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M ANU AL DE FISCALIZ AÇ ÃO

DIA DA ELEIÇÃO
Eleições Municipais de 2016

Companheiras, companheiros,

Fiscalizar é um direito assegurado por lei, que não pode ser negado ou sofrer qualquer restrição,
sob pena de anulação da votação (Código Eleitoral, art. 221, II).

É a garantia de que a vontade do eleitor ou eleitora será corretamente expressa. É um ato de


democracia.

Apresentamos a seguir um guia sobre os principais aspectos da fiscalização eleitoral, para que
sirva como ferramenta para garantir a soberania do voto popular nas próximas eleições, baseadas
nas Resoluções do TSE nºs 23.456/15, 23.457/15 e 23.460/15.

Boa leitura e bom final de campanha!

EXPEDIENTE
Secretaria Nacional de Organização
Publicação do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores
Instruções elaboradas por Stella Bruna Santo
ÍNDICE

I. PRAZOS IMPORTANTES ........................................................................................................... 3


II. QUEM PODE FISCALIZAR ........................................................................................................ 3
1. Regras para Delegados, Fiscais e Candidatos/as ....................................................................... 3
2. Crachás dos/as Fiscais ............................................................................................................... 4
III. ASPECTOS IMPORTANTES DA FISCALIZAÇÃO .................................................................... 4
IV. MESA RECEPTORA ................................................................................................................. 5
1. Instalação e recepção da mesa .................................................................................................. 5
2. Zerésima ..................................................................................................................................... 5
3. Caderno de votação ................................................................................................................... 6
4. Verificação dos lacres das urnas ................................................................................................ 6
V. FISCALIZAÇÃO DA VOTAÇÃO ................................................................................................. 6
1. Início: .......................................................................................................................................... 6
2. Procedimento da votação............................................................................................................ 7
3. Preferencial: ................................................................................................................................ 7
4. Identidade do/a eleitor/a: ............................................................................................................. 7
5. Na cabina de votação ................................................................................................................. 9
6. Na urna ....................................................................................................................................... 9
7. Votação não concluída/ Votação parcial .................................................................................... 10
8. Registro digital do voto (Resolução TSE nº 23.458/15) ............................................................. 10
9. Votação por biometria ............................................................................................................... 11
10. Defeito na urna eletrônica ....................................................................................................... 12
VI. VOTAÇÃO MANUAL POR CÉDULAS .................................................................................... 13
1. Da Fiscalização Perante as Juntas Eleitorais: ........................................................................... 14
VII. FISCALIZAÇÃO DA VOTAÇÃO PARALELA ......................................................................... 14
VIII. ENCERRAMENTO DA VOTAÇÃO ........................................................................................ 15
1. Boletins de Urna (BUs) ............................................................................................................. 15
IX. DA FISCALIZAÇÃO DA TOTALIZAÇÃO ................................................................................ 16
X. OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES ............................................................................ 17
XI. MODELOS .............................................................................................................................. 18
1. Indicação para Expedição de Credenciais ................................................................................ 18
2. Solicitação de Arquivos para Auditoria dos Resultados ............................................................. 19
3. Solicitação de Boletins de Urna (BUs)....................................................................................... 19
DIAS DAS ELEIÇÕES:

1º Turno: 02 de outubro de 2016


2º Turno: 30 de outubro de 2016

I. PRAZOS IMPORTANTES

 Até 29 de setembro de 2016, quinta-feira, cada partido ou coligação deve indicar aos Juízos
Eleitorais, o nome das pessoas autorizadas a expedir as credenciais dos fiscais e dos
delegados habilitados a fiscalizar os trabalhos de votação durante o primeiro turno das
eleições (Res. 23460/16) – 3 dias antes do primeiro turno.

 Até 27 de outubro de 2016, quinta-feira, cada partido ou coligação deve indicar aos Juízos
Eleitorais, o nome das pessoas autorizadas a expedir as credenciais dos fiscais e dos
delegados habilitados a fiscalizar os trabalhos de votação durante o segundo turno das
eleições (Res. 23460/16) – 3 dias antes do segundo turno.

II. QUEM PODE FISCALIZAR

1. Regras para Delegados, Fiscais e Candidatos/as

 Quem está autorizado a fiscalizar são Delegados/as, Fiscais, Candidatos/as e seus


advogados/as.

 Cada partido ou coligação pode indicar dois/duas Delegados/as por município (ou por Zona
Eleitoral - quando o Município abranger mais de uma zona) e dois/duas Fiscais por cada
Mesa Receptora de Votos (Seção Eleitoral), atuando um de cada vez (Res. 23.456/15, art.
78).

 As credenciais dos/as fiscais e delegados/as serão expedidas, exclusivamente, pelos partidos


políticos ou pelas coligações, sendo desnecessário o visto do juiz eleitoral (Res. 23.456/15,
art. 78).

 Não podem ser fiscais ou delegados/as os/as menores de dezoito anos ou quem já faça parte
da Mesa Receptora de Votos (Res. 23.456/15, art. 78 § 3º).

 Delegado/a atua perante a Zona Eleitoral, podendo percorrer todas as Seções de qualquer
dos locais de votação dessa Zona, atuando um de cada vez (Res. 23.345/15, art. 78, caput e §
2º).

 Candidato/a pode percorrer e atuar perante qualquer Seção Eleitoral. Não precisa de
credencial, uma vez que seu nome consta da lista de candidatos; somente precisa se
identificar perante o presidente da Mesa Receptora (Res. 23.456/15, art. 82, caput).

 Fiscal atua perante a Seção Eleitoral (Mesa Receptora). Pode fiscalizar mais de uma Seção

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na mesma Zona Eleitoral, desde que tenha credencial para cada Seção podendo ser
substituído/a por outro/a no curso dos trabalhos eleitorais (Res. 23.456/15, art. 78, §1º e § 6º).

2. Crachás dos/as Fiscais

 No dia da votação, durante os trabalhos, aos fiscais dos partidos políticos e das coligações só
é permitido que, de seus crachás, constem o nome e a sigla do partido político ou da coligação
a que sirvam, vedada a padronização do vestuário (Resolução 23.456/15, art. 80 e Lei nº
9.504, art. 39-A, § 3º).

 A violação do item acima configurará divulgação de propaganda eleitoral, nos termos do inciso
III do § 5º do art. 39 da Lei n.º 9.504.

 Os crachás dos fiscais deverão ter medidas que não ultrapassem 10 cm de comprimento X 5
cm de largura, o qual conterá apenas o nome do usuário e a indicação do partido político ou
coligação que represente, sem qualquer referência que possa ser interpretada como
propaganda eleitoral (Res. 23.456/15, art. 80 §1º).

 Caso o crachá ou o vestuário estejam em desacordo com as normas previstas neste artigo, o
presidente da Mesa Receptora de Votos orientará os ajustes necessários para que o fiscal
possa exercer sua função na seção (Res. 23.456/15, art. 80, § 2º).

III. ASPECTOS IMPORTANTES DA FISCALIZAÇÃO

 INSTRUIR ELEITOR/A OU TIRAR SUAS DÚVIDAS NÃO É VOTAR POR ELE/A.

 O maior problema no dia da eleição é quanto à identificação do/a eleitor/a, que é feita pelos/as
mesários/as. Devemos, portanto, dar toda atenção à chegada do/a eleitor/a na Seção.

 Deve a fiscalização atentar-se também quando o/a eleitor/a não conseguir concluir seu voto,
para evitar qualquer tipo de fraude pelos/as mesários/as. Voto não finalizado deve ser
considerado nulo, mas deverá ser considerada válida a votação já confirmada. É crime
eleitoral (Código Eleitoral, art. 309), qualquer integrante da Mesa Receptora completar a
votação não concluída pelo/a eleitor/a. Constatado o fato, o/a fiscal deverá solicitar a presença
do/a Juiz Eleitoral/a e a permanência do/a eleitor/a no recinto para servir de testemunha.

 O maior fluxo de votação, geralmente, ocorre pela manhã. Por isso é essencial que o/a fiscal
fique muito atento após o almoço, pois é no momento de pouca fiscalização que fraudes
podem ocorrer (pode acontecer, por exemplo, de alguém votar no lugar de eleitor faltante).

 A relação dos nomes dos candidatos/as deverá estar no recinto da Seção, em lugar visível,
cuja lista estará em ordem alfabética, com nome e número dos candidatos (Resolução
23.456/15, art. 36, II)

 É dever do/a Presidente da Mesa Receptora zelar pela preservação das listas de
candidatos/as, tomando imediatas providências para colocação de nova lista no caso de

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inutilização parcial ou total (Código Eleitoral, art. 129).

 Inutilizar ou arrebatar as listas é crime eleitoral; se isso ocorrer, o/a presidente/a da Mesa
deterá o eleitor infrator e o encaminhará ao Juiz Eleitoral, acompanhado de testemunhas, para
que seja instaurada a ação penal (Código Eleitoral, art. 129).

 Na cabina de votação é vedado ao/à eleitor/a portar celular, máquina fotográfica, filmadora,
equipamento de radiocomunicação, ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo
do voto, devendo ficar retidos na Mesa Receptora enquanto o eleitor estiver votando (art. 54
da Res. 23.372)

 Enquanto o eleitor estiver votando no terminal, NINGUÉM poderá acompanhá-lo, exceção feita
aos portadores de necessidades especiais, que podem ser acompanhados por alguém que os
auxilie inclusive a votar, desde que não seja fiscal, mesário, nem que esteja a serviço da
Justiça Eleitoral (art. 56, da Res. 23.372).

 Quando não houver nenhum eleitor votando, o fiscal deve verificar se não há propaganda de
candidatos atrás da cabina de votação. Se houver, o fiscal deve solicitar que o presidente da
Mesa recolha o material indevido.

IV. MESA RECEPTORA

1. Instalação e recepção da mesa

 Cada Seção Eleitoral corresponde a uma Mesa receptora de votos. Às 7h00 do dia 2 de
outubro será instalada a Mesa Receptora de Votos.

 Os fiscais devem chegar à seção eleitoral designada antes das 7h00 e se apresentar à/ao
presidenta/e da Seção.

 No momento que o/a fiscal se apresentar à mesa, antes do início dos trabalhos, deverá
entregar um requerimento ou petição solicitando os Boletins de Urna (B.U.s) ao final da
votação – Modelo no final do manual.

2. Zerésima

 A partir das 7h00, a/o presidenta/e da Seção emitirá a “zerésima”, relatório para comprovar
que não há nenhum voto registrado ou qualquer outra irregularidade.

 No Boletim de Urna, a/o fiscal deve verificar:


a) Se a urna pertence realmente àquele município, zona e seção;
b) Se TODOS os nossos candidatos proporcionais e majoritários constam da relação; caso
algum não esteja presente, o/a fiscal deve contatar imediatamente o plantão jurídico da
campanha.
c) Se todos/as os/as candidatos/as têm zero votos no momento de abertura da urna.

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 Nesse horário é fundamental a presença de nossos fiscais, delegados ou candidatos nas
Seções Eleitorais para que fiscalizem a emissão da “zerésima”. NÃO SE PODE PERMITIR
QUE A ZERÉSIMA SEJA EMITIDA FORA DA SEÇÃO ELEITORAL OU SEM A PRESENÇA
DE FISCAIS. IMPEDIR A FISCALIZAÇÃO É CRIME ELEITORAL. Qualquer irregularidade
deverá imediatamente ser comunicada ao plantão jurídico da campanha. É preciso
registrar a ocorrência e, ainda, solicitar a presença do Juiz Eleitoral.

3. Caderno de votação

 O caderno de votação é a lista com o nome dos/as eleitores/as. O/A fiscal deve solicitar à/ao
presidente/a da mesa o caderno de votação para verificar se está em ordem, principalmente
se estão ali todos os comprovantes de votação, nenhum deles pode ter sido destacado.

 Havendo qualquer irregularidade, pode ser indício da chamada “fraude dos mesários”, que
podem pretender votar no lugar dos/as eleitores/as ausentes. Nesse caso, é preciso entrar em
contato imediatamente com o plantão jurídico da campanha e solicitar a presença do Juiz
Eleitoral, exigindo o registro do ocorrido em ata.

4. Verificação dos lacres das urnas

 Antes de abertas, as urnas estarão lacradas com lacres próprios (modelo de lacre no fim do
manual). Para cada urna eletrônica, haverá um jogo de lacres, com mesma numeração para
todos os compartimentos. Os lacres são confeccionados em etiquetas autoadesivas e terão
dispositivos de segurança. Os lacres somente serão removidos no momento de abertura das
urnas, às 7h do dia da votação.

 Se o lacre estiver rompido ou removido em alguns dos compartimentos, o fiscal deverá


solicitar que seja lavrada a ocorrência em ata e solicitar a presença do Juiz Eleitoral. Os lacres
serão de cores diferentes para o primeiro e segundo turno.

 A/o fiscal deve verificar também as Urnas Eletrônicas de Contingência. São as urnas que
poderão ser utilizadas para substituir urnas que não funcionem no dia da eleição. Elas também
estarão lacradas e embaladas, e deve constar em sua embalagem sua finalidade.

 Urnas eletrônicas destinadas exclusivamente ao recebimento de Justificativa Eleitoral e as de


contingência não podem ter nenhum dado relativo a candidatos ou eleitores.

V. FISCALIZAÇÃO DA VOTAÇÃO

1. Início:

 Pontualmente às 8h (Res. 23.456/15 art. 45)

 O Presidente deverá orientar que a/o primeira/o eleitor/a a votar, após finalizar a votação,
aguarde a/o segundo/a eleitor/a. Isso porque se a urna apresentar algum defeito, será
necessária a troca de urna, caso em que o primeiro eleitor deve votar novamente.

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2. Procedimento da votação

 Antes de entrar na seção, o/a eleitor/a deve fazer fila na porta (Resolução TSE 23.456/15).

 Quando chamado pelos/as mesários/as o/a eleitor deve apresentar seu documento de
identificação com foto à Mesa Receptora de Votos. Os/as fiscais podem examinar os
documentos de identificação, para verificar se o documento confere com a pessoa que
o apresentou (Res. 23.456/15).

 O/A mesário/a vai procurar o nome do/a eleitor/a no caderno de votação, e comparar com o
documento de identificação apresentado (Res. 23.456/15).

 Não havendo dúvida sobre a identidade do/a eleitor/a, será convidado/a a assinar ou deixar
sua impressão digital no caderno de votação e em seguida, o/a eleitor/a será autorizado/a a
votar (Res. 23.456/15, art. 52).

 Na cabina de votação, o/a eleitor/a vai colocar os números dos/as seus/suas candidatos/as na
urna (Res. 23.456/15, art. 52).

 Concluída a votação, as/os mesárias/os vão devolver o documento de identificação do/a


eleitor/a e entregar o seu comprovante de votação (Res. 23.456/15, art. 52, VI).

3. Preferencial:
Têm preferência para votar, antes de qualquer eleitor/a, de acordo com a ordem de chegada
(Res. 23.456/15, art. 45, §2º):

 Candidatas/os nas zonas eleitorais em que estão inscritos/as;


 Juízes, seus auxiliares e servidores da Justiça Eleitoral;
 Promotores eleitorais e Policiais Militares em serviço;
 Eleitores/as de mais de 60 anos de idade;
 Eleitores/as enfermos;
 Eleitores/as com deficiência ou mobilidade reduzida;
 Eleitoras grávidas e lactantes;
 Eleitores/as acompanhados de criança de colo.
 Os membros da Mesa Receptora de Votos e os fiscais dos partidos e das coligações, munidos
da respectiva credencial, deverão votar depois dos eleitores que já se encontravam presentes
no momento da abertura dos trabalhos, ou no encerramento da votação (Res. 23.456/15, art.
45, §1º).

4. Identidade do/a eleitor/a:

 Só poderão votar eleitores cujos nomes estiverem cadastrados na seção. Em geral, os nomes
desses eleitores estão no caderno de votação. Se o nome do/a eleitor/a não estiver no
caderno, ele/a só poderá votar se seus dados constarem no cadastro de eleitores/as da urna
– ou seja, quando o/a mesário/a digitar o número do título e o nome dele/a aparecer como

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eleitor daquela urna (Res. 23.456/15, art. 46, caput e §1º).

 Não poderá votar o eleitor/a cujo nome do/a eleitor/a não constar no cadastro de votação
(quando digitado o número do título eleitoral ele não aparecer como eleitor/a daquela urna),
Ainda que no título conste que ele/a é eleitor/a daquela zona, assim mesmo ele/a não poderá
votar. Nesse caso, ele/a deverá ser encaminhado/a para a Seção Técnica, para que seja
verificado em qual zona e seção ele/a está inscrito/a. Em caso de permanecer a dúvida,
deverá ser contatada o Cartório Eleitoral. O caso deverá ser registrado em ata (art. 46, §5º da
Res. 23.456/15).

 Para votar, o/a eleitor/a deve apresentar documento oficial com foto que comprove sua
identidade. Não é obrigatória a apresentação de título de eleitor, embora seja recomendável,
pois este documento facilita o trabalho dos/as mesários/as (art. 46, §2º da Res. 23.456/15).

 São documentos oficiais, que comprovam a identidade da eleitor/a: (Res. 23.456/15, art. 46,
§3º):
- carteira de identidade, passaporte ou outro documento oficial com foto, de valor legal
equivalente, inclusive carteira de categoria profissional reconhecida por lei (OAB, CRM, CREA,
etc).
- certificado de reservista;
- carteira de trabalho;
- carteira nacional de habilitação.

 Certidão de nascimento ou certidão de casamento não serão aceitos como documentos que
comprovam a identidade do/a eleitor/a no momento da votação - inclusive porque eles não
contêm a foto do/a eleitor/a, então não comprovam a identidade (Res. 23.456/15, art. 46, §4º).

 Em caso de dúvida da identidade do/a eleitor/a, mesmo que ele/a esteja portando título de
eleitor e documento oficial: o/a presidente/a da mesa deve interroga-lo/a sobre os dados do
título, do documento oficial ou do caderno de votação; em seguida, deve comparar a
assinatura dos documentos oficiais com a efetuada pelo/a eleitor/a na sua presença. O/a fiscal
deve acompanhar todo o procedimento, garantindo que ele foi realizado da maneira descrita.
O caso deverá constar em ata (Res. 23.456/15).

 Caso se conclua de que não é de fato aquele/a eleitor/a o/a fiscal, assim como os/as
mesários/as ou qualquer eleitor/a, deverá impugnar a identidade do eleitor/a: isso deverá
ocorrer verbalmente ou por escrito antes dele/a ser admitido/a a votar (Res. 23.456/15, art.
47, §1º).

 Se persistir a dúvida ou for mantida a impugnação, o/a Juiz/a Eleitoral deverá ser
chamado/a para decidir, por solicitação do/a Presidente/a da mesa (Res. 23.456/15, art. 47,
§2º). Todas as vezes que o/a Juiz/a Eleitoral for chamado/a o/a fiscal deverá comunicar o
Jurídico da Campanha.

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5. Na cabina de votação

 É proibido o/a eleitor/a entrar na cabina de votação com celular, máquina fotográfica,
filmadora ou qualquer equipamento de radiocomunicação que possa comprometer o
sigilo do voto. Tais aparelhos poderão ser deixados com os/as mesários/as ou em outro lugar
de preferência do/a eleitor/a (Res. 23.456/15, art. 48, caput).

 Eleitor/a analfabeto/a: será permitido o uso de instrumentos que auxiliem o eleitor


analfabeto a votar, que serão submetidos à decisão do/a presidente/a da Mesa Receptora, não
sendo a Justiça Eleitoral obrigada a fornecê-los (Res. 23.456/15, art. 49).

 Eleitor/a com deficiência ou mobilidade reduzida:


- ao votar, poderá ser auxiliado por pessoa de sua confiança, não necessitando de
requerimento antecipado do/a Juiz/a Eleitoral (Res. 23.456/15, art. 50).
- a pessoa acompanhante deverá ser autorizada pelo/a presidente da mesa, e, poderá,
inclusive, digitar os números na urna (Res. 23.456/15, art. 50, §1º).
- a pessoa acompanhante não poderá estar a serviço da Justiça Eleitoral, de partido político ou
coligação (Res. 23.456/15, art. 50, §2º).

 Eleitor/a com deficiência visual: são garantidos (Res. 23.456/15, art. 50, §4º, incisos I a IV):
- utilização do alfabeto comum ou do sistema braile para assinar o caderno de votação ou
assinar as cédulas, se for o caso;
- o uso de qualquer instrumento mecânico que portar ou que a Mesa Receptora lhe fornecer;
ATENÇÃO: nesse caso, os/as mesários/as não poderão induzir, em nenhuma hipótese, o voto
para qualquer candidatura.
- o uso do sistema de áudio disponível na urna como fone de ouvido fornecido pela Justiça
Eleitoral. Esses fones de ouvido serão providenciados pela Justiça Eleitoral (Res 23.456/15,
art. 50, §5º).
- o uso da marca de identificação da tecla 5 da urna.

6. Na urna

 O primeiro voto é para o/a candidato/a a vereador/a ou na legenda. O/a eleitor/a deve digitar
o número contendo 5 dígitos (ex: 13XXX), conferir a foto e o nome do/a candidato/a na tela e
pressionar a tecla verde CONFIRMA. Se for votar na legenda, deve apertar 13 e depois a tecla
verde CONFIRMA.

 Se o/a eleitor/a tiver errado a digitação do número, e não aparecer a foto do/a candidato/a,
ou no caso em voto em legenda, o nome PT e o número 13, ele/a deve apertar a tecla
LARANJA para corrigir, o que deve fazer a máquina voltar à tela inicial.

 O segundo voto é para o/a candidato/a a prefeito/a. Quando o/a candidato/a a Prefeito/a for
do PT, o número é o 13, ainda que o PT esteja integrando Coligação. Deve conferir a foto e o
nome do/a candidato/a e pressionar a tecla verde CONFIRMA. Também aparecerá a foto e o
nome do/a candidato/a a vice.

 Para votar em branco, o/a eleitor/a deve apertar a tecla BRANCO em cada tela de votação,

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pressionando a tecla verde CONFIRMA em seguida.

 Se o/a eleitor/a teclar um número de candidatura e partido inexistente e depois a tecla


CONFIRMA, o seu voto será considero NULO.

7. Votação não concluída/ Votação parcial

 Se um/a eleitor/a se recursar ou apresentar dificuldade para votar antes de confirmar o


primeiro voto, o presidente da Mesa deve suspender a liberação do/a eleitor/a com um
código próprio. Nesse caso, o comprovante de votação fica com a Mesa Receptora de
Votos, para garantir o direito desse/a eleitor/a votar até o encerramento da votação (Res.
23.456/15, art. 52, §1º e §2º).

 Se o/a eleitor/a confirmar pelo menos o primeiro voto, mas não concluir a votação para o
outro cargo, o/a presidente de Mesa deve alertar a pessoa para que ela volte e conclua; se
ela se recusar, a Mesa deve liberar a urna para que a votação continue, usando um código
próprio. São considerados nulos os votos não confirmados. Nesse caso, o comprovante
de votação é entregue ao eleitor (Res. 23.456/15, art. 52, §3º).

 Se alguma das situações descritas acima acontecer, o fato deve ser registrado em ata (Res.
23.456/15, art. 52, §4º).

8. Registro digital do voto (Resolução TSE nº 23.458/15)

 A urna será dotada de arquivo denominado Registro Digital do Voto, no qual ficará gravado
aleatoriamente cada voto, separado por cargo, em arquivo único (Res. nº 23.458, art. 41).

 A Justiça Eleitoral fornecerá, mediante solicitação, cópia do Registro Digital do Voto para fins
de fiscalização, conferência, estatística e auditoria do processo de totalização das eleições. O
Registro Digital do Voto será fornecido em arquivo único, contendo a gravação aleatória de
cada voto, separada por cargo, em até três dias (Res. nº 23.458, art. 42, caput e I).
 Os arquivos contendo os Registros Digitais dos Votos fornecidos devem estar intactos, no
mesmo formato e leiaute em que foram gravados originalmente (Resolução TSE nº 23.458,
art. 43.).
 O pedido deve ser feito nos Tribunais Regionais Eleitorais e deve especificar o município, as
Zonas Eleitorais e/ou seções de seu interesse, e também fornecer a mídia para a gravação da
cópia (Resolução TSE nº 23.458, art. 42, II e III).
 Os arquivos contendo os Registros Digitais dos Votos deverão ser preservados nos Tribunais
Regionais Eleitorais, em qualquer equipamento ou mídia, pelo prazo mínimo de cento e oitenta
dias após a proclamação dos resultados da eleição. Depois disso, podem ser descartados,
desde que não haja procedimento administrativo ou processo judicial impugnando ou
auditando a votação nas respectivas seções eleitorais (Res. nº 23.458, art. 44, caput e
parágrafo único).

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9. Votação por biometria

 A biometria é uma forma de identificação do/a eleitor/a. Então, nos municípios em que a
biometria for utilizada, valem as mesmas regras da votação sem biometria, mas com os
seguintes acréscimos:

 Antes de entrar na sala da votação, o/a eleitor/a também deve fazer fila (Res. 23.456/15, art.
53, I).

 Quando chamado pelos/as mesários/as o/a eleitor deve apresentar seu documento de
identificação com foto à Mesa Receptora de Votos. Os fiscais podem examinar os
documentos de identificação, para verificar se o documento confere com a pessoa que
o apresentou (Res. 23.456/15, art. 53, II).

 O/a mesário/a deve digitar o número do título de eleitor; se aceito pelo sistema, o/a mesário/a
deve pedir à/ao eleitor/a que posicione o dedo polegar ou o indicar sobre o sensor
biométrico, para identificação (Res. 23.456/15, art. 53, III, IV).

 Havendo identificação do/a eleitor/a por meio da biometria, o/a mesário/a vai autorizá-lo a
votar, não sendo necessária a assinatura do/a eleitor/a na folha de votação (Res. 23.456/15,
art. 53, V).

 O procedimento de identificação biométrica pode ser repetido até 4 (quatro) vezes para cada
tentativa de habilitação do/a eleitor/a, observando-se as mensagens apresentadas pelo
sistema no terminal do/a mesário/a (Res. 23.456/15, art. 53, VI).

 Se, depois de quatro tentativas, o/a eleitor/a não for identificado pela biometria, o/a
presidente/a da Mesa deve conferir se o título de eleitor digitado no terminal corresponde à
identificação do/a eleitor/a e, se confirmada, deve perguntar ao eleitor/a o ano do seu
nascimento e digitar o ano no terminal do mesário (Res. 23.456/15, art. 53, VII).

 Nesse caso, o/a eleitor/a deve assinar a folha de votação; o sistema vai coletar a impressão
digital do/a mesário/a, e o/a mesário/a deve relatar o que aconteceu em ata, e orientar o/a
eleitor/a a comparecer posteriormente ao Cartório Eleitoral (Res. 23.456/15, art. 53, X).

 Se o ano informado pelo/a eleitor/a for o mesmo cadastrado na urna eletrônica, ele/a está
habilitado/a a votar (Res. 23.456/15, art. 53, VIII).

 Se o ano informado pelo/a eleitor/a não for o mesmo cadastrado na urna eletrônica, o/a
mesário poderá confirmar o ano de nascimento do/a eleitor/a e realizar uma nova tentativa
(Res. 23.456/15, art. 53, IX).

 Se, ainda assim, persistir a não identificação do/a eleitor/a, o/a mesário/a deve orientar o/a
eleitor/a a entrar em contato com a Justiça Eleitoral para verificar a data de nascimento
constante no Cadastro Eleitoral, para que proceda a nova tentativa de votação (Res.
23.456/15, art. 53, XI)

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 O/a mesário/a deve anotar na Ata da Mesa Receptora todos os incidentes relacionados com a
identificação biométrica do/a eleitor/a, registrando as dificuldades verificadas e relatando
eventos relevantes.

10. Defeito na urna eletrônica

 Se a urna eletrônica apresentar defeito durante o processo de votação, devem ser adotadas
as seguintes medidas, sempre com a presença e acompanhamento dos/a candidatos/as e
fiscais presentes (Res. 23.456/15, art. 54):

a) O/a presidente/a da mesa deve desligar e religar a urna, digitando o código de reinício da
votação;
b) Persistindo a falha, o/a presidente da mesa vai pedir a presença de uma equipe
designada pelo/a Juiz/a Eleitoral, que vai analisar a situação e adotar, um ou mais dos
seguintes procedimentos para a solução do problema, não necessariamente nessa ordem:
- reposicionar o carão de memória da votação;
- utilizar uma urna de contingência (urna reserva). A urna com defeito deve ser enviada para
um local determinado pela Justiça Eleitoral;
- utilizar o cartão de memória de contingência (cartão de memória reserva) na urna de
votação. O cartão de memória com defeito deve ser colocado em um envelope específico, e
enviado para um local determinado pela Justiça Eleitoral.

 A equipe designada pelo/z Juiz/a Eleitoral pode realizar mais de uma tentativa das medidas
previstas acima.

 Os lacres rompidos durante os procedimentos devem ser repostos e assinados pelo/a Juiz/a
Eleitoral. Se não for possível, os lacres rompidos devem ser repostos e assinados pelos/as
mesários/as e pelos/as fiscais presentes.

 Depois disso, a equipe técnica deve elaborar e assinar um relatório sintético, por meio do
sistema de registro de ocorrências. No relatório deve constar o problema que aconteceu, as
providências que foram tomadas e o resultado obtido.

 Se a urna já estiver com defeito antes que tenha começado a votação naquela seção,
pode ser realizada carga de urna. Como nas demais aberturas de urna, o/a primeiro/a
eleitor/a deve esperar o/a segundo/a eleitor/a concluir a votação (Res. 23.456/15, art. 55,
caput e §1º).

 Se, no caso acima, ocorrer falha antes do/a segundo/a eleitor/a concluir seu voto, tendo
sido tomado o procedimento de defeito na urna, o/a primeiro/a eleitor/a deve votar de novo,
seja na nova urna ou em cédulas, sendo que o voto dado na primeira urna, com defeito, será
desconsiderado, ou considerado insubsistente. Nesse caso, será permitida a carga de urna
para a seção (Res. 23.456/15, art. 55, §2º e §3º).

 Se o procedimento de contingência não der certo, a votação deve correr por cédulas até o
encerramento. Uma vez iniciada a votação por cédulas, ele deve persistir até o fim, e o
processo eletrônico não pode ser retomado na mesma seção. Para tanto, o/a presidente/a da

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Mesa Receptora de Votos deve tomar as seguintes providências (Res. 23.456/15, art. 56, I, II,
III, IV e art. 58):
- colocar de volta na urna defeituosa o cartão de memória de votação
- lacrar a urna defeituosa. No final da votação, a urna deve ser enviada para a Junta Eleitoral,
junto com os outros materiais da votação.
- lacrar a urna de contingência. Ela ficará com a equipe designada pelo/a Juiz/a Eleitoral
- colocar o cartão de memória de contingência em um envelope específico. Esse envelope
deve ser lacrado e enviado para o local designado pela Justiça Eleitoral e o cartão de memória
não poderá mais ser utilizado.

 Todas as ocorrências descritas acima devem ser registradas em ata (Res. 23.456/15, art.
57).

 Fora os ajustes descritos acima, é proibido realizar manutenção de urna eletrônica na seção
eleitoral no dia da votação (Res. 23.456/15, art. 59).

 As trocas de urnas devem ser comunicadas pelos/as Juízes/as Eleitorais aos Tribunais
Regionais Eleitorais durante o processo de votação. Os partidos políticos, as coligações, o
Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil poderão requerer formalmente
aos Tribunais Regionais Eleitorais, até dia 17 de janeiro de 2017, as informações
relativas à troca de urnas (Res. 23.456/15, art. 60).

VI. VOTAÇÃO MANUAL POR CÉDULAS

 A votação por cédulas ocorre apenas quando as urnas eletrônicas, depois de esgotados todos
os procedimentos descritos na parte “Defeitos da Urna Eletrônica”, realmente não funcionam.
Presume-se que um percentual mínimo das urnas eletrônicas de cada Município ou Zona
Eleitoral terá problemas técnicos, o que leva à votação manual por cédulas (tradicional) (Res.
23.456/15, art. 61).

 Os materiais para a votação por cédulas serão entregues à Mesa Receptora pelo/a Juiz/a
Eleitoral. São eles (Res. 23.456/15, art. 62).
- cédulas de uso contingente. A cédula da eleição majoritária é amarela, e a cédula da eleição
proporcional é branca (Res. 23.456/15, art. 89).
- urna de lona lacrada.
- lacre para a fenda da urna de lona, para ser colocado no final da votação.

 Terminada a votação, o/a presidente da Mesa deve vedar a fenda da urna de lona com lacre
apropriado, e ele/a e os/as demais mesários/as devem rubricar o lacre. Os/as fiscais e
delegados/as também podem rubricar o lacre, embora não seja obrigatório. Depois disso, a
urna de lona, a urna eletrônica e os documentos da votação devem ser entregues ao
presidente da Junta ou a representante que for designado pelo Tribunal Regional Eleitoral
pelo/a presidente/a da Mesa, mediante recibo de duas vias, com indicação de hora, e esses
documentos devem ser colocados em envelopes rubricados por ele/a e pelos/as fiscais que
assim o desejarem (Res. 23.456/15, art. 64).

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1. Da Fiscalização Perante as Juntas Eleitorais

 Cada partido político ou coligação poderá credenciar, perante as juntas eleitorais, até 3 fiscais,
que se revezarão na fiscalização dos trabalhos de apuração (Código Eleitoral, art. 161, caput)

 Em caso de divisão das juntas eleitorais em turmas, cada partido político ou coligação poderá
credenciar até 3 fiscais para cada turma, que se revezarão na fiscalização dos trabalhos de
apuração (Código Eleitoral, art. 161, § 1º).

 As credenciais dos fiscais serão expedidas, exclusivamente, pelos partidos políticos ou


coligações, e não necessitam de visto do presidente da Junta Eleitoral.

 Para efeito do disposto no parágrafo anterior, os representantes dos partidos políticos ou das
coligações deverão indicar ao presidente da junta eleitoral o nome das pessoas autorizadas a
expedir as credenciais dos fiscais.

 Não será permitida, na junta eleitoral ou na turma, a atuação concomitante de mais de um


fiscal de cada partido político ou coligação (Código Eleitoral, art. 161, § 2º).

 Credenciamento de fiscais restringir-se-á aos partidos políticos ou coligações que participarem


das eleições.

VII. FISCALIZAÇÃO DA VOTAÇÃO PARALELA (Res. nº 23.458/15)

 A votação paralela serve para auditar urnas oficiais e será realizada, em cada unidade da
Federação, em um só local designado pelo Tribunal Regional Eleitoral, no mesmo dia e
horário da votação oficial.

 Os TREs divulgarão, em edital e nos seus sites, até 20 dias antes das eleições, o local da
cerimônia. No mesmo prazo, os Tribunais Regionais Eleitorais devem expedir ofícios aos
partidos políticos para comunicar o horário e local onde serão realizados o sorteio
das urnas que serão auditadas por meio de votação paralela na véspera do pleito,
assim como o horário e local da auditoria no dia da eleição, informando-os sobre a
participação de seus representantes nos referidos eventos.

 Os trabalhos de auditoria da votação paralela são públicos e partidos políticos e coligações


podem indicar representantes para acompanhar os trabalhos da Comissão de Auditoria
de Funcionamento das Urnas Eletrônicas.

 A Comissão de Auditoria deverá promover o sorteio das seções eleitorais entre 9 e 12 horas
do dia anterior às eleições, no primeiro e no segundo turnos, em local e horário previamente
divulgados.

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VIII. ENCERRAMENTO DA VOTAÇÃO

 A votação na seção somente poderá ser encerrada a partir das 17h - mesmo que todos/as
os/as eleitores/as da Seção tenham votado (Res. 23.456/15, art. 70).

 Se houver eleitores/as que ainda não votaram, os/as mesários/as devem entregar senhas a
todos/as eleitores/as na fila, começando pelo último, e pegará seus documentos de
identificação, para que possam votar. A votação continuará em ordem decrescente das senhas
distribuídas. O documento de identificação será devolvido logo o/a eleitor/a tenha votado (Res.
23.456/15, art. 71).

 A urna deve ficar permanentemente à vista dos interessados e sob a guarda de pessoa
designada pelo presidente da Junta Eleitoral até que seja determinado o seu recolhimento
(Res. 23.456/15, art. 72, §2º).

 Atenção! Os/as fiscais podem acompanhar a urna, e também todo o material referente à
votação, desde o início dos trabalhos até o seu encerramento!

1. Boletins de Urna (BUs)

 Após o encerramento das eleições, devem ser emitidos Boletins de Urna. É muito importante
que os/as mesários/as estejam presentes no momento do encerramento da votação, na
emissão dos Boletins de Urna que deverão ser conferidos e assinados pelo/a nosso/a
fiscal. O Presidente da Mesa é obrigado a entregar cópia do BU aos partidos políticos e
coligações. É crime eleitoral não entregar cópia do BU aos fiscais dos partidos que o
solicitarem (Lei 9.504, art. 68, §1º).

 Os Boletins de Urna devem conter (Res. 23.456/15, art. 109):


- data da eleição;
- a identificação do município, da Zona Eleitoral e da Seção;
- o código de identificação da urna;
- a quantidade de eleitores aptos;
- a quantidade de eleitores que compareceram;
- a votação individual de cada candidato;
- os votos para cada legenda partidária;
- os votos nulos;
- os votos em branco
- a soma geral dos votos;
- a quantidade de eleitores não reconhecidos nas urnas biométricas;
- código de barras bidimensional (Código QR).

 Os Boletins de Urna devem ser impressos em cinco vias obrigatórias e em até quinze vias
adicionais. A não emissão dos boletins de urna imediatamente após o encerramento da
votação, a não ser no caso de defeito da urna, é crime previsto no art. 313 do Código Eleitoral.
Uma das vias é do/a fiscal! (Res. 23.456/15, art. 73)

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 A urna pode (e deve) emitir mais vias do BU a serem entregues aos partidos que as
solicitarem. Devemos exigir uma cópia para o partido, que deverá ser encaminhada,
imediatamente, ao nosso delegado ou aos plantões do partido.

 Se não forem emitidas, por qualquer motivo, todas as vias obrigatórias dos boletins de urna,
ou as cópias estarem imprecisas ou ilegíveis, o/a presidente/a da Mesa Receptora de Votos
tomará as providências, à vista dos/as fiscais (Res. 23.456/15, art. 74):
- desligar a urna
- desconectar a urna da tomada ou da bateria externa
- colocar a urna em embalagem própria
- registrar na ata da Mesa Receptora de Votos a ocorrência
- comunicar o fato ao presidente da Junta Eleitoral pelo meio de comunicação mais rápido
- encaminhar a urna para a Junta Eleitoral.

Os/as fiscais podem acompanhar a urna. É direito do/a fiscal vigiar e acompanhar o
disquete e a urna eletrônica desde o início da eleição, bem como todo e qualquer
material referente à eleição, até a entrega à Junta Eleitoral, Cartório Eleitoral ou Ponto
de Transmissão (art. 73 da Res. 23.372).

 É CRIME ELEITORAL CO IBIR A FISCALIZAÇÃO DOS PARTIDOS ( a r t . 3 4 § 2º Lei 9.504).

IX. DA FISCALIZAÇÃO DA TOTALIZAÇÃO

 Aos candidatas/as, aos partidos e coligações, à OAB e ao Ministério Público é garantido amplo
direito de fiscalização dos trabalhos de transmissão e totalização de dados (Res. 23.456/15,
art. 152, caput).

 Nas instalações onde se desenvolverão os trabalhos será vedado o ingresso,


simultaneamente, de mais de um/a representante de cada partido ou coligação, os quais não
poderão dirigir-se diretamente ao pessoal executor do serviço (Res. 23.456/15, art. 152,
parágrafo único).

 Os partidos e coligações poderão constituir sistema próprio de fiscalização, apuração e


totalização dos resultados, contratando, inclusive, empresas de auditoria de sistemas que,
credenciadas na Justiça Eleitoral, receberão, os mesmos dados alimentadores do sistema
oficial de apuração e totalização (Res. 23.456/15, art. 153, caput).

 Os dados alimentadores do sistema serão os referentes aos candidatos, aos partidos e


coligações, a municípios, a zonas e a seções, contidos em arquivos. Os dados da votação, e
serão entregues aos interessados em meio de armazenamento de dados definido pelo T.S.E.,
desde que os requerentes forneçam à Justiça Eleitoral as mídias para sua geração (Res.
23.456/15, art. 153, §1º e §2º).

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 Em até três dias após o encerramento da totalização em cada unidade da Federação, o
Tribunal Superior Eleitoral deve disponibilizar em sua página na Internet opção de visualização
dos boletins de urna recebidos para a totalização, assim como as tabelas de correspondências
efetivadas, dando ampla divulgação nos meios de comunicação (Res. 23.456/15, art. 154).

 Após a conclusão dos trabalhos de totalização, os partidos políticos, as coligações, o


Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil poderão solicitar aos Tribunais
Eleitorais, até 17 de janeiro de 2017, cópias dos seguintes arquivos: log de operações do
Sistema de Gerenciamento; imagem dos boletins de urna; log das urnas; registros digitais dos
votos. O pedido deve ser atendido no prazo máximo de três dias úteis contados do
recebimento da solicitação e os arquivos deverão ser fornecidos em sua forma original,
mediante cópia não submetida a tratamento. (Res. 23.456/15, art. 155, caput, I, II, III, IV, §1º e
§2º).

X. OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES

 Devemos ter a preocupação de preparar materiais com os números de nossos candidatos


para que os eleitores possam utilizá-los (a chamada “cola”), mas que só podem ser
distribuídos até a véspera da eleição. É importante que seja observada a ordem da votação.
 VEREADORES(AS) (5 dígitos)
 PREFEITO(A) (2 dígitos)
 Não é crime eleitoral e é permitida a manifestação individual e silenciosa da preferência do
cidadão por partido político, coligação ou candidato, revelada no uso de bandeiras, broches ou
dísticos e pela utilização de adesivos em veículos particulares. Ou seja, o/a eleitor/a poderá
colocar no seu vestuário, adesivos ou broches com a estrela do PT ou dísticos com
propaganda de seus candidatos e portar bandeiras em seu carro (Res. 23.457/15, art. 61 e Lei
9504/97, art. 39-A).
 É crime eleitoral, durante todo o dia da votação, o uso de alto-falantes e amplificadores do
som ou promoção de comício ou carreata; a arregimentação de eleitor ou a propaganda de
boca de urna, bem como a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos ou
de seus candidatos, mediante entrega de material de propaganda de partidos políticos ou de
seus candidatos (Res. 23.457/15, art. 66, caput e I, II, III e Lei 9504/97, art. 39, §5º, incisos I a
V).
 É vedada, ainda, durante todo o dia da votação e em qualquer local público ou aberto ao
público, a aglomeração de pessoas portando instrumentos de propaganda de modo a
caracterizar manifestação coletiva, com ou sem utilização de veículos (Res. 23.457/15, art. 61,
§1º).
 No recinto das seções eleitorais e juntas apuradoras, aos mesários e escrutinadores é
proibido o uso de vestuário ou objeto que contenha qualquer propaganda de partido político
ou coligação ou candidato (Res. 23.457/15, art. 61, §2º).

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 Aos fiscais partidários, nos trabalhos de votação, só é permitido que, de seus crachás,
constem o nome ou a sigla do partido político ou coligação a vedada a padronização do
vestuário (Res. 23.457/15, art. 61, §3º).
 Nenhuma autoridade poderá, desde 5 dias antes e até 48 horas depois do encerramento da
eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de
sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou ainda, por desrespeito a salvo-
conduto (Código Eleitoral, art. 236).

 Os membros das Mesas Receptoras, os fiscais ou delegados de partidos, ou coligações


durante o exercício de sua função, não poderão ser detidos ou presos, salvo o caso de
flagrante delito; da mesma garantia gozarão os candidatos desde quinze dias antes das
eleições (Código Eleitoral, art. 236, § 1º e art. 298).
 COMPRA DE VOTOS: Constitui captação de sufrágio o candidato doar, oferecer, prometer, ou
entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer
natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da
eleição, inclusive, sob pena de multa de 1.000 a 50.000 UFIRs e, cassação do registro ou do
diploma, observado o procedimento do artigo 22 da LC 64/90 (Lei nº 9.504, art. 41-A).

XI. MODELOS

1. Indicação para Expedição de Credenciais

EXMO. SR. JUIZ DA .... ZONA ELEITORAL DO MUNICÍPIO DE ...


(deixar espaço)
A COLIGAÇAO “XXXXXXX” (partidos que compõem a coligação), por seu representante
legal, vem, respeitosamente, nos termos do que dispõe o § 3º do artigo 65 da Lei Eleitoral nº
9.504/97 e art. 75, §4º da Resolução TSE n.º 23.456/15, AUTORIZAR o presidente e o
secretário do Diretório Municipal do PARTIDO DOS TRABALHADORES-PT, bem como das
pessoas indicadas na relação em anexo, a expedir credenciais de fiscais ou delegados
para atuarem, em nome da Coligação, perante as Mesas Receptoras de Votos, as Juntas ou
Turmas Apuradoras, podendo, ainda, expedir credenciais para a fiscalização de todas as fases
da apuração, inclusive o processamento eletrônico da totalização dos votos, bem como, para a
retirada dos boletins de urna, de resultados eleitorais, dos relatórios do sistema eletrônico e
cópias dos dados do processamento parcial de cada dia e dos dados resumo hash, em meio
magnético.
Nestes termos, aproveitamos para informar que os fiscais credenciados para atuar junto às
mesas receptoras de votos, de acordo com o art. 68, § 1º da Lei 9.504/97, estarão aptos a
retirar os boletins de urna.
Requerendo sejam feitos as devidas anotações e registros que se fizerem necessários,
(deixar espaço)
P. Deferimento.
Local e data
Assina o representante da Coligação

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2. Solicitação de Arquivos para Auditoria dos Resultados

EXMO. SR. JUIZ DA .... ZONA ELEITORAL DO MUNICÍPIO DE ...


(deixar espaço)
A COLIGAÇAO “XXXXXXX” (partidos que compõem a coligação), por seu representante
legal, vem, respeitosamente à presença de V.Exa., nos termos do que dispõe o artigo 156 da
Resolução TSE nº 23.456/15, requerer cópia dos arquivos digitais abaixo listados:

I - LOG DE OPERAÇÕES DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO;


II - IMAGEM DOS BOLETINS DE URNA;
III - LOG DAS URNAS;
IV - REGISTROS DIGITAIS DOS VOTOS.

Requerendo sejam feitos as devidas anotações e registros que se fizerem necessários,


P. Deferimento.
Local e data
Assina o representante da Coligação

3. Solicitação de Boletins de Urna (BUs)

ILMO. SR.(a) PRESIDENTE DESTA SEÇÃO ELEITORAL


(deixar espaço)
A COLIGAÇAO “XXXXXXX” (partidos que compõem a coligação), através do fiscal, abaixo
assinado, indicado para os trabalhos de votação nesta mesa receptora, vem, respeitosamente,
nos termos do que dispõe o artigo 42, Inciso XII da Resolução TSE nº 23.456/15, requerer
cópia do Boletim de Urna (BU) desta Seção ao final dos trabalhados de votação.
Esclarece que, nos termos do disposto no art. 68, §§ 1º e 2º, da Lei nº 9.504/97, o presidente
da mesa receptora é obrigado a entregar a cópia do BU quando solicitado até uma hora após
a expedição:
“Art. 68 (...):
§ 1º O presidente da mesa receptora é obrigado a entregar cópia do Boletim de Urna aos
partidos e coligações concorrentes ao pleito cujos representantes o requeiram até uma hora
após a expedição.
§ 2º. O descumprimento do disposto no parágrafo anterior constitui crime punível com
detenção de um a três meses, com a alternativa de prestação de serviço comunitário pelo
mesmo período e multa no valor de um mil a cinco mil UFIRs.”
Requerendo sejam feitos as devidas anotações e registros que se fizerem necessários,
(deixar espaço)
P. Deferimento.
Local e data
Assina o fiscal da Coligação

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