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O STJ divulgou hoje a edição de uma nova súmula. O enunciado aprovado é o seguinte:
SÚMULA 499-STJ
Serviços sociais autônomos são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, criadas por lei, e que se
destinam a prestar assistência ou ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais. Não integram a
Administração Pública direta ou indireta, sendo considerados entes paraestatais. Os serviços sociais autônomos são
também conhecidos como “sistema S” pelo fato de geralmente começarem com a letra “S” e por estarem ligadas aos
Sindicatos. Exemplos: SESI, SENAC, SESC, SENAI, SEBRAE, SEST, SENAT etc.
Os serviços sociais autônomos são mantidos por meio de contribuição compulsória paga pelos empregadores com
base na folha de salários. Esta contribuição possui natureza jurídica de tributo, sendo chamada de “Contribuição
para os serviços sociais autônomos” e está prevista no art. 240 da CF/88:
Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias dos empregadores sobre a
folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao
sistema sindical.
A contribuição de que trata a Súmula 499 do STJ é justamente a “Contribuição para os serviços sociais autônomos”
(art. 240 da CF/88), que é classificada como “contribuição social geral”.
Sesc e Senac
Sesc significa “Serviço Social do Comércio” e Senac é a sigla de “Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial”. O
Sesc e o Senac são mantidos por contribuições pagas pelas empresas que desenvolvem comércio de bens e
serviços.
Algumas empresas prestadoras de serviços recusavam-se a pagar a contribuição para o Sesc e Senac, alegando
que não desenvolviam comércio, mas sim prestação de serviço. O STJ pacificou o tema afirmando que, em regra, as
empresas prestadoras de serviços estão sujeitas às contribuições ao Sesc e Senac. Em um dos precedentes que
deu origem à súmula, a Min. Eliana Calmon afirmou o seguinte: “as empresas prestadoras de serviço que auferem
lucros, e com esse produto remuneram os seus sócios, são inquestionavelmente estabelecimentos comerciais, à luz
do conceito moderno de empresa” (STJ. Resp 895.878).
Exceção
As empresas prestadoras de serviços só não irão pagar a contribuição ao Sesc e Senac se estiverem vinculadas a
outro serviço social autônomo. Ex1: as empresas prestadoras de serviços rurais não contribuem para o Sesc e
Senac porque integram e contribuem para o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). Ex2: as empresas
prestadoras de serviços de transporte rodoviário, locação de veículos, transporte de valores e distribuição de
petróleo não contribuem para o Sesc e Senac porque integram e contribuem para o Sest (Serviço Social de
Transportes) e Senat (Serviço Nacional de Aprendizagem em Transportes). Leia novamente agora a súmula e veja
como ficou mais fácil de entendê-la:
SÚMULA 499-STJ
Amigos, esta súmula não deve ter tanta incidência nos concursos públicos por se tratar de tema muito específico, no
entanto, sempre é bom se manter atualizado.