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Aula 01

Português p/ TCU -2015 - Auditoria Governamental - Com Videoaulas

Professor: Fabiano Sales


Língua Portuguesa para TCU
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales Aula 01

AULA 01

Olá, futuros servidores do Tribunal de Contas da União!

Muito ânimo, pois a aprovação, para quem se empenha, é certa!

Na aula 01, do curso de teoria e de questões comentadas para o TCU,


apresentarei as classes gramaticais. Para melhor orientá-los, apresento o sumário
abaixo a vocês:

SUMÁRIO

01. Classes Gramaticais ......................................................................02


02. Substantivo ......................................................................................02
03. Artigo . ..............................................................................................11
04. Adjetivo ............................................................................................15
05. Numeral . ..........................................................................................23
06. Interjeição .......................................................................................26
07. Advérbio ...........................................................................................26
08. Palavras Denotativas . ....................................................................32
09. Preposição ......................................................................................37
10. Lista das Questões Comentadas na Aula. ....................................49

Para refletir: “Talento é 1% inspiração e 99% transpiração.”


(Thomas Edison).

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CLASSES GRAMATICAIS

Inicialmente, informo a vocês que o tópico “Emprego das Classes de


Palavras” foi dividido em duas partes, por razões didáticas. Nesta aula (01),
abordaremos as seguintes classes gramaticais: substantivo, artigo, numeral,
adjetivo, interjeição, advérbio e preposição. No próximo encontro – aula 02 –
trabalharemos as classes dos verbos e dos pronomes.
E quanto às conjunções? Por apresentarem relação íntima com o tema
“Sintaxe do Período”, o estudo das conjunções ocorrerá na aula 03.

Feitas as considerações iniciais, passemos, agora, ao emprego das classes


de palavras.

A Nomenclatura Gramatical Brasileira apresenta dez classes gramaticais. Por


razões práticas, dividiremos essas categorias em variáveis e invariáveis:

VARIÁVEIS INVARIÁVEIS

Substantivo Conjunção
Adjetivo Interjeição
Artigo Preposição
Numeral Advérbio
Pronome
Verbo

O que seriam classes gramaticais variáveis? Devemos entender classes de


palavras variáveis aquelas categorias que variam em gênero (masculino/feminino) e
número (singular/plural).
Caso particular ocorre com a classe verbal, uma vez que pode variar em
tempo, modo, número, pessoa e voz e, ainda, com a classe pronominal, pois
também pode apresentar variação em pessoa. Porém, fiquem tranquilos, pois este
assunto será visto na aula 02.

A primeira classe de palavras variável que estudaremos hoje é o


substantivo. Essa categoria é responsável por designar nomes de seres, de
qualidades, de ações ou de estados.
O substantivo pode ser:
 Próprio – designa, especificamente, o nome de um “ser” pertencente a uma
espécie.
Exemplos: Rio de Janeiro, Fabiano, Brasil.

Dica estratégica!

Substantivos próprios podem, dependendo do contexto, tornar-se comuns.

Exemplos:
Judas foi quem traiu Jesus.
Ele é um judas.

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 Comum – designa, genericamente, o nome dos “seres” de uma espécie.

Exemplos: metrópole, homem, país.

 Concreto – designa “seres” cuja existência independe de outros. Esqueçam


aquela noção que nos ensinaram na escola, em que se falava que o substantivo
concreto constitui-se naquilo que é palpável.

Exemplos: ar, Deus, gnomo.

 Abstrato – designa “seres” cuja existência depende de outros. Serão


substantivos abstratos aqueles que representam qualidades, ações ou estados.

Exemplos: beleza, invenção, tristeza.

A existência da “beleza” pressupõe a existência de um ser que seja belo; a


“invenção” depende da criação feita por algum ser (a invenção do telefone, por
exemplo); por sua vez, a tristeza só existirá se existir um ser que tenham esse
sentimento.

 Primitivo – aquele que origina a formação de outro vocábulo.

Exemplos: jardim, terra, livro.

 Derivado – aquele que é formado a partir de um vocábulo.

Exemplos: jardineiro, terráqueo, livraria.

 Simples – apresenta apenas um radical.

Exemplos: capim, sol, pé.

 Composto – apresenta pelo menos dois radicais.

Exemplos: capim-limão, girassol, pontapé.

 Coletivo – designa a totalidade de “seres” de uma espécie.

Exemplos: manada (de elefantes), corja (de bandidos, assaltantes), esquadra (de
navios).

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Vamos ver como o assunto foi cobrado pelo CESPE/UnB:

(CESPE/UnB-2007-TRE-AP)

Considerando o texto, assinale a opção correta com referência ao emprego das


classes de palavras e à acentuação gráfica.
1. Referem-se todas a substantivos próprios as seguintes siglas empregadas no
texto: PA, PNRA, INCRA e PRONERA.

Comentário: A sigla “PA” refere-se ao substantivo comum “projetos de


assentamento (linha 9). As demais referem-se a substantivos próprios:

PNRA – Plano Nacional de Reforma Agrária


INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
PRONERA – Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária.

Gabarito: Errado.

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Como disse a vocês, o substantivo pode variar em gênero e número. Vamos


ver como isso ocorre.

FLEXÃO DE GÊNERO

Quanto ao gênero, o substantivo pode ser masculino ou feminino.

Exemplos: aluno, aluna; irmão, irmã.

Aqui, cabe uma ressalva. Quanto à forma, os substantivos podem ser:

Uniformes – representam ambos os gêneros (masculino e feminino) com apenas


um radical.

Os substantivos uniformes subdividem-se em:

a) Sobrecomuns – contêm uma só forma para representar ambos os gêneros.


Somente o contexto poderá determinar o gênero desses substantivos.

Exemplos: o cônjuge, a criança, a testemunha, o cadáver.

b) Comuns-de-dois – contêm uma só forma para representar ambos os gêneros.


Nesse caso, porém, o determinante fará a distinção entre masculino e feminino.

Exemplos: o dentista / a dentista; o estudante / a estudante.

c) Epicenos – contêm uma só forma para ambos os gêneros. Nesse caso, porém, a
distinção dos gêneros será feita pelo acréscimo do vocábulo macho / fêmea.

Exemplos: a onça (macho/fêmea); o sabiá (macho/fêmea); a girafa (macho/fêmea).

Biformes – com apenas um radical, apresentam formas distintas para designar os


gêneros masculino e feminino.

Exemplos: freguês, freguesa; professor, professora; chorão, chorona; irmão, irmã.

Observação!

Existem pares de vocábulos semanticamente opostos. São os


chamados heterônimos.

Exemplos: pai – mãe; genro – nora; cavalheiro – dama.

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Dica estratégica!

O gênero do artigo pode acarretar a mudança de sentido do substantivo.

Exemplos: o caixa (funcionário) – a caixa (recipiente); o coma (sono mórbido) – a


coma (cabeleireira); o coral (pólipo, canto em coro) – a coral (cobra venenosa).

FLEXÃO DE NÚMERO

Regra Geral

Em regra, a formação de plural dos substantivos ocorre com o acréscimo do


morfema -s. Isso ocorrerá quando os substantivos forem finalizados por vogal,
ditongo oral ou ditongo nasal -ÃE.

Exemplos: planeta – planetas; chapéu – chapéus; mãe – mães.

Regras Específicas

Substantivos finalizados por:

a) S

- acréscimo de ES nos monossílabos ou oxítonos.

Exemplos: ás – ases; ananás – ananases.

Observação: Os substantivos CAIS e CÓS são invariáveis.

- flexão no determinante, em caso de paroxítonos e proparoxítonos.

Exemplos: o vírus – os vírus; o ônibus – os ônibus.

b) AL, EL, OL e UL : plural em IS.

Exemplos: pardal – pardais; pincel - pincéis; álcool – alcoóis; azul – azuis.

Dica estratégica!

Alguns substantivos fazem plural em ES.

Exemplos: mal – males; cônsul – cônsules.

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b) IL

- Se forem oxítonos, o plural será em S.

Exemplos: fuzil – fuzis.

- Se forem paroxítonos, o plural será em EIS.

Exemplos: fácil – fáceis.

Atenção!

Os vocábulos a seguir apresentam dupla grafia e, portanto, admitem mais


de uma possibilidade de plural:

Oxítonos - projetil – projetis; reptil – reptis

Paroxítonos – projétil – projéteis; réptil – répteis.

c) M: plural em -M ou -NS.

Exemplos: armazém – armazéns; álbum – álbuns.

d) N : plural em -S ou -ES.

Exemplos: hímen – himens (ou hímenes); líquen – liquens (ou líquenes).

e) R, Z: plural em –ES.

Exemplos: hangar – hangares; arroz – arrozes; gravidez - gravidezes.

f) X : a flexão ocorrerá apenas no determinante (artigo, pronome, ...).

Exemplos: o ônix – os ônix; o clímax – os clímax.

Dica estratégica!

Alguns substantivos apresentam forma pluralizada: “bens”, “costas”, “férias”,


“haveres”, “óculos” etc. Não confundam esses vocábulos, por exemplo, com “bem”,
“costa” e “féria”, “haver”, “óculo”, pois o sentido é diferente. Vamos ver abaixo:

Bem : virtude, benefício


Bens : propriedades, riquezas

Costa : litoral
Costas : parte dorsal

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Féria : quantia em dinheiro


Férias : período de descanso

Haver : verbo “haver”


Haveres : bens (substantivo)

Óculo : luneta
Óculos : lentes em uma armação

Alguns substantivos são usados apenas no plural.

Exemplos: os afazeres, as alvíssaras, os arredores, as bodas, as calças,


as cócegas, as condolências, as efemérides, as exéquias, as fezes, os pêsames,
os parabéns, os picles, as reticências, os suspensórios, as têmporas, as vísceras,
os víveres etc.

Cuidado!

Alguns substantivos, quando pluralizados, deslocam a sílaba tônica.

Exemplos: caráter - caracteres; espécimen - especímenes; júnior - juniores;


sênior – seniores; lúcifer – lucíferes.

PLURAL DOS SUBSTANTIVOS FINALIZADOS EM -ÃO

Para memorizar, vamos partir para o quadro-resumo abaixo:

SUBSTANTIVOS FINALIZADOS EM -ÃO Exemplos


plural em -ÕES. ação – ações; balão – balões.
Regra geral
etc.
plural em -ÃOS. acórdão – acórdãos; órfão – órfãos.
Todos os paroxítonos
Alguns oxítonos e plural em -ÃOS. cidadão – cidadãos;cristão – cristãos.
monossílabos etc.
alemão – alemães; pão – pães;
Alguns oxítonos e plural em -ÃES.
escrivão– escrivães.
monossílabos
etc.
aldeão – aldeãos, aldeões;
vulcão – vulcãos, vulcões;
admitem dois verão – verãos, verões;
Alguns oxítonos
plurais sultão – sultães, sultões;
guardião – guardiões, guardiões.
etc.
alão – alãos, alães, alões;
admitem três
Alguns oxítonos ancião – anciãos, anciães, anciões;
plurais
etc.

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SUBSTANTIVOS DIMINUTIVOS

Regra geral: retirada do -s , que será deslocado para após o sufixo.

Exemplos:
mães  mãe + zinha + s = mãezinhas
papéis  papei + zinho + s = papeizinhos
flores  flore + zinha + s = florezinhas

Dica estratégica!

Para formar o diminutivo plural em nomes que contenham S no radical,


deveremos acrescenta-se APENAS o sufixo no plural.

Exemplo:
pires (sing.) – piresinho (dim. singular) - piresinhos (dim. plural)

PLURAL DOS NOMES COMPOSTOS

O plural dos nomes compostos pode ser feito de várias maneiras, conforme a
classe gramatical a que pertençam os elementos. Vejamos:

 Todos os elementos variarão quando houver:

abelha-rainha  abelhas-rainhas
Substantivo + Substantivo
aluno-mestre  alunos-mestres

Substantivo + Adjetivo
(e vice-versa) amor-perfeito  amores-perfeitos
má-língua  más-línguas
Numeral + Substantivo
primeira-dama  primeiras-damas
meio-dia  meios-dias
Verbo + Verbo
(reduplicação) pega-pega  pegas-pegas
corre-corre  corres-corres

 Nenhum elemento variará quando houver:

Pronome o bota-fora  os bota-fora


Verbo + ou o fala-mansa  os fala-mansa
Advérbio

Verbos antonímicos o leva-e-traz  os leva-e-traz


(sentidos opostos) o perde-ganha  os perde-ganha

a Maria vai com as outras 


Frases substantivadas
as Maria vai com as outras

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 Somente o primeiro elemento variará quando:

decreto-lei  decretos-lei
O segundo elemento
salário-família  salários-família
limitar o primeiro, indicando
cavalo-vapor  cavalos-vapor
finalidade ou semelhança
caneta-tinteiro  canetas-tinteiro

Houver preposição olho de sogra  olhos de sogra


pé de moleque  pés de moleque

Apenas o primeiro elemento do joão-ninguém  joões-ninguém


composto for variável pedra-ume  pedras-umes

 Somente o último elemento variará quando houver:

lítero-musical  lítero-musicais
Adjetivo + Adjetivo luso-brasileira  luso-brasileiras

Exceção:
surdo-mudo  surdos-mudos

Sufixos
GRÃO e GRÃ grão-mestre  grão-mestres
(significando ‘grande’) grã-cruz  grã-cruzes
e bel-prazer  bel-prazeres
BEL
(adjetivo ‘belo’)

Verbo guarda-pó  guarda-pós


Advérbio sempre-viva  sempre-vivas
Substantivo ave-maria  ave-marias
+ ou vizo-rei  vizo-reis
Interjeição Adjetivo
Prefixo

planalto  planaltos
fidalgo  fidalgos
Compostos sem hífen mandachuva  mandachuvas
paraqueda  paraquedas
lobisomem  lobisomens

tico-tico  tico-ticos
Onomatopeias
bem-te-vi  bem-te-vis
pingue-pongue  pingue-pongues

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Alguns compostos admitem mais de uma forma pluralizada.

Exemplos:

fruta-pão  frutas-pão, frutas-pães


padre-nosso  padre-nossos, padres-nossos
salvo-conduto  salvo-condutos, salvos-condutos
etc.

ARTIGO – classe gramatical variável que antecede o substantivo, indicando


seu gênero e número.

O artigo pode ser:

 Definido – refere-se a um ser preciso, determinado. É representado por o(s),


a(s).

Exemplos: O jogo foi fantástico. (Temos um jogo específico, do qual temos


conhecimento.)

 Indefinido – refere-se a um ser de maneira imprecisa, vaga. É representado


por um, uma, uns, umas.

Exemplos: Um jogo foi fantástico. (Temos um jogo qualquer, não especificado.)

EMPREGO DO ARTIGO

O artigo definido pode:

- referir-se a uma espécie inteira.

Exemplo: O limão é azedo. (= Todo limão é azedo.)

- assumir o valor de pronomes demonstrativo e possessivo.

Exemplos:

Partirei no momento para a Espanha. (= este)


Na semana passada, eu estava com os pés inchados. (= meus)

- indicar intimidade ou familiaridade, quando empregado antes de nomes


próprios.

Exemplo:
Denise sempre estuda comigo. (não há familiaridade, intimidade)
A Denise sempre estuda comigo. (há familiaridade, intimidade)

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Importante!

O emprego do artigo definido será facultativo antes de pronomes


possessivos adjetivos.

Exemplo: Sua irmã é bonita. ou A sua irmã é bonita.

A anteposição do artigo substantiva qualquer palavra.

Exemplos:
O amar da cor à vida. (verbo passa a substantivo)
Ela me disse um não. (advérbio passa a substantivo)

(CESPE/UnB-2011/STM)

A respeito do texto apresentado acima, julgue o item que se


segue.

2. A inserção do artigo definido plural “os” imediatamente antes da palavra “policiais”


(linha 6) não alteraria o sentido original do período.

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Comentário: A inserção do artigo definido “os” alteraria o sentido original do


período, pois traria uma ideia específica dos “policiais” entre tantos da mesma
carreira. Sem o artigo, a ideia é genérica, vaga, imprecisa.

Gabarito: Errado.

(CESPE/UnB-2009-Ministério do Meio Ambiente)

Com base no texto acima, julgue o item a seguir.


3. A palavra "uso" (linha 4) está empregada como adjetivo.

Comentário: Conforme vimos, o artigo acompanha o substantivo. Em “(...) o uso


múltiplo (...)”, o vocábulo “uso” pertence à classe dos substantivos.
Gabarito: Errado.

OMISSÃO DO ARTIGO

Aqui, temos um ponto muito importante, pois é imprescindível para o


emprego do acento grave, assunto que será estudado na aula 05.

Devemos omitir o artigo:

- antes de nomes ou expressões de sentido generalizado.

Exemplo: Tempo é dinheiro.

- antes do vocábulo casa, quando houver referência ao próprio lar.

Exemplo: Aos finais de semana, estudamos juntos em casa. (e não “na casa”)

Dica estratégica!

Se o vocábulo casa estiver especificado, será admitido o emprego do artigo.

Exemplo: Aos finais de semana, estudamos juntos na casa da Denise.

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- antes do vocábulo terra, significando terra firme.

Exemplo: Os marinheiros ficaram em terra. (e não “na terra”)

Dica estratégica!

Se o vocábulo terra estiver especificado, será admitido o emprego do artigo.

Exemplo: Os marinheiros ficaram na terra prometida.

- antes ou depois do pronome relativo cujo (e flexões).

Exemplo: Esta é a aluna a cuja mãe me referi. (a = preposição exigida pelo verbo
“referir-se”)

- antes de pronomes de tratamento iniciados por Vossa ou Sua.


Exemplos: Dirigi-me a Vossa Excelência. (a = preposição)
Escrevi uma carta a Sua Excelência, o deputado. (a = preposição)

Dica estratégica!

As formas de dona, senhora, senhorita e madame admitem a anteposição


de artigo.

Exemplos: A senhorita/senhora/dona/madame é muito bonita.

Pessoal, seguem duas dicas importantes:


1ª) Quando o artigo estiver precedido da palavra TODO (e flexões), designará
totalidade; sem o artigo, significará “qualquer”, “cada”.

Exemplos: Todos os alunos serão aprovados no concurso. (totalidade de alunos)


Todo dia estudamos para o concurso. (qualquer dia)

2ª) Muitas pessoas confundem o numeral “um” com o artigo indefinido “um”. Então,
como fazer a diferenciação ? Segue uma dica para vocês:
- Quando for possível acrescentar a palavra somente, sem que se altere o
sentido, o “um” será numeral.

Exemplo: Ganhei um presente. (Ganhei somente um presente.)


- Quando for possível acrescentar a palavra qualquer, será artigo
indefinido.

Exemplo: Vi um bandido na penitenciária. (Vi um bandido qualquer na


penitenciária.)

Gostaram das dicas? (rs...)

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ADJETIVO – classe de palavras que atribui qualidade ou estado a um


substantivo.
Os adjetivos podem ser:
 Restritivos – atribuem características eventuais.
Exemplos: fogo baixo, homem sujo.
 Explicativos – atribuem características inerentes, próprias.
Exemplos: fogo quente, homem mortal.

(CESPE/UnB-2011/Correios)

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Julgue o próximo item, relacionado à ordem dos termos linguísticos no texto.

4. A ordem das palavras nos sintagmas nominais “timidez excessiva” (linha 10),
“cartas virtuais” (linha 17) e “obras literárias” (linha 30) confirma a regra de que, em
geral, no português, o adjetivo vem posposto ao substantivo, principalmente quando
restritivo.

Comentário: A colocação dos adjetivos após os substantivos é a regra geral. É o


que ocorre em “timidez excessiva”, “cartas virtuais” e “obras literárias”. Os adjetivos
“excessiva”, “virtuais” e “literárias” são restritivos, ou seja, denotam uma qualidade
eventual do substantivo, devendo aparecer, em regra, posposto a este. Vale frisar
que, em certas circunstâncias, o significado do adjetivo poderá variar, se estiver
anteposto ou posposto ao substantivo.

Exemplos:
velho amigo (=amigo de longa data, antigo) / amigo velho (=amigo idoso).
bela garota (=garota de bons princípios) / garota bela (=garota bonita).
pessoa certa (=pessoa ideal) / certa pessoa (=qualquer pessoa).
pobre homem (=homem infeliz) / homem pobre (=homem sem recursos financeiros)

Gabarito: Certo.

(CESPE/UnB-2010/ABIN)

Com relação à estrutura coesiva, gramatical e vocabular do texto, julgue o item


seguinte.

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5. Os adjetivos "úteis" (linha 5), "atuais" (linha 6) e "perigosos" (linha 8) caracterizam


os "sistemas de inteligência" (linha 1).

Comentário: No contexto, os adjetivos “úteis” e “perigosos” referem-se aos


“sistemas de inteligência”. Entretanto, “atuais” relaciona-se a “adversários” (linha 7).

Gabarito: Errado.

Assim como os substantivos, os adjetivos flexionam-se em gênero e


número.
FLEXÃO DE GÊNERO

Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser:

Uniformes – são aqueles que contêm uma só forma.

Exemplos: aluno inteligente, aluna inteligente.

Biformes – flexionam-se em gênero, masculino e feminino.

Exemplos: aluno esperto, aluna esperta; rapaz cristão, moça cristã.

Nos adjetivos biformes, a regra geral é trocar a terminação -o por -a:


esperto, esperta; bonito, bonita.

Alguns adjetivos não seguem a regra acima.

Exemplo: trabalhador – trabalhadeira.

O adjetivo feminino de trabalhador não é trabalhadora ? Não, meus amigos.


O vocábulo trabalhadora é classificado como substantivo. Então, se quisermos
atribuir uma característica ao substantivo mulher, por exemplo, deveremos escrever
“mulher trabalhadeira”. Fiquem atentos!

Alguns adjetivos não variam em gênero. São os terminados em -u, -ês e -or.
Exemplos:
o cidadão/a cidadã zulu; o homem/a mulher cortês; o bilhete/a carta anterior.

Adjetivos terminados em “-eu”: troca-se a terminação por “-eia”.


Exemplos: europeu, europeia; plebeu, plebeia; pigmeu, pigmeia, ateu, ateia.

Exceções: judeu, judia; sandeu, sandia.

Em adjetivos terminados em “-ão”: troca-se a terminação por “-oa”, “-ã” ou


“-ona”.

Exemplos: beirão, beiroa; cristão, cristã; amigão, amigona.

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FLEXÃO DE NÚMERO

Os adjetivos simples seguem as mesmas regras apresentadas para os


substantivos.

Exemplos: bonito – bonitos; bela – belas; esperto – espertos.

FLEXÃO DOS ADJETIVOS COMPOSTOS

Regra geral: Como vimos na flexão dos nomes compostos, a regra geral dos
adjetivos compostos é flexionar somente o último termo.

Exemplos:

reunião lítero-musical  reuniões lítero-musicais


sapato marrom-escuro  sapatos marrom-escuros

Exceções: surdo-mudo  surdos-mudos; surda-muda  surdas-mudas.

Dica estratégica!

Quando o adjetivo composto estiver substantivado, ambos os elementos


variarão.

Exemplos:

o verde-claro os verdes-claros
o cinza-escuro os cinzas-escuros

Observação!

Os adjetivos compostos “azul-marinho”, “azul-celeste” e “ultravioleta”


são invariáveis.

- Quando os compostos indicadores de cor receberem auxílio de um


substantivo, nenhum elemento será flexionado.

Exemplos:

cinto rosa-claro  cintos rosa-claro


camisa verde-oliva  camisas verde-oliva

Observação!

Quando o substantivo for empregado em função adjetiva, ou seja, quando


estiver acompanhando o substantivo, permanecerá invariável.

Exemplos: gravatas laranja; camisas maçã.

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GRAUS DO ADJETIVO

O adjetivo pode apresentar-se nos graus:

- Normal – é a mera característica atribuída ao substantivo.

Exemplo: João é alto.

- Comparativo – compara dois seres ou objetos. Triparte-se em comparativo de


superioridade, igualdade e inferioridade.

Exemplos:

Eu sou mais alto do que ele. (comparativo de superioridade)


Eu sou tão alto quanto ele. (comparativo de igualdade)
Eu sou menos alto do que ele. (comparativo de inferioridade)

Dica estratégica!

Podemos comparar características de um mesmo ser.

Exemplos:

Ele é mais alto do que baixo. (comparativo de superioridade)


Ele é tão alto quanto magro. (comparativo de igualdade)
Ele é menos baixo do que alto. (comparativo de inferioridade)

- Superlativo – denota a característica do adjetivo em elevado grau, mas sem


estabelecer relações com outro ser. Divide-se em relativo e absoluto.

a) Relativo – intensifica a característica do ser em relação à totalidade de seres


semelhantes. Subdivide-se em superioridade e inferioridade.

Exemplos:
Eu sou o mais alto de todos. (superlativo relativo de superioridade)
Eu sou o menos alto de todos. (superlativo relativo de inferioridade)

b) Absoluto – subdivide-se em sintético (intensifica o adjetivo por meio de sufixos)


e analítico (o adjetivo é modificado por um advérbio de intensidade).

Exemplos:
Sou altíssimo. (superlativo absoluto sintético)
Sou muito alto. (superlativo absoluto analítico)

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SUPERLATIVOS ABSOLUTOS SINTÉTICOS ERUDITOS

No grau superlativo absoluto sintético, os adjetivos são denominados


eruditos. Exemplos:

Superlativo absoluto Superlativo absoluto


Adjetivo Adjetivo
sintético sintético

acre acérrimo livre libérrimo


amargo amaríssimo magro macérrimo
antigo antiquíssimo manso mansuetíssimo
célebre celebérrimo mau péssimo
cruel crudelíssimo pequeno mínimo
difícil dificílimo pobre paupérrimo
doce dulcíssimo sábio sapientíssimo
fácil facílimo sério seriíssimo
fiel fidelíssimo simples simplicíssimo
frio frigidíssimo terrível terribilíssimo
humilde humílimo

Atenção!

A forma superlativa absoluta sintética do adjetivo sério é seriíssimo


(palavra proparoxítona), e não “seríssimo”, como frequentemente ouvimos na
expressão popular, coloquial.

Locução adjetiva – expressão formada por uma preposição e um


substantivo. Equivale a um adjetivo.

Exemplos:

água de chuva = água pluvial


água de rio = água fluvial
suco de estômago = suco gástrico / estomacal
era de gelo = era glacial
período de guerra = período bélico
amor de irmão = amor fraternal
festas de verão = festas estivais
cordão de umbigo = cordão umbilical
atitude de paixão = atitude passional
jogada de mestre = jogada magistral
gesto de criança = gesto infantil / pueril
doença de fígado = doença hepática

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Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales Aula 01
(CESPE/UnB-2010/Instituto Rio Branco)

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Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales Aula 01

Com relação ao texto, julgue o item seguinte.

6. O adjetivo “dantesca” (linha 32) é utilizado metaforicamente para designar algo


assustador, uso que remete à visão que se tinha das viagens por mar na
Antiguidade.

Comentário: O adjetivo “dantesca” significa “medonha”, “assustadora”, “infernal”.


Sendo assim, não é empregado em seu sentido conotativo, metafórico, e sim no
sentido denotativo, dicionarizado. No contexto, caracteriza a visão de Ulisses.

Gabarito: Errado.

NUMERAL – classe de palavras que exprime quantidade, ordem,


multiplicação ou divisão.

O numeral classifica-se em:

 Cardinal – designa quantidade.

Exemplos: zero, um, dois, três, quatro...

 Ordinal – designa ordem.

Exemplos: primeiro, segundo, terceiro, quarto...

Uma dúvida muito comum ocorre quanto à classificação do numeral ambos.


Afinal, em qual das classificações de numerais essa palavra deve ser incluída ? Ora,
devemos classificá-lo como numeral cardinal, uma vez que substitui outro numeral
cardinal: “dois”.
E devemos empregá-lo com artigo ? Sempre que o numeral ambos estiver
antes de um substantivo, deveremos empregá-lo com artigo.

Exemplo: Ambos os alunos foram à festa. (= Os dois alunos foram à festa.)

Dica estratégica!

Os vocábulos último, penúltimo e antepenúltimo, por indicarem ordem, são


classificados como numerais ordinais.

Exemplos:
Ele foi o último a chegar.
José foi o antepenúltimo na São Silvestre.

 Multiplicativo – designa multiplicação.

Exemplos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo...

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 Fracionário – indica divisão.

Exemplos: um terço, metade, meio, um quinto...

NUMERAIS
MULTIPLICATIVOS FRACIONÁRIOS

duplo, dobro ou dúplice meio ou metade


triplo ou tríplice terço
quádruplo quarto
quíntuplo quinto
sêxtuplo sexto
séptuplo sétimo
óctuplo oitavo
nônuplo nono
décuplo décimo
undécuplo undécimo ou onze avos
duodécuplo duodécimo ou doze avos
cêntuplo centésimo

Dica estratégica!

Cuidado com algumas “armadilhas” de prova.

Exemplos:

A beata comprou um terço. (um = numeral cardinal; terço = substantivo)


Um terço dos alunos foi aprovado. (Um terço = numeral fracionário)

EMPREGO DO NUMERAL

Emprega-se numeral:

- na designação de séculos, reis, papas, príncipes, imperadores, capítulos de


obras, festas, feiras, utilizam-se algarismos romanos, devendo:

- usar o ordinal até o 10º.

Exemplos:
capítulo II = capítulo segundo
século VII = século sétimo

- usar o cardinal para os demais (desde que o numeral esteja posposto ao


substantivo).

Exemplos:
capítulo XII = capítulo doze
século XVII = século dezessete

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Dica estratégica!

Se o numeral estiver anteposto ao substantivo, deveremos lê-lo como


numeral ordinal.

Exemplos:
XII capítulo = décimo segundo capítulo
XVII século = décimo sétimo século

 Na numeração de artigos de leis, decretos, portarias e outros textos


oficiais, devemos:

- usar o ordinal até nove.

Exemplos: Artigo 3º (terceiro); Artigo 7º (sétimo)

- usar o cardinal de dez em diante.

Exemplos: Artigo 10 (dez); Artigo 20 (vinte); Artigo 46 (quarenta e seis).

 No primeiro dia do mês, devemos:

- usar o numeral ordinal.

Exemplo: Hoje é dia primeiro.

- nos demais dias, devemos empregar o numeral cardinal.

Exemplo: Hoje é dia dez.

INTERJEIÇÃO – classe de palavras que exprime sentimentos ou emoções.

Exemplos:

Oba! Fui convocado para tomar posse! (alegria)


Você vai conseguir. Coragem! (animação)
Psiu! Você está falando muito alto. (silêncio)
Mantenha distância! Líquido inflamável. (advertência)
Ai! Cortei o dedo. (dor)
Cruzes! (medo)
Olá, pessoal! (saudação)

Raramente aparece alguma questão explorando o emprego das interjeições.

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ADVÉRBIO – classe de palavras invariável que exprime circunstância.


Modifica adjetivos, verbos e advérbios, podendo, também, modificar uma oração.

Exemplos:

Ela é muito bonita. (muito = advérbio)


Estudarei hoje. (hoje = advérbio)
Você escreve muito bem. (muito = advérbio)
Provavelmente você passará no concurso. (provavelmente = advérbio)

CLASSIFICAÇÃO DO ADVÉRBIO

O advérbio pode apresentar as seguintes circunstâncias:

- tempo: amanhã, agora, anteontem, ontem, hoje, breve, antes, depois, jamais,
nunca, outrora, sempre etc.

Exemplo: Anteontem fizemos a prova.

Atenção!

Os advérbios nunca e jamais indicam tempo, e não negação. Fiquem


atentos!

- lugar: aqui, ali, cá, lá, acolá, atrás, dentro, embaixo, longe, perto etc.

Exemplo: Fique aqui, pois voltarei rapidamente.

- modo: bem, mal, depressa, assim, alerta, felizmente etc.

Exemplo: Sentiu-se bem após ver o gabarito da prova.

Em geral, os advérbios terminados em -mente são obtidos a partir do adjetivo


feminino: “educada + mente = educadamente”. Por essa razão, o -a, de
“educadamente” deve ser classificado como desinência de gênero feminino.
Entretanto, nem todos os advérbios terminados em -mente são oriundos de
adjetivos biformes: “feliz + -mente = felizmente”; “cortês + mente = cortesmente”.
Também não podemos dizer que todos os advérbios terminados em -mente
apresentam a circunstância de modo. Querem ver ? Por exemplo, na frase “Choveu
torrencialmente.”, o advérbio “torrencialmente” intensifica a forma verbal “Choveu”.
Logo, é um advérbio de intensidade: “Choveu muito”.

Dica estratégica!

Quando advérbios terminados em -mente estiverem em sequência, podemos


empregar o sufixo apenas no último.

Exemplo: Os policiais agiram calma e sabiamente.


advérbio advérbio

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- intensidade: bastante, demais, mais, menos, muito, pouco, quão, assaz, tão etc.

Exemplo: Quão feliz fiquei ao saber o resultado do concurso. (= Fiquei muito feliz ao
saber o resultado do concurso.)

- dúvida: certamente, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez etc.

Exemplo: Possivelmente vocês passarão no concurso.

- afirmação: certamente, decididamente, efetivamente, realmente, sim etc.

Exemplo: Realmente vocês se divertirão muito com o enredo do filme.

- negação: não, absolutamente etc.

Exemplo: Não durma tarde!

GRAUS DO ADVÉRBIO

O advérbio apresenta os seguintes graus:

 Comparativo

a) de superioridade: Ela fala mais sabiamente do que você.

b) de igualdade: Ela fala tão sabiamente quanto você.

c) de inferioridade: Ela fala menos sabiamente do que você.

 Superlativo

a) absoluto sintético: Saí cedíssimo em direção ao museu.

b) absoluto analítico: Saí muito cedo em direção ao museu.

Dicas estratégicas!

1ª) Na linguagem coloquial (popular), o advérbio pode receber sufixo diminutivo


-inho. Nesses casos, porém, o sufixo possui valor superlativo.

Exemplos: Ele fez exercícios cedinho. (= muito cedo)


Ela dorme pertinho de você. (= muito perto)

2ª) A repetição do advérbio assume valor superlativo.

Exemplos: Devo estudar cedo, cedo. (= muito cedo)


Seus olhos eram azuis, azuis. (= muito azuis)

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Alguns adjetivos possuem valor adverbial.

Exemplos: O aluno falou alto. (de maneira alta)


O rapaz está investindo pesado nos estudos. (de maneira pesada)

Locução adverbial – é o conjunto de duas ou mais palavras que tem o


mesmo valor de um advérbio. Normalmente sua estrutura é composta de uma
preposição e um substantivo.

Exemplos:
Atrasado para a prova, o candidato saiu às pressas.
O carro virou à direita.
Sempre vou a pé.

(CESPE/UnB-2004/STM)

Julgue o seguinte item, a respeito da organização das ideias no


texto acima.

7. Textualmente, o advérbio "daí" (linha 2) estabelece uma referência temporal para


a obtenção do sucesso.

Comentário: No texto, o advérbio “daí” denota a circunstância de início da obtenção


do sucesso, isto é, marca-o temporalmente.

Gabarito: Certo.

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(CESPE/UnB-2009/DETRAN-DF)

Com relação à correção gramatical e à adequação da linguagem do


texto apresentado às necessidades da redação oficial, julgue o
item seguinte.

8. Considerando-se as duas ocorrências do advérbio “onde”, primeiro e terceiro


parágrafos do documento, apenas na primeira respeitam-se as normas do padrão
escrito formal da língua portuguesa para o emprego desse advérbio.

Comentário: O advérbio “onde” deve ser empregado apenas para designar lugares.
É errado dizer “Estamos numa situação onde é necessário cuidado.”. O correto,
nesse caso, é empregar “em que”: “Estamos numa situação em que é necessário
cuidado”. Então, no texto da questão, a frase correta seria “Tem ocorrido, em anos
anteriores, (...) nos dias de folia carnavalesca, em que a ingestão (...)”.
Na segunda ocorrência, o emprego de “onde” está correto, pois designa um lugar
(Praça do DI).

Gabarito: Errado.

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(CESPE/UnB-2009/DETRAN-DF)

Julgue o seguinte item, a respeito do uso das estruturas linguísticas na organização


das ideias do texto acima.

9. A omissão do advérbio "já" (linha 1) manteria a coerência entre os argumentos,


mas não permitiria inferir que, no passado, "Criatividade e inovação" (linha 1) foram
consideradas "desafios do futuro" (linha 2).

Comentário: “Criatividade e inovação já não são encaradas como desafios do


futuro (...)” – o advérbio “já”, de circunstância temporal, possibilita inferir que, no
passado, “criatividade” e “inovação” eram tidas como “desafios do futuro”.

Se escrevêssemos “Criatividade e inovação não são encaradas como desafios do


futuro.” sem o advérbio já, haveria tão somente a afirmação de que, no presente,
“criatividade” e “inovação” não são “desafios do futuro”, prejudicando a inferência.
Entretanto, a coerência entre os argumentos é mantida, tal como afirma o
examinador.

Gabarito: Certo.

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Palavras (e locuções) denotativas – não se enquadram nas classes de


palavras. Podem expressar, por exemplo:

Exemplos:

PALAVRA(S) (E LOCUÇÕES)
EXPRESSA EXEMPLO
DENOTATIVA(S)

Adição ademais; além disso; ainda; Ajudou-me financeiramente.


ainda por cima, além de tudo ... Além disso, casou-se comigo.
Afastamento embora “Vou-me embora pra
Pasárgada” (Manuel Bandeira)
Afetividade ainda bem que; felizmente; Lamentavelmente, perdemos
infelizmente ... o jogo.
Aproximação quase, praticamente, cerca de, Havia cerca de vinte pessoas.
aproximadamente ...
Concessão mesmo; assim mesmo; ainda Mesmo com muito sono,
assim ... permaneceu ao volante.
Designação eis ... Eis o concurso por que tanto
estudo.
Exclusão apenas; exceto; sequer; só; Só você passou no concurso.
somente ...
Explicação a saber; isto é; por exemplo ... Amanhã, isto é, sábado, será
o meu dia.
Inclusão até; até mesmo; inclusive; Romário fez uma ótima jogada.
mesmo; também ... Até a torcida adversária o
aplaudiu.
Negação não, tampouco, absolutamente, Você me empresta seu carro?
pois sim ... Pois sim.
Realce
(Pode ser retira- é que; é quem; sobretudo; Eu é que passei no concurso.
da do período mesmo ... Você é quem foi aprovado.
sem prejuízo
para a estrutura
sintática)
Restrição em termos; em parte; Você, pessoalmente, é muito
relativamente ... linda.
Retificação aliás; isto é; ou melhor; ou Acertei todas as questões, isto
antes, digo ... é, passei no concurso.
Situação afinal; então, agora, em suma Afinal, você passou no
... concurso ?

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(CESPE/UnB-2010/AGU)

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Acerca dos aspectos semânticos e gramaticais do texto apresentado,


julgue o seguinte item.

10. O vocábulo pesado pode ser empregado no lugar de "pesadamente" (linha 24),
sem que isso acarrete prejuízo ao sentido e à correção gramatical do texto.

Comentário: Conforme vimos no estudo dos advérbios, alguns adjetivos possuem


valor possuem valor adverbial:

O aluno falou alto. (de maneira alta)


O rapaz está investindo pesado nos estudos. (de maneira pesada)

Em outras palavras, é possível substituir o advérbio “pesadamente” pelo


adjetivo “pesado” sem acarretar prejuízo ao sentido e à correção gramatical do
texto.

Gabarito: Certo.

(CESPE/UnB-2010/AGU)

A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir.

11. No verso 5, os vocábulos “Talvez” e “até” expressam circunstâncias de tempo.

Comentário: Segundo as lições sobre advérbio, o vocábulo “talvez” denota a


circunstância de dúvida. O perigo da questão reside na palavra denotativa até, visto
que denota a circunstância de inclusão.

Gabarito: Errado.

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(CESPE/UnB-2011/STM)

Com base no texto acima, julgue o item a seguir.


12. A palavra “ontem” (linha 4) poderia ser deslocada para imediatamente após
“divulgada” (linha 5) sem causar prejuízo para a correção gramatical do período.

Comentário: De acordo com a gramática tradicional, a ordem direta da frase é:

Sujeito + Verbo + Complemento(s) + Adjunto Adverbial

Conforme estudamos, o advérbio exerce a função sintática de adjunto adverbial.

É possível, porém, deslocar elementos dentro da estrutura frasal, sem que


haja prejuízo para a correção gramatical do período. Nesses casos devemos
observar o emprego da vírgula, conforme veremos detalhadamente na aula sobre
pontuação:
“Esse dado foi revelado ontem”.
Esse dado foi ontem revelado.
Esse dado, ontem, foi revelado.
Ontem(,) esse dado foi revelado.

Gabarito: Certo.

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(CESPE/UnB-2011/TRE-ES)

Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item a


seguir.

13. A expressão “ao menos” (linha 15) poderia ser substituída, sem prejuízo
semântico ou sintático para o texto, pela expressão até mesmo.

Comentário: A expressão ao menos é equivalente a “pelo menos”. Sendo assim,


não é possível substituí-la por até mesmo, visto que esta expressão denota
circunstância de inclusão.

Gabarito: Errado.

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PREPOSIÇÃO - classe gramatical invariável que liga termos.

Exemplos:
Confiamos em seu sucesso.
Preciso de dinheiro.

CLASSIFICAÇÃO DA PREPOSIÇÃO

A preposição pode ser:

Essencial - desempenha a função típica de preposição desde sua origem: a, ante,


após, com, até, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob,
sobre, trás.

Dica estratégica!

As preposições essenciais exigem o emprego de mim e ti.

Exemplo: O trabalho foi feito por mim. (Na frase, indica o valor de agente)
Venceremos por ti. (Na frase, indica o valor de paciente)

Acidental - palavra que pertence a uma outra classe gramatical, mas que é usada
como preposição: afora, como, conforme, consoante, fora, exceto, salvo,
malgrado, durante, mediante, segundo, menos, que, senão etc.

Exemplos:
Temos que passar no concurso. (conjunção empregada como preposição)
Muitos sorriram, exceto ele. (advérbio empregado como preposição)

Dica estratégica!

As preposições acidentais exigem o emprego de eu e tu.

Exemplos: Muitos sorriram, exceto eu. / Todos foram à praia, senão tu.

Observação!

A preposição pode unir-se a outros elementos.

Exemplo:
A moça foi ao teatro. (a (preposição) + o (artigo definido))
O carro estacionado é deste rapaz. (=de (preposição) + este (pron. demonstrativo))
Você está numa enrascada. (= em (preposição) + uma (artigo indefinido))
Após as provas, iremos à praia. (= a (preposição) + a (artigo definido))
Iremos àquela praia maravilhosa após as provas. (a (preposição) + aquela (pronome
demonstrativo))

Com nomes próprios, não há união: Ele é colunista de O Globo.

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VALOR SEMÂNTICO DA PREPOSIÇÃO

As preposições que forem meramente exigidas pelo termo regente (verbo ou


nome) são chamadas de relacionais.

Exemplos:
Preciso de dinheiro. (o verbo precisar rege preposição de)
Aquele rapaz caminha igual a você. (o adjetivo igual rege preposição a)

Já as preposições que não forem exigidas pelo termo regente (verbo ou


nome) são chamadas de nocionais. Vejamos alguns exemplos:

 A

O filho puxou ao avô. (conformidade)


Fomos a Copacabana. (destino)
Escrevam a lápis. (instrumento)

 ANTE

Ficou conversando ante o portão de casa. (posição)


Ante o sucesso na profissão, ficou satisfeito. (causa)

 ATÉ

Dirigimo-nos até a praia do Leme. (espaço)


Conversaram sobre futebol até às cinco horas da tarde. (tempo)

 COM

O mendigo morreu com a fome. (causa)


Brindarei a aprovação com a namorada. (companhia)
Bateu na cabeça do prefeito com o jornal. (instrumento)

 DE

Vim de Belém. (origem)


Falei muito de futebol. (assunto)
A moça dirigia-se à faculdade de anel no dedo. (companhia)

 EM

Cursou a grade curricular e graduou-se em Letras. (especialidade)


Ficamos em seu apartamento. (lugar)

 PARA

O vizinho veio para ajudá-la a consertar o encanamento. (finalidade)


Comprou a passagem e viajou para a Europa. (destino)

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 POR

Vendia legumes por dois reais. (preço)


Atualmente, as pessoas comunicam-se muito por celular. (meio)

Locução prepositiva – grupo de palavras equivalente a uma preposição. A


última palavra deve ser uma preposição essencial.

Estava à mercê dos recursos de prova.


Caminhávamos à beira da água.

(CESPE/UnB-2008/Instituto Rio Branco)

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Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima,


julgue o item a seguir.

14. Nas duas ocorrências de “superior a” (linhas 13 e 15), “a” funciona como artigo
definido.

Comentário: Em ambas as ocorrências, o “a” representa uma preposição, exigida


pelo adjetivo “superior”.
Gabarito: Errado.

(CESPE/UnB-2010/TRT-21ª Região)

Com relação ao sentido e às estruturas linguísticas do texto acima,


julgue os itens subsequentes.
15. No trecho “A que deu origem a O Dedo na Ferida foi realizada no ano passado”
(linhas 7-8), o elemento a recebe a mesma classificação na primeira e na segunda
ocorrências.
Comentário: Na primeira ocorrência, o a corresponde ao pronome demonstrativo
aquela (veremos esse assunto detalhadamente na próxima aula). Já na segunda, o
a é uma preposição, exigida pelo verbo “dar”.

Gabarito: Errado.

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(CESPE/UnB-2005/TRE-PA)

Assinale a opção correta no que se refere às estruturas lingüísticas empregadas no


texto III.

16. Na linha 3, é indiferente, do ponto de vista semântico, o emprego da preposição


“sobre” ou sob.

Comentário: O emprego das preposições “sobre” e “sob” denota acepções


distintas. No contexto, “sobre” significa “a respeito de”. Já a preposição “sob” traz a
noção de “em baixo de”: O escorpião dorme sob a pedra.

Gabarito: Errado.

(CESPE/UnB-2008/Instituto Rio Branco-Adaptada)

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Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima,


julgue o item a seguir.
17. O termo “pelo” (linha 26) é resultado da contração das formas antigas da
preposição per e do artigo o.
Comentário: Nesta questão, o examinador exigiu dos candidatos o conhecimento
acerca da preposição arcaica “per”. Contraindo-se a preposição com o artigo “o”,
obtém-se a forma “pelo”.

Gabarito: Certo.

(CESPE/UnB-2009/Instituto Rio Branco)

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Julgue os itens a seguir, a respeito da organização do texto acima.

18. A preposição por, usada em “pela participação do homem” (linha 1), tem a
função de introduzir um agente para a institucionalização das “relações sociais”
(linha 1).

Comentário: A preposição “por” pode introduzir as noções de agente ou paciente:

O trabalho foi feito por você. (Na frase, indica o valor de agente)
Venceremos por você. (Na frase, indica o valor de paciente)

No contexto em questão, é introduzida a acepção de agente – “a participação


do homem”.

Gabarito: Certo.

(CESPE/UnB-2008/TST)

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Julgue os seguintes itens a respeito do texto acima.

19. A retirada da preposição em “de transformar” (linha 3) violaria as regras de


gramática da língua portuguesa, já que essa expressão complementa “capacidade”
(linha 2).

Comentário: Quando houver somente um termo regente, será possível omitir a


segunda preposição, sem que haja violação às regras gramaticais. No contexto,
“capacidade” rege preposição “de” – capacidade de trabalhar –, podendo esta
preposição ser suprimida antes de “transformar”.

Gabarito: Errado.

(CESPE/UnB-2011/Correios)

Com relação ao texto acima, julgue o item a seguir.

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20. Em “a despeito da tradição filosófica” (linha 13), o emprego da preposição “a”


deve-se à relação sintática que o substantivo “despeito” estabelece com o verbo
“colocar” (linha 12).

Comentário: A preposição “a” integra a locução prepositiva “a despeito de”, que traz
uma noção concessiva:

A despeito de seu empenho, passará no concurso.

Sendo assim, a justificativa do enunciado está incorreta.

Gabarito: Errado.

(CESPE/UnB-2011/FUB)

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Considerando aspectos lexicais e tipológicos do texto, julgue o


item subsequente.

21. Em “importar dos Estados Unidos da América” (linha 1), a preposição de,
contida em “dos”, expressa ideia de procedência.

Comentário: A questão explorou o valor semântico das preposições. No contexto


em que está inserida, a preposição de carrega a noção de origem, procedência:
“importado de algum lugar”.

Gabarito: Certo.

(CESPE/UnB-2009/DETRAN-DF)

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Com base no texto apresentado, julgue o item a seguir.

22. Em "muito a aprender" (linha 4), "a" é preposição.

Comentário: A preposição é uma classe de palavras responsável por ligar


elementos. Em locuções verbais, quando estiver presente, a preposição une os
verbos: “tem muito a aprender”. Nesse caso, o advérbio “muito” foi inserido na
locução com a noção de intensidade.

Gabarito: Certo.

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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA

(CESPE/UnB-2007-TRE-AP)

Considerando o texto, assinale a opção correta com referência ao emprego das


classes de palavras e à acentuação gráfica.

1. Referem-se todas a substantivos próprios as seguintes siglas empregadas no


texto: PA, PNRA, INCRA e PRONERA.

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(CESPE/UnB-2011/STM)

A respeito do texto apresentado acima, julgue o item que se


segue.

2. A inserção do artigo definido plural “os” imediatamente antes da palavra “policiais”


(linha 6) não alteraria o sentido original do período.

(CESPE/UnB-2009-Ministério do Meio Ambiente)

Com base no texto acima, julgue o item a seguir.

3. A palavra "uso" (linha 4) está empregada como adjetivo.

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(CESPE/UnB-2011/Correios)

Julgue o próximo item, relacionado à ordem dos termos linguísticos no texto.

4. A ordem das palavras nos sintagmas nominais “timidez excessiva” (linha 10),
“cartas virtuais” (linha 17) e “obras literárias” (linha 30) confirma a regra de que, em
geral, no português, o adjetivo vem posposto ao substantivo, principalmente quando
restritivo.

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(CESPE/UnB-2010/ABIN)

Com relação à estrutura coesiva, gramatical e vocabular do texto, julgue o item


seguinte.

5. Os adjetivos "úteis" (linha 5), "atuais" (linha 6) e "perigosos" (linha 8) caracterizam


os "sistemas de inteligência" (linha 1).

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(CESPE/UnB-2010/Instituto Rio Branco)

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Com relação ao texto, julgue o item seguinte.

6. O adjetivo “dantesca” (linha 32) é utilizado metaforicamente para designar algo


assustador, uso que remete à visão que se tinha das viagens por mar na
Antiguidade.

(CESPE/UnB-2004/STM)

Julgue o seguinte item, a respeito da organização das ideias no


texto acima.

7. Textualmente, o advérbio "daí" (linha 2) estabelece uma referência temporal para


a obtenção do sucesso.

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(CESPE/UnB-2009/DETRAN-DF)

Com relação à correção gramatical e à adequação da linguagem do


texto apresentado às necessidades da redação oficial, julgue o
item seguinte.

8. Considerando-se as duas ocorrências do advérbio “onde”, primeiro e terceiro


parágrafos do documento, apenas na primeira respeitam-se as normas do padrão
escrito formal da língua portuguesa para o emprego desse advérbio.

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(CESPE/UnB-2009/DETRAN-DF)

Julgue o seguinte item, a respeito do uso das estruturas linguísticas na organização


das ideias do texto acima.

9. A omissão do advérbio "já" (linha 1) manteria a coerência entre os argumentos,


mas não permitiria inferir que, no passado, "Criatividade e inovação" (linha 1) foram
consideradas "desafios do futuro" (linha 2).

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(CESPE/UnB-2010/AGU)

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Acerca dos aspectos semânticos e gramaticais do texto apresentado,


julgue o seguinte item.

10. O vocábulo pesado pode ser empregado no lugar de "pesadamente" (linha 24),
sem que isso acarrete prejuízo ao sentido e à correção gramatical do texto.

(CESPE/UnB-2010/AGU)

A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir.

11. No verso 5, os vocábulos “Talvez” e “até” expressam circunstâncias de tempo.

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(CESPE/UnB-2011/STM)

Com base no texto acima, julgue o item a seguir.

12. A palavra “ontem” (linha 4) poderia ser deslocada para imediatamente após
“divulgada” (linha 5) sem causar prejuízo para a correção gramatical do período.

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(CESPE/UnB-2011/TRE-ES)

Com relação a aspectos linguísticos do texto, julgue o item a


seguir.

13. A expressão “ao menos” (linha 15) poderia ser substituída, sem prejuízo
semântico ou sintático para o texto, pela expressão até mesmo.

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(CESPE/UnB-2008/Instituto Rio Branco)

Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima,


julgue o item a seguir.

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14. Nas duas ocorrências de “superior a” (linhas 13 e 15), “a” funciona como artigo
definido.

(CESPE/UnB-2010/TRT-21ª Região)

Com relação ao sentido e às estruturas linguísticas do texto acima,


julgue os itens subsequentes.

15. No trecho “A que deu origem a O Dedo na Ferida foi realizada no ano passado”
(linhas 7-8), o elemento a recebe a mesma classificação na primeira e na segunda
ocorrências.

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(CESPE/UnB-2005/TRE-PA)

Assinale a opção correta no que se refere às estruturas lingüísticas empregadas no


texto III.

16. Na linha 3, é indiferente, do ponto de vista semântico, o emprego da preposição


“sobre” ou sob.

(CESPE/UnB-2008/Instituto Rio Branco)

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Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima,


julgue o item a seguir.

17. O termo “pelo” (linha 26) é resultado da contração das formas antigas da
preposição per e do artigo o.

(CESPE/UnB-2009/Instituto Rio Branco)

Julgue os itens a seguir, a respeito da organização do texto acima.

18. A preposição por, usada em “pela participação do homem” (linha 1), tem a
função de introduzir um agente para a institucionalização das “relações sociais”
(linha 1).

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(CESPE/UnB-2008/TST)

Julgue os seguintes itens a respeito do texto acima.

19. A retirada da preposição em “de transformar” (linha 3) violaria as regras de


gramática da língua portuguesa, já que essa expressão complementa “capacidade”
(linha 2).

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(CESPE/UnB-2011/Correios)

Com relação ao texto acima, julgue o item a seguir.

20. Em “a despeito da tradição filosófica” (linha 13), o emprego da preposição “a”


deve-se à relação sintática que o substantivo “despeito” estabelece com o verbo
“colocar” (linha 12).

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(CESPE/UnB-2011/FUB)

Considerando aspectos lexicais e tipológicos do texto, julgue o


item subsequente.

21. Em “importar dos Estados Unidos da América” (linha 1), a preposição de,
contida em “dos”, expressa ideia de procedência.

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Com base no texto apresentado, julgue o item a seguir.

22. Em "muito a aprender" (linha 4), "a" é preposição.

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Gabarito

01. ERRADO 12. CERTO


02. ERRADO 13. ERRADO
03. ERRADO 14. ERRADO
04. CERTO 15. ERRADO
05. ERRADO 16. ERRADO
06. ERRADO 17. CERTO
07. CERTO 18. CERTO
08. ERRADO 19. ERRADO
09. ERRADO 20. ERRADO
10. CERTO 21. CERTO
11.ERRADO 22. CERTO

Bons estudos e até o próximo encontro!

Forte abraço!

Prof. Fabiano Sales (fabianosales@estrategiaconcursos.com.br)

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