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Momento inicial
O momento inicial (da linha 1 até à linha 69) encerra os seguintes
acontecimentos:
morte do rei numa batalha;
a rainha fica só a governar, com o príncipe ainda bebé, sem
ninguém que os defenda dos usurpadores do poder;
uma aia, escrava, cuida do príncipe e do seu próprio filho da
mesma idade;
temor pelo irmão bastardo do rei, uma ameaça cada vez
maior, porque estava próximo da cidade.
Desenvolvimento
O desenvolvimento (da linha 70 até à linha 120) encerra as
peripécias e o ponto culminante:
a situação inicial sofre uma alteração drástica, devido à
introdução de acontecimentos perturbadores;
“Ora uma noite” a Aia, quando presente rumores estranhos
no palácio efectua imediatamente a troca das crianças;
o agressor assassina a criança, que supunha ser o futuro
herdeiro do trono;
o irmão bastardo do rei é morto pelos guardas do Paço;
a rainha constata que o seu filho está vivo, graças à troca das
crianças;
decidem oferecer uma recompensa à Aia.
Desenlace ou conclusão
O desenlace (da linha 121 até ao fim) encerra os seguintes
acontecimentos:
todos se dirigem à Sala do Tesouro e, aí, onde a Aia poderia
escolher o que quisesse, suicida-se para se juntar ao filho.
Estudo das personagens
O principezinho O escravozinho
- cabelo louro e fino; - cabelo negro e crespo;
- fragilidade; - “corpinho gordo”;
- espera-o uma longa infância antes - socialmente, era um escravozinho;
que ele fosse sequer do “tamanho de - estava num berço pobre de verga,
uma espada”. Estava, por isso, coberta apenas por um pano de
sujeito a muitos perigos; linho;
- estava num berço magnífico de - porque era pobre, não tinha que
marfim, entre brocados; recear pela vida. Teria uma
- sofria constante perigo de vida; existência simples e alma livre.
- o seu futuro seria cheio de
preocupações e de
responsabilidades.
A protagonista: a Aia
A Aia é a protagonista deste conto e pode ser caracterizada física e
psicologicamente:
era “bela e robusta”;
era carinhosa com as crianças;
era fiel ao Rei, à Rainha e ao príncipe, daí ter chorado pela
morte do rei;
era feliz (não se importava de ser escrava, porque era mais
livre do que se fosse rica);
considerava a morte como uma continuidade da vida no
Céu;
era segura, forte, corajosa e protectora (“como se os braços
em que estreitava o seu príncipe fossem muralhas de uma
cidadela que nenhuma audácia pode transpor”);
era rápida na reacção, inteligente, dotada de uma grande
intuição e de uma sensibilidade profunda (quando vê o
perigo reage imediatamente);
após a morte do filho, a Aia “morre” psicologicamente. Na
verdade, por causa da dor profunda pela morte do filho, ela
fica “muda e hirta”, a sua face tem a rigidez e a palidez da
morte (“face de mármore”), e o seu andar é também um “andar
de morte”, como se estivesse num sonho mau. Por todas estas
razões, a Aia suicida-se, pois acreditava que o seu filho estava
à sua espera e precisava dela (“ – Salvei o meu príncipe – e
agora vou dar de mamar ao meu filho!”).
O tempo e o espaço
O narrador
RECURSO EXEMPLOS
ESTILÍSTICO
Dupla adjectivação “bela e robusta escrava”, “beijos pesados e devoradores”, “maravilhosos e
faiscante incêndio”, …
Comparação “vivia num castelo sobre os montes (…) à maneira de um lobo (…)”; “os
olhos de ambos reluziam como pedras preciosas”, …
Advérbio de modo “violentamente ”, “ansiosamente”, “furiosamente”, “magnificamente”