura;

g) outros.

5.3.2. Canalizações e Proteções de Álveo

Classificam-se, conforme sua finalidade, que pode ser única ou múltipla, em:

a) combate a inundações;

b) controle de erosão;

c) adequação urbanística;

d) adequação para obras de saneamento;

e) adequação de sistemas viários;

f) outros.

5.3.3. Travessias Classificam-se em:

5.3.3.1. Aéreas: quando a via ou estrutura que permite a travessia situa-se acima
do nível máximo de cheia de projeto do curso d’ água, podendo ser:

a) Pontes e bueiros: rodoviárias, ferroviárias, rodoferroviárias, passarelas para


pedestres, suporte para dutos e outros;

b) Dutos, com ou sem estruturas de suporte utilizados em saneamento


(transporte de água e esgoto), transporte de combustíveis (petróleo,
gasolina, gás e outros), redes de TV a cabo e outras;

c) Outros.
42

5.3.3.2. Intermediárias: quando a estrutura que permite a travessia situa-se entre o


fundo do álveo e a superfície livre das águas para a cheia de projeto, constituindo-
se de dutos utilizados em saneamento (transporte de água e esgoto), transporte de
combustíveis (petróleo, gasolina, gás e outros), redes de TV a cabo e outros.

5.3.3.3. Subterrâneas: quando a estrutura que permite a travessia situa-se abaixo do


fundo do álveo, podendo ser:

a) Dutos: utilizados em saneamento (transporte de água e esgoto), transporte de


combustíveis (petróleo, gasolina, gás e outros), redes de TV a cabo e outras;
b) Túneis: rodoviários, ferroviários, rodoferroviárias e outros.

c) Outras.

5.4. SERVIÇOS
5.4.1. Desassoreamento;
5.4.2. Proteção de álveo;
5.4.3. Extração de minérios de Classe II.

6. PROCEDIMENTOS GERAIS

a) O requerente deve apresentar a documentação relacionada nos itens 6.1. e 6.2.


desta IT- DPO para obtenção de concessão ou autorização de direito de uso ou
de interferência em recursos hídricos, para qualquer finalidade, bem como para
a regularização dos usos e interferências já existentes, nos termos da Portaria
DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017;
b) A documentação de que trata a alínea “ a” , deve ser protocolada nas Diretorias
de Bacia onde haverá uso ou interferência, conforme as disposições desta IT-
DPO, ou por meio de outro sistema que venha a ser instituído pelo DAEE;
c) A outorga poderá ser concedida de forma coletiva para grupos de usuários de
uma determinada sub bacia hidrográfica ou trecho de rio, organizados em
associações ou cooperativas;
43

d) As taxas correspondentes às análises de outorga encontram-se discriminadas


no Anexo 9- O desta IT-DPO;
e) As entidades declaradas de utilidade pública e sem fins lucrativos, terão as
taxas cobradas pela metade de seu valor;
f) Nos casos em que houver alteração do CNPJ ou razão social do usuário
outorgado, sem que haja aumento de vazões, alteração de finalidade do uso da
água ou quaisquer outras condições técnicas da outorga em vigor, o usuário
deve oficializar solicitação de retificação da outorga, ao DAEE, por meio do
Anexo 9-K desta IT-DPO. Caso as alterações em questão sejam decorrentes
de procedimentos de compra e venda, o novo usuário deve proceder ao pedido
de transferência da outorga, por meio do Anexo 9-N desta IT-DPO.
g) O requerente poderá desistir da solicitação, mediante comunicação ao DAEE,
cuja Diretoria de Bacia onde haveria uso ou interferência, providenciará o
indeferimento. Nos casos de regularização, a desistência implicará a imediata
desativação dos usos e interferências existentes, exceto quando o requerente
não for o proprietário do imóvel, conforme o item 10 desta IT-DPO.

h) Todos os estudos hidrológicos e hidráulicos, projetos e obras necessários


aos usos e interferências em recursos hídricos, devem ter como responsável
técnico um profissional, uma empresa ou uma instituição habilitada para a sua
execução, obrigando-se o usuário a manter em seu poder, durante a vigência da
outorga, o respectivo documento de responsabilidade técnica, bem como toda
documentação produzida, apresentando ao DAEE durante fiscalizações ou
quando solicitado.

i) O DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir documentação


complementar àquela estabelecida na presente IT-DPO, por ocasião de vistoria
ou de fiscalização.

j) No caso de projetos menos complexos, o DAEE poderá, também a seu


critério, dispensar algumas das exigências desta IT-DPO.

k) O DAEE reserva-se ao direito de fiscalizar, ou mandar fiscalizar, qualquer


das etapas das obras necessárias aos usos e interferências em recursos
44

hídricos.

l) Especificamente para barramentos, canalizações e travessias, a


documentação constante do item 6.1. deve ser elaborada a partir de estudos e
projetos desenvolvidos em conformidade com as diretrizes preconizadas pela IT-
DPO nº 11;

m) Somente serão emitidas outorgas para novas canalizações com seção


transversal de contorno fechado, com a apresentação de decreto de utilidade
pública, além de apresentar autorização para intervenção em Área de
Preservação Permanente – APP, específica para canalização fechada e, se
cabível, Autorização para supressão de vegetação nativa, da CETESB;

n) Exceto para os casos previstos pelo § 1º do Art. 22 da Portaria DAEE nº


1.630, de 30 de maio de 2017, todos os sistemas de captação superficial devem
ser dotados de hidrômetro, de acordo com normas do DAEE. As outorgas de
novas captações estabelecerão prazo para a instalação dos dispositivos de
medição e a regularização de captações existentes exigirá a comprovação da
sua instalação, antes da emissão da outorga;

o) Exceto para os casos previstos pelo § 1º do Art. 22 da Portaria DAEE nº


1.630, de 30 de maio de 2017, o usuário deve efetuar as leituras do hidrômetro e
declará-las periodicamente, de acordo com regulamentação específica do DAEE,
mantendo os registros em seu poder, para apresentação quando solicitado.

p) As outorgas de novos lançamentos estabelecerão prazo para execução de


estruturas de dissipação de energia ou de dispositivos de proteção contra erosão
e a regularização de lançamentos existentes exigirá a comprovação da sua
execução, antes da emissão da outorga;

6.1 DOCUMENTOS PARA OBTENÇÃO DE OUTORGA DE DIREITO DE USO


NOS RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS

6.1.1 Requerimento próprio para cada uso, integralmente preenchido, com seus
45

respectivos documentos complementares.

6.1.2 Relatório de Caracterização da Captação (ReCap), especificamente para


captação de água superficial, contendo:

a) Descrição sucinta das características típicas do empreendimento usuário da


água (obrigatório para indústrias e opcional para os demais usuários);

b) Informações sobre a demanda de água, específicas para cada captação, a saber:

b.1. Para abastecimento público (incluindo condomínios residenciais):


apresentar tabela com a estimativa da demanda anual para o período da
outorga solicitada, indicando a sazonalidade, se houver, contendo a demanda
de volumes médios diários e vazões máximas instantâneas, por mês e outras
informações julgadas importantes;

b.2. Para uso industrial e urbano privado: fluxograma de uso da água para as
situações inicial e futura, contemplando todos os usos, contendo a demanda de
volumes médios diários e vazões máximas instantâneas, indicando a
sazonalidade, se houver, e outras informações julgadas importantes. Obs: O
fluxograma do uso da água deve representar o balanço hídrico do
empreendimento e ser estruturado, minimamente, da seguinte forma: 1) Todas
as fontes de abastecimento (poço(s), corpo hídrico superficial, rede pública,
caminhão-pipa, etc) devem ser individualizadas com os respectivos volumes
captados (m³) diariamente; 2) A partir das captações o fluxograma deve ser
setorizado por finalidades (sanitário, industrial, irrigação, jardinagem, lazer,
consumo humano, transporte de água, etc); 3) Para cada finalidade deve ser
discriminado o volume (m³) diário a ela destinada; 4) Por último, deve ser
indicado o local do lançamento de efluentes (rede pública, corpo hídrico, fossa
séptica, etc), bem como, o volume (m³) lançado diariamente. Para estimar o
volume lançado, deve-se considerar as perdas;

b.3. Para irrigação: apresentar tabela com a estimativa da demanda anual para
o período da outorga solicitada, indicando a sazonalidade, se houver, contendo
46

a demanda de volumes médios mensais e vazões máximas instantâneas e


outras informações julgadas importantes;

b.4. Para uso em mineração: indicar razão água/areia, por toneladas de


produto, contemplando sazonalidade do uso, se houver, contendo a demanda
detalhada mês a mês de volumes médios mensais e vazões máximas
instantâneas; outras informações julgadas importantes;

c) Descrição de sistemas alternativos de utilização da água, para situações de


emergência, ou para períodos de estiagem crítica (obrigatório para indústrias e
opcional para os demais usuários);

6.1.3 Relatório de Caracterização do Lançamento (ReLan), especificamente para


lançamento de água superficial, contendo:

a) Descrição sucinta das características típicas do empreendimento usuário da


água (obrigatório para indústrias e opcional para os demais usuários);

b) Informações específicas sobre cada lançamento, a saber:

b.1. Para abastecimento público (incluindo condomínios residenciais): apresentar


tabela com a estimativa da produção de efluentes anual para o período da outorga
solicitada, indicando a sazonalidade, se houver, contendo a produção de volumes
médios diários e das vazões máximas instantâneas, por mês, a carga lançada, a
eficiência do tratamento e outras informações julgadas importantes;
b.2. Para efluente industrial e urbano privado: fluxograma de uso da água para as
situações inicial e futura, contemplando todos os usos contendo a demanda de
volumes médios diários e vazões máximas instantâneas, indicando a sazonalidade,
se houver, a carga lançada, a eficiência do tratamento e outras informações
julgadas importantes. Obs: O fluxograma do uso da água deve representar o
balanço hídrico do empreendimento e ser estruturado, minimamente, da seguinte
forma: 1) Todas as fontes de abastecimento (poço(s), corpo hídrico superficial, rede
pública, caminhão-pipa, etc) devem ser individualizadas com os respectivos
volumes captados (m³) diariamente; 2) A partir das captações o fluxograma deve
47

ser setorizado por finalidades (sanitário, industrial, irrigação, jardinagem, lazer,


consumo humano, transporte de água, etc); 3) Para cada finalidade deve ser
discriminado o volume (m³) diário a ela destinada; 4) Por último, deve ser indicado o
local do lançamento de efluentes (rede pública, corpo hídrico, fossa séptica, etc),
bem como, o volume (m³) lançado diariamente. Para estimar o volume lançado,
deve-se considerar as perdas;

6.1.4. Relatório de Caracterização Múltiplo (ReMult), quando o requerente possuir


mais de um uso e optar por agrupá-los em um único relatório sobre os usos
múltiplos de recursos hídricos no empreendimento, contendo todas as
informações exigidas no item 6.1.2. e 6.1.3. acima descritos, para cada uso
praticado e, ainda, na alínea “ b” no item 6.1.2. da IT-DPO nº 10, caso haja usos
subterrâneos;

6.1.5. Estão dispensados da apresentação do ReCap e do ReLan, os usos:

a) Para atendimento doméstico de residências unifamiliares, em área rural ou


urbana;

b) Considerados isentos de outorga, conforme a Portaria DAEE nº 1.631,


de 30 de maio de 2017 ou suas atualizações;

c) Para atendimento doméstico em assentamentos rurais autorizados por


órgãos públicos fundiários (INCRA, ITESP etc.).

6.2. DOCUMENTOS PARA OBTENÇÃO DE OUTORGA DE DIREITO


DE INTERFERÊNCIA NOS RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS

Requerimento próprio para cada caso, integralmente preenchido, com seus


respectivos documentos complementares.

7 DAS EMISSÕES DE OUTORGAS

7.1 Para uso dos recursos hídricos:


48

7.1.1 Ao concluir a análise da solicitação, o DAEE emitirá, se aprová-la, a Portaria


de “Autorização” do direito de uso de recursos hídricos, para usuários privados, ou
de “ Concessão” , no caso de utilidade pública ou se rejeitá-la, o "Informe de
Indeferimento".

7.1.2 Todas as outorgas referentes a novos usos superficiais conterão


condicionantes, tendo em vista a necessidade de se comprovar, dentre outras
condições que forem impostas pelo DAEE:

a) A instalação de hidrômetro, de acordo com normas do DAEE, para captações,


exceto para os casos previstos pelo § 1º do Art. 22 da Portaria DAEE nº 1.630, de
30 de maio de 2017;

b) A execução das estruturas de dissipação de energia ou dispositivos de


proteção contra erosão, para lançamentos.

7.2. Para obras que interfiram com os recursos hídricos superficiais e serviços de
extração de minérios:

Ao concluir a análise da solicitação, o DAEE emitirá, se aprová-la, a Portaria de


“Autorização”, para execução da obra ou serviço ou se rejeitá-la, o "Informe de
Indeferimento".

8 DAS RENOVAÇÕES DE OUTORGA

8.1 Quando pretender a renovação de uma outorga, não havendo alteração em


relação às condições vigentes, o interessado deve apresentar requerimento
conforme o Anexo 9-I desta IT- DPO, integralmente preenchido, com os
respectivos documentos complementares.

8.2 O uso de recursos hídricos não contemplado na Portaria de Outorga vigente,


será considerado novo uso, devendo o interessado proceder de acordo com o
disposto nesta IT-DPO.
49

9 DAS ALTERAÇÕES TÉCNICAS E ADMINISTRATIVAS DA OUTORGA

9.1 Para requerer a ampliação do volume diário captado ou lançado, em relação à


outorga de direito de uso vigente, o usuário deve proceder conforme disposições
da IT-DPO nº 08.

9.2 Para redução do volume diário captado ou lançado ou para alteração de


dados administrativos do detentor das outorgas de direito de uso ou interferência,
o usuário deve solicitar a retificação da Portaria de Outorga correspondente, por
meio do Anexo 9-K desta IT- DPO.

10 DAS DESISTÊNCIAS E TRANSFERÊNCIAS DE USOS OU


INTERFERÊNCIAS

10.1 A revogação da portaria de outorga ou da dispensa de outorga por iniciativa


do DAEE, conforme previsto nos itens I e II do Art. 30 da Portaria DAEE nº 1.630,
de 30 de maio de 2017, implicará a desativação de usos ou de interferências em
recursos hídricos. Feita a desativação, o usuário deve comunicá-la ao DAEE por
meio do protocolo da Declaração de Desistência, conforme Anexo 9-J desta IT-
DPO, devidamente preenchido, com seus documentos complementares.

10.2 Quando não houver interesse na regularização de usos e interferências


existentes, deve ser providenciada sua desativação. Feita a desativação, o usuário
deve comunicá-la ao DAEE por meio do protocolo da Declaração de Desistência,
conforme Anexo 9-J desta IT-DPO, devidamente preenchido, com seus
documentos complementares.

10.3 A desativação de usos ou interferências outorgadas, por iniciativa do usuário,


conforme previsto no item III do Art. 30 da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio
de 2017, deve ser comunicada por meio do protocolo da Declaração de
Desistência, conforme Anexo 9-J desta IT- DPO, devidamente preenchido, com
seus documentos complementares, após a execução dos serviços. Após a
declaração de desistência o DAEE providenciará a revogação da outorga.
50

10.4 A desativação mencionada no item anterior será dispensada no caso da


existência de novo interessado no uso ou interferência, devidamente indicado por
meio do Anexo 9-J desta IT-DPO.

10.5 O novo interessado no uso ou interferência, mencionado no item anterior,


deve requerer a transferência da outorga correspondente, por meio do Anexo 9-N
desta IT-DPO, desde que não haja alteração das características técnicas do uso
ou interferência, sendo que se houver alteração deve ser requerida nova outorga.

10.6 A validade da outorga transferida será coincidente à da portaria original.


Caso o novo interessado deseje prazo de validade superior a esse, deverá
requerer a respectiva outorga, nos termos da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de
maio de 2017.

10.7 O prazo para o novo interessado requerer a transferência da outorga, ou


nova outorga, é de 30 dias após a data do protocolo da declaração da desistência
do detentor da outorga original, sendo que, não cumprido esse prazo o usuário
fica obrigado a promover a desativação do uso ou interferência.

10.8 A desativação de interferência se caracteriza pela remoção das estruturas e a


desativação de uso, pela remoção dos equipamentos e das estruturas das
captações e dos lançamentos, repondo os recursos hídricos no seu antigo estado.

11 DOS USOS E INTERFERÊNCIAS DISPENSADOS DE OUTORGA

11.1 USOS

a) Ficam dispensadas de outorga as captações de águas superficiais e os


lançamentos previstos pela Portaria DAEE nº 1.631, de 30 de maio de 2017 ou
suas atualizações; cuja classificação, quanto às finalidades, é a mesma definida
pelo item 5.1.1 desta IT-DPO;

b) Ficam sujeitas somente ao cadastro as captações superficiais, em fontes


51

(nascentes), para envase de águas potáveis de mesa, minerais ou fins balneários,


mas sujeitas ao cadastramento junto ao DAEE, conforme o Anexo 9-M desta IT-
DPO, com seus documentos complementares, ficando dispensados do
requerimento da DVI.

11.2 INTERFERÊNCIAS

11.2.1 OBRAS HIDRÁULICAS

a) Ficam dispensados de outorga os barramentos previstos pela Portaria DAEE nº


1.631, de 30 de maio de 2017 ou suas atualizações, cuja classificação, quanto às
finalidades, é a mesma definida pelo item 5.3.1.;

b) Ficam dispensados de outorga as travessias previstas pela Portaria DAEE nº


1.632, de 30 de maio de 2017 ou suas atualizações, cuja classificação é a mesma
definida pelo item 5.3.3.

11.2.2 SERVIÇOS

a) Ficam dispensados de outorga, porém obrigados a se cadastrarem os


serviços de desassoreamento de curso d’ água e de proteção de álveo, por
meio dos Anexos 9-F e 9-H desta IT-DPO, respectivamente, integralmente
preenchidos, com seus documentos complementares;
b) Ficam dispensados de outorga e de cadastro os serviços de
desassoreamento em reservatórios e a limpeza de álveo de cursos d’ água e
reservatórios.

12 DISPOSIÇÕES FINAIS

Esta IT-DPO entra em vigor a partir de 1° de julho de 2017.


52

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9 - A

Requerimento de Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos para


Captação de Água Superficial

Senhor (a) Superintendente do DAEE:

Eu, , requerente (ou representante legal do


requerente abaixo descrito), ao final qualificado, venho requerer a Vossa Senhoria
a outorga de direito de uso de recursos hídricos, cujas informações são descritas a
seguir:

DADOS DO REQUERENTE

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ (unidade local):
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-
mail): CARACTERÍSTICAS DO USO
1. Situação da captação (nova ou existente):
2. Nome do curso d’ água:
3. Endereço:
4. Bairro/Distrito:
5. Município:
6. Nome da Propriedade:
7. Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos):
8. Finalidade:
9. Volume diário médio anual: m³;
10. Volume diário máximo: m³; Período diário de captação: h/dia;
11. Vazão máxima instantânea: m³/h;
12. Preencher o quadro abaixo se houver sazonalidade na captação da água:
53

Volume Uso diário máximo Vazão


Períod
diário Volume Período de máxima
o
m³ m³ h/dia m³/h

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir


documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de fiscalização, os quais
serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena de
indeferimento deste requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais


quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir
as suas disposições, destacadamente as obrigações discriminadas na
Seção I, do Capítulo IV da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017;

2. Que todos os estudos, projetos e obras relacionados com a captação de


água superficial, objeto deste requerimento, são de responsabilidade
técnica de profissional habilitado, sendo que os documentos correlatos
estarão à disposição do DAEE, durante fiscalização, ou quando solicitados;

3. O compromisso de instalar, manter e operar estações e equipamentos


hidrométricos, encaminhando os dados observados e medidos, na forma
preconizada nas normas de procedimentos estabelecidas pelo DAEE;

4. Que é meu encargo obter as devidas permissões e autorizações do(s)


proprietário(s) da(s) área(s) de implantação do uso requerido;

5. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por meio


do correio eletrônico informado acima;
54

6. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam


integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento,

, de de

(Assinatura)

Nome
proprietário/representan
te legal: CPF:

Telefone de contato: ( ) -

Endereço de correio eletrônico para


contato:
55

Documentos complementares que acompanham este requerimento:


• Comprovante de recolhimento da taxa de análise;
• Relatório fotográfico comprovando a instalação de dispositivo registrador de volumes, para os
casos de regularização de usos existentes;
• Relatório de Caracterização da Captação (ReCap);
• Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos (CNARH) para cursos d'água de
domínio da União, quando houver delegação de atribuições ao DAEE, por parte da Agência
Nacional de Águas - ANA.
56

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-B

Requerimento de Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos


para

Lançamento de Água
Superficial

Senhor (a) Superintendente do DAEE:

Eu, , requerente (ou representante legal do


requerente abaixo descrito), ao final qualificado, venho requerer a Vossa Senhoria
a outorga de direito de uso de recursos hídricos, cujas informações são descritas a
seguir:

DADOS DO(A) REQUERENTE

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ (unidade local):
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-
mail): CARACTERÍSTICAS DO USO
1. Situação do lançamento (novo ou existente):
2. Nome do curso d’ água:
3. Endereço:
4. Bairro/Distrito:
5. Município:
6. Nome da Propriedade:
7. Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos):
8. Finalidade:
9. Volume diário médio anual: m³;
10. Volume diário máximo: m³; Período diário de lançamento:
57

h/dia; Vazão máxima instantânea:


m³/h;
11. Preencher o quadro abaixo se houver sazonalidade no lançamento:

Uso diário máximo Vazão


Volume
Períod máxima
diário Volum Período de
o instantân
m³ m³ h/di m³/
(

12. Concentração de Carga Orgânica Potencial (DBO5,20): mg/L;


13. Concentração de Carga Orgânica Remanescente (DBO5,20): mg/L;

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir


documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de fiscalização, os quais
serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena
de indeferimento deste requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais


quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir
as suas disposições, destacadamente as obrigações discriminadas na
Seção I, do Capítulo IV da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de
2017;

2. Que todos os estudos, projetos e obras relacionados com o lançamento


superficial, objeto deste requerimento, são de responsabilidade técnica de
profissional habilitado, sendo que os documentos correlatos estarão à
disposição do DAEE, durante fiscalização, ou quando solicitados;
58

3. O compromisso de instalar e manter estrutura de dissipação de energia ou


dispositivo de proteção contra erosão;

4. Que é meu encargo obter as devidas permissões e autorizações do(s)


proprietário(s) da(s) área(s) de implantação do uso requerido;

5. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por


meio do correio eletrônico informado acima;

6. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam


integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento,

, de de

(Assinatura)

Nome
proprietário/representante
legal: CPF:

Telefone de contato: ( ) -

Endereço de correio eletrônico para


contato:
59

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-C

Requerimento de Outorga de Direito de Interferência de Recursos Hídricos


para

Travessia

Senhor (a) Superintendente do DAEE:

Eu, , requerente (ou representante legal do


requerente abaixo descrito), ao final qualificado, venho requerer a Vossa Senhoria
a outorga de direito de interferência em recursos hídricos, por meio de travessia de curso
d’ água, cujas informações são descritas a seguir:

DADOS DO INTERESSADO/REQUERENTE

1) Nome/Razão Social:
2) CPF/CNPJ:
3) Endereço de correspondência:
4) Telefone de contato:
60

5) Endereço de correio eletrônico (e-mail):

DADOS DA TRAVESSIA

1) Situação da travessia (nova ou existente):


2) Nome do curso d’ água:
3) Endereço:
4) Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) do eixo
longitudinal no ponto sobre o curso d’ água:
5) Tipo (aérea ou intermediária):
6) Finalidade:
7) Tipo da estrutura (ponte, maciço com bueiro, treliça, duto etc.):
8) Período de Retorno de cálculo da cheia de projeto:
9) Lâmina d’ água máxima (m), a montante da travessia, nas situações antes e
após a execução da travessia:
10)Tipo do dissipador de energia a jusante da travessia, se for necessária sua
execução:

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir


documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de fiscalização, os quais
serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena de
indeferimento deste requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal:

1) Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais


quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a
cumprir as suas disposições, destacadamente as obrigações
discriminadas na Seção I, do Capítulo IV da Portaria DAEE nº 1.630, de 30
de maio de 2017;

2) Que todos os estudos, projetos e obras relacionados com a interferência,


objeto deste requerimento, são de responsabilidade técnica de profissional
61

habilitado, sendo que os documentos correlatos estarão à disposição do


DAEE, durante fiscalização, ou quando solicitados;

3) Que é meu encargo obter as devidas permissões e autorizações do(s)


proprietário(s) da(s) área(s) de implantação da interferência requerido;

4) Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por


meio do correio eletrônico informado acima;

5) Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam


integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento,

, de de

________________________________________________
(Assinatura)
Nome proprietário/representante legal:
CPF:
Telefone de contato: (_____) ___________-_____________
Endereço de correio eletrônico para contato:
62

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-D

Requerimento de Outorga de Direito de Interferência de Recursos Hídricos


para Barramento

Senhor (a) Superintendente do DAEE:

Eu, , requerente (ou representante legal do


requerente abaixo descrito), ao final qualificado, venho requerer a Vossa Senhoria
a outorga de direito de interferência em recursos hídricos, por meio de barramento de
curso d’ água, cujas informações são descritas a seguir:

DADOS DO REQUERENTE

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ:
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

DADOS DO BARRAMENTO

1) Situação do barramento (novo ou existente):


2) Nome do curso d’ água:
3) Endereço:
4) Tipo (soleira ou maciço com controle de vazão):
5) Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) do eixo do maciço no
ponto sobre o curso d’ água:
6) Finalidade do reservatório (regularização de nível d’ água ou regularização de vazões,
etc):
7) Comprimento (m) e largura (m) da crista; e altura máxima do maciço (m):
8) Altura máxima da lâmina d’ água no nível normal (m):
9) Área máxima (m²) de inundação no nível normal e no nível
maximorum (cheia de projeto):
63

10)Volume útil armazenado (m³):


11)Volume total armazenado (m³):
12)Vazão regularizada (m³/h):
13)Tipo do vertedor:
14)Período de Retorno para cálculo da cheia de projeto e do vertedor:
15)Máxima lâmina d’ água vertente (m):
16)Vazão máxima descarregada no vertedor (m³/s):
17)Tipo de estrutura de descarga para jusante:
18)Capacidade da estrutura hidráulica de descarga de fundo (m³/s):
19)Capacidade da estrutura hidráulica de descarga mínima (m³/h):
20)Regra operativa do reservatório:
21)Regra operativa das comportas, quando existirem:

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar, para análise do pedido ora
formulado, dados e informações complementares, os quais serão fornecidos no
prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, destacadamente quanto à Lei nº
12.334, de 20 de setembro de 2010, que trata da Política Nacional de Segurança
de Barragens, sob pena de indeferimento deste requerimento;

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir


documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de fiscalização, os quais
serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena de
indeferimento deste requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais


quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir
as suas disposições, destacadamente as obrigações discriminadas na
Seção I, do Capítulo IV da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017;

2. Que todos os estudos, projetos e obras relacionados com a interferência,


objeto deste requerimento são de responsabilidade técnica de profissional
64

habilitado, sendo que os documentos correlatos estarão à disposição do


DAEE, durante fiscalização, ou quando solicitados;

3. Possuir, em meu nome, a documentação necessária expedida pelo


Ministério de Minas e Energia, para o caso de barragens que tenham por
finalidade a exploração de potencial hidráulico;

4. Que é meu encargo obter as devidas permissões e autorizações do(s)


proprietário(s) da(s) área(s) de implantação da interferência requerida;

5. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por meio


do correio eletrônico informado acima;

6. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam


integralmente as exigências estabelecidas pela legislação. nestes termos, p.
deferimento.

, de de

(Assinatura)
Nome proprietário/representante legal:
CPF:
Telefone de contato: (_____) ___________-_____________
Endereço de correio eletrônico para contato:
65

Documentos complementares que acompanham este requerimento:

Comprovante de recolhimento da taxa de análise;

Planta de locação geral das obras (maciço e estruturas hidráulicas) e do reservatório;

Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos (CNARH) para cursos d'água de


domínio da União, quando houver delegação de atribuições ao DAEE, por parte da
Agência Nacional de Águas - ANA.
66

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-E

Requerimento de Outorga de Direito de Interferência de Recursos Hídricos


para

Canalização

Senhor (a) Superintendente do DAEE:

Eu, , requerente (ou representante legal do


requerente abaixo descrito), ao final qualificado, venho requerer a Vossa Senhoria
a outorga de direito de interferência em recursos hídricos, por meio de canalização de
curso d’ água, cujas informações são descritas a seguir:

DADOS DO REQUERENTE

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ:
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

DADOS DA CANALIZAÇÃO (Obs.: as informações abaixo devem ser fornecidas


por trecho de canalização com as mesmas características)

1) Situação da canalização (nova ou existente):


2) Nome do curso d’ água:
3) Endereço:
4) Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção inicial:
5) Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção final:
6) Finalidade:
7) Tipo da seção (aberta ou fechada):
8) Extensão (m):
9) Lâminas d’ água (m) normal e crítica, com as respectivas velocidades médias de
67

escoamento (m/s):
10)Tipo de revestimento do álveo (fundo e margens):
11)Período de Retorno da cheia de projeto:
12)Forma da seção transversal:
13)Dimensões da seção (m):

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir


documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de fiscalização, os quais
serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena de
indeferimento deste requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais


quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir
as suas disposições, destacadamente as obrigações discriminadas na
Seção I, do Capítulo IV da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de
2017;

2. Que todos os estudos, projetos e obras relacionados com a interferência,


objeto deste requerimento, são de responsabilidade técnica de profissional
habilitado, sendo que os documentos correlatos estarão à disposição do
DAEE, durante fiscalização, ou quando solicitados;

3. Que é meu encargo obter as devidas permissões e autorizações do(s)


proprietário(s) da(s) área(s) de implantação da interferência requerida;

4. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por


meio do correio eletrônico informado acima;

5. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam


integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.
68

Nestes termos, p. deferimento.

, de de

(Assinatura)
Nome proprietário/representante legal:
CPF:
Telefone de contato: (_____) ___________-_____________
Endereço de correio eletrônico para contato:

Documentos complementares que acompanham este requerimento:

Comprovante de recolhimento da taxa de análise;

Planta de locação geral das obras e estruturas hidráulicas especiais (degraus, transições, dissipação de
energia etc.);

Autorização para intervenção em Área de Preservação Permanente – APP, específica para canalização
fechada e, se cabível, Autorização para supressão de vegetação nativa, da CETESB, no caso de nova
canalização com seção de contorno fechado;

Decreto de utilidade pública, para o caso de nova canalização com seção de contorno fechado;

Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos (CNARH) para cursos d'água de domínio da União,
quando houver delegação de atribuições ao DAEE, por parte da Agência Nacional de Águas - ANA.
69

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-F

Requerimento de Dispensa de Outorga para Interferência em Recursos


Hídricos

Desassoreamento

Senhor (a) Diretor (a) de Bacia do DAEE:

Eu, , requerente (ou representante legal do


requerente abaixo descrito), ao final qualificado, venho requerer a Vossa Senhoria
o cadastramento de interferência em recursos hídricos, por meio da execução de
serviços de desassoreamento de curso d’ água, cujas informações são descritas a
seguir:

DADOS DO REQUERENTE

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ (unidade local):
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

CARACTERÍSTICAS DO USO

1. Nome do curso d’ água:


2. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção inicial:
3. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção final:
4. Extensão do trecho (m):
5. Volume de sedimento a ser removido (m³):
6. Espessura média da camada de sedimentos (m):
7. Largura média do curso d’ água no trecho (m):
70

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir


documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de fiscalização, os quais
serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena de
indeferimento deste requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais


quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir
as suas disposições;

2. Que todos os estudos, projetos e obras relacionados com os serviços,


objeto deste requerimento, são de responsabilidade técnica de profissional
habilitado, sendo que os documentos correlatos estarão à disposição do
DAEE, durante fiscalização, ou quando solicitados;

3. Declaro que os serviços não implicarão alteração de traçado e regime de


escoamento, promovendo incremento não superior a 40% na área da seção
transversal média do canal;

4. Que os serviços serão executados em perfeitas condições de estabilidade e


segurança, respondendo pelos danos causados ao meio ambiente e a
terceiros em decorrência da execução de tais serviços;

5. Que é meu encargo obter as devidas permissões e autorizações do(s)


proprietário(s) da(s) área(s) envolvidas com a execução dos serviços ora
cadastrados;

6. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por meio


do correio eletrônico informado acima;

7. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam


71

integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento,

__________________, _____ de _______________ de ______

________________________________________________
(Assinatura)
Nome proprietário/representante legal:
CPF:
Telefone de contato: (_____) ___________-_____________
Endereço de correio eletrônico para contato:

Documentos complementares que acompanham este requerimento:

Comprovante de recolhimento da taxa de análise;

Planta do trecho do curso d'água onde ocorrerão os serviços;

Memorial sucinto descritivo dos serviços;

Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos (CNARH) para cursos d'água de domínio da União,
quando houver delegação de atribuições ao DAEE, por parte da Agência Nacional de Águas - ANA.
72

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-G

Requerimento de Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos para

Extração de Minérios

Senhor (a) Superintendente do DAEE:

Eu, , requerente (ou representante legal do


requerente abaixo descrito), ao final qualificado, venho requerer a Vossa Senhoria
a outorga de direito de interferência em recursos hídricos, por meio da execução
de serviços de extração de minérios, cujas informações são descritas a seguir:

DADOS DO REQUERENTE

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ (unidade local):
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

CARACTERÍSTICAS DO USO

1) Nome do curso d’ água:


2) Situação da Extração de Minério (nova ou existente):
3) Tipo de Minério:
4) Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção inicial:
5) Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção final:
6) Extensão do trecho (m):
7) Produção mensal de minério (m³):
8) Profundidade média da escavação (m):
9) Largura média do curso d’ água no trecho (m):
73

10)Número do Processo DNPM:

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir


documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de fiscalização, os quais
serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena de
indeferimento deste requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais


quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir
as suas disposições, destacadamente as obrigações discriminadas na
Seção I, do Capítulo IV da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017;

2. Que todos os estudos, projetos e obras relacionados com os serviços,


objeto deste requerimento, são de responsabilidade técnica de
profissional habilitado, sendo que os documentos correlatos estarão à
disposição do DAEE, durante fiscalização, ou quando solicitados;

3. Que é meu encargo obter as devidas permissões e autorizações do(s)


proprietário(s) da(s) área(s) de implantação da interferência requerida;

4. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por meio


do correio eletrônico informado acima;

5. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam


integralmente as exigências estabelecidas pela legislação;

Nestes termos, p. deferimento,


74

, de de

(Assinatura)

Nome
proprietário/representa
nte legal: CPF:

Telefone de contato: ( ) -

Endereço de correio eletrônico para


contato:
75

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-H

Requerimento de Dispensa de outorga para Interferência em Recursos


Hídricos

Proteção de Álveo

Senhor (a) Diretor (a) de Bacia do DAEE:

Eu, , requerente (ou representante legal do


requerente abaixo descrito), ao final qualificado, venho requerer a Vossa Senhoria
o cadastramento de interferência em recursos hídricos, por meio da execução de
obra (ou serviço) para proteção de álveo de curso d’ água, cujas informações são
descritas a seguir:

DADOS DO REQUERENTE

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ:
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

DADOS DA OBRA DE PROTEÇÃO DE ÁLVEO (Obs.: as informações abaixo


devem ser fornecidas por trecho com as mesmas características)

1. Situação da Proteção de Álveo (nova ou existente):


2. Nome do curso d’ água:
3. Endereço:
4. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção inicial:
5. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção final:
6. Extensão (m):
7. Lâminas d’ água máxima (m):
8. Tipo de revestimento do álveo (fundo e margens):
76

9. Período de Retorno da cheia de projeto:


10. Forma da seção transversal:

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir


documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de fiscalização, os quais
serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena de
indeferimento deste requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais


quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir
as suas disposições;

2. Que todos os estudos, projetos e obras relacionados com as atividades,


objeto deste requerimento, são de responsabilidade técnica de profissional
habilitado, sendo que os documentos correlatos estarão à disposição do
DAEE, durante fiscalização, ou quando solicitados;

3. Declaro que as obras (ou serviços) não implicarão alteração de traçado e


regime de escoamento e serão executadas em trecho com comprimento
não superior a 10 (dez) vezes a largura média do curso d’ água, respeitado o
limite de 100 (cem) metros;

4. Que ficam preservadas as condições de estabilidade e segurança das


obras ou serviços, respondendo pelos danos causados ao meio ambiente
e a terceiros em decorrência da execução de tais serviços;

5. Que é meu encargo obter as devidas permissões e autorizações do(s)


proprietário(s) da(s) área(s) envolvida(s) com a execução dos serviços ora
cadastrados;

6. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por


77

meio do correio eletrônico informado acima;

7. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam


integralmente as exigências estabelecidas pela legislação;

Nestes termos, p. deferimento.

__________________, _____ de _______________ de ______

________________________________________________
(Assinatura)
Nome proprietário/representante legal:
CPF:
Telefone de contato: (_____) ___________-_____________
Endereço de correio eletrônico para contato:
78

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-I

Requerimento de Renovação de Outorga de Direito de Uso ou de


Interferência em Recursos Hídricos

Senhor (a) Superintendente do DAEE:

Eu, , usuário (ou representante legal do


usuário abaixo descrito), ao final qualificado, venho requerer a Vossa Senhoria a
renovação da outorga concedida pela Portaria DAEE nº / de /
/ , (reti-ratificada em
/ / , se houver), cujas disposições foram integralmente atendidas,
visando à permanência do(s) uso(s) ou da(s) interferência(s) em recursos
hídricos, abaixo discriminado(s), nas mesmas condições inicialmente outorgadas:

DADOS DO USUÁRIO

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ (unidade local):
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

DISCRIMINAÇÃO DO(S) USO(S) OU INTERFERÊNCIA(S)


79

USO Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e


Latitude Longitude
(Captação / Lançamento)

INTERFERÊNCIA Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e


Latitude Longitude
(Barramento / Travessia)

INTERFERÊNCIA Coordenadas Geográficas(Graus, Minutos e Segundos)


(Canalização/Extração de
Latitude Longitude Latitude Longitude
Minérios)

Obs.: Usos ou interferências com prazo expirado, constantes da Portaria em epígrafe,


deverão ser desativados, ou regularizados, conforme regulamentações específicas do DAEE.

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir


documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de fiscalização, os quais
serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena
de indeferimento deste requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais


quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir
as suas disposições, destacadamente as obrigações discriminadas na
Seção I, do Capítulo IV da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de
2017;

2. Que os dados e informações, bem como os compromissos assumidos


quando da solicitação da outorga constante da portaria acima referida
permanecem inalterados;
80

3. Que todos os estudos, projetos e obras relacionados com o(s) uso(s) ou


interferência(s), objeto(s) deste requerimento, são de responsabilidade
técnica de profissional habilitado, sendo que os documentos correlatos
estarão à disposição do DAEE, durante fiscalização, ou quando
solicitados;

4. Estar em dia com as declarações dos registros de medição, conforme


normas do DAEE;

5. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por


meio do correio eletrônico informado acima;

6. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam


integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento,

, de de

(Assinatura)

Nome
proprietário/representa
nte legal: CPF:
81

Telefone de contato: ( ) -

Endereço de correio eletrônico para


contato:
82

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-J

Declaração de Desistência de Uso ou de Interferência em Recursos Hídricos

Ao Departamento de Águas e Energia Elétrica:

Eu, , usuário (ou representante legal do


usuário abaixo descrito), ao final qualificado, declaro a desistência do(s) uso(s)
ou interferência(s) em recursos hídricos, abaixo discriminado(s).

DADOS DO USUÁRIO

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ (unidade local):
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

DISCRIMINAÇÃO DO(S) USO(S) OU INTERFERÊNCIA(S)

USO Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos)


ITEM (Captação / Lançamento) Latitude Longitude

INTERFERÊNCIA Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos)


ITEM (Barramento / Travessia) Latitude Longitude

Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos)


INTERFERÊNCIA
ITEM
(Canalização / Extração de Seção Inicial Seção Final
Latitude Longitude Latitude Longitude
Minério)

Caso os usos ou interferências acima discriminados tenham sido objeto de Portaria


83

do DAEE, informar o(s) respectivo(s) número(s):

Uso(s) Interferência(s) Número e Data da(s) Portaria(s)


/ , de / /

/ , de / /

Caso exista novo interessado no direto de uso ou interferência, informar:

Nome/Razão Social:

Identificação do item do(s) uso(s) ou interferência(s):

Contato disponível:

Declaro, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais


quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir
as suas disposições;

2. Que as consequências da desistência, objeto desta declaração, serão


decorrentes do disposto na Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017
e seu regulamento;

3. Que obtive as autorizações pertinentes da Companhia Ambiental do Estado


de São Paulo
- CETESB;

4. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por


meio do endereço do correio eletrônico informado acima;
5. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam
integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.
84

Solicito, nos termos da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017, a


revogação da Portaria de Outorga mencionada acima.

Nestes termos, p. deferimento,

, de de

(Assinatura)

Nome
proprietário/representa
nte legal: CPF:

Telefone de contato: ( ) -

Endereço de correio eletrônico para


contato:
85

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-K

Requerimento de Retificação de Dados da Portaria de Outorga

(Uso ou Interferência em Recursos Hídricos Superficiais)

Senhor (a) Superintendente do DAEE:

Eu, , usuário (ou representante legal do


usuário abaixo
descrito), ao final qualificado, requeiro a retificação de dados da Portaria DAEE
nº de
/ / (reti-ratificada em / / , se houver), conforme abaixo
discriminado:

Alterações requeridas (informar novos dados,


quando houver):

• Alteração de CNPJ:
• Alteração de razão social:
• Redução de volumes, vazão e período
• Volume diário médio anual: m³;
• Volume diário máximo: m³; Período diário de captação: h/dia;
• Vazão máxima instantânea: m³/h;
• Preencher o quadro abaixo se houver sazonalidade:
86

Volume diário Uso diário máximo Vazão


Período
médio Vol Período máxima
(meses)
m³ m³ h/dia m³/h

Justificativa:

Declaro, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais


quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir
as suas disposições;

2. Que os demais dados e informações, bem como os compromissos


assumidos quando da solicitação da outorga constante da portaria acima
referida permanecem inalterados;

Possuir ata da reunião de alteração ou o contrato que viabilizou a alteração,


registrado na Junta Comercial, para o caso de requerimento de alteração de
razão social ou CNPJ;

4. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por


meio do endereço do correio eletrônico informado abaixo;

5. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam


integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.
87

Nestes termos, p. deferimento,

, de de

(Assinatura)

Nome proprietário/representante
legal:

CPF:

Telefone de contato: ( ) -

Endereço de correio eletrônico para


contato:
88

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-L

Requerimento de Dispensa de Outorga para Interferência em Recursos


Hídricos

Canalização com Seção Transversal de Contorno Fechado

Senhor (a) Diretor (a) de Bacia do DAEE:

Eu, , requerente (ou representante legal do


requerente abaixo descrito), ao final qualificado, venho requerer a Vossa Senhoria
o cadastramento de interferência em recursos hídricos, decorrente da canalização de
curso d’ água com seção transversal de contorno fechado, cujas informações são
descritas a seguir:

DADOS DO REQUERENTE

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ:
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

DADOS DA CANALIZAÇÃO FECHADA EXISTENTE (Obs.: as informações


abaixo devem ser fornecidas por trecho com as mesmas características)

1. Data de conclusão da obra:


2. Nome do curso d’ água:
3. Endereço:
4. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção inicial:
5. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção final:
6. Extensão (m):
7. Material do revestimento do canal:
89

8. Forma da seção transversal:


9. Dimensões da seção transversal:

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir


documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de fiscalização, os quais
serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena de
indeferimento deste requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais


quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir
as suas disposições;

2. Que todos os estudos, projetos e obras relacionados com as atividades,


objeto deste requerimento, foram realizados sob responsabilidade técnica
de profissional habilitado sendo que os documentos correlatos estarão à
disposição do DAEE, durante fiscalização, ou quando solicitados;

3. Que me responsabilizo pelas condições de estabilidade e segurança da


canalização, respondendo pelos danos causados ao meio ambiente e a
terceiros;

4. Que obtive as devidas permissões e autorizações do(s) proprietário(s)


da(s) área(s) envolvidas com a execução da canalização cadastrada;

5. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por


meio do correio eletrônico informado acima;

6. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam


integralmente as exigências estabelecidas pela legislação;
90

Nestes termos, p. deferimento.

, de de
_

(Assinatura)
Nome proprietário/representante legal:
CPF:
Telefone de contato: (_____) ___________-_____________
Endereço de correio eletrônico para contato:
91

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-M

Requerimento de Dispensa de Outorga para Captação de Água Superficial


(Mineral, Termal, Gasosa, Potável de Mesa e para fins de Balneabilidade)

Senhor (a) Diretor (a) de Bacia do DAEE:

Eu, , requerente (ou representante legal do


requerente abaixo descrito), ao final qualificado, venho requerer a Vossa Senhoria
a captação de água superficial mineral, cujas informações são descritas a seguir:

DADOS DO REQUERENTE

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ (unidade local):
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

CARACTERÍSTICAS DO USO
1. Situação da captação (nova ou existente):
2. Identificação da fonte:
3. Endereço:
4. Bairro/Distrito:
5. Município:
6. Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos):
7. Finalidade:
8. Volume diário médio anual: m³;
9. Volume diário máximo: m³; Período diário de captação: h/dia;
10. Vazão máxima instantânea: m³/h;
11. Preencher o quadro abaixo se houver sazonalidade na captação da água:
92

Volume Uso diário máximo Vazão


Períod
diário Volume Período de máxima
o
m³ m³ h/dia m³/h

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir


documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de fiscalização, os quais
serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena
de indeferimento deste requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais


quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir
as suas disposições, destacadamente as obrigações discriminadas na
Seção I, do Capítulo IV da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de
2017;

2. Possuir, em meu nome, a documentação necessária expedida pelo


Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM e pelo Ministério de
Minas e Energia;

3. Que todos os estudos, projetos e obras relacionados com a captação de


água superficial, objeto deste requerimento, são de responsabilidade
técnica de profissional habilitado, sendo que os documentos correlatos
estarão à disposição do DAEE, durante fiscalização, ou quando
solicitados;

4. Que é meu encargo obter as devidas permissões e autorizações do(s)


proprietário(s) da(s) área(s) de implantação do uso requerido;
93

5. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por


meio do correio eletrônico informado acima;

6. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam


integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento,

, de de

(Assinatura)

Nome
proprietário/representa
nte legal: CPF:

Telefone de contato: ( ) -

Endereço de correio eletrônico para


contato:
94

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-N

Requerimento de Transferência de Outorga para Uso ou Interferência em


Recursos Hídricos Superficiais

Senhor (a) Superintendente do DAEE:

Eu, , requerente (ou


representante legal do requerente abaixo descrito), ao final qualificado, requeiro a
transferência da outorga concedida a
, pela Portaria DAEE nº de /
/ ,(reti-ratificada em / / , se houver), nas mesmas condições
inicialmente outorgadas, referente(s) ao(s) uso(s) e interferência(s) abaixo
discriminada(s):

DADOS DO REQUERENTE

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ (unidade local):
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):
95

DISCRIMINAÇÃO DO(S) USO(S) OU INTERFERÊNCIA(S) A


SER(EM) TRANSFERIDO(S)

USO Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos)

(Captação / Lançamento) Latitude Longitude

INTERFERÊNCIA Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos)

(Barramento / Travessia) Latitude Longitude

INTERFERÊNCIA Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos)


(Canalização / Extração de Minérios) Seção Inicial Seção Final
Latitude Longitude Latitude Longitude

Obs.: Demais usos ou interferências constantes da Portaria em epígrafe, não constantes deste requerimento,
permanecerão sob a responsabilidade do usuário detentor da outorga original.

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir


documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de fiscalização, os quais
serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena
de indeferimento deste requerimento.

Declaro, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais


quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir
as suas disposições, destacadamente as obrigações discriminadas na
Seção I, do Capítulo IV da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de
2017;
2. Que todos os estudos, projetos e obras relacionados com o objeto deste
requerimento, são de responsabilidade técnica de profissional habilitado,
sendo que os documentos correlatos foram obtidos junto ao usuário
detentor da outorga original e estarão à disposição do DAEE, durante
96

fiscalização, ou quando solicitados;

3. Que manterei inalterados os usos e as interferências objeto deste


requerimento;

4. O compromisso, no caso de captações de água superficial, de manter e


operar estações e equipamentos hidrométricos, encaminhando os dados
observados e medidos, na forma preconizada nas normas de
procedimentos estabelecidas pelo DAEE;

5. O compromisso, no caso de lançamento superficial, de manter estrutura de


dissipação de energia ou dispositivos de proteção contra erosão;

6. Que é meu encargo obter as devidas permissões e autorizações do(s)


proprietário(s) da(s) área(s) de implantação do(s) uso(s) ou interferência(s)
requerido(s);

7. Estar ciente de que, para o aso de barramentos, o DAEE poderá requisitar


documentos complementares, especificamente para assuntos
relacionados à Lei nº 12.334, de 20 de setembro de 2010, que trata da
Política Nacional de Segurança de Barragens;

8. Possuir, em meu nome, a documentação necessária expedida pelo


Ministério de Minas e Energia, para o caso de barramentos que tenham
por finalidade a exploração de potencial hidráulico;

9. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por


meio do endereço do correio eletrônico informado acima;

10. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam


integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento,


97

, de de

(Assinatura)

Nome
proprietário/representa
nte legal: CPF:

Telefone de contato: ( ) -

Endereço de correio eletrônico para


contato:
98

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-O

TABELA DE TAXAS PARA ANÁLISE E EXPEDIÇÃO DE


OUTORGAS

1) Captações de águas superficiais UFES

1) uso 20
2) uso urbano (abastecimento 20
3) uso em loteamento, conjunto habitacional e condomínio 20
4) uso em irrigação, por um agricultor 10
5) uso em irrigação por empresas, cooperativas, associações e 20
6) uso rural 5
7) uso em mineração 10
......................................................................................................
9) uso em geração de energia hidrelétrica (UHE, PCH, CGH) 40
10) outros usos 5
2) Lançamento de efluentes

1) uso 20
2) uso urbano (abastecimento 20
3) uso em loteamento, conjunto habitacional e condomínio 20
4) uso rural 5
5) uso em mineração 10
......................................................................................................
7) uso em geração de energia hidrelétrica (UHE, PCH, CGH) 40
8) outros usos 5
3) Barramentos

1) controle de cheias e regularização de vazões 40


2) em geração de energia hidrelétrica (UHE, PCH, 60
2) outros usos 10
4) Canalizações e travessias 10

5) Extração de minérios 5

6) Cadastros, retificações, desistências e transferências 1

7) Renovações de outorga 2

8) Segunda via de 1

Fonte: http://www.daee.sp.gov.br/images/documentos/outorgaefiscalizacao/it_dpo0
9_captsuper.pdf
INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10, DE 30/05/2017
99

1. OBJETIVOS

Esta Instrução Técnica DPO (IT-DPO) tem por objetivo complementar a Portaria
DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017, estabelecendo as condições
administrativas e técnicas mínimas a serem observadas para:

a) obtenção de licença de execução de poços tubulares;


b) obtenção de outorga de direito de uso de recursos hídricos subterrâneos,
para novas captações (incluindo ampliação), regularização de captações existentes
e renovação de captações outorgadas;
c) cadastro de captações de águas subterrâneas isentas de outorga;
d) cadastro da desativação temporária e definitiva de poços;
e) elaboração de estudos e projetos;
f) construção, desativação e operação de poços.

2. REFERÊNCIAS

2.1. Todos os estudos e projetos devem ser desenvolvidos em estrita


concordância com o Código de Águas - Decreto nº 24.643, de 10 de julho de 1934,
e legislação subsequente, destacadamente as leis, estaduais paulistas, nº 7.663,
de 30 de dezembro de 1991, e nº 6.134, de 2 de junho de 1988, e, federal, nº
9.433, de 9 de janeiro de 1997, e seus regulamentos.

2.2. Devem ser observadas as demais leis e regulamentos emanados dos


poderes públicos federal, estadual e municipal pertinentes ao uso dos recursos
hídricos, ao meio ambiente, à saúde e ao uso do solo; bem como, a Portaria DAEE
nº 1.630, de 30 de maio de 2017.

2.3. Para a complementação desta instrução técnica, visando colaborar para as


boas práticas para a perfuração e captação de água subterrânea através de poços
tubulares, além da aquisição de conhecimentos adicionais sobre a água
subterrânea e a hidrogeologia, recomenda-se consultar:
100

2.3.1. Normativas

• NBR 12212 /2006 - Projeto de poço para a captação de água subterrânea;


• NBR 12244/2006 - Construção de poços para a captação de água
subterrânea;

Decisão Normativa do Confea n.º 59, de 1997, que dispõe sobre o registro de
pessoas jurídicas que atuam nas atividades de planejamento, pesquisa,
locação, perfuração, limpeza e manutenção de poços tubulares para captação de
água subterrânea e dá outras providências.

2.3.2. Sítios da web

• www.daee.sp.gov.br (Departamento de Águas e Energia Elétrica);

• www.abas.org (Associação Brasileira de Águas Subterrâneas);

• www.igeologico.sp.gov.br (Instituto Geológico);

• www.ipt.br (Instituto de Pesquisas Tecnológicas);

• www.saneamento.sp.gov.br (Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos


do Estado de São Paulo);

• www.ambiente.sp.gov.br (Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São


Paulo);

• www.cprm.gov.br (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais);

• www.dnpm.gov.br (Departamento Nacional de Produção Mineral);


101

• cepas.igc.usp.br (Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas –


CEPAS/USP);

• www.lebac.org.br (Laboratório de Análise de Bacias –LEBAC/Unesp);

• www.cetesb.sp.gov.br(CETESB -Companhia Ambiental do Estado de São


Paulo);

• www.cvs.saude.sp.gov.br (Centro de Vigilância Sanitária);

• www.agricultura.sp.gov.br (Secretaria de Agricultura e Abastecimento);

• www.habitacao.sp.gov.br( GRAPROHAB: Grupo de Análise e Aprovação de


Projetos Habitacionais);

• www.sigrh.sp.gov.br (SIGRH -Sistema Estadual de Recursos Hídricos);

• www.ana.gov.br (ANA -Agência Nacional de Águas);

• www.mma.gov.br (CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente);

• www.cnrh.gov.br (CNRH -Conselho Nacional de Recursos Hídricos);

• www.inmetro.gov.br (INMETRO -Instituto Nacional de Metrologia,


Qualidade e Tecnologia);

3. CAMPO DE APLICAÇÃO Esta IT-DPO aplica-se aos usos e interferências


em recursos hídricos subterrâneos, incluindo os usos previstos na:

• Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017;


102

• Portaria DAEE nº 1.631, de 30 de maio de 2017;


• Portaria DAEE nº 1.634, de 30 de maio de 2017;
• Portaria DAEE nº 1.635, de 30 de maio de 2017;
• Resolução Conjunta SMA/SERHS/SES nº 3/06 e suas atualizações;
• e em outras normas que venham a ser editadas sobre o assunto.

4. DEFINIÇÕES

Para efeito desta IT-DPO, são adotadas as definições complementares constantes


na Instrução Técnica DPO nº 08.

5. CLASSIFICAÇÃO DOS USOS SUBTERRÂNEOS

5.1. Para efeito desta IT-DPO, os usos dos recursos hídricos sujeitos à outorga
serão classificados, conforme sua finalidade, em:

a) Industrial: uso em empreendimentos industriais, nos seus sistemas de


processo, refrigeração, uso sanitário, combate a incêndios e outros;

b) Urbano: toda água captada que vise, predominantemente, ao consumo


humano em núcleos urbanos (sede, distrito, bairro, vila, loteamento, condomínio
etc.);

c) Irrigação: uso em irrigação de culturas agrícolas;

d) Rural: uso em atividade rural, como aquicultura e dessedentação de animais,


incluindo uso sanitário, exceto a irrigação;

e) Mineração: toda água utilizada em processos de mineração por meio de


desmonte hidráulico ou para lavagem de material minerado, incluindo uso sanitário;
103

f) Recreação e Paisagismo: uso em atividades de recreação, tais como esportes


náuticos e pescaria; bem como para composição paisagística de propriedades (lago,
chafariz etc.);

g) Comércio e Serviços: uso em empreendimentos comerciais e de prestação de


serviços (shopping center, posto de gasolina, hotel, clube, hospital etc.), para o
desenvolvimento de suas atividades incluindo o uso sanitário;

h) Doméstico: uso exclusivamente sanitário em residências, urbano ou rural;

i) Outros: uso em atividades que não se enquadram nas acima discriminadas.

5.2 Quando a captação visar a usos múltiplos da água, para fins da Portaria de
Outorga deve-se classificá-la segundo o uso que demandar maior volume diário.

6 PROCEDIMENTOS GERAIS

a) O requerente deve apresentar a documentação constante desta IT-DPO


para obtenção de concessão ou autorização de direito de uso em recursos
hídricos, para qualquer finalidade, bem como para a regularização dos usos já
existentes, nos termos da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017;

b) A documentação de que trata a alínea “ a” , deve ser protocolada nas


Diretorias de Bacia onde haverá uso, conforme as disposições desta IT-DPO, ou
por meio de outro sistema que venha a ser instituído pelo DAEE;

c) A outorga poderá ser concedida de forma coletiva para grupos de


usuários de uma determinada porção de aquífero, organizados em associações
ou cooperativas;

d) As taxas correspondentes às análises de outorga encontram-se


discriminadas no Anexo 10-H desta IT-DPO;
104

e) As entidades declaradas de utilidade pública e sem fins lucrativos, terão


as taxas cobradas pela metade de seu valor;

f) Nos casos em que houver alteração do CNPJ ou razão social do usuário


outorgado, sem que haja aumento de vazões, alteração de finalidade do uso da
água ou quaisquer outras condições técnicas da outorga em vigor, o usuário
deve oficializar solicitação de retificação da outorga, ao DAEE, por meio do
Anexo 10-E desta IT-DPO. Caso as alterações em questão sejam decorrentes
de procedimentos de compra e venda, o novo usuário deve proceder ao pedido
de transferência da outorga, por meio do Anexo 10-G desta IT-DPO.

g) O requerente poderá desistir da solicitação, mediante comunicação ao


DAEE, cuja Diretoria de Bacia, onde haveria uso, providenciará o indeferimento.
Nos casos de regularização, a desistência implicará a imediata desativação dos
usos e interferências existentes, exceto quando o requerente não for o
proprietário do imóvel, conforme o item 10 desta IT-DPO;

h) O projeto e a construção do poço tubular devem atender às normas


técnicas brasileiras, fazendo-se necessário o projeto construtivo do poço, o seu
relatório técnico final (incluindo os perfis litológico e construtivo) e os ensaios de
vazão e de recuperação. Esses documentos devem ter como responsável
técnico um profissional, uma empresa ou uma instituição habilitada para a sua
execução, obrigando-se o usuário a manter em seu poder, durante a vigência da
outorga, o respectivo documento de responsabilidade técnica, bem como toda
documentação produzida, apresentando ao DAEE durante fiscalizações ou
quando solicitado;

i) Na ausência das informações previstas no item anterior, o DAEE, quando


da realização de avaliações de interferências ou para ações de fiscalização,
poderá solicitar ao usuário o resultado de uma perfilagem ótica para verificação
da coluna de revestimento do poço e das variações litológicas que possibilitem a
correlação com poços vizinhos;
105

j) O DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir documentação


complementar àquela estabelecida na presente IT-DPO, por ocasião de vistoria
ou de fiscalização;

k) No caso de projetos menos complexos, o DAEE poderá, também a seu


critério, dispensar algumas das exigências desta IT-DPO;

l) O DAEE reserva-se ao direito de acompanhar qualquer das etapas da


construção de poços, incluindo a execução dos ensaios de vazão (testes de
bombeamento);

m) O usuário deve obter o Parecer Técnico da Companhia Ambiental do


Estado de São Paulo – CETESB, referente à qualidade ambiental e mantê-lo em
seu poder durante a validade da outorga, para os casos em que houver
contaminação do solo e das águas subterrâneas, já declarada pela CETESB,
em um raio de 500 metros a partir do ponto de perfuração do poço;

n) Nos casos de Solução Alternativa Coletiva do Tipo II (distribuição de água


por caminhões) o requerente/usuário deve possuir um CNPJ condizente com
essa atividade e requerer uma manifestação do poder público municipal
(Certidão de Uso do Solo), quanto à compatibilidade da atividade do
empreendimento com o zoneamento do município, conforme dispõe a
Resolução Conjunta SMA/SERHS/SES nº 3, de 21/06/2006 e suas atualizações;

o) O usuário deve obter, e manter em seu poder durante a validade da


outorga, a Licença Sanitária referente à Solução Alternativa Coletiva de
Abastecimento dos Tipos I e II, a ser emitida pela Vigilância Sanitária, conforme
dispõe Resolução Conjunta SMA/SERHS/SES nº 3, de 21/06/2006 e suas
atualizações;

p) Estando o poço localizado em área requerida, ou com alvará, para


pesquisa mineral, ou com requerimento de lavra, a outorga de direito de uso de
106

recursos hídricos subterrâneos, a ser emitida, poderá ser revista ou revogada, a


pedido do DNPM, se após a publicação da Portaria de Lavra a operação do
poço interferir na exploração de bens minerais;

q) Caso o poço se encontre em área com Portaria de Lavra, o DAEE, por


meio de ofício do Diretor da Bacia correspondente ao local do uso, consultará o
DNPM sobre possível interferência na exploração de bens minerais, como pré-
requisito para emissão dos atos da Outorga de Direito de Uso de recursos
hídricos subterrâneos;

r) No caso de possíveis interferências, a emissão de outorga de direito de


uso poderá ser precedida, quando couber, de exigência do DAEE, ao usuário,
da realização de testes de interferência entre poços; sendo que a outorga
poderá, ainda, ser emitida com condicionantes quanto à vazão e ao período de
explotação;

s) Exceto para os poços escavados enquadrados na Portaria DAEE nº


1.631, de 30 de maio de 2017, todos os sistemas de captação subterrânea
devem ser dotados de hidrômetro, de acordo com normas do DAEE. As
outorgas de novas captações estabelecerão prazo para a instalação dos
dispositivos acima mencionados e a regularização de captações existentes
exigirá a comprovação de suas instalações, antes da emissão da outorga.

t) Exclusivamente para poços tubulares, todos os sistemas de captação


devem ser dotados de dispositivo para medição de nível d’ água, torneira para coleta
da água bruta e laje de proteção sanitária conforme orientações constantes nesta
IT-DPO;

u) O usuário deve efetuar as leituras do hidrômetro e de medição de nível e


declará-las periodicamente, de acordo com regulamentação específica do
DAEE, mantendo os registros em seu poder, para apresentação quando
solicitado.
107

v) O período máximo de bombeamento para poços tubulares será de 20


horas diárias, sendo que, em casos excepcionais, poderá ser reduzido com
base na sua capacidade de recuperação, de forma que o poço permaneça
inoperante até atingir, ao menos, 80% da recuperação do nível para que,
posteriormente, se inicie um novo ciclo de bombeamento. Essa determinação
visa à preservação, conservação e manutenção do equilíbrio hidrodinâmico das
águas subterrâneas.

w) Para os poços tubulares, escavados (cacimba/cisterna) e ponteiras que


captam água do lençol freático o período máximo de bombeamento diário será
de 20 horas.

6.1. LICENÇA DE EXECUÇÃO COM DIREITO DE USO

6.1.1. A Licença de Execução, inclusive para aprofundamento de poços


existentes, será requerida juntamente com a solicitação de outorga de direito de
uso do respectivo poço, após manifestação favorável quanto à implantação do
empreendimento, nos casos em que couber a emissão da Declaração sobre
Viabilidade de Implantação de Empreendimento - DVI, conforme disposições da
Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017.

6.1.2. Para a solicitação da licença de execução com direito de uso, devem ser
apresentados os seguintes documentos:

a) Requerimento (Anexo 10-A), integralmente preenchido, com os respectivos


documentos complementares;

b) Relatório de Caracterização da Captação (ReCap) contendo:

b.1 descrição sucinta das características típicas do empreendimento usuário da


água (obrigatório para indústrias e opcional para os demais usos);
108

b.2. informações sobre a demanda de água, específicas para cada captação, a


saber:

i. Para abastecimento público (incluindo condomínios residenciais): apresentar


tabela com a estimativa da demanda anual para o período da outorga solicitada,
indicando a sazonalidade, se houver, contendo a demanda de volumes médios
diários e vazões máximas instantâneas, por mês e outras informações julgadas
importantes;

ii. Para uso industrial e urbano privado: fluxograma de uso da água para as
situações inicial e futura, contemplando todos os usos, contendo a demanda de
volumes médios diários e vazões máximas instantâneas, indicando a
sazonalidade, se houver, e outras informações julgadas importantes. Obs: O
fluxograma do uso da água deve representar o balanço hídrico do
empreendimento e ser estruturado, minimamente, da seguinte forma: 1) Todas
as fontes de abastecimento (poço(s), corpo hídrico superficial, rede pública,
caminhão-pipa, etc) devem ser individualizadas com os respectivos volumes
captados (m³) diariamente; 2) A partir das captações o fluxograma deve ser
setorizado por finalidades (sanitário, industrial, irrigação, jardinagem, lazer,
consumo humano, transporte de água, etc); 3) Para cada finalidade deve ser
discriminado o volume (m³) diário a ela destinada; 4) Por último, deve ser
indicado o local do lançamento de efluentes (rede pública, corpo hídrico, fossa
séptica, etc), bem como, o volume (m³) lançado diariamente. Para estimar o
volume lançado, deve-se considerar as perdas;

iii. Para irrigação e mineração: apresentar tabela com a estimativa da demanda


anual para o período da outorga solicitada, indicando a sazonalidade, se
houver, contendo a demanda de volumes médios mensais e vazões máximas
instantâneas e outras informações julgadas importantes;

c) Descrição de sistemas alternativos de utilização da água, para situações de


emergência, ou para períodos de estiagem crítica (obrigatório para indústrias e
109

opcional para os demais usuários).

6.1.3. Relatório de Caracterização Múltiplo (ReMult), quando o requerente


possuir mais de um uso e optar por agrupá-los em um único relatório sobre os
usos múltiplos de recursos hídricos no empreendimento, que deve conter todas
as informações exigidas na alínea “ b” do item 6.1.2., para cada uso praticado e,
ainda, no item 6.1.2. e 6.1.3. da IT- DPO nº 09, caso haja usos superficiais;

6.1.4. Estão dispensados da apresentação do ReCap/ReMult, os usos:

a) Para atendimento doméstico de residências unifamiliares, em área rural


ou urbana;

b) Considerados isentos de outorga, conforme a Portaria DAEE nº 1.631, de


30 de maio de 2017, e suas atualizações;

c) Para atendimento doméstico em assentamentos rurais autorizados por


órgãos públicos fundiários (INCRA, ITESP etc.).

6.2. LICENÇA DE EXECUÇÃO E CADASTRO PARA CAPTAÇÃO DE ÁGUA


MINERAL, TERMAL, GASOSA, POTÁVEL DE MESA OU DESTINADA A FINS
BALNEÁRIOS

6.2.1. Para os empreendimentos de explotação para envase de águas


potáveis de mesa, minerais, termais, gasosas ou para fins balneários, cujos
poços não tenham sido construídos ou para aprofundamento de poços
existentes, deve ser solicitada a Licença de Execução, conforme o Anexo 10-F
desta IT-DPO, com seus documentos complementares, ficando dispensados do
requerimento da DVI.

6.2.2. Para os casos de poços já construídos com a finalidade de explotação


110

para envase de águas potáveis de mesa, minerais, termais, gasosas ou para


fins balneários, o requerente deve proceder conforme o item 11.3. desta IT-
DPO.

6.3. REGULARIZAÇÃO DE USO DOS RECURSOS HÍDRICOS


SUBTERRÂNEOS

Para requerer a regularização de usos de recursos hídricos subterrâneos


existentes, devem ser apresentados os seguintes documentos:

a) Requerimento (Anexo 10-B), integralmente preenchido, com os


respectivos documentos complementares;

b) Relatório de Caracterização da Captação (ReCap), conforme alínea “ b” do


item 6.1.2.

7 EMISSÃO DE OUTORGAS

7.1 LICENÇA DE EXECUÇÃO

Ao concluir a análise de solicitação efetuada, o DAEE emitirá, se aprová-la, a


“Licença de Execução” de obra para extração de águas subterrâneas ou se rejeitá-
la, o “ Informe de Indeferimento” .

7.2 DIREITO DE USO DOS RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS

Ao concluir a análise da solicitação, o DAEE emitirá, se aprová-la, a Portaria de“


Concessão” do direito de uso de recursos hídricos no caso de utilidade pública, ou
a Portaria de “ Autorização” para o uso de recursos hídricos nos demais casos ou
se rejeitá-la, o “ Informe de Indeferimento” .
111

8 RENOVAÇÃO DE OUTORGA

8.1 Quando pretender a renovação de outorga, não havendo alteração em


relação às condições vigentes, o interessado deve apresentar requerimento
conforme o Anexo 10- C, integralmente preenchido, com os respectivos
documentos complementares.

8.2 O uso de recursos hídricos não contemplado na portaria de outorga vigente,


será considerado novo uso, devendo o interessado proceder de acordo com o
disposto nesta IT-DPO.

9 ALTERAÇÕES TÉCNICAS E ADMINISTRATIVAS DA OUTORGA

9.1 Para requerer a ampliação do volume diário captado, em relação à outorga


de direito de uso vigente, o usuário deve proceder conforme disposições da IT-
DPO nº 08.

9.2 Para redução do volume diário captado ou para alteração de dados


administrativos do detentor das outorgas de direito de uso, o usuário deve
solicitar a retificação da Portaria de Outorga correspondente, por meio do
Anexo 10-E desta IT-DPO.

10 DESATIVAÇÃO, DESISTÊNCIA E TRANSFERÊNCIA

10.1 A desativação de usos, ocorrerá quando da revogação da outorga ou da


dispensa de outorga, seja por desistência do usuário ou por iniciativa do DAEE,
conforme previsto no Art. 30 da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017,
ou ainda, quando não houver interesse na regularização de usos existentes.

10.2 A desativação deve ser comunicada ao DAEE no prazo de 30 (trinta) dias


após a conclusão do serviço, conforme Anexo 10-D, adequadamente
112

preenchido, com os respectivos documentos complementares.

10.3 Nos casos de desistência do usuário, a desativação poderá ser temporária


ou definitiva, ou poderá ocorrer a transferência da outorga.

10.3.1 A desativação temporária se caracteriza pela inoperância de um poço


tubular, devendo ser realizada conforme os itens 14.6. e poderá perdurar pelo
prazo de até 2 anos, findo o qual o usuário deve:

a) Solicitar a retomada dos usos dos recursos hídricos, por meio da obtenção
da outorga ou declaração de dispensa de outorga; ou

b) Comunicar a desativação definitiva (com seu tamponamento), por meio do


Anexo 10-D desta IT-DPO; ou

c) Solicitar a prorrogação do prazo da desativação temporária, por meio de


ofício a ser encaminhado à Diretoria de Bacia correspondente, que poderá
ocorrer uma vez, por igual período.

10.3.2 . A desativação definitiva deve ser efetuada através do tamponamento de


toda a coluna perfurada, objetivando eliminar qualquer possibilidade de
penetração de poluentes no(s) aquífero(s) sobrejacente(s) e também impedir que
infiltrações superficiais entrem em contato com as águas subterrâneas. Para a
desativação definitiva, o interessado deve proceder conforme os itens 14.6. ou
14.8.

10.3.3 A desativação mencionada no item 10.3. será dispensada no caso da


existência de um novo interessado no uso, devidamente indicado por meio do
Anexo 10-D desta IT-DPO.

10.3.4 O novo interessado no uso, mencionado no item anterior, deve requerer


a transferência da outorga correspondente, por meio do Anexo 10-G desta IT-
113

DPO, desde que não haja alteração das características técnicas do uso, sendo
que se houver alteração deve ser requerida nova outorga.

10.3.5 A validade da outorga transferida será coincidente à da portaria original.


Caso o novo interessado deseje prazo de validade superior a esse, deverá
requerer a respectiva outorga, nos termos da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de
maio de 2017.

10.3.6 O prazo para o novo interessado requerer a transferência da outorga, ou


nova outorga, é de 30 dias após a data do protocolo da declaração da
desistência do detentor da outorga original, sendo que, não cumprido esse
prazo o usuário fica obrigado a promover a desativação do uso.

10.4. No caso de poços sem outorga ou dispensa de outorga, nos quais não
haja interesse de regularização, ou nos casos de revogação de portaria de
outorga por iniciativa do DAEE, o interessado deve providenciar a desativação
definitiva, prevista no item 10.3.2., e apresentar o Anexo 10-D, adequadamente
preenchido, com os respectivos documentos complementares.

10.5. Os poços sem outorga ou dispensa de outorga poderão ser desativados


temporariamente, conforme o item 10.3.1. e apresentar o Anexo 10-D,
adequadamente preenchido, com os respectivos documentos complementares.

11 USOS DISPENSADOS DE OUTORGA

11.1 Para a obtenção da Declaração de Dispensa de Outorga, o requerente


deve atender ao disposto na Portaria DAEE nº 1.631, de 30 de maio de 2017 e
suas atualizações.

11.2 Estão dispensados da obtenção da Licença de Execução:

a) poços escavados (cacimbas ou cisternas) e poços tipo ponteira;


b) poços para monitoramento de aquífero;
114

c) poços com a finalidade de rebaixamento do lençol freático, desde que


não haja aproveitamento da água decorrente dessa operação;
d) poços com a finalidade de compor sistemas de remediação, desde que
não haja a intenção futura de utilização dos recursos hídricos
subterrâneos captados por esses sistemas, a serem implantados em
área contaminada;
e) poços já construídos, exceto nos casos onde haja necessidade de
aprofundamento.

11.3 Os empreendimentos de explotação para envase de águas potáveis de


mesa, minerais, termais, gasosas ou para fins balneários, que já tenham Portaria
de Lavra emitida pelo Ministério de Minas e Energia, cujos poços já estejam
construídos, ficam sujeitos apenas ao cadastramento junto ao DAEE para fins de
gerenciamento de recursos hídricos, por meio do Anexo 10-F desta IT-DPO.

12. USO PROVENIENTE DE POÇOS DESTINADOS AO REBAIXAMENTO


DO LENÇOL FREÁTICO

A utilização de água proveniente de poços de rebaixamento do lençol freático em


edificações e obras de construção civil está sujeita a outorga de direito de uso ou a
dispensa de outorga, conforme Portaria DAEE nº 1.634, de 30 de maio de 2017, e
suas atualizações.

13. USO PROVENIENTE DE PROCESSOS DE REMEDIAÇÃO EM ÁREAS


CONTAMINADAS

A utilização de recursos hídricos subterrâneos, captados por sistemas de


remediação implantados em áreas contaminadas está sujeita a outorga de direito
de uso ou a dispensa de outorga, conforme Portaria DAEE nº 1.635, de 30 de maio
de 2017, e suas atualizações.
115

14. ORIENTAÇÕES SOBRE A ELABORAÇÃO DE ESTUDOS, PROJETOS,


ANÁLISES DE ÁGUA, CONSTRUÇÃO, DESATIVAÇÃO E OPERAÇÃO DE
POÇOS

14.1- PROTEÇÃO SANITÁRIA DO POÇO TUBULAR PROFUNDO

14.1.1- Todo poço deve ter selo de proteção sanitária, situado ao longo de todo
espaço anular entre o tubo de revestimento e a parede de perfuração para evitar a
contaminação do aquífero, com espessura mínima de 75 mm (3 polegadas),
observando os seguintes procedimentos:
116

a) O processo de selamento de qualquer espaço anular deve ser feito numa


operação contínua.
b) O material utilizado na cimentação, em situações normais, deve ser
constituído de calda de cimento.
c) A profundidade a ser cimentada deve ser de, no mínimo, 20,00 m em
situações normais ou, quando não possível, assentada em rocha sã ou zona
impermeável.
d) Em áreas com constatação de contaminação por nitrato ou áreas já
declaradas de restrição de controle de uso de águas subterrâneas no
Sistema Aquífero Bauru, a profundidade mínima de cimentação do poço será
de 36,00 m, independentemente do aquífero produtor.
e) Nenhum serviço poderá ser efetuado no poço durante as 48 horas seguintes
à cimentação, a não ser que se utilize produto químico para aceleração da
cura, conforme o estabelecido pelas Normas ABNT NBR 12212/2006 e
12244/2006, ou aquelas que as sucederem.
f) Em situações diferenciadas, a profundidade a ser cimentada deve ser
adequada às condições do local.

14.1.2. Concluídos todos os serviços de perfuração e ensaios de bombeamento, o


poço deve conter:

a) Lacre com chapa soldada, tampa rosqueável com cadeado ou outro


dispositivo de segurança, até a instalação do equipamento de bombeamento;
b) Laje de proteção, de concreto armado, fundida no local, envolvendo o tubo
de revestimento. A laje de proteção deve ter declividade do centro para a
borda, espessura mínima de 0,10 m e área mínima de 1,00 m², com a coluna
de revestimento saliente no mínimo 0,50 m sobre a laje, centrada na mesma.
Abaixo, seguem alguns casos específicos:

i) Em poços cuja finalidade do uso da água seja abastecimento público ou


solução alternativa coletiva de abastecimento de água do tipo I e II, ou uso sanitário
em área rural, a laje de proteção citada no item b, desta Instrução Técnica, deve ter
espessura mínima de 0,15 m e área mínima de 3,00 m²;
117

ii) No caso de poços localizados em áreas de restrição de uso estabelecidas


pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CRH, nos termos do Artigo 21 do
Decreto Estadual nº 32.955/91, a dimensão da laje de proteção deve observar o
disposto no § 2º do Artigo 24 do referido Decreto, ou seja, deve ter área não inferior
a 3,00 m², ou o que determinar a Deliberação do CRH.

14.1.3 Para poços abrigados em subsuperfície, poderão permanecer nessa


condição desde que:

a) possuam a caixa embutida totalmente cimentada ou azulejada;


b) estejam protegidos com uma tampa do tipo “ caixa de sapato” , possibilitando total
vedação da caixa embutida e a sua abertura em ações dos agentes
fiscalizadores;
c) não estejam locados em área que confira ao poço risco à contaminação
externa.

14.2 ÁREAS E PERÍMETROS DE PROTEÇÃO DE POÇOS TUBULARES

14.2.1 Perímetro imediato de proteção sanitária:

a) O perímetro imediato de proteção sanitária deve ser aplicado a todos os


poços, exceto os poços escavados (cacimba/cisterna), de monitoramento e
remediação, para a prevenção de contaminação das águas subterrâneas e
para manter as condições de segurança do local e a disponibilidade de
espaço para a instalação de equipamentos de bombeamento e operações de
manutenção.

b) O perímetro imediato de proteção sanitária deve envolver no mínimo a área


da laje de proteção (ou seja, 1,00 m²), cercado e protegido com alambrado e
portão com fechamento adequado para manutenção e que impeça o acesso
de pessoas não autorizadas à área onde se localiza o poço.

c) O perímetro imediato de proteção sanitária de poços localizados em áreas


118

de restrição de uso, estabelecido pelo Conselho Estadual de Recursos


Hídricos – CRH, nos termos do Artigo 21 do Decreto Estadual nº 32.955/91,
deve observar o disposto no artigo 24.

d) Para poços cuja finalidade de uso da água seja abastecimento público,


soluções alternativas coletivas de abastecimento de água dos tipos I e II, ou
poços localizados em área rural, cuja finalidade seja uso sanitário, as
dimensões do perímetro imediato de proteção sanitária devem envolver, no
mínimo, a área da laje de proteção (ou seja, 3,00 m²).

14.2.2 Perímetro de alerta contra poluição microbiológica:

a) O perímetro de alerta contra poluição microbiológica é aplicável a poços a


serem construídos com finalidade de uso da água para abastecimento
público e corresponde à distância coaxial ao sentido de fluxo da água
subterrânea, medida a partir do ponto de captação, equivalente ao tempo de
trânsito de cinquenta dias das águas no aquífero.

b) O perímetro de alerta assume dimensões variadas, conforme a unidade


aquífera produtora, seus parâmetros hidrodinâmicos, rebaixamento do nível
d’ água, distância da captação, tempo de trânsito da água até o poço, tempo
de degradação de contaminantes, entre outras características. No interior do
perímetro de alerta devem ser observados o disciplinamento da extração da
água, o controle máximo das fontes poluidoras já implantadas e restrição a
novas atividades potencialmente poluidoras.

c) Para a delimitação do perímetro de alerta, o requerente ou o usuário deve


seguir a metodologia do trabalho intitulado “Roteiro Orientativo para
Delimitação de Área de Proteção de Poço”, elaborado pelo Instituto Geológico
da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

14.3 EXECUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS ENSAIOS DE VAZÃO E


RECUPERAÇÃO PARA POÇOS TUBULARES
119

a) Concluída a construção do poço, devem ser executados os ensaios de


vazão (rebaixamento máximo) e recuperação, conforme a Norma ABNT
NBR 12.244/2006, ou a que a suceder, para a determinação das
condições de explotação e conhecimento das características
hidrodinâmicas do aquífero. Para os poços já existentes devem ser
realizados ensaios atualizados.

b) Para poços que tenham a vazão estabilizada a partir de 20 m³/h, após a


realização dos ensaios descritos no item anterior, deve ser realizado o
teste de produção (escalonado) em 4 etapas sucessivas com vazões
progressivas em percentagens da vazão máxima (20%, 60%, 80%,
100%). Cada uma das etapas deve ter duração mínima de 1 hora, com
passagem instantânea de uma etapa para outra, sem interrupção do
bombeamento. O teste de produção (escalonado), é recomendado
apenas aos poços que captam água de aquíferos sedimentares.

c) A interpretação gráfica dos ensaios de vazão e recuperação deve ser


efetuada preferencialmente pelo Método de Jacob, indicando-se o
coeficiente de transmissividade.

d) Os ensaios de vazão devem ter como responsável técnico os


profissionais que constam da Decisão Normativa do CONFEA nº 59/97.

14.4 OPERAÇÃO DA CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA ATRAVÉS DE POÇOS


TUBULARES

a) Todas as captações de águas subterrâneas devem ser dotadas de


hidrômetro para medição de vazão e volume captado, tubo auxiliar para
medição de níveis ou algum outro dispositivo de tecnologia atualizada
que o faça com precisão, torneira para a coleta de água bruta (instalada
no cavalete do poço, após o dispositivo de medição de vazão), visando
ao monitoramento quantitativo e qualitativo dessas águas.

b) Para medição da vazão explotada na captação, o DAEE emitirá Norma


120

para regulamentação e especificação dos procedimentos de instalação e


operação de equipamentos medidores.

c) Os usuários devem manter registro do volume explotado e dos níveis


estático e dinâmico, conforme Norma a ser editada por esta autarquia,
apresentando sempre que solicitado pelo DAEE ou pelos agentes
fiscalizadores.

14.5 ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA E BACTERIOLÓGICA

14.5.1 Sugere-se que:

a) o usuário realize análises, no mínimo anuais, da potabilidade da água,


mantendo-as em seu poder para apresentação, quando solicitado
pelos órgãos competentes;

b) os laudos das análises físico-química e bacteriológica da água bruta,


contemplem todos os parâmetros acreditados pelo Instituto Nacional
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, conforme os
requisitos especificados na Norma NBR ISO/IEC 17025:2005 ou outra
que venha substituí-la;

c) a amostragem seja da água bruta (sem que haja qualquer tipo de


tratamento e, necessariamente, antes da sua chegada ao
reservatório/caixa d'água), coletada diretamente da torneira instalada
para essa finalidade;

d) a amostra seja coletada por um profissional do próprio laboratório


responsável pela análise ou alguém por ele credenciado;

e) a análise contenha a assinatura original do profissional responsável


pelo laudo ou possuir a chave de validação que comprove a sua
autenticidade;
121

f) a coleta da água seja realizada após a limpeza e desinfecção do poço


e, também, após algumas horas de bombeamento, uma vez que o
comprometimento da qualidade da água pode estar associado a falta
de manutenção;
g) caso exista algum parâmetro fora do padrão de potabilidade, seja
realizada nova análise da água (contraprova) apenas para esse(s)
elemento(s).

14.5.2 Sugere-se que sejam observados os seguintes critérios:

a) realizar o laudo analítico da água do poço de acordo com os parâmetros


constantes dos anexos I, VII, X (sem os parâmetros referentes a
desinfetantes e produtos secundários da desinfecção), mais o parâmetro
pH, da Portaria MS 2914, de 14/12/2011, ou a que suceder, para os
seguintes casos:

i) poços localizados em área urbana, exceto aqueles destinados ao


atendimento doméstico de residências unifamiliares;

ii) poços em empreendimentos industriais, agroindustriais, loteamentos,


mineração, postos e unidades retalhistas de combustíveis, hotéis, clubes
de recreação e lazer localizados em área rural.

b) No caso de usos dos recursos hídricos subterrâneos em residências


unifamiliares em área urbana ou rural, em assentamentos rurais
autorizados por órgãos públicos fundiários (INCRA, ITESP etc.) e ainda,
usos considerados de baixo impacto nos recursos hídricos, em área rural,
observando as diretrizes dos Planos de Bacias, analisar os seguintes
parâmetros: cor aparente; turbidez; pH; dureza total; amônia; nitrito;
nitrato; fluoreto; ferro; cloretos; escherichia coli, nos padrões da Portaria
MS 2914, de 14/12/2011, ou a que a suceder.

c) Para empreendimentos que possuam em suas instalações depósito de


122

armazenamento de substâncias do grupo BTEX (gasolina) ou oficinas de


manutenção de equipamentos que utilizem óleo diesel, incluir na análise
os seguintes parâmetros: benzeno; tolueno; etilbenzeno; xileno; benzo (a)
pireno.

d) Para os casos em que houver fontes pontuais com potencial de


contaminação do solo e das águas subterrâneas já declaradas
contaminadas pela CETESB em um raio de 500 metros a partir do ponto
de perfuração do poço, realizar a análise, também, dos parâmetros
contaminantes identificados pelo órgão ambiental.

14.6 PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS PARA OS POÇOS


TUBULARES INOPERANTES

14.6.1 Os poços inoperantes devem ser desativados definitivamente


(tamponamento) ou lacrados, no caso da desativação ser temporária. Os dois
procedimentos devem ser precedidos da desinfecção realizada conforme a
Norma NBR 12.244/2006, ou a que a suceder, para evitar a poluição dos
aquíferos ou consequências adversas decorrentes de acidentes, observando-se
que:

a) Os poços temporariamente desativados devem ter seus equipamentos de


bombeamento retirados, passar por uma desinfecção e, em seguida,
devidamente lacrados com chapa de aço soldada ou tampa rosqueável
com cadeados.

b) Os poços desativados definitivamente devem ser tamponados como


segue:

i. Perfurados em aquíferos friáveis (porosos), próximo à superfície: devem ser


preenchidos com material impermeável e não poluente, como argila, argamassa ou
pasta de cimento, para evitar a penetração de água da superfície no interior do
poço ou ao longo da parte externa do revestimento.
123

ii. Perfurados em aquíferos de rochas fraturadas: devem ser tamponados com pasta
ou argamassa de cimento, colocada a partir da primeira entrada de água até a
superfície, com espessura nunca inferior a 20,00 m, sendo que a parte inferior deve
ser preenchida com pedra britada, seguida de desinfecção com solução de
hipoclorito de sódio ou de cálcio.

iii. Os poços que captam água de aquífero confinado: devem ser tamponados com
pasta de cimento, injetada sob pressão a partir do topo do aquífero. A
explotação de dois ou mais aquíferos distintos exige selos individuais junto ao topo
de cada formação.

iv. Escavações, sondagens ou poços para pesquisa, lavra mineral ou outros fins, que
atingirem aquíferos: devem ter procedimento de tamponamento idêntico ao dos
poços definitivamente desativados.

v. Em casos especiais, envolvendo contaminação de água ou área contaminada, os


procedimentos previstos nos subitens anteriores poderão ser diferenciados.

vi. O procedimento de tamponamento deve ser acompanhado por um responsável


técnico, com o recolhimento da ART sobre o serviço executado.

14.6.2 Para o tamponamento de poços cuja água esteja contaminada ou os


poços localizados em áreas de restrição de uso de água subterrânea, o usuário
deve consultar a CETESB sobre a necessidade de manter o poço desativado
temporariamente, para monitoramento. Caso a resposta seja negativa, o usuário
deve proceder ao tamponamento. O projeto deve impedir a circulação de águas
subterrâneas entre os diversos aquíferos ou captações de poço, através da
completa cimentação do poço.

14.7 POÇOS ESCAVADOS (CACIMBAS E CISTERNAS) E PONTEIRAS

14.7.1 Os poços escavados (cacimbas ou cisternas) devem ser construídos e


instalados conforme segue:
124

a) a parede acima do nível da água deve ser revestida com alvenaria ou


anéis de concreto, com extremidade situada a pelo menos 0,50 m acima
de laje de proteção do poço, no nível do terreno;
b) a parede deve ser circundada pela laje de proteção, de concreto, circular
com no mínimo de 1,00 m de largura e espessura interna de 0,15 m e
externa (borda) de 0,10 m;
c) a tampa deve ser feita em concreto, composta preferencialmente de duas
partes semicirculares, que proporcionem boa vedação. Deve ainda contar
com orifícios de diâmetros adequados à instalação das tubulações da
bomba;
d) caso seja objeto de outorga de direito de uso de águas subterrâneas, o
poço deve ser dotado de hidrômetro (ou outro dispositivo de igual
finalidade e tecnologia atualizada);
e) para possibilitar a coleta da água bruta, recomenda-se que seja instalada
uma torneira que, caso exista hidrômetro instalado, deve ser colocada
após esse dispositivo.

14.7.2 Os poços escavados (cacimbas ou cisternas) e ponteiras devem ser


construídos em nível mais alto do terreno e a uma distância superior a 30,00
metros em relação a fossas sépticas, para evitar a contaminação das águas
subterrâneas.

14.7.3 Os poços do tipo ponteira devem possuir a laje de proteção e o perímetro


imediato de proteção sanitária, conforme itens 14.1 e 14.2 desta IT DPO.

14.7.4 O usuário deve considerar nas análises pertinentes a distância e a


localização (montante ou jusante) de fontes de poluição, como:

• fossa comum;
• conduto de esgoto;
• chiqueiro / pocilga;
• plantação com uso de agrotóxico ou fertilizante;
125

• lixões;
• cemitérios;
• tanques de armazenamento de combustíveis;
• outras fontes de poluição.

14.8. PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS PARA OS POÇOS


ESCAVADOS E PONTEIRAS INOPERANTES

Poços escavados (cacimbas ou cisternas) e ponteiras, desativados definitivamente,


após desinfecção com hipoclorito, devem ser tamponados com material
impermeável e não poluente, como argila, argamassa ou pasta de cimento, para
evitar a penetração de água da superfície no interior do poço, ou ao longo da parte
externa do revestimento.

15 DISPOSIÇÕES FINAIS

15.2 Esta IT-DPO revoga a IT-DPO n° 06, atualizada em 14/12/2015.

15.3 Esta IT-DPO entra em vigor a partir de 1° de julho de 2017.


126

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-A

Requerimento de Licença de Execução de Poço Tubular e de Direito de Uso para


Captação de Água Subterrânea

Senhor (a) Superintendente do DAEE:

Eu, , requerente (ou representante


legal do requerente abaixo descrito), ao final qualificado, pretendendo a captação
de água subterrânea realizada por meio de poço tubular, venho requerer:

Licença de Execução com o respectivo direito de uso para poço tubular

Licença de Execução com o respectivo direito de uso para poço de

Licença de Execução para poço de remediação de áreas contaminadas

Licença de Execução para aprofundamento de poço existente

(Assinale com “ X” a alternativa desejada)

DADOS DO REQUERENTE

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ (unidade local):
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio
eletrônico (e-mail):

6. DADOS DO POÇO TUBULAR

1. Endereço:
2. Bairro/Distrito:
3. Município:
4. Nome da Propriedade:
127

5. Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos):


6. Finalidade:
7. Profundidade (para aprofundamento, indicar a final):
8. Aquífero a ser explotado:
9. Volume diário médio anual: m³;
10. Volume diário máximo: m³; Período diário de captação (máximo 20
h/dia):
h/dia;
11. Vazão máxima instantânea: m³/h;
12. Preencher o quadro abaixo se houver sazonalidade na captação da água:

Volume diário Uso diário máximo Vazão máxima


Período
médio Volume Período de captação instantânea
(meses)
m³ m³ h/dia m³/h

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir


documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de fiscalização, os quais
serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena de
indeferimento deste requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal:

1) Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais


quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir as
suas disposições, destacadamente as Resoluções Conjuntas SSRH/SMA nº
01 e nº 03, e suas atualizações, bem como as obrigações discriminadas na
Seção I, do Capítulo IV da Portaria DAEE nº 1.630 de 30 de maio de 2017;

2) Que todos os estudos, projetos relacionados com a captação de água


subterrânea, objeto deste requerimento, são de responsabilidade técnica de
128

profissional habilitado, e que a perfuração do poço ocorrerá sob


responsabilidade de empresa devidamente habilitada para essa atividade,
que atenderá as exigências, as normas brasileiras e recomendações do
DAEE, sendo que os documentos correlatos, destacadamente os abaixo
relacionados, estarão à disposição do DAEE, durante fiscalização, ou quando
solicitados:

a) Documento de responsabilidade técnica referente à execução da obra,


necessariamente, de empresa devidamente habilitada para o exercício de serviços
de planejamento, pesquisa, locação, perfuração, limpeza e manutenção de poços
tubulares para a captação de água subterrânea;
b) Relatório Técnico Final do poço tubular, contemplando os seus perfis
litológico e construtivo;
c) Ensaios de vazão (rebaixamento máximo e recuperação);

3) Estar ciente de que no caso do não cumprimento das disposições constantes


das alíneas “ a” e “ b” do item 2, o DAEE poderá, por ocasião de fiscalização ou da
necessidade de avaliações de interferências, solicitar a filmagem do poço
(perfilagem, ótica ou elétrica) ou seu tamponamento;

4) Estar ciente de que se houver rede pública de abastecimento de água no


local do empreendimento, a instalação hidráulica predial a ela conectada,
não poderá ser alimentada por outras fontes. Entende-se como instalação
hidráulica predial a rede ou tubulação de água que vai da ligação de água da
prestadora até o reservatório de água do usuário;

5) Que não se trata de explotação do Aquífero Guarani, como águas termais,


para fins de uso em recreação, nos termos do artigo 25, do Decreto-Lei nº
7.841 de 08/08/1945 (Código de Águas Minerais);
6) Instalar, manter e operar estações e equipamentos hidrométricos,
encaminhando os dados, de vazão, volume e nível, observados e medidos,
na forma preconizada nas normas de procedimentos estabelecidas pelo
DAEE;
7) Que é meu encargo obter as devidas permissões e autorizações do(s)
129

proprietário(s) da(s) área(s) de implantação do uso requerido;


8) Que a execução e a operação do poço atenderá às orientações da IT-DPO
n.º 10, destacadamente quanto ao item 14, no que couber;
9) Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por
meio do endereço de correio eletrônico informado acima;
10) Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam
integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento.

, de de

_________________________________
_______________
(Assinatura)
Nome proprietário/representante legal:
CPF:
Telefone de contato: (_____) ___________-_________
Endereço de correio eletrônico para contato:
130

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-B

Requerimento de Outorga de Direito de Uso para


Captação de Água Subterrânea

Senhor (a) Superintendente do DAEE:

Eu, , requerente (ou representante


legal do requerente abaixo descrito), ao final qualificado, venho requerer: a
Vossa Senhoria a outorga de direito de uso de recursos hídricos, cujas
informações são descritas a seguir:

DADOS DO REQUERENTE

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ (unidade local):
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

DADOS DO POÇO

1. Tipo de poço (tubular existente, rebaixamento de lençol existente,


remediação existente, ou escavado):
2. Endereço:
3. Bairro/Distrito:
4. Município:
5. Nome da Propriedade:
6. Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos):
7. Finalidade:
8. Profundidade:
131

9. Aquífero explotado:
10. Volume diário médio anual: m³;
11. Volume diário máximo: m³; Período diário de captação (máximo
20 h/dia): h/dia;
12. Vazão máxima instantânea: m³/h;
13. Preencher o quadro abaixo se houver sazonalidade na captação da água:

Volume diário Uso diário máximo Vazão máxima


Período
médio Volume Período de instantânea
(meses)
m³ m³ h/dia m³/h

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou


exigir documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de
fiscalização, os quais serão fornecidos no prazo e nas condições
estabelecidos pelo DAEE, sob pena de indeferimento deste
requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização


administrativa, civil e penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos,


tanto federais quanto estaduais, e suas regulamentações,
comprometendo-me a cumprir as suas disposições,
destacadamente as obrigações discriminadas na Seção I, do
Capítulo IV da Portaria DAEE n° 1.630 de 30 de maio de 2017.

2. Que todos os estudos, projetos relacionados com a captação


de água subterrânea, objeto deste requerimento, são de
responsabilidade técnica de profissional habilitado, sendo que
os documentos correlatos, destacadamente os abaixo
relacionados, estarão à disposição do DAEE, durante
fiscalização, ou quando solicitados:

a) Documento de responsabilidade técnica referente à


132

execução da obra, necessariamente, de empresa


devidamente habilitada para o exercício de serviços de
planejamento, pesquisa, locação, perfuração, limpeza e
manutenção de poços tubulares para a captação de
água subterrânea;
b) Relatório Técnico Final do poço tubular, contemplando
os seus perfis litológico e construtivo;
c) Ensaios de vazão (rebaixamento máximo e
recuperação).

3. Estar ciente de que no caso do não cumprimento das disposições


constantes das alíneas “ a” e “ b” do item 2, o DAEE poderá, por
ocasião de fiscalização ou da necessidade de avaliações de
interferências, solicitar a filmagem do poço (perfilagem, ótica ou
elétrica) ou seu tamponamento;

4. Estar ciente de que se houver rede pública de abastecimento de água no


local do empreendimento, a instalação hidráulica predial a ela conectada,
não poderá ser alimentada por outras fontes. Entende-se como
instalação hidráulica predial a rede ou tubulação de água que vai da
ligação de água da prestadora até o reservatório de água do usuário;

5. Que não se trata de explotação do Aquífero Guarani, como águas


termais, para fins de uso em recreação, nos termos do artigo 25, do
Decreto-Lei nº 7.841 de 08/08/1945 (Código de Águas Minerais);

6. O compromisso de manter e operar estações e equipamentos


hidrométricos, encaminhando os dados, de vazão, volume e nível,
observados e medidos, na forma preconizada nas normas de
procedimentos estabelecidas pelo DAEE;

7. Que é meu encargo obter as devidas permissões e autorizações do(s)


133

proprietário(s) da(s) área(s) de implantação do(s) uso(s) requerido(s);

8. Que a execução e a operação do poço atendem às orientações da IT-


DPO n.º 10, destacadamente quanto ao item 14, no que couber;

9. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por


meio do endereço de correio eletrônico informado acima;

10. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam


integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento.

, de de

_________________________________
(Assinatura)
Nome proprietário/representante legal:
CPF:
Telefone de contato: (_____) __________-_____________
Endereço de correio eletrônico para contato:
134

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-C

Requerimento de Renovação de Outorga de Direito de Uso para


Captação de Água Subterrânea

Senhor (a) Superintendente do DAEE

Eu, , usuário (ou representante


legal do usuário abaixo descrito), ao final qualificado, venho requerer a
Vossa Senhoria a
renovação da outorga concedida pela Portaria DAEE nº / de
/ / , (reti-ratificada em _/ / , se houver), cujas
disposições foram integralmente atendidas, visando à permanência do(s)
uso(s), abaixo discriminados, nas mesmas condições inicialmente outorgadas:

DADOS DO USUÁRIO

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ (unidade local):
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico
(e-mail): DISCRIMINAÇÃO DO(S)
USO(S)
6. USO Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos)
(Identificação do Poço) Latitude Longitude

Obs.: Usos ou interferências com prazo expirado, constantes da Portaria em epígrafe, deverão ser
desativados, ou regularizados, conforme regulamentações específicas do DAEE.
135

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir


documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de fiscalização, os
quais serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE,
sob pena de indeferimento deste requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto


federais quanto estaduais, e suas regulamentações,
comprometendo-me a cumprir as suas disposições,
destacadamente as obrigações discriminadas na Seção I, do
Capítulo IV da Portaria DAEE n° 1.630 de 30 de maio de 2017;

2. Que os dados e informações, bem como os compromissos assumidos


quando da solicitação da outorga constante da portaria acima referida
permanecem inalterados;

3. Que todos os estudos, projetos e obras relacionados com o(s) uso(s),


objeto deste requerimento, são de responsabilidade técnica de
profissional habilitado, sendo que os documentos correlatos estarão à
disposição do DAEE, durante fiscalização, ou quando solicitados;
4. O compromisso de manter e operar estações e equipamentos
hidrométricos, encaminhando os dados, de vazão, volume e nível,
observados e medidos, na forma preconizada nas normas de
procedimentos estabelecidas pelo DAEE;

5. Estar em dia com as declarações dos registros de medição, conforme


normas do DAEE;

6. Que é meu encargo obter as devidas permissões e autorizações do(s)


proprietário(s) da(s) área(s) de implantação do uso requerido;
136

7. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por


meio do endereço do correio eletrônico informado acima;

8. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e


contemplam integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento,

, de de

(Assinatura)
Nome proprietário/representante legal: CPF:
Telefone de contato: ( ) -
Endereço de correio eletrônico para contato:
137

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-D

Declaração de Desistência de Captação de Água Subterrânea

Senhor (a) Superintendente do DAEE:

Eu, , usuário (ou representante


legal do usuário abaixo descrito), ao final qualificado, declaro a desistência
do(s) uso(s) de recursos hídricos abaixo discriminado(s).

DADOS DO USUÁRIO

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ (unidade local):
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

DISCRIMINAÇÃO DO(S) USO(S):

COORDENADAS GEOGRÁFICAS
USO DESATIVAÇÃO Latitude Longitude

Caso os usos acima discriminados tenham sido objeto de Portaria do DAEE,


informar o(s) respectivo(s) número(s):

USO NÚMERO E DATA DA PORTARIA


(Identificação
/ , de / /

/ , de / /
138

Caso exista novo interessado no(s) uso(s), informar:

Nome/Razão Social:

Identificação do(s) poço(s):

Contato disponível:

Declaro, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto


federais quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-
me a cumprir as suas disposições;

2. Que as consequências da desistência, objeto desta declaração, serão


decorrentes do disposto na Portaria DAEE n° 1.630 de 30 de maio de
2017 e seu regulamento;

3. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por


meio do endereço de correio eletrônico informado acima;
4. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e
contemplam integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento,

, de de
139

(Assinatura)
Nome proprietário/representante legal: CPF:
Telefone de contato: ( ) -
Endereço de correio eletrônico para contato:
140

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-E

Requerimento de Retificação de Dados da Portaria de Outorga para Uso


de Recursos Hídricos Subterrâneos

Senhor (a) Superintendente do DAEE:

Eu, , usuário (ou representante


legal do usuário abaixo descrito), ao final qualificado, requeiro a retificação
de dados da Portaria
DAEE nº de / / (reti-ratificada em / / , se houver),
conforme abaixo discriminado.

Alterações requeridas (informar novos dados, quando


houver):

• Alteração de CNPJ:
• Alteração de razão social:
• Redução de volumes, vazão e período:
• Volume diário médio anual: m³;
• Volume diário máximo: m³; Período diário de
captação: h/dia;
• Vazão máxima instantânea: m³/h;
• Preencher o quadro abaixo se houver
sazonalidade:

Volume diário Uso diário máximo Vazão máxima


Período
médio Volume Período de instantânea
(meses)
m³ m³ h/dia m³/h
141

Justificativa:

Declaro, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto


federais quanto estaduais, e suas regulamentações,
comprometendo-me a cumprir as suas disposições;

2. Que os demais dados e informações constantes da portaria acima


referida permanecem inalterados;
3. Possuir ata da reunião de alteração ou o contrato que viabilizou a
alteração, registrado na Junta Comercial, para o caso de requerimento
de alteração de razão social ou CNPJ;

4. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por


meio do endereço do correio eletrônico informado abaixo;
5. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e
contemplam integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento,

,_ de de

(Assinatura)
Nome proprietário/representante legal: CPF:
Telefone de contato: ( ) -
Endereço de correio eletrônico para contato:
142

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-F

Requerimento de Licença de Execução e Cadastro para Captação de


Água Subterrânea (Mineral, Termal, Gasosa, Potável de Mesa ou
destinada a fins Balneários)

Ao Departamento de Águas e Energia Elétrica:

Eu, , requerente (ou representante legal


do requerente abaixo descrito), ao final qualificado, pretendendo a captação de
água subterrânea mineral, realizada por meio de poço tubular, venho requerer:

Licença de Execução com cadastro de novo poço

Cadastro de poço existente

Licença de Execução, com cadastro, para aprofundamento de poço


Transferência da Declaração de Dispensa de Outorga nº /
, (reti-ratificada em / / , se houver),

(Assinale com “ X” a alternativa desejada)

DADOS DO REQUERENTE
143

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ (unidade local):
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

DADOS DO POÇO TUBULAR

1. Endereço:
2. Bairro/Distrito:
3. Município:
4. Nome da Propriedade:
5. Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos):
6. Finalidad
144

7. Profundidade (para aprofundamento, indicar a final):


8. Aquífero explotado:
9. Volume diário médio anual: m³;
10. Volume diário máximo: m³; Período diário de captação (máximo 20
h/dia):
h/dia;
11. Vazão máxima instantânea: m³/h;
12. Preencher o quadro abaixo se houver sazonalidade na captação da água:

Uso diário máximo


Período Volume diário Período de Vazão máxima
Volume
(meses) médio captação instantânea

m³ m³ h/ dia m³/ h

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou


exigir documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de
fiscalização, os quais serão fornecidos no prazo e nas condições
estabelecidos pelo DAEE, sob pena de indeferimento deste
requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização


administrativa, civil e penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto


federais quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-
me a cumprir as suas disposições, destacadamente as obrigações
discriminadas na Seção I, do Capítulo IV da Portaria DAEE n° 1.630 de
30 de maio de 2017, no que couber;

2. Possuir, em meu nome, a documentação necessária expedida pelo


145

Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM e pelo Ministério


de Minas e Energia;

3. Que todos os estudos, projetos relacionados com a captação


de água subterrânea, objeto deste requerimento, são de
responsabilidade técnica de profissional habilitado, sendo que
os documentos correlatos, destacadamente os abaixo
relacionados, estarão à disposição do DAEE, durante
fiscalização, ou quando solicitados:

a) Documento de responsabilidade técnica referente à


execução da obra, necessariamente, de empresa
devidamente habilitada para o exercício de serviços de
planejamento, pesquisa, locação, perfuração, limpeza
e manutenção de poços tubulares para a captação de
água subterrânea;

b) Relatório Técnico Final do poço tubular, contemplando


os seus perfis litológico e construtivo;

c) Ensaios de vazão (rebaixamento máximo e recuperação);

4. Estar ciente de que no caso do não cumprimento das


disposições constantes das alíneas “ a” e “ b” do item 3, o DAEE
poderá, por ocasião de fiscalização ou da necessidade de
avaliações de interferências, solicitar a filmagem do poço
(perfilagem, ótica ou elétrica) ou seu tamponamento;

5. Estar ciente de que se houver rede pública de abastecimento


de água no local do empreendimento, a instalação hidráulica
predial a ela conectada, não poderá ser alimentada por
outras fontes. Entende-se como instalação hidráulica predial
a rede ou tubulação de água que vai da ligação de água da
prestadora até o reservatório de água do usuário;

6. Que é meu encargo obter as devidas permissões e


autorizações do(s) proprietário(s) da(s) área(s) de
implantação do uso requerido;
146

7. Que a execução do poço atenderá às orientações da IT-DPO


n.º 10, destacadamente quanto ao item 14, no que couber;

8. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão


oficializadas por meio do endereço de correio eletrônico
informado acima;

9. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e


contemplam integralmente as exigências estabelecidas pela
legislação.

Nestes termos, p. deferimento.

__________________, _____ de _______________ de ______

_________________________________

(Assinatura)

Nome proprietário/representante legal:

CPF:

Telefone de contato: (_____) ___________-_____________

Endereço de correio eletrônico para contato:


147

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-G

Requerimento de Transferência de Outorga para Captação de Água


Subterrânea

Senhor (a) Superintendente do DAEE:

Eu, , requerente (ou


representante legal do requerente abaixo descrito), ao final qualificado,
requeiro a transferência da outorga concedida a , pela
Portaria DAEE nº de / / , (reti-ratificada em / / , se
houver), nas mesmas condições inicialmente outorgadas, referente(s) ao(s)
uso(s) abaixo discriminada(s):

DADOS DO REQUERENTE

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ (unidade local):
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

DISCRIMINAÇÃO DO(S) USO(S) A SER (EM) TRANSFERIDO(S)

USO Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos)


(Identificação do Latitude Longitude

Poço)
148

Obs.: Demais usos constantes da Portaria em epígrafe, não constantes deste


requerimento, permanecerão sob a responsabilidade do usuário detentor da outorga
original.

Declaro estar ciente de que o DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir


documentação complementar, por ocasião de vistoria ou de fiscalização, os
quais serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE,
sob pena de indeferimento deste requerimento.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto


federais quanto estaduais, e suas regulamentações,
comprometendo-me a cumprir as suas disposições,
destacadamente as obrigações discriminadas na Seção I, do
Capítulo IV da Portaria DAEEn° 1.630 de 30 de maio de 2017;

2. Que todos os estudos, projetos e obras relacionados com o objeto deste


requerimento, são de responsabilidade técnica de profissional habilitado,
sendo que os documentos correlatos, destacadamente os abaixo
relacionados, foram obtidos junto ao usuário detentor da outorga original
e estarão à disposição do DAEE, durante fiscalização, ou quando
solicitados:

a) Documento de responsabilidade técnica referente à execução da


obra, necessariamente, de empresa devidamente habilitada para
o exercício de serviços de planejamento, pesquisa, locação,
perfuração, limpeza e manutenção de poços tubulares para a
captação de água subterrânea;
b) Relatório Técnico Final do poço tubular, contemplando os seus
perfis litológico e construtivo;
149

c) Ensaios de vazão (rebaixamento máximo e recuperação).

5. Estar ciente de que no caso do não cumprimento das disposições


constantes das alíneas “ a” e “ b” do item 2, o DAEE poderá, por ocasião de
fiscalização ou da necessidade de avaliações de interferências, solicitar a
filmagem do poço (perfilagem, ótica ou elétrica) ou seu tamponamento;

6. Que manterei inalterados o(s) uso(s), objeto(s) deste requerimento;

7. Estar ciente de que se houver rede pública de abastecimento de água no


local do empreendimento, a instalação hidráulica predial a ela conectada,
não poderá ser alimentada por outras fontes. Entende-se como instalação
hidráulica predial a rede ou tubulação de água que vai da ligação de água
da prestadora até o reservatório de água do usuário;

8. Que não se trata de explotação do Aquífero Guarani, como águas termais,


para fins de uso em recreação, nos termos do artigo 25, do Decreto-Lei nº
7.841 de 08/08/1945 (Código de Águas Minerais);

9. O compromisso de manter e operar estações e equipamentos


hidrométricos, encaminhando os dados observados e medidos, na forma
preconizada nas normas de procedimentos estabelecidas pelo DAEE;

10. Que é meu encargo obter as devidas permissões e autorizações do(s)


proprietário(s) da(s) área(s) de implantação do(s) uso(s) requerido(s);

11. Que a execução e a operação do poço atendem às orientações da IT-


DPO n.º 10, destacadamente quanto ao item 14, no que couber;

12. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por


meio do endereço do correio eletrônico informado acima;

13. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e


contemplam integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.
150

Nestes termos, p. deferimento,

, de de

(Assinatura)
Nome proprietário/representante legal: CPF:
Telefone de contato: ( ) -
Endereço de correio eletrônico para contato:

Documentos complementares que acompanham este requerimento:


Comprovante de recolhimento da taxa de análise.
151

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-H

TABELA DE TAXAS PARA ANÁLISE E EXPEDIÇÃO DE OUTORGAS

1) Captações de águas subterrâneas UFESP

1) uso industrial 20
2) uso urbano (abastecimento público) 20
3) uso em loteamento, conjunto habitacional e 20
4) uso em irrigação, por um agricultor 10
5) uso em irrigação por empresas, cooperativas, associações e outros 20
6) uso 5
7) uso em 10
mineração.......................................................................................................
9) outros 5
2) Cadastros, retificações, desistências e transferências 1

3) Renovações de outorga 2

4) Segunda via de outorga 1

Obs: Nos casos de licença de execução com outorga de direito de uso será
cobrada somente a taxa referente à outorga. Nos casos de licença de execução
com cadastro será cobrada somente a taxa referente ao cadastro.

Fonte: http://www.daee.sp.gov.br/images/documentos/outorgaefiscalizacao/it_dpo10
_captsubterranea.pdf
152

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 11, DE 30/05/2017

1. OBJETIVO

Esta Instrução Técnica tem por objetivo oferecer orientações básicas


quanto a critérios e parâmetros para elaboração de estudos hidrológicos e
hidráulicos relativos a interferências nos recursos hídricos superficiais de
domínio do Estado de São Paulo, ou seja, projetos de obras a serem
instaladas, ou de verificação de obras existentes, sejam elas canalizações,
travessias ou barramentos de corpos d’água.
Estabelece, ainda, a título orientativo, o conteúdo mínimo para a
elaboração dos estudos acima mencionados para subsidiar o fornecimento de
informações requeridas para a obtenção de outorga ou de dispensa de outorga
para interferências em recursos hídricos.

2. CRITÉRIOS PARA PROJETOS DE OBRAS HIDRÁULICAS

2.1. ESTUDOS HIDROLÓGICOS PARA A DETERMINAÇÃO DA VAZÃO


MÁXIMA DE PROJETO

2.1.1. Metodologia

Nos casos em que a área da bacia de contribuição for inferior ou


igual a 2 km², recomenda-se utilizar o Método Racional.

2.1.2. Período de Retorno


Na adoção de período de retorno para determinação da vazão máxima
de projeto, recomenda-se respeitar os valores mínimos discriminados nas tabelas 1
e 2.
153

Tabela 1. Valores mínimos de período de retorno (TR) para projetos de


canalizações e travessias

Localização TR (anos)
Zona rural 25*
Zona urbana ou de expansão 100
* Em projetos de canalizações ou de travessias de maior importância ou porte,
independentemente de sua localização, recomenda ser adotado o mínimo de
100 anos para o período de retorno.

Tabela 2. Valores mínimos de período de retorno (TR) para projetos de


barramentos

TR (anos)
Região de influência a jusante
Maior altura do Sem risco Com risco
barramento H (m) para habitações para habitações
ou pessoas ou pessoas

H 5 100 500
5 < H 10 500 1.00
H > 10 1.000 10.000

2.1.3 Escoamento superficial direto


Coeficientes e parâmetros que exprimam a maior ou menor produção de
escoamento superficial direto, devem ser avaliados para o estado atual da bacia
de contribuição.
Na determinação da vazão máxima de projeto, sugere-se que esses
coeficientes ou parâmetros sejam corrigidos para uma condição futura, de acordo
com projeções da evolução dos usos e ocupação dos solos da bacia, observados
os valores mínimos da Tabela 3.
154

Tabela 3. Valores mínimos para coeficiente de escoamento superficial e


número da curva.

Coeficiente / Parâmetro Valor


Coeficiente de Escoamento Superficial Direto (C; C2) 0,25
Número da Curva (CN) 60

Onde: (C) –Utilizado no método Racional

2.1.4 Tempo de concentração


Para tempo de concentração (tC), recomenda-se não utilizar valores
superiores aos determinados pela fórmula descrita no Quadro 1.

Quadro 1. Fórmula para cálculo do tempo de concentração (tC)

Onde: tC = tempo de concentração (min) L =


comprimento do talvegue (km)

S = declividade do talvegue (m/km), média ou equivalente

2.1.5 Equações de chuvas intensas


Para determinação da intensidade da chuva de projeto, recomenda-se utilizar
equações de intensidade, duração e frequência publicadas.
As equações de chuvas intensas do DAEE se encontram disponibilizadas
no seu sítio eletrônico, acessível pelo endereço www.daee.sp.gov.br.
155

2.2. ESTUDOS HIDRÁULICOS


Para a determinação das dimensões de seções transversais de
canalizações, de estruturas extravasoras de barramentos ou de seções de
travessias, deve ser utilizada a vazão máxima de projeto, obtida em conformidade
com o disposto no item 2.1.

2.2.1. Folga sobre o dimensionamento (borda livre)

Para o dimensionamento de obras que interfiram no fluxo das águas


superficiais, visando ao escoamento da vazão máxima de projeto, recomenda-
se observar os valores mínimos de “folga sobre o dimensionamento”, expressos
na Tabela 4.

2.2.1.1. Os valores expressos na Tabela 4 têm caráter geral preventivo e são


direcionados a orientar projetos de pequenas obras, podendo, nesses casos,
substituir as verificações de borda livre;

2.2.1.2. Nos casos de canais, travessias e barramentos de maior porte, importância


ou complexidade, os valores de borda livre devem ser verificados pelo projetista.
156

2.2.2. Coeficiente de rugosidade


Para a adoção do coeficiente de rugosidade de Manning (n), utilizado na
determinação de velocidades em canais, o DAEE recomenda os valores expressos
na Tabela 5.

Tabela 5. Valores recomendados para o coeficiente de rugosidade de


Manning (n)

Tipo de superfície ou de revestimento n


Terra
Grama 0,035
Rachão
Gabião 0,028
Pedra argamassada 0,025
Aço corrugado 0,024
Concreto 0,018

Para o caso de revestimentos não previstos na Tabela 5, devem ser adotados


coeficientes recomendados em bibliografia específica.

2.2.3 Restrições de velocidade


Nos projetos de canalizações e de travessias, recomenda-se que sejam
observados os limites de velocidade expressos na Tabela 6, impostos pelos
revestimentos do trecho projetado e pelas condições e restrições do canal de
jusante.

Tabela 6. Limites superiores para velocidades em canais


157

Revestimento Velocidade Máxima (m/s)

Terra 1,5

Gabião 2,5

Pedra argamassada 3,0

Concreto 4,0

Para o caso de revestimentos não previstos na Tabela 6, devem ser adotados


limites recomendados em bibliografia específica.

3. CRITÉRIOS PARA VERIFICAÇÃO DE OBRAS


HIDRÁULICAS EXISTENTES

3.1. VERIFICAÇÃO DA CAPACIDADE MÁXIMA DE DESCARGA

Para obras hidráulicas existentes, recomenda-se verificar a capacidade


máxima de descarga e do período de retorno associado.

A capacidade máxima de descarga da obra hidráulica existente


corresponde à máxima vazão possível de ser veiculada, considerando seção
plena de escoamento, respeitando a segurança das estruturas.
Nos barramentos, a capacidade máxima de descarga representa a máxima
vazão defluente possível de ser veiculada pelos extravasores.

3.1 ESTIMATIVA DO PERÍODO DE RETORNO


158

Para a estimativa do período de retorno associado à capacidade máxima


de descarga, os coeficientes ou parâmetros que exprimem a produção de
escoamento superficial direto devem corresponder à situação de ocupação atual
da bacia hidrográfica que contribui para a seção de interesse, em conformidade
com o item 2.1.3, observando os valores mínimos estipulados na Tabela 3.

Recomenda-se que o período de retorno estimado atenda às condições


de valores mínimos estipulados nas Tabelas 1 e 2 do item 2.1.2. Nos casos de
não enquadramento nos valores mencionados, recomenda-se a realização de
adequações, por meio de medidas estruturais ou não estruturais, para adaptação
da obra hidráulica existente às condições locais, sendo que, nos casos de
barramentos, as adequações a serem executadas respeitem as disposições do
item 2.

4. DISPOSIÇÕES GERAIS

a) Se uma interferência num corpo d’água superficial causar inundações


temporárias ou permanentes, devido a alterações no regime de
escoamento, os proprietários ribeirinhos potencialmente atingidos deverão
manifestar sua anuência por escrito;

b) Poderão ser utilizados metodologias, parâmetros e restrições distintos dos


aqui descritos, caso a interferência apresente características ou
peculiaridades que assim o justifiquem, ou por motivo de interesse social ou
de utilidade pública;

c) O usuário é responsável pelos aspectos relacionados à segurança das


obras hidráulicas, devendo assegurar que seu projeto, construção,
operação e manutenção sejam executados por profissionais legalmente
159

habilitados, devendo manter em seu poder todos os estudos, projetos e


documentos correlatos produzidos para apresentação ao DAEE durante
fiscalização ou quando solicitados;

d) Para obras existentes, nos casos em que não haja viabilidade de


adequações, o interessado deve prever soluções, em função das
condições locais, com medidas estruturais e/ou não estruturais, e
respectivos estudos e projetos;

e) Nos casos de barramentos de maior porte, e em função de suas


finalidades, o requerente deve observar o disposto na Resolução CNRH
nº 37 de 26/03/2004, que estabelece diretrizes para a outorga de recursos
hídricos para a implantação de barramentos em corpos d’água de
domínio dos Estados, Distrito Federal e União, no que diz respeito à
necessidade de elaboração de:

5. ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDOS TÉCNICOS PARA


OBRAS HIDRÁULICAS NOVAS OU EXISTENTES

Apresentam-se, a seguir, orientações quanto ao conteúdo técnico que deve


consubstanciar os estudos e projetos referentes às obras hidráulicas que
interfiram nos recursos hídricos.

5.1 ESTUDOS HIDROLÓGICOS


160

5.1.1 Os estudos hidrológicos desenvolvidos por métodos indiretos devem conter:

5.1.1.1 Área da bacia de contribuição limitada pela seção da obra ou interferência;


5.1.1.2 Discriminação e justificativa quanto à metodologia empregada;
5.1.1.3 Perfil do talvegue desde o divisor de águas até a seção de projeto: tabela e
gráfico;
5.1.1.4 Determinação da declividade média ou declividade equivalente do talvegue;
5.1.1.5 Determinação do tempo de concentração (tc) relativo à bacia de contribuição;
5.1.1.6 Definição do coeficiente de escoamento superficial (C, C2) ou do Número da
Curva (CN);
5.1.1.7 Período de retorno (TR), definido em função do tipo de obra, para projetos
de novas obras;
5.1.1.8 Cálculo da intensidade da chuva de projeto (it,TR);
5.1.1.9 Período de retorno correspondente à intensidade e à duração da chuva, com
base na capacidade máxima de descarga, no caso de obras existentes,
promovendo adequações, se necessárias;
5.1.1.10 Determinação da vazão de enchente de projeto, do respectivo hidrograma e de
seu volume;
5.1.1.11 Desenho: planta planialtimétrica da bacia de contribuição, obtida a partir das
folhas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (1:50.000), ou do
Instituto Geográfico e Cartográfico do Estado de São Paulo - IGC (1:10.000)
quando houver, com hidrografia e limites da área de drenagem;
5.1.2. Os estudos hidrológicos desenvolvidos por métodos estatísticos diretos
devem conter:

5.1.2.1. Informações sobre o posto fluviométrico, tais como entidade operadora,


identificação, coordenadas, área de drenagem controlada, período de observação;

5.1.2.2. Área da bacia de contribuição limitada pela seção da obra ou


interferência;

5.1.2.3. Discriminação e justificativa quanto à metodologia empregada;

5.1.2.4. Série histórica de vazões máximas;


161

5.1.2.5. Análise de consistência e homogeneidade da série histórica de dados


fluviométricos;

5.1.2.6. Curva de probabilidade de ocorrência de vazões máximas;

5.1.2.7. Correlação entre a bacia definida pelo posto fluviométrico analisado e a


bacia de contribuição limitada pela seção da obra hidráulica;

5.1.2.8. Período de retorno (TR), definido em função do tipo de obra;

5.1.2.9. Período de retorno correspondente à intensidade e à duração da


chuva, com base na capacidade máxima de descarga, no caso de obras existentes,
promovendo adequações, se necessárias;

5.1.2.10. Determinação da vazão de enchente de projeto, do


respectivo hidrograma e de seu volume;

5.1.2.11. Desenhos: Planta planialtimétrica da bacia de contribuição, obtida a


partir das folhas do IBGE (1:50.000), ou do IGC (1:10.000) quando houver, com
hidrografia e limites da área de drenagem, bem como a localização do posto
fluviométrico escolhido.

5.2. ESTUDOS HIDRÁULICOS

5.2.1. Os projetos de barramentos devem conter:

5.2.1.1. Curva cota x área x volume do reservatório, por meio de gráfico e


tabela com os respectivos valores;

5.2.1.2. Níveis notáveis do reservatório, como mínimo, normal e máximo


maximorum, e volumes correspondentes, levando em conta as restrições de borda
livre;

5.2.1.3. Se pertinente, elaboração de estudo do amortecimento da onda


de enchente correspondente à vazão de projeto;

5.2.1.4. Vazão máxima defluente a ser veiculada para jusante pela(s)


estrutura(s) de descarga do barramento;
162

5.2.1.5. Dimensionamento do vertedor, para novas obras hidráulicas ou


verificação da capacidade máxima de descarga, para obras existentes, promovendo
adequações, quando necessárias;

5.2.1.6. Dimensionamento do descarregador de fundo ou de dispositivo para


controle e manutenção de vazões mínimas para jusante, para novas obras
hidráulicas ou verificação da capacidade máxima de descarga, para obras
existentes, promovendo adequações, quando necessárias;

5.2.1.7.Avaliação dos efeitos dos níveis d’água ou das vazões de cheia a montante e
a jusante do barramento;

5.2.1.8. Dimensionamento de estruturas de dissipação de energia, para novas


obras hidráulicas, quando couber, ou verificação dos dispositivos em obras
existentes, promovendo adequações, quando necessárias;

5.2.1.9. Desenhos:

a) Planta planialtimétrica com o arranjo geral do barramento;

b) Planta da área de inundação do reservatório, resultante de levantamento


planialtimétrico, indicando a linha de inundação correspondente ao nível máximo
maximorum, os proprietários ribeirinhos atingidos, as divisas de suas propriedades e
as infraestruturas existentes junto ao corpo d’água.

c) Plantas, cortes e detalhes do barramento e de todas as estruturas hidráulicas


(vertedor, canal extravasor, dissipador de energia, canal de restituição, tomada
d’água, descarregador de fundo, outras), em escala.

5.2.2. Os projetos de canalizações devem conter:

5.2.2.1. Determinação ou definição, para cada trecho homogêneo, dos


seguintes elementos:

• Declividade média;
• Revestimentos e respectiva rugosidade;
• Seção típica;
163

5.2.2.2. Dimensionamento hidráulico da seção indicando profundidade da


lâmina d’água de projeto e a borda livre, para novas obras hidráulicas ou verificação
das obras existentes, promovendo adequações, quando necessárias;

5.2.2.3. Determinação da linha d’água;

5.2.2.4. Dimensionamento de estruturas de dissipação de energia, para novas


obras hidráulicas, quando couber, ou verificação dos dispositivos em obras
existentes, promovendo adequações, quando necessárias;

5.2.2.5. Avaliação dos efeitos dos níveis d’água ou vazões de cheia a


montante e a jusante da canalização;

5.2.2.6. Desenhos:

a) Planta, resultante de levantamento topográfico, com a implantação do traçado


geométrico do canal, indicação dos proprietários ribeirinhos e das seções
transversais topobatimétricas;

b) Perfil longitudinal com indicação das margens esquerda e direita do curso d’água,
dos fundos natural e projetado do canal, das seções transversais topobatimétricas e
da linha d’água de projeto; informando, para cada trecho homogêneo, a declividade,
a velocidade e o revestimento projetados;
c) Sobreposição das seções típicas de projeto às seções transversais
topobatimétricas do curso d’água, para novas obras hidráulicas ou seções típicas,
para obras existentes;

d) Detalhes de transições nos trechos em que ocorram alterações na geometria da


seção;

e) Plantas, cortes e detalhes das estruturas de dissipação de energia, se houver;

5.2.3. Os projetos de travessias devem conter:

5.2.3.1. Declividade média da travessia;


5.2.3.2. Rugosidade (revestimento);
164

5.2.3.3. Dimensionamento hidráulico da seção, para novas obras hidráulicas ou


verificação da seção no caso de obras existentes, promovendo adequações, quando
necessárias;
5.2.3.4. Determinação da linha d’água;

5.2.3.5.Dimensionamento de estruturas de dissipação de energia, para novas obras


hidráulicas, quando couber, ou verificação dos dispositivos em obras existentes,
promovendo adequações, quando necessárias;
5.2.3.6. Avaliação dos efeitos dos níveis a jusante da travessia;
5.2.3.7. Desenhos:

a) Planta planialtimétrica da travessia com o posicionamento de, no mínimo, três


(amontante, a jusante e no eixo da travessia);
b) Perfis das seções transversais topobatimétricas do curso d’água;

c) Sobreposição da seção de projeto à seção transversal do curso d’água, para


novas obras hidráulicas, ou a seção de obras existentes, indicando a estrutura da
travessia(fundações, pilares, bueiros etc), o nível d’água correspondente à enchente
de projeto e a borda livre;

d) Detalhes de transições nos trechos em que ocorram adequações do canal à


geometria da seção da travessia;
e) Plantas, cortes e detalhes das estruturas de dissipação de energia, se houver;

5.2.3.8. No caso das travessias subterrâneas de cabos, dutos ou túneis, descritas no


inciso III do artigo 2º da Portaria DAEE nº 1.632, de 30 de maio de
2017, ou suas atualizações, não havendo o recobrimento mínimo de 1,0 m de solo,
medido entre a geratriz superior externa do duto ou estrutura e o fundo do curso
d’água, recomenda-se a execução adequada de proteção de cabos e dutos, não
sendo necessária no caso de corpos d’ água cujo fundo se encontre estruturalmente
revestido.

6. DISPOSIÇÕES FINAIS
165

6.1 Esta IT-DPO revoga a IT-DPO n° 02 de 30/07/2007, atualizada em


09/10/2015 e a IT-DPO nº 04 de 30/07/2007, atualizada em 21/12/2012.

6.2 Esta IT-DPO entra em vigor a partir de 1° de julho de 2017.

Fonte: http://www.daee.sp.gov.br/images/documentos/outorgaefiscalizacao/it_dpo11
_obrashidraulicas.pdf
166

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 12, DE 30/05/2017

1. OBJETO

Esta Instrução Técnica DPO (IT-DPO) estabelece critérios e procedimentos para


apresentação de documentação, referente a aproveitamentos hidrelétricos (Usina
Hidrelétrica de Energia UHE; Pequena Central Hidrelétrica - PCH e Central
Geradora Hidrelétrica - CGH), necessária para obtenção:

• da Declaração sobre Viabilidade de Implantação de empreendimentos (DVI),


emitida pelo DAEE, nos casos de rios de domínio do Estado de São Paulo e
de domínio da União, quando houver delegação da ANA, que corresponderá
à Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica - DRDH, que tem a
finalidade de licitar ou autorizar o uso de potencial de energia hidráulica, pela
ANEEL;

• de Outorga de Direito de Uso ou de Interferência nos recursos hídricos;

• de Cadastramento dos aproveitamentos hidrelétricos autorizados ou


outorgados pelo Governo Federal (ou protocolados na ANEEL até
19/12/2002).

2. REFERÊNCIAS

-Lei Federal nº 9984, de 17/7/2000 – dispõe sobre a criação da Agência Nacional de


Águas –ANA;

-Resolução ANA nº 131, de 11/3/2003 – dispõe sobre procedimentos referentes à


emissão de Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica (DRDH) e de outorga
de direito de uso de recursos hídricos para uso de potencial de energia hidráulica
superior a 1 MW em corpo d’água de domínio da União e dá outras providências;

- Parecer nº 054/2003 –PF/ANEEL, de 25/3/2003;


-
167

Resolução CNRH nº 37, de 26/3/2004 – estabelece diretrizes para a outorga de


recursos hídricos referente à implantação de barragens em corpos de água de
domínio dos Estados, do Distrito Federal ou da União;

-Resolução Conjunta SMA/SERHS nº 1, de 23/2/2005, ou a que a suceder–regula o


procedimento para o Licenciamento Ambiental integrado às outorgas de recursos
hídricos em rios de domínio do Estado;
-Resolução Conjunta ANEEL/ANA nº 1305, de20/11/2015;

-Lei Federal nº 13.360 de 17/11/2016;

-Portaria DAEE nº 1.360 de 30 de maio de 2017 e seu regulamento, que dispõem


sobre os procedimentos para obtenção de outorgas.

1. OBTENÇÃO DE DVI E OUTORGAS DO DAEE

O DAEE concede a DVI e outorgas de direito de usos e interferências em


recursos hídricos em duas fases.

Na 1ª fase, o usuário requer a DVI, conforme disposto na IT-DPO nº 08,


para os casos de reativação e novos aproveitamentos hidrelétricos e
repotenciação de empreendimentos existentes.

Essa declaração, válida por um ano, não concede o direito de instalar os usos
ou interferências nos recursos hídricos.

Nesta fase, antes da emissão da DVI, a Diretoria de Bacia do DAEE, onde


os requerimentos do interessado foram protocolados, encaminhará o
assunto ao Comitê de Bacia Hidrográfica para manifestação quanto à
viabilidade dos usos dos recursos hídricos pretendidos.
168

Na 2ª fase, de posse da DVI, o interessado deve requerer ao DAEE a


Outorga de Direito de Uso (ou de interferência) nos recursos hídricos,
conforme disposto na IT-DPO nº 09, devendo previamente obter as
correspondentes licenças e aprovações ambientais, emitidas pela CETESB
e ANEEL.

Especificamente para os casos de aproveitamentos hidrelétricos existentes e


em operação, que não possuam a regularização dos usos e interferências
em recursos hídricos, não haverá a emissão da DVI para a regularização e
o interessado deve observar o disposto nos itens 7.3,
7.4 e 9 desta IT-DPO.

2. CLASSIFICAÇÃO DOS APROVEITAMENTOS HIDRELÉTRICOS PELO


DAEE

Características do Aproveitamento *
Grau de interferência
nos recursos
Barragem TCC Transposição de bacia
hídricos
Regula-
De nível rização SIM NÃO SIM NÃO

BAIXO x x

MÉDIO x x x

ALTO

* Características do Aproveitamento:
169

Barragem
De nível: soleira livre; N.A. mínimo operacional = cota da soleira
do vertedor de superfície; vazão defluente (vertida + canal de
fuga) = vazão afluente;

De regularização: provida de comportas (ou outro mecanismo)


que permitam operação do volume armazenado; alteração do
regime do rio a jusante do canal de fuga;

Trecho curto-circuitado (TCC): trecho do rio, onde a vazão é reduzida


pela operação da usina, compreendido entre o pé de jusante do maciço
da barragem e o canal de fuga;

Transposição de bacia: o lançamento, pelo canal de fuga da geração,


não retorna ao próprio curso d’água do qual as vazões são derivadas.

5. VERIFICAÇÃO DA DISPONIBILIDADE HÍDRICA.

5.1. Critérios do DAEE, específicos para o objeto desta IT DPO, para verificação
da disponibilidade hídrica superficial na seção de estudo de um curso d’água:

Variáveis e restrições consideradas:

• Vazão mínima natural de referência (Qref): vazão afluente à seção em análise


de um curso d’água, para verificações de disponibilidade hídrica superficial
para outorga de captações a fio d’água = Q7,10;

• Vazão mínima remanescente a ser mantida para jusante de seção de curso


d’água onde se instale captação ou barragem: 0,5xQ7,10;

• Total de usos consuntivos instalados a montante da seção de estudo:


diferença entre todas as vazões captadas (derivações ou retiradas) e as
lançadas, localizadas a montante da seção;
170

• Disponibilidade hídrica superficial na seção em estudo: diferença entre a Qref


na seção e total de usos consuntivos instalados a montante;

• Vazão total disponível para outorga de captação a fio d’água em determinada


seção: diferença entre a Qref na seção e o total de usos consuntivos
instalados a montante descontando-se, ainda, o valor de 0,5xQ7,10.

Os critérios do DAEE, aqui discriminados, serão aplicados se não houver


disposições em contrário estipuladas pelo Comitê de Bacias Hidrográficas em cuja
área de atuação se insere o aproveitamento hidrelétrico.

5.2.Grau de interferência: BAIXO (barragem de nível e inexistência de trecho curto-


circuitado ou de vazão reduzida).

De maneira geral, na verificação da disponibilidade de vazões para a geração, o


usuário deverá considerar a condição em que todo o uso consuntivo disponível
para outorga na bacia de montante já tenha sido outorgado pelo DAEE, até o
limite de 50% da Q7,10.

Se a totalidade dos usos consuntivos já instalados a montante for superior a 50% da


Q7,10, utilizar esse maior valor na avaliação das vazões afluentes à usina.
5.3. Grau de interferência: MÉDIO (barragem de nível e existência de trecho curto-
circuitado, sem transposição de bacia)
A análise da disponibilidade de vazões afluentes para geração será realizada
conforme disposto no item 6.2 desta IT-DPO.

Análise do trecho curto-circuitado (TCC):

• Identificar possíveis usuários e suas captações (ou necessidades hídricas)


instaladas no TCC formado pelo empreendimento;

• A vazão mínima a ser mantida no TCC deverá atender ao maior valor entre:
171

O A mínima a ser mantida em qualquer trecho de rio, não inferior a 50% da Q 7,10
estimada para a seção do barramento da usina, e

O A mínima necessária para o atendimento das necessidades dos usuários


instalados no TCC.

5.4. Grau de interferência: ALTO (barragem de regularização, com ou sem trecho


curto-circuitado -TCC, ou aproveitamento com transposição de bacia).

A análise da disponibilidade de vazões afluentes para geração será realizada


conforme disposto no item 6.2 desta IT-DPO.

A análise do trecho curto-circuitado (TCC) ou de vazão reduzida, se houver será


realizada conforme disposto no item 6.3 desta IT-DPO.

Nos casos de regularização de vazões, devido à possibilidade da modificação do


fluxo natural das águas pela operação dos níveis do reservatório, o empreendedor
deverá estabelecer seu regime de vazões mínimas de fluentes em função das
necessidades dos usuários instalados a jusante do canal de fuga da usina.

As regras operativas nos eventos de cheias deverão levar em consideração as


ocupações instaladas nas áreas marginais dos trechos de jusante.
Para operar, a usina deverá contar com plano de contingência que deverá levar em
consideração as regras operativas e as populações e infra-estruturas sob influência
do aproveitamento.

Nos casos de transposição de bacia, pelo retorno da água derivada não ocorrer no
mesmo curso d’água, podendo o lançamento, inclusive, ser feito em outra bacia
hidrográfica ou outro sistema hídrico, as análises da influência da derivação de
vazões para geração deverão estender-se até onde necessário. Por serem casos
de maior complexidade, devem ser objeto de análise caso a caso.
172

6. MONITORAMENTO DE VAZÕES DO CURSO D’ÁGUA

Para a comprovação das condições operacionais do aproveitamento hidrelétrico, os


empreendimentos outorgados deverão instalar, operar e manter, no mínimo, dois
postos de monitoramento com registro contínuo de vazões e armazenamento dos
dados e, quando solicitados pelo DAEE, para transmissão desses dados, com a
periodicidade e na forma que for especificado.

Esses postos deverão ser: um posto fluviográfico a montante do reservatório e outro


a jusante do canal de fuga.

Nos casos de transposição de bacia, em que o retorno de água pelo canal de fuga
da geração se dá em outro curso d’água, o monitoramento de jusante deverá ser
instalado a jusante do barramento onde se dá a derivação das águas.

7. PARA OBTENÇÃO DE DVI E OUTORGA

7.1. Dependem da obtenção da DVI e da outorga do DAEE os aproveitamentos


hidrelétricos em rios de domínio do Estado de São Paulo, protocolados na ANEEL
após 19/12/2002, conforme as seguintes fases:

1ª fase - apresentar requerimento da DVI, que corresponderá à DRDH (Declaração


de Reserva de Disponibilidade Hídrica) solicitada pela ANEEL, conforme dispõe a
IT- DPO nº 08, acrescido de relatório técnico com o conteúdo mínimo descrito no
Anexo 12-A desta IT-DPO.

2ª fase após a obtenção da DVI e das licenças e aprovações ambientais, emitidas


pela CETESB e ANEEL, o empreendedor deverá requerer ao DAEE a outorga de
direito de uso e interferência nos recursos hídricos, para a captação, o lançamento e
o barramento, conforme dispõe a IT-DPO n° 09.

7.2. Na 2ª fase, estudos técnicos complementares aos apresentados na 1ª fase


podem ser requisitados pelo DAEE. Se, entre as fases 1ª e 2ª, houver modificações
no projeto, nova documentação técnica deverá ser encaminhada para análise,
173

descrevendo as alterações, com justificativas para as mesmas terem sido


incorporadas.

7.3. Especificamente para os casos de aproveitamentos hidrelétricos existentes em


operação, protocolados na ANEEL após 19/12/2002, que não possuam a
regularização dos usos e interferências em recursos hídricos, o interessado deve
requerer a Outorga de Direito de Uso (ou de interferência), conforme disposto na IT-
DPO nº 09, devendo previamente obter as correspondentes licenças ambientais,
emitidas pela CETESB.

7.4. Nos casos de usos e interferências protocolados na ANEEL após 19/12/2002


em cursos d'água de domínio da União, quando houver delegação de atribuições ao
DAEE, por parte da Agência Nacional de

Águas - ANA, o interessado deve atender às disposições da Resolução Conjunta


ANEEL/ANA nº 1305, de 20/11/2015, no que couber, e solicitar a outorga de direito
de uso ou interferência em recursos hídricos conforme disposto na IT DPO nº 09.

8. RESPONSABILIZAÇÃO PELAS INFORMAÇÕES E RELATÓRIOS

Os relatórios técnicos e conteúdos e descritos no item “7”, para apresentação ao


DAEE, devem ser rubricados em todas as suas páginas pelo empreendedor
requerente, pelo responsável técnico e pelo autor do relatório (se for outro que não
o responsável técnico). Deverão conter, em sua página inicial, a identificação e a
assinatura desses responsáveis, empreendedor e técnico(s).

9. PARA CADASTRAMENTO DE APROVEITAMENTOS HIDRELÉTRICOS

9.1. O cadastramento deverá ser requerido para os aproveitamentos hidrelétricos em


rios de domínio do Estado de São Paulo e de domínio da União, quando houver
delegação da ANA, autorizados pela ANEEL, protocolados naquela Agência até
19/12/2002, por meio do formulário de requerimento do Anexo 12-B desta IT-DPO.

9.2. Os pedidos de cadastros referidos nesta IT-DPO estão sujeitos ao pagamento


de taxa, no valor de 1 (uma) Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (UFESP).
174

10. DISPOSIÇÕES FINAIS


10.1. Esta IT-DPO revoga a IT-DPO n° 05 de 10/11/2011.
10.2. Esta IT-DPO entra em vigor a partir de 1° de julho de 2017.

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 12 ANEXO 12-A

Referências para elaboração de relatório técnico a ser apresentado ao DAEE na


fase de obtenção de Declaração de Viabilidade de Implantação de empreendimento
conteúdo mínimo.

Relatório Técnico da PCH (ou UHE, ou CGH) ___(nome da usina)____ .

1. Caracterização do Empreendimento

1.1 Introdução
1.2 Descrição geral do empreendimento
1.3 Desenhos

a) Localização (hidrelétrica e seu e reservatório) em planta cartográfica (IBGE)-


1:50.000
b) Localização em imagem aérea (fotografia): Google Earth (ou outra fonte)

1.4 Ficha técnica resumida

a) Situação, localização
- curso d’água, bacia hidrográfica, UGRHI
- coordenadas geográficas e UTM
- Município

b) Hidrologia
- Área de drenagem
- Precipitação total anual média
- Vazão média de longo termo
175

- Vazões mínimas: Q7,10, QP% (curva de duração de vazões)


- Vazão de cheia de projeto e TR correspondente

c) Barramento
- Maciço: tipo, extensão total, maior altura do barramento
- Vertedor de superfície e soleira: tipo, extensão total

d) Elevações (cotas) RN oficial (IGG)


- Coroamento do maciço
- Crista da soleira do vertedor de superfície
- Tomada d’água das turbinas (eixo)
- Eixo das turbinas
- Reservatório: N.A. máximo normal, mínimo operacional e máximo maximorum.

e) Geração
- Turbinas: tipo, modelo, fabricante, quantidade
- Potência nominal da(s) turbina(s)
- Altura de queda: bruta e líquida
- Vazão turbinável versus potência: mínimas e máximas (vazão e potência
correspondente).

2. Estudos Hidrológicos determinação da vazão de cheia de projeto

2.1. Nos casos de estudos hidrológicos desenvolvidos por métodos indiretos:

a) Apresentação do valor da área da bacia de contribuição limitada pela seção da


obra ou interferência;
b) Apresentação da metodologia empregada: discriminação e justificativa;
c) Perfil do talvegue desde o divisor de águas até a seção de projeto: tabela e
gráfico;
d) Determinação da declividade média ou declividade equivalente do talvegue;
e) Determinação do tempo de concentração (tC) relativo à bacia de contribuição;
f) Definição do coeficiente de escoamento superficial (C, C2) ou do Número da
Curva (CN);
176

g) Período de retorno (TR)- definido em função da altura do barramento e ocupação


a jusante, (Tabela 2 da IT-DPO nº 11);
h) Cálculo da intensidade da chuva de projeto (it,T);
i) Determinação da vazão de enchente de projeto, do respectivo hidrograma e de
seu volume;
j) Desenho: planta planialtimétrica da bacia de contribuição, obtida a partir das
folhas do IBGE (1:50.000), com hidrografia e limites da área de drenagem;

2.2 Nos casos de estudos hidrológicos desenvolvidos por métodos estatísticos


diretos:
a) Informações sobre o posto fluviométrico: entidade operadora, identificação,
coordenadas, área de drenagem controlada, período de observação;
b) Apresentação do valor da área da bacia de contribuição limitada pela seção da
obra ou interferência;
c) Apresentação da metodologia empregada: discriminação e justificativa;
d)Série histórica de vazões máximas;
e) Análise de consistência e homogeneidade da série histórica de dados
fluviométricos;
f) Curva de probabilidade de ocorrência de vazões máximas;
g) Correlação entre a bacia definida pelo posto fluviométrico analisado e a bacia de
contribuição limitada pela seção de projeto;
h) Período de retorno (TR) definido em função da altura do barramento e ocupação a
jusante, (Tabela 2 da IT-DPO nº 11);
i) Determinação da vazão de enchente de projeto, do respectivo hidrograma e de
seu volume;
j) Desenhos:
j.1) Planta planialtimétrica da bacia de contribuição, obtida a partir das folhas do
IBGE (1:50.000), com hidrografia e limites da área de drenagem;
j.2) Planta de localização do posto fluviométrico escolhido, com a hidrografia, sede
municipal, rodovias de acesso;
Observação: Em função das dimensões da área de drenagem, a base cartográfica,
referida nos itens “2.1.j” e “2.2.j.1”, poderá ser outra que não a das folhas do IBGE
na escala 1:50.000.
177

3. Estudos Hidráulicos escoamento de vazões de cheia

3.1 Determinação da curva cota x área x volume do reservatório: apresentar gráfico


e tabela com os respectivos valores;
3.2 Definição dos níveis notáveis do reservatório, como mínimo, normal e máximo
maximorum, e volumes correspondentes, levando em conta as restrições de borda
livre (Tabela 4 da IT-DPO nº 11);
3.3 Se pertinente, apresentação de estudo do amortecimento da onda de enchente
correspondente à vazão de projeto;
3.4 Determinação da vazão máxima defluente a ser veiculada para jusante pela(s)
estrutura(s) de descarga do barramento;
3.5 Dimensionamento do vertedor;
3.6 Dimensionamento do descarregador de fundo ou de dispositivo para controle e
manutenção de vazões mínimas para jusante;
3.7 Avaliação dos efeitos dos níveis d’água ou das vazões de cheia a montante e a
jusante do barramento a ser implantado.
3.8. Dimensionamento de estruturas de dissipação de energia - ou justificativa para
a não utilização;

4. Balanço Hídrico

4.1 Determinação das vazões médias e mínimas para a seção da barragem, com
base na regionalização de variáveis hidrológicas (DAEE); média plurianual, Q7,10,
curva de duração de vazões;

4.2 Análise da bacia a montante:


a) A partir do cadastro do DAEE (e de outros levantamentos, se for o caso),
contabilizar os totais de vazões captadas e lançadas na bacia hidrográfica
controlada pelo barramento da usina, determinando o total de usos consuntivos a

montante ;

b) Escolher, para a seção do barramento, o maior valor entre e


178

(50% da Q7,10) para definir o saldo de vazões afluentes à usina, conforme item
“5.1” desta IT-DPO;

4.3. Análise do trecho curto-circuitado (TCC), se houver:


(Não havendo TCC, ir para “4.4” abaixo)

a) Verificar todos os usos de recursos hídricos superficiais instalados no TCC


(cadastrados ou não no DAEE), incluindo lazer, turismo e outros, públicos e
privados;
b) Não havendo quaisquer usos no TCC, adotar a necessidade da manutenção
da vazão mínima de (50% da Q7,10), nesse trecho, entre o barramento e o
desemboque do canal de fuga;
c) Havendo usos no TCC: adotar, para vazão mínima a ser mantida nesse trecho
de rio, o maior valor entre (50% da Q7,10) e a mínima necessária para atender
aos usos instalados (cadastrados ou não no DAEE).

4.4. Análise do trecho a jusante do desemboque do canal de fuga da casa de


força (sem transposição de bacia):

a) Usinas sem operação do nível do reservatório, sem alteração do regime do rio


(BAIXO e MÉDIO impacto, segundo o DAEE): não há necessidade de
verificação;
b) Usinas que alteram o regime do rio, operando o reservatório em diferentes
níveis, artificialmente (ALTO impacto, segundo o DAEE):
b.1) Levantamento de todos os usos instalados no trecho de jusante sob
influência da operação da usina (cadastrados, ou não, no DAEE);
b.2) A operação da usina deverá ser planejada e projetada de forma a não
prejudicar os usos identificados a jusante.
4.5. Aproveitamentos com transposição de bacia (ALTO impacto, segundo o
DAEE). Como exposto no item “5.4” desta IT-DPO, pelo fato dos casos assim
caracterizados apresentarem maior complexidade, devem ser objeto de análise
caso a caso.
179

Nota:
Por deliberação do Comitê de Bacias Hidrográficas, em cuja área de atuação o
aproveitamento hidrelétrico esteja localizado, poderão ser estabelecidos critérios
de balanço hídrico superficial distintos daqueles geralmente aplicados pelo
DAEE, bem como poderão ser estipuladas exigências específicas sobre a
manutenção de vazões mínimas e sobre os critérios de operação das estruturas
hidráulicas.

5. Regras Operacionais
Para garantir a segurança hidrológica das estruturas e considerando as
restrições impostas pela necessidade do atendimento de manutenção de vazões
mínimas para jusante do barramento, no trecho curto-circuitado e para jusante do
canal de fuga, conforme item anterior (4), definir as regras
operacionais da usina relacionando vazões afluentes com vazão de geração,
vazão vertida/descarregada, potência de geração, quantidade de turbinas em
atividade.

6. Considerações Finais

Considerando a expectativa de disponibilidade de vazões afluentes, as restrições


impostas pela necessidade da manutenção de vazões para jusante (item 4) e as
regras operacionais definidas (item 5),

a) Explicitar a percentagem do tempo de funcionamento esperada para a usina


em função da potência e/ou vazão de geração disponível;
b) Confirmar a viabilidade do empreendimento, considerando-se as restrições e
obrigações impostas pela outorga do DAEE.

7. Desenhos

a) Planta planialtimétrica com o arranjo geral do barramento e da geração;

b) Planta da área de inundação do reservatório (levantamento planialtimétrico


semicadastral), indicando a linha de inundação correspondente aos níveis
180

mínimo operacional (se houver), máximo normal e máximo maximorum, os


proprietários ribeirinhos atingidos, as divisas de suas propriedades e as infra-
estruturas existentes junto ao corpo d’água;

c) Desenhos do barramento e de todas as estruturas hidráulicas (vertedor, canal


extravasor, dissipador de energia, canal de restituição, tomada d’água,
descarregador de fundo, outras): Plantas, cortes e detalhes, em escala;

d) Desenhos da geração e suas estruturas hidráulicas (tomada d’água, canal de


adução conduto forçado, casa de força, turbinas, canal de fuga, comportas,
outras): plantas, cortes e detalhes, em escala;

e) Desenhos, plantas e detalhes, dos postos fluviométricos a serem instalados a


montante e a jusante de aproveitamento (conforme item “6- Monitoramento de
vazões do curso d’água” desta IT-DPO). Informar sobre localização, acesso,
seção hidráulica, equipamentos a serem instalados e sua operação.
181

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 12 ANEXO 12-B

Requerimento de Cadastramento de Aproveitamento Hidrelétrico

Ao Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE:

Eu, , requerente (ou representante legal do


requerente abaixo descrito), ao final qualificado, venho requerer a Vossa
Senhoria o cadastramento do (especificar nome do aproveitamento
hidrelétrico), em conformidade com o Parecer nº 54/2003 - PF/ANEEL, de
25/03/2003:

DADOS DO EQUERENTE
1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ (unidade local):
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

DADOS CADASTRAIS DO APROVEITAMENTO HIDRELÉTRICO

1. Tipo de aproveitamento hidrelétrico (CGC, PCH ou UHE):


2. Nome do aproveitamento hidrelétrico:
3. Tipo de Documento ANEEL (Autorização ou Contrato de Concessão):
4. Data de emissão:
5. Prazo de Validade (anos):
6. Potência Instalada:
7. Endereço:
8. Bairro/Distrito:
9. Município:
10. Captação:
182

• Nome do curso d’água:


• Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos):

11. Lançamento:
• Nome do curso d’água:
• Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos):

12. Área de drenagem (km²):


13. Precipitação anual média (mm/ano):
14. Vazão média plurianual (m³/s):
15. Q95 (m³/s):
16. Q7,10 (m³/s):
17. Q máx projeto (m³/s):
18. Barramento:
• Coordenadas geográficas do cruzamento do eixo do maciço com o talvegue
do barramento (Graus, Minutos e Segundos):
• Tipo de maciço:
• Extensão do maciço (m):
• Altura do maciço (m):
• Cota do coroamento (m):
• Tipo de vertedor:
• Extensão do vertedor (m):
• Cota da crista da soleira (m):
• Cota do N.A. máximo maximorum (m):
• Cota do N.A. máximo normal (m):
• Cota do N.A. máximo operacional (m):
• Cota do N.A. mínimo operacional (m):
• Cota do N.A. mínimo minimorum (m):
• Área inundada para o N.A. máximo normal (m²):
• Dados da relação cota x volume:

Obs: Cotas e elevações devem ser referidas a RN oficial


183

19. Informações características do sistema de geração turbinas:

TURBINAS

Dado 1 2 3 ... n Total


Tipo:
Modelo:
Marca:
Queda bruta (m):
Queda líquida (m):
Potência máxima
Vazão máxima
Potência mínima
Vazão mínima

Nestes termos, p. deferimento,

_________________, _____ de _______________ de ______

_______________________________________________
(Assinatura)
Nome proprietário/representante legal:
CPF:
Telefone de contato: (_____) ___________-_____________
Endereço de correio eletrônico para contato:

Fonte: http://www.daee.sp.gov.br/images/documentos/outorgaefiscalizacao/it_dpo12
_hidreletrica.pdf
184

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 13, de 30/05/2017

1. OBJETO

Esta Instrução Técnica DPO (IT-DPO) tem por objetivo regulamentar a Deliberação
nº 156, de 11/12/2013 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos -CRH e indicar
as exigências do Departamento de Águas e Energia Elétrica
–DAEE, para obtenção da Declaração sobre Viabilidade de Implantação (DVI) de
empreendimentos e da outorga de direito de uso de recursos hídricos pelo produtor
de água de reúso direto, não potável, proveniente de Estações de Tratamento de
Esgoto Sanitário de Sistemas Públicos –ETEs.

2. REFERÊNCIAS

Lei Federal nº 9.433, de 08/01/1997


Lei Estadual nº 9.034, de 27/12/1994
Lei Estadual nº 7.663, de 30/12/1991
Lei Estadual nº 997, de 31/05/1976
Decreto Estadual nº 8.468, de 08/09/1976
Portaria DAEE nº 1.630 de, de 30/05/2017
Resolução CNRH nº 129, de 29/06/2011
Resolução CNRH nº 54, de 28/11/2005
Deliberação CRH nº 156, de 11/12/2013
Deliberação CRH nº 145, de 26/06/2012
Resolução Conjunta SMA/SERHS nº 01, de 23/02/2005
Outras normas que venham a ser editadas, em substituição às acima citadas ou
alterando-as.

• Sítios para consulta na Internet:

- DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica: www.daee.sp.gov.br , item


“Outorga“ .
-CETESB -Companhia Ambiental do Estado de São Paulo: www.cetesb.sp.gov.br .
185

-CNRH -Conselho Nacional de Recursos Hídricos: www.cnrh.gov.br , item


“Deliberações”
-CRH -Conselho Estadual de Recursos Hídricos: http://www.sigrh.sp.gov.br, item
“CRH”, no atalho “Deliberações”.

1. Definições

São adotadas as seguintes definições para esta IT-DPO:

- Água de reúso: produto originado de efluente líquido proveniente de ETEs de


sistemas públicos, cujo tratamento atenda aos padrões de qualidade
estabelecidos em legislação pertinente para as finalidades definidas no item 4.6
desta IT-DPO.

- Reúso direto: uso planejado de água de reúso, conduzida ao local da utilização


sem lançamento ou diluição prévia em corpos de água, superficial ou subterrâneo.

- Usuário de água de reúso: é a pessoa física ou jurídica de direito público ou


privado, que utilize água de reúso proveniente de ETE de sistemas públicos,
para as finalidades de usos definidas nesta IT-DPO.

- Produtor de água de reúso: é a pessoa jurídica de direito público ou privado,


que produz água de reúso proveniente de ETE de sistemas públicos, para as
finalidades de usos definidas nesta IT- DPO.
186

4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1. Esta IT-DPO complementa a documentação descrita na Portaria DAEE nº


1.630, de 30 de maio de 2017 e regulamentos complementares, que dispõem sobre
procedimentos para a obtenção da DVI e de outorga de recursos hídricos.

4.2. A documentação referente aos pedidos de outorga deverá ser protocolada


nas sedes das Diretorias da Bacia Hidrográfica ou em seus respectivos escritórios
de apoio, onde está inserida a ETE produtora de água de reúso, cujos endereços
estão disponíveis no sítio do DAEE na internet.

4.3. Todos os estudos e documentos elaborados para solicitação da DVI e de


outorga para o produtor de água de reúso devem ter responsável técnico
devidamente habilitado.

4.4. A critério do DAEE, poderão ser solicitados esclarecimentos ou feitas


exigências complementares àquelas estabelecidas na Portaria DAEE nº 1.630, de 30
de maio de 2017 e seu regulamento e nesta IT-DPO.

4.5. A água de reúso, para efeito desta IT-DPO, abrange as seguintes


modalidades de uso:

a. Irrigação paisagística, de caráter esporádico, ou sazonal, de parques,


jardins, campos de esporte e de lazer urbanos, ou áreas verdes de qualquer
espécie, inclusive nos quais o público tenha ou possa a vir ter contato direto;

b. Lavagem de logradouros e outros espaços, públicos e privados;

c. Construção civil, incorporada ao concreto não estrutural, cura de concreto


em obras, umectação para compactação em terraplenagens, lamas de perfuração
em métodos não destrutivos para escavação de túneis e instalação de dutos,
resfriamento de rolos compressores em pavimentação e controle de poeira em
187

obras e aterros;

d. Desobstrução de galerias de água pluvial e de rede de esgotos;

e. Lavagem de veículos especiais, a saber, caminhões de resíduos sólidos


domésticos, coleta seletiva, construção civil, trens e aviões;

f. Usos em processos, atividades e operações industriais.

4.6 . As demais práticas e modalidades de reúso, não regulamentadas por esta IT-
DPO, podem ser objeto de análise e manifestação do DAEE, condicionada a
parecer favorável da CETESB, no âmbito de suas competências legais,
conforme dispõe o Artigo 9º da Deliberação CRH nº 156, de 11/12/2013.

5. IMPLANTAÇÃO DE FUTURO PRODUTOR DE ÁGUA DE REÚSO

5.1. Empreendimentos considerados como produtores de água de reúso:

a. ETE a ser construída com a finalidade de produzir água de reúso:


deverá solicitar a DVI, se parte do efluente a ser tratado for lançado no
corpo hídrico.

b. ETE existente, com ou sem outorga de direito de uso: deverá


solicitar a DVI se pretender usar total ou parcialmente o efluente
atualmente lançado no corpo hídrico.

5.2. No requerimento constante do Anexo desta IT-DPO, devem constar informações


específicas para a solicitação da DVI pelo futuro produtor de água de reúso, a saber:

a. Vazão atual do lançamento superficial proveniente da ETE no corpo hídrico e


o valor dessa vazão a ser reduzido (parcial ou total);Descrição da operação
188

do futuro lançamento e do regime de evolução e de variação sazonal e diária


de vazões lançadas, para o período de validade da outorga a ser requerida;

5.3. Se o operador responsável pela ETE não possuir a outorga de direito de


uso de lançamento superficial e tiver indeferida a solicitação da DVI, deverá requerer
a regularização do lançamento atual no corpo hídrico, nos termos da Portaria DAEE
nº 1.630, de 30 de maio de 2017, no prazo de até 60 (sessenta) dias contados a
partir do recebimento do Informe de Indeferimento.

5.4. Os pedidos de DVI referidos nesta IT-DPO estão sujeitos ao pagamento


de taxa, no valor de 40 (quarenta) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo
(UFESP).

6. OUTORGA DE DIREITO DE USO PARA O FUTURO PRODUTOR DE ÁGUA DE


REÚSO

6.1. Campo de Aplicação para o futuro produtor de água de reúso:

b. ETE a ser construída: observará o disposto no item 6.2 desta IT-DPO.

c. ETE existente, com outorga de direito de uso: observará o disposto no item 6.3
desta IT-DPO.

d. ETE existente, sem outorga de direito de uso: observará o disposto no item 6.4
desta IT-DPO.

6.2. O futuro produtor de água de reúso, que obteve a DVI, deverá requerer a
outorga de direito de uso, se houver lançamento de efluente tratado no corpo
hídrico, decorrente da construção de uma nova ETE, conforme as exigências da
Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017 e regulamento complementar, para
lançamento, devendo, também, apresentar as seguintes informações
complementares:
189

a. Identificação dos potenciais usuários de água de reúso.


b. Cópia de folha na escala 1:50.000, do IBGE, com a indicação da
localização da ETE e dos pontos de destinação da água de reúso
(potenciais usuários).

6.3. O futuro produtor de água de reúso, que obteve a DVI, nos termos desta IT-
DPO, referente a ETE existente com outorga de direito de uso e que for usar parte
do efluente tratado para produzir água de reúso, deverá solicitar a reti-ratificação da
portaria da sua outorga vigente, apresentando a documentação e as informações da
Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017 e regulamentação complementar,
relacionada a lançamento, e as informações complementares descritas nas alíneas “
a” e “ b” do item 6.2. desta IT-DPO.

6.3.1. Após a reti-ratificação da Portaria da outorga de direito de uso do


lançamento de efluente tratado e o início de suas atividades como produtor de água
de reúso, este deverá observar o item 6.5. desta IT-DPO.

6.3.2. No caso da eliminação total do lançamento de efluentes em corpo hídrico


com outorga de direito de uso vigente, o futuro produtor de água de reúso deve
declarar sua desistência do uso e promover a desativação do ponto atual do
lançamento no corpo hídrico, conforme estabelecido na Portaria DAEE nº 1.630, de
30 de maio de 2017 e seu regulamento. Este pedido deverá ocorrer em até 60
(sessenta) dias do início das atividades do produtor de água de reúso.

6.3.3. O não cumprimento do prazo estabelecido no item acima, sujeitará o


produtor de água de reúso às penalidades previstas na Portaria DAEE n°1, de
02/01/1998 e suas atualizações, devido ao fato de “ infringir normas estabelecidas
nos regulamentos administrativos, compreendendo instruções e procedimentos
fixados pelos órgãos ou entidades competentes” , conforme estabelece o inciso VII
do art. 11 da Lei nº 7.663, de 30/12/1991.

6.4. O futuro produtor de água de reúso que obteve a DVI, nos termos desta IT-DPO,
e que não possui a correspondente outorga de Direito de Uso (ETE existente
190

com lançamento em situação irregular), e que for usar parte do efluente tratado
para produzir a água de reúso, deverá regularizar essa situação, conforme as
exigências da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017 e seu
regulamento complementar sobre lançamento e as informações complementares
descritas nas alíneas “ a” e “ b” do item 6.2. desta IT-DPO.

6.4.1. Após a emissão da outorga de direito de uso do lançamento de efluente


tratado e o início de suas atividades como produtor de água de reúso, este deverá
observar o item 6.5. desta IT-DPO.

6.4.2. No caso da eliminação total do lançamento de efluentes em corpo hídrico,


o futuro produtor de água de reúso deve declarar sua desistência do uso e promover
a desativação do ponto atual do lançamento no corpo hídrico, conforme estabelecido
na Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017 e seu regulamento. Este pedido
deverá ocorrer em até 60 (sessenta) dias do início das atividades do produtor de
água de reúso.

6.4.3. O não cumprimento do prazo estabelecido no item acima, sujeitará o


produtor de água de reúso às penalidades previstas na Portaria DAEE n°1, de
02/01/1998 e suas atualizações, devido ao fato de “ infringir normas estabelecidas
nos regulamentos administrativos, compreendendo instruções e procedimentos
fixados pelos órgãos ou entidades competentes” , conforme estabelece o inciso VII
do art. 11 da Lei nº 7.663, de 30/12/1991.

6.4.4. Se o operador responsável pela ETE tiver indeferida a solicitação de


outorga de direito de uso para ser um futuro produtor de água de reúso de forma
definitiva, este deverá requerer a regularização do lançamento atual no corpo
hídrico, nos termos da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017, em até 60
(sessenta) dias contados do recebimento do Informe de Indeferimento.

6.5. Após a emissão da outorga de direito de uso e o início de suas atividades, o


produtor de água de reúso deverá fornecer ao DAEE, anualmente e sempre que
solicitado, relatório técnico complementar com as seguintes informações:
191

a. Identificação do produtor e dos atuais e potenciais usuários de água de reúso;


b. Descrição das finalidades e as respectivas vazões e volumes diários que
serão utilizados por cada usuário de água de reúso, descrito no item anterior;
c. Vazão e volume diário de água de reúso que serão produzidos, distribuídos
ou utilizados pelo produtor da água de reúso;
d. Cópia (em papel tamanho A4) da folha 1:50.000 do IBGE com a indicação da
localização da ETE e dos pontos de destinação da água de reúso (atuais e
potenciais usuários).

c. OUTORGA DE DIREITO DE USO PARA O PRODUTOR DE ÁGUA


DE REÚSO JÁ INSTALADO

7.1. Campo de Aplicação para o produtor de água de reúso já instalado:

a. ETE existente, com outorga de direito de uso: observará o


disposto no item 7.2 desta IT-DPO.
b. ETE existente, sem outorga de direito de uso: observará o
disposto no item 7.3 desta IT-DPO.

7.2. O produtor de água de reúso com sua ETE em funcionamento (já


instalado), com outorga de direito de uso e que já utiliza parte do efluente tratado
para produzir água de reúso, deve solicitar a reti-ratificação da portaria da sua
outorga vigente, conforme disposto na Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de
2017 e regulamento complementar, fornecendo as informações complementares
descritas nas alíneas “ a” e “ b” do item 6.2. desta IT-DPO.

7.2.1. Após a reti-ratificação da portaria da outorga de direito de uso do


lançamento de efluente tratado, o produtor de água de reúso deverá observar o item
6.5. desta IT-DPO.

7.2.2. No caso da eliminação total do lançamento de efluentes em corpo hídrico


192

com outorga de Direito de Uso vigente, o produtor de água de reúso deverá


proceder conforme descrito no item
6.4.2. desta IT-DPO.

7.3. O produtor de água de reúso com sua ETE em funcionamento (já


instalado), que não possui a correspondente outorga de direito de uso (ETE
existente em situação irregular), e que já utiliza parte do efluente tratado para
produzir a água de reúso, deverá regularizar essa situação, conforme as exigências
da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017 e regulamento complementar,
relacionado a lançamento, e fornecendo as informações complementares descritas
nas alíneas “ a” e “ b” do item 6.2. desta IT-DPO.

7.3.1. Após a emissão da outorga de direito de uso do lançamento de efluente


tratado, o produtor de água de reúso deverá observar o item 6.5. desta IT-DPO.

7.3.2. Não será necessário solicitar outorga de direito de uso, nos casos em que
todo efluente tratado for destinado a fornecimento de água de reúso (não existe
lançamento de efluente em corpo hídrico).

8. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS PARA USUÁRIOS DE ÁGUA DE REÚSO


PROVENIENTES DE ETE

8.1. Os usuários de água de reúso, definidos no item 3. desta IT-DPO, que


passarem a ter pontos de lançamento em corpo hídrico, decorrentes da utilização da
água de reúso (ou que ampliarem as vazões ou períodos de lançamento em corpo
hídrico), devem requerer a respectiva outorga do lançamento superficial, nos termos
previstos na Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017 e regulamento
complementar, relacionado a lançamento, fazendo o recolhimento das taxas
correspondentes, previstas no regulamento da portaria mencionada.

8.2. Não será objeto de outorga de lançamento de efluentes, os casos em que a


água de reúso for consumida em circuito fechado (exemplo: refrigeração de
equipamentos industriais) ou quando após o seu uso, for descartada para rede
193

pública de coleta de efluentes.

9. DISPOSI ÇÕES FINAIS

9.1. Esta IT-DPO revoga a IT-DPO n° 07, de 01/06/2015.

9.2. Esta IT-DPO entra em vigor a partir de 1° de julho de 2017.


194

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 13 ANEXO

Requerimento para obtenção de Declaração sobre Viabilidade de Implantação (DVI)


para empreendimento produtor de água de reúso.

Senhor (a) Diretor (a) da Diretoria da Bacia do ______________________ ,do


DAEE:

Eu, ______________________ ,ao final qualificado, proprietário/representante


legal do empreendimento abaixo descrito, venho requerer a Vossa Senhoria a
emissão da DVI, nos termos da Portaria DAEE nº 1.630 de 30 de maio de 2017 e
Instrução Técnica DPO nº 13, sobre a viabilidade de implantação de
empreendimento produtor de água de reúso direto, não potável, proveniente de
Estações de Tratamento de Esgoto Sanitário de Sistemas Públicos – ETEs, sob os
aspectos relacionados com os usos em recursos hídricos que ele promoverá, que
são descritos a seguir:

DADOS DO REQUERENTE

1. Nome/Razão Social:
2. CPF/CNPJ:
3. Endereço de correspondência:
4. Telefone de contato:
5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

1. Endereço:
2. Indicar qual é a situação do empreendimento, conforme segue (assinalar
195

somente uma alternativa):

• ETE a ser construída com a finalidade de produzir água de reúso, com parte
do efluente, a ser tratado, empregado como água de reúso e o restante
lançado no corpo hídrico.
• ETE existente, com ou sem outorga de direito de uso, com parte do efluente
atualmente lançado no corpo hídrico a ser empregado como água de reúso.
• ETE existente, com ou sem outorga de direito de uso, com o total do efluente
atualmente lançado no corpo hídrico a ser empregado como água de reúso.

3. Descrever quais são as modalidades (finalidades) dos usos, novos ou existentes,


que serão atendidos pelo empreendimento (conforme IT-DPO nº 09):
4. Qual o período de funcionamento do empreendimento (meses/ano, dias/mês,
h/dia):
5. Nome do curso d’ água:
6. Coordenadas Geográficas do ponto de lançamento (Graus, Minutos e Segundos):
7. Vazão atual do lançamento superficial proveniente da ETE no corpo hídrico e o
valor dessa vazão a ser reduzido, conforme segue:

a. Volume diário médio anual: m³;


b. Porcentagem a ser reduzida: ____ %
c. Volume diário máximo: ____ m³; Período diário de lançamento: ____ h/dia;
d. Porcentagem a ser reduzida: ____%
e. Vazão máxima instantânea: ____ m³/h;
f. Porcentagem a ser reduzida: %

d. Descrição da operação do futuro lançamento e do regime de evolução


e de variação sazonal e diária de vazões lançadas, para o período de
validade da outorga a ser requerida;

Declaro, estar ciente de que o DAEE poderá solicitar, para análise do pedido ora
formulado, dados e informações complementares, os quais serão fornecidos no
196

prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena de indeferimento deste
requerimento; bem como conhecer as legislações ambiental e de recursos hídricos,
em especial sobre produção e utilização de água de reúso, tanto federal quanto
estadual, e que todos os estudos, projetos e obras relacionados com
empreendimento em questão serão executados sob responsabilidade técnica de
profissional devidamente habilitado, sendo que os documentos correlatos estarão à
disposição do DAEE, durante fiscalização, ou quando solicitados.

Declaro estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por meio
do correio eletrônico informado acima.

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e


penal, que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam
integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento.

__________________, _____ de _______________ de ______

________________________________________________
(Assinatura)
Nome proprietário/representante legal: CPF:
Telefone de contato: (_ ) -
Endereço de correio eletrônico para contato:

Fonte: http://www.daee.sp.gov.br/images/documentos/outorgaefiscalizacao/it_dpo13
_reuso.pdf
197

DECISÃO NORMATIVA Nº 059, DE 09 MAIO 1997.

Dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas que atuam nas atividades de


planejamento, pesquisa, locação, perfuração, limpeza e manutenção de poços
tubulares para captação de água subterrânea e dá outras providências.

O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, em sua Sessão


Ordinária nº 1.271, de 09 MAIO 1997, realizada em Brasília-DF, ao aprovar a
Deliberação nº 074/97, da CEP - Comissão de Exercício Profissional, na forma do
inciso III, do artigo 10, do Regimento do CONFEA aprovado pela Resolução nº 373,
de 16 de dezembro de 1992,

Considerando o artigo 59 da Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966;

Considerando a Lei Federal nº 6.839, de 30 de outubro de 1980, que "dispõe sobre o


registro de empresas nas entidades fiscalizadoras do exercício de profissões";

Considerando o artigo 11 da Resolução do CONFEA nº 218/73, que discrimina as


atividades da profissão de Geólogo;

Considerando o artigo 14 da Resolução do CONFEA nº 218/73, que discrimina as


atividades da profissão de Engenheiro de Minas;

Considerando a Resolução do CONFEA nº 336, de 27 de outubro de 1989, que


"dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas dos Conselhos Regionais de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia";

Considerando a conceituação de pesquisa mineral como a "execução de trabalhos


necessários à definição da jazida, sua avaliação e determinação da exeqüibilidade
de seu aproveitamento econômico" estabelecida pelo artigo 14 do Decreto Lei nº
227, de 28 de fevereiro de 1967 - Código de Mineração;

Considerando a NB-588 e a NB-1290, de março de 1990, da Associação Brasileira


de Normas Técnicas, referentes a "Projeto de poço para captação de água
198

subterrânea" e "Construção de poço para captação de água subterrânea",


respectivamente, DECIDE:

1 - A pessoa jurídica que se constitua para prestar ou executar serviços de


planejamento, pesquisa, locação, perfuração, limpeza e manutenção de poços
tubulares para captação de água subterrânea deverá proceder o devido registro nos
CREAs.

2 - A pessoa jurídica enquadrada no item 1 deverá indicar como responsável técnico


um profissional Geólogo ou Engenheiro de Minas.

2.1 - Poderão, ainda, responsabilizar-se tecnicamente pelas atividades descritas no


item 1. da presente Decisão Normativa, os profissionais com atribuições constantes
no Decreto nº 23.569/33, que comprovem ter cursado disciplinas de caráter
formativo pertinentes às mencionadas atividades, sendo seu currículo escolar
submetido à análise da Câmara Especializada de Geologia e Minas.

MARCOS TÚLIO DE MELO

Presidente do Conselho em Exercício

Publicado no D.O.U. de 28 MAIO 1997 – Seção I – Pág. 11.146


Fonte: http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=613&idTipo
Ementa=1&Numero
199

Resolução Conjunta SMA/SERHS nº 1 , de 23 de Fevereiro de 2005

“Regula o Procedimento para o Licenciamento Ambiental Integrado às


Outorgas de Recursos Hídricos”

Os Secretários de Estado do Meio Ambiente e de Energia, Recursos Hídricos e


Saneamento, no uso das suas atribuições legais e considerando a necessidade
de integração de procedimentos dos instrumentos das Políticas Estaduais do
Meio Ambiente e de Recursos Hídricos;

Resolvem:

Artigo 1º - Ficam estabelecidos os seguintes procedimentos para a integração


das autorizações ou licenças ambientais com as outorgas de recursos hídricos
entre os órgãos e entidades componentes do Sistema Estadual de Meio
Ambiente e do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Parágrafo único - Os procedimentos de análise das autorizações ou licenças


ambientais e das outorgas de recursos hídricos deverão considerar as
prioridades estabelecidas nos Planos de Recursos Hídricos, bem como o
princípio dos usos múltiplos, previstos na Lei Estadual nº 7.663, de 30 de
dezembro de 1991.

Artigo 2º - Para fins desta Resolução, são adotadas as seguintes definições:

I - Licenciamento ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão


ambiental competente, licencia a localização, instalação, ampliação e a
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, ou daquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as
disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso;
200

II - Licença ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental


competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental
que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para
localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras
dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou
aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental;

III - Licença Prévia – LP: concedida na fase preliminar do planejamento de


empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando
a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes
a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;

IV - Licença de Instalação - LI: autoriza a instalação do empreendimento ou


atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas
e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais
condicionantes, da qual constituem motivo determinante;

V - Licença de Operação: autoriza a operação da atividade ou empreendimento,


após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças
anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes
determinadas para a operação;

VI - Parecer Técnico Florestal: relatório ou manifestação do DEPRN, nos


processos para obtenção de licenças em tramitação no DAEE ou em outros
órgãos públicos.

a) o Parecer deve ser acompanhado de planta do imóvel ou da obra com as


devidas demarcações, legendas e assinatura do técnico responsável.

b) o Parecer não autoriza o início da implantação do empreendimento, sendo


obrigatória para isso a emissão da autorização correspondente ou da licença
correspondente.
201

VII - Autorização para supressão de vegetação: ato administrativo pelo qual o


DEPRN autoriza a supressão de vegetação, o corte de árvores nativas e a
intervenção em áreas de preservação permanente definidas na Lei Federal nº
4.771/65;

a) a autorização é emitida, considerando as restrições legais relativas ao


aspecto florestal e ao uso e ocupação da área, e obrigatoriamente
acompanhada de planta assinada pela autoridade florestal;

b) a autorização e plantas (originais) devem permanecer no local da


atividade para fins de fiscalização.

VIII - Outorga de Recursos Hídricos: modalidades de outorga definidas no artigo


1º do Decreto Estadual nº 41.258, de 31.10.1986, entre as quais se destacam:

a) Outorga de Implantação de Empreendimento: ato administrativo pelo qual o


DAEE declara a disponibilidade de água para os usos requeridos ou aprova uma
interferência no recurso hídrico, não conferindo a seu titular o direito de uso
ou interferência destinando-se apenas a reservar a vazão passível de outorga,
ou aprovar a implantação de obras.

b) Outorga de direito de uso de recursos hídricos: ato administrativo mediante


o qual o DAEE faculta ao requerente o direito de uso dos recursos hídricos, por
prazo determinado, nos termos e condições expressas no respectivo ato.

IX - Licença de Execução de Poço: é o ato pelo qual o DAEE faculta a


execução de obra que possibilita a exploração ou pesquisa de água
subterrânea.
XI - Plano de recursos hídricos: é o plano diretor elaborado por bacia
hidrográfica, que fundamenta e orienta a implementação da política e do
gerenciamento dos recursos hídricos.
202

Artigo 3º - Ficam sujeitos à outorga de recursos hídricos:

I - A implantação de qualquer empreendimento que possa demandar a


utilização ou interferência nos recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos;
limitando -se a outorga apenas a reservar a vazão passível de futura outorga de
direito de uso, ou apenas autorizando o desenvolvimento dos projetos de obras
a serem posteriormente autorizadas ,

II - A execução de obras ou serviços que possam alterar o regime, a


quantidade e a qualidade desses mesmos recursos;
III - A execução de obras para extração de águas subterrâneas;
IV - A derivação de água, do seu curso ou depósito, superficial ou subterrânea;
V - O lançamento de efluentes em corpos de água.

Artigo 4º - Ficam sujeitos à licença ambiental:

I – as fontes de poluição relacionadas no art. 57 do Regulamento da Lei


Estadual nº 997/76, aprovado pelo Decreto Estadual n.8.468/76;

II – os empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,


considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob
qualquer forma, de causar degradação ambiental, consoante o disposto no
artigo 10 da Lei Federal nº 6938, de 31.10.81, notadamente, os relacionadas no
Anexo da Resolução n. 237/97, do CONAMA.

Artigo 5º - Exceto nos casos previstos no artigo 6º, o pedido de outorga de


direito de uso de recursos hídricos, apresentado ao DAEE, nas hipóteses
estabelecidas nos incisos II, IV e V do artigo 3º deverá vir instruído com o
protocolo, no DEPRN, do pedido de autorização para supressão de vegetação,
para interferência em área de preservação permanente ou intervenção em
unidades de conservação. Quando couber, O DEPRN deverá ouvir o IBAMA e o
órgão responsável pela administração da unidade de conservação,
203

respectivamente, antes da emissão da autorização pleiteada.

§ 1º - O protocolo de que trata este artigo é substituído pelo Parecer Técnico


Florestal, nos casos de canalizações fechadas a serem executadas em
qualquer lugar, ou de obras hidráulicas a serem executadas em Unidades de
Conservação.

§ 2º - Se, no exame do pedido feito ao DEPRN forem constatados


impedimentos que exijam alterações no projeto, será expedido Parecer Técnico
Florestal que indicará tais impedimentos, encaminhando ao DAEE pelo DEPRN.

§ 3º - O DEPRN somente emitirá as autorizações de que trata o “caput” deste


artigo mediante apresentação, pelo interessado, do protocolo do pedido de
outorga do direito de uso de recursos hídricos feito ao DAEE.

§ 4º - As autorizações referidas no parágrafo anterior serão emitidas sob


condição da concessão da outorga, condição essa expressa no instrumento da
autorização.

Artigo 6º - Nos casos sujeitos à licença ambiental, a emissão da Licença Prévia


(LP) pela CPRN ou pela CETESB, para os empreendimentos que tenham
interface com recursos hídricos, terá como pré-requisito a outorga de
implantação de empreendimento emitida pelo DAEE, definida no inciso VIII,
Artigo 2º desta Resolução.

Artigo 7º - Para emissão da outorga de direito de uso ou interferência nos


recursos hídricos, o DAEE solicitará como pré -requisito a Licença de Instalação
(LI), para as atividades sujeitas ao licenciamento ambiental.

Parágrafo Único – A licença de instalação será entregue ao interessado


204

juntamente com as autorizações para supressão de vegetação e para


interferência em área de preservação permanente.

Artigo 8º - Para emissão da Licença de Operação (LO), em empreendimentos


sujeitos ao licenciamento ambiental, e que tenham interface com os recursos
hídricos, a emissão terá como pré-requisito a outorga de direito de uso emitida
pelo DAEE.

Artigo 9º - Os empreendimentos legalmente implantados e que venham modificar


o projeto original, deverão submeter essas alterações a CPRN ou CETESB e ao
DAEE para nova análise, independentemente da validade das licenças ou
outorgas emitidas.

Artigo 10 - Os usos e interferências, em recursos hídricos de domínio da União,


deverão observar, além da legislação ambiental, o disposto na Lei Federal nº
9.984, de 17 de julho de 2000, e sua regulamentação.

Artigo 11 - Esta Resolução entra em vigor noventa dias após a sua


publicação.

MAURO GUILHERME JARDIM ARCE

Secretário de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento


JOSÉ GOLDEMBERG
Secretário do Meio
205

Resolução SES/SERHS/SMA n.º 3, de 21 de junho de 2006

Dispõe sobre procedimentos integrados para controle e vigilância de soluções


alternativas coletivas de abastecimento de água para consumo humano proveniente
de mananciais subterrâneos.

Os Secretários de Estado do Meio Ambiente, de Energia, Recursos


Hídricos e Saneamento, e da Saúde no uso de suas atribuições legais e
considerando que:

A Lei Estadual nº 7.663, de 30 de Dezembro de 1991, estabelece a Política


Estadual de Recursos Hídricos, bem como o Sistema Integrado de Gerenciamento
de Recursos Hídricos, e tem por objetivo assegurar que a água, recurso natural e
essencial a vida, ao desenvolvimento econômico e ao bem estar social, possa ser
controlada e utilizada, em padrões de qualidade satisfatórios, por seus usuários
atuais e pelas gerações futuras, em todo território do Estado de São Paulo.

A Lei Estadual nº 6.134, de 02 de junho de 1988, dispõe sobre a preservação


e conservação das águas subterrâneas no Estado de São Paulo, fiscalização
de sua exploração, medidas de prevenção e controle de sua poluição e
manutenção do seu equilíbrio físico, químico e biológico.

A Portaria do Ministério da Saúde nº 518, de 26 de março de 2004, estabelece os


procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e a vigilância da qualidade
da água e o seu padrão de potabilidade, para sistemas e soluções alternativas de
abastecimento para consumo humano.

O histórico de uso e ocupação do solo, no tocante aos passivos ambientais e às


atividades com potencial de contaminação, pode comprometer a qualidade das
206

águas subterrâneas.

Há necessidade do usuário de solução alternativa coletiva de abastecimento de


água de executar o controle operacional das unidades de captação, adução,
tratamento, reservação e distribuição.

Há necessidade de maior aprimoramento, compatibilização e integração dos


procedimentos técnicos e administrativos de controle de exploração, poluição e uso
dos recursos hídricos subterrâneos como solução alternativa de abastecimento de
água para consumo humano.

RESOLVEM:

Artigo 1º - Estabelecer procedimentos entre os órgãos e entidades dos


Sistemas Estaduais do Meio Ambiente, Saúde e Recursos Hídricos para
compatibilização das autorizações, licenças ambientais e do cadastro e
monitoramento com as outorgas de recursos hídricos subterrâneos.

§ 1° - Serão consideradas como condicionantes para análise e emissão da outorga,


as áreas de restrição e controle estabelecidas pelo Conselho Estadual de Recursos
Hídricos- CRH, as áreas contaminadas declaradas pela Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental - CETESB e as fontes pontuais com potencial de
contaminação do solo e das águas subterrâneas listadas na relação do anexo I.

§ 2° - Os procedimentos de análise técnica das autorizações, das licenças


ambientais e das outorgas de recursos hídricos devem considerar as prioridades
estabelecidas nos Planos, Estadual de Recursos Hídricos e de Bacias e a
manifestação das autoridades envolvidas com as concessões, autorizações e
permissões dos serviços de abastecimento público, relativa a disponibilidade de
quantidade e de qualidade da água, quando for o caso.
207

Artigo 2º - Para fins desta resolução serão adotadas as seguintes


definições:

I – Atos de Outorga de recursos hídricos:

a) Outorga de Implantação de Empreendimento: ato administrativo pelo qual o


Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE declara a disponibilidade de água
para os usos requeridos ou aprova uma interferência no recurso hídrico, não
conferindo a seu titular o direito de uso ou interferência, destinando-se apenas a
reservar a vazão passível de outorga, ou aprovar a implantação de obras.
b) Licença de Execução de Poço: é o ato pelo qual o DAEE faculta a execução de
obra que possibilita a exploração ou pesquisa de água subterrânea.
C) Outorga de direito de uso de recursos hídricos: ato administrativo mediante o
qual o DAEE faculta ao requerente o direito de uso dos recursos hídricos, por
prazo determinado, nos termos e condições expressas no respectivo ato.

II – Autorizações e/ou licenças ambientais:

a) Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente


estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão
ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar,
instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos
ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental;

b) Parecer Técnico CETESB: relatório ou manifestação da Companhia de


Tecnologia de Saneamento Ambiental para instruir os processos de obtenção de
outorgas em tramitação no DAEE, para os casos de poços localizados até uma
distância de 500m de uma área já declarada contaminada pela CETESB.

c) Parecer Técnico Florestal: relatório ou manifestação do Departamento


Estadual Proteção dos Recursos Naturais - DEPRN, para instruir os processos
208

de obtenção de outorgas em tramitação no DAEE.

d) Autorização para supressão de vegetação: ato administrativo pelo qual o


DEPRN autoriza a supressão de vegetação, o corte de árvores nativas e a
intervenção em áreas de preservação permanente definidas na Lei Federal nº
4.771/65;

III - Cadastro da Vigilância Sanitária: procedimento administrativo relativo ao


registro do estabelecimento, equipamentos e instalações de interesse à vigilância
sanitária para fins de avaliação e gerenciamento de riscos à saúde.

IV - Sistema de abastecimento de água para consumo humano: instalação


composta por conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, destinados à
produção e à distribuição canalizada de água potável para populações, sob a
responsabilidade do poder público, mesmo que administrada em regime de
concessão ou permissão.

V - Solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo


humano: Toda modalidade de abastecimento coletivo de água, distinta do
sistema de abastecimento para consumo humano sob responsabilidade do
poder público. Para efeito dessa Resolução classificam-se em dois tipos:

a) Solução alternativa coletiva Tipo I: modalidade de abastecimento com


captação de água subterrânea destinada a uso próprio, incluindo entre outros
poços comunitários e condominiais.

b) Solução alternativa coletiva Tipo II: modalidade de abastecimento com


captação de água subterrânea destinada a uso de terceiros, por meio da
distribuição por veículos transportadores.

VI – Fonte potencial de contaminação de solo e águas subterrâneas: área, local,


209

instalação, edificação ou benfeitoria onde são ou foram desenvolvidas atividades


que por suas características possam manipular ou acumular quantidades ou
concentrações de matérias e/ou substâncias em condições que possam torná- la
contaminada.

VII - Área contaminada: área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria,


que contém quantidades ou concentrações de matérias e/ou substâncias em
condições que causem ou possam causar danos à saúde humana, ao meio
ambiente ou a outro bem a proteger.

Artigo 3- Para requerer a Outorga de Autorização de Implantação de


Empreendimento, para as soluções alternativas coletivas de abastecimento de
água dos Tipo I e II junto ao DAEE o interessado, além das exigências
estabelecidas na Portaria DAEE nº 717, de 12 de dezembro de 1996, deverá
indicar a localização do poço em mapa na escala 1:10.000, quando disponível, ou
1:50.000, descrevendo o uso e a ocupação do solo e indicando as fontes pontuais
com potencial de contaminação do solo e das águas subterrâneas (relação do
anexo I) ou áreas já declaradas contaminadas pela CETESB, abrangendo um raio
de 500m do ponto de perfuração.

Parágrafo único: Nos casos em que houver área declarada contaminada, em um


raio de 500m do ponto da perfuração, o usuário deverá apresentar ao DAEE
Parecer Técnico da CETESB, referente a qualidade ambiental.

Artigo 4º - Quando o poço estiver em área de restrição e controle declarada pelo


Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CRH, o DAEE considerará as
condicionantes estabelecidas na sua deliberação para análise do pedido de Outorga
de Autorização de Implantação de Empreendimento.

Artigo 5º - Ao requerer a Outorga de Autorização de Implantação de


Empreendimento para as soluções alternativas coletivas de abastecimento de água
210

do Tipo II, o usuário deverá apresentar ao DAEE, além do disposto na Portaria


DAEE nº 717, de 12 de dezembro de 1996, a manifestação do poder público
municipal quanto à compatibilidade da implantação da atividade em relação ao uso
e ocupação do solo.

Artigo 6° - Para requerer a Outorga de Licença de Execução de Poço, para as


soluções alternativas coletivas de abastecimento de água dos Tipos I e II, o
interessado deverá também atender as exigências estabelecidas na Portaria
DAEE nº 717, de 12 de dezembro de 1996.

Artigo 7° - Para requerer a Outorga de Direito de Uso das Águas Subterrâneas


para as soluções alternativas coletivas de abastecimento de água dos tipos I e II,
o interessado deverá atender as exigências da Portaria DAEE nº 717, de 12 de
dezembro de 1996, as condicionantes estabelecidas na Licença de Execução de
Poço e apresentar:

I – Cadastro do órgão de Vigilância Sanitária, de acordo com a Resolução


SS-4 de 10/01/03 ou outra que venha substituí- la.

II – Laudos analíticos da água bruta coletada diretamente no poço, para pH e


para os parâmetros listados nas tabelas 1, 3 e 5 da Portaria nº 518, do Ministério
da Saúde, de 26 de março de 2004, exceto o parâmetro microcistinas,
desinfetantes e produtos secundários da desinfecção.
III – Licença de Instalação emitida pelo órgão ambiental competente, no caso de
poços localizados em empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental.
IV -Protocolo do DEPRN de pedido de autorização para supressão de
vegetação, nos casos em que for necessária a retirada de vegetação nativa para
implantação do poço.

Parágrafo único: Em caráter excepcional, poderão ser admitidos, na


comprovada impossibilidade de localização em outra área, a implantação de
poços em áreas de preservação permanente, definidas no artigo 2º do Código
Florestal, mediante a apresentação de Parecer Técnico do DEPRN para essa
211

intervenção.

Artigo 8° - Na renovação da Outorga de Direito de Uso das Águas Subterrâneas


utilizadas em soluções alternativas coletivas de abastecimento de água dos tipos I
e II deverá ser apresentado ao DAEE:

I- Laudos analíticos da água bruta coletada diretamente no poço, para pH e para


os parâmetros constantes das tabelas 1, 3 e 5, constantes da Portaria do
Ministério da Saúde nº 518, de 26 de março de 2004, exceto o parâmetro
microcistinas, desinfetantes e produtos secundários da desinfecção.

II- Atualizar no Relatório de Avaliação de Eficiência (RAE) os dados relativos ao


uso e a ocupação do solo, indicando as fontes pontuais com potencial de
contaminação de solo e das águas subterrâneas ou áreas já declaradas
contaminadas pela CETESB, em um raio de até 500 metros do ponto de
perfuração do poço.

Artigo 9º - Em caso de renovação da Outorga de Direito de Uso das Águas


Subterrâneas e da regularização de poços já existentes, o DAEE fará as
exigências do disposto nesta Resolução, adequando-as as situações existentes.

Artigo 10 - Para fins de monitoramento da qualidade da água para consumo


humano e seu padrão de potabilidade, além das exigências descritas na Portaria
nº 518, do Ministério da Saúde, de 26 de março de 2004, o usuário deverá
apresentar à autoridade sanitária competente:

I – Laudos analíticos anuais da água com os parâmetros constantes das tabelas 1,


3 e 5, exceto o parâmetro microcistinas, constantes da Portaria do Ministério da
Saúde nº 518, de 26 de março de 2004 em locais onde existam fontes pontuais
com potencial de contaminação do solo e das águas subterrâneas, em um raio de
até 500 metros do ponto de perfuração do poço.
212

II – Laudos analíticos da água conforme os parâmetros e freqüência


determinados pelo órgão ambiental em locais onde existam áreas contaminadas
em um raio de até 500 metros do ponto de perfuração do poço.

§ 1° - A critério dos órgãos ambientais e de saúde, poderá ser exigida uma


amostragem mais rigorosa, em termos de periodicidade e de parâmetros
analisados, em decorrência das características e do histórico de uso e ocupação do
solo da região.

§ 2° - Para soluções alternativas de abastecimento coletivo do tipo II aplica-se a


Resolução nº 48, da Secretaria Estadual da Saúde, de 31 de março de 1999, ou
outra que venha a substituí- la..

Artigo 11 – As amostras deverão ser coletadas pelos laboratórios que


executarão as análises, garantido a rastreabilidade da amostra.

Artigo 12 – Os laudos de análises físico-químicas da água devem ser


apresentados segundo o modelo constante no anexo 2 desta resolução que
tem por referência a Portaria nº 518, do Ministério da Saúde, de 26 de março
de 2004.

Parágrafo único: Recomenda-se que as análises sejamr realizadas em


laboratórios que atendam aos quesitos estabelecidos pela Norma NBR ISO/IEC
17025, de janeiro de 2001 ou outra que venha substituí- la, demonstrando que têm
implementado um sistema de qualidade, são tecnicamente competentes e que são
capazes de produzir resultados tecnicamente válidos.

Artigo 13 – Os Órgãos Gestores das águas subterrâneas, nos casos em que


constatarem desconformidades em relação ao uso, quantidade e a qualidade,
213

deverão notificar-se mutuamente.

Artigo 14 - O DAEE, a CETESB, o Instituto Geológico - IG e o Centro de Vigilância


Sanitária, deverão em um prazo de até 360 dias, estruturar e propor um Sistema de
Informações destinado ao conhecimento e controle de informações referentes ao
uso da água subterrânea em soluções alternativas coletivas de abastecimento de
água, assim como promover ações de comunicação social visando a orientação de
usuários de poços e a população em geral.

Artigo 15 – Esta Resolução não se aplica aos poços que abastecem residências
unifamiliares, objeto de outorga, de acordo com a Portaria DAEE nº 717, de 12 de
Dezembro de 1996, Decreto Estadual 32.955, de 7 de fevereiro de 1991, Lei
Estadual nº 6.134, de 02 de junho de 1988, e passíveis de vigilância dos órgãos de
saúde.

Fonte: http://www.daee.sp.gov.br/legislacao/arquivos/1465/resolucaosma3.pdf
214

Anexo 1-Fontes pontuais com potencial de contaminação do solo e das


águas subterrâneas

Tipologia Atividades Principais


Minerais Metálicos Extração e beneficiamento de minerais Ferro, chumbo, alumínio, cobre,
metálicos ferrosos e não ferrosos cromo, cádmio, estanho, níquel,
manganês, vanádio, antimônio

Minerais Não Metálicos Extração e beneficiamento de minerais Alumínio, ferro, manganês bário;
não metálicos (fosfatos, baritas, piritas, berílio; nitratos, sulfatos,
nitratos, potássio, fósforo, enxofre, fluoretos; asbestos.
amianto, talco, grafite natural)
Petróleo, Gás Natural, Extração de petróleo cru, gás natural, Hidrocarbonetos, fenóis, ácidos e
Carvão Mineral. xisto, carvão, areias betuminosas, linhito, bases
turfa, antracito, hulha.

Refino de Petróleo, Fabricação de: produtos do refino do Hidrocarbonetos, fenóis, ácidos e


Coque, Combustíveis petróleo (butano, GLP, metano, propano, bases, potássio, nitrato, sulfato,
Nucleares e Álcool. gasolina, nafta, gás natural, querosene vanádio, antimônio, bário, berílio,
comum e de aviação); óleos (diesel, tálio, mercúrio, selênio, resíduos
combustível, gasóleo); produtos radioativos, hdrocarbonetos
aromáticos; ceras minerais; policíclicos-PAH

Produtos Minerais Não fi


Fabricação hde canos, manilhas,
li á Chumbo, cobre, cromo, níquel,
ladrilhos,
Metálicos azulejos, tubos, conexões, mosaicos, cádmio, antimônio, bário,
pastilhas, artefatos de cré, material alumínio, tálio, silicatos.
sanitário, porcelana, faiança e misturas
betuminosas

Material Refratário Fabricação de materiais aluminosos, Chumbo, cobre, cromo, níquel,


silicosos, silico- aluminosos, silicatos, alumínio.
grafitosos, pós-exotérmicos e
refratários
Metalurgia Básica Produção de ferro e aço; fundidos, Ferro, cádmio, chumbo, cobre,
laminados, forjados, soldas e ânodos; cromo, bário níquel, antimônio,
metalurgia de metais preciosos; galvânica cianetos, asbestos, bifenilas
(tempera, cementação, cromação, policloradas-PCB, solventes,
zincagem, niquelação, anodização hidrocarbonetos, tintas, óleos e
estanhagem e douração) graxas

Máquinas e Fabricação de máquinas, Ferro, alumínio, chumbo, cobre,


Equipamentos equipamentos e acessórios em geral cromo, cádmio, níquel, vanádio,
antimônio, tungstênio, cianetos,
hidrocarbonetos, óleos e
215

Material Elétrico e Fabricação de : materiais equipamentos e Ácidos, bases, fenóis,


Eletrônico acessórios para produção, transmissão e hidrocarbonetos, chumbo, cobre,
distribuição de energia elétrica de alta e cromo, níquel, cádmio, mercúrio,
baixa tensão; pilhas, baterias e lâmpadas antimônio, bário, óleos e graxas

Equipamentos de Fabricação e montagem de veículos Ferro, cádmio, chumbo, cobre,


Transporte (rodoviários e ferroviários), reboques, cromo, berílio, níquel, cianetos,
carrocerias, máquinas, motores e hidrocarbonetos, tintas e
turbinas; construção e reparação de solventes
embarcações e aeronaves, incluindo
peças e acessórios
Produtos de Madeira Peças e artefatos de madeira com Hidrocarbonetos, chumbo,
tratamento a base de produtos cobre, cromo compostos
químicos, preservação e imunização da organoclorados,
madeira
Celulose e Papel Fabricação de : celulose, pasta mecânica, Óleos e graxas, ácidos, bases;
polpa de madeira, papel, papelão e bário, alumínio, chumbo, cádmio,
cartolina cromo, sulfetos, cloretos

Borracha Beneficiamento de borracha natural e Selênio, hidrocarbonetos, cianetos


produção de borracha sintética

Couros e Peles Preparação de Couros e Fabricação de Cromo, níquel, cádmio, bário,


Artefatos de Couro, Artigos de Viagem e cianeto, fluoretos, ácidos, óleos
Calçados; secagem, salga, curtimento e e graxas, sódio, corantes
outras preparações de couros e peles,
inclusive subprodutos
Química Fabricação de produtos químicos, Ácidos, bases, metais, solventes,
petroquímicos e agroquímicos fenóis, cianetos

Farmacêutica e Fabricação de medicamentos Ácidos, bases, metais,

Veterinária solventes, fenóis, cianetos

Perfumaria Fabricação de produtos de perfumaria e Óleos e graxas, glicerina, chumbo


cosméticos zinco
216

Sabões e Fabricação de sabões, detergentes e Fluoretos, surfactantes


Detergente domossanitários
s
Utilidade Pública Aterros Sanitários, aterros industriais, estações
e Tratamento de de tratamento de esgotos, cemitérios, Ácidos, bases, metais, solventes,
Efluentes e incineradores; estação de tratamento de águas fenóis, cianetos
Resíduos residuárias industriais; recuperação de tambores

Serviços Lavanderias a sêco, oficinas mecânicas, Amônia, solventes,


garagens de veículos de transporte coletivo, hidrocarbonetos,
Têxtil Beneficiamento e acabamento de fios e Chumbo, cobre, cromo,
tecidos cianetos, hidrocarbonetos,
Gráfica Serviços de impressão em geral, excetuando Chumbo, cádmio, cromo,
serviços de computação gráfica e utilização de solventes
meios digitais

Alimentícia Abatedouros, matadouros, frigoríficos Sódio

Combustíveis e Bases de distribuição de produtos químicos e Hidrocarbonetos, fenol, óleos e


Produtos combustíveis graxas, etanol e metanol,

FONTES: Manual de gerenciamento de áreas contaminadas - CETESB


Cadastro Nacional de Atividades Econômicas – CNAE

1. 2, 3
Anexo 2 Modelo de Boletim de Análise

1. IDENTIFICAÇÃO DO LABORATÓRIO
Razão social: CNPJ
Endereço Rua: nº complemento:
Bairro: CEP: Município:
Telefone:

2. NÚMERO DA AMOSTRA:

3. DADOS DO CLIENTE:
Nome/Razão Social:
CNPJ/CPF
Endereço: Rua: Complemento:
Bairro: CEP:
Fone/fax:
Município:
Estado:
217

4. DADOS DE COLETA DE CAMPO


Local/descrição

Coletor Nome: RG:


Data e hora da Coleta _____/_____/_______ ______:______
Tipo de amostra Água bruta ? Água tratada ?
Chuvas ultim. 24 horas Sim__________ Não__________
Cloro residual livre _______mg/L Cl
pH ________
Temperatura do ar: _____ºC da água: ______ºC

5. DADOS DO RECEBIMENTO DA AMOSTRA NO LABORATÓRIO


Data e hora do recebimento _____/_____/_______ ______:______
Observações:
218

6. RESULTADOS ANALÍTICOS

PARÂMETRO RESULTAD VMP (VALOR UNIDAD LIMITE DE MÉTODO DE DATA


O MÁXIMO E DE DETECÇÃ REFERÊNCI DO
PERMITIDO) MEDIDA O A ENSAI
O
6.1 BACTERIOLÓGICO
Ausência/100
Coliformes mL
totais

Ausência/10
Coliformes 0 mL
termotolerante
s

Ausência/100
Escherichia mL
coli

500/mL
Contagem de
bactérias
heterotróficas

6.2 QUÍMICOS INORGÂNCIOS


Alumínio 0,2 mg/L
Antimônio 0,005 mg/L
Amônia 1,5 mg/L
(como NH³)

Arsênio 0,01 mg/L


Bário 0,7 mg/L
Cádmio 0,005 mg/L
Chumbo 0,01 mg/L
Cianeto 0,07 mg/L
Cloreto 250 mg/L
Cobre 2 mg/L
Cor Aparente 15 uH
Cromo 0,05 mg/L
Dureza 500 mg/L
Ferro 0,3 mg/L
Fluoreto 1,5 mg/L
Manganês 0,1 mg/L
Mercúrio 0,001 mg/L
Nitrato (como N) 10 mg/L
Nitrito (como N) 1 mg/L
Odor N.O. -
Gosto N.O. -
Selênio 0,01 mg/L
Sódio 200 mg/L
Sólidos 1.000 mg/L
dissolvidos
totais
Sulfato 250 mg/L
Sulfato de 0,05 mg/L
Hidrogênio
219

Turbidez 5 UT
Zinco 5 mg/L
220

6.3 QUÍMICOS ORGÂNICOS


Acrilamida 0,5 µg/L
Alaclor 20,0 µg/L
Aldrin e Dieldrin 0,03 µg/L

Atrazina 2 µg/L
Bentazona 300 µg/L
Benzeno 5 µg/L
Benzo[a]pireno 0,7 µg/L
Clordano 0,2 µg/L
(isômeros)
Cloreto de Vinila 5 µg/L
2,4D 30 µg/L
DDT (isômeros) 2 µg/L
1,2 Dicloroetano 10 µg/L
1,1 Dicloroeteno 30 µg/L
Diclorometano 20 µg/L
Endossulfan 20 µg/L
Endrin 0,6 µg/L
Estireno 20 µg/L
Etilbenzeno 0,2 mg/L
Glifosato 500 µg/L
Heptacloro 0,03 µg/L
eHeptacloro
epóxido
Hexaclorobenzeno 1 µg/L
Lindano (g -BHC) 2 µg/L
Metolacloro 10 µg/L
Metoxicloro 20 µg/L
Molinato 6 µg/L
Monoclorobenzeno 0,12 mg/L
Pendimetalina 20 µg/L
Pentaclorofenol 9 µg/L
Permetrina 20 µg/L
Propanil 20 µg/L
Simazina 2 µg/L
Surfactantes 0,5 mg/L
Tetracloreto de 2 µg/L
Carbono
Tetracloroeteno 40 µg/L
Tolueno 0,17 mg/L
Triclorobenzeno 20 µg/L
Tricloroeteno 70 µg/L
Trifluralina 20 µg/L
Xileno 0,3 mg/L
6.4. Desinfetantes e produtos secundários da desinfecção
Bromato 0,025 mg/L
Clorito 0,2 mg/L
Cloro livre 5 mg/L
Monocloraminas 3 mg/L
2,4,6 Triclorofenol 0,2 mg/L
Trihalometanos 0,1 mg/L
totais
6.5 OUTROS PARÂMETROS EXIGIDOS PELAS AUTORIDADES SANITÁRIAS E
AMBIENTAIS (artigo 10 da Resolução Conjunta SES/SMA/SRHS nº____/2005)

7. LEGENDA:

8. OBSERVAÇÕES:

8. CONCLUSÃO:

10. APROVADO POR:


Nome: Cargo:
Reg. Conselho de Classe: Assinatura:

Notas:

1. Este Boletim de Análise só pode ser reproduzido por inteiro, sem


qualquer alteração.
PORTARIA Nº 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011

Dispõe sobre os procedimentos de controle e de


vigilância da qualidade da água para consumo humano
e seu padrão de potabilidade.

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe


conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e

Considerando a Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, que configura


infrações à legislação sanitária federal e estabelece as sanções respectivas;

Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre


as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e
o funcionamento dos serviços correspondentes;

Considerando a Lei nº 9.433, de 1º de janeiro de 1997, que institui a Política


Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição e altera o
art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28
de dezembro de 1989;

Considerando a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre


normas gerais de contratação de consórcios públicos;

Considerando a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece


diretrizes nacionais para o saneamento básico, altera as Leis nºs 6.766, de 19 de
dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de
1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de
1978;

Considerando o Decreto nº 79.367, de 9 de março de 1977, que dispõe sobre


normas e o padrão de potabilidade de água;

Considerando o Decreto nº 5.440, de 4 de maio de 2005, que estabelece


definições e procedimentos sobre o controle de qualidade da água de sistemas de
abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para divulgação de
informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano; e

Considerando o Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010, que regulamenta a


Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o
saneamento básico, resolve:

Art. 1° Esta Portaria dispõe sobre os procedimentos de controle e de


vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade.

CAPÍTULO I DAS
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 2° Esta Portaria se aplica à água destinada ao consumo humano proveniente de


sistema e solução alternativa de abastecimento de água.

Parágrafo único. As disposições desta Portaria não se aplicam à água mineral natural,
à água natural e às águas adicionadas de sais, destinadas ao consumo humano após o
envasamento, e a outras águas utilizadas como matéria­ prima para elaboração de
produtos, conforme Resolução (RDC) nº 274, de 22 de setembro de 2005, da Diretoria
Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Art. 3° Toda água destinada ao consumo humano, distribuída coletivamente por meio
de sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água, deve ser objeto
de controle e vigilância da qualidade da água.

Art. 4° Toda água destinada ao consumo humano proveniente de solução alternativa


individual de abastecimento de água, independentemente da forma de acesso da
população, está sujeita à vigilância da qualidade da água.

CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES

Art. 5° Para os fins desta Portaria, são adotadas as seguintes definições:

I­ água para consumo humano: água potável destinada à ingestão, preparação e


produção de alimentos e à higiene pessoal, independentemente da sua origem;

II­ água potável: água que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido nesta
Portaria e que não ofereça riscos à saúde;

III­ padrão de potabilidade: conjunto de valores permitidos como parâmetro da


qualidade da água para consumo humano, conforme definido nesta Portaria;

IV­ padrão organoléptico: conjunto de parâmetros caracterizados por provocar


estímulos sensoriais que afetam a aceitação para consumo humano, mas que não
necessariamente implicam risco à saúde;

V­ água tratada: água submetida a processos físicos, químicos ou combinação destes,


visando atender ao padrão de potabilidade;

VI­ sistema de abastecimento de água para consumo humano: instalação composta por
um conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, desde a zona de captação até
as ligações prediais, destinada à produção e ao fornecimento coletivo de água potável,
por meio de rede de distribuição;

VII­ solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano:


modalidade de abastecimento coletivo destinada a fornecer água potável, com
captação subterrânea ou superficial, com ou sem canalização e sem rede de
distribuição;

VIII­ solução alternativa individual de abastecimento de água para consumo humano:


modalidade de abastecimento de água para consumo humano que atenda a domicílios
residenciais com uma única família, incluindo seus agregados familiares;

IX­ rede de distribuição: parte do sistema de abastecimento formada por tubulações e


seus acessórios, destinados a distribuir água potável, até as ligações prediais;

X­ ligações prediais: conjunto de tubulações e peças especiais, situado entre a rede de


distribuição de água e o cavalete, este incluído;

XI­ cavalete: kit formado por tubos e conexões destinados à instalação do hidrômetro
para realização da ligação de água;

XII­ interrupção: situação na qual o serviço de abastecimento de água é interrompido


temporariamente, de forma programada ou emergencial, em razão da necessidade de
se efetuar reparos, modificações ou melhorias no respectivo sistema;

XIII­ intermitência: é a interrupção do serviço de abastecimento de água, sistemática ou


não, que se repete ao longo de determinado período, com duração igual ou superior a
seis horas em cada ocorrência;

XIV­ integridade do sistema de distribuição: condição de operação e manutenção do


sistema de distribuição (reservatório e rede) de água potável em que a qualidade da
água produzida pelos processos de tratamento seja preservada até as ligações
prediais;

XV­ controle da qualidade da água para consumo humano: conjunto de atividades


exercidas regularmente pelo responsável pelo sistema ou por solução alternativa
coletiva de abastecimento de água, destinado a verificar se a água fornecida à
população é potável, de forma a assegurar a manutenção desta condição;

XVI­ vigilância da qualidade da água para consumo humano: conjunto de ações


adotadas regularmente pela autoridade de saúde pública para verificar o atendimento a
esta Portaria, considerados os aspectos socioambientais e a realidade local, para
avaliar se a água consumida pela população apresenta risco à saúde humana;

XVII­ garantia da qualidade: procedimento de controle da qualidade para monitorar a


validade dos ensaios realizados;

XVIII­ recoleta: ação de coletar nova amostra de água para consumo humano no ponto
de coleta que apresentou alteração em algum parâmetro analítico; e

XIX­ passagem de fronteira terrestre: local para entrada ou saída internacional de


viajantes, bagagens, cargas, contêineres, veículos rodoviários e encomendas postais.

CAPÍTULO III
DAS COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES

Seção I
Das Competências da União

Art. 6° Para os fins desta Portaria, as competências atribuídas à União serão exercidas
pelo Ministério da Saúde e entidades a ele vinculadas, conforme estabelecido nesta
Seção.

Art. 7º Compete à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS):

I­ promover e acompanhar a vigilância da qualidade da água para consumo humano,


em articulação com as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios e respectivos responsáveis pelo controle da qualidade da água;
II­ estabelecer ações especificadas no Programa Nacional de Vigilância da Qualidade
da Água para Consumo Humano (VIGIAGUA);

III­ estabelecer as ações próprias dos laboratórios de saúde pública, especificadas na


Seção V desta Portaria;

IV­ estabelecer diretrizes da vigilância da qualidade da água para consumo humano a


serem implementadas pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, respeitados os
princípios do SUS;

V­ estabelecer prioridades, objetivos, metas e indicadores de vigilância da qualidade da


água para consumo humano a serem pactuados na Comissão Intergestores Tripartite;
e

VI­ executar ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano, de


forma complementar à atuação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Art. 8º Compete à Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI/MS) executar,


diretamente ou mediante parcerias, incluída a contratação de prestadores de serviços,
as ações de vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano nos
sistemas e soluções alternativas de abastecimento de água das aldeias indígenas.

Art. 9º Compete à Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) apoiar as ações de controle


da qualidade da água para consumo humano proveniente de sistema ou solução
alternativa de abastecimento de água para consumo humano, em seu âmbito de
atuação, conforme os critérios e parâmetros estabelecidos nesta Portaria.

Art. 10. Compete à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) exercer a


vigilância da qualidade da água nas áreas de portos, aeroportos e passagens de
fronteiras terrestres, conforme os critérios e parâmetros estabelecidos nesta Portaria,
bem como diretrizes específicas pertinentes.
Seção II
Das Competências dos Estados Art. 11. Compete às Secretarias de Saúde dos
Estados:

I­ promover e acompanhar a vigilância da qualidade da água, em articulação com os


Municípios e com os responsáveis pelo controle da qualidade da água;

II­ desenvolver as ações especificadas no VIGIAGUA, consideradas as peculiaridades


regionais e locais;

III­ desenvolver as ações inerentes aos laboratórios de saúde pública, especificadas na


Seção V desta Portaria;

IV­ implementar as diretrizes de vigilância da qualidade da água para consumo humano


definidas no âmbito nacional;

V­ estabelecer as prioridades, objetivos, metas e indicadores de vigilância da qualidade


da água para consumo humano a serem pactuados na Comissão Intergestores
Bipartite;

VI­ encaminhar aos responsáveis pelo abastecimento de água quaisquer informações


referentes a investigações de surto relacionado à qualidade da água para consumo
humano;

VII­ realizar, em parceria com os Municípios em situações de surto de doença diarréica


aguda ou outro agravo de transmissão fecal­oral, os seguintes procedimentos:

a) Análise microbiológica completa, de modo a apoiar a investigação


epidemiológica e a identificação, sempre que possível, do gênero ou espécie de
microorganismos;

b) análise para pesquisa de vírus e protozoários, no que couber, ou


encaminhamento das amostras para laboratórios de referência nacional, quando
as amostras clínicas forem confirmadas para esses agentes e os dados
epidemiológicos apontarem a água como via de transmissão; e

c) envio das cepas de Escherichia coli aos laboratórios de referência nacional para
identificação sorológica;

VIII­ executar as ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano, de


forma complementar à atuação dos Municípios, nos termos da regulamentação do
SUS.

Seção III
Das Competências dos Municípios Art. 12. Compete às Secretarias de Saúde dos
Municípios:

I­ exercer a vigilância da qualidade da água em sua área de competência, em


articulação com os responsáveis pelo controle da qualidade da água para consumo
humano;

II­ executar ações estabelecidas no VIGIAGUA, consideradas as peculiaridades


regionais e locais, nos termos da legislação do SUS;

III­ inspecionar o controle da qualidade da água produzida e distribuída e as práticas


operacionais adotadas no sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de
água, notificando seus respectivos responsáveis para sanar a(s) irregularidade(s)
identificada(s);

IV­ manter articulação com as entidades de regulação quando detectadas falhas


relativas à qualidade dos serviços de abastecimento de água, a fim de que sejam
adotadas as providências concernentes a sua área de competência;

V­ garantir informações à população sobre a qualidade daágua para consumo humano


e os riscos à saúde associados, de acordo com mecanismos e os instrumentos
disciplinados no Decreto nº 5.440, de 4 de maio de 2005;

VI­ encaminhar ao responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de


abastecimento de água para consumo humano informações sobre surtos e agravos à
saúde relacionados à qualidade da água para consumo humano;

VII­ estabelecer mecanismos de comunicação e informação com os responsáveis pelo


sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água sobre os resultados
das ações de controle realizadas;

VIII­ executar as diretrizes de vigilância da qualidade da água para consumo humano


definidas no âmbito nacional e estadual;

IX­ realizar, em parceria com os Estados, nas situações de surto de doença diarréica
aguda ou outro agravo de transmissão fecaloral, os seguintes procedimentos:

a) análise microbiológica completa, de modo a apoiar a investigação


epidemiológica e a identificação, sempre que possível, do gênero ou espécie de
microorganismos;

b) análise para pesquisa de vírus e protozoários, quando for o caso, ou


encaminhamento das amostras para laboratórios de referência nacional quando
as amostras clínicas forem confirmadas para esses agentes e os dados
epidemiológicos apontarem a água como via de transmissão; e

c) envio das cepas de Escherichia coli aos laboratórios de referência nacional para
identificação sorológica;

X ­ cadastrar e autorizar o fornecimento de água tratada, por meio de solução


alternativa coletiva, mediante avaliação e aprovação dos documentos exigidos no art.
14 desta Portaria.

Parágrafo único. A autoridade municipal de saúde pública não autorizará o


fornecimento de água para consumo humano, por meio de solução alternativa coletiva,
quando houver rede de distribuição de água, exceto em situação de emergência e
intermitência.
Seção IV
Do Responsável pelo Sistema ou Solução Alternativa Coletiva de Abastecimento
de Água para Consumo Humano

Art. 13. Compete ao responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de


abastecimento de água para consumo humano:

I­ exercer o controle da qualidade da água;

II­ garantir a operação e a manutenção das instalações destinadas ao abastecimento


de água potável em conformidade com as normas técnicas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) e das demais normas pertinentes;

III­ manter e controlar a qualidade da água produzida e distribuída, nos termos desta
Portaria, por meio de:

a) controle operacional do(s) ponto(s) de captação, adução, tratamento, reservação


e distribuição, quando aplicável;

b) exigência, junto aos fornecedores, do laudo de atendimento dos requisitos de


saúde estabelecidos em norma técnica da ABNT para o controle de qualidade
dos produtos químicos utilizados no tratamento de água;

c) exigência, junto aos fornecedores, do laudo de inocuidade dos materiais


utilizados na produção e distribuição que tenham contato com a água;

d) capacitação e atualização técnica de todos os profissionais que atuam de forma


direta no fornecimento e controle da qualidade da água para consumo humano;
e

e) análises laboratoriais da água, em amostras provenientes das diversas partes


dos sistemas e das soluções alternativas coletivas, conforme plano de
amostragem estabelecido nesta Portaria;
IV­ manter avaliação sistemática do sistema ou solução alternativa coletiva de
abastecimento de água, sob a perspectiva dos riscos à saúde, com base nos seguintes
critérios:

a) ocupação da bacia contribuinte ao manancial;

b) histórico das características das águas;

c) características físicas do sistema;

d) práticas operacionais; e

e) na qualidade da água distribuída, conforme os princípios dos Planos de


Segurança da Água (PSA) recomendados pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) ou definidos em diretrizes vigentes no País;

V ­ encaminhar à autoridade de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos


Municípios relatórios das análises dos parâmetros mensais, trimestrais e semestrais
com informações sobre o controle da qualidade da água, conforme o modelo
estabelecido pela referida autoridade;

VI ­ fornecer à autoridade de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos


Municípios os dados de controle da qualidade da água para consumo humano, quando
solicitado;

VII ­ monitorar a qualidade da água no ponto de captação, conforme estabelece o art.


40 desta Portaria;

VIII ­ comunicar aos órgãos ambientais, aos gestores de recursos hídricos e ao órgão
de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios qualquer alteração
da qualidade da água no ponto de captação que comprometa a tratabilidade da água
para consumo humano;

IX ­ contribuir com os órgãos ambientais e gestores de recursos hídricos, por meio de


ações cabíveis para proteção do(s) manancial (ais) de abastecimento(s) e das bacia(s)
hidrográfica(s);

X­ proporcionar mecanismos para recebimento de reclamações e manter registros


atualizados sobre a qualidade da água distribuída, sistematizando­os de forma
compreensível aos consumidores e disponibilizando­os para pronto acesso e consulta
pública, em atendimento às legislações específicas de defesa do consumidor;

XI­ comunicar imediatamente à autoridade de saúde pública municipal e informar


adequadamente à população a detecção de qualquer risco à saúde, ocasionado por
anomalia operacional no sistema e solução alternativa coletiva de abastecimento de
água para consumo humano ou por não conformidade na qualidade da água tratada,
adotando­se as medidas previstas no art. 44 desta Portaria; e

XII­ assegurar pontos de coleta de água na saída de tratamento e na rede de


distribuição, para o controle e a vigilância da qualidade da água.

Art. 14. O responsável pela solução alternativa coletiva de abastecimento de água


deve requerer, junto à autoridade municipal de saúde pública, autorização para o
fornecimento de água tratada, mediante a apresentação dos seguintes documentos:

I ­ nomeação do responsável técnico habilitado pela operação da solução alternativa


coletiva; II ­ outorga de uso, emitida por órgão competente, quando aplicável; e
III ­ laudo de análise dos parâmetros de qualidade da água previstos nesta Portaria.

Art. 15. Compete ao responsável pelo fornecimento de água para consumo humano por
meio de veículo transportador:

I­ garantir que tanques, válvulas e equipamentos dos veículos transportadores sejam


apropriados e de uso exclusivo para o armazenamento e transporte de água potável;

II­ manter registro com dados atualizados sobre o fornecedor e a fonte de água;

III­ manter registro atualizado das análises de controle da qualidade da água, previstos
nesta Portaria; IV ­ assegurar que a água fornecida contenha um teor mínimo de cloro
residual livre de 0,5 mg/L; e

V ­ garantir que o veículo utilizado para fornecimento de água contenha, de forma


visível, a inscrição "ÁGUA POTÁVEL" e os dados de endereço e telefone para contato.

Art. 16. A água proveniente de solução alternativa coletiva ou individual, para fins de
consumo humano, não poderá ser misturada com a água da rede de distribuição.

Seção V
Dos Laboratórios de Controle e Vigilância Art. 17. Compete ao Ministério da
Saúde:

I­ habilitar os laboratórios de referência regional e nacional para operacionalização das


análises de maior complexidade na vigilância da qualidade da água para consumo
humano, de acordo com os critérios estabelecidos na Portaria nº 70/SVS/MS, de 23 de
dezembro de 2004;

II­ estabelecer as diretrizes para operacionalização das atividades analíticas de


vigilância da qualidade da água para consumo humano; e

III­ definir os critérios e os procedimentos para adotar metodologias analíticas


modificadas e não contempladas nas referências citadas no art. 22 desta Portaria.

Art. 18. Compete às Secretarias de Saúde dos Estados habilitar os laboratórios de


referência regional e municipal para operacionalização das análises de vigilância da
qualidade da água para consumo humano.

Art. 19. Compete às Secretarias de Saúde dos Municípios indicar, para as Secretarias
de Saúde dos Estados, outros laboratórios de referência municipal para
operacionalização das análises de vigilância da qualidade da água para consumo
humano, quando for o caso.

Art. 20. Compete aos responsáveis pelo fornecimento deágua para consumo humano
estruturar laboratórios próprios e, quando necessário, identificar outros para
realização das análises dos parâmetros estabelecidos nesta Portaria.

Art. 21. As análises laboratoriais para controle e vigilância da qualidade da água para
consumo humano podem ser realizadas em laboratório próprio, conveniado ou
subcontratado, desde que se comprove a existência de sistema de gestão da
qualidade, conforme os requisitos especificados na NBR ISO/IEC 17025:2005.

Art. 22. As metodologias analíticas para determinação dos parâmetros previstos nesta
Portaria devem atender às normas nacionais ou internacionais mais recentes, tais
como:

I­ Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater de autoria das
instituições American Public Health Association (APHA), American Water Works
Association (AWWA) e Water Environment Federation (WEF);

II­ United States Environmental Protection Agency (USEPA);

III­ normas publicadas pela International Standartization Organization (ISO); e IV ­


metodologias propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

CAPÍTULO IV
DAS EXIGÊNCIAS APLICÁVEIS AOS SISTEMAS E SOLUÇÕES

ALTERNATIVAS COLETIVAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA CONSUMO


HUMANO

Art. 23. Os sistemas e as soluções alternativas coletivas de abastecimento de água


para consumo humano devem contar com responsável técnico habilitado.

Art. 24. Toda água para consumo humano, fornecida coletivamente, deverá passar por
processo de desinfecção ou cloração.

Parágrafo único. As águas provenientes de manancial superficial devem ser


submetidas a processo de filtração.

Art. 25. A rede de distribuição de água para consumo humano deve ser operada
sempre com pressão positiva em toda sua extensão.

Art. 26. Compete ao responsável pela operação do sistema de abastecimento de água


para consumo humano notificar à autoridade de saúde pública e informar à respectiva
entidade reguladora e à população, identificando períodos e locais, sempre que houver:

I ­ situações de emergência com potencial para atingir a segurança de pessoas e bens;


II ­ interrupção, pressão negativa ou intermitência no sistema de abastecimento;
III ­ necessidade de realizar operação programada na rede de distribuição, que possa
submeter trechos a pressão negativa; IV ­ modificações ou melhorias de qualquer
natureza nos sistemas de abastecimento; e
V ­ situações que possam oferecer risco à saúde.

CAPÍTULO V
DO PADRÃO DE POTABILIDADE

Art. 27. A água potável deve estar em conformidade com padrão microbiológico,
conforme disposto no Anexo I e demais disposições desta Portaria.

§ 1º No controle da qualidade da água, quando forem detectadas amostras com


resultado positivo para coliformes totais, mesmo em ensaios presuntivos, ações
corretivas devem ser adotadas e novas amostras devem ser coletadas em dias
imediatamente sucessivos até que revelem resultados satisfatórios.

§ 2º Nos sistemas de distribuição, as novas amostras devem incluir no mínimo uma


recoleta no ponto onde foi constatado o resultado positivo para coliformes totais e duas
amostras extras, sendo uma à montante e outra à jusante do local da recoleta.

§ 3º Para verificação do percentual mensal das amostras com resultados positivos de


coliformes totais, as recoletas não devem ser consideradas no cálculo.
§ 4º O resultado negativo para coliformes totais das recoletas não anula o resultado
originalmente positivo no cálculo dos percentuais de amostras com resultado positivo.

§ 5º Na proporção de amostras com resultado positivo admitidas mensalmente para


coliformes totais no sistema de distribuição, expressa no Anexo I a esta Portaria, não
são tolerados resultados positivos que ocorram em recoleta, nos termos do § 1º deste
artigo.

§ 6º Quando o padrão microbiológico estabelecido no Anexo I a esta Portaria for


violado, os responsáveis pelos sistemas e soluções alternativas coletivas de
abastecimento de água para consumo humano devem informar à autoridade de saúde
pública as medidas corretivas tomadas.

§ 7º Quando houver interpretação duvidosa nas reações típicas dos ensaios analíticos
na determinação de coliformes totais e Escherichia coli, deve­se fazer a recoleta.

Art. 28. A determinação de bactérias heterotróficas deve ser realizada como um dos
parâmetros para avaliar a integridade do sistema de distribuição (reservatório e rede).

§ 1º A contagem de bactérias heterotróficas deve ser realizada em 20% (vinte por


cento) das amostras mensais para análise de coliformes totais nos sistemas de
distribuição (reservatório e rede).

§ 2º Na seleção dos locais para coleta de amostras devem ser priorizadas pontas de
rede e locais que alberguem grupos populacionais de risco à saúde humana.

§ 3º Alterações bruscas ou acima do usual na contagem de bactérias heterotróficas


devem ser investigadas para identificação de irregularidade e providências devem ser
adotadas para o restabelecimento da integridade do sistema de distribuição
(reservatório e rede), recomendando­se que não se ultrapasse o limite de 500 UFC/mL.

Art. 29. Recomenda­se a inclusão de monitoramento de vírus entéricos no(s) ponto(s)


de captação de água proveniente(s) de manancial (is) superficial (is) de abastecimento,
com o objetivo de subsidiar estudos de avaliação de risco microbiológico.

Art. 30. Para a garantia da qualidade microbiológica da água, em complementação às


exigências relativas aos indicadores microbiológicos, deve ser atendido o padrão de
turbidez expresso no Anexo II e devem ser observadas as demais exigências contidas
nesta Portaria.

§ 1º Entre os 5% (cinco por cento) dos valores permitidos de turbidez superiores ao


VMP estabelecido no Anexo II a esta Portaria, para água subterrânea com desinfecção,
o limite máximo para qualquer amostra pontual deve ser de 5,0 uT, assegurado,
simultaneamente, o atendimento ao VMP de 5,0 uT em toda a extensão do sistema de
distribuição (reservatório e rede).

§ 2° O valor máximo permitido de 0,5 uT para água filtrada por filtração rápida
(tratamento completo ou filtração direta), assim como o valor máximo permitido de 1,0
uT para água filtrada por filtração lenta, estabelecidos no Anexo II desta Portaria,
deverão ser atingidos conforme as metas progressivas definidas no Anexo III a esta
Portaria.

§ 3º O atendimento do percentual de aceitação do limite de turbidez, expresso no


Anexo II a esta Portaria, deve ser verificado mensalmente com base em amostras,
preferencialmente no efluente individual de cada unidade de filtração, no mínimo
diariamente para desinfecção ou filtração lenta e no mínimo a cada duas horas para
filtração rápida.

Art. 31. Os sistemas de abastecimento e soluções alternativas coletivas de


abastecimento de água que utilizam mananciais superficiais devem realizar
monitoramento mensal de Escherichia coli no(s) ponto(s) de captação de água.

§ 1º Quando for identificada média geométrica anual maior ou igual a 1.000 Escherichia
coli/100mL deve­se realizar monitoramento de cistos de Giardia spp. e oocistos de
Cryptosporidium spp. no(s) ponto(s) de captação de água.

§ 2º Quando a média aritmética da concentração de oocistos de Cryptosporidium spp.


for maior ou igual a 3,0 oocistos/L no(s) pontos(s) de captação de água, recomenda­se
a obtenção de efluente em filtração rápida com valor de turbidez menor ou igual a 0,3
uT em 95% (noventa e cinco por cento) das amostras mensais ou uso de processo de
desinfecção que comprovadamente alcance a mesma eficiência de remoção de
oocistos de Cryptosporidium spp.

§ 3º Entre os 5% (cinco por cento) das amostras que podem apresentar valores de
turbidez superiores ao VMP estabelecido no § 2° do art. 30 desta Portaria, o limite
máximo para qualquer amostra pontual deve ser menor ou igual a 1,0 uT, para filtração
rápida e menor ou igual a 2,0 uT para filtração lenta.

§ 4° A concentração média de oocistos de Cryptosporidium spp. referida no § 2º deste


artigo deve ser calculada considerando um número mínino de 24 (vinte e quatro)
amostras uniformemente coletadas ao longo de um período mínimo de um ano e
máximo de dois anos.

Art. 32. No controle do processo de desinfecção da água por meio da cloração,


cloraminação ou da aplicação de dióxido de cloro devem ser observados os tempos de
contato e os valores de concentrações residuais de desinfetante na saída do tanque de
contato expressos nos Anexos IV, V e VI a esta Portaria.

§ 1º Para aplicação dos Anexos IV, V e VI deve­se considerar a temperatura média


mensal da água.

§ 2º No caso da desinfecção com o uso de ozônio, deve ser observado o produto


concentração e tempo de contato (CT) de 0,16 mg.min/L para temperatura média da
água igual a 15º C.

§ 3º Para valores de temperatura média da água diferentes de 15º C, deve­se proceder


aos seguintes cálculos: I ­ para valores de temperatura média abaixo de 15ºC: duplicar
o valor de CT a cada decréscimo de 10ºC.
II ­ para valores de temperatura média acima de 15ºC: dividir por dois o valor de CT a
cada acréscimo de 10ºC.
§ 4° No caso da desinfecção por radiação ultravioleta, deve ser observada a dose
mínima de 1,5 mJ/cm2para 0,5 log de inativação de cisto de Giardia spp.

Art. 33. Os sistemas ou soluções alternativas coletivas de abastecimento de água


supridas por manancial subterrâneo com ausência de contaminação por Escherichia
coli devem realizar cloração da água mantendo o residual mínimo do sistema de
distribuição (reservatório e rede), conforme as disposições contidas no art. 34 a esta
Portaria.

§ 1° Quando o manancial subterrâneo apresentar contaminação por Escherichia coli,


no controle do processo de desinfecção da água, devem ser observados os valores do
produto de concentração residual de desinfetante na saída do tanque de contato e o
tempo de contato expressos nos Anexos IV, V e VI a esta Portaria ou a dose mínima de
radiação ultravioleta expressa no § 4º do art. 32 a desta Portaria.

§ 2° A avaliação da contaminação por Escherichia coli no manancial subterrâneo deve


ser feita mediante coleta mensal de uma amostra de água em ponto anterior ao local
de desinfecção.

§ 3° Na ausência de tanque de contato, a coleta de amostras de água para a


verificação da presença/ausência de coliformes totais em sistemas de abastecimento e
soluções alternativas coletivas de abastecimento de águas, supridas por manancial
subterrâneo, deverá ser realizada em local à montante ao primeiro ponto de consumo.

Art. 34. É obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L de cloro residual livre ou 2
mg/L de cloro residual combinado ou de 0,2 mg/L de dióxido de cloro em toda a
extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede).

Art. 35. No caso do uso de ozônio ou radiação ultravioleta como desinfetante, deverá
ser adicionado cloro ou dióxido de cloro, de forma a manter residual mínimo no sistema
de distribuição (reservatório e rede), de acordo com as disposições do art. 34 desta
Portaria.

Art. 36. Para a utilização de outro agente desinfetante, além dos citados nesta Portaria,
deve­se consultar o Ministério da Saúde, por intermédio da SVS/MS.

Art. 37. A água potável deve estar em conformidade com o padrão de substâncias
químicas que representam risco à saúde e cianotoxinas, expressos nos Anexos VII e
VIII e demais disposições desta Portaria.

§ 1° No caso de adição de flúor (fluoretação), os valores recomendados para


concentração de íon fluoreto devem observar a Portaria nº 635/GM/MS, de 30 de
janeiro de 1976, não podendo ultrapassar o VMP expresso na Tabela do Anexo VII a
esta Portaria.

§ 2° As concentrações de cianotoxinas referidas no Anexo VIII a esta Portaria devem


representar as contribuições da fração intracelular e da fração extracelular na amostra
analisada.

§ 3° Em complementação ao previsto no Anexo VIII a esta Portaria, quando for


detectada a presença de gêneros potencialmente produtores de cilindrospermopsinas
no monitoramento de cianobactérias previsto no § 1° do art. 40 desta Portaria,
recomenda­se a análise dessas cianotoxinas, observando o valor máximo aceitável de
1,0 μg/L.

§ 4° Em complementação ao previsto no Anexo VIII a esta Portaria, quando for


detectada a presença de gêneros de cianobactérias potencialmente produtores de
anatoxina­a(s) no monitoramento de cianobactérias previsto no § 1° do art. 40 a esta
Portaria, recomenda­se a análise da presença desta cianotoxina.

Art. 38. Os níveis de triagem que conferem potabilidade da água do ponto de vista
radiológico são valores de concentração de atividade que não excedem 0,5 Bq/L para
atividade alfa total e 1Bq/L para beta total.

Parágrafo único. Caso os níveis de triagem citados neste artigo sejam superados, deve
ser realizada análise específica para os radionuclídeos presentes e o resultado deve
ser comparado com os níveis de referência do Anexo IX desta Portaria.
Art. 39. A água potável deve estar em conformidade com o padrão organoléptico de
potabilidade expresso no Anexo X a esta Portaria.

§ 1º Recomenda­se que, no sistema de distribuição, o pH da água seja mantido na


faixa de 6,0 a 9,5.

§ 2º Recomenda­se que o teor máximo de cloro residual livre em qualquer ponto do


sistema de abastecimento seja de 2 mg/L.

§ 3° Na verificação do atendimento ao padrão de potabilidade expresso nos Anexos


VII, VIII, IX e X, eventuais ocorrências de resultados acima do VMP devem ser
analisadas em conjunto com o histórico do controle de qualidade da água e não de
forma pontual.

§ 4º Para os parâmetros ferro e manganês são permitidos valores superiores ao VMPs


estabelecidos no Anexo X desta Portaria, desde que sejam observados os seguintes
critérios:

I­ os elementos ferro e manganês estejam complexados com produtos químicos


comprovadamente de baixo risco à saúde, conforme preconizado no art. 13 desta
Portaria e nas normas da ABNT;

II­ os VMPs dos demais parâmetros do padrão de potabilidade não sejam violados; e

III­ as concentrações de ferro e manganês não ultrapassem 2,4 e 0,4 mg/L,


respectivamente.

§ 5º O responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de


água deve encaminhar à autoridade de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios informações sobre os produtos químicos utilizados e a comprovação
de baixo risco à saúde, conforme preconizado no art. 13 e nas normas da ABNT.
CAPÍTULO VI
DOS PLANOS DE AMOSTRAGEM

Art. 40. Os responsáveis pelo controle da qualidade da água de sistemas ou soluções


alternativas coletivas de abastecimento de água para consumo humano, supridos por
manancial superficial e subterrâneo, devem coletar amostras semestrais da água bruta,
no ponto de captação, para análise de acordo com os parâmetros exigidos nas
legislações específicas, com a finalidade de avaliação de risco à saúde humana.

§ 1° Para minimizar os riscos de contaminação da água para consumo humano com


cianotoxinas, deve ser realizado o monitoramento de cianobactérias, buscando­se
identificar os diferentes gêneros, no ponto de captação do manancial superficial, de
acordo com a Tabela do Anexo XI a esta Portaria, considerando, para efeito de
alteração da frequência de monitoramento, o resultado da última amostragem.

§ 2° Em complementação ao monitoramento do Anexo XI a esta Portaria,


recomenda­se a análise de clorofila­a no manancial, com frequência semanal, como
indicador de potencial aumento da densidade de cianobactérias.

§ 3° Quando os resultados da análise prevista no § 2° deste artigo revelarem que a


concentração de clorofila­a em duas semanas consecutivas tiver seu valor duplicado ou
mais, deve­se proceder nova coleta de amostra para quantificação de cianobactérias
no ponto de captação do manancial, para reavaliação da frequência de amostragem de
cianobactérias.

§ 4° Quanto a densidade de cianobactérias exceder 20.000 células/ml, deve­se realizar


análise de cianotoxinas na água do manancial, no ponto de captação, com frequência
semanal.

§ 5° Quando as concentrações de cianotoxinas no manancial forem menores que seus


respectivos VMPs para água tratada, será dispensada análise de cianotoxinas na saída
do tratamento de que trata o Anexo XII a esta Portaria.

§ 6° Em função dos riscos à saúde associados às cianotoxinas, é vedado o uso de


algicidas para o controle do crescimento de microalgas e cianobactérias no manancial
de abastecimento ou qualquer intervenção que provoque a lise das células.

§ 7° As autoridades ambientais e de recursos hídricos definirão a regulamentação das


excepcionalidades sobre o uso de algicidas nos cursos d'água superficiais.

Art. 41. Os responsáveis pelo controle da qualidade da água de sistema e solução


alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano devem elaborar e
submeter para análise da autoridade municipal de saúde pública, o plano de
amostragem de cada sistema e solução, respeitando os planos mínimos de
amostragem expressos nos Anexos XI, XII, XIII e XIV.

§ 1º A amostragem deve obedecer aos seguintes requisitos:


I ­ distribuição uniforme das coletas ao longo do período; e
II ­ representatividade dos pontos de coleta no sistema de distribuição (reservatórios
e rede), combinando critérios de abrangência espacial e pontos estratégicos,
entendidos como:

a) aqueles próximos a grande circulação de pessoas: terminais rodoviários,


terminais ferroviários entre outros;
b) edifícios que alberguem grupos populacionais de risco, tais como hospitais,
creches e asilos;
c) aqueles localizados em trechos vulneráveis do sistema de distribuição como
pontas de rede, pontos de queda de pressão, locais afetados por manobras,
sujeitos à intermitência de abastecimento, reservatórios, entre outros; e
d) locais com sistemáticas notificações de agravos à saúde tendo como possíveis
causas os agentes de veiculação hídrica.

§ 2º No número mínimo de amostras coletadas na rede de distribuição, previsto no


Anexo XII, não se incluem as amostras extras (recoletas).

§ 3º Em todas as amostras coletadas para análises microbiológicas, deve ser efetuada


medição de turbidez e de cloro residual livre ou de outro composto residual ativo, caso
o agente desinfetante utilizado não seja o cloro.

§ 4º Quando detectada a presença de cianotoxinas na água tratada, na saída do


tratamento, será obrigatória a comunicação imediata às clínicas de hemodiálise e às
indústrias de injetáveis.

§ 5º O plano de amostragem para os parâmetros de agrotóxicos deverá considerar a


avaliação dos seus usos na bacia hidrográfica do manancial de contribuição, bem como
a sazonalidade das culturas.

§ 6º Na verificação do atendimento ao padrão de potabilidade expressos nos Anexos


VII, VIII, IX e X a esta Portaria, a detecção de eventuais ocorrências de resultados
acima do VMP devem ser analisadas em conjunto com o histórico do controle de
qualidade da água.

§ 7º Para populações residentes em áreas indígenas, populações tradicionais, dentre


outras, o plano de amostragem para o controle da qualidade da água deverá ser
elaborado de acordo com as diretrizes específicas aplicáveis a cada situação.

CAPÍTULO VII DAS PENALIDADES

Art. 42. Serão aplicadas as sanções administrativas previstas na Lei nº 6.437, de 20 de


agosto de 1977, aos responsáveis pela operação dos sistemas ou soluções alternativas
de abastecimento de água que não observarem as determinações constantes desta
Portaria, sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal cabíveis.

Art. 43. Cabe ao Ministério da Saúde, por intermédio da SVS/MS, e às Secretarias de


Saúde dos Estados, do Distrito Federal dos Municípios, ou órgãos equivalentes,
assegurar o cumprimento desta Portaria.

CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 44. Sempre que forem identificadas situações de risco à saúde, o responsável pelo
sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água e as autoridades de
saúde pública devem, em conjunto, elaborar um plano de ação e tomar as medidas
cabíveis, incluindo a eficaz comunicação à população, sem prejuízo das providências
imediatas para a correção da anormalidade.

Art. 45. É facultado ao responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de


abastecimento de água solicitar à autoridade de saúde pública a alteração na
frequência mínima de amostragem de parâmetros estabelecidos nesta Portaria,
mediante justificativa fundamentada.

Parágrafo único. Uma vez formulada a solicitação prevista no caput deste artigo, a
autoridade de saúde pública decidirá no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, com
base em análise fundamentada no histórico mínimo de dois anos do controle da
qualidade da água, considerando os respectivos planos de amostragens e de avaliação
de riscos à saúde, da zona de captação e do sistema de distribuição.

Art. 46. Verificadas características desconformes com o padrão de potabilidade da


água ou de outros fatores de risco à saúde, conforme relatório técnico, a autoridade de
saúde pública competente determinará ao responsável pela operação do sistema ou
solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano que:

I ­ amplie o número mínimo de amostras;

II ­ aumente a frequência de amostragem; e

III ­ realize análises laboratoriais de parâmetros adicionais.

Art. 47. Constatada a inexistência de setor responsável pela qualidade da água na


Secretaria de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, os deveres e
responsabilidades previstos, respectivamente, nos arts. 11 e 12 desta Portaria serão
cumpridos pelo órgão equivalente.

Art. 48. O Ministério da Saúde promoverá, por intermédio da SVS/MS, a revisão desta
Portaria no prazo de 5 (cinco) anos ou a qualquer tempo.

Parágrafo único. Os órgãos governamentais e não governamentais, de reconhecida


capacidade técnica nos setores objeto desta regulamentação, poderão requerer a
revisão desta Portaria, mediante solicitação justificada, sujeita a análise técnica da
SVS/MS.

Art. 49. Fica estabelecido o prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses, contados a
partir da data de publicação desta Portaria, para que os órgãos e entidades sujeitos à
aplicação desta Portaria promovam as adequações necessárias ao seu cumprimento,
no que se refere ao monitoramento dos parâmetros gosto e odor, saxitoxina, cistos de
Giardia spp. e oocistos de Cryptosporidium spp.

§ 1º Para o atendimento ao valor máximo permitido de 0,5 uT para filtração rápida


(tratamento completo ou filtração direta), fica estabelecido o prazo de 4 (quatro) anos
para cumprimento, contados da data de publicação desta Portaria, mediante o
cumprimento das etapas previstas no § 2° do art. 30 desta Portaria.

§ 2º Fica estabelecido o prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses, contados a partir


da data de publicação desta Portaria, para que os laboratórios referidos no art. 21
desta Portaria promovam as adequações necessárias para a implantação do sistema
de gestão da qualidade, conforme os requisitos especificados na NBR ISO/IEC
17025:2005.

§ 3º Fica estabelecido o prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses, contados a partir


da data de publicação desta Portaria, para que os órgãos e entidades sujeitos à
aplicação desta Portaria promovam as adequações necessárias no que se refere ao
monitoramento dos parâmetros que compõem o padrão de radioatividade expresso no
Anexo VIII a esta Portaria.

Art. 50. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão adotar as


medidas necessárias ao fiel cumprimento desta Portaria.

Art. 51. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Estados e aos
Municípios. Art. 52. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 53. Fica revogada a Portaria nº 518/GM/MS, de 25 de março de 2004, publicada no
Diário Oficial da União, Seção 1, do dia 26 seguinte, página 266.

ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA


42 ISSN 1677-7042 1 Nº 239, quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

§ 7º Para populações residentes em áreas indígenas, po- máximo de 60 (sessenta) dias, com base em análise fundamentada no § 1º Para o atendimento ao valor máximo permitido de 0,5
pulações tradicionais, dentre outras, o plano de amostragem para o histórico mínimo de dois anos do controle da qualidade da água, uT para filtração rápida (tratamento completo ou filtração direta), fica
controle da qualidade da água deverá ser elaborado de acordo com as considerando os respectivos planos de amostragens e de avaliação de estabelecido o prazo de 4 (quatro) anos para cumprimento, contados
diretrizes específicas aplicáveis a cada situação. riscos à saúde, da zona de captação e do sistema de distribuição. da data de publicação desta Portaria, mediante o cumprimento das
CAPÍTULO VII Art. 46. Verificadas características desconformes com o pa- etapas previstas no § 2° do art. 30 desta Portaria.
DAS PENALIDADES drão de potabilidade da água ou de outros fatores de risco à saúde, § 2º Fica estabelecido o prazo máximo de 24 (vinte e quatro)
Art. 42. Serão aplicadas as sanções administrativas previstas conforme relatório técnico, a autoridade de saúde pública competente meses, contados a partir da data de publicação desta Portaria, para
na Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, aos responsáveis pela determinará ao responsável pela operação do sistema ou solução al- que os laboratórios referidos no art. 21 desta Portaria promovam as
operação dos sistemas ou soluções alternativas de abastecimento de ternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano
que: adequações necessárias para a implantação do sistema de gestão da
água que não observarem as determinações constantes desta Portaria, qualidade, conforme os requisitos especificados na NBR ISO/IEC
sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal cabíveis. I - amplie o número mínimo de amostras;
II - aumente a frequência de amostragem; e 17025:2005.
Art. 43. Cabe ao Ministério da Saúde, por intermédio da § 3º Fica estabelecido o prazo máximo de 24 (vinte e quatro)
SVS/MS, e às Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal III - realize análises laboratoriais de parâmetros adicionais.
Art. 47. Constatada a inexistência de setor responsável pela meses, contados a partir da data de publicação desta Portaria, para
dos Municípios, ou órgãos equivalentes, assegurar o cumprimento que os órgãos e entidades sujeitos à aplicação desta Portaria pro-
desta Portaria. qualidade da água na Secretaria de Saúde dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, os deveres e responsabilidades previstos, movam as adequações necessárias no que se refere ao monitoramento
CAPÍTULO VIII respectivamente, nos arts. 11 e 12 desta Portaria serão cumpridos pelo
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS dos parâmetros que compõem o padrão de radioatividade expresso no
órgão equivalente. Anexo VIII a esta Portaria.
Art. 44. Sempre que forem identificadas situações de risco à Art. 48. O Ministério da Saúde promoverá, por intermédio da
saúde, o responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de Art. 50. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
SVS/MS, a revisão desta Portaria no prazo de 5 (cinco) anos ou a nicípios deverão adotar as medidas necessárias ao fiel cumprimento
abastecimento de água e as autoridades de saúde pública devem, em qualquer tempo.
conjunto, elaborar um plano de ação e tomar as medidas cabíveis, desta Portaria.
Parágrafo único. Os órgãos governamentais e não gover- Art. 51. Ao Distrito Federal competem as atribuições re-
incluindo a eficaz comunicação à população, sem prejuízo das pro- namentais, de reconhecida capacidade técnica nos setores objeto desta
vidências imediatas para a correção da anormalidade. regulamentação, poderão requerer a revisão desta Portaria, mediante servadas aos Estados e aos Municípios.
Art. 45. É facultado ao responsável pelo sistema ou solução solicitação justificada, sujeita a análise técnica da SVS/MS. Art. 52. Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu-
alternativa coletiva de abastecimento de água solicitar à autoridade de Art. 49. Fica estabelecido o prazo máximo de 24 (vinte e blicação.
saúde pública a alteração na frequência mínima de amostragem de quatro) meses, contados a partir da data de publicação desta Portaria, Art. 53. Fica revogada a Portaria nº 518/GM/MS, de 25 de
parâmetros estabelecidos nesta Portaria, mediante justificativa fun- para que os órgãos e entidades sujeitos à aplicação desta Portaria março de 2004, publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, do dia
damentada. promovam as adequações necessárias ao seu cumprimento, no que se 26 seguinte, página 266.
Parágrafo único. Uma vez formulada a solicitação prevista refere ao monitoramento dos parâmetros gosto e odor, saxitoxina,
no caput deste artigo, a autoridade de saúde pública decidirá no prazo cistos de Giardia spp. e oocistos de Cryptosporidium spp. ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA

ANEXO I

Tabela de padrão microbiológico da água para consumo humano


Tipo de água Parâmetro VMP(1)
Água para consumo humano Escherichia coli(2) Ausência em 100 mL
Água tratada Na saída do tratamento Coliformes totais (3) Ausência em 100 mL
No sistema de distribuição (reservatórios e rede) Escherichia coli Ausência em 100 mL
Coliformes totais (4) Sistemas ou soluções alternativas coletivas que abastecem menos Apenas uma amostra, entre as amostras examinadas no mês, poderá
de 20.000 habitantes apresentar resultado positivo
Sistemas ou soluções alternativas coletivas que abastecem a partir Ausência em 100 mL em 95% das amostras examinadas no mês.
de 20.000 habitantes

NOTAS: (1) Valor máximo permitido.


(2) Indicador de contaminação fecal.
(3) Indicador de eficiência de tratamento.
(4) Indicador de integridade do sistema de distribuição (reservatório e rede).

ANEXO II

Tabela de padrão de turbidez para água pós-filtração ou pré-desinfecção

Tratamento da água VMP(1)


Desinfecção (para águas subterrâneas) 1,0 uT(2) em 95% das amostras
Filtração rápida (tratamento completo ou filtração direta) 0,5(3)uT(2) em 95% das amostras
Filtração lenta 1,0(3)uT(2) em 95% das amostras

NOTAS: (1) Valor máximo permitido.


(2) Unidade de Turbidez.
(3) Este valor deve atender ao padrão de turbidez de acordo com o especificado no § 2º do art. 30.

ANEXO III

Tabela de metas progressivas para atendimento ao valor máximo permitido de 0,5 uT


para filtração rápida e de 1,0 uT para filtração lenta

Filtração rápida (tratamento completo ou filtração direta)


Período após a publicação da Portaria Turbidez ≤ 0,5 uT Turbidez ≤ 1,0 uT
Final do 1º ano Em no mínimo 25% das amostras mensais coletadas No restante das amostras mensais coletadas
Final do 2º ano Em no mínimo 50% das amostras mensais coletadas
Final do 3º ano Em no mínimo 75% das amostras mensais coletadas
Final do 4º ano Em no mínimo 95% das amostras mensais coletadas
Filtração Lenta
Período após a publicação da Portaria Turbidez ≤ 1,0uT Turbidez ≤ 2,0 uT
Final do 1º ano Em no mínimo 25% das amostras mensais coletadas No restante das amostras mensais coletadas
Final do 2º ano Em no mínimo 50% das amostras mensais coletadas
Final do 3º ano Em no mínimo 75% das amostras mensais coletadas
Final do 4º ano Em no mínimo 95% das amostras mensais coletadas

ANEXO IV

Tempo de contato mínimo (minutos) a ser observado para a desinfecção por meio da cloração, de acordo com concentração de cloro residual livre, com a temperatura e o pH da água(1)

C (2) Temperatura = 5ºC Temperatura = 10ºC Temperatura = 15ºC


Valores de pH Valores de pH Valores de pH
≤6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 ≤6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 ≤6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
≤0,4 38 47 58 70 83 98 114 27 33 41 49 58 70 80 19 24 29 35 41 48 57
0,6 27 34 41 49 59 69 80 19 24 29 35 41 49 57 13 17 20 25 29 34 40
0,8 21 26 32 39 46 54 63 15 19 23 27 32 38 45 11 13 16 19 23 27 31
1,0 17 22 26 32 38 45 52 12 15 19 23 27 32 37 9 11 13 16 19 22 26
1,2 15 19 23 27 32 38 45 11 13 16 19 23 27 32 7 9 11 14 16 19 22
1,4 13 16 20 24 28 34 39 9 11 14 17 20 24 28 7 8 10 12 14 17 20
1,6 12 15 18 21 25 30 35 8 10 16 15 18 21 25 6 7 9 11 13 15 17
1,8 11 13 16 19 23 27 32 7 9 11 14 16 19 22 5, 7 8 10 11 14 16
2,0 10 12 15 18 21 25 29 7 8 10 12 15 17 20 5 6 7 9 10 12 14

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2,2 9 11 14 16 19 23 27 6 8 10 12 14 16 19 5 6 7 8 10 11 13
2,4 8 10 13 15 18 21 25 6 7 9 11 13 15 17 4 5 6 8 9 11 12
2,6 8 10 12 14 17 20 23 5 7 8 10 12 14 16 4 5 6 7 8 10 12
2,8 7 9 11 13 15 19 22 5 6 8 9 11 13 15 4 4 5 7 8 9 11
3,0 7 9 10 13 15 18 20 5 6 7 9 11 12 14 3 4 5 6 8 9 10

NOTAS:
(1) Valores intermediários aos constantes na tabela podem ser obtidos por interpolação.
(2) C: residual de cloro livre na saída do tanque de contato (mg/L).
Tempo de contato mínimo (minutos) a ser observado para a desinfecção por meio da cloração, de acordo com concentração de cloro residual livre, com a temperatura e o pH da água(1)

C (2) Temperatura = 20ºC Temperatura = 25ºC Temperatura = 30ºC


Valores de pH Valores de pH Valores de pH
≤6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 ≤6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 ≤6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0
≤0,4 14 17 20 25 29 34 40 9 12 14 18 21 24 28 6 8 10 12 15 17 20
0,6 10 12 14 17 21 24 28 7 8 10 1 15 17 20 5 6 7 9 10 12 14
0,8 7 9 11 14 16 19 22 5 6 8 10 11 13 16 3 5 6 7 8 10 11
1,0 6 8 9 11 13 16 18 4 5 6 8 9 11 13 3 4 5 6 7 8 9
1,2 5 7 8 10 11 13 16 4 5 5 7 8 10 11 3 3 3 5 6 7 8
1,4 5 6 7 9 10 11 14 3 4 5 6 7 8 10 2 3 3 4 5 6 7
1,6 4 5 6 8 9 11 12 3 4 4 5 6 7 9 2 3 3 4 4 5 6
1,8 4 5 6 7 8 10 12 3 3 4 5 6 7 8 2 2 3 3 4 5 6
2,0 3 4 5 6 7 9 10 2 3 4 4 5 6 7 2 2 3 3 4 4 5
2,2 3 4 5 6 7 8 9 2 3 3 4 5 6 7 2 2 2 3 3 4 5
2,4 3 4 4 5 6 8 9 2 3 3 4 4 5 6 2 2 2 3 3 4 4
2,6 3 3 4 5 6 7 8 2 2 3 3 4 5 6 1 2 2 3 3 4 4
2,8 3 3 4 5 6 7 8 2 2 3 3 4 5 5 1 2 2 2 3 3 4
3,0 2 3 4 4 5 6 77 2 2 3 3 4 4 5 1 2 2 3 3 3 4

NOTAS:
(1) Valores intermediários aos constantes na tabela podem ser obtidos por interpolação.
(2) C: residual de cloro livre na saída do tanque de contato (mg/L).

ANEXO V

Tempo de contato mínimo (minutos) a ser observado para a desinfecção por meio de cloraminação, de acordo com concentração de cloro residual combinado (cloraminas) e com a temperatura da água, para valores
de pH da água entre 6 e 9(1)

C (2) Temperatura (ºC)


5 10 15 20 25 30
≤ 0,4 923 773 623 473 323 173
0,6 615 515 415 315 215 115
0,8 462 387 312 237 162 87
1,0 369 309 249 189 130 69
1,2 308 258 208 158 108 58
1,4 264 221 178 135 92 50
1,6 231 193 156 118 81 43
1,8 205 172 139 105 72 39
2,0 185 155 125 95 64 35
2,2 168 141 113 86 59 32
2,4 154 129 104 79 54 29
2,6 142 119 96 73 50 27
2,8 132 110 89 678 46 25
3,0 123 103 83 63 43 23

NOTAS:
(1) Valores intermediários aos constantes na tabela podem ser obtidos por interpolação.
(2) C: residual de cloro combinado na saída do tanque de contato (mg/L).

ANEXO VI

Tempo de contato mínimo (minutos) a ser observado para a desinfecção com dióxido de cloro, de acordo com concentração de dióxido de cloro e com a temperatura da água, para valores de pH da água entre 6 e
9(1).

C (2) Temperatura (ºC)


5 10 15 20 25 30
≤ 0,4 13 9 8 7 6 6
0,6 9 6 5 6 4 4
0,8 7 5 4 4 3 3
1,0 5 4 3 3 3 2
1,2 4 3 3 3 2 2
1,4 4 3 2 2 2 2
1,6 3 2 2 2 2 1
1,8 3 2 2 2 1 1
2,0 3 2 2 2 1 1
2,2 2 2 2 1 1 1
2,4 2 2 1 1 1 1
2,6 2 2 1 1 1 1
2,8 2 1 1 1 1 1
3,0 2 1 1 1 1 1

NOTAS:
(1) Valores intermediários aos constantes na tabela podem ser obtidos por interpolação.
(2) C: residual de dióxido de cloro na saída do tanque de contato (mg/L).

ANEXO VII

Tabela de padrão de potabilidade para substâncias químicas que representam risco à saúde

Parâmetro CAS(1) Unidade VMP(2)


INORGÂNICAS
Antimônio 7440-36-0 mg/L 0,005
Arsênio 7440-38-2 mg/L 0,01
Bário 7440-39-3 mg/L 0,7
Cádmio 7440-43-9 mg/L 0,005
Chumbo 7439-92-1 mg/L 0,01
Cianeto 57-12-5 mg/L 0,07
Cobre 7440-50-8 mg/L 2
Cromo 7440-47-3 mg/L 0,05
Fluoreto 7782-41-4 mg/L 1,5

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Mercúrio 7439-97-6 mg/L 0,001
Níquel 7440-02-0 mg/L 0,07
Nitrato (como N) 14797-55-8 mg/L 10
Nitrito (como N) 14797-65-0 mg/L 1
Selênio 7782-49-2 mg/L 0,01
Urânio 7440-61-1 mg/L 0,03
ORGÂNICAS
Acrilamida 79-06-1 µg/L 0,5
Benzeno 71-43-2 µg/L 5
Benzo[a]pireno 50-32-8 µg/L 0,7
Cloreto de Vinila 75-01-4 µg/L 2
1,2 Dicloroetano 107-06-2 µg/L 10
1,1 Dicloroeteno 75-35-4 µg/L 30
1,2 Dicloroeteno (cis + trans) 156-59-2 (cis) µg/L 50
156-60-5 (trans)
Diclorometano 75-09-2 µg/L 20
Di(2-etilhexil) ftalato 117-81-7 µg/L 8
Estireno 100-42-5 µg/L 20
Pentaclorofenol 87-86-5 µg/L 9
Tetracloreto de Carbono 56-23-5 µg/L 4
Tetracloroeteno 127-18-4 µg/L 40
Triclorobenzenos 1,2,4-TCB µg/L 20
(120-82-1)
1,3,5-TCB
(108-70-3
1,2,3- TCB
(87-61-6)
Tricloroeteno 79-01-6 µg/L 20
AGROTÓXICOS
2,4 D + 2,4,5 T 94-75-7 (2,4 D) µg/L 30
93-76-5 (2,4,5 T)
Alaclor 15972-60-8 µg/L 20
Aldicarbe + Aldicarbesulfona +Aldicarbesulfóxido 116-06-3 (aldicarbe) µg/L 10
1646-88-4 (aldicarbesulfona)
1646-87-3
(aldicarbe sulfóxido)
Aldrin + 309-00-2 (aldrin) µg/L 0,03
Dieldrin 60-57-1 (dieldrin)
Atrazina 1912-24-9 µg/L 2
Carbendazim + benomil 10605-21-7 (carbendazim) µg/L 120
17804-35-2 (benomil)
Carbofurano 1563-66-2 µg/L 7
Clordano 5103-74-2 µg/L 0,2
Clorpirifós + clorpirifós-oxon 2921-88-2 (clorpirifós) µg/L 30
5598-15-2 (clorpirifós-oxon)
DDT+DDD+DDE p,p'-DDT (50-29-3) µg/L 1
p,p'-DDD (72-54-8)
p,p'-DDE (72-55-9)
Diuron 330-54-1 µg/L 90
Endossulfan (α β e sais) (3) 115-29-7; I µg/L 20
(959-98-8); II
(33213-65-9);
sulfato (1031-07-8)
Endrin 72-20-8 µg/L 0,6
Glifosato + AMPA 1071-83-6 (glifosato) µg/L 500
1066-51-9 (AMPA)
Lindano (gama HCH) (4) 58-89-9 µg/L 2
Mancozebe 8018-01-7 µg/L 180
Metamidofós 10265-92-6 µg/L 12
Metolacloro 51218-45-2 µg/L 10
Molinato 2212-67-1 µg/L 6
Parationa Metílica 298-00-0 µg/L 9
Pendimentalina 40487-42-1 µg/L 20
Permetrina 52645-53-1 µg/L 20
Profenofós 41198-08-7 µg/L 60
Simazina 122-34-9 µg/L 2
Tebuconazol 107534-96-3 µg/L 180
Terbufós 13071-79-9 µg/L 1,2
Trifluralina 1582-09-8 µg/L 20
DESINFETANTES E PRODUTOS SECUNDÁRIOS DA DESINFECÇÃO(5)
Ácidos haloacéticos total (6) mg/L 0,08
Bromato 15541-45-4 mg/L 0.01
Clorito 7758-19-2 mg/L 1
Cloro residual livre 7782-50-5 mg/L 5
Cloraminas Total 10599-903 mg/L 4,0
2,4,6 Triclorofenol 88-06-2 mg/L 0,2
Trihalometanos Total (7) mg/L 0,1

NOTAS:
(1) CAS é o número de referência de compostos e substâncias químicas adotado pelo Chemical Abstract Service.
(2) Valor Máximo Permitido.
(3) Somatório dos isômeros alfa, beta e os sais de endossulfan, como exemplo o sulfato de endossulfan.
(4) Esse parâmetro é usualmente e equivocadamente conhecido como BHC.
(5) Análise exigida de acordo com o desinfetante utilizado.
(6) Ácidos haloacéticos: Ácido monocloroacético (MCAA) - CAS = 79-11-8, Ácido monobromoacético (MBAA) - CAS = 79-08-3, Ácido dicloroacético (DCAA) - CAS = 79-43-6, Ácido 2,2 - dicloropropiônico
(DALAPON) - CAS = 75-99-0, Ácido tricloroacético (TCAA) - CAS = 76-03-9, Ácido bromocloroacético (BCAA) CAS = 5589-96-3, 1,2,3, tricloropropano (PI) - CAS = 96-18-4, Ácido dibromoacético (DBAA) -
CAS = 631-64-1, e Ácido bromodicloroacético (BDCAA) - CAS = 7113-314-7.
(7) Trihalometanos: Triclorometano ou Clorofórmio (TCM) - CAS = 67-66-3, Bromodiclorometano (BDCM) - CAS = 75-27-4, Dibromoclorometano (DBCM) - CAS = 124-48-1, Tribromometano ou Bromofórmio
(TBM) - CAS = 75-25-2.

ANEXO VIII

Tabela de padrão de cianotoxinas da água para consumo humano

CIANOTOXINAS
Parâmetro(1) Unidade VMP(2)
Microcistinas µg/L 1,0 (3)

Saxitoxinas µg equivalente STX/L 3,0

NOTAS:
(1) A frequência para o controle de cianotoxinas está prevista na tabela do Anexo XII.
(2) Valor máximo permitido.
(3) O valor representa o somatório das concentrações de todas as variantes de microcistinas.

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ANEXO IX

Tabela de padrão de radioatividade da água para consumo humano

Parâmetro(1) Unidade VMP


Rádio-226 Bq/L 1
Rádio-228 Bq/L 0,1

NOTAS: (1) Sob solicitação da Comissão Nacional de Energia Nuclear, outros radionuclídeos devem ser investigados.

ANEXO X

Tabela de padrão organoléptico de potabilidade

Parâmetro CAS Unidade VMP(1)


Alumínio 7429-90-5 mg/L 0,2
Amônia (como NH3) 7664-41-7 mg/L 1,5
Cloreto 16887-00-6 mg/L 250
Cor Aparente (2) uH 15
1,2 diclorobenzeno 95-50-1 mg/L 0,01
1,4 diclorobenzeno 106-46-7 mg/L 0,03
Dureza total mg/L 500
Etilbenzeno 100-41-4 mg/L 0,2
Ferro 7439-89-6 mg/L 0,3
Gosto e odor (3) Intensidade 6
Manganês 7439-96-5 mg/L 0,1
Monoclorobenzeno 108-90-7 mg/L 0,12
Sódio 7440-23-5 mg/L 200
Sólidos dissolvidos totais mg/L 1000
Sulfato 14808-79-8 mg/L 250
Sulfeto de hidrogênio 7783-06-4 mg/L 0,1
Surfactantes (como LAS) mg/L 0,5
Tolueno 108-88-3 mg/L 0,17
Turbidez (4) uT 5
Zinco 7440-66-6 mg/L 5
Xilenos 1330-20-7 mg/L 0,3

NOTAS:
(1) Valor máximo permitido.
(2) Unidade Hazen (mgPt-Co/L).
(3) Intensidade máxima de percepção para qualquer característica de gosto e odor com exceção do cloro livre, nesse caso por ser uma característica desejável em água tratada.
(4) Unidade de turbidez.

ANEXO XI

Frequência de monitoramento de cianobactérias no manancial de abastecimento de água

Quando a densidade de cianobactérias (células/mL) for: Frequência


≤ 10.000 Mensal
> 10.000 Semanal

ANEXO XII

Tabela de número mínimo de amostras e frequência para o controle da qualidade da água de sistema de abastecimento, para fins de análises físicas, químicas e de radioatividade, em função do ponto de amostragem,
da população abastecida e do tipo de manancial.

Parâmetro Tipo de Manancial Saída do Tratamento Sistema de distribuição (reservatórios e redes)


Nº Amostras Frequência Número de amostras Frequência
População abastecida
<50.000 50.000 a 250.000 hab. >250.000 <50.000 50.000 a 250.000 hab. >250.000
hab. hab. hab. hab.
Cor Superficial 1 A cada 2horas 10 1 para cada 5mil hab 40 + (1 para cada 25 mil hab) Mensal
Subterrâneo 1 Semanal 5 1 para cada 10 mil hab 20 + (1 para cada 50 mil hab) Mensal
Turbidez, Cloro Residual Livre(1), Superficial 1 A cada 2 horas Conforme § 3º do Artigo 41 Conforme § 3º do Artigo 41
Cloraminas(1), Dióxido de Cloro(1)
Subterrâneo 1 2 vezes por semana
pH e fluoreto Superficial 1 A cada 2 horas Dispensada a análise Dispensada a análise
Subterrâneo 1 2 vezes por semana
Gosto e odor Superficial 1 Trimestral Dispensada a análise Dispensada a análise
Subterrâneo 1 Semestral
Cianotoxinas Superficial 1 Semanal quando nº de cianobactérias ≥ Dispensada a análise Dispensada a análise
20.000 células/mL
Produtos secundários da desinfec- Superficial 1 Trimestral 1(2) 4(2) 4(2) Trimestral
ção
Subterrâneo Dispensada a análise Dispensada a análise 1(2) 1(2) 1(2) Anual Semestral Semestral
Demais parâmetros (3)(4) Superficial ou 1 Semestral 1(5) 1(5) 1(5) Semestral
Subterrâneo

NOTAS:
(1) Análise exigida de acordo com o desinfetante utilizado.
(2) As amostras devem ser coletadas, preferencialmente, em pontos de maior tempo de detenção da água no sistema de distribuição.
(3) A definição da periodicidade de amostragem para o quesito de radioatividade será definido após o inventário inicial, realizado semestralmente no período de 2 anos, respeitando a sazonalidade pluviométrica.
(4) Para agrotóxicos, observar o disposto no parágrafo 5º do artigo 41.
(5) Dispensada análise na rede de distribuição quando o parâmetro não for detectado na saída do tratamento e, ou, no manancial, à exceção de substâncias que potencialmente possam ser introduzidas no sistema ao
longo da distribuição.

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ANEXO XIII

Número mínimo de amostras mensais para o controle da qualidade da água de sistema de abastecimento, para fins de análises microbiológicas, em função da população abastecida

Parâmetro Saída do Tratamento Sistema de distribuição (reservatórios e rede)


(Número de amostras por unidade de tratamento)
População abastecida
< 5.000 5.000 a 20.000 hab. 20.000 a 250.000 hab. > 250.000
hab. hab.
Coliformes totais Duas amostras semanais(1) 110 1 para cada 500 hab. 30 + (1 para cada 2.000 hab.) 105 + (1 para cada 5.000 hab.) Máximo
de 1.000
Escherichia coli

NOTA:
(1) Recomenda-se a coleta de, no mínimo, quatro amostras semanais.

ANEXO XIV

Tabela de número mínimo de amostras mensais para o controle da qualidade da água de sistema de abastecimento, para fins de análises microbiológicas, em função da população abastecida

Parâmetro Saída do Tratamento Sistema de distribuição (reservatórios e rede)


(Número de amostras por unidade de tratamento)
População abastecida
< 5.000 5.000 a 20.000 hab. 20.000 a 250.000 hab. > 250.000
hab. hab.
Coliformes totais Duas amostras semanais(1) 1 para cada11500
0 hab. 30 + (1 para cada 2.000 hab.) 105 + (1 para cada 5.000 hab.) Máximo de
1.000
Escherichia coli

NOTA:
(1) Recomenda-se a coleta de, no mínimo, quatro amostras semanais.

ANEXO XV

Tabela de número mínimo de amostras e frequência mínima de amostragem para o controle da qualidade da água de solução alternativa coletiva, para fins de análises físicas, químicas e microbiológicas, em função
do tipo de manancial e do ponto de amostragem

Parâmetro Tipo de manancial Saída do tratamento (para água canalizada) Número de amostras retiradas no ponto de consumo Frequência de amostragem
(para cada 500 hab.)
Cor, turbidez, pH e coliformes totais(1) e (2) Superficial 1 1 Semanal
Subterrâneo 1 1 Mensal
Cloro residual livre(1) Superficial ou Subterrâneo 1 1 Diário

NOTAS:
(1) Para veículos transportadores de água para consumo humano, deve ser realizada uma análise de cloro residual livre em cada carga e uma análise, na fonte de fornecimento, de cor, turbidez, pH e coliformes totais
com frequência mensal, ou outra amostragem determinada pela autoridade de saúde pública.
(2) O número e a frequência de amostras coletadas no sistema de distribuição para pesquisa de Escherichia coli devem seguir o determinado para coliformes totais.

PORTARIA N o- 2.916, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011

Homologa os Termos de Compromisso de Gestão (TCG), e publica os Termos de Limites Financeiros Globais (TLFG) de um Município do Estado de Alagoas, dois Municípios do Estado
da Bahia, três Municípios do Estado de Pernambuco e vinte e sete Municípios do Estado do Rio Grande do Sul, homologados pela Comissão Intergestores Tripartite.

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do artigo 87 da Constituição, e
Considerando o preconizado nas Portarias N o- 399/GM/MS, de 22 de fevereiro de 2006; N o- 699/GM/MS, de 30 de março de 2006; N o- 204/GM/MS, de 29 de janeiro de 2007; e N o- 372/GM/MS, de 16 de
fevereiro de 2007;
Considerando a Resolução N o- 088/CIB/AL, de 10 de outubro de 2011, da Comissão Intergestores Bipartite do Estado de Alagoas;
Considerando a Resolução N o- 250/CIB/BA, de 24 de outubro de 2011, da Comissão Intergestores Bipartite do Estado da Bahia;
Considerando a Resolução N o- 1.742/CIB/PE, de 17 de outubro de 2011, da Comissão Intergestores Bipartite do Estado de Pernambuco;
Considerando a Resolução N o- 414/CIB/RS, de 4 de novembro de 2011, da Comissão Intergestores Bipartite do Estado do Rio Grande do Sul; e
Considerando as decisões da Comissão Intergestores Tripartite, na reunião realizada em 24 de novembro de 2011; resolve:
Art. 1º Homologar os Termos de Compromisso de Gestão de um Município do Estado de Alagoas, dois Municípios do Estado da Bahia, três Municípios do Estado de Pernambuco e vinte e sete Municípios
do Estado do Rio Grande do Sul, homologados pela Comissão Intergestores Tripartite.
Art. 2º Publicar, constantes dos Anexos, os Termos de Limites Financeiros Globais do Estado e dos Municípios referidos nos art. 1º e 2º desta Portaria.
§ 1º O Fundo Nacional de Saúde manterá as transferências regulares dos valores mensais aos respectivos Fundos Estaduais e Municipais de Saúde, conforme autorizações das áreas técnicas do Ministério da
Saúde e Portarias pertinentes;
§ 2º Os valores declarados nos Termos de Limites Financeiros Globais, em anexo, poderão ser alterados em conformidade com as normas das áreas técnicas do Ministério da Saúde e pactuações das comissões
intergestores;
§ 3º Os recursos orçamentários, objeto desta Portaria, correrão por conta do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar os seguintes Programas de Trabalho:
I - 10.301.1214.20AD - Piso de Atenção Básica Variável - Saúde da Família;
II - 10.301.1214.8577 - Piso de Atenção Básica Fixo;
III - 10.301.1312.6188 - Implementação de Políticas de Atenção à Saúde do Trabalhador;
IV - 10.302.1220.8585 - Atenção à Saúde da População para procedimentos em Média e Alta Complexidade;
V - 10.302.1220.8934 - Atenção Especializada em Saúde Bucal;
VI - 10.302.1444.20AC - Incentivo Financeiro a Estados, Distrito Federal e Municípios para Ações de Prevenção e Qualificação da Atenção em HIV/AIDS e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis;
VII - 10.303.1293.20AE - Promoção da Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos na Atenção Básica em Saúde;
VIII - 10.303.1293.4368 - Promoção da Assistência Farmacêutica e Insumos para Programas de Saúde Estratégicos;
IX - 10.303.1293.4705 - Apoio para Aquisição e Distribuição de Medicamentos Excepcionais;
X - 10.304.1289.20AB - Incentivo Financeiro aos Estados, Distrito Federal e Municípios para Execução de Ações de Vigilância Sanitária;
XI - 10.304.1289.8719.0001 - Vigilância Sanitária de Produtos, Serviços, Ambientes, Tecidos, Células e Órgãos Humanos - Nacional;
XII - 10.305.1444.20AL - Incentivo Financeiro aos Estados, Distrito Federal e Municípios certificados para Vigilância em Saúde.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA

ANEXO I

TERMO DE LIMITE FINANCEIRO GLOBAL DE 01 MUNICÍPIO DO ESTADO DE ALAGOAS.


(Valores anuais em R$)
ATENÇÃO BÁSICA ATENÇÃO DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE AMBULATORIAL E HOSPITALAR ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA VIGILÂNCIA EM SAÚDE
IBGE Município Origem Comp. Fixo Comp. Variá- População População Outros recur- Total PPI As- Recurso Rec retidos Rec aloc Total Comp básico Comp. Comp. Comp. Vig. Epi- Vigilância Bloco TO-
do Re- vel Própria Referenciada sos, ajustes e sistência Transferido p/ FNS p/ em outras MAC alo- básico re- Estra-té- Excepcio- dem. e Am- Sanitária de TAL
curso incentivos ao FES pgto direto a UF cado no passado gico nal biental Gestão
prest FMS ao FES
270580 Olho D'Água FED 195.293,04 692.688,60 49.259,83 128,46 16.413,23 65.801,52 65.801,52 0,00 0,00 0,00 43.436,76 0,00 0,00 0,00 26.304,60 8.946,00 0,00 966.669,00
do Casado
EST 60.000,00 0,00 0,00 0,00 112.079,84 112.079,84 0,00 0,00 0,00 0,00 15.793,26 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 187.873,10
MUN 948.589,66 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 948.589,66

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