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VIGA DE TIMOSHENKO
13.1 - Simbologia
x Coordenada cartesiana
u Campo de deslocamentos
∆ Deslocamento nodal
θ Rotação nodal
s Coordenada local
J Jacobiano da transformação (J = d x1 / d s)
G Centro de gravidade
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Viga de Timoshenko - Álvaro F. M. Azevedo
ε Extensão
σ Tensão normal
γ Distorção
τ Tensão tangencial
G Módulo de distorção
W Trabalho
V Volume
S Superfície
M Momento flector
V Esforço transverso
Na Figura 13.1 encontra-se representado um elemento de viga com dois nós e com
comprimento L (ver o Capítulo 11). Supõe-se que nos nós não há deslocamentos
segundo x1. Deste modo apenas se considera o comportamento à flexão da viga.
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Viga de Timoshenko - Álvaro F. M. Azevedo
u3 (x1)
a2 = θ1 x3 a4 = θ2
a3 = ∆2
a1 = ∆1
x1
1 2
(x1 = x11 = − L 2 ) L/2 L/2 (x1 = x21 = L 2 )
u3 (s) θ (s)
s
1 2
(s = s1 = − 1) 1 1 (s = s2 = 1)
Fig. 13.1 - Substituição de variável num elemento de viga com dois nós.
a1 ∆1
a θ
a = 2 = 1 (1)
a3 ∆ 2
a4 θ 2
L
x1 = s (2)
2
d x1 L
J = = (3)
ds 2
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u3 ( s ) = N1 ( s ) a1 + N 2 ( s ) a3 (4)
θ ( s ) = N 1 ( s ) a2 + N 2 ( s ) a4 (5)
Neste exemplo com dois nós as funções de forma são as seguintes (ver o Capítulo 4)
N1 ( s ) = (1 − s ) 2 (6)
N 2 ( s ) = (1 + s ) 2 (7)
Na Figura 13.2 está representado o eixo da viga na sua posição inicial (sobre x1) e a
correspondente deformada (ver o Capítulo 11). Está também representada a secção
transversal cujos eixos são x2 e x3. Uma vez que se consideram pequenas deformações,
supõe-se que o declive da recta tangente ao eixo coincide com o ângulo de rotação do
eixo da barra.
x3
u3
G x2
d u3
x3
d x1
u3 ( x1 )
x1 u1
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B' B
θ
d u3 θ
x3
φ d x1 O ≡ O'
u3
u1 ( x1 , x3 )
x3 B' O'
A' A A'
u3 ( x1 )
B
O
A x1 u1
d u3
θ = +φ (8)
d x1
u1 ( x1 , x3 ) = − x3 θ (x1 ) (9)
∂ u1 ∂
ε1 = = (− x3 θ ) (10)
∂ x1 ∂ x1
sendo
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dθ
ε1 = − x3 (11)
d x1
dθ
ε1 = − (12)
d x1
passa a ter-se
ε1 = x3 ε1 (13)
dθ d N1 d N2
= a2 + a4 (14)
d x1 d x1 d x1
a1
dN d N 2 a2
ε 1 = 0 − 1
0 − (15)
d x1 d x1 a3
a4
Considere-se agora uma matriz de deformação, que é designada B b pelo facto de estar
associada à flexão (bending). A sua definição é a seguinte
d N1 d N2
B b = 0 − 0 −
d x1
(16)
d x1
ε1 = B b a (17)
ε1 = x3 B b a (18)
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Tal como no Capítulo 12, considera-se a lei de Hooke referida apenas à tensão
normal σ1 e à extensão ε1
σ 1 = E ε1 (19)
σ 1 = E x3 B b a (20)
d u1 d u3
γ 13 = + (21)
d x3 d x1
γ 13 =
d
(− x3 θ ) + d u3 (22)
d x3 d x1
d u3
γ 13 = − θ + (23)
d x1
γ 13 = − φ (24)
d u3 d N1 d N2
= a1 + a3 (25)
d x1 d x1 d x1
d N1 d N2
γ 13 = − N1 a2 − N 2 a4 + a1 + a3 (26)
d x1 d x1
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a1
d N d N2 a
γ 13 = 1 − N1 − N2 2 (27)
d x1 d x1 a3
a4
Considere-se agora uma matriz de deformação, que é designada B s pelo facto de estar
associada ao corte (shear). A sua definição é a seguinte
d N1 d N2
Bs = − N1 − N2 (28)
d x1 d x1
γ 13 = B s a (29)
Uma vez que, de acordo com a lei de Hooke para materiais isotrópicos [13.2]
τ 13 = G γ 13 (30)
τ 13 = G B s a (31)
De acordo com o Princípio dos Trabalhos Virtuais (PTV) (ver o Capítulo 4), admite-se
que
Considerando
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δ Wbi + δ Ws i = δ W e (36)
δ Wbi = ∫ δ ε1 σ 1 d V (37)
V
δ ε1 = x3 B b δ a (38)
sendo equivalente a
δ ε1 = δ aT BbT x3 (39)
+L 2
δ Wb = ∫ ∫ δ a T B Tb x3 E x3 B b a d S d x1
i
S
(40)
−L 2
d S = d x2 d x3 (41)
+L 2
δ Wbi = δ a T E ∫ B b B b ∫ x32 d S d x1 a
T
S
(42)
−L 2
I2 = ∫ S
x32 d S (43)
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Substituindo (43) em (42) e supondo que a barra é de secção constante, passa a ter-se
+L 2
δ Wb = δ a E I 2 ∫B
i T T
b B b d x1 a (44)
−L 2
δ Ws i = ∫ δ γ 13 τ 13 d V (45)
V
δ γ 13 = B s δ a (46)
sendo equivalente a
δ γ 13 = δ aT B Ts (47)
+L 2
δ Ws = ∫ ∫ δ a T B Ts G B s a d S d x1
i
S
(48)
−L 2
+L 2
δ Ws = δ a G ∫ B s B s ∫ d S d x1 a
i T T
S
(49)
−L 2
A = ∫
S
dS (50)
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A* = α A (51)
+L 2
δ Ws i = δ a T G A* ∫B
T
s B s d x1 a (52)
−L 2
Por uma questão de simplificação desta exposição, considera-se que o trabalho externo
associado às forças exteriores (δ W e ) inclui apenas a contribuição das forças
generalizadas concentradas nos nós da barra. Nestas condições tem-se
δ W e = δ aT F (53)
+L 2 +L 2
δ a E I2 ∫B B b d x1 a + δ a G A ∫B B s d x1 a = δ a F
T T T * T T
b s (54)
−L 2 −L 2
Uma vez que (54) tem de se verificar para qualquer deformação virtual δ a, chega-se à
habitual equação
K a = F (55)
+L 2 +L 2
K = E I2 ∫B B b d x1 + G A ∫B
T * T
b s B s d x1 (56)
−L 2 −L 2
+1 +1
d x1 d x1
K = E I2 ∫ B B b d s + G A* ∫B
T T
b s Bs ds (57)
−1
ds −1
ds
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+1 +1
L L
K = E I2 ∫−1 B B b d s + G A 2 ∫B
T * T
b s Bs d s (58)
2 −1
d Ni d N i d x1
= (59)
ds d x1 d s
d Ni d Ni L
= (60)
ds d x1 2
que é equivalente a
d Ni 2 d Ni
= (61)
d x1 L ds
d N1 1
= − (62)
ds 2
d N2 1
= (63)
ds 2
d N1 1
= − (64)
d x1 L
d N2 1
= (65)
d x1 L
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1 1
B b = 0 0 − (66)
L L
1
B s = − −
1
(1− s ) 1
−
1
( 1 + s ) (67)
L 2 L 2
0 0 0 0 1 L2 −1 L2
1 0 − 1 * L 3 − L 2 L2 6
2
E I2 + GA
K = (68)
L 0 0 L 1 − L 2
SIM . 1 SIM . L2 3
O facto de a expressão (68) ser aproximada, obriga a que na análise de um pórtico cada
uma das suas barras tenha de ser discretizada em vários elementos finitos. Esta questão
foi já referida no Capítulo 12.
dθ
M = − E I2 (69)
d x1
Atendendo a (12), (17) e (69), conclui-se que o momento flector pode ser obtido com
M = E I 2 Bb a (70)
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V = ∫ τ 13 ( x3 ) d S (71)
S
d u3
V = G A* − θ +
d x1
(72)
V = G A* γ 13 (73)
V = − G A* φ (74)
V = G A* B s a (75)
Deve-se ter em consideração que, quer o momento flector, quer o esforço transverso,
apenas apresentam valores com precisão aceitável em determinados pontos do elemento
finito [13.5]. Se se pretender conhecer os valores dos esforços noutros pontos, é em
geral preferível efectuar uma extrapolação ou interpolação simples a partir dos pontos
em que os resultados são mais correctos.
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Viga de Timoshenko - Álvaro F. M. Azevedo
A formulação da viga de Timoshenko aqui apresentada pode ser estendida aos seguintes
casos: barras com mais do que dois nós, barras curvilíneas, barras de secção variável,
barras tridimensionais sujeitas a flexão desviada, inclusão da torção, consideração do
centro de corte distinto do centro de gravidade, barras em que as propriedades do
material variam ao longo do eixo da barra ou dentro da secção transversal, etc. [13.4].
BIBLIOGRAFIA
[13.5] - Cook, R. D.; Malkus, D. S.; Plesha, M. E.; Witt, R. J. - Concepts and
Applications of Finite Element Analysis, Fourth Edition, John Wiley & Sons, Inc.,
2002.
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