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MÓDULO I
Direito Administrativo
1
Celso Antônio Bandeira de Mello. Curso de direito administrativo. 20. ed. São Paulo: Malheiros,
2006, pág. 37.
2
José dos Santos Carvalho Filho. Manual de direito administrativo. 28 ed. São Paulo: Atlas,
2015, pág. 8/9.
3
Hely Lopes Meirelles. Direito administrativo brasileiro. 39. ed. São Paulo: Malheiros, 2013,
pág. 40.
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MINISTRO PLÁCIDO CASTELO
Curso Extensão em Direito Administrativo Aplicado à Gestão Pública
Instrutor: Prof. Ms. João Marcelo Rego Magalhães
Conferir: http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/noticias/noticias/Quando-
houver-vaga-ou-terceirizado,-aprovado-em-cadastro-de-reserva-tem-direito-a-
nomea%C3%A7%C3%A3o
Para que não fique qualquer dúvida sobre a diferença entre as funções de
confiança – comumente denominas de funções comissionadas – e os cargos em
comissão, que podem surgir pela redação não muito clara do texto constitucional, é
preciso deixar bem assentado que estes podem ser exercidos por pessoa que não
pertença aos quadros do órgão ou ente público, ou seja, não tenha sido aprovado em
concurso público; aquelas, por outro lado, são exclusivas do servidor do quadro,
mantenha ele relação estatutária (legal) ou meramente contratual, mas sempre em
virtude de concurso público.
O inciso VII do art. 37, por sua vez, trata do direito de greve dos servidores
públicos. Norma de eficácia limitada, nunca chegou a ter tratamento legislativo, o que
relegou tal direito a uma tenebrosa incerteza jurídica. Entretanto, ao decidir os
Mandados de Injunção 708 e 712, ambos julgados em 25.10.2007, o Supremo Tribunal
Federal, por unanimidade de votos de seu Pleno, declarou a omissão legislativa do
Congresso Nacional no que se refere à regulamentação do direito de greve do servidor
público. Avançando na discussão da matéria, o STF, por maioria de votos, definiu que se
aplica ao setor público, no que for compatível, a lei de greve para o setor privado (Lei nº
7.783/1989), passando a adotar uma posição concretista em relação ao Mandado de
Injunção.
A Constituição Federal, no inciso XVI do art. 37, estatuiu como regra básica
a proibição da acumulação remunerada de cargos. Em nome do princípio da eficiência e
da moralidade, o texto constitucional deixa claro que o servidor, via de regra, deve se
concentrar em uma única função pública. Mas o próprio texto constitucional prevê casos
em que é possível a acumulação remunerada, desde que haja compatibilidade de
horários e seja respeitado o teto remuneratório do inciso XI do mesmo art. 37. Os casos
permitidos são:
4
Curso de direito constitucional positivo. 36. ed. São Paulo: Malheiros, 2013, pág. 692.
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As normas gerais sobre licitação e contratação são editadas pela União (uma
exigência do art. 22, XXVII, da CF) e valem para os demais entes federativos.
Atualmente as normas gerais são as Leis nº 8.666/1993 e nº 10.520/2002 (que trata
especificamente da modalidade pregão).
Regime jurídico-administrativo
Legalidade
Tal postulado, consagrado após séculos de evolução política, tem por origem
mais próxima a criação do Estado de Direito, ou seja, o Estado que deve respeitar as
próprias leis que edita.
Impessoalidade
Moralidade
Acrescentamos que tal forma de conduta deve existir não somente nas
relações entre a Administração e os administrados em geral, como também
internamente, ou seja, na relação entre a Administração e os agentes públicos que a
integram.
7
Hely Lopes Meirelles. Direito administrativo brasileiro. 39. ed. São Paulo: Malheiros, 2013,
pág. 95.
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Publicidade
Por fim, é importante que não se deixe de lado o registro de que ao princípio
da publicidade devem submeter-se todas as pessoas administrativas, quer as que
constituem as próprias pessoas estatais, quer aquelas outras que, mesmo sendo de direito
privado, integram o quadro da Administração Pública, como é o caso das empresas
públicas e sociedades de economia mista, prestadoras de serviço público ou
exploradoras de atividade econômica, e ainda as fundações que adotem o regime de
direito privado.
Eficiência
lutar contra a deficiente prestação de tantos serviços públicos, que incontáveis prejuízos
já causou aos usuários. De fato, sendo tais serviços prestados pelo Estado ou por
delegados seus, sempre ficaram inacessíveis para os usuários os meios efetivos para
assegurar seus direitos. Os poucos meios existentes se revelaram insuficientes ou
inócuos para sanar as irregularidades cometidas pelo Poder Público na execução desses
serviços.
Note-se que a nova regra constitucional não se cinge apenas aos processos
judiciais, mas também àqueles que tramitam no âmbito administrativo, muitos destes, da
mesma forma, objeto de irritante lentidão. Não basta, porém, a inclusão do novo
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mandamento; urge que outras medidas sejam adotadas, em leis e regulamentos, para que
a disposição possa vir a ter densa efetividade.