*A ação política não é meio para atingir qualquer fim.
Para Hannah, a política deveria estar mais para uma liberdade /Talvez ela defenda que em suma, a política é a liberdade ou pelo menos um sinônimo/ Hannah parte da concepção de ação política agonística e consensualista. Não existe um governo que seja baseado exclusivamente nos meios da violência /Vale lembrar aqui que Hitler não realizou seus feitos na base da violência física, mas sim (também) ideológica, no convencimento de seus dogmas/ *Sobra a 'militância' da apatia ao político, Hannah diz essa "condenação ao poder" corresponde a um "desejo inarticulado das massas" e de certa forma não tem levado a lugar algum /Penso aqui no profº David que fazia ideologia a não votar, que a política era algo corrompido e ninguém conseguia escapar, que a política estava perdida. Talvez pense ele também que a política está contra o povo e nas suas liberdades/ Será que não há (por parte de quem?) uma tentativa de disseminar o imobilismo, confundindo o fim da política com a política em si? A política, assim como qualquer outra produção cultura, é reflexo do ser humano. Hannah pode trazer um questionamento de que se tenta imobilizar o ser humano, como se esse não pudesse fazer absolutamente nada para mudar a situação que vive. Se negamos uma mudança causal na política, não estamos então nos equiparando a animais e nos distanciando de um pensamento mais crítico. Afinal, não conseguimos controlar aquilo que criamos, é maior do que nós? Hannah levanta o questionamento da assimilação do poder com a opressão. É ser, ou melhor, se quer pensar fora disso? 'Só se é livre perante outros que também o sejam.' A liberdade não se constrói na liberdade, mas no coletivo? Respeitando os outros seres libertos bem como o espaço geográfico/simbólico daquilo. Não é apenas utilizando da capacidade de pensar que o indivíduo se torna livre, mas na sua prática. O poder é sustentando pelo povo, o povo detém o poder de parar o poder? A ação política é uma ação em conjunta, configurado um acordo entre iguais. "a presença, o olhar do “outro”, é uma marca indelével do fenômeno humano, só podendo ser “apagada” em momentos de “delírio”." Citando Maquiavel, a violência pode destruir o podem, mas não pode construir nada, logo, o poder político não e constituído essencialmente de violência, mas usado como tal. "A guerra não é a "continuação política por outros meios"". Onde há violência, não há poder? Diante da mais pura violência, o poder não tem como se manter, nãos restam amigos. Qual a promessa da política? A política é a condição para a construção do indivíduo e da sociedade, comunidade. O reconhecimento do outro em sua diversidade não somente repercute na confirmação do sentido da minha vida, mas antes é essencial para a existência daquilo que me transcende, que me precedeu e que provavelmente não desaparecerá após o meu fim.