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Ka I 2 – 2 FC Porto

Campeão hipoteca vantagem

Menos de uma semana depois de ter somado a primeira derrota da temporada face ao arqui-rival
Monte Carlo, o Ka I voltou a não conseguir evitar um novo percalço na corrida para o título, ao não
fazer melhor do que empate a duas bolas com o Futebol Clube do Porto, na partida inaugural da
décima quinta ronda da Liga de Elite.
Longe do fulgor que apresentaram na primeira volta do principal campeonato de futebol de Macau,
os campeões do território encontraram no relvado do Estádio da Taipa aquele que foi eventualmente
o melhor Porto da temporada. Ainda sem o objectivo da manutenção assegurado, os dragões do
território não se deixaram intimidar pelo poderio do adversário e entraram na partida determinados
a discutir o resultado até às últimas consequências.
A ousadia do onze azul e branco rendeu dividendos aos doze minutos, com o Futebol Clube do
Porto a marcar na sequência de um lance de bola parada. Tita inaugura a marcha do placard ao levar
a melhor nas alturas sobre Jorge Galeano e ao responder com um remate fulminante de cabeça ao
livre apontado por Nuno Capelo no flanco direito do ataque dos dragões do território.
Em desvantagem, o Ka I procurou a todo o custo repor a igualdade no marcador, mas as investidas
da linha ofensiva dos bi-campeões do território esbarraram quase sempre numa defesa azul e branca
eficiente e bem-estruturada. A formação orientada por Joseclér só aos 39 minutos conseguiu
responder ao golo do FC Porto e relançar a discussão da partida. Cesinha bate um pontapé de canto
do lado esquerdo do ataque negro-rubro, Gilberto Ferreira aproveita a inércia da defensiva azul e
branca e empurra para o fundo da baliza de Juninho, ao aparecer sem marcação junto ao segundo
poste da baliza azul e branca.
O tento da igualdade não roubou ânimo aos comandados de Daniel Pinto e aos 56 minutos, o
Futebol Clube do Porto voltou a saltar para a frente do marcador, novamente na sequência de um
lance de bola parada. Numa noite de boa memória para os dragões, Tita esteve em particular
evidência. O médio camaronês, que se sagrou na última época campeão de Macau com a camisola
do Ka I, foi o carrasco da sua antiga equipa, ao apontar o segundo golo do FC Porto (segundo
também da conta pessoal) com um remate cruzado à entrada da pequena área adversária, dando o
melhor seguimento a um desvio deficiente de Wamba.
Em desvantagem uma vez mais, os campeões do território partiram à procura do golo do empate e
criaram várias oportunidades de enfiada, mas as redes à guarda de Juninho só voltariam a tremer à
passagem do minuto 76, quando o improvável Gilberto Ferreira igualou o feito de Tita e bisou no
desafio, ao responder com um remate potente a um cruzamento com peso, conta e medida de
Gabriel Bueno.
Com um quarto de hora ainda para jogar no relvado do Estádio da Taipa, o Ka I tentou a todo o
custo chegar à vitória e manter intacta a vantagem de que dispunha na liderança da tabela
classificativa e Nicholas Torrão foi quem mais perto esteve de garantir a tranquilidade desejada ao
grupo de trabalho orientado por Joseclér, ao cabecear nos instantes finais do encontro para uma
defesa soberba do guarda-redes Juninho. Com o empate cedido frente aos dragões do território, o
Ka I poderá ter colocado em causa a revalidação do principal título do futebol de Macau. Os bi-
campeões da RAEM têm agora três pontos de vantagem sobre o Monte Carlo, mas a formação
orientada por Paulo Bento tem ainda em atraso o jogo com o Futebol Clube do Porto referente à
décima primeira jornada. O desafio só se disputa a 27 de Maio. Em caso de vitória sobre os dragões
(e na eventualidade de não somar qualquer percalço), o onze “canarinho” assume a liderança da
Liga de Elite e coloca-se em posição privilegiada para festejar o triunfo no Campeonato, três anos
depois de ter alcançado a sua última vitória na principal prova do futebol de Macau.

Hong Ngai 0 – 3 Benfica


Voo tranquilo e nova vitória
Contra factos não há argumentos e os factos que o onze da Casa do Sport Lisboa e Benfica de
Macau explanou no desafio frente ao Hong Ngai revelaram-se suficientes não apenas para
consolidar a terceira posição que o conjunto encarnado ocupa na tabela classificativa, mas também
para evidenciar que há equipas que pouco ou nenhuma competitividade trazem à Liga de Elite.
Com uma recta final de Campeonato difícil pela frente, o Benfica abdicou de algumas das suas
principais pedras no desafio frente ao lanterna-vermelha do Campeonato, mas a opção tomada por
Rui Cardoso e pela equipa técnica encarnada não tiveram efeitos perceptíveis sobre o rendimento da
equipa. Frente ao frágil Hong Ngai, as águias do território não tiveram problemas para chamar a si o
controlo do desafio e construíram desde muito cedo as melhores oportunidades, com jogadores
como Bruno Novo e Iuri Capelo em grande evidência.
É dos pés do jovem dianteiro encarnado que surgem as primeiras grandes iniciativas de golo do
onze orientado por Rui Cardoso. A primeira oportunidade flagrante de golo por parte da formação
encarnada surge à passagem do primeiro quarto de hora da partida. Iuri Capelo conduz a bola até à
linha final antes de abrir para o coração da área adversária, para o que poderia (e deveria) ter sido
um golo fácil de Bruno Novo, não fosse o camisola 77 do Macau e Benfica falhar a intersecção com
o esférico quando tinha a baliza do Hong Ngai praticamente escancarada.
A jovem linha avançada do grupo de trabalho às ordens de Rui Cardoso não baixou os braços e
pouco depois é o próprio Iuri Capelo quem tenta a sorte, apenas para ver o guarda-redes Chan Ka
Fai travar com classe o portentoso remate que desferiu à entrada da área adversária.
O Benfica dava espectáculo e criava as melhores oportunidades, mas o marcador manteve-se
inviolado durante os primeiros 45 minutos, para desespero do banco encarnado. Na segunda
metade, Rui Cardoso refrescou o ataque das águias com a entrada de Vinício Morais Alves e a
aposta do técnico português dificilmente se poderia ter revelado mais acertada. O avançado
macaense estava em campo há menos de um minuto quando a defesa do Hong Ngai comete a
imprudência de lhe colocar a bola nos pés. O dianteiro não se fez rogado e desferiu um remate
rasteiro à entrada da área do último classificado do Campeonato, batendo Chan Ka Fai pela primeira
vez.
O golo colocou alguma justiça no marcador, mas não anestesiou o Benfica, que continuou a rondar
com insistência a baliza adversária. O mesmo Vinício Morais Alves poderia ter dilatado o resultado
por duas ocasiões. O jovem artilheiro rematou ao poste quando tinha a baliza completamente aberta
e, pouco depois, permitiu a defesa de Chan Ka Fai na cobrança de uma grande penalidade a punir
falta sobre o brasileiro Joadson. Apesar de dominar o desafio quase sem oposição, o onze encarnado
só conseguiu voltar a fazer mexer o placard a seis minutos do fim da partida, com Marquinhos a dar
a melhor das conclusões a um contra-ataque rápido do ataque do Benfica. O avançado brasileiro
bisou menos de dois minutos, ao converter uma nova grande penalidade por falta sofrida à entrada
da área do Hong Ngai. Com um triunfo sereno que poderia ter sido uma goleada rotunda, o Benfica
consolida a terceira posição da Liga de Elite. O onze encarnado tem 31 pontos e três pontos de
vantagem sobre o quarto-classificado, o Grupo Desportivo Lam Pak.

PSP 0 – 1 Monte Carlo


Canários cumprem e apontam ao título

À décima quinta jornada, a luta pelo principal título do futebol do território está relançada. Depois
de ter visto o Ka I hipotecar a vantagem de que dispunha na liderança da classificação da Liga de
Elite, o Grupo Desportivo Monte Carlo cumpriu com o que lhe era exigido e derrotou o Grupo
Desportivo da Polícia de Segurança Pública pela margem mínima.
Depois de na ronda passada ter alcançado uma vitória sofrida mas providencial sobre o líder Ka I, a
formação orientada por Paulo Bento viu o Futebol Clube do Porto travar as aspirações dos
campeões do território pela segunda jornada consecutiva e não desperdiçou a dádiva. Frente ao onze
das forças de segurança, o conjunto “canarinho” dominou sem grandes percalços, mas só aos 36
minutos conseguiu levar a melhor sobre a exigente defesa da PSP e colocar-se em vantagem no
marcador. A linha avançada do Monte Carlo viu o guarda-redes da Polícia negar com grandes
defesas um par de oportunidades flagrantes, mas Leong Chon Kit nada pode fazer à passagem do
trigésimo sexto minuto para evitar que os vice-campeões do território se colocassem em vantagem.
O guarda-redes do onze das forças de segurança viu Márcio Luiz saltar mais alto que os seus
companheiros de defesa e cabecear com sucesso para o primeiro e único tento da partida.
O Monte Carlo dispôs de uma grande oportunidade para reforçar a vantagem no início da segunda
metade, depois de Joãozinho ter sido rasteirado no último reduto da Polícia. O avançado brasileiro
tomou em mãos a tarefa de cobrar a grande penalidade, mas acabou por permitir a defesa de Leong
Chon Kit. Com o triunfo, o Monte Carlo passa a somar 33 pontos e tem agora três pontos a menos
que o líder Ka I, ainda que com menos um encontro disputado. Lam Pak e Kuan Tai repetiram o
mesmo resultado nos dois restantes encontros da décima quinta jornada. A formação orientada por
Chan Man Kin derrotou a Selecção de Sub-23 por duas bolas a uma, parcial que se repetiu no
desafio entre Kuan Tai e Lam Ieng, com os comandos de de João Rosa a levarem a melhor sobre o
conjunto satélite do Grupo Desportivo Lam Pak.

Resultados e marcadores:

Ka I 2–2 FC Porto
39' G. Ferreira 12' Tita
76' G. Ferreira 56' Tita

Hong Ngai 0 – 3 Benfica


52' Vinicius Morais Alves
84' Marquinhos
86' Marquinhos

Polícia 0–1 Monte Carlo


36' Márcio Luiz

Lam Pak 2–1 Sub-23


33' J. Emmanuel 59' Leong Ka Hang
55' J. Emmanuel

Lam Ieng 1–2 Kuan Tai


7' Chan Tsz Yeung 01' Fábio L. Alcântara
23' Fãbio L. Alcântara

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